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CONTAGEM DE TRAFEGO
Com base em uma amostra de contagem de veículos realizada no mês de Dezembro de 2015,
numa via próxima a via a projectar, determinou-se o trafego médio diário utilizando as
fórmulas do RDN40.
Os dados de contagem de trafego são aprsentados nas tabelas 1 (para veículos comerciais) e
tabela 2 (para veículos não comerciais).
Como pode notar-se nas tabelas 1 e 2 a contagem do trafego não foi feita ao longo de todas
horas do dia para alguns dias da semana, dai que recorre-se as fórmulas do OVERSEAS
ROAD NOTE 40 para fazer a estimativa do tráfego total nos dias em não existe contagem de
trafego de todo o dia, como se vê a seguir:
Veículos comerciais:
Terça-feira:
357
𝐴 = 156 × = 267 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
209
Quarta-feira:
357
𝐵 = 148 × = 285 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
186
Quinta-feira:
357
𝐶 = 76 × = 228 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
119
Sexta-feira:
357
𝐷 = 96 × = 369 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
93
Uma vez que o trafego dos finais de semana é pouco intenso para a estimação do volume
trafego do domingo, toma-se como base o sábado.
Domingo:
260
𝐸 = 39 × = 147 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
69
𝑛 1913
𝑇𝑀𝐷𝐴 = = = 274 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
7 7
Terça-feira:
Quarta-feira:
865
𝐵 = 589 × = 816 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
625
Quinta-feira:
865
𝐶 = 508 × = 702 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
626
Sexta-feira:
865
𝐷 = 722 × = 742 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
726
Uma vez que o trafego dos finais de semana é pouco intenso para a estimação do volume
trafego do domingo, toma-se como base o sábado.
Domingo:
275
𝐸 = 95 × = 144 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠
182
𝑛 4286
𝑇𝑀𝐷𝐴 = = = 613 𝑣𝑒𝑖𝑐𝑢𝑙𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
7 7
A partir do TMDA nota-se que o trafego é constituído por cerca de 31% de veículos
comerciais e 69% de veículos não comerciais.
Análise de trafego:
As cargas por eixo dos veículos pesados são diversas, dependendo de vários factores desde o
tipo de veículo até ao tipo de carga. No dimensionamento devem ser considerados as cargas
por eixos, e os respectivos números de passagens, dos diversos veículos que solicitam o
pavimento durante o período para que é dimensionado (vida útil do pavimento).
O pavimento que será dimensionado no projecto, será solicitado por diversos tipos de
veículos e com eixos diferentes (eixo simples, tandem, e tridem), dos quais será necessário
transformar aquela diversidade de eixos em equivalente número de passagens de um único
eixo simples, de carga padrão (18000 libra ou 80kN), designada por eixo padrão, o que
facilita os cálculos.
Para o projecto nos primeiros 15 anos, considera-se os seguintes dados:
Onde:
(1+𝑖)𝑡 −1
𝐺𝑗𝑡 = 𝑖
i – taxa de crescimento;
𝐹𝐸 − Factor de equivalência.
𝑓𝑑 = 50%
(1+𝑖)𝑡 −1 (1+4,8%)15 −1
𝐺𝑗𝑡 = = = 21,26
𝑖 4,8%
𝑁=2
𝐸𝑆𝐴𝐿 = 0,50 × 21,26 × 0,69 × 887 × 365 × 2 × 0,00002 = 0,000095 × 106 𝐸𝑆𝐴𝑆
𝑓𝑑 = 50%
(1+𝑖)𝑡 −1 (1+4,8%)15 −1
𝐺𝑗𝑡 = = = 21,26
𝑖 4,8%
𝑁=2
𝐸𝑆𝐴𝐿 = 0,50 × 21,26 × 0,21 × 887 × 365 × 2 × 0,00600 = 0,0087 × 106 𝐸𝑆𝐴𝑆
𝑓𝑑 = 50%
(1+𝑖)𝑡 −1 (1+4,8%)15 −1
𝐺𝑗𝑡 = = = 21,26
𝑖 4,8%
𝑁=3
𝐸𝑆𝐴𝐿 = 0,50 × 21,26 × 0,1 × 887 × 365 × 3 × 0,0196 = 0,020 × 106 𝐸𝑆𝐴𝑆
Método CBR;
Método AASHTO;
Método de Catálogo da SATCC.
Método CBR
O método de CBR, é um método empírico, que consiste na determinação das espessuras das
camadas do pavimento com base no CBR das mesmas, a determinação da espessura total do
pavimento, depende do CBR da camada de Subleito. Conhecido o CBR do projecto entra-se
com esse valor nas curvas de dimensionamento, obtendo-se directamente a espessura total do
pavimento, se se tratar do CBR do Subleito.
No presente projecto a carga por roda a considerar será de 5.5 ton/roda.
P=5.5 ton./roda
CBR (Subleito)= 6%
CBR (Sub-Base) = 20%
Espessura do revestimento = 5cm
Resolução
Primeiro determina-se a espessura total do pavimento com base no CBR do Subleito.
𝐶𝐵𝑅𝑠𝑢𝑏𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 = 6% (𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑛𝑜 á𝑏𝑎𝑐𝑜) ↷ 𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 36 𝑐𝑚
𝑒1 = 5 𝑐𝑚
{𝑒2 = 12 𝑐𝑚
𝑒3 = 19 𝑐𝑚
Figura 3 – Desenho do pavimento com as espessuras calculadas
Dados de entrada
𝐶𝐵𝑅 do 𝑆𝑢𝑏−𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜 = 6% ↷ 𝑆3
𝐸𝑆𝐴𝐿𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 0,03 × 106 𝐸𝑆𝐴𝑆 ↷ 𝑇1
Região Seca
Base granular/ Sub-base granular.
Com base nos dados verifica-se que o subleito é da classe S3 (CBR = 5-7%). Dando entrada
no catálogo tem-se as seguintes espessuras que compõem o pavimento.
𝑎2 = 0,105/polegadas
{
𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 22 000 Psi
Gráfico 3- Variação do Coeficiente Estrutural da base granular (a2) em base com vários
parâmetros de resistência
𝑎3 = 0,082/polegadas
{
𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 12 000 Psi
Gráfico 4 - Variação do Coeficiente Estrutural de sub-base granular (a3), em base sujeita a
vários parâmetros de resistência.
SN3 = 2,50
{SN2 = 2,100 ↷ Tirados do gráfico 5, Função
𝑆𝑁1 = 1,30
de, 𝑅, 𝑆𝑜 , 𝑀𝑅 𝑜𝑢 𝐸 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑜 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑒 ∆𝑃𝑆𝐼
Gráfico 5 – gráfico para determinação do número estrutural das camadas (AASHTO, 1993)
SN1 1,30
𝐷1 ∗ = = = 3,1 𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 = 78 𝑚𝑚 ≈ 80 𝑚𝑚
a1 0,425
𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑆𝑁3 ∗ + 𝑆𝑁2 ∗ + 𝑆𝑁1 ∗ = 0,40 + 0,78 + 1,32 = 2,50 > SN3 = 1,98 𝑂𝐾!
Desenho final:
Coeficiente estrutural/
Camada Espessura (mm) Número estrutural
polegada
Revestimento 80 1,30 0,425
Base 150 2,10 0,105
Sub-base 100 2,50 0,082
Tabela 2 – Resultados de dimensionamento de pavimentos pelo método AASHTO
Solução adoptada:
A determinação das espessuras foi feita recorrendo a três métodos CBR, catálogo e método
da AASHTO. Dentre os três métodos abordados pode se notar que o método da AASHTO
para alem de ter em conta o trafego sobre a via, considera também algumas propriedades dos
materiais que compõe as diferentes camadas de pavimento, que não são consideradas em
outros métodos. Como se sabe, na prática a durabilidade, bem como o comportamento da via
no geral é muito influenciado pelos materiais que compõe a estrutura do pavimento. Sendo
assim para o projecto embora o método da AASHTO apresente a menor espessura total do
pavimento considerou-se mais prudente que o pavimento tivesse a espessura obtida por este
método, devido a boa abordagem do método em assuntos referentes a funcionalidade e
comportamento estrutural da via perante as solicitações do trafego.
Camada de revestimento = 80 mm
Solução: Pelo método de AASTHO ↷ { Camada de base = 150 mm
Camada de Sub − base = 100 mm