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ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.

9571-83638-1-SM1009201614

Tempass LR, Boes AA, Lazzari DD et al. Características do atendimento pré-hospitalar de pacientes...

ARTIGO ORIGINAL
CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE PACIENTES COM
SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME CORONARIANA
PREHOSPITAL CARE CHARACTERISTICS OF PATIENTS WITH SUSPECTED OR DIAGNOSED
CORONARY SYNDROME
CARACTERÍSTICAS DE LA ATENCIÓN PREHOSPITALARIA DE LOS PACIENTES CON SOSPECHA O
DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME CORONARIO
Lucas Rodrigo Tempass1, Adilson Adair Boes2, Daniele Delacanal Lazzari3, Juliano de Amorim Busana4, Eliane
Regina Pereira Nascimento 5, Walnice Jung6
RESUMO
Objetivo: caracterizar o atendimento pré-hospitalar de pacientes com suspeita clínica ou diagnóstico de
síndrome coronariana aguda. Método: estudo retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa,
realizado em um serviço móvel de atendimento. Para análise, as informações coletadas foram submetidas à
análise estatística com auxílio do Programa SPSS for Windows versão 16.0. Resultados: os 144 (2,39%)
prontuários representam todos os casos relacionados à síndrome coronariana aguda, 28 atendimentos por
motivo clínico e 116 para transporte de paciente com suspeita clínica ou diagnóstica de síndrome coronariana
aguda. O principal desfecho foi o encaminhamento para o plantão cardiológico, representado por 74 casos.
Conclusão: novas estratégias necessitam ser implantadas para que melhores resultados no tratamento do
infarto agudo do miocárdio possam ser obtidos neste serviço, como a solicitação do eletrocardiograma pelo
enfermeiro após a avaliação na chegada ao serviço. Descritores: Síndrome Coronariana Aguda; Necessidades e
Demandas de Serviços de Saúde; Ambulâncias; Enfermagem em Emergência.
ABSTRACT
Objective: to characterize the prehospital care of patients with clinical suspicion or diagnosis of acute
coronary syndrome. Method: retrospective, cross-sectional study, with quantitative approach, performed at a
mobile care service. For analysis, the collected data were subjected to statistical analysis using the SPSS for
Windows version 16.0. Results: 144 (2.39%) records represent all cases related to acute coronary syndrome,
28 patients attended for clinical reasons and 116, for patient transportation with clinical suspicion or
diagnosis of acute coronary syndrome. The primary outcome was the referral to the cardiology duty,
represented by 74 cases. Conclusion: there is need to implement new strategies to obtain better results in
the treatment of acute myocardial infarction in this service, such as the request of the electrocardiogram by
the nurse after assessing when arriving at the service. Descriptors: Acute Coronary Syndrome; Health Services
Needs and Demand; Ambulances; Emergency Nursing.
RESUMEN
Objetivo: caracterizar la atención pre-hospitalaria de los pacientes con sospecha clínica o diagnóstico de
síndrome coronario agudo. Método: estudio retrospectivo, transversal, con abordaje cuantitativo, realizado
en un servicio de atención móvil. Para el análisis, los datos recogidos fueron sometidos a análisis estadístico
con el programa SPSS versión 16.0 para Windows. Resultados: 144 (2.39%) representan los registros de todos
los casos relacionados con el síndrome coronario agudo, 28 por razones clínicas y 116 para el transporte de
pacientes con sospecha clínica o diagnóstico del síndrome coronario agudo. El resultado primario fue la
referencia a la cardiología, representado por 74 casos. Conclusión: nuevas estrategias deben ser aplicadas
para mejores resultados en el tratamiento del infarto agudo de miocardio en este servicio, como la solicitud
del electrocardiograma por la enfermera después de la evaluación en la llegada al servicio. Descriptores:
Síndrome Coronario Agudo; Necesidades y Demandas de Servicios de Salud; Ambulancias; Enfermería de
Urgencia.
1
Enfermeiro, Especialista em Terapia Intensiva, Unimed Vale dos Sinos. Novo Hamburgo (RS), Brasil. Email: lucasrts@hotmail.com;
2
Enfermeiro, Professor Mestre em Biologia Celular, Curso de Graduação da Universidade Feevale. Novo Hamburgo (RS), Brasil. Email:
aab@feevale.br; 3Enfermeira, Mestre em Educação,Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de
Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. Email: danielelazza@gmail.com; 4Enfermeiro, Mestre em Enfermagem, Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. E-mail:
julianobusana@hotmail.com; 5Enfermeira, Professora Doutora em Enfermagem, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de
Santa Catarina/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. Email: eliane.nascimento@ufcs.br; 6Enfermeira, Mestranda, Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina/PEN/UFSC. Florianópolis (SC), Brasil. E-mail: walniceung@gmail.com

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avançado (USA), pela atuação do enfermeiro,


INTRODUÇÃO
este último responsável também na gerência
A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) dos cuidados de enfermagem.7
compreende uma gama de sintomas clínicos Sendo assim, os objetivos deste estudo são:
compatíveis com a isquemia miocárdica ● Caracterizar o atendimento pré-
aguda.1 Nas salas de pronto atendimento, a hospitalar de pacientes com suspeita clínica
SCA é responsável por quase 1/5 dos casos de ou diagnóstico de síndrome coronariana
dor torácica e as doenças cardiovasculares são aguda.
responsáveis por aproximadamente 32% dos
● Verificar tecnologias e recursos utilizados
óbitos da população em geral, sendo a
no pré-hospitalar durante os atendimentos e
primeira causa de mortalidade no Brasil.2
identificar o desfecho dos atendimentos.
A partir de 1960 houve crescente interesse
no atendimento pré-hospitalar relacionado ao MÉTODO
infarto agudo do miocárdio (IAM) justificado
Estudo retrospectivo, transversal, com
pelo alto índice de óbitos que ocorriam antes
abordagem quantitativa, composto por todos
da chegada dos pacientes ao hospital. Nas
os prontuários de pacientes com suspeita
últimas décadas, a taxa de mortalidade por
clínica8 diagnóstica de SCA, atendidos por um
doenças cardiovasculares teve significativa
serviço de atendimento pré-hospitalar móvel
redução, principalmente em função dos
privado da região sul do Brasil, no período de
avanços na prevenção primária e da evolução
1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011. De
da terapêutica para a SCA, ocorrendo de
acordo com os registros, dos 4.763
maneira mais evidente em países
atendimentos realizados, 144 foram de
desenvolvidos, em função das possibilidades
pacientes com suspeita clínica ou diagnóstica
de acesso rápido e tratamento adequado, tais
de SCA. Constituiu-se, portanto, a amostra
como reperfusão por angioplastia primária ou
deste estudo com os 144 prontuários,
fibrinólise, terapia antitrombótica dupla e
selecionados por conveniência. Foram
tratamento intensivo.3-4
incluídos os prontuários de pacientes com
As doenças cardiovasculares constituem-se
suspeita clínica ou diagnóstico de SCA, de
também na principal causa de mortalidade no
ambos os sexos e com idade superior a 18
mundo. Há estimativas para que até 2020
anos, atendidos pelo serviço de atendimento
estas doenças sejam a causa de
pré-hospitalar móvel privado. Nenhum
aproximadamente 25 milhões de óbitos, 19
prontuário necessitou ser excluído por erro ou
milhões deles em países de baixa e média
preenchimento incompleto.
renda.5 A elevada taxa de mortalidade no
Este estudo foi submetido à avaliação do
sistema público de saúde brasileiro é
comitê de ética e pesquisa da Universidade
atribuída, principalmente, às dificuldades de
FeevaleRS e aprovado sob o protocolo número
tratamento em terapia intensiva, métodos de
4.04.03.11.2182. Os dados foram coletados
reperfusão e medidas terapêuticas
6 nos meses de outubro e dezembro de 2012,
estabelecidas para o IAM.
em local disponibilizado pelo serviço de
Desta forma, dentre os serviços de saúde
atendimento móvel. A coleta dos dados foi
especializados no atendimento aos pacientes
realizada através de instrumento elaborado
acometidos por agravos clínicos que
pelos pesquisadores. Posteriormente foram
necessitam de intervenção rápida e
tabulados em planilha para banco de dados.
qualificada, está o pré-hospitalar móvel. Este
Para análise, as informações coletadas
serviço abrange toda a assistência prestada
foram submetidas à análise estatística com
fora do hospital, com finalidade de favorecer
auxílio do programa SPSS for Windows versão
demandas populacionais.7
16.0. Os resultados das variáveis nominais
Considerando a expressividade da SCA, sua
foram expressos através de análises de
prevalência e a importância do atendimento
frequência e os resultados das variáveis
imediato, os serviços pré-hospitalares
contínuas através de média ± desvio padrão.
assumem considerável importância. Parte da
Para verificar a correlação entre as variáveis
responsabilidade das equipes de atendimento
‘tempo de deslocamento’ e ‘idade’ com as
no primeiro contato com o paciente infere
variáveis referentes aos sinais vitais foi
considerar a oferta de assistência
utilizada a análise de correlação de Pearson.
progressivamente qualificada. O trabalho da
Para verificar a associação entre o motivo de
enfermagem neste contexto é essencial na
chamado, desfecho e gravidade com as demais
oferta de cuidados aos pacientes, tanto em
variáveis de estudo foi utilizado o teste One
unidades de suporte básico (USB), pela
Way Anova ou Teste T Student de acordo com
atuação dos auxiliares/ técnicos de
as suposições do teste, para verificar a
enfermagem, quanto nas unidades de suporte
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normalidade dos dados foi utilizado o teste ordem decrescente, a quinta-feira, 18,06%
Kolmogorov Smirnov. Foi considerado como (n=26); terça-feira, com 17,36% (n=25) e
significativo um p < 0,05. sexta-feira, com 15,97% (n=23). No turno da
tarde ocorreram 34,72% (n=50) dos
RESULTADOS
atendimentos e o menor percentual ocorreu
Foram analisados 144 prontuários (todos os na madrugada com 13,19% (n=19).
atendimentos realizados para suspeita clínica Acerca da distribuição dos atendimentos
de SCA), representando 2,39% do número total segundo o mês (Figura 1), detectou-se que os
de pacientes atendidos (atendimentos meses de abril e dezembro foram os que
realizados para todas as patologias ou apresentaram menores ocorrências de
demandas) pelo serviço móvel durante um atendimento, apresentando 2,08% e 4,17%
ano. Da amostra estudada, 54,86% dos respectivamente. Os de maiores incidências
prontuários era de pacientes do sexo foram março e maio com os mesmos
masculino. A média de idades dos pacientes percentuais de 11,81% (17 prontuários); e o
foi de 62,86 ± 16,24. Os dias da semana com mês de agosto com 11,11% (16 prontuários).
maior demanda de atendimento foram, em
17 (11,81%)

17 (11,81%)

16 (11,11%)
15 (10,42%)
14 (9,72%)

14 (9,72%)
14,00%

13 (9,03%)
12 (8,33%)

12,00%
9 (6,25%)

10,00%

8 (5,56%)

6 (4,17%)
8,00%

6,00%
2,08%

4,00%

2,00%
0,00%
jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Figura 1. Distribuição dos atendimentos aos pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de
Síndrome Coronariana Aguda segundo o mês.

Os meses de maior incidência de pesquisada, são meses que correspondem às


atendimento no período estudado são março e estações de outono e inverno, com
maio, mas o período de maior prevalência são temperaturas mais baixas (sul do Brasil).
os meses de maio a setembro, que, na região
Tabela 1. Características do atendimento a pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de
Síndrome Coronariana Aguda. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013.
Variáveis n = 144
Motivo
Dor no peito 27 (18,75%)
Parada Cardiopulmonar 1 (0,69%)
RemoçãoTransporte 116 (80,56%)
Local de atendimento
Residência 22 (15,20%)
Local de trabalho 3 (2,08%)
Estabelecimento comercial 1 (0,69%)
Estabelecimento de entretenimento 1 (0,69%)
Via pública 1 (0,69%)
Origem da RemoçãoTransporte
Pronto Atendimento 94 (65,28%)
Consultório 3 (2,08%)
Hospital 19 (13,19%)
Tempo decorrente em minutos e o ± desvio padrão do acionamento do 16,36 ± 16
serviço de APH até a chegada para a remoçãotransporte
Diagnóstico
Síndrome Coronariana Aguda 23 (15,97%)
IAM 63 (43,75%)
Angina 10 (6,94%)
Dor pré-cordial 20 (14,58%)

Pode-se verificar que 116 pacientes foram (80,56%) com um tempo resposta de 16,36 ±16
atendidos para realização de transporte minutos e a principal origem de transporte foi

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o Pronto Atendimento, com 65,28% dos atendimentos foi a residência do paciente.


chamados. O local com maior número de

Figura 2. Recursos utilizados no atendimento aos pacientes com suspeita clinica ou diagnóstico de
Síndrome Coronariana Aguda.

A Monitorização Cardíaca Contínua (MCC), Pressão Arterial Não Invasiva (PANI) foram os
Saturação de Oxigênio (SATO2) e medição da procedimentos mais utilizados.

Figura 3. Desfecho dos pacientes atendidos com suspeita clínica ou diagnóstico de Síndrome
Coronariana Aguda

Com relação ao desfecho (Figura 3), cardiológico, hospital com emergência


ocorreu, mais frequentemente, o cardiológica e serviço de hemodinâmica
encaminhamento dos pacientes ao plantão disponível 24 horas/dia.
Tabela 2. Associação entre o motivo do chamado e as demais variáveis de estudo de
pacientes atendidos com suspeita clinica ou diagnóstico de Síndrome Coronariana
Aguda. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013.
Motivo do chamado
Clinico Transporte P
n = 28 n = 116
Sexo
Masculino 9 (32,14%) 70 (60,34%) 0,07
Feminino 19 (67,86%) 46 (36,66%)
Idade 64 ± 20 52,17 ± 15 0,6
Tempo decorrente do acionamento do 13,82 ± 8,8 16,90 ± 17 0,36
serviço até chegada ao paciente
Dia da Semana 0,99
Domingo 4 (14,29%) 16 (13,79%)
Segunda 5 (17,86%) 17 (14,66%)
Terça 5 (17,86%) 20 (17,24%)
Quarta 4 (14,29%) 14 (12,07%)
Quinta 5 (17,86%) 21 (18,10%)
Sexta 4 (14,29%) 19 (16,38%)
Sábado 1 (3,57%) 9 (7,76%)
Turno 0,06
Madrugada 8 (28,57%) 11 (9,48%)
Manhã 5 (17,86%) 29 (25%)
Tarde 8 (28,57%) 42 (36,21%)
Noite 7 (25%) 34 (29,31%)
Tipo de suporte 0,01

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Básico 25 (89,29%) 36 (31,03%)


Avançado 3 (10,71%) 80 (68,97%)
Desfecho 0,01
Permanece no local 3 (10,71%) 0 (0%)
Pronto atendimento 20 (71,43%) 2 (1,72%)
Hospital 0 (0%) 44 (37,93%)
Plantão cardiológico 5 (17,86%) 69 (59,48%)
Óbito 0 (0%) 1 (0,86%)

O grupo de pacientes atendidos por motivo índice de atendimentos, representando


clínico foi composto por 28 indivíduos, com (36,21%) n=42, onde o suporte avançado foi
predominância do sexo feminino 19 (67,86%), utilizado em (68,97%) n=80, e com principal
com idade média de 64 ± 20, e um tempo desfecho, encaminhamento ao plantão
resposta de 13,82 ± 8,8. Os dias da semana cardiológico com (59,48%) n=69.
com maior incidência de atendimentos foram Os dados ainda mostram que o Suporte
segunda, terça e quinta com n=5 (17,86%) em Básico de Vida (89,29%) foi mais utilizado nos
cada dia. Sendo os turnos da madrugada e atendimentos que o Suporte Avançado de Vida
tarde de maior ocorrência representando (10,71%).
(28,57%) n=8 em cada um. Destes pacientes,
89,29% foram atendidos pela equipe de
Suporte Básico de Vida e o desfecho com
maior índice foi o encaminhamento a Unidade
de Pronto Atendimento representando
(71,43%) n=20.
Em relação aos transportes, 116
prontuários evidenciaram a predominância de
pacientes do sexo masculino (60,34%) 70 com
idade média de 52,17 ± 15 e um tempo
resposta de 16,90 ± 17, e os dias de maior
fluxo foram terça e quinta-feira representados
por (17,24%) n=20 e (18,10%) n=21
respectivamente. O turno da tarde teve maior
Tabela 3. Associação entre o desfecho as demais variáveis de estudo de pacientes atendidos com suspeita
clinica ou diagnóstico de SCA. Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, 2013.
DESFECHO P
Variáveis Permanece no Pronto Hospital Plantão Óbito
local Atendimento n = 44 cardiológico n=1
n =3 n = 22 n = 74
SEXO
Masculino 1 (33,33%) 7 (31,82%) 25 (56,82%) 45 (60,81%) 1 (100%) 0,12
Feminino 2 (66,67%) 15 (68,18%) 19 (43,18%) 29 (39,19%) 0 (0%)
Idade 36,33 ± 7,5 67,5 ± 14,27 61,20 ± 63,36 ± 15,57 79 0,01
15,57
Tempo de 10,66 ± 5,77 13,31 ± 8,79 21,68 ± 14,47 ± 12,77 7 0,13
resposta 23,50
Dia da semana 0,13
Domingo 0 (0%) 4 (18,18%0 3 (6,82%) 13 (17,57%) 0 (0%)
Segunda 0 (0%) 6 (27,27%) 9 (20,45%0 6 (8,11%) 1 (100%)
Terça 1 (33,33%) 3 (13,64%) 11 (25%) 10 (13,51%) 0 (0%)
Quarta 1 (33,33%) 2 (9,09%) 8 (18,185) 7 (9,46%) 0 (0%)
Quinta 0 (0%) 4 (18,18%) 8 (18,185) 14 (18,92%) 0 (0%)
Sexta 0 (0%) 2 (9,09%) 5 (11,36%) 16 (21,62%) 0 (0%)
Sábado 1 (33,33%) 1 (4,55%0 0 (0%) 8 (10,81%) 0 (0%)
TURNO 0,45
Madrugada 0 (0%) 5 (22,73%) 2 (4,55%) 12 (16,22%) 0 (0%)
Manhã 1 (33,33%) 4 (18,18%) 9 (20,45%) 20 (27,03%) 0 (0%)
Tarde 1 (33,33%) 5 (22,73%) 21 (47,73%) 22 (29,73%) 1 (100%)
Noite 1 (33,33%) 8 (36,365) 12 (27,27%0 20 (27,03%) 0 (0%)

Observa-se que em relação ao desfecho dos na terça, quarta e sábado, no turno da


pacientes e outras variáveis, os pacientes que manhã, tarde e noite.
permaneceram no local de atendimento eram Os pacientes que, como desfecho, tiveram
com maior frequência do sexo feminino com o encaminhamento ao pronto atendimento
n=2 (66,67%), uma idade média de 36,33 ±7,5 n=22, tiveram perfil feminino (68,18%) n=15,
anos, com um tempo resposta de 10,66 ±5,77 idade média de 67,5 ± 14,27, tempo resposta
min, a ocorrência ao dia da semana ocorrendo do recurso de 13,31 ± 8,79, com prevalência

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da segunda-feira, representada por n=6 grandes variações térmicas. Este mesmo


(27,27%) e turno da noite, com n=8 (36,36%). estudo evidenciou ainda, que baixos valores
Já os pacientes que tiveram como desfecho de umidade relativa do ar refletiram-se na
encaminhamento ao hospital tiveram exacerbação do número de casos de
predominância do sexo masculino, n=25 hipertensão arterial.
(56,82%); idade média de 61,20 ± 15,57; O transporte ou remoção de pacientes no
tempo resposta de 21,68 ± 23,50; atendimento pré-hospitalar móvel baseia-se
predominância da terça-feira, com n=11 na concepção de encaminhamento de
(25%); maior incidência no turno da tarde, pacientes para locais onde estes tenham
representando 21% do total. condição de receber o atendimento necessário
O desfecho com maior índice foi o para garantir-lhes a vida. Outra possibilidade
encaminhamento ao plantão cardiológico, com é o transporte de pacientes para realização de
n=74; prevalência do sexo masculino, com exames ou transferências entre hospitais, de
n=45 (60,81%); idade média de 63,36 ± 15,57; forma segura, comportando, durante o
tempo resposta de 14,47 ± 12,77; sexta feira percurso, a oferta dos cuidados necessários.14
como o dia da semana com maior índice, com A necessidade de diminuir o tempo de
21,62%; e turno de prevalência, a tarde, com deslocamento favorece um atendimento ágil à
29,73%. população. É preciso levar em consideração as
condições de tráfego, pois esta impacta no
DISCUSSÃO
tempo resposta e influenciam no tempo de
Os dados desta pesquisa vão ao encontro de chegada da equipe de atendimento pré-
um estudo9 que apontou como prevalência dos hospitalar ao local da ocorrência.15
pacientes acometidos pela SCA, sexo A dor típica da doença coronariana é
masculino e idade superior a 60 anos, descrita como a sensação súbita de peso ou
mostrando a importância dos profissionais aperto na região precordial, irradiada mais
envolvidos com a assistência com essa faixa frequentemente para o braço superior
etária, considerada uma classe de risco para esquerdo, e menos frequentemente para a
eventos cardiovasculares súbitos. mandíbula ou região epigástrica. Quando essa
Pacientes com fatores de risco para doença dor evolui para infarto, tem duração superior
coronariana têm maior probabilidade de a 30 minutos. Outros sintomas podem estar
infarto ou suspeita clinica de SCA. Os fatores associados, tais como náuseas, vômitos,
de risco são: idade> 50 anos (homens) e 55 sensação de morte eminente, sudorese ou
anos (mulheres), tabagismo, história familiar descarga simpática. O exame físico ajuda
de doença coronariana pregressa (pai e irmãos pouco no diagnóstico, pois se encontra
com história de doença coronariana antes dos frequentemente sem alterações. O
50 anos e mãe e irmãs antes de 55 anos), eletrocardiograma é o exame mais importante
hipertensão, diabetes, dislipidemia e a ser realizado no atendimento pré-
obesidade.9 hospitalar.16-17
Estudo aponta que o clima frio influencia Com relação ao motivo, o IAM ocorre em
no desencadeamento de doenças respiratórias cerca de 10% a 20% dos casos de dor torácica.
e cardiovasculares, tais como asma, Porém, há evidências de que até 10% dos
bronquite, sinusite, acidente vascular pacientes com dor torácica sejam liberados
cerebral, angina e arritmias cardíacas.10 dos serviços de emergência com IAM.18
A relação entre frio e doenças A base para o diagnóstico do infarto e
cardiovasculares tem na hipertensão arterial classificação de SCA é encontrada no
uma das principais causas. A incidência de Eletrocardiograma (ECG), pois este permite
grandes amplitudes térmicas diárias classificar inicialmente o paciente com
corresponde também a uma maior incidência suspeita clinica de SCA.19 Nos prontuários
de mortalidade por doenças analisados, não se encontrou registros sobre a
cardiovasculares. 11
Fisiologicamente, a realização de ECG, o que pode ser justificado
frequência cardíaca diminui, a respiração pelo alto índice de pacientes transportados
torna-se mais lenta e os vasos sanguíneos pelo serviço móvel, provenientes de Unidade
contraem-se, aumentando a pressão de Pronto Atendimento, com possível
sanguínea.12 realização do eletrocardiograma prévio.
Estudo13 evidenciou que a hipertensão O ECG, quando realizado no local de
arterial está correlacionada com fatores atendimento e interpretado pelo médico na
climáticos, sendo que as crises hipertensivas ambulância demonstrou ser um método que
ocorrem com maior frequência em dias frios e diminui em 34% o tempo porta-agulha e em
chuvosos, principalmente nos dias em que há 18% o tempo porta-balão, além de

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proporcionar maiores taxas de tempo porta- Sistema de Saúde no ano de 2009, onde no
balão ideal (menor que 90 minutos).20 mesmo ano as doenças cardiovasculares
Neste estudo, 16,67% dos pacientes fizeram corresponderam a 29% do total de óbitos,
uso de oxigênio (n=24). Não é necessário atingindo o maior custo em hospitalizações de
fornecer oxigênio suplementar para pacientes 1,9 bilhões e 19% dos custos com
sem evidência de desconforto respiratório, hospitalizações.22-23
caso a saturação de oxi-hemoglobinas seja ≥ A alocação de recursos e demais ações do
94%.1 planejamento das ações em saúde pode ser
O paciente com IAM necessita receber orientada pela identificação de picos de
tratamento em ambiente hospitalar, em UTI atendimentos segundo os dias da semana.
ou outras unidades específicas, em média nos Geralmente há diminuição dos atendimentos
primeiros três dias, ficando monitorizado nos finais de semana, mas essa análise deve
ininterruptamente, a fim de que qualquer ser contínua, pois inúmeros fatores podem
complicação, principalmente arritmias, sejam alterar esse perfil.24
imediatamente identificadas e tratadas.20
CONCLUSÃO
Segundo a legislação, que dispõe sobre a
regulamentação da Assistência de As doenças cardiovasculares despontam
Enfermagem em Atendimento Pré-Hospitalar e como primeira causa de morbidade e
demais situações relacionadas com o Suporte mortalidade há décadas, incluindo nesse
Básico e Suporte Avançado de Vida, é grupo a SCA, sendo um desafio para as
privativo do enfermeiro realizar equipes de atendimento pré-hospitalar por
procedimentos de alta complexidade e prestar serem estes os primeiros profissionais que
assistência de enfermagem em unidades chegam ao encontro desses pacientes. Os
móveis de UTI seja terrestre, aéreo ou dados deste estudo reforçam os encontrados
aquático.21 Em função disso pode se justificar na literatura: os pacientes acometidos pela
o maior índice de utilização de Suporte SCA têm idade média superior a 60 anos. Já,
Avançado de Vida nos transportes desses os pacientes atendidos no domicilio e que
pacientes. permaneceram no local do atendimento, na
Com relação às associações entre o motivo medida em que foi descartada a hipótese de
de chamada e as demais variáveis de estudo cuidados de urgência incluindo algum evento
de pacientes atendidos com suspeita clinica cardiovascular, apresentam a idade média de
ou diagnóstico de SCA (Tabela 02), pode-se 36,33, bem abaixo da média dos pacientes
observar diferença estatisticamente acometidos pela SCA.
significativa entre o tipo de suporte realizado Neste estudo foram analisados 144 (2,39%)
com o motivo de atendimento. Em prontuários de um total de 4763 prontuários
atendimentos clínicos houve um maior referentes a todos os atendimentos realizados
percentual de atendimentos pelo Suporte por um serviço de atendimento pré-hospitalar
Básico de Vida e no atendimento para móvel privado no ano de 2012. Com relação à
transporte houve maior utilização do Suporte caracterização dos atendimentos, objetivo
Avançado de Vida (p=0,01). Não se observou desta pesquisa, os 144 prontuários analisados
associação significativa entre o tipo de representam todos os casos relacionados à
atendimento com o sexo dos pacientes, idade SCA atendidos no ano de 2012, destes, 28
ou tempo decorrente do acionamento do estavam relacionados aos atendimentos por
serviço de APH até a chegada ao paciente e motivo clínico e 116 por transporte com
dia do atendimento. suspeita clínica ou diagnóstica de SCA. Vinte e
Com relação às associações entre o sete indivíduos tiveram como motivo do
desfecho as demais variáveis de estudo de chamado a dor no peito e 94 transportes
pacientes atendidos com suspeita clinica ou tiveram origem do pronto atendimento, onde
diagnóstico de SCA (Tabela 03), pode-se o principal diagnóstico foi IAM. O principal
observar que o paciente que foi a óbito era do desfecho foi o encaminhamento para o
sexo masculino e possuía idade maior que os plantão cardiológico, representado por 74
demais pacientes atendidos. Não houve casos.
associação estatisticamente significativa entre Neste contexto, a elaboração e utilização
o desfecho e sexo, tempo de resposta, turno, de indicadores de qualidade assistencial
dia de atendimento. podem beneficiar o serviço na excelência no
No Brasil, em 2009, foram documentados atendimento visando à mensuração de tais
76.481 óbitos associados à SCA, independente índices, bem como o acompanhamento
do local de óbito. A SCA no Brasil foi constante promovendo melhores estratégias
responsável por 7% do total de óbitos, para o de atendimento, devido à grande demanda de

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