São Paulo
2010
FICHA CATALOGRÁFICA
São Paulo
2010
FOLHA DE APROVAÇÃO
Conceito:
Banca Examinadora
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Data de aprovação:____/____/____
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria
possível.
As minhas irmãs Heloisa, meu anjo da guarda, e a minha irmã Gabriela que
apesar da distância, sempre me incentivou e cooperou. Amo vocês.
“Se livrarias são como pequenas igrejas espalhadas pelo mundo, as bibliotecas são
como catedrais onde é necessário se ajoelhar um pouco, abaixar a cabeça e
reconhecer que o mundo pode ser guardado entre quatro paredes.”
J.R. Duran
RESUMO
ABSTRACT
The object of this document is to show the procedures for the preservation of
sacred works, enhancing the historical value of them. Here are the main process of
conservation in the institutions visited that showing how they preserve the sacred
works. .
Figura 11 – Umidificador............................................................................................64
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 15
3 OBJETIVO ............................................................................................................. 16
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 17
7.5.3 TINTAS............................................................................................................. 46
8 MEDIDAS PREVENTIVAS..................................................................................... 50
12 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 79
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 80
ANEXO.......................................................................................................................85
13
1 INTRODUÇÃO
Idêntico ao homem, está o documento, o livro, que também, possui seu ciclo
de vida sofrendo envelhecimento natural desde que é gerado e alterações de fatores
externos que vão provocar sua degeneração.
Como exemplo, cito os monges, que na Idade Média se refugiaram, para uma
vida mais tranquila, e cultivaram a adoração pelos livros e a arte de fazer cópias dos
mesmos, para o enriquecimento de suas bibliotecas. A perfeição com que os
monges copistas executavam o seu trabalho fazia com que demorassem anos na
finalização de um livro.
Este trabalho tem por objetivo orientar e conscientizar profissionais que lidam
com este tipo de material, divulgando e esclarecendo procedimentos à conservação
preventiva de Obras Sacras.
A atividade de restauração não foi aqui estudada, por não ser o objetivo de
trabalho e por ser uma atividade específica de técnico restaurador com comprovada
experiência.
15
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVO
4 METODOLOGIA
De acordo com Martins (1996), todo texto escrito a mão, seja qual for o seu
instrumento ou material, é um manuscrito, na significação direta da palavra. Mas,
uma convenção por todos admitida é que manuscrito era para papel, papiro ou
pergaminho.
5.1 O Scriptorium
Campos, em sua obra “Breve história do livro” (1994), faz uma belíssima
descrição de um scriptorium. A oficina dos escribas era o lugar no convento onde se
copiavam os manuscritos; é um lugar amplo e pleno de claridade, compunha-se de
repartições com janelas abertas para a arcada do claustro.Havia uma janela para
cada escriba (calígrafo) e costumava se localizar perto da biblioteca ou, no inverno,
no calefactorium (lugar aquecido destinado ao religioso).
Porém, Oliveira (1985) diz que o trabalho do copista era uma tarefa
enfadonha e muitas vezes intragável, trabalhavam em condições precárias e
20
utilizavam como materiais: peles de animais, canivete de corte duvidoso, tinta preta,
vermelha, ou verde e os indispensáveis tinteiros.
5.2 Ilustração
• Codex argenteus, contém parte da tradução gótica da Bíblia. Foi escrito na Itália
no século VI, esteve desaparecido até o século XVI e foi encontrado em um
convento alemão, passando para Praga. Atualmente, encontra-se na Biblioteca
da Universidade de Upsala.
5.3 Encadernação
Patrimônio Cultural
Bens Tangíveis
Bens Bens Imóveis Bens Móveis
Intangíveis Monumentos, Objetos de artes,
Idéias, edifícios, livros,
costumes, templos, sítios documentos,
crenças,tradição arqueológicos, objetos litúrgicos,
oral, danças etc. fósseis,etc.
folclóricas, etc.
Valores
Históricos Valores Valores
e Históricos Históricos
Estéticos e e
Estéticos Estéticos
Durun (1999, p.9) afirma que em alguns textos aparece o termo conservação
preventiva, que está relacionado essencialmente ao controle das condições
ambientais, visando manter a integridade física dos acervos e a proteger o
documento ou pelo menos aumentar a sua esperança de vida.
Luccas e Seripierri (1995, p.19) dizem que quando, por algum motivo, o uso
de aparelhagens não for possível, podem-se tomar algumas providências como:
Em regiões úmidas:
Em regiões secas:
7.1.2 Iluminação
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação nociva aos
materiais de acervos, provocando consideráveis danos através da oxidação
(Cassares, 2000, p.19)
Segundo Ogden (2001, p.11), a luz tem duas fontes: a natural (sol) e a
artificial (lâmpadas). Cada uma dessas fontes atua de maneira danosa.
31
Quando for utilizar o acervo de obras raras não expor um objeto valioso por
muito tempo; manter o nível da luz o mais baixo possível; não colocar
lâmpadas dentro das vitrines; proteger objetos com filtros especiais e
certificar-se de que as vitrines sejam feitas de materiais que não danifiquem
os documentos.
Os agentes biológicos são a causa dos danos mais graves que podem sofrer
os acervos. Contudo, condições ambientais impróprias à sua conservação, podem
levar o conjunto de elementos que constituem o material bibliográfico à destruição.
A maioria dos insetos que podem infestar os acervos de papel não são
atraídos pelo papel em si, mas pelas gomas, adesivos e amidos, que são digeridos
com facilidade muito maior do que a celulose, de que efeito o papel.
7.2.1 Fungos
33
São conhecidos mais de 100.000 (cem mil) tipos de fungos que atuam em
diferentes ambientes; em acervos de biblioteca e arquivos são mais comuns aqueles
que vivem dos nutrientes encontrados nos documentos, conforme relata Cassares
(2000).
Os danos causados pelos fungos vão desde uma simples coloração até a
deterioração da estrutura das obras como manchas de cor amarela, mais escura no
centro dos livros e mais claras nos contornos. A variação de espécie pode causar,
pela maior quantidade de esporos, a impressão de um pó ou fuligem que grande
parte deles produzem, além da pigmentação do papel, a descoloração das tintas,
pela liberação dos ácidos pelos fungos.
34
7.2.2 Microorganismo
7.2.3 Bactérias
Desde a mais remota antiguidade têm-se notícias dos insetos e das medidas
que se adotavam para prevenir e combater sua difusão.
Entre as folhas dos códices colocavam folhas, flores como inseticidas; sobre o
papiro; aplicava-se óleo de cedro para afastar os insetos Corujeira (171, p.36)
menciona pesquisas datadas da primeira metade do século XVIII no sentido de
identificar e isolar exclusivamente insetos daninhos aos livros.
Cada tipo de inseto age de forma diversa, porém destrutiva. Alguns produzem
galerias, outros cavam caminhos ramificados e deixam secreções que fazem as
folhas aderirem uma às outras.
• Insetos roedores internos que atacam o inteior dos volumes: cupins (Termitas) e
brocas (Anobiideos).
Segundo Mendes (2001, p.36), as traças não gostam de luz, mas gostam de
ambientes secos, por isso o que é bom para elas é ruim para outras espécies de
insetos, ou seja, temos a habitual situação em que é impossível encontrar uma
solução comum para tudo.
Para Corujeira (1971, p.24), a broca é um dos mais perigosos insetos, pois
ataca o documento em sua fase larvária. Suas larvas são de grande voracidade,
atacando madeira e papel.
7.3.1.6 Roedores
O homem é um dos maiores inimigos dos livros, pois, com sua inteligência,
deveria ser mais cuidadoso. As pessoas normalmente são descuidadas
manuseando o livro com as mãos sujas, gordurosas, suadas, deixando resíduos
ácidos que causam a deterioração do papel.
Há quem ao abrir o livro produz estragos nas margens; outros abrem os livros
forçando o dorso; alguns têm hábito de grifar, fazer sinais, anotações a lápis ou a
caneta; outros produzem manchas por negligência ou falta de atenção. Não faltam
também casos de furtos de livros e até páginas.
• Nunca umedecer os dedos com líquidos para virar páginas do livro. O ideal é
virar pela parte superior da folha;
7.5.2 Poluição do Ar
45
7.5.3 Tintas
Spinelli (1995, p.37) afirma que “Há muito tempo, desde os primórdios da
formação das bibliotecas, que a destruição de documentos raros ou valiosos por
causa de catástrofes é um assunto da mais alta seriedade”.
• Manter os livros fechados até que toda a água ou umidade desapareça, pois
ao se abrir, aleatoriamente, as folhas do livro, a água depositada em algumas
folhas, penetra para outras não atingidas ou levemente atingida;
• Não expor os livros ao sol para secar, nem colocá-los perto ao forno, pois
causará deformação do papel;
O dano provocado pelo fogo pode ser ainda mais sério do que o
causado pela água, pois se de alguma forma o acervo sobreviver,
provavelmente ficará carbonizado, coberto de fuligem, fragilizado
pela exposição ao calor elevado, umedecido pela água usada para
apagar incêndio, mofado e cheirando a fumaça. (OGDEN, 2001,
p.15).
Para Spinelli (1995, p,37), de forma geral as causas do incêndio, quando não
são atos de vandalismo, ocorrem em decorrência de curtos-circuitos nos sistemas de
eletricidade causados algumas vezes por ataques de roedores, de pontas de cigarro
deixadas acessas.
8 MEDIDAS PREVENTIVAS
8.1 Higienização
Estantes
Não se recomenda qualquer tipo de solvente, cera, ou mesmo água, pois sua
interferência, por menor que seja, desequilibra a umidade relativa do
ambiente;
52
8.2 Digitalização
Vantagens
Desvantagens
Volume de documentos
Resolução da imagem
Tipo de scanner
Velocidade do processador
54
8.3 Encadernação
8.4 Microfilmagem
Vantagens
Durabilidade;
Reprodução fácil;
Fidelidade do original;
Padronizado mundialmente;
Digitalização;
Preservar os originais;
Desvantagens
Resistência do usuário;
Difícil manuseio;
São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase
três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor.
Tornou-se monge ainda jovem e, desde então, aprendeu a tradição pelo contato
com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento
monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na
1
Histórico retirado do site Igreja online. Endereço: <http: // WWW.cot.org/igreja/sao-bento.php>
58
Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros
mosteiros e conventos ao redor do mundo.
A tradição diz que São Bento viveu entre 480 e 547, porém, do ponto de
vista histórico, não se pode afirmar com certeza que essas datas sejam precisas.
Seu biógrafo, São Gregório Magno, Papa de 590 a 604, não registra as datas de seu
nascimento e morte, mas se refere a uma Regra escrita por Bento. Há discussões
com relação à datação da Regra, mas parece haver consenso de que tenha sido
escrita na primeira metade do século VI. São Gregório escreveu sobre São Bento no
seu Segundo Livro dos Diálogos, mas seu relato da vida e dos milagres de Bento
não pode ser encarado como uma biografia no sentido moderno do termo. A
intenção de Gregório ao escrever a vida de Bento foi a de edificar e inspirar, não a
de compilar os detalhes de sua vida cotidiana. Buscava mostrar que os santos de
Deus, em particular São Bento, ainda operavam na Igreja Cristã, apesar de todo o
caos político e religioso da época.
São Bento nasceu na pequena cidade de Norcia, por volta de 480 d.C., e foi
considerado o patriarca do monaquismo ocidental, porque foi o principal legislador,
reformador e unificador. Foi mandado pelos pais a Roma, porém, temendo se
perverter devido aos maus exemplos dos seus companheiros, se retirou em solidão
antes a Enfide, cidade em Sabina, e depois perto de Subiaco onde um monge,
romano, o revestiu da veste religiosa.
Mais ou menos quarenta dias após que São Bento ter visto a alma da irmã
voar ao céu, em forma de pomba, comunicou a alguns discípulos o dia da sua morte.
Seis dias antes fez abrir o túmulo, depois, com violenta febre, no dia 21 março quis
ser conduzido ao oratório.
Bento foi de várias maneiras tentado pelo diabo e sempre saiu vitorioso.
Exortava a fazer o sinal da cruz no coração para ser liberado das sugestões
diabólicas.
Com este sinal de salvação, S. Bento se liberou do veneno que alguns maus
monges lhe ofereceram em um recipiente de vidro que continha a mortal bebida.
Bento levantou a mão e fez o sinal da cruz. O santo reduziu em pedaços aquele
vaso de morte, como se ao lugar de uma benção, tivesse sido atirada uma pedra. O
episódio, segundo o conto de São Gregório Magno, teve que inspirar as palavras do
exorcismo referidas à bebida que é oferecida pelo maligno, assim como a proteção
atribuída ao sinal da cruz.
O terreno cedido a São Bento era o mais bem localizado, depois daquele do
Colégio dos Jesuítas, ficando exatamente no alto da elevação, entre as águas do
Anhangabaú e do Tamanduateí, abrangendo de um lado até o Vale do Anhangabaú
e, do outro, até a atual 25 de Março.
2
Histórico retirado do site do Mosteiro de São Bento. Endereço: <http://
culturageralsaibamais.wordpress.com/biblioteca>
61
A biblioteca iniciou com uma pequena coleção de livros , em 1598, junto com
a fundação Mosteiro de São Bento. Hoje o seu acervo bibliográfico é constituído por
obras impressas que revelam aspectos da cultura beneditina de São Paulo, por
62
exemplares de livros antigos, desde incunábulos, do Séc. XV, obras do Séc. XVI ao
XVIII, e um grande acervo dos Séc. XIX e XX que totalizam, junto com as coleções
de periódicos, aproximadamente 100.000 volumes.
Foi difícil para o beneditino reconhecer os novos caminhos que Deus lhe
havia reservado, tão diferentes de seus planos originais. Mesmo assim, aceitou
3
Histórico retirado do livro Abadia São Geraldo: meio século de uma história milenar 1953-2003. São
Paulo: Abadia São Geraldo, 2002
66
Com a morte do Rei Estevão, que não deixou herdeiros, pois Américo havia
falecido em uma caçada, diversos candidatos ao trono começaram uma guerra entre
si. Entre os pretendentes havia inimigos da Igreja que não aceitavam a presença do
bispo. Em uma viagem de cataquezição, Geraldo foi preso e apedrejado, vindo a
falecer no dia 24 de setembro de 1046.
São Geraldo foi um estudioso e um dos raros escritores de sua época, tendo
deixado diversos trabalhos teológicos e ensaios sobre a Sagrada Escritura.
No dia 21 de março de 1931, dia de São Bento, chega ao Brasil Dom Arnaldo
Szelecz primeiro monge beneditino da Congregação Húngara, que, antes de se
tornar monge, foi soldado na Primeira Guerra Mundial. Seu superior, Dom
4
Histórico retirado do livro Abadia São Geraldo: meio século de uma história milenar 1953-2003. São
Paulo: Abadia São Geraldo, 2002
67
Além deste, há o acervo em húngaro; são cerca de doze mil volumes sobre a
Hungria e sua história e é considerado como importante referência neste idioma no
Brasil.
Figura 11 - Umidificador
Mas foi nessa pequena estante que se encontra grandes surpresas, como o
menor livro do Brasil e dois livros com a sua capa toda bordada a mão.
76
O ideal seria que esses livros ficassem em uma sala fechada, com
temperatura controlada, por ar-condicionado e termômetro, com umidificador e
desumidificador para se manter em termos regulares a unidade relativa do ar.
78
12 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABADIA DE SÃO GERALDO. Histórico: Abadia São Geraldo e da Cela São José.
Disponível em: <http://www.asg.org.br>. Acesso em: 16 ago. 2010.
CAMPOS, A. A. Breve história do livro. Porto Alegre: Mercado aberto, 1994. 234
p.
IDADE MÉDIA. Escrita, monges copistas: escrita medieval. São Paulo, 2008.
Disponível em: <http://idademedia.wetpaint.com/page/Escrita+%2F+Monges+
Copistas>. Acesso em: 04 mar. 2010.
IRIGON, J.A. Conservação de documentos. Mens. Arq. Nac., 4 (5): 13-7, maio 1973
LUCCAS, L.; SERIPIERRI, D. Conservar para não restaurar: uma proposta para
preservação de documentos em bibliotecas. Brasília: Thesaurus, 1995. 128 p.
82
MARTINS, W. A palavra escrita. 3. ed. il. rev. atual. São Paulo: Ática, 1998. 519 p.
DURAN, J.R. Meu botequim do Baixo Gávea. Brasil Econômico: zoom. São Paulo:
Brasil Econômico. 2010. p.12
ANEXO
OBJETIVO
Atuar na área de bibliotecas jurídicas. Coloco-me à disposição
para participar de uma entrevista, onde poderei dar maiores
informações.
EXPERIÊNCIA
FORMAÇÃO
CURSOS
• 7° ENCONTRO SOPHIA – REALIZADO NO NOVOTEL JARAGUÁ
SÃO PAULO CONVENTIONS.
CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
C E L ( 0 1 1 ) 7 5 3 9 0 2 9 2 • E M AI L b a _ h y p o l i t o @ y a h o o . c o m . b r
R U A F E R N AN D O P E R E I R A, 1 1 1 • M AI R I P O R Ã, S ÃO P AU L O .
• TELEFONE (011) 4604-3454