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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 4
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
6.BIBLIOGRAFIA: 20
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1.INTRODUÇÃO
Gênero e relações internacionais são duas vertentes que demoraram muito tempo
para se cruzarem. A matéria, que surgiu com uma proposta de conservar e ampliar o
poder das nações, foi relutante em inserir questões tão importantes como o gênero em
seu repertório. Quando o pensamento moderno dentro de R.I foi englobado em gênero
seu conceito e proposta mudaram, havendo uma maior preocupação em defender não só
os estados mas também todos os seus moradores de maneira individual e coletiva da
melhor forma possível. Para entendermos por que essas duas vertentes demoraram para
se encontrar, é necessário exporá-las para chegarmos na raiz da união.
No cotidiano, é expressamente normal tomarmos gênero como algo dado. É como
se tudo fosse reconhecido com simples distinções: homens e mulheres, meninos e
meninas. A partir disso, homens e mulheres são ensinados a portarem-se de maneira
divergente para que essa distinção e divisão fique clara. Cada um desses
comportamentos é tão familiar que parece natural. A crença de distinções de gênero já
está muito enraizada na sociedade, fazendo com que as pessoas estranhem todo tipo de
comportamento fora do normal: por exemplo, quando pessoas do mesmo gênero se
apaixonam.
As decisões jurídicas antigay em cidades estadunidenses, assédio sofrido por
homens homosexuais em todo o mundo, a criminalização do adultério feminino em países
mais conservadores, a lei Don’t Ask, Don’t Tell - só fazem sentido porque as questões que
elas envolvem não são questões normalizadas pela sociedade.
Podemos dizer que, ser homem ou mulher não é pré-determinado, é ‘tornar-se’,
é algo que está em constante construção. Simone Beauvoir (1949) já dizia que “Não se
nasce mulher, torna-se”. Assim, não podemos pensar que ‘ser mulher’ ou ‘ser homem’
são experiências pré-determinadas natureza, mas também não podemos pensar que
qualquer tipo de orientação sexual foi algo imposto. As pessoas se constroem femininas
ou masculinas. Diversas pesquisas de psicologia afirmam que todos nós combinamos
características determinadas como femininas e masculinas.
Nas palavras de Joan Scott:
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Por gênero me refiro ao discurso da diferença dos sexos. Ele não se relaciona
simplesmente às idéias, mas também às instituições, às estruturas, as práticas cotidianas,
como aos rituais, e tudo o que constitui as relações sociais. O discurso é o instrumento de
entrada na ordem do mundo, mesmo não sendo anterior à organização social, é dela
inseparável. Segue-se, então, que o gênero é a organização social da diferença sexual.
Ele não reflete a realidade biológica primeira, mas ele constrói o sentido desta realidade. A
diferença sexual não é causa originária da qual a organização social poderia derivar: ela é
antes, uma estrutura social móvel que deve ser analisada nos seus diferentes contextos
históricos. (SCOTT, Joan,1998, p. 15)
Outra observação notável sobre o gênero a ser apontada é que diversas informações e
níveis de riqueza conseguem manipular um universo que é principalmente voltado aos
homens. Em geral, apesar dos homens se beneficiarem das desigualdades da ordem de
gênero, esse beneficio não ocorre de uma maneira uniforme. Meninos e homens sofrem
com essas noções dominantes sobre a masculinidade por serem gays, afeminados ou
considerados fracos, acabando como alvos de violência. Homens que não estão de
acordo com as definições dominantes de masculinidade podem pagar um preço por isso.
Com isso, a faca de dois gumes chamada gênero é facilmente identificada, já que
ao mesmo tempo que é uma fonte de prazer e auto-conhecimento, também incita
dificuldade para algumas pessoas, mesmo sendo inerentemente politico. Em toda essa
ordem, a desigualdade e a opressão na questão do gênero, as minorias vêm demandado
o reconhecimento de direitos. Um dos movimentos de mudança mais fortes do momento é
a legalização do casamento gay. Casais do mesmo sexo podem se casar em treze
estados dos E.U.A e em seu distrito federal. Taiś a Ribeiro Fernandes afirma que:
Apesar dos diversos estudos e pesquisas realizados, buscando as causas que dão origem
à homossexualidade, se decorre de fatores biológicos, genéticos, sociais ou
comportamentais, nada de concreto ainda se pode dizer a respeito. O que podemos
afirmar é que não se trata de uma atitude consciente e deliberada, ninguém acorda um
belo dia dizendo: “a partir de hoje eu vou ser homossexual, ou, ao contrário: depois de
domingo não serei mais homossexual!” […]. (FERNANDES, Taísa Ribeiro. Ob. cit., 2004,
p. 21.)
Essa é uma reforma em rota de ascensão, levando em conta os direitos adquiridos com
tanta força. Na América Latina entre 16 países que permitem gays e lésbicas se
casarem, nove fizeram essa mudança de 2010 para cá. Isso mostra como as mudanças
na área de gênero estão sendo lentas e graduais. Mesmo assim o impacto cultural foi
imenso. Tomando esse exemplo, é perceptível notar como várias leis foram quebradas
recentemente. A lei Don’t Ask, Don’t Tell, foco do projeto, foi prorrogada só em 2011.
É muito claro que vida humana não se divide em duas esferas, nem o caráter humano
se divide em apenas dois tipos. Nossas imagens de gênero são quase sempre
dicotômicas, mas a realidade não. A definição de Gênero torna-se, assim, complicada,
pois além de apresentar vários significados, agrega no seu bojo os sentidos mais amplos
ligados a "caracteres convencionalmente estabelecidos", bem como a "atividades
habituais decorrentes da tradição" (ALMEIDA p.844)
As ciências sociais conseguem ser uma salvação para toda essa dificuldade. O que é
necessário, é tirar o foco da diferença presente nas pessoas e focar nas relações. Acima
de tudo, gênero é uma questão de relações sociais dentro das quais indivíduos e grupos
atuam e é por isso que as relações internacionais possuem uma grande importância
dentro do tema. Portanto, “[...] cabe o cuidado para não cair nos particularismos e na
fragmentação [...]”. (MOREIRA, et. al., 2006, p. 8).
Enquanto notamos quebras de paradigmas tão importantes na sociedade num período
de tempo tão recente, podemos afirmar que nas relações internacionais, aconteceu a
mesma coisa. Os indivíduos começaram a ser tratados como tais a partir do
construtivismo. Anteriormente, a visão de R.I era concentrada “pelo poder de impor a
visão legítima do mundo social, ou melhor, pelo reconhecimento (...) que confere
autoridade para impor o conhecimento legítimo do sentido do mundo social, de sua
significação atual e da direção na qual ele vai e deve ir” (BOURDIEU, 2001, p. 226).
O construtivismo surgiu na metade dos anos 80 e possui uma abordagem reflexiva.
Mesmo existindo vários tipos de construtivismos, passando desde o mais positivista até o
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Uma teoria estrutural [que] postula que é possível se conceber uma “cultura” do sistema
internacional que afete não apenas o comportamento mas também as identidades dos
atores (estados). Embora formulada em estilo de grande abstração e generalização, a teoria
de Wendt pretende defender que é possível considerar a formação de uma “cultura” do
sistema internacional que tenda a gerar uma “reflexividade” ou “auto-compreensão”
sistêmica. Isto é proposto como parte de um esforço de dar sentido à idéia da possibilidade
de que o sistema pratique uma “auto-intervenção” promovendo reformas institucionais de
maneira equivalente ao que seria a “terapia” para o indivíduo.
Aplicando tudo o que foi discutido anteriormente, conseguimos ter uma visão mais
ampla da importância do gênero aplicado internacionalmente. Inserindo isso na realidade,
a lei ‘Don’t Ask, Don’t Tell’ consegue trazer mais elementos para a discussão e sua
importância. Gênero DEVE ser discutido e pautado em escala global.
A lei ‘Don’t Ask, Don’t Tell’ entrou em vigor em 1993 e pode ser definida como a
obrigação de militares homossexuais a silenciarem-se sobre sua orientação sexual, caso
contrário, sua expulsão era obrigatória. Desde 2011, a lei foi revogada pelo Pentágono
americano, que agora, permite homens e mulheres LGBT a prestarem abertamente o
serviço militar sem que sejam expulsos.
Desde a sua criação, mais de 13 mil soldados foram expulsos de seus postos
simplesmente por assumirem sua sexualidade. É expressamente claro que a repressão
contra os LGBT não é um assunto novo, mas todo o esforço realizado para que militares
tenham sua sexualidade exposta e não reprimida permite que toda essa discussão tome
outros ares.
Antes de existir a lei ‘Don’t Ask, Don’t Tell’ originalmente, os indivíduos não eram
removidos por conta da sexualidade revelada, mas sim pelo ato da sodomia entre dois
indivíduos do mesmo sexo no qual levava à uma expulsão justificada do serviço militar
segundo Berube (1990).
Barrar homossexuais e dispensa-los do serviço militar era esporádico e determinado
pela necessidade de integrantes. Durante a Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria, a
expulsão de homossexuais foi muito reduzida, mas assim que os tempos eram de paz,
esse índice aumentava. (Herek, belkin, 2005)
Um outro efeito da Segunda Guerra Mundial, foi quando a psiquiatria tornou-se parte do
processo militar. Berube (1990) afirmou que a determinação da homossexualidade como
uma doença mental mudou o foco do ato sexual para o indivíduo. Assim, a nova análise
considerou homossexualidade como um tipo de personalidade que não servia para o
exército.
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Durante os anos 40, Todos candidatos homens eram submetidos a testes psicológicos
para determinar se eram gays ou não. Aqueles homens que diziam ser homossexuais
apenas para não servir o exercito tinham suas vidas investigadas para determinar se era
realmente verdade.
Para as pessoas já adimitidas, caso descobertas, passavam pela ‘Baixa Honrosa’:
termo designado para desligamento do soldado que mentiu sobre sua sexualidade e
foram pegos. Foi registrado que as primeiras comunidades gays de São Francisco
surgiram a partir de membros membros gays das forças armadas expulsos, já que não
tinham condições de retornarem para suas cidades de origem.
As mulheres por sua vez, quando foram permitidas entrarem para o exercito, eram
submetidas ao teste também, Haviam formulários nos quais possuíam a pergunta sobre a
sexualidade das mesmas. Nada impedia bi/homossexuais de mentirem sobre a resposta,
porém, não existiam políticas a respeito de lesbianismo ou leis proibindo os atos sexuais
entre elas.
Essa determinação psiquiátrica da homossexualidade como doença mental serviu
durante muito tempo para justificar a expulsão dos soldados gays. Nos anos 50, houve
mais uma justificativa: gays foram determinados como pessoas fáceis de serem
manipuladas, sendo assim um risco à segurança internacional. Esse tipo de laudo foi
apoiado pela organização mundial da saúde até 1990.
A lei DADT serviu como uma fundamentação jurídica para a expulsão de membros
LGBT, com a discrição em não haver questionários sobre a sexualidade. Os idealizadores
da lei foram o alto escalão militar dos Estados Unidos mesmo com Bill Clinton estando no
poder da nação. Em seu discurso presidencial, Bill queria que o público LGBT tivessem o
acesso às forças armadas sem precisarem ocultar sua preferência sexual. Segundo Sean
Wilentz, o presidente não queria deslegitimar a hierarquia e os senhores de guerra
americanos, por isso demonstrou apoio em seu discurso, porém não fez nada a respeito.
A lei ‘Don’t Ask, Don’t Tell’, que entrou em vigor em 1993, retirando toda e qualquer
pergunta sobre condição sexual e tinha a condição de que o integrante não poderia torna-
la publica. Ou seja, a lei era apenas uma modificação nas políticas já aplicadas
anteriormente.
Ela possuia a seguinte estrutura: qualquer membro das forças armadas poderia ser
dispensado do serviço militar caso se envolvesse em alguma relação sexual com uma
pessoa do mesmo sexo e fosse descoberto, caso se assumisse bi/trans/homossexual ou
se estivesse em alguma união homossexual estável. A lei incitava que a sexualidade era
uma questão pessoal e privada para todos, porém o serviço militar não permitiria que
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seus membros manifestassem uma conduta sexual. Não lhes era perguntada a
sexualidade, porém caso declarada, a investigação era realizada e a pena da expulsão
era aplicada.
Foi computado mais de 20 mil homossexuais servindo o exercito americano em 1993.
Alguns, revoltados com a lei, se viram obrigados a afirmar sua identidade, mesmo que a
expulsão fosse a única alternativa. outros se mantiveram em segredo para continuarem
com seus postos. Enquanto a lei perpetuava, mais de 13 mil soldados foram expulsos de
seus cargos por terem sido descobertos ou terem revelado sua condição sexual.
PG 15 https://books.google.com.br/books?id=fg4n9d-
AjDQC&pg=PA4&lpg=PA4&dq=TOTAL+NUMBER+OF+HOMOSSECUAL+DISCHARGES&source=bl&ots=PqkupKajjw&sig=qAA44Jaqf
fj_7_OlII9kQYBErL0&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwizyfafpK_XAhXHlZAKHSAmCBcQ6AEIODAB#v=onepage&q=TOTAL%20NUMBER%20OF%20HOMOSSEC
UAL%20DISCHARGES&f=false
seja, ao mesmo tempo, princípio e efeito do outro: do que é interdito não se deve falar até ser
anulado no real; o que é inexistente não tem direito a manifestação nenhuma, mesmo na
ordem da palavra que enuncia sua inexistência; e o que deve ser calado encontra-se banido do
real como o interdito por excelência”.
Segundo ele, a conciliação dessas interdições criou certo tipo de censura na qual a
“lógica do poder sobre o sexo seria a lógica paradoxal de uma lei que poderia ser
enunciada como injunção de inexistência, de não manifestação e de mutismo”.
As respostas dos grupos que estavam lutando contra essa lei, diziam que ela incitava a
homofobia, já que os membros militares estavam sendo obrigados a esconderem sua
sexualidade. Além disso, era requerida uma justificativa plausível para o afastamento de
homo/bissexuais das forças armadas.
O Departamento de Defesa dizia que:
estima e maior satisfação profissional. Mas também podemos pensar socialmente sobre
esse fenômeno. A participação de pessoas com orientações e gêneros sexuais diferentes
seja no exercito ou em qualquer local, é uma manifestação de diversidade.
Diversidade basicamente significa diferenças nos modos que cada indivíduo pensa,
reage à situações, se realizam, fazem seus deveres. Algumas dessas diferenças devem
ser integradas nas forças armadas, já que isso pode ser uma vantagem. Com uma maior
diversidade de pessoas, as inovações podem ser melhoradas e problemas podem ser
pensados com soluções diversificadas. A lei Don’t Ask Don’t Tell não passa de mais um
obstáculo na luta pela igualdade de gêneros que foi superado.
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Já que relações internacionais estavam ligadas com o termo de guerras, podemos ligar
guerra com violência, o que nos levaria a concluir o pensamento com a palavra:
segurança.
A segurança internacional passou a existir de maneira informal a partir da idade média,
quando foi criado o conceito de estado nação que corresponde ao período de transição da
Idade Média e o início da Renascença, onde se identificam as Cidades-Estado italianas,
Maquiavel citava a seguinte frase: ”Todos os Estados, todos os domínios que imperaram
e imperam sobre os homens, foram e são repúblicas ou principados" (Maquiavel, 1977: 5
apud Bobbio, 1987: 65); e uma terceira acepção que seria o Estado moderno "dos
grandes estados territoriais que se transformaram em uma sociedade medieval" (Bobbio,
op cit: 68).
Com as relações internacionais, a segurança tornou se um elemento cientifico de
estudo e se modificou durante o passar do tempo. No realismo, por exemplo que foi a
primeira vertente de relações internacionais, era definido por questões de hard power e
high politics, já que o Estado era
estruturais, não se pode confiar em outros Estados, nem nas instituições internacionais,
pois um Estado só pode garantir a sua segurança com a maximização do seu poder,
principalmente o militar. A paz, nessa acepção, fundamenta-se na hegemonia de um
Estado ou no equilíbrio de poderes entre as maiores potências do sistema internacional
(cf. MORGENTHAU , 2003; WALTZ, 2002).
O problema é que, como conceito, nem segurança individual, nem segurança internacional
existe. Segurança nacional, que é a segurança do Estado, é o nome de um debate em
curso, uma tradição, um conjunto de práticas estabelecidas e, como tal, o conceito tem um
referente formalizado; pelo contrário, a “segurança”, de quem quer que seja/ seja do que
for, é uma idéia muito pouco clara (WAEVER, 1995a, p.47)
a nova ordem mundial que se manifesta no Pós-Guerra Fria permitiu aos teóricos das
Relações Internacionais atentarem para outras questões além do Estado como, por
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A posição das pessoas LGBT nas forças armadas é reconhecido realmente como um
direto humano. Muitos militares sabem que a diversidade é criticamente importante para a
defesa de organizações atuais socialmente e de maneira orçamentaria, inclusive a do
próprio exercito. Foi estimado que os EUA perderam cerca de 500 milhões de dólares
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implementando a lei DADT em todos esses anos. Os militares tinham que gastar tempo e
recursos para investigar alegações de possíveis homossexuais.
Como visto anteriormente durante os capítulos, o gênero ganhou forças com o
feminismo, no qual abriu portas para diferentes orientações.
Primeiramente, a segurança tinha seu caráter tradicional ,que consistia na defesa de
territórios, o militarismo e o autoritarismo, sendo muito masculinista. Isso porque favorece
ao mesmo tempo o espaço público, dominado pelo homem fazendo com que as relações
internacionais e tudo que as envolviam tivessem influencias estereotipadas dos homens,
como a força, falta de sensibilidade, foco, entre outros.
Para Buzan,& Hansen (2012), as novas teorias das relações internacionais, procuram
“compreender como a segurança dos indivíduos e dos grupos é comprometida pela
violência, tanto física quanto estrutural, em todos os níveis”” (BUZAN & HANSEN, 2012,
p. 316) e foi esse o rumo que a segurança internacional também acabou tomando. A
segurança internacional tornou-se mais humanizada, Kosminsky (2007), o que possibilitou
a conciliação dos níveis individual, doméstico e internacional, de maneira que a utilização
de um conceito amplo de segurança fosse comum à maioria dos estudos feministas da
área. se debruça sobre a questão das migrações internacionais.
A influência da Segurança Internacional para a lei ‘Don´t Ask, Don´t Tell’ foi sua
mutação conforme o tempo passou. Com o realismo, políticas militares dominaram as
relações internacionais e também a forma das pessoas inseridas nesse meio em ver o
mundo. Com o avanço das teorias, juntamente com a preocupação das diversas faces da
segurança internacional percebeu-se que era necessário tomar novos rumos referente à
alguns assuntos.
Os direitos humanos influenciaram as relações internacionais e seu conceito de
segurança a pensarem como uma nação que possuem indivíduos diferenciados com a
mesma necessidade de viverem em paz consigo mesmo e sua sexualidade mas também
em sociedade.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A lei ‘Don´t Ask, Don´t Tell´ entrou em vigor em 1993 e é definida como a
obrigação de militares homossexuais a silenciarem-se sobre sua orientação sexual, caso
contrário, sua expulsão era obrigatória. Desde 2011, a lei foi revogada pelo Pentágono
americano, que agora, permite homens e mulheres LGBT a prestarem abertamente o
serviço militar sem que sejam expulsos. Desde a sua criação, mais de 13 mil soldados
foram expulsos de seus postos simplesmente por assumirem sua sexualidade.
Essa lei afetou principalmente as questões de gênero, nas quais impediam
que membros gays do exército americano de revelarem sua sexualidade, o que causou
um caos interno. Como um exército tão poderoso, quanto o americano permitiu que uma
lei tradicional perpetuasse em tempos tão atuais?
Diversas justificativas foram dadas para a tal aplicação mas nenhuma foi
efetiva a ponto de barrar sua decadência. A diversidade dentro de qualquer espaço de
trabalho é benéfica para as pessoas, já que permite uma maior gama de pensamentos,
ideias e inovação.
A segurança internacional possuiu de diversas transformações. Em seu início
o realismo enxergava-a como necessidade de poder para realizar ameaças a outros
estados que possam invadir o seu território, ferir a autonomia ou soberania. Com o passar
do tempo, a segurança internacional tomou diferentes vertentes como importantes, além
do militarismo, existe a segurança hospitalar, econômica, alimentar e também a humana e
política. Com essa transformação, o gênero possui uma ligação extremamente forte com
as relações internacionais, reforçando o fato de que o indivíduo tem sua importância
colocada como prioridade.
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6.BIBLIOGRAFIA:
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22
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