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Aula 04

(Enfermagem em Clínica Médica – Parte 2)

[CURSO RETA FINAL]


Questões Comentadas de Enfermagem

Um novo olhar sobre a preparação para


concursos na área da Enfermagem.

Professor Rômulo Passos


https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos
www.romulopassos.com.br

Crédito da imagem: www.maiscapasfacebook.com.br

Hoje levantei pensando...


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque
meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a
poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para
administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou
posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer
por ter trabalho.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de
fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para
recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui
estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Charles Chaplin

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Olá, amigo (a) concurseiro (a)!

Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso “Reta Final - Questões Comentadas
de Enfermagem”. Todas as informações sobre o nosso curso encontram-se na primeira aula.
A leitura é importantíssima para que você possa entender o funcionamento e a metodologia
adotada. No entanto, se persistirem quaisquer dúvidas ou mesmo críticas e sugestões teremos
satisfação de respondê-las através do fórum de dúvidas ou do e-mail
contato@romulopassos.com.br.

Para o seu controle e planejamento, segue o cronograma dos temas que serão
trabalhados em nosso curso:

Nº Aulas Datas

1 Resíduos Sólidos em Saúde. Biossegurança. Métodos de Esterilização e 07/11/13


Desinfecção, Limpeza. Central de Material de Esterilização (gratuita).
2 Enfermagem em Clínica Médica - Parte nº 1 (gratuita). 13/11/13
3 Legislação em Enfermagem. Ética em Enfermagem (gratuita). 19/11/13
4 Enfermagem em Clínica Médica - Parte nº 2 (gratuita). 25/11/13
5 Enfermagem em Doenças Infecciosas. 29/11/13
6 Enfermagem em Urgência e Emergência. UTI. 05/12/13
7 Enfermagem em Saúde da Mulher. 10/12/13

8 Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente. Imunização. 16/12/13


Alimentação Infantil.
9 Enfermagem em Clinica e Centro Cirúrgico. 20/12/13
10 Administração em Enfermagem. 27/12/13
11 Sistematização da Assistência da Enfermagem. 03/01/14
12 Enfermagem em Saúde Mental. 09/01/14
13 Fundamentos da Enfermagem Parte nº 1. 15/01/14
14 Fundamentos da Enfermagem Parte nº 2. 21/01/14
15 Saúde do Idoso. Atenção Domiciliar. Outros temas. 27/01/14
16 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 1 07/02/14
17 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 2 14/02/14
18 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 3 21/02/14
19 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 4 25/02/14
20 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 5 28/02/14
21 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 6 12/03/14

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NÃO PERCA NADA DO TRABALHO QUE TEMOS PREPARADO COM


CARINHO PARA VOCÊ!

Professor, acompanho sua página desde o


início, mas somente agora recebi a
mensagem sobre o curso Reta Final. Perdi
um tempo valioso. Por que isso ocorreu,
quero dizer, por que não recebi as
mensagens das aulas no facebook?

Amigos (as), recebemos dezenas de mensagens


relatando o mesmo problema. Diariamente temos postado uma série de
informações relativas a concursos públicos na área da saúde, bem como
diversos materiais direcionados à preparação de vocês.

No entanto, o facebook restringe o envio das publicações da


página a apenas 10 ou 20% do número de membros. Tendo em vista que
já somos mais de 60 mil membros, está cada vez mais difícil que as
mensagens cheguem a todos. Logo, para que você e seus amigos não
percam nada do nosso trabalho, alguns procedimentos são necessários:
1. Sempre que possível curta, compartilhe (o mais importante) e
comente as publicações do seu interesse ou que possam interessar
aos seus amigos, assim o algoritmo do facebook o reconhecerá
como usuário preferencial;
2. Adicione agora mesmo a nossa página a sua lista de
interesses;
Tudo é muito simples e rápido: abra a página “Professor
Rômulo Passos”, clique na opção “curtiu” e marque a opção
“adicionar às listas de interesse”. Este procedimento é vital
para que a nossa página mantenha-se viva no facebook.
https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos

Boa leitura e bons estudos!


Professor Rômulo Passos
“Queira, Basta ser sincero e desejar profundo...” (Raul Seixas)

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1- Questões de Aprofundamento sobre Resíduos Sólidos em


Saúde. Métodos de Esterilização e Desinfecção, Limpeza. Infecção
Hospitalar (Aula nº 1)
Nobres amigos, nosso maior compromisso é com a aprovação de vocês no concurso
almejado. Por isso, nas aulas sempre teremos questões de revisão e aprofundamento dos
assuntos estudados anteriormente.
Inicialmente, vamos resolver 10 novas questões sobre o assunto da primeira aula, 14
questões a respeito do assunto da segunda aula e 1 questão relativa ao conteúdo da terceira
aula. Em seguida, vamos comentar as questões de Enfermagem em Clínica Médica (parte 2).

1. (UFPE-PE/2013) A higienização das mãos é uma preocupação constante, por tratar-se da


medida mais simples e menos dispendiosa para a prevenção das infecções hospitalares, e para
a segurança do profissional de saúde. Sobre as recomendações para realizar este
procedimento, assinale a alternativa que não corresponde às orientações da ANVISA.
a) A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, quando não houver sujidade aparente.
b) Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de evitar o
ressecamento da pele.
c) Após a higienização das mãos com água e sabão, deve-se fazer uso de uma preparação
alcoólica.
d) Depois do uso da preparação alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem
completamente, sem a utilização de papel-toalha.
e) Deve-se aplicar creme hidratante nas mãos diariamente, para evitar o ressecamento.
COMENTÁRIOS:
Vamos resolver essa questão, detalhando cada item.
Item A. Correto. A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, somente quando
não houver sujidade aparente. De forma diferente, quando as mãos estiverem visivelmente
sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais, devem ser lavadas
primeiramente com água e sabão para limpar o excesso de sujidade.
Item B. Correto. Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das
mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele.

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Item C. Incorreto. Para evitar ressecamento e dermatites, não é recomendada a

higienização das mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar
uma preparação alcoólica.
Item D. Correto. Depois da lavagem das mãos com água e sabão, deve secá-las com
papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. O papel-toalha deve
ser desprezado na lixeira para resíduos comuns. Por outro lado, depois do uso da preparação
alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem completamente, sem a utilização de papel-
toalha.
Item E. Correto. Para fins de higienização das mãos de profissionais que atuam em
serviços de saúde, recomenda-se: manter as unhas naturais, limpas e curtas; não usar unhas
postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; evitar utilizar anéis, pulseiras e
outros adornos quando assistir ao paciente; aplicar creme hidratante nas mãos, diariamente,
para evitar ressecamento na pele.
O gabarito da questão, portanto, é a letra C.

2. (Prefeitura de Vimão-RS/Fundatec/2012) No processo de higienização das mãos, não é


indicado o uso de ________, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é
________, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear
________. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a
________ das mãos. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do trecho acima.
a) secadores manuais – obedecido – microrganismos – recontaminação
b) secadores elétricos – obedecido – microrganismos – recontaminação
c) secadores elétricos – desrespeitado – microrganismos – recontaminação
d) secadores elétricos – obedecido – antissépticos – contaminação
e) porta-toalhas – obedecido – microrganismos – recontaminação
COMENTÁRIOS:
No processo de higienização das mãos, não é indicado o uso de secadores elétricos,
uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver
dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear microrganismos. O
acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a
recontaminação das mãos. Por isso, o gabarito é a letra B.

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3. (Prefeitura de Gramado-RS/Fundatec/2013) Em relação à higienização das mãos, para a


segurança do paciente, é INCORRETO afirmar que:
a) As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se
destinam.
b) Apesar de as evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão das
infecções relacionadas à assistência à saúde, e os efeitos dos procedimentos de higienização
das mãos na diminuição das taxas de infecções, os profissionais de saúde ainda adotam uma
atitude passiva diante deste problema de saúde pública mundial.
c) Devem higienizar as mãos apenas os profissionais que trabalham em serviços de saúde que
mantêm contato direto com os pacientes. Recomenda-se, ainda, que familiares,
acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente, nos
serviços de saúde.
d) As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.
e) A higienização simples das mãos tem por finalidade remover os microrganismos que
colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células
mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
COMENTÁRIOS:
Meus amigos, em relação ao item D, destacamos que a lavagem das mãos pode ser feita
de maneira diferente, conforme ação do profissional que trabalha em serviço de saúde, ou
seja, as mãos desses profissionais podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão,
preparação alcoólica e antisséptico. A utilização de um determinado produto depende das
indicações descritas abaixo:
1 - O uso de água e sabão é indicado:
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais.
 Ao iniciar o turno de trabalho;
 Após ir ao banheiro;
 Antes e depois das refeições;
 Antes de preparo de alimentos;
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos;
 Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

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2 - Uso de preparação alcoólica - higienizar as mãos com preparação alcoólica


quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:
 Antes de contato com o paciente
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde.
Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura
corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e
gestos de cortesia e conforto.
 Após contato com o paciente
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.
 Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde.
Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias
oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e
com dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).
 Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram
preparo cirúrgico.
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde.
Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.
 Após risco de exposição a fluidos corporais
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou
pacientes.
 Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao
paciente.
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma
determinada área para outras áreas de seu corpo.
Exemplo: troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter intravascular.
Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional.
Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequência: sítio
menos contaminado para o mais contaminado.

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 Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao


paciente.
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou
pacientes.
Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama,
ajuste da velocidade de infusão de solução endovenosa.
 Antes e após remoção de luvas
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou
pacientes.
As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a
transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade
sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos.
3 - O uso de Antissépticos (Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à
higienização antisséptica das mãos e degermação da pele) é indicado:

 Higienização antisséptica das mãos.


 Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes.
 Nos casos de surtos.

 Degermação da pele.
 No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para
toda equipe cirúrgica).
 Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter
intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise,
pequenas suturas, endoscopias e outros.
A alternativa incorreta é a letra C, pois a lavagem das mãos deve ser feita por todos os
profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com
os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou
contaminado.

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4. (UFG-2013) De acordo com o manual sobre “Segurança do paciente: higienização das


mãos”, a higienização das mãos com preparação alcoólica (sob a forma de gel ou líquida com
1-3% glicerina) é indicada quando estas não estiverem visivelmente sujas. Mediante esta
situação, quando deve ser usada esta preparação?
a) Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; antes e após a remoção de luvas.
b) Antes e após o contato com o paciente; antes do preparo e da manipulação de
medicamento.
c) Antes e após a administração de medicamentos.
d) Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a ANVISA, as mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde
podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico. A
utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:
1 - O uso de água e sabão é indicado:
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais;
 Ao iniciar o turno de trabalho;
 Após ir ao banheiro;
 Antes e depois das refeições;
 Antes de preparo de alimentos;
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos;
 Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

2 - Uso de preparação alcoólica - higienizar as mãos com preparação alcoólica


quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:
 Antes e após o contato com o paciente;
 Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos
invasivos;
 Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não
requeiram preparo cirúrgico;
 Após risco de exposição a fluidos corporais;
 Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o
cuidado ao paciente;
 Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao
paciente;
 Antes e após remoção de luvas.

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3 - O uso de Antissépticos (Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à


higienização antisséptica das mãos e degermação da pele) é indicado:

 Higienização antisséptica das mãos;


 Degermação da pele.
Após exposição inicial do tema, vamos verificar as assertiva em relação à higienização
das mãos:
Item A. Incorreto. Ao iniciar e terminar o turno de trabalho é indicado o uso de água e
sabão, e não de preparação alcoólica.
Itens B e C. Incorretos. Antes do preparo e da manipulação de medicamento é indicado
o uso de água e sabão, e não de preparação alcoólica.
Item D. Correto. Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo é
indicado o uso de preparação alcoólica.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

5. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Relacione as categorias de isolamento e


exemplos de infecções.
A - Precauções padrão. ( ) Neisseria meningiditis.
( ) varicela.
B - Isolamento respiratório. ( ) Clostridium difficile.
( ) Atendimento a todos os pacientes.
C - Isolamento de gotículas. ( ) sarampo.
( ) impetigo.
D - Isolamento de contato. ( ) Haemophilus influenzae.
( ) Enterococo resistente à vancomicina.
( ) tuberculose.
( ) caxumba.
( ) coqueluche.
( ) Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) C – B – D – A – B – D – C – D – B – C – C – D.
b) A – C – D – B – A – D – C – B – C – B – D – B.
c) B – A – C – C – D – D – A – C – D – C – A – B.
d) D – A – C – B – D – A – B – D – C – D – B – C.

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COMENTÁRIOS:

As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória (por gotículas
e aerossóis).
As gotículas têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória alta, ou
seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as partículas são
menores, permanecem suspensas no ar por longos períodos de tempo e, quando inaladas,
podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.
Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras por aerossóis, as
quais requerem modos de proteção diferentes.

Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por


gotículas?

Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve ser
utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. Para melhor definição de rotina, orienta-se que
seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
• Internação do paciente: quarto privativo ou, caso não seja possível, em quarto de
paciente com infecção pelo mesmo microrganismo (coorte); a distância mínima entre os leitos
deve ser de um metro.
• Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica
o paciente.
• Visitas: restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.
Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por
aerossóis?

No caso dos aerossóis, as partículas podem se dispersar por longas distâncias e, por
isso, deve ser utilizado equipamento de proteção respiratória durante todo o período que
o trabalhador de saúde estiver em contato com o paciente.

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Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:


• Internação do paciente: quarto privativo com pressão negativa; filtragem do ar com
filtros de alta eficiência (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a doze trocas de ar por
hora, manter as portas do quarto sempre fechadas. Caso a instituição não tenha quartos com
estas características, manter o paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e janelas
abertas, permitindo boa ventilação.
• Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica
no paciente.
• Visitas: restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.
Devemos utilizar o bom senso e nosso conhecimento sobre as doenças transmissíveis
para responder essa questão.
São exemplos de doenças transmitidas por gotículas (caxumba, coqueluche faringite,
pneumonia, infecção por influenza A, B e C, menigites, doença meningocócica e rubéola) e

aerossóis (herpes zoster; tuberculose pulmonar e laríngea, sarampo e varicela).


Prezados concurseiros, vocês perceberam que essa questão é resolvida facilmente por
eliminação? Sabendo que a tuberculose, varicela e sarampo são doenças transmitidas por
aerossóis (essas partículas exigem o isolamento respiratório), assinalamos a alternativa A,
pois é a única que apresenta o item B nas 2ª, 5ª e 9ª posições.
Para fixarmos a matéria, vamos fazer as devidas associações abaixo:
A - Precauções padrão - atendimento a todos os pacientes;
B - Isolamento respiratório (aerossóis) – varicela, sarampo, tuberculose;
C - Isolamento de gotículas - Neisseria meningiditis, Haemophilus influenzae, caxumba,
coqueluche;
D - Isolamento de contato - Clostridium difficile, impetigo, Enterococo resistente à
vancomicina, Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

6. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Em relação ao dispositivo intravascular periférico,


de acordo com a United States Center for Disease Control and Prevention (CDC) é
recomendado que sejam mantidas, no paciente, nos períodos máximos entre:
a) 48 a 72 horas.
b) 48 a 96 horas.
c) 72 a 96 horas.
d) 24 a 48 horas.

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COMENTÁRIOS:
Essa quetão é direta. Segundo a United States Center for Disease Control and
Prevention (CDC), é recomendado que sejam mantidas o dispositivo intravascular periférico,
no paciente, nos períodos máximos entre 72 a 96 horas (3 a 4 dias). Dessa forma, o gabarito
da questão é a letra C.

7. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Escolha a frase correta sobre a desinfecção.


a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e
produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os
esporos.
b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as
formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.
c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.
d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e
líquidos livres de pirogênios.
COMENTÁRIOS:
Item A. Desinfecção consiste em um processo de eliminação de microorganismos
presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida
microbiana, principalmente os esporos.
Itens B e D. Esterilização é o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-
químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a
objetos inanimados.
Item C. Limpeza é a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a
desinfecção ou esterilização.
Nesses termos, o gabarito é a letra A.

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8. (Universidade Estadual de Londrina-PR/2013) Com relação às medidas de controle de


infecção hospitalar, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas
a seguir.
( ) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os pacientes, independente
da suspeita de infecção.
( ) O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve manter-se isolado.
( ) O uso de luvas é um substituto efetivo para a lavagem das mãos e para o uso de álcool gel.
( ) O uso do álcool com fricção, como substituto da lavagem das mãos com água e sabão,
pode ser indicado quando há sujidade aparente.
( ) Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de precaução por contato.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, F, V.
b) V, F, F, V, F.
c) F, V, F, V, V.
d) F, F, V, V, F.
e) F, F, V, F, V.
COMENTÁRIOS:
Item nº 1. Correto. As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os
pacientes, independente da suspeita de infecção.
Item nº 2. Correto. O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve
manter-se isolado.
Item nº 3. Incorreto. O uso de luvas não é um substituto efetivo para a lavagem das
mãos e para o uso de álcool gel.
Item nº 4. Incorreto. O uso do álcool com fricção não pode ser indicado quando há
sujidade aparente.
Item nº 5. Correto. Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de
precaução por contato.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.

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9. (Tribunal de Justiça do Amazonas-AM/FVG/2013) Conforme a Resolução CONAMA


358/05, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em cinco grupos, de acordo com
os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a fim de que tenham gerenciamento
adequando. Com base nessa classificação, assinale a afirmativa correta.
a) Grupo A - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
b) Grupo B - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
c) Grupo C - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
d) Grupo D - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização é imprópria
ou não prevista.
e) Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi e lancetas.

COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas correções das assertivas da questão:
Item A. Grupo B - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco
à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
Item B. Grupo A - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Item C. Grupo D - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Item D. Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados
nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização
é imprópria ou não prevista.
Item E. Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi e lancetas.

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Vejamos, na figura abaixo, os símbolos utilizados para identificação de cada um dos


grupos descritos.

Fonte: http://www.retecresiduos.com.br.

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra E.

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10. (IF-SC/2013) A classificação dos resíduos de saúde, atualmente em vigor no Brasil


descritas nas resoluções RDC nº 30613 da ANVISA e na resolução nº 35815 do CONAMA é:
( I ) Grupo A Potencialmente infectantes.
Grupo B Químicos.
Grupo C Rejeitos radioativos.
Grupo D Resíduos comuns.
Grupo E Resíduos perfurocortantes.

( II ) Grupo A Potencialmente infectantes e perfurocortantes.


Grupo B Químicos e radioativos.
Grupo C Líquidos e sólidos infectantes.
Grupo D Recicláveis.
Grupo E Biológicos.

( III ) Grupo A Perfurocortantes.


Grupo B Biológicos e recicláveis.
Grupo C Químicos e radiativos.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) II está correta.
b) I está correta.
c) I está incorreta.
d) III está correta.
e) I, II, III estão incorretas.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a ANVISA e o CONAMA, a classificação dos resíduos de saúde,
atualmente em vigor no Brasil é:
Grupo A - Potencialmente infectantes.
Grupo B - Químicos.
Grupo C - Rejeitos radioativos.
Grupo D - Resíduos comuns.
Grupo E - Resíduos perfurocortantes.
Nesse sentido, o gabarito da questão é a letra B.

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2 - Questões de Aprofundamento sobre Hipertensão Arterial


Sistêmica, Diabetes Melittus e Doenças Respiratórias (Aula nº 2)

11. (UNIOESTE-2013) Com relação ao indivíduo diabético, pode-se afirmar que a


Cetoacidose diabética é precipitada mais comumente pela(o)
a) alimentação em excesso.
b) infecção.
c) esquecimento de uma dose de insulina.
d) estresse psicológico.
e) obstipação intestinal.
COMENTÁRIOS:
Os fatores precipitantes da cetoacidose diabética são infecção, má aderência ao
tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações
hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau
controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação. Dentre esses fatores,
a literatura especializada aponta a infecção como o principal. Por isso, o gabarito da questão é
a letra B.

12. (Assembleia Legislativa do RN/FCC/2013) O hálito cetônico é uma manifestação clínica


característica de
a) hipoglicemia.
b) retinopatia diabética.
c) cetoacidose diabética.
d) síndrome de baixa osmolaridade não cetótica.
e) glicação de proteína na presença de hipoglicemia.
COMENTÁRIOS:
Os principais sintomas da cetoacidose diabética são: polidipsia, poliúria, enurese,
hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,
desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por
hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e
bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque,
distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia
respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
Nessa esteira, o gabarito da questão é a letra C.

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13. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) São sintomas clássicos do


Diabetes Mellitus inicial:
a) aumento do número de micção, urinar à noite, tontura, edema dos membros inferiores.
b) sede excessiva, aumento do volume urinário, fadiga, fraqueza.
c) perda de peso, visão borrada, aumento do apetite, exoftalmia.
d) sede excessiva, perda de peso, aumento do número de micção, hemoptise.
COMENTÁRIOS1:
Os sinais e sintomas característicos que levantam a suspeita de diabetes são os “quatro
P’s”: poliúria, polidipsia, polifagia e perda inexplicada de peso. Embora possam estar
presentes no DM tipo 2, esses sinais são mais agudos no tipo 1, podendo progredir para
cetose, desidratação e acidose metabólica, especialmente na presença de estresse agudo.
Sintomas mais vagos também podem estar presentes, como prurido, visão turva e fadiga.
No DM tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Não
infrequentemente, a suspeita da doença é feita pela presença de uma complicação tardia, como
proteinuria, retinopatia, neuropatia periférica, doença arteriosclerótica ou então por infecções
de repetição. A tabela abaixo resume os elementos clínicos que levantam a suspeita de
diabetes.
Elementos clínicos que levantam a suspeita de DM
Sinais e sintomas clássicos:
• Poliúria (aumento do volume urinário – acima de 2.500 ml por dia);
• Polidipsia (sede excessiva);
• Perda inexplicada de peso;
• Polifagia (aumento do apetite).
Sintomas menos específicos:
• Fadiga, fraqueza e letargia;
• Visão turva (ou melhora temporária da visão para perto);
• Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite.
Complicações crônicas/doenças intercorrentes:
• Proteinuria;
• Neuropatia diabética (câimbras, parestesias e/ou dor nos membros inferiores,
mononeuropatia de nervo craniano);
• Retinopatia diabética;
• Catarata;
• Doença arteriosclerótica (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico,
doença vascular periférica);
• Infecções de repetição.

Essa questão é bem interessante, pois apresenta uma relação não precisa dos sintomas
clássicos da DM. Nesse caso, devemos resolvê-la "por eliminação" das alternativas "mais

1
Brasil, 2013-B, p. 30.

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erradas". Parece paradoxal, mas concurso é assim mesmo. Não adianta ficar indignado na
hora da prova, devemos escolher "a melhor resposta". Se houver margem para anulação ou
alteração de gabarito, devemos elaborar os recursos com o devido embasamento em literatura
especializada, de preferência do Ministério da Saúde e por artigos científicos atualizados.
Dessa forma, não fazem parte dos principais sintomas iniciais clássicos da diabetes
mellitus:
Item A. urinar à noite, edema dos membros inferiores.
Item C. exoftalmia (protuberância do olho anteriormente para fora da órbita).
Item D. hemoptise (expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse,
proveniente de hemorragia na árvore respiratória).
O gabarito da questão, portanto, é a letra B.

14. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A Hipertensão Arterial é


uma doença que necessita de constante acompanhamento do paciente, pois no seu tratamento,
incluem-se mudanças no estilo de vida. Assim, é correto afirmar que
a) obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no aparecimento da hipertensão
arterial, mas não são considerados fatores de risco.
b) o tratamento da hipertensão arterial deve ser, exclusivamente, medicamentoso, visto que
alguns fatores de risco não podem ser alterados.
c) a medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do manguito, sendo
padronizados dois tamanhos: adulto e criança.
d) a maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de hipertensão denominada
de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.
COMENTÁRIOS:
Vamos detalhar cada item.
Item A. Incorreto. Obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no
aparecimento da hipertensão arterial, logo são considerados fatores de risco.
Item B. Incorreto. O tratamento da hipertensão arterial deve ser medicamentoso,
quando necessário. Também inclui mudandas de estilos de vida: atividade física regular,
alimentação saudável, combate ao estresse etc.
Item C. Incorreto. A medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do
manguito, sendo padronizados vários tamanhos, conforme descrição na tabela abixo:

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Dimensões da bolsa de borracha para diferentes circunferências de braço em


crianças e adultos (D)2
Denominação do Circunferência do Bolsa de borracha (cm)
manguito braço (cm) Largura Comprimento
Recém-nascido ≤ 10 4 8
Criança 11–15 6 12
Infantil 16–22 9 18
Adulto Pequeno 20–26 10 17
Adulto 27–34 12 23
Adulto grande 35–45 16 32
Item D. Correto. A maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de
hipertensão denominada de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) De acordo com o


procedimento para medida da pressão arterial, leia as afirmações abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa que contém a resposta correta.
I - Antes de verificar a pressão arterial deve-se explicar o procedimento ao paciente e
certificar-se de que o mesmo encontra-se com a bexiga vazia, não praticou atividades físicas,
não ingeriu bebidas alcoólicas, cafés, alimentos ou fumou até 30 minutos antes do
procedimento a ser realizado.
II - Manter o braço do paciente acima do nível do coração e palpar a artéria radial para
posicionamento do estetoscópio.
III - A pressão sistólica deve ser determinada no momento do aparecimento do primeiro som
(fase I de Korotkoff).
IV - A pressão diastólica deve ser determinada no momento do aparecimento do último som
(fase V de Korotkoff).
a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
COMENTÁRIOS:
Segundo a SBC; SBH; SBN (2010), os procedimentos recomendados para a medida da
pressão arterial são os seguintes:

2
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 12.

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 Preparo do paciente:
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso por pelo menos 5 minutos
em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis duvidas
devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NAO:
 está com a bexiga cheia
 praticou exercícios físicos ha pelo menos 60 minutos
 ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
 fumou nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso
recostado na cadeira e relaxado.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º
espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima
e o cotovelo ligeiramente fletido.

• Para a medida propriamente:


1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida selecionar
o manguito de tamanho adequado ao braço.
2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.
3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.
4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu
reaparecimento correspondera a PA sistólica.
5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do
estetoscópio sem compressão excessiva.
6. Inflar rapidamente ate ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão
sistólica, obtido pela palpação.
7. Proceder a deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).
8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff),
que e em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade
de deflação.
9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).

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10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa.
11. Se os batimentos persistirem ate o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.
12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto
seja controverso.
13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente.
14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial
foi medida.
Durante a medida da pressão arterial, deve-se manter o braço do paciente no mesmo
nível do coração e palpar a artéria braquial para posicionamento do estetoscópio.
O único item incorreto é o II. Logo, o gabarito da questão é a letra B.

16. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Os fatores de risco para


Hipertensão Arterial são:
a) obesidade, sedentarismo, dieta hipocalórica.
b) hereditariedade, idade, atividade física.
c) tabagismo, estresse, dieta hipossódica.
d) hereditariedade, raça, ingestão excessiva de sal.
COMENTÁRIOS:
Em relação aos fatores de risco para HAS, a SBC descreve as seguintes orientações 3:

• Idade - existe relação direta e linear da PA com a idade, sendo a prevalência de


HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos.

• Gênero e etnia - a prevalência global de HAS entre homens e mulheres e


semelhante, embora seja mais elevada nos homens até os 50 anos, invertendo-se a
partir da 5ª década. Em relação à cor, a HAS e duas vezes mais prevalente em
indivíduos de cor não branca. Estudos brasileiros com abordagem simultânea de
gênero e cor demonstraram predomínio de mulheres negras com excesso de HAS
de até 130% em relação às brancas. Não se conhece, com exatidão, o impacto da
miscigenação sobre a HAS no Brasil.

3
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 9-10.

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• Excesso de peso e obesidade - o excesso de peso se associa com maior


prevalência de HAS desde idades jovens. Na vida adulta, mesmo entre indivíduos
fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no índice de massa corporal (IMC)
acarreta maior risco de desenvolver hipertensão. A obesidade central também se
associa com pressão arterial (PA).
• Ingestão de sal - ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com
elevação da PA.
• Ingestão de álcool - a ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode
aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral.
• Sedentarismo - atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos
pre-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de Doença cardiovascular
(DCV).
• Fatores socioeconômicos - a influência do nível socioeconômico na ocorrência
da HAS e complexa e difícil de ser estabelecida. No Brasil a HAS foi mais
prevalente entre indivíduos com menor escolaridade.
• Genética - a contribuição de fatores genéticos para a gênese da HAS está bem
estabelecida na população. Porém, não existem, até o momento, variantes
genéticas que, possam ser utilizadas para predizer o risco individual de se
desenvolver HAS.
• Outros fatores de risco cardiovascular - os fatores de risco cardiovascular
frequentemente se apresentam de forma agregada, a predisposição genética e os
fatores ambientais tendem a contribuir para essa combinação em famílias com
estilo de vida pouco saudável.
Outro fator de risco descrito pela literatura é a hereditariedade (antecedentes familiares).
O gabarito, portanto, é a letra D. A assertiva B está incorreta, pois o sedentarismo, e não
a atividade física, é um fator de risco da HAS.

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17. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Com relação à Pressão


Arterial, é correto afirmar que
a) o tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço a ser examinado,
sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda a 40% da
circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.
b) em crianças a pressão arterial é nitidamente mais alta do que em adultos.
c) durante o sono ocorre uma elevação na pressão arterial a cerca de 10% tanto na sistólica
como na diastólica.
d) durante o exercício físico há diminuição da pressão arterial, devido ao aumento do débito
cardíaco.
COMENTÁRIOS:
Vamos nos debruçar em cada assertiva para melhor compreensão do tema.
Item A. Correto. O tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço
a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que
corresponda a 40% da circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.
Item B. Incorreto. Em crianças a pressão arterial é nitidamente mais baixa do que em
adultos.
Item C. Incorreto. Durante o sono ocorre uma diminuição na pressão arterial a cerca
de 10% tanto na sistólica como na diastólica.
Item D. Incorreto. Durante o exercício físico há o aumento da pressão arterial, devido
ao aumento do débito cardíaco.
Dito isto, o gabarito da questão é a letra A.

18. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Ao trabalhador diabético de 50 anos, com queixa de cefaleia,


mantendo a pressão arterial de 150×110 mmHg, o consenso das VI Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão recomenda como prioridade
a) mudar o estilo de vida e, na reavaliação após três meses, iniciar o tratamento
medicamentoso se necessário.
b) encaminhar o paciente à nutricionista para reavaliar a ingesta de carboidratos para reduzir a
pressão arterial.
c) iniciar o tratamento medicamentoso, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos
moderados e manter alimentação saudável.
d) instalar máscara de pressão positiva duas vezes ao dia, se o paciente apresentar ronco
pulmonar.
e) reduzir a resistência à insulina com o uso de metformina e diurético tiazídico.

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COMENTÁRIOS:
Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS,
conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta.
Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação*
Pressão arterial inicial (mmHg)**
Seguimento
Sistólica Diastólica
 Reavaliar em 1 ano.
<130 < 85
 Estimular mudanças de estilo de vida.
 Reavaliar em 6 meses.***
130–139 85–89
 Insistir em mudanças do estilo de vida.
 Confirmar em 2 meses.***
140–159 90–99
 Considerar MAPA/MRPA.
 Confirmar em 1 mês.***
160–179 100–109
 Considerar MAPA/MRPA.
 Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar
≥ 180 ≥ 110
em 1 semana.***
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6).

* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente.

** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento recomendado deve ser
definido pelo maior nível de pressão.

*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de risco maiores, doenças
associadas e lesão em órgãos-alvo).

No caso hipotético apresentado, o usuário é portador de hipertensão estágio 3, uma vez


que a pressão artéria diastólica é igual a 110. Portanto, deve iniciar o tratamento
medicamentoso imediatamente, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos moderados e
manter alimentação saudável.
Nessa esteira, o gabarito é a letra C.

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19. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) A doença pulmonar obstrutiva crônica


descreve condições nas quais o fluxo aéreo no interior dos pulmões encontra-se
comprometido e ocorre redução da resistência à inspiração, de modo que a fase expiratória da
respiração é prolongada. De acordo com os principais sinais e sintomas apresentados no
paciente com DPOC, analise as assertivas e identifique a alternativa FALSA ocorrida no
quadro clínico específico destes pacientes:
a) A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como
doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais
agudo.
b) A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação irreversível dos
brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo estranho,
anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.
c) Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com expectoração de escarro
purulento, mas sem presença de hemoptise e os pacientes raramente apresentam perda de
peso.
d) A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena porção do alvéolo ou
um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou de vômito e à
presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.
e) O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar anormal e as paredes
e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é em geral permanente.
Trata-se da DPOC mais comum.
COMENTÁRIOS4:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória
prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo,
que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está
associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases
tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. Embora a DPOC comprometa os pulmões,
ela também produz consequências sistêmicas significativas5.
A DPOC é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios
(bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema)6.

4
Bronquiectasia.
5
SBPT, 2004, p1.
6
Brasil, 2010, p. 47.

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A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na


maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos.
O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos
distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares.
Os principais sintomas da DPOC são os seguintes: dispneia, tosse crônica, expectoração
regular, bronquites frequentes no inverno e sibilância.
A bronquiectasia é a dilatação ou
distorção dos brônquios. Os brônquios são
tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões.
Dentro de cada pulmão, eles vão se
ramificando como galhos de árvore,
formando a árvore brônquica.
Na árvore brônquica normal, à
medida que se dirigem à periferia dos
pulmões, eles vão se dividindo e afilando.
Quando não ocorre está diminuição de

calibre ou, ao contrário, o calibre aumenta, Figura 1 - Visão geral da Bronquiectasia.

dizemos que existe bronquiectasia.


Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico
que compõe a parede destes.
As principais causas da bronquiectasia são as seguintes:
 Infecções pulmonares e obstrução do brônquio;
 Aspiração de corpos estranhos, vômito ou material proveniente do trato respiratório
superior;
 Pressão de tumores, vasos sanguíneos dilatados e lifonodos aumentados.
A pessoa pode ser predisposta a bronquiequitasia em consequência de infecções
respiratórias recorrentes no início da infância, sarampo, gripe, tuberculose e distúrbios de
imunodeficiência.
O portador típico de bronquiectasia é aquele indivíduo que tem tosse com expectoração
(escarro) persistente e em grande quantidade, principalmente, pela manhã. Estas alterações
são crônicas, mas apresentam períodos de piora, com necessidade de uso frequente de
antibióticos. Nesta situação, pode haver febre, perda do apetite, falta de ar, chiado no peito,
expectoração com sangue e piora do estado geral da pessoa afetada.

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Existe também um tipo de bronquiectasia (bronquiectasia seca) na qual não há aquela


expectoração abundante e persistente de muco (catarro) como na maioria dos casos. Ela se
manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao tossir), e usualmente decorre de
lesões cicatrizadas de tuberculose.
No exame físico, o profissional de saúde poderá perceber alterações na ausculta dos
pulmões. No entanto, a confirmação da bronquiectasia virá através dos exames de imagem -
radiografia, tomografia computadorizada (TC) ou broncografia do tórax.
Como a broncografia não era um exame de fácil realização, a TC surgiu como
alternativa. Contudo, a TC não tem a mesma precisão da broncografia na identificação de
certas lesões.
Para se buscar possíveis fatores predisponentes para a doença, faz-se necessário a
realização de outros exames.
A espirometria – exame que mede a capacidade de ar dos pulmões – pode ser solicitada
para avaliar melhor a doença, assim como a gasometria arterial que mede níveis de oxigênio e
de dióxido de carbono no sangue.
A cirurgia como tratamento deve ser realizada nos casos em que a doença é localizada
(quando acomete só uma parte do pulmão) e não há melhora dos sintomas com o tratamento
conservador.
A cirurgia também é uma opção nos casos de pacientes com hemoptises. Contudo, antes
da realização da cirurgia, o médico deverá se certificar que o indivíduo possui uma reserva de
ar que possibilite tal procedimento.
Nos casos em que a bronquiectasia é difusa, o tratamento é conservador. Além dos
antibióticos, que são armas importantíssimas nesta modalidade de tratamento, a fisioterapia é
fundamental no tratamento dos pacientes com bronquiectasias.
Através de manobras, em especial de drenagem postural– o indivíduo é colocado numa
posição, de acordo com a localização de suas lesões, para que a gravidade ajude na drenagem
das secreções contidas nos locais afetados do pulmão ou pulmões. A fisioterapia pode, com
isso, reduzir o número de exacerbações da doença e a sua progressão.
Dentre as medicações que podem auxiliar no tratamento também estão os mucolíticos –
que promovem uma maior depuração das secreções brônquicas – e os broncodilatadores para
alívio da falta de ar e do chiado no peito.
Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo na qualidade de vida, o
transplante pulmonar poderá ser realizado.

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Como complicações possíveis das bronquiectasias, além das pneumonias, pode ocorrer
o empiema que é o acúmulo de pus na pleura (que é a “capa” do pulmão), o abscesso
pulmonar (uma lesão que forma um “buraco “com pus no pulmão), o pneumotórax (acúmulo
de ar na pleura), a hemoptise volumosa (quando a pessoa tosse grande volume de sangue) e o
cor pulmonale – que ocorre quando a doença crônica dos pulmões desencadeia um dano ao
coração.
A Atelectasia7 é o colapso de parte ou de todo pulmão. Ou seja, o pulmão "murcha"
numa parte ou na sua totalidade por um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de maior
ou menor calibre (brônquio ou bronquíolo, respectivamente). Os brônquios são tubos que dão
passagem ao ar, espalhando-o por todo o pulmão.
A atelectasia pode surgir por mecanismos diferentes:
 O acúmulo de secreções nos brônquios pode bloquear a passagem do ar, levando ao
colapso parcial ou total do pulmão afetado;
 Quando algum objeto, inadvertidamente, entra na via aérea e chega ao brônquio, a
atelectasia poderá ocorrer. Isto costuma acontecer mais com as crianças, quando
engolem algum brinquedo ou outro objeto pequeno;
 Os tumores pulmonares podem crescer dentro de um brônquio ou pressioná-lo
externamente, causando, em alguns casos, a atelectasia parcial ou total do pulmão;
 Pacientes que sofrem uma anestesia geral, que tem alguma doença pulmonar crônica ou
que ficam muito tempo acamados podem, eventualmente, apresentar uma atelectasia;
Num adulto, a atelectasia geralmente não é uma situação ameaçadora à vida, já que as
partes do pulmão que não foram comprometidas fazem uma compensação da perda de função
da área afetada. Por outro lado, a mesma situação num bebê ou numa criança pequena pode
representar uma ameaça à vida.
Após a exposição geral do assunto, vamos resolver a questão, que por sinal é mal
elaborada e polêmica.
Item A. Correto. A maioria dos autores refere apenas a bronquite crônica e o enfisema
como doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Pelas características da
bronquiectasia, também podemos considerá-la como uma DPOC. A atelectasia pode ser um
evento isolado e agudo, bem como evoluir para uma DPOC. A asma antigamente era
considerada uma DPOC, mas atualmente é classificada separadamente.

7
ABC da Saúde.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 30


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De forma genérica e sem se ater à classificação clássica da DPOC, a banca considerou


correta a seguinte afirmativa:
-> A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como
doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais agudo.
Item B. Correto. A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação
irreversível dos brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo
estranho, anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.
Item C. Incorreto. Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com
expectoração de escarro purulento, com presença de hemoptise e os pacientes

frequentemente apresentam perda de peso.


Item D. Correto. A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena
porção do alvéolo ou um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou
de vômito e à presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.
Item E. Correto. O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar
anormal e as paredes e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é
em geral permanente. Trata-se da DPOC mais comum.
A letra C é incontestavelmente a alternativa incorreta (gabarito da questão). A letra A foi
mal elaborada, pois descreveu conceitos contestados pela literatura especializada.

20. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) À inflamação das vias respiratórias que provoca


episódios de tosse, sibilo e dispnéia, que exige avaliação adequada de enfermagem com
medidas de intervenção para alívio imediato de sintomas respiratórios e de ansiedade, como
também intervenções para educação e manutenção da saúde, dá-se o nome de:
a) Sinusite
b) Anafilaxia
c) Rinite alérgica
d) Asma brônquica
e) Alergias alimentares
COMENTÁRIOS:

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A Asma8 é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das


vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou
com tratamento. É uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos
e ambientais.
Os fatores de risco podem ser divididos em ambientais e próprios do paciente, como é o
caso dos aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino (durante a infância). Os fatores
ambientais são representados pela exposição à poeira domiciliar e ocupacional, baratas,
infecções virais (especialmente vírus sincicial respiratório e rinovírus).
O diagnóstico da asma é eminentemente clínico e, sempre que possível, a prova de
função pulmonar deve ser realizada, para a confirmação diagnóstica e para a classificação da
gravidade.
Os principais sintomas para o diagnóstico de asma são os seguintes:
 Mais de um dos sintomas: sibilância, dispneia, desconforto torácico e tosse
Principalmente se:
 Pioram à noite e no início da manhã;
 Em resposta a exercícios, exposição a alérgenos, poluição ambiental e ar
frio;
 Desencadeados por AAS ou betabloqueadores ;
 Melhoram com broncodilatadores ou corticoides sistêmicos.
Os objetivos do tratamento da asma são:
• Controlar os sintomas;
• Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo;
• Permitir atividades normais (trabalho, escola e lazer);
• Manter a melhor função pulmonar possível;
• Evitar crises, idas a serviços de emergências e hospitalizações;
• Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio;
• Minimizar efeitos adversos dos medicamentos;
• Melhorar a qualidade de vida;
• Reduzir o risco de morte;
O tratamento da asma é baseado em três tipos de abordagens: ação educativa, cuidados
ambientais e tratamento farmacológico.

8
Brasil, 2010, p. 24-46.

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O tratamento farmacológico não reduz a necessidade de ações educativas para diminuir


a exposição a fatores agravantes/desencadeantes e para o controle da doença, especialmente a
exposição ao tabagismo, ativo ou passivo. Essas ações devem ser realizadas em todos os casos
de asma. Os pacientes devem entender a diferença entre tratamento de manutenção e o
tratamento das exacerbações.
É importante ressaltar que a introdução precoce dos medicamentos anti-inflamatórios
reduz a frequência de asma aguda e pode resultar em melhor preservação da função pulmonar
em longo prazo, além de prevenir o remodelamento das vias aéreas.
Deve-se instituir o tratamento de acordo com a classificação de gravidade, utilizando-se
a menor dose que possa controlar os sintomas. Após um período de três meses, pode-se tentar
reduzir a dose da medicação anti-inflamatória em uso e reavaliar as condições clínicas e,
eventualmente, espirométricas do paciente.
Se o controle não for obtido, deve-se reavaliar a adesão à medicação prescrita, equívoco
na técnica de uso dos medicamentos inalatórios, presença de fatores agravantes ou
desencadeantes, tais como rinite alérgica não tratada, infecções virais, exposição a alérgenos,
entre outros.
As medicações para asma podem ser classificadas em duas categorias, a saber, aquelas
para controle e prevenção das exacerbações e outras manifestações da doença (dispneia e
tosse aos esforços físicos, despertares e tosse noturnos) e aquelas para alívio das
exacerbações. As vias de administração podem ser oral, inalatória ou parenteral.
Deve-se sempre dar preferência à via inalatória devido à menor absorção sistêmica,
maior eficácia e menor taxa de efeitos colaterais.
Os corticoides inalatórios são os principais medicamentos para controle da asma, e os
beta-agonistas de ação rápida associados aos corticoides sistêmicos são os mais efetivos para
o alívio das crises, tanto em crianças quanto em adultos de qualquer idade.
Dito isto, o gabarito é a letra D.

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21. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) Doença inflamatória crônica, caracterizada por


hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo,
reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela
manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos
e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos
sintomas. Essa descrição define que doença?
a) Asma.
b) Tuberculose.
c) Enfisema Pulmonar.
d) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
e) Aspergilose broncopulmonar alérgica.
COMENTÁRIOS:
Agora ficou fácil, não é mesmo? O gabarito é a letra A.

22. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Qual a via preferida para a administração de


drogas sintomáticas e profiláticas na asma por reduzir os seus efeitos colaterais, além de
propiciar maior rapidez de ação?
a) Oral.
b) Subcutânea.
c) Intra-muscular.
d) Retal.
e) Inalatória.
COMENTÁRIOS:
Prezados concurseiros(as), preciso comentar esta questão? Claro que não (rsr). O
gabarito só pode ser a letra E.

23. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Causas primárias da hipertensão pulmonar:


a) Vasculite, doença cardíaca primária.
b) Uso de contraceptivo oral, doença falciforme.
c) Doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia intersticial.
d) Inalação de fumaça, cifoescoliose.
e) Obesidade, altitude elevada.

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COMENTÁRIOS:
A hipertensão pulmonar é um distúrbio não clinicamente evidenciado até um período
tardio na sua progressão. Essa doença ocorre quando a pressão da artéria pulmonar sistólica
excede 30mmHg, ou a pressão média da artéria pulmonar excede 25mmHg. Essas pressões
não podem ser mensuradas indiretamente, assim como a pressão sanguínea sistêmica; ao
contrário, elas devem ser medidas durante a cateterização do lado direito do coração. Na
ausência dessas medidas, o reconhecimento clínico torna-se o único indicador da presença da
hipertensão pulmonar.
Existem duas formas de hipertensão pulmonar: a primária (ou idiopática) e a secundária.
A hipertensão pulmonar primária é uma doença incomum na qual o diagnóstico é feito por
exclusão de todas as outras possíveis causas. A causa exata é desconhecida, porém existem
várias causas possíveis (ver quadro abaixo). A apresentação clinica da hipertensão pulmonar
primária se dá na ausência de doença pulmonar e cardíaca ou de embolia pulmonar. Ela é
observada mais frequentemente em mulheres de 20 a 40 anos de idade, e costuma ser fatal
dentro de anos do diagnóstico.
A hipertensão secundária é mais comum e resulta de uma doença cardíaca ou pulmonar
já existente. O prognóstico depende da gravidade do distúrbio subjacente e das alterações no
leito vascular pulmonar. Uma causa comum da hipertensão pulmonar secundária é a
constrição da artéria pulmonar devido à hipoxemia decorrente da DPOC.
Causas da Hipertensão Pulmonar
Primária ou Idiopática
 Mecanismos imunitários alterados;
 Embolia pulmonar silenciosa;
 Fenômeno de Raynauld;
 Contraceptivos orais;
 Anemia falciforme;
 Doenças do colágeno.
Secundária
 Vasoconstricção pulmonar por hipoxemia: DPOC, cifoescoliose; obesidade, inalação
de fumaça, altitude elevada, distúrbio neuromuscular, pneumonia interstistial difusa;
 Redução do leito vascular pulmonar: embolia pulmonar, vasculite, doença pulmonar
intersticial disseminada, embolia por tumor;
 Doença cardíaca primária congênita e adquirida.

Portanto, o gabarito da questão é a letra B.

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24. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Doença pulmonar obstrutiva crônica é


uma terminologia ampla usada para classificar diversos distúrbios, como bronquite crônica,
bronquiectasias, enfisema pulmonar e asma brônquica. É uma condição geralmente
irreversível, associada à dispnéia, esforço e fluxo aéreo reduzido inexplicado por doença
cardíaca ou pulmonar infiltrativa específica. Com relação a esse assunto, nos itens a seguir,
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
I. A bronquite crônica é definida como a presença de tosse seca, que perdura por pelo menos
três meses a um ano, por dois anos consecutivos.
II. A bronquiectasia é uma dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos e pode ser causada
por várias condições, incluindo as infecções pulmonares, e obstrução de um brônquio.
III. Fumar cigarros constitui a principal causa de enfisema pulmonar.
IV. A asma manifesta-se por um estreitamento das vias aéreas, resultando em dispnéia, tosse e
sibilos.
V. Quando a asma e a bronquite ocorrem ao mesmo tempo, a obstrução é composta e é
chamada de bronquite asmática crônica.
A sequência correta é
a) F F F F V. b) V V F F V. c) F F V V F. d) F V V V V. e) V F F V V.
COMENTÁRIOS:
A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse produtiva e

expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses ao ano durante dois anos
consecutivos.
Logo, o item I apresenta-se incorreto. Os demais itens estão certos. O gabarito da
questão é a letra D.

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LEGISLAÇÃO DO SUS

Amigos (as), apresento-lhes o


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Aplicada ao SUS previsto nos editais dos Hospitais Universitários.
Capítulo nº 1 - Constituição Federal, artigos de 194 a 200.
Capítulo nº 2 - Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990).
Capítulo nº 3 - Controle social no SUS; Resolução nº 453/2012, do CNS; Lei
nº 8.142/1990.
Capítulo nº 7 - Decreto Presidencial nº 7.508/11.

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3 - Questões de Aprofundamento sobre Ética e Legislação em


Enfermagem (Aula nº 3)
Vamos resolver uma questão sobre Ética e Legislação em Enfermagem, da prova do
concurso de Vitória da Conquista-BA, organizado pela AOCP, realizada no dia 03/11/2013.
Gostaria de agradecer ao nosso amigo Victor que gentilmente enviou-me essa prova que
não está disponível na internet.

25. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) A pena de cassação do Exercício


Profissional é aplicável em qual dos seguintes casos?
a) Deixar de exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,
dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
b) Deixar de fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade
e na diversidade de opinião e posição ideológica.
c) Deixar de comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam
dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.
d) Deixar de avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e
somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para
outrem.
e) Deixar de praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,
que infrinja postulados éticos e legais.
COMENTÁRIOS:
As infrações que podem levar à Cassação do Direito ao Exercício Profissional de
Enfermagem estão listadas nos arts. 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 do respectivo código,
conforme descrição abaixo:
 praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,
que infrinja postulados éticos e legais;
 não assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de
danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
 negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como
urgência ou emergência;
 povocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação.
 promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do
cliente.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 38


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 utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor
ordens, opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente,
inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional.
 apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de
que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de
outrem.
Meus amigos, gravem essas infrações, pois são cobradas frequentemente em provas de
concursos.
A título de informação, vamos ver quais são as demais infrações do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem.
A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69
a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 89; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 Código.
A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84;
85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código.
A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59 71 a 80; 82; 84; 85; 90;
91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste Código.
A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao
que está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48;
56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.
As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,
cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
Percebam que é inviável e humanamente impossível sabermos ao pé da letra a punição
para cada penalidade. Sugiro que façam uma leitura atenta do referido código e sempre
utilizem o bom senso para responder as questões.
Portanto, a pena de cassação do Exercício Profissional de Enfermagem é aplicável,
dentre outros, quando o profissional praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção
penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais.
Ora, a AOCP pisou na bola nessa questão, pois "deixar de praticar e/ou ser conivente
com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais"
não é uma pena, mas sim uma dever. O gabarito indicado foi a letra E, mas essa questão
deverá ser anulada. Quando for liberado o gabarito oficial, avisarei a vocês o resultado.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 39


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4 - Outros Temas de Clínica Médica

26. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que


controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava
superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:
a) Feixe de His
b) Nódulo sinoatrial
c) Sistema de Purkinge
d) Válvula tricúscpide
e) Válvula mitral
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento da questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do coração:

O sistema de condução elétrica intrínseco normal do coração permite que a propagação


elétrica seja transmitida do nó sinusal, por ambos os átrios, até o nodo atrioventricular. A
fisiologia normal permite posterior propagação, do nodo atrioventricular aos ventrículos e
seus respectivos fascículos e subdivisões.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 40


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O nó sinusal e o nodo atrioventricular estimulam o miocárdio. A estimulação do


miocárdio ordenada permite a contração eficiente de todas as quatro câmaras do coração,
permitindo assim perfusão seletiva do sangue através dos pulmões e pela circulação sistêmica.
Para melhor entendimento, vejam a figura abaixo:

Diante do exposto, o gabarito da questão é a letra B.

27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou
direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades
tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas
24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão
arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento
de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 41


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COMENTÁRIOS9:

Insuficiência Cardíaca (IC) Crônica é uma síndrome clínica complexa de caráter


sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo
para atender necessidades metabólicas tissulares, na presença de retorno venoso normal, ou
fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Pode ser de origem sistólica ou
diastólica.
As alterações hemodinâmicas comumente encontradas na IC envolvem resposta
inadequada do débito cardíaco e elevação das pressões pulmonar e venosa sistêmica. Na
maioria das formas de IC, a redução do débito cardíaco é responsável pela inapropriada
perfusão tecidual (IC com débito cardíaco reduzido). De início este comprometimento do
débito cardíaco se manifesta durante o exercício, e com a progressão da doença ele diminui no
esforço até ser observado sua redução no repouso.
De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), o aspecto dominante na insuficiência
cardíaca é a perfusão tecidual inadequada. O débito cardíaco diminuído a partir da
insuficiência cardíaca apresenta manifestações amplas, porque uma quantidade insuficiente de
sangue alcança os tecidos e órgãos (baixa perfusão) para fornecer o oxigênio necessário.
Alguns efeitos relacionados à baixa perfusão comumente encontrados são a tonteira,
confusão, fadiga, intolerância aos esforços e ao calor, extremidades frias e débito urinário
reduzido (oligúria). A pressão de perfusão renal diminui, o que resulta na liberação de renina
a partir do rim, o que, por sua vez, leva à secreção de aldosterona, retenção de sódio e líquido,
e volume intravascular ainda mais aumentado.
A congestão dos tecidos pode acontecer a partir das pressões venosas aumentadas,
devido ao débito cardíaco diminuído no coração insuficiente. A pressão venosa pulmonar
aumentada pode fazer com que o líquido passe dos capilares pulmonares para os alvéolos,
resultando em edema pulmonar, manifestado por tosse e dificuldade respiratória. A pressão
venosa sistêmica aumentada pode resultar em edema periférico generalizado e ganho de peso.

9
SBC, 2009, p.6.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 42


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Os diagnósticos de enfermagem para pacientes com ICC sugeridos por Brunner e


Sudddarth (2011) são os seguintes:
 Intolerância à atividade relativa ao desequilíbrio entre o aporte e a demanda de
oxigênio secundário ao débito cardíaco diminuído;
 Fadiga secundária à insuficiência cardíaca;
 Volume excessivo de líquido relacionado à ingesta excessiva de sódio/líquido
ou à retenção secundária à ICC e sua terapia clínica;
 Ansiedade ligada à falta de ar e agitação secundárias à oxigenação imprópria;
 Não complacência ligada à falta de conheciemento;
 Impotência relacionada à incapacidade de realizar as responsabilidades próprias
secundária à doença crônica e hospitalizações.
Ainda de acordo com Brunner e Sudddarth (2011), em relação ao controle do volume
hídrico de paciente com IC, o enfermeiro monitoriza de perto o estado hídrico do paciente –
auscultando o pulmão, comparando os pesos corporais diários, monitorizando a ingesta e o
débito e auxiliando o paciente a aderir a uma dieta hipossódica ao ler os rótulos dos alimentos
e evitando os alimentos de conveniência comercialmente preparados. Quando a dieta inclui a
restrição hídrica, o enfermeiro pode auxiliar o paciente a planejar a distribuição ao longo do
dia, enquanto respeita as preferências alimentares do paciente.
Diante do exposto não restam dúvidas que o gabarito da questão é a letra A.

28. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca


congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:
a) hipertrofia ventricular.
b) infarto agudo do miocárdio.
c) doenças degenerativas do miocárdio.
d) enfisema pulmonar.
COMENTÁRIOS:
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma resposta adaptativa do coração
à hipertensão arterial. Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor independente
de maior morbimortalidade cardiovascular. Em concordância com essas observações, diversas
evidências clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é um importante fator de
risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) sistólica e diastólica10. Logo, o
gabarito é a letra A.

10
Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 43


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29. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de doença


cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:
I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.
II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja
diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco
cardiovascular, cerebrovascular e renal global.
III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são diabete
mellitus, hipertensão arterial e história familiar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Essa questão é clara e direta, bem intuitiva. Todos os itens estão corretos. Logo, o
gabarito é a letra E.

30. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem


prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco diminuído:
a) controle de diurese.
b) realizar pulsoterapia.
c) realizar curva térmica.
d) orientar aumento da ingesta hídrica.
e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.
COMENTÁRIOS:
O débito cardíaco diminuído é a quantidade insuficiente de sangue bombeado pelo
coração para atender às demandas metabólicas corporais. Os principais sitomas são os
seguintes: ansiedade, inquietação, dispneia, mudança de cor da pele, oliguria, pele fria e
pegajosa, pulsos periféricos diminuídos, edema, estase da veia jugular, fadiga, ganho de peso
etc.
Nessa situação, é evidente que se deve fazer o balanço hídrico e controle da diurese. O
gabarito, portanto, é a letra A.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 44


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31. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios


venosos agudos, podemos afirmar:
I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas vezes
é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má manutenção
dos locais de manipulação endovenosa.
II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,
diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras venosas de
estase.
III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que entre
os homens, e mais em adultos do que em crianças.
Marque a alternativa CORRETA.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
COMENTÁRIOS1112:
A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo (coágulo
de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso com consequente reação inflamatória do
vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial.
A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por
sequelas de insuficiência venosa crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase
(feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave: a embolia
pulmonar.
Os sintomas da TVP variam muito, desde clinicamente assintomático (cerca de 50%
dos casos de TVP passam desapercebidos) até sinais e sintomas clássicos como aumento da
temperatura local, edema (inchaço), dor, empastamento (rigidez da musculatura da
panturrilha).
No tratamento da TVP visa-se prevenir a ocorrência de embolia pulmonar fatal, evitar
a recorrência, minimizar o risco de complicações e seqüelas crônicas. Utilizam-se medicações
anticoagulantes (que diminuem a chance do sangue coagular) em doses altas e injetáveis.

11
TVP
12
Tromboflebite.

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Tromboflebite é uma doença bastante comum, e se caracteriza por uma trombose


(sangue coagulado) dentro de veia superficial, com reação inflamatória da parede venosa e
dos tecidos vizinhos.
Os sintomas são dor de intensidade variável, geralmente localizada, mas que, em alguns
casos, limita as atividades do paciente. Pele avermelhada ou arroxeada com aumento de
temperatura no local e endurecimento de trajeto venoso. Edema (inchaço), na maioria das
vezes, é somente local, mas, às vezes, aparece de modo discreto na extremidade do membro
atingido.
O diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame físico e história do paciente.
Geralmente, há história de injeção intravenosa ou de paciente portador de varizes de membros
inferiores.
O tratamento depende da extensão de veia afetada e da intensidade dos sintomas.
Geralmente, utiliza-se tratamento clínico com analgésicos, antiinflamatórios e calor local,
com compressas úmidas mornas em tromboflebites localizadas, pouco extensas.
Anticoagulantes são usados somente em casos de tromboflebites superficiais extensas,
com evolução para trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O tratamento cirúrgico, às vezes, se faz necessário para remoção de trajeto venoso ou do
trombo (coágulo), em casos de dor importante e persistente e em tromboflebite de safenas,
quando há risco de trombose venosa profunda.
Antibióticos não estão indicados, a não ser que se comprove realmente uma infecção
como em tromboflebites supurativas, causadas por uso de cateter intravenoso.
Dito isto, vamos analisar os itens da questão:
Item I. Incorreto. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de fácil
diagnóstico: muitas vezes é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres
venosos ou má manutenção dos locais de manipulação endovenosa.
Item II. Incorreto. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose
venosa profunda, aumentam o risco de outra trombose venosa profunda, embolia
pulmonar e úlceras venosas de estase.
Item III. Correto. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as
mulheres do que entre os homens, e mais em adultos do que em crianças.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

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32. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a


alternativa com a sequência correta.
Tipo de Angina Definição/sintomas
1. Angina Instável. (1) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,
sintomas com maior frequência e duração.
2. Angina Estável.
(2) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.
3. Angina Refratária. (4) Dor torácica grave e intratável.
4. Angina Variante. (3) Dor em repouso com elevação reversível do seguimento ST
(também chamada de Prinzmetal).
a) 2 – 1 – 4 – 3. b) 1 – 2 – 3 – 4. c) 1 – 2 – 4 – 3. d) 3 – 4 – 2 – 1. e) 4 – 3 – 1 – 2.
COMENTÁRIOS:
Meus amigos, a AOCP adora explorar esse assunto em suas provas. Por isso, fiquem
atentos.
A angina de peito é uma síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou
paroxismos de dor ou pressão na parte anterior do tórax. A causa é, em geral, o fluxo
sanguíneo coronariano (artérias do coração) insuficiente. O fluxo insuficiente resulta em um
aporte diminuído de oxigênio para satisfazer a uma demanda miocárdica aumentada de
oxigênio em resposta ao esforço físico ou estresse emocional. Em outras palavras, a
necessidade de oxigênio supera o suprimento.
Em geral, a angina é causada por doença aterosclerótica. De maneira quase invariável, a
angina está associada a uma obstrução significante de uma artéria coronária importante.
Diversos fatores estão associados à típica dor anginosa:
 Esforço físico, que pode precipitar uma crise por aumentar as demandas
miocárdicas de oxigênio;
 Exposição ao frio, que pode provocar vasoconstrição e uma pressão arterial
elevada, a qual aumenta a demanda de oxigênio;
 Ingerir uma refeição pesada, o que aumenta o fluxo sanguíneo para a área
mesentérica (sistema gastrointestinal) para a digestão, reduzindo, assim, o
aporte sanguíneo disponível para o músculo cardíaco. Em um coração
gravemente comprometido, o desvio do sangue para a digestão pode ser
suficiente para induzir a dor anginosa.

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Após exposição geral do tema, vamos fazer as devidas correlações propostas na


questão:
1. Angina Instável (conhecida como angina pré-infarto ou angina em crescendo) - os
sintomas acontecem com o paciente em repouso, sintomas com maior frequência e
duração; o limiar para dor é menor.
2. Angina Estável - dor previsível e consistente que acontece aos esforços e é aliviada
pelo repouso.
3. Angina Refratária (conhecida como angina intratável) - dor torácica grave e
intratável.
4. Angina Variante (também chamada de Prinzmetal) - dor em repouso com elevação
reversível do seguimento ST.
Dito isto, o gabarito da questão é a letra B.

33. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da


isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as características
da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.
a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,
retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para ombros,
braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.
b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características
semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,
normalmente, ocorrem nos esforços.
c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais que
sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com geralmente menos
de 20 minutos de duração.
d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato sublingual.
e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço que
em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.
COMENTÁRIOS13:

13
Ministério da Saúde

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Vamos detalhar cada item da questão:


Item A. Correto. A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da isquemia
miocárdica, ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos.
A angina estável típica possui três características básicas:
 É o desconforto difuso, retroesternal, não afetado por posição, movimento ou
palpação, podendo irradiar para ombros, braço esquerdo, braço direito, pescoço
ou mandíbula;
 É reproduzida pelo esforço ou estresse emocional;
 É prontamente aliviada pelo repouso ou pelo uso de nitrato sublingual.
Item B. Incorreto. O termo SCA (síndrome coronariana aguda) é empregado nas
situações em que o paciente apresenta evidências clínicas e/ou laboratoriais de isquemia
miocárdica aguda, produzida por desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio para o
miocárdio, tendo como causa principal a instabilização de uma placa aterosclerótica.

Fatores desencadeantes
mais comuns das SCA

Instabilização da placa Progressão de lesão Aumento da demanda de


aterosclerótica aterosclerótica oxigênio pelo miocárdio

Atenção! A SCA pode desencadear o infarto agudo do miocárdio (IAM) ou angina


instável. Vamos tratar do IAM na aula sobre urgência, emergência e UTI.
A dor dos pacientes com SCA tem características semelhantes à da angina estável,
mas os episódios são mais intensos e prolongados e, normalmente, ocorrem em
repouso.
Frequentemente, vem acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, ou dispnéia. Não
rara é a apresentação atípica, com queixas como mal estar, indigestão, dor epigástrica,
sudorese, inclusive sem dor torácica associada, principalmente em idosos e diabéticos.
Item C. Incorreto. Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três
apresentações principais que sugerem o surgimento de uma SCA, caracterizando um
agravamento do quadro:
 Angina de repouso com geralmente mais de 20 minutos de duração;
 Angina de início recente que limita a atividade;

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 Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor


esforço que em eventos anginosos prévios).
Item D. Incorreto. A angina estável típica é prontamente aliviada pelo repouso bem
como pelo uso de nitrato sublingual.
Item E. A angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com
menor esforço que em eventos anginosos prévios) é um estado de agravamento do quadro,
podendo gerar o aparecimento de uma SCA.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

34. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda (SCA)


informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.
( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,
principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).
( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.
( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.
( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.
a) V – V – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – F.
e) F – V – F – V.
COMENTÁRIOS14:

14
Ministério da Saúde.

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Na anamnese do diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), verificam-se os


seguintes achados clínicos:
Manifestações Clínicas da Síndrome Coronariana Aguda (SCA)
Qualidade Desconforto difuso, constritiva ou em
peso.
Localização Retroesternal.
Irradiação Ombro, braço E, braço D, pescoço ou
mandíbula.
Não alterada por Posição, movimento, palpação.
Dor típica
Início Geralmente em repouso.
Sinais e sintomas Sudorese, náuseas, vômitos ou
associados dispneia.
Sintomas Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese, principalmente
atípicos em idosos e em portadores de diabete melito (DM).
Fatores de Tabagismo, HAS, dislipidemia, DM e história familiar de DAC
risco precoce (homem < 55 e mulher < 65 anos).
O item nº 2 é o único incorreto, pois a dor é localizada na região do retroesternal, e
não no hipocôndrio direito. Nessa tela, o gabarito da questão é a letra C.

35. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de


acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.
a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.
b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada pelo
repouso.
c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.
d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.
e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e a dor
pode ocorrer em repouso.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada item para melhor entendimento:
Item A. Incorreto. Angina estável: dor previsível e consistente que acontece aos

esforços e é aliviada pelo repouso.


Itens B e D. Incorretos. Angina intratável (refratária): dor torácica grave e

intratável.

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Item C. Incorreto. Angina variante (também chamada de Prinzmetal): evidência objetiva


de isquemia (elevação reversível do seguimento ST), bem como dor em repouso.
Item E. Correto. Angina instável: também chamada de angina pré-infarto ou angina em
crescendo, o limiar para dor é menor e a dor pode ocorrer em repouso.
O gabarito da questão, portanto, é a letra E.

36. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma


síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na
região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo ir
desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente causada pelo
vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
a) angina estável.
b) angina instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.
COMENTÁRIOS:
A angina variante (também chamada de Prinzmetal) desencadeia dor em repouso,
possivelmente causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, com elevação reversível do
seguimento ST. Dessa forma, o gabarito é a letra D.

37. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque


a alternativa correta. A endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície
endotelial do coração. São fatores de alto risco para endocardite infecciosa:
( ) Próteses valvulares cardíacas.
( ) Doença da válvula aórtica.
( ) Regurgitação mitral.
( ) Defeito septal ventricular.
( ) Coarctação da aorta.
Assinale a alternativa correta:
a) V V V F F.
b) F F V V V.
c) V V V V V.

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d) V V V V F.
e) F F F F V.
COMENTÁRIOS15:
Endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio.
O coração é formado por três camadas: o pericárdio é a externa, o miocárdio é a medial
e o endocárdio é a interna, da qual fazem parte as válvulas cardíacas.
A maioria das endocardites tem uma origem infecciosa e os micro-organismos mais
frequentemente causadores dessa doença são: bactérias, fungos, micobactérias, riquetsias,
clamídias e micoplasmas.
Os agentes mais comuns são: estreptococos, estafilococos, enterococos e alguns
germes gram-negativos.
Também existem reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças auto-
imunes, nas quais não encontramos um agente infeccioso na reação inflamatória do
endocárdio.
A endocardite se localiza preferencialmente nas válvulas do coração, mas pode ser
encontrada em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada em aguda e subaguda.
A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rápida progressão, podendo evoluir em
dias para a morte. Costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, rins, pulmões,
fígado, olhos. O agente etiológico mais comum é o estafilococos aureus.
Já a subaguda tem a evolução mais lenta, persistindo por até meses e, na maioria dos
casos, é causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase negativos
ou bacilos gram-negativos.
A endocardite pode atingir as pessoas em qualquer idade e os sintomas e sinais
principais são: febre de longa duração, suores noturnos persistentes, astenia, baço aumentado
de volume e alterações cardíacas, como o agravamento súbito de uma doença cardíaca
previamente existente.
As pessoas portadoras de lesões valvulares do coração, congênitas ou adquiridas, são as
mais propensas a apresentarem a doença. Contudo, a endocardite também ocorre em pessoas
que não tenham lesões cardíacas.
As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasivos, em que há a
invasão do organismo, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas, manipulação
de abscessos (cuidado ao espremer espinhas ou furúnculos!). Em alguns grupos, a metade dos

15
Endocardites.

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casos encontrados de endocardite é em pessoas que fizeram ou fazem uso de drogas


injetáveis.
Um outro grupo de pessoas seguidamente acometido de endocardite encontra-se entre
os que foram submetidos a cirurgia cardíaca. Existem trabalhos que relatam que até 30% das
válvulas artificiais implantadas nos corações são atingidas por infecção.
O diagnóstico de endocardite é feito principalmente quando existe um alto índice de
suspeita do médico naqueles pacientes que tenham febres prolongadas e sem um outro
diagnóstico que explique a elevação da temperatura. A história de procedimentos cirúrgicos,
dentários e uso de drogas aumentam a suspeita. Para um diagnóstico de endocardite, o médico
se vale de um bom exame clínico do sistema cardiovascular, no qual se destacam o
surgimento ou a alteração em sopros anteriormente existentes, o aumento do baço, alterações
ecocardiográficas e culturas do sangue.
Atualmente, um dos exames que mais auxilia para o diagnóstico de endocardite é a
ecografia trans-esofágica.
O tratamento é feito com antibióticos em doses generosas e durante um tempo
prolongado, em média 30 dias.
A partir do exposto, verificamos que todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra
C.

38. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados contidos


na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal Crônica, deve-se:
a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados imediatamente
antes das refeições.
b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.
c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.
d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de edema.
e) oferecer hidratação oral sem restrição.
COMENTÁRIOS:
Segundo Brunner e Sudddarth (2011), a insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma
deteriorização progressiva e irreversível da função renal em que a capacidade do corpo para
manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha, resultando em uremia (retenção de
ureia e outros produtos de degradação nitrogenados no sangue).

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 54


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Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem
quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre
incomodam muito. Assim, anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés,
mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar) e do aspecto da
urina (urina muito clara, sangue na urina, etc). Deste ponto até que os rins estejam
funcionando somente 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com
medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se
necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante
renal16.
Os primeiros sintomas da IRC podem demorar anos para serem notados, o mesmo
ocorre com a síndrome urêmica, típica da IRC terminal, o que demonstra grande capacidade
adaptativa dos rins, permitindo que seres humanos mantenham-se vivos com apenas 10% da
função renal17.
Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais comuns
são a hipertensão arterial, o diabetes e a glomerulonefrite18.
A IRC pode ser tratada inicialmente por meio de terapêuticas conservadoras, como:
tratamento dietético, medicamentoso e controle da pressão arterial. A indicação do programa
dialítico será feita quando o tratamento conservador não é capaz de manter a qualidade de
vida do paciente e quando há o surgimento de sinais e sintomas importantes da uremia19.
Nas fases iniciais da IR, quando as manifestações clínicas e laboratoriais são mínimas
ou ausentes, o diagnóstico pode ser sugerido pela associação de manifestações inespecíficas
(fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náusea ou hemólise, hipertensão, poliúria, nictúria,
hematúria ou edema). Os principais sintomas são: nictúria, poliúria, oligúria, edema,
hipertensão arterial, fraqueza, fadiga, anorexia, náuseas, vômito, insônia, cãibras, prurido,
palidez cutânea, xerose, miopatia proximal, dismenorréia, amenorréia, atrofia testicular,
impotência, déficit cognitivo, déficit de atenção, confusão, sonolência, obnubilação e coma20.
A opção pelo método dialítico deve ser uma decisão conjunta do paciente e família com
a equipe de nefrologia, respeitando os critérios de exclusão em função das características e
necessidades individuais do paciente21.

16
SBN
17
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
18
SBN
19
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
20
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
21
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 55


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De acordo com Brunner e Suddarth (2011), o paciente com insuficiência renal crônica
requer cuidados de enfermagem experientes, a fim de evitar as complicações da função
reduzida e os estresses e ansiedade de lidar com uma doença com risco de vida. Os exemplos
dos diagnósticos de enfermagem potenciais para esses pacientes incluem os seguintes:
 Excesso de volume hídrico relacionado ao débito urinário diminuído, excessos
na dieta e retenção de água e sódio;
 Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada à anorexia,
náuseas e vômitos, restrições da dieta e mucosa oral alterada;
 Déficit de conhecimento sobre o distúrbio e o regime de tratamento;
 Intolerância à atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção de produtos de
degradação e procedimento de diálise;
 Distúrbio da autoestima relacionado à dependência, a alterações na imagem
corporal e disfunção sexual.
O cuidado de enfermagem procura avaliar o estado hídrico e identificar as fontes
potenciais de desequilíbrio, implementar um programa de dieta para garantir a ingestão
nutricional adequada dentro dos limites do regime de tratamento e promover os sentimentos
positivos, encorajando o aumento do auto cuidado e a maior indepedência.
Isto posto, vamos resolver os itens da questão. São cuidados de enfermagem para o
paciente com Insuficiência Renal Crônica:
Item A. Incorreto. Alterar o horário dos medicamentos de modo que eles não sejam
administrados imediatamente antes das refeições para prevenir a anorexia e sensação de
plenitude
Item B. Incorreto. Incentivar lanches hipercalóricos (ricos em calorias),
hipossódicos e probres em proteinas e potássio entre as refeições. Todavia, as refeições
devem conter quantidade moderadas de proteinas, com preferência para alimentos com
proteinas de alto valor biológico: ovos, produtos lacteos e carnes.
Item C. Incorreto. Oferecer alimentos hiporprotéicos e pobres em potássio.
Item D. Correto. Avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e
presença de edema.
Item E. Incorreto. Oferecer hidratação oral com restrição.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 56


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39. (Prefeitura de Goiana-PE/2010-IPAD) Se um cliente possui diagnóstico de enfermagem


de “excesso de volume líquido relacionado ao débito urinário reduzido e retenção de água e
sal” e é portador de insuficiência renal crônica, são cuidados essenciais:
a) avaliação de edema e administração de suplementos de vitamina D, conforme prescrito.
b) realização de ausculta cardíaca e estimulação da ingestão de sódio
c) a mensuração diária do peso e aferição da pressão arterial.
d) avaliação do ingurgitamento de veia jugular e monitoração da contagem de eritrócitos.
e) avaliação da frequência respiratória e administração de suplementos de ferro, conforme
prescrição.
COMENTÁRIOS:
De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), os principais cuidados de enfermagem para
um paciente com o diagnóstico de enfermagem de “excesso de volume líquido relacionado ao
débito urinário reduzido e retenção de água e sal” são os seguintes:
 Avaliar o estado hídrico: pesar diariamente, equilíbrio da ingestão e excreção, turgor
cutâneo e presença de edema, ingurgitamento das veias do pescoço, pressão arterial,
frequência e ritmo cardíaco, frequência e esforço respiratório;
 Limitar a ingestão hídrica ao volume prescrito;
 Identificar as fontes hídricas potenciais: medicamentos e líquidos usados para tomar
medicamentos orais e endovenosos, alimentos;
 Explicar o paciente e à família a justificativa para a restrição;
 Ajudar o paciente a lidar com os desconfortos decorrentes da restrição hídrica;
 Realizar ou encorajar a higiene oral frequente.
O gabarito da questão, portanto, é a letra C.

40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o
serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a
insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
e) hipotireoidismo.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 57


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COMENTÁRIOS:
Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), há uma diminuição considerável da função renal,
desencadeando a retenção de sais minerais (principalemnte sódio e potássio) e água no
organismo, aumentando o volume sanguineo e sobrecarga cardíaca. Isso pode desencadear ou
agravar a hipertensão arteria sistêmica. Por isso, o gabarito da questão é a letra B.

41. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a alternativa


incorreta.
a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal recente ou
extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.
b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que necessitam
de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas associadas à
hemodiálise.
c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva em
pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados com
doença aguda.
d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.

COMENTÁRIOS:
A Diálise Peritoneal envolve o
transporte de solutos e de água através de uma
membrana que separa dois compartimentos
contendo líquidos. Esses dois compartimentos
são (a) o sangue nos capilares peritoneais, e
(b) a solução de diálise na cavidade
peritoneal. Durante o curso da DP ocorrem
simultaneamente três processos de transporte:
difusão, ultrafiltração e absorção22.

22
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 58


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Os principais tipos de diálise peritoneal cobrados em concurso são os seguintes: Diálise


Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD ou DPAC), Diálise Peritoneal Cíclica Continua
(CCPD) e Diálise Peritoneal Intermitente (DPI)23.
 Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, também conhecida como CAPD ou
DPAC, é a forma mais comum de diálise peritoneal e especialmente indicada para pacientes
idosos, crianças ou aqueles para os quais a hemodiálise não é conveniente ou possível. Este
tipo de diálise, não precisa de máquina. Geralmente, é realizada em casa, em um local limpo e
bem iluminado.
O próprio paciente pode fazer a infusão e a retirada (drenagem) da solução de diálise no
abdômen ou pode ser auxiliado por uma outra pessoa especialmente treinada para fazer estas
trocas de bolsas de solução. O sangue durante a CAPD esta sendo depurado o tempo todo.
A solução de diálise vai de uma bolsa de plástico através do catéter até a cavidade
abdominal e ali permanece por várias horas. A solução é então drenada e uma nova solução
volta a encher o abdômen, recomeçando o processo de depuração.
No caso da CAPD, a solução de diálise fica no abdômen durante 4 horas. O processo de
drenar o dialisado e substituí-lo por uma solução nova leva de 30 a 40 minutos. A maioria das
pessoas troca a solução quatro vezes por dia.

 Diálise Peritoneal Cíclica Continua


A Diálise Peritoneal Cíclica Contínua ou CCPD é parecida com a CAPD, porém nesta
deve-se conectar o catéter a uma máquina que enche o abdômen e drena a solução de diálise
automaticamente.
Este método é geralmente realizado durante a noite, enquanto o paciente dorme,
permitindo maior liberdade ao paciente durante o dia.
É um método ainda pouco utilizado no Brasil, pois a máquina deve ser comprada ou
alugada pelo paciente para ser usada em casa, o que aumenta muito o custo do tratamento.
 Diálise Peritoneal Intermitente
Vejam que os métodos de Diálise Peritoneal Cíclica Contínua (CCPD) e Diálise
Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD ou DPAC) podem ser realizados facilmente em
casa. Existe outro método mais intensivo que deve ser realizado em ambiente hospitalar:
Diálise Peritoneal Intermitente (DPI).

23
UNIFESP

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 59


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O tratamento da DPI é dado durante cerca de 24 horas, em ambiente hospitalar, com


trocas a cada 1-2 horas, duas vezes por semana (40 a 60 litros). No período entre as diálises,
fica o abdômen seco. Indicada para paciente com alta permeabilidade de membrana e função
renal residual significativa
A infecção do peritônio ou peritonite é a principal complicação da diálise peritoneal.
Muitas vezes o início da infeção acontece no orifício pelo qual o catéter sai do corpo. Esta
infecção se não for tratada rápida e corretamente pode espalhar-se e infectar o peritônio
determinando a peritonite.
A peritonite também poderá se desenvolver se houver dificuldades em conectar ou
desconectar o catéter das bolsas.
Um dos primeiros sinais de peritonite é a mudança da cor e aspecto do liquido drenado
que deve ser claro e fluido, com a peritonite torna-se turvo e espesso. A peritonite poderá
também se manifestar por febre, dor no abdômen, mal-estar, enjoos, vômitos e diminuição do
apetite.
Dito isto, vamos analisar as assertivas da questão:
Item A. Incorreto. A diálise peritoneal não é indicada em pacientes que realizaram
cirurgia abdominal recente ou extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em
estado gravídico. Nesses casos, não há condições para inserção do cateter da diálise no
abdômen, abaixo do umbigo.
Item B. Correto. Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes
graves que necessitam de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas
associadas à hemodiálise.
Item C. Correto. A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de
terapia intensiva em pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes
hospitalizados com doença aguda.
Item D. Correto. A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a
hemodiálise.
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra A.

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42. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição


hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo do
sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal
intermitente compreende
a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.
b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.
c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.
d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.
e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do
paciente.
COMENTÁRIOS:
Segundo Trajano, JS e Marques IR (2005), as Bases da Assistência de Enfermagem na
Diálise Peritoneal (DP) são:
 Cuidados com os cateteres peritoneais
O local de saída e as incisões relacionadas devem ser cuidados à semelhança do que se
faz com outras feridas cirúrgicas recentes. Logo nos primeiros dias após a inserção, o local de
saída deve ser coberto com gaze e o curativo trocado sempre que for observadas manchas de
exsudato ou sangue. Curativos oclusivos, impermeáveis ao ar, bem como pomadas, nunca
devem ser usados. Os curativos devem imobilizar o cateter contra a pele.
O paciente deve ser instruído a evitar movimentos do cateter no local de saída tanto
quanto possível, porque os movimentos nesta região retardam a cicatrização e podem levar a
infecção.

 Cuidado quanto ao preparo do ambiente


Cuidados durante a diálise
Anotar rigorosamente na ficha de controle de balanço de DP, em cada banho, o início e
término da infusão, tempo de permanência na cavidade peritoneal, o volume infundido e
drenado, cor e aspecto do líquido drenado (a coloração característica é amarelo-palha);
controlar rigorosamente, durante cada banho, os sinais vitais, diurese, posicionamento correto
do cateter de diálise; observar e comunicar sinais de dor, hemorragia, hipotensão arterial,
edema, dificuldade de drenagem e infusão e dificuldade respiratória; assegurar um ambiente
tranquilo, informal e descontraído; prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
estimular a aceitação alimentar.

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Cuidados pós-diálise
Observar e anotar as condições do paciente; trocar curativo, remover ou fixar o cateter
(heparinização para prevenir obstrução) ou colocar prótese; verificar o peso do paciente;
controlar os sinais vitais; controlar rigorosamente a diurese; realizar o fechamento da ficha de
controle de DP.
É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal
intermitente compreende:
Item A. Incorreto. Controlar a pressão arterial e o pulso a cada 15 minutos na primeira
troca e a cada 60 minutos depois disso. A queda na pressão arterial pode indicar perda hídrica
excessiva decorrente de concentrações de glicose das soluções dialisantes. As alterações nos
sinais vitais podem indicar choque iminente ou hidratação excessiva.
Item B. Incorreto. Não introduzir o cateter no abdômen, se este não estiver
permeável. Quando o líquido não está drenando de forma adequada, movimentar o paciente
de um lado para o outro, a fim de facilitar a retirada da drenagem peritoneal. A cabeceira do
leito também pode ser elevada.
Item C. Correto. Realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da
pesagem diária, ou seja, manter um registro exato do equilíbrio hídrico do paciente durante o
tratamento do paciente.
 Saber o estado ou ganho de líquido do paciente no final de cada troca; verificar
os curativos para extravasamento e pesar na balança, significativo;
 O equilíbrio hídrico deve ser igual ou mostrar discreto ganho ou perda de
líquido, dependendo do estado hídrico do paciente.
Item D. Incorreto. Adicionar os antibióticos no dialisador, no caso de peritonite,
conforme prescrição médica. Além disso, o médico também prescreve antibióticos sistêmicos
por via endovenosa ou oral, conforme necessidade do caso.
Item E. Incorreto. Diminuir a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade
respiratória do paciente.
Meus amigos, não era preciso saber todos os detalhes descritos para acertarem a
questão, pois a letra C descreveu uma ação clássica e incontestável, realizada pela equipe de
enfermagem, durante assistência a pacientes em diálise peritoneal intermitente.

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43. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar


características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual alternativa não
se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.
a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.
b) Débito urinário e débito cardíaco.
c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.
d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.
COMENTÁRIOS:
Conforme comentários das questões anteriores, constatamos que a alternativa errada só
pode ser a letra C. As demais assertivas estão corretas, pois descrevem intervenções do
controle hídrico e monitorização cardiovascular.
Para saber mais sobre os métodos dialíticos, vejam esse vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=Rq1Zk-Z36WU#t=501.

44. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Sobre a assistência de Enfermagem em


pacientes com cálculo renal, assinale a alternativa correta.

a) Como não existem complicações relacionadas ao paciente com cálculo renal, o objetivo da
assistência é proporcionar o alívio da dor e prevenção de recidiva dos cálculos renais.
b) Uma das prescrições de enfermagem para o paciente com cálculo renal é a dor relacionada
à inflamação e obstrução do trato urinário.
c) Os sinais vitais do paciente com cálculo renal não precisam ser monitorados, uma vez que
o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.
d) A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar desidratação e aumentar a
pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a passagem do cálculo.
e) A litotripsia deve ser realizada precocemente em todos os casos para evitar a eliminação
espontânea do cálculo e obstrução da uretra.
COMENTÁRIOS:
Os cálculos renais, também chamado de litíase urinária ou urolitíase, são formações
sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido
úrico que se cristalizam. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando
muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 63


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de grãos com alguns milímetros, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto
nos rins quanto na bexiga24.
O cálculo renal não é uma doença e sim um sintoma, sendo a manifestação de doenças
como hipercalciúria idiopática, hiperparatireoidismo, cistinúria e hiperuricemia, entre outras.
Fica claro, portanto, que o tratamento de um paciente com cálculo renal deve ser
individualizado, dependendo da doença que levou ao aparecimento das pedras nos rins. A
abordagem de um paciente com um primeiro episódio de cálculo renal deve ser a seguinte25:
Se ele tiver crise renal com cálculo que é eliminado espontaneamente e não
apresentar outros cálculos, não será necessário fazer avaliação mais detalhada. Basta observar
se novos cálculos irão aparecer.
Se o paciente apresentar crise renal com cálculo que não é eliminado
espontaneamente, deverá ser assistido por um médico urologista que avaliará a necessidade
de litotripsia (procedimento que elimina pedras por ondas de choque) ou de algum
procedimento endoscópico ou mesmo cirurgia para a retirada do cálculo.
Nos casos em que há um número grande de cálculos, ou naqueles em que o paciente
apresenta crises recorrentes, deverá ser feito o estudo metabólico para identificar qual o
distúrbio que está levando à formação das pedras, para, então, estabelecer algum tipo de
tratamento preventivo com objetivo de evitar o aparecimento de novos cálculos. Quando se
faz somente a retirada dos cálculos, mas não é tomada nenhuma medida preventiva, a chance
de novos cálculos aparecerem é maior.
Dito isto, vamos analisar cada item da questão:
Item A. Incorreto. Na verdade, existem diversas complicações relacionadas ao
paciente com cálculo renal, a exemplo de infecção, obstrução e hemorragia no trato urinário e
sepsemia.
Item B. Incorreto. Um dos diagnósticos de enfermagem para o paciente com
cálculo renal é a dor relacionada à inflamação e obstrução do trato urinário. Por outro lado,
são exemplos de prescrições de enfermagem: aliviar a dor; monitorizar e tratar as
complicações potenciais.
Item C. Incorreto. Os sinais vitais do paciente com cálculo renal precisam ser
monitorados, uma vez que o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.

24
Cálculo Renal
25
Hospital Sírio Libanês

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Item D. Correto. A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar
desidratação e aumentar a pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a
passagem do cálculo. Portanto, a ingestão de líquidos deve ser aumentada de modo que o
paciente urine no mínimo dois litros por dia.
Item E. Incorreto. A litotripsia - procedimento que elimina pedras por ondas de choque,
podendo ser não invasivo - deve ser realizada nos casos indicados em que não haja a
eliminação espontânea do cálculo.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

45. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Sobre os distúrbios urinários, analise as


alternativas abaixo e assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as afirmativas
falsas.
( ) As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-organismos patogênicos no
trato urinário.
( ) As ITU são classificadas como infecções iatrogênicas que, em casos graves, podem
ocasionar a morte do paciente.
( ) Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão: incapacidade ou falha
em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário; aumento excessivo do
consumo de sódio; imunossupressão.
( ) A pielonefrite é uma infecção da pelve renal que pode ser causada por bactérias que
alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por meio da circulação
sanguínea.
( ) Como exemplo de infecções do trato urinário inferior temos a cistite, prostatite, uretrite e
pielonefrite.
Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
a) V-F-F-V-F b) V-F-V-F-V d) V-V-F-V-F d) F-V-F-F-V e) F-V-V-V-F
COMENTÁRIOS:
Vamos detalhar cada item da questão, para melhor compreensão do tema.
Item nº 1. Correto. As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-
organismos patogênicos no trato urinário. A bacteriúria é geralmente definida como mais de
105 colonias de bacterias por militro de urina.
Item nº 2. Incorreto. As ITU são classificadas como infecções patogênicas
(principalmente bactérias) que, em casos graves, podem ocasionar a morte do paciente devido

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 65


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às septicemias (infecção generalizada).


Item nº 3. Incorreto. Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão:
incapacidade ou falha em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário;
imunossupressão; instrumentação do trato urinário (p.ex., cateterismo, procedimentos
citoscópicos); diabetes mellius; gestação; inflamação ou abrasão da mucosa uretral; distúrbios
neurológicos etc. Todavia, o aumento excessivo do consumo de sódio não é um desses
fatores.
Item nº 4. Correto. A pielonefrite é uma infecção da pelve renal (ureteres) que pode ser
causada por bactérias que alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por
meio da circulação sanguínea.
Item nº 5. Incorreto. Em geral, as infecções do trato urinário (ITU) são classificadas
como infecções que envolvem o trato urinário superior ou inferior. Nesse sentido:
-> As ITU inferiores incluem a cistite (inflamação da bexiga urinária), prostatite
(inflamação da próstata) e uretrite (inflamação da uretra);
-> As ITU superiores são muito menos comuns e englobam a pielonefrite aguda
ou crônica (inflamação da pelve renal - ureteres), nefrite intersticial (inflamação do rim) e
abscessos renais.
Gostaria de fazer uma observação importante. Essa questão da
LUDUS de 2012 foi extraída da UFSC de 2011. Isso é frequente em
concursos. É uma pratica deplorável. Confirmem o que eu estou falando
nos links abaixo:

 Questão igual: UFCS/2011 – questão nº 28 e Prefeitura de Piriiri-PI/2012 – questão nº 18.


O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

46. (Secretaria Estadual de Saúde do Piauí-PI/NUCEPE/2012) A invasão bacteriana da


próstata pode ter várias etiologias. Sobre este assunto analise as afirmações a seguir.
1) pode ser decorrente de refluxo da urina infectada do canal ejaculatório.
2) é secundária a uretrite.
3) pode ser estimulada por instrumentação uretral ou exame retal de próstata.
4) è frequentemente causada por bactérias entéricas gram positivas e gram negativas.
Está(ão) correta(s).
a) 1 apenas

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b) 2, e 4 apenas
c) 1 e 3 apenas
d) 2, 3 e 4 apenas
e) 1, 2, 3 e 4
COMENTÁRIOS:
Conforme comentários da questão anterior, verificamos que o gabarito da questão é a
letra E, pois todos os itens estão corretos.

47. (Município de Resende-RJ/CONSULPLAN/2010) O aumento acentuado de proteína na


urina, a diminuição da albumina no sangue, edema, elevação das lipoproteínas de baixa
densidade e do colesterol, são características de:
a) Infecção urinária.
b) Insuficiência renal.
c) Síndrome nefrótica.
d) Diabetes mellitus.
e) Uretrite.
COMENTÁRIOS26:
Síndrome nefrótica não é uma doença, mas um conjunto de sinais e sintomas. Ocorre
nos pacientes que têm uma proteinúria (proteína na urina) maciça. A proteinúria ocorre
sempre em consequência de alterações do filtro glomerular renal, por inúmeras causas.
A síndrome nefrótica é a forma de apresentação de várias doenças renais que se
manifestam por edema generalizado e proteinúria maciça superior a 0,10g/kg de peso ou
3,5g/1,73 m de superfície corporal.
O modo de início é lento e o edema (inchume) vai se instalando vagarosamente.
Começa pelas pernas e pálpebras, generalizando-se por todo o corpo.
A proteinúria é sempre maciça na síndrome nefrótica e ocorre quando a perda renal é
maior do que 0,10g/kg de peso corporal. Com esta perda de albumina, surge uma queda
importante da albumina do sangue (hipoalbunemia).
Com a hipoalbunemia em taxas menores do que 2g% de sangue, fica diminuído o poder
das proteínas plasmáticas de reter líquido dentro do vaso sanguíneo (poder oncótico), não
conseguindo mais manter o sangue circulando e, como consequência, os líquidos se infiltram

26
Síndrome nefrótica.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 67


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nos tecidos formando o edema. Geralmente esse edema é intenso e generalizado, podendo
ocorrer no abdômen (ascite) e na pleura (derrame pleural).
A deficiência de albumina provoca outras alterações metabólicas. A albumina sanguínea
é a carregadora do cálcio e do iodo e por isso, com a queda da albumina, ela carregará menos
cálcio, ocorrendo hipocalcemia. O mesmo ocorre com o iodo e com o hormônio da tireóide.
Uma vez estabelecido o diagnóstico de síndrome nefrótica, deve-se fazer um esforço
para encontrar a causa. As doenças que causam lesão no filtro renal têm origens:
inflamatórias, infecciosas, degenerativas, obstrutivas, congênitas e neoplásicas.
As principais causas de síndrome nefrótica incluem todas as glomerulonefrites e
algumas especiais como: esquistossomose, toxoplasmose, malária, AIDS, hepatite B, diabetes
mellito, trombose venosa renal, drogas (mercúrio, ouro, alopurinol, lítio), câncer (cólon,
melanoma, mieloma), hereditárias e muitas outras mais. Com o objetivo de encontrar a causa
da lesão renal, muitas vezes pode ser necessária a punção biópsia renal para esclarecer o tipo,
intensidade e a causa da lesão glomerular.

Atenção! A nefrite (glomerulonefrite) é o resultado de um processo


inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo por base um fenômeno
imunológico. É responsável por 50% das doenças renais. O fenômeno
imunológico responsável pela nefrite ocorre quando uma substância estranha
(antígeno) entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso corpo.
O organismo, para se defender do antígeno agressor, produz um anticorpo. A reunião do antígeno com
o anticorpo forma um complexo solúvel antígeno-anticorpo que, circulando pelo organismo, pode se
depositar nos tecidos, criando as lesões inflamatórias. Quando o glomérulo é o tecido atingido, a lesão
inflamatória chama-se glomerulonefrite. As consequências da agressão glomerular são
basicamente: proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular, retenção de sódio e
hipertensão.
Todos os tratamentos, quaisquer que sejam as causas, visam diminuir ou eliminar a
perda anormal das proteínas urinárias. Com essa medida, a albumina sanguínea volta ao
normal e o edema desaparece. O tratamento específico depende da causa da síndrome
nefrótica e podem ser usados anti-inflamatórios esteróides ou não esteróides antibióticos,
imunossupressores e, eventualmente, cirurgia para tratamento de obstrução venosa ou
neoplasia. Tratar as complicações é sempre muito importante: hipocalcemia, hiperlipemia,
distúrbios da coagulação (tromboses venosas) e desnutrição.
A partir dos comentários, o gabarito da questão é a letra C.

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48. (Prefeitura de Patos-PB/ESF/2010-PagTCPB) A glomerulonefrite aguda é mais comum


em crianças com mais de 2 anos de idade, porém pode acontecer em todas as idades. São
manifestações clínicas da glomerulonefrite aguda, EXCETO:
a) Hipotensão.
b) Edema.
c) Urina cor de coca-cola.
d) Cefaleia.
e) Mal-estar.
COMENTÁRIOS:
As consequências da agressão glomerular (glomerulonefrite) são basicamente:
proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular, retenção de sódio e hipertensão, e
não a hipotensão. Por isso, o gabarito é a letra A.

49. (TRT 11ª Região/FCC/2012) Uma das condutas recomendadas no tratamento da


ascite é a
a) utilização de substitutos do cloreto de sódio por outros contendo hidrato de cloral.
b) paracentese.
c) postura ereta para ativação do sistema reninaangiotensina.
d) terapia osmótica com a sonda de Sengstaken Blakemore.
e) terapia com amônia.
COMENTÁRIOS27:
Ascite, ou barriga d’água, é o nome que se dá ao acúmulo anormal de líquidos dentro da
cavidade abdominal, num compartimento limitado pelo peritônio (membrana que reveste
também as paredes do abdômen e da pélvis e alguns dos seus órgãos). Esse líquido sai dos
vasos sanguíneos por duas diferentes razões: redução da pressão oncótica ou aumento da
pressão hidrostática.
No primeiro caso, a concentração de proteínas que ajudam a conter o líquido dentro dos
vasos (veias e artérias) fica menor do que fora deles. Como os vasos são constituídos por
tecido permeável, essa diferença de pressão permite que os fluídos atravessem suas paredes e
ocupem o espaço extravascular.

27
ASCITE

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 69


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No segundo caso, a concentração de proteínas no sangue é normal, mas ocorre um


aumento da pressão hidrostática no sistema vascular provocada por um processo infeccioso ou
inflamatório. Essa reação pode distender os vasos que irrigam o peritônio e/ou aumentam a
permeabilidade vascular, favorecendo o extravasamento de líquidos para a cavidade
abdominal.
A composição do líquido ascítico pode variar de acordo com a doença de base. Por isso,
entre outras substâncias, ele pode conter conteúdo proteico variável, biles ou suco
pancreático, por exemplo.
O mecanismo responsável pela formação da ascite é semelhante ao dos edemas.
A ascite não é uma doença em si mesma, mas uma condição associada a algumas
doenças, entre elas as insuficiências renal, cardíaca e hepática, certos tipos de câncer,
algumas pancreatites, e infecções, como a esquistossomose e a tuberculose.
A causa mais comum da ascite, porém, costuma ser a cirrose hepática, uma doença
crônica do fígado provocada pelos vírus B e C das hepatites e pelo uso abusivo de bebida
alcoólica. A principal característica dessa enfermidade é a formação de nódulos e tecido
fibrótico (cicatrizes) que bloqueiam a circulação do sangue e provocam aumento da pressão
dentro dos vasos que convergem para a veia porta (hipertensão portal). A cirrose pode ser
responsável também por menor produção de albumina, uma proteína que ajuda a conter a
água no interior das veias e artérias. Nas duas situações, os fluidos escapam dos vasos com
mais facilidade e vão acumular-se na cavidade abdominal.
No início, a ascite é um evento quase sempre assintomático. Com a evolução do quadro,
de acordo com o volume de líquido retido no abdômen, podem surgir os seguintes sintomas:
ganho injustificado de peso, inchaço, crescimento da barriga e da cintura, dor abdominal
difusa, perda de apetite, náuseas, vômitos, dificuldade para respirar, especialmente na posição
deitada, por causa da pressão que o líquido exerce sobre o diafragma.
Dependendo da enfermidade de base, o paciente pode apresentar, ainda, outros sinais e
sintomas, tais como fígado aumentado, emagrecimento, edemas nas pernas e nos pés, extremo
cansaço, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática.
Nas fases iniciais, a avaliação clínica é insuficiente para detectar a presença de líquido
na cavidade abdominal. O diagnóstico definitivo depende da realização de exames de sangue
e de imagem (ultassonografia, tomografia, ressonância magnética). Outro recurso importante
é a paracentese diagnóstica, ou seja, a retirada de pequena amostra do liquido ascítico através
de punção direta por meio de uma agulha introduzida no abdômen.
Basicamente, o tratamento consiste na introdução de medidas paliativas com o
objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade peritoneal e controlar sua

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 70


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produção e extravasamento. Entre elas, podemos destacar o uso de diuréticos, a restrição de


sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de
albumina.
A prescrição de antibióticos torna-se necessária nos casos de infecção do líquido
ascítico (peritonite bacteriana espontânea), uma complicação que pode ser grave e exige
internação hospitalar durante o tratamento.
A paracentese abdominal é um recurso terapêutico alternativo para a retirada de
líquido por punção. Ela é indicada quando as outras formas de tratamento não surtiram o
efeito desejado, ou para aliviar os sintomas. O ideal, porém, é que o tratamento da ascite
esteja sempre voltado para o controle da enfermidade responsável pelo distúrbio.
Não há como prevenir o aparecimento da ascite, uma vez que ela surge como
consequência de uma enfermidade previamente instalada. O que se pode fazer é evitar o
contato com essas doenças ou, então, adotar medidas para evitar o agravamento do quadro de
ascite. Por isso, é sempre importante:
 não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas;
 vacinar-se contra as hepatites A e B;
 certificar-se de que o sangue das transfusões foi rigorosamente analisado;
 manter a restrição de sal, quando indicada;
 jamais entrar em contato com a água de rios, córregos, represas ou de enxurradas.
Ela pode estar contaminada pelas larvas transmissoras da esquistossomose, que se
alojam em caramujos para dar continuidade a seu ciclo evolutivo.
A partir do exposto, constatamos que o gabarito da questão é a letra B.

50. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Um paciente chega à unidade de saúde e,


durante a anamnese, queixa-se de falta de apetite, náuseas, dor abdominal, fraqueza e
emagrecimento. Ao ser examinado pelo enfermeiro, verifica-se que ele apresenta ascite,
edema de membros e icterícia. Refere ser etilista há 20 anos e também relata o aumento de
peso progressivo. De acordo com os sintomas apresentados, o enfermeiro pode suspeitar que
este paciente provavelmente apresenta
a) esofagite.
b) gastrite.
c) cirrose hepática.
d) retocolite.
e) pancreatite.

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COMENTÁRIOS28:
Cirrose é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de
nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Pode ser causada por infecções ou inflamação
crônica dessa glândula. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no
lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções
normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção
dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool
e alguns medicamentos, entre outras.
A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as
mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da doença nos últimos
anos.
O abuso do álcool é a principal causa da cirrose. Como o fígado é responsável pela
metabolização dessa substância, quando exposto a doses excessivas de álcool, sofre danos em
seus tecidos vitais que comprometem seu funcionamento.
Também são causas de cirrose as hepatites crônicas provocadas pelos vírus B e C, pelo
uso de determinados medicamentos e pela hepatite autoimune.
Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal,
constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda
de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade
abdominal), entre outros. Em casos mais avançados pode ocorrer a encefalopatia hepática
(síndrome que provoca alterações cerebrais provocadas pelo mau funcionamento do fígado).
No entanto, durante muito tempo a doença pode evoluir sem causar sintomas.
Cirrose é um processo patológico irreversível que pode ser fatal. Portanto, é importante
fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais depressa possível o tratamento que pode adiar
ou evitar que surjam complicações mais graves.
A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico de cirrose é eliminar o agente agressor,
no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite.
Para casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura
definitiva da doença.
Os principais fatores de risco são os seguintes: uso excessivo de álcool; infecção
pelos vírus da hepatite B ou C; algumas doenças genéticas (por exemplo, Doença de Wilson);
hepatite autoimune; cirrose biliar primária.
A partir dos comentários, não restam dúvidas que o gabarito é a letra C.

28
Cirrose.

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51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento dessa questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do
sistema biliar.
A vesícula biliar é um órgão presente no organismo
humano em forma de pêra. Armazena até 50 ml de bile, que
é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável por
sua produção.
A vesícula biliar armazena bile, que é lançada quando o
alimento contendo gordura entra no trato digestivo,
Figura 2 - Sistema Biliar
estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A bile
emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.
Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que
quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas gorduras. A
maior parte da digestão ocorre no duodeno.
Isto posto, vamos analisar as assertivas:
Item A. Incorreto. Coledocotomia é a abertura do ducto comum.
Item B. Incorreto. Colelitiase é a presença de cálculos na vesícula biliar. A
colecistectomia é a remoção da vesícula biliar.
Item C. Incorreto. Coledocolitotomia é a incisão do ducto biliar para retirada de
cálculos.
Item D. Correto. Colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
Item E. Incorreto. Coledocoduodenostomia é a anastomose do ducto comum ao
duodeno.
Percebem que não preciso saber o significado de todos os termos para acertarem a
questão, pois a letra D apresenta um conceito bem simples.

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52. (IBC/AOCP/2012) Assinale a alternativa que apresenta um diagnóstico de Enfermagem


que pode estar relacionado a um cliente com quadro de Anemia Falciforme.
a) Dor músculo-esquelética aguda.
b) Ingestão nutricional aumentada.
c) Controle da frequência respiratória e frequência cardíaca.
d) Orientar dieta rica em vitamina C.
e) Aplicar compressas mornas nas articulações.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a Portaria do MS nº 55/10, a Doença falciforme (DF), ou anemia
falciforme, é uma condição genética autossômica recessiva resultante de defeitos na estrutura
da hemoglobina (Hb) associados ou não a defeitos em sua síntese. As hemoglobinopatias
decorrentes de defeitos na estrutura da Hb são mais frequentes em povos africanos, e as
talassemias causadas por defeitos na síntese, em povos do Mediterrâneo, da Ásia e da China.
Apesar desta predileção étnica, a DF está presente em todos os continentes como
consequência das migrações populacionais. No Brasil, que reconhecidamente apresenta uma
das populações de maior heterogeneidade genética do mundo. A maior prevalência da doença
ocorre nas regiões Norte e Nordeste.

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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u625390.shtml

Tanto eletroforese por focalização isoelétrica (IEF) quanto cromatografia líquida de alta
resolução (HPLC) podem ser utilizadas para o diagnóstico de DF.
O principal tratamento da DF é a hidroxiureia (HU): cápsulas em gel sólido com 500
mg do princípio ativo. Os pacientes que recebem a hidroxiureia apresentam menos episódios
dolorosos da crise de célula falciforme, menor incidência de síndrome torácica aguda e menos
necessidade de transfusão. A transfusão de hemácias é outra terapêutica indicada. Em alguns
casos, pode haver a cura da doença por meio do transplante de medula óssea.
São sintomas da anemia falciforme: dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo
sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; dores articulares; fadiga intensa; palidez e
icterícia; atraso no crescimento; feridas nas pernas; tendência a infecções; cálculos biliares;
problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais e priapismo.

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De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), os principais diagnósticos de enfermagem


para um paciente com anemia falciforme são os seguintes:
 Dor relacionada à hipóxia devido à aglutinação das células falciformes dentro
dos vasos sanguíneos;
 Risco à infecção;
 Falta de poder relacionada ao abandono induzido pela doença;
 Deficiência de conhecimento com relação à prevenção das crises.
A dor nas crises da anemia falciforme ocorre principalmente nas articulações, podendo
ser considerada musculoesquelética. Logo, o gabarito da questão é a letra A.

53. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Qual dos tipos de


anemia é mais comum em indivíduos da raça negra?
a) Anemia Aplástica.
b) Anemia Ferropriva.
c) Anemia Perniciosa.
d) Anemia Falciforme.
e) Anemia Malárica.
COMENTÁRIOS:
Conforme comentários da questão anterior, o gabarito da questão é a letra D.

54. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Assinale a alternativa em que o tipo de


anemia está relacionado à deficiência da vitamina B12?
a) Talassemia
b) Anemia aplásica
c) Anemia falciforme
d) Anemia perniciosa
e) Anemia ferropriva
COMENTÁRIOS:
A anemia é o distúrbio hematológico mais comum. É uma condição com o nível de
hemoglobina abaixo do normal, refletindo em um número de hemácias abaixo do normal
dentro da circulação. Como resultado, a quantidade de oxigênio transportado para os tecidos
do corpo fica também diminuída.

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Existem muitas diferentes formas de anemia, mas todas podem ser classificadas em três
categorias etiológicas mais amplas: a perda das hemácias, ocasionadas por sangramentos;
diminuição na produção de hemácias (hipoproliferativas), devido a deficiência de co-
fatores para a eritropoese, incluindo o ácido fólico, vitamina B12 e ferro; e aumento na
destruição das hemácias (hemolíticas), podendo ocorrer por causa de uma superatividade do
SRE (Sistema Retículoendotelial), ou porque a medula óssea produz hemácias anormais que
são destruídas pelo SER (p.ex., anemia falciforme).
Os principais sintomas das anemias são taquicardia aos esforços, fadiga, palidez,
dispinéia e fraqueza. Em geral, as complicações da anemia grave incluem insuficiência
cardíaca congestiva (ICC), parestesia e confusão.
As anemias hipoproliferativas mais cobradas em concurso público são as seguintes:
anemia por deficiência de ferro (ferropriva), anemia aplástica e anemias megaloblásticas. Por
outro lado, as anemias hemolíticas mais exploradas em provas são as seguintes: anemia
falciforme e talassemia.
A anemia ferropriva tipicamente ocorre quando a ingestão de ferro na dieta é
inadequada para a síntese de hemoglobina.
A anemia aplástica é uma doença rara causada pela diminuição das células tronco na
medula óssea, ou dano as essas células ou ao microambiente dentro da medula, e pela
reposição da medula por gordura. Isso resulta não só na anemia, mas também na neutropenia
(deficiência de neutrófilos) e trombocitopenia (deficiência de plaquetas). As complicações
típicas dessas doenças são a infecção, hemorragias e os sintomas da anemia.
As anemias megaloblásticas são causadas por deficiência em vitamina B12 e/ou ácido
fólico. É muito comum se confundir anemia megaloblástica com anemia perniciosa. A
anemia perniciosa é um tipo de anemia causada pela deficiência de vitamina B12 devido à
inibição do fator intrínseco, sendo assim, uma das causas da anemia megaloblástica, e não a
mesma patologia com denominação diferente.
A anemia facilforme é uma anemia hemolítica grave resultante de um defeito
hereditário do gene hemoglobina em foice (HbS). Esse gene causa um defeito na molécula de
hemoglobina. A hemoglobina falciforme adquire uma formação to tipo de cristal quando
exposta a uma baixa tensão de oxigênio. O oxigênio no sangue venoso é suficientemente
baixo para causar essa mudança; consequentemente, a célula que contém a hemoglobina S
perde sua forma redonda, ficando deformada, rígida e com a forma de foice. Essas células
longas e rígidas podem alojar-se nos pequenos vasos, e, quando elas se empilham umas
contras as outras, o fluxo de sangue para uma região ou um órgão pode ficar lento. Quando a
isquemia ou infarto acontece, o paciente pode apresentar dor, edema e febre. Esse processo

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leva tempo; se a hemácia for exposta novamente a uma quantidade adequada de oxigênio (p.
ex., quando viajam pela circulação pulmonar) antes da membrana torna-se rígida, ele pode
voltar à sua forma normal. É por esse motivo que as "crises de afoiçamento" são
intermitentes. O frio pode agravar o processo porque a vasoconstrição diminui o fluxo de
sangue.
A talassemia é um grupo de disfunções hereditárias associadas com um defeito na
síntese da cadeia de hemoglobina. Essa doença é caracterizada pela hipocromia (diminuição
anormal da hemoglobina do eritrocitos), extrema microcitose (eritrócitos menores que o
normal), destruição dos elementos sanguíneos (hemólise) e graus variáveis de anemia. Na
talassemia, a produção de uma ou mais cadeias de globulina dentro da molécula de
hemoglobina é reduzida. Quando isso ocorre, existe um desequilíbrio na configuração da
hemoglobina, e ele precipita nos precursores do eritroide ou nos próprios leucócitos. Isso
aumenta a rigidez das hemácias e, assim, a destruição prematura dessas hemácias.
A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra D.

55. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Assinale a alternativa que melhor


corresponde a um Diagnóstico de Enfermagem para um paciente com distúrbio
esofágico.
a) Depuração inadequada da via aérea relacionada à obstrução por muco.
b) Realizar troca de Sonda Nasogástrica a cada 15 dias, observar perfusão da sonda.
c) Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de alimentação.
d) Identificar risco de infecção observando sinais de calor, rubor.
e) Excesso de volume hídrico relacionado à velocidade de infusão de líquidos inadequada.
COMENTÁRIOS:
De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), são exemplos de diagnósticos de
enfermagem para um paciente com distúrbio esofágico:
 Nutrição alterada, menor que os requisitos corporais, relacionada à dificuldade
de deglutição;
 Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de
alimentação;
 Dor relacionada à dificuldade de deglutição, ingestão de agente abrasivo, um
tumor ou episódios frequentes de refluxo gástrico;
 Déficit de conhecimento sobre o distúrbio esofágico, exames diagnósticos,
tratamento médico, intervenção cirúrgica e reabilitação.
Dessa forma, o gabarito da questão só pode ser a letra C.

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56. (SES-PI/NUCEPE/2012) Sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:


a) a deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula.
b) os pacientes costumam apresentar queixas específicas.
c) tireoidite de Hashimoto é uma doença aguda normalmente associada a vírus.
d) a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão diminuídos.
e) diabetes insipidus é um distúrbio no metabolismo da glicose.
COMENTÁRIOS:
As glândulas endócrinas produzem e lançam no sangue substâncias reguladoras
denominadas hormônios - estes, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até chegar
aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Figura 3 - Sistema Endócrino (Fonte: http://www.sobiologia.com.br).

A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários
hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, com a tireoide, as
suprarrenais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento é um
dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio
hormonal.
O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença
chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo, ou seja, a
falta de crescimento do corpo.

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Figura 4 - Função da Hipófise (Fonte: http://www.sobiologia.com.br).

Portanto, sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:


Item A. Correto. A deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula. A
deficiência de determinado hormônio será secundária ou terciária, devido outros fatores. Por
exemplo, a Insuficiência de Adrenal (IA) primária é o defeito originário da própria glândula
adrenal e a IA secundária é a deficiência na produção do hormônio que estimula a produção
adrenal, que é o ACTH ou hormônio adenocorticotrófico.
Item B. Incorreto. O paciente com distúrbios endócrinos pode apresentar muitas queixas
inespecíficas sendo que estas podem variar de intensidade e de frequência. As principais
queixas são a astenia, a fadiga, a perda ou o ganho de peso, a ansiedade, a depressão,
a diarreia ou constipação e a anemia.

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Item C29. Incorreto. Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune na qual o


próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireóide levando a uma inflamação
crônica que pode acarretar o aumento de volume da glândula (bócio) e diminuição do seu
funcionamento (hipotireoidismo).
Tratando-se de doença autoimune, a mesma pode estar associada a outras doenças com
essas características, envolvendo outras glândulas (suprarrenal, paratireóides, pâncreas,
gônadas) ou outros órgãos como a pele e o fígado, principalmente.
A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de aumento da tireóide em mulheres
entre os 20 e 40 anos de idade, ocasionando especialmente o bócio difuso. O próprio
organismo desenvolve anticorpos contra a glândula tireóide. Essa situação ocorre mais
frequentemente em mulheres e em pessoas que apresentam alguma predisposição genética,
uma vez que a doença acomete diversas pessoas em uma mesma família.
Os pacientes com tireoidite de Hashimoto podem apresentar sintomas locais e gerais. Os
sintomas locais são o aumento de volume da tireóide e leve dor local. O aumento de volume é
denominado bócio, que nestes casos, apresenta um envolvimento de toda a glândula, levando
a um bócio difuso.
A dor é um sintoma que ocorre raramente, e em geral é de pouca intensidade e notada
sobre a região inferior do pescoço.
Os sintomas gerais são decorrentes da diminuição de funcionamento da tireóide,
provocando o quadro clínico de hipotireoidismo primário.

Atenção! Os sintomas do hipotireoidismo no adulto são os


seguintes: intolerância ao frio; sonolência; constipação; inchumes nas
extremidades e nas pálpebras; diminuição de apetite; pequeno ganho
de peso; fraqueza muscular; raciocínio lento e depressão; cabelos
secos, quebradiços e de crescimento lento; unhas secas, quebradiças e
de crescimento lento; queda de pálpebras e queda de cabelos.

O diagnóstico é realizado a partir da história clínica e de uma avaliação adequada, que


inclui o exame detalhado do pescoço e a pesquisa dos sinais e sintomas de diminuição de
funcionamento da tireoide (hipotireoidismo). A partir da avaliação inicial, o paciente deverá
realizar avaliação da função da tireoide com dosagem do TSH (hormônio tireo-estimulante),
eventualmente com a dosagem de T4 e através da pesquisa dos anticorpos antitireóide.

Portanto, a Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune, e não associada a


vírus.

29
Tireoidite de Hashimoto.

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Item D30. Incorreto. A síndrome de Cushing é o conjunto de sinais e sintomas do


excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula suprarrenal). Esse
excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças
envolvendo a glândula suprarrenal e a hipófise.
O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados,
conhecidos como anti-inflamatórios esteroides. Estas substâncias são empregadas para o
tratamento de uma série de doenças, e provocam a síndrome de Cushing como efeito
colateral. Além do quadro associado ao uso de cortisona, a síndrome de Cushing pode ser
provocado por doenças da glândula suprarrenal e da hipófise.
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco
e no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde
se forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no
rosto, na região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se
uma face que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das
pernas com diminuição da musculatura, e, consequente, fraqueza muscular que se manifesta
principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e
frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o
local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade
emocional também podem ocorrer.
Nas mulheres são muito frequentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos
corporais na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes
desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da
glicose e da pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume
urinário, aumento do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos,
pode ocorrer também o surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres
pode surgir mudança na voz, queda do cabelo semelhante à calvície masculina e diminuição
das mamas. Esses sintomas se associam com tumores de suprarrenal.
No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta,
algumas vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também
pedras nos rins e consequentemente cólica renal. A osteoporose é frequente, provocando
dores na coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna.

30
Síndrome de Cushing.

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A suspeita do médico deve ocorrer em todo o paciente que apresenta obesidade


localizada associada à hipertensão arterial e diabetes, além dos pacientes com o quadro
bastante característico, como o descrito acima. A partir da suspeita deve ser solicitada a
dosagem de cortisol às 8 horas da manhã, após a administração de dexametasona 1mg às 23
horas da noite anterior (teste de triagem). Se esse exame se mostrar alterado, deve ser
realizada uma investigação mais detalhada e serem realizados exames de imagem das
suprarrenais e da hipófise (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética).
Além das dosagens hormonais, são necessários exames bioquímicos gerais, Rx de tórax,
eletrocardiograma e densitometria óssea.
Logo, a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão
altos.
Item E31. Incorreto. A diabetes insipidus nada tem a ver com o aumento da glicose no
sangue. A doença é rara e se caracteriza pela deficiência da vasopressina
(hormônio antidiurético) ou pela incapacidade dos túbulos renais de responder a ela, o que
leva à excreção de grandes quantidades de urina muito diluída e à sede pronunciada. Está
diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida, denotando a
incapacidade renal de concentrar a urina. O hormônio antidiurético é produzido no
hipotálamo e liberado pela neuro hipófise e determina, em parte, o modo como os rins
removem, filtram e reabsorvem fluidos da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta
desse hormônio ou quando os rins não podem responder a ele, os fluidos passam direto
pelos rins e são eliminados pela urina. É assim que uma pessoa com diabetes insipidus perde
muito líquido e sente muita sede. Dessa forma, o diabetes insipidus não é um distúrbio no
metabolismo da glicose.
O gabarito, portanto, é a letra A.

31
Diabetes insipidus.

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57. (Prefeitura de São Leopoldo-RS/CONSULPLAN/2010) A fácies do paciente deve ser


avaliada durante o exame físico, e as características encontradas podem decorrer de alterações
orgânico-metabólicas ou por componentes psicológicos. O tipo de fácies que é observado nos
pacientes com uso crônico de corticoides e também em casos de síndrome por hiperfunção do
córtex da suprarrenal, é denominado:
a) Fácies cushingoide.
b) Fácies basedowiana.
c) Fácies miastênica.
d) Fácies pletórica.
e) Fácies acromegálica.
COMENTÁRIOS:
O aumento da produção de hormônio
suprarrenal na síndrome de Cushing produz uma
face arredondada ou "em lua cheia", com bochechas
vermelhas. Pode haver crescimento excessivo de pelos
na região do bigode, das costelas e do queixo. Logo, o
gabarito é a letra A. Figura 5 - Fácies cushingoide

58. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) As manifestações da disfunção da tireoide


podem indicar produção insuficiente ou excessiva de hormônios. São sintomas da disfunção
da tireoide exceto:
a) Sudorese profusa, exoftalmia, taquicardia, fadiga.
b) Ganho ou perda de peso, constipação, palidez, depressão.
c) Tremores, agitação, anorexia, intolerância ao calor.
d) Sudorese, pele fria e seca, endoftalmia.
e) Nervosismo, diplopia, irregularidade menstrual, constipação.

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COMENTÁRIOS32:
A tireoide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento harmônico
do organismo. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam
o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos
bioquímicos do organismo.
Os principais distúrbios da tireoide são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção
de hormônios) e o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios), doenças que incidem
mais nas mulheres do que nos homens.

Vejam na tabela abaixo os sintomas dessas doenças.

Hipotireoidismo Hipertireoidismo
 Cansaço;  Hiperativação do metabolismo;
 Depressão;  Nervosismo e irritação;
 Adinamia (falta de iniciativa);  Insônia;
 Pele seca e fria;  Fadiga;
 Constipação;  Intolerância ao calor;
 Diminuição da frequência  Sudorese abundante;
cardíaca;  Taquicardia;
 Decréscimo da atividade cerebral;  Palidez;
 Voz mais grossa como a de um  Perda de peso resultante da queima de
disco em baixa rotação; músculos e proteínas;
 Mixedema (inchaço duro);  Tremores;
 Diminuição do apetite;  Exoftalmia (olhos saltados);
 Sonolência;  Bócio;
 Reflexos mais vagarosos;  Comprometimento da capacidade de
 Intolerância ao frio; tomar decisões equilibradas.
 Alterações menstruais e na
potência e libido dos homens.

As principais causas dessas doenças são as seguintes:


a) Hipotireoidismo
 Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que provoca a redução gradativa da
glândula;
 Falta ou excesso de iodo na dieta.

32
Hipotireoidismo/Hipertireoidismo.

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b) Hipertireoidismo
 Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um anticorpo
no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos;
 Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do TSH,
hormônio produzido pela hipófise.
O diagnóstico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela hipófise e
dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide.
Níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o
hipotireoidismo. TSH baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o
hipertireoidismo.
Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é
diagnosticado e depende da avaliação das causas da doença em cada paciente.
No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do
hormônio tireoxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele
deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.
No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia
e depende das características e causas da doença. Deve começar logo e ser
prescrito principalmente na 3ª idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas,
hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose.
As principais recomendações são as seguintes:
 A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio;
 A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;
 Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer (produzem
maior queima dos músculos do que de gordura);
 Adoção de uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo
seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome
quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos;
 Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contraindicada
para pacientes com hipertireoidismo;
 Fumar é desaconselhável nos dois casos.
Essa questão é facilmente resolvida "por eliminação". A endoftalmia (retração do globo
ocular) não ocorre nos distúrbios da tireoide. O que há é a exoftalmia (olhos saltados) no
hipertireoidismo. Logo, o gabarito só pode ser a letra D.

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59. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) A desidratação ou déficit de volume hídrico


refere-se à perda hídrica de 1% ou mais do peso corporal. São sinais de desidratação todos os
abaixo, exceto:
a) tontura, irritabilidade e delírio.
b) sede extrema, pele e mucosas secas, xerostomia.
c) turgor cutâneo adequado, anasarca.
d) aumento da frequência cardíaca, hipotensão.
e) turgor cutâneo deficiente
COMENTÁRIOS:
Essa questão é facilmente respondia pelo bom senso. O gabarito é a letra C, pois a
desidratação desencadeia o turgor cutâneo deficiente, e não adequando. Fiquem tranquilos,
pois vamos detalhar esse assunto na aula sobre Saúde da Criança.

60. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Um paciente com


diagnóstico de Doença de Crohn deve ser encaminhado para acompanhamento de qual
especialidade médica?
a) Gastroenterologia b) Dermatologia c) Urologia d) Ginecologia e) Hematologia
COMENTÁRIOS:
A Doença de Crohn (Enterite Regional) é uma inflamação subaguda e crônica que
estende através de todas as camadas da parede do intestino, a partir da mucosa intestinal.
Fistulas, fissuras e abscessos ocorrem à medida que a inflamação se estende pelo peritônio.
Granulomas ocorrem na metade dos casos. À medida que a doença avança, a parede intestinal
espessa-se e torna-se fibrosa, e a luz intestinal fica mais estreita.
O início dos sintomas geralmente é insidioso, com notável dor abdominal e diarréia que
não são aliviadas com a defecação. Ocorre frequentemente cólica e dores abdominais. Além
disso, as úlceras no interior da membrana intestinal e outras alterações inflamatórias resultam
numa constante perda de líquidos e inchação do intestino, que continuamente esvazia uma
descarga irritante no cólon. Isso causa uma diarreia crônica porque a absorção é interrompida.
O resultado final é uma pessoal magra e malicenta devido a uma ingesta inadequada de
alimento e perda constante de líquidos.
O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

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61. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) O comprometimento cutâneo traz sérias


consequências na vida do individuo acometido. Indique qual é a afecção cutânea de natureza
auto-imune.
a) Erisipela.
b) Impetigo.
c) Tinea do pé.
d) Pênfigo.
e) Herpes-zóster.
COMENTÁRIOS:
Erisipela é uma infecção aguda da pele envolvendo a derme e o subcutâneo, que se
caracteriza por febre, anorexia, calafrios, outros sintomas gerais, leucocitose e lesão cutânea
em placa eritematosa, edematosa e dolorosa. Dessa placa podem ter origem faixas
eritematosas ao longo do trajeto de vasos linfáticos (linfangites). Existe adenite satélite à
região comprometida. Vesículas e bolhas podem ser observadas - erisipela bolhosa. As áreas
comprometidas são em geral membros inferiores, face ou abdome.
Os agentes etiológicos são os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. Muito
raramente, quadros clínicos semelhantes podem ser produzidos por StaphyIococus aureus.
A penetração do estreptococo na pele (modo de transmissão) ocorre por soluções de
continuidade. São portas de entrada frequentes nos membros inferiores as úlceras de perna e
dermatomicoses interdigitais.
As complicações podem ser o linfedema ou elefantíase como consequência dos surtos
recidivantes.
As principais medidas de tratamento da erisipela são o repouso no leito e antibióticos.
Impetigo é uma doença comum da infância causada por Staphylococcus ou
Streptococcus e de alta transmissibilidade.
Impetigo Bolhoso: vesículas e bolhas desenvolvem-se em pele normal, sem eritema ao
redor. As lesões localizam-se no tronco, face, mãos, áreas intertriginosas, tornozelo ou dorso
dos pés, coxas e nádegas. O conteúdo seroso ou sero-pustulento desseca-se, resultando em
crosta amarelada que é característica do impetigo. Quando não tratada tem tendência à
disseminação. A lesão inicial muitas vezes é referida como se fosse uma bolha de queimadura
de cigarro.

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Impetigo não Bolhoso: geralmente inicia-se com lesões eritematosas seguida da


formação de vesículas e pústulas que se rompem rapidamente formando áreas erosadas com
as típicas crostas de coloração amarelada. Localizam-se preferencialmente na face, braços,
pernas e nádegas. É comum a presença de lesões satélites que ocorrem por autoinoculação. As
lesões do impetigo duram dias ou semanas. Quando não tratadas podem envolver a derme o
que constitui o ectima, com ulceração extensa e crosta hemorrágica.
As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção do impetigo. A fonte
mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.
As complicações são a glomerulonefrite e septicemias.
As principais medidas de tratamento do impetigo são a remoção e limpeza, duas a três
vezes ao dia, das crostas com água e sabão, ou água Dalibour ou permanganato de potássio
1:40.000, ou água boricada a 2%. Em seguida, aplica-se pomada de antibióticos tipo
neomicina, mupirocina, gentamicina. Se necessário, são administrados antibioticos
sistêmicos.
Tinea do pé (pé-de-atleta) é a infecção fungica mais comum. É perticularmente
prevalente naqueles que usam chuveiro ou psinas comunitárias.
A tinea do pé pode aparecer como uma infecção ou crônica na sola dos pés ou entre os
dedos dos pés. A unha também pode ser afetada. Linfangite e celulite ocorrem
ocasionalmente, quando superinfecção bacteriana. Por vezes, uma infecção mista, envolvendo
fungos, bactérias e leveduras acontecem.
Pênfigo é um grupo de doenças graves da pele, caracterizado pelo aparecimento de
bolhas de tamanhos variados na pele e mucosas. As evidências disponíveis indicam que o
pênfigo é uma doença autoimune que envolve a IgG, uma imunoglobulina.
Acredita-se que o anticorpo do pênfigo seja dirigido contra um antígeno específico da
superfície celular nas células epidérmicas. Uma bolha forma-se a partir da reação antigeno-
anticorpo. O nível de anticorpo sérico é preditivo da gravidade da doença. Em geral, esse
distúrbio ocorre em homens e mulheres na meia idade e na fase tardia da vida adulta. Essa
doença pode estar associada à ingestão de penicilina e captopril e à miastenia grave.
Herpes-zóster geralmente é decorrente da reativação do vírus da varicela em latência,
ocorrendo em adultos e pacientes imunocomprometidos, como portadores de doenças
crônicas, neoplasias, aids e outras. O herpes zoster tem quadro pleomórfico, causando desde
doença benigna até outras formas graves, com êxito letal. Após a fase de disseminação
hematogênica, em que atinge a pele, caminha centripetamente pelos nervos periféricos até os

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gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas
podem levar a uma reativação do vírus, que, caminhando centrifugamente pelo nervo
periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do herpes zoster.
A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além
de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaléia e mal-estar. A lesão
elementar é uma vesícula sobre base eritematosa. A erupção é unilateral, raramente
ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo. Surgem de modo gradual,
levando de 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária, as
vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As
regiões mais comprometidas são a torácica (53% dos casos), cervical (20%), trigêmeo (15%)
e lombossacra (11%).
A partir dos comentários, verificamos que o gabarito é a letra D.

62. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Durante a consulta de enfermagem,


atividade regulamentada pela Resolução COFEN 159/1993, o enfermeiro, ao avaliar os
resultados de exames laboratoriais de um paciente deve considerar como alterado:
a) creatinina plasmática de 0,8mg/dl;
b) glicemia de jejum de 98 mg/dl;
c) potássio plasmático de 8 mEq;
d) LDL colesterol de 120 mg/dl;
e) HDL colesterol de 50 mg/dl.
COMENTÁRIOS:

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Segue exemplos de valores normais de alguns exames de importância clínica:


Exames Valores de Referência Normais
 homens - inferior a 1,2 8mg/dl;
Creatinina plasmática
 mulheres - inferior a 1,1.
Dosagem de ureia33  15 – 39 mg/dl;
 normal < 110 mg/dl;
Glicemia de jejum  alterada >110 e <126 mg/dl;
 diabetes mellitus > 126 mg/dl.
 desejável < 200 mg/dl;
Colesterol total  limítrofe - 200-239 mg/dl;
 alto ≥ 240 mg/dl.
 ótimo < 100 mg/dl;
 desejável - 100-129 mg/dl;
Colesterol fracionado – LDL (ruim)  limítrofe - 130-159 mg/dl;
 alto - 160-189 mg/dl;
 muito alto ≥ 190.
 desejável > 60 mg/dl;
Colesterol fracionado – HDL (bom)
 baixo < 40 mg/dl.
 adultos - 3,5 a 5,1 mmol/L (ou
meq/L);
Potássio plasmático34  Valores críticos
 ≤ 2,5 mmol/L(hipocalemia);
 ≥ 6,5 mmol/L (hipercalemia);
A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra C, pois o potássio plasmático
em 8 mEq é muito elevado (hipercalemia).

33
A ureia e creatina em conjunto fornecem dados sobre a função renal.
34
A dosagem do potássio sérico é um teste é útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. A monitorização
desse exame é útil no acompanhamento de pacientes em terapia com diuréticos, em nefropatias, principalmente com
insuficiência renal, na cetoacidose diabética, no manejo da hidratação parenteral e na insuficiência hepática.

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63. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010-Adaptada) Segundo a Organização Mundial de


Saúde, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe
multidisciplinar, ativa e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento
curativo, sendo o principal objetivo a garantia da melhor qualidade de vida, tanto para o
paciente quanto para seus familiares, através do controle da dor e demais sintomas, em suas
dimensões psicossociais e espirituais”. Sobre os cuidados paliativos, analise as afirmativas
abaixo.
1. Os Cuidados Paliativos visam garantir melhor qualidade de vida, controle da dor e demais
sintomas, além de facilitar a desospitalização.
2. Os Cuidados Paliativos contribuir para reduzir a realização de exames complementares
quando os resultados não mudam a terapia e evitar o uso de terapias ineficazes e
potencialmente danosas aos pacientes.
3. Os cuidados Paliativos enfatizar o tratamento domiciliar em detrimento do tratamento
hospitalar, preparar os cuidadores para a realização, em ambiente domiciliar, de cuidados
antes restritos às instituições e estruturar o acesso à distribuição e à dispensação de insumos e
medicamentos necessários à manutenção do paciente no seu domicílio.
4. A instituição dos Cuidados Paliativos deve ser precoce, à época do diagnóstico de doença
avançada, sem possibilidade de cura, seguindo princípios éticos baseados no respeito à
autonomia do paciente e requer habilidade de comunicação e uma abordagem interdisciplinar.
Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 2 e 3, apenas. c) 2, 3 e 4, apenas. d) 3 e 4, apenas e) 1, 2 e 4, apenas

COMENTÁRIOS:

Essa questão faz uma abordagem importante sobre os cuidados paliativos. Todos os
itens estão corretos. Por isso, o gabarito da questão é a letra A.
=================
Chagamos ao final de mais uma aula. Espero que tenham gostado!
A partir da análise de mais de 70 provas, constatei que aproximadamente 75% do
conteúdo de Clinica Médica se restringe à hipertensão e diabetes. Merecem destaque também
as doenças cardíacas, respiratórias e renais.
Nas próximas aulas, aprofundaremos o estudo dessa disciplina e abordaremos a
oncologia clínica.
Até mais, meus amigos!
Prof. Rômulo Passos

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Lista das Questões

1- Questões de Aprofundamento sobre Resíduos Sólidos em


Saúde. Métodos de Esterilização e Desinfecção, Limpeza. Infecção
Hospitalar (Aula nº 1)

1. (UFPE-PE/2013) A higienização das mãos é uma preocupação constante, por tratar-se da


medida mais simples e menos dispendiosa para a prevenção das infecções hospitalares, e para
a segurança do profissional de saúde. Sobre as recomendações para realizar este
procedimento, assinale a alternativa que não corresponde às orientações da ANVISA.
a) A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, quando não houver sujidade aparente.
b) Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de evitar o
ressecamento da pele.
c) Após a higienização das mãos com água e sabão, deve-se fazer uso de uma preparação
alcoólica.
d) Depois do uso da preparação alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem
completamente, sem a utilização de papel-toalha.
e) Deve-se aplicar creme hidratante nas mãos diariamente, para evitar o ressecamento.

2. (Prefeitura de Vimão-RS/Fundatec/2012) No processo de higienização das mãos, não é


indicado o uso de ________, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é
________, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear
________. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a
________ das mãos. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do trecho acima.
a) secadores manuais – obedecido – microrganismos – recontaminação
b) secadores elétricos – obedecido – microrganismos – recontaminação
c) secadores elétricos – desrespeitado – microrganismos – recontaminação
d) secadores elétricos – obedecido – antissépticos – contaminação
e) porta-toalhas – obedecido – microrganismos – recontaminação

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3. (Prefeitura de Gramado-RS/Fundatec/2013) Em relação à higienização das mãos, para a


segurança do paciente, é INCORRETO afirmar que:
a) As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se
destinam.
b) Apesar de as evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão das
infecções relacionadas à assistência à saúde, e os efeitos dos procedimentos de higienização
das mãos na diminuição das taxas de infecções, os profissionais de saúde ainda adotam uma
atitude passiva diante deste problema de saúde pública mundial.
c) Devem higienizar as mãos apenas os profissionais que trabalham em serviços de saúde que
mantêm contato direto com os pacientes. Recomenda-se, ainda, que familiares,
acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente, nos
serviços de saúde.
d) As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.
e) A higienização simples das mãos tem por finalidade remover os microrganismos que
colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células
mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.

4. (UFG-2013) De acordo com o manual sobre “Segurança do paciente: higienização das


mãos”, a higienização das mãos com preparação alcoólica (sob a forma de gel ou líquida com
1-3% glicerina) é indicada quando estas não estiverem visivelmente sujas. Mediante esta
situação, quando deve ser usada esta preparação?
a) Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; antes e após a remoção de luvas.
b) Antes e após o contato com o paciente; antes do preparo e da manipulação de
medicamento.
c) Antes e após a administração de medicamentos.
d) Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo.

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5. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Relacione as categorias de isolamento e


exemplos de infecções.
A - Precauções padrão. ( ) Neisseria meningiditis.
( ) varicela.
B - Isolamento respiratório. ( ) Clostridium difficile.
( ) Atendimento a todos os pacientes.
C - Isolamento de gotículas. ( ) sarampo.
( ) impetigo.
D - Isolamento de contato. ( ) Haemophilus influenzae.
( ) Enterococo resistente à vancomicina.
( ) tuberculose.
( ) caxumba.
( ) coqueluche.
( ) Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) C – B – D – A – B – D – C – D – B – C – C – D.
b) A – C – D – B – A – D – C – B – C – B – D – B.
c) B – A – C – C – D – D – A – C – D – C – A – B.
d) D – A – C – B – D – A – B – D – C – D – B – C.

6. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Em relação ao dispositivo intravascular periférico,


de acordo com a United States Center for Disease Control and Prevention (CDC) é
recomendado que sejam mantidas, no paciente, nos períodos máximos entre:
a) 48 a 72 horas.
b) 48 a 96 horas.
c) 72 a 96 horas.
d) 24 a 48 horas.

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7. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Escolha a frase correta sobre a desinfecção.


a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e
produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os
esporos.
b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as
formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.
c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.
d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e
líquidos livres de pirogênios.

8. (Universidade Estadual de Londrina-PR/2013) Com relação às medidas de controle de


infecção hospitalar, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas
a seguir.
( ) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os pacientes, independente
da suspeita de infecção.
( ) O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve manter-se isolado.
( ) O uso de luvas é um substituto efetivo para a lavagem das mãos e para o uso de álcool gel.
( ) O uso do álcool com fricção, como substituto da lavagem das mãos com água e sabão,
pode ser indicado quando há sujidade aparente.
( ) Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de precaução por contato.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, F, V. b) V, F, F, V, F. c) F, V, F, V, V. d) F, F, V, V, F. e) F, F, V, F, V.

9. (Tribunal de Justiça do Amazonas-AM/FVG/2013) Conforme a Resolução CONAMA


358/05, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em cinco grupos, de acordo com
os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a fim de que tenham gerenciamento
adequando. Com base nessa classificação, assinale a afirmativa correta.
a) Grupo A - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
b) Grupo B - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
c) Grupo C - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

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d) Grupo D - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham


radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização é imprópria
ou não prevista.
e) Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi e lancetas.

10. (IF-SC/2013) A classificação dos resíduos de saúde, atualmente em vigor no Brasil


descritas nas resoluções RDC nº 30613 da ANVISA e na resolução nº 35815 do CONAMA é:
( I ) Grupo A Potencialmente infectantes.
Grupo B Químicos.
Grupo C Rejeitos radioativos.
Grupo D Resíduos comuns.
Grupo E Resíduos perfurocortantes.

( II ) Grupo A Potencialmente infectantes e perfurocortantes.


Grupo B Químicos e radioativos.
Grupo C Líquidos e sólidos infectantes.
Grupo D Recicláveis.
Grupo E Biológicos.

( III ) Grupo A Perfurocortantes.


Grupo B Biológicos e recicláveis.
Grupo C Químicos e radiativos.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) II está correta.
b) I está correta.
c) I está incorreta.
d) III está correta.
e) I, II, III estão incorretas.

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2 - Questões de Aprofundamento sobre Hipertensão Arteria


Sistêmica, Diabetes Melittus e Doenaças Respiratórias (Aula nº 2)

11. (UNIOESTE-2013) Com relação ao indivíduo diabético, pode-se afirmar que a


Cetoacidose diabética é precipitada mais comumente pela(o)
a) alimentação em excesso.
b) infecção.
c) esquecimento de uma dose de insulina.
d) estresse psicológico.
e) obstipação intestinal.

12. (Assembleia Legislativa do RN/FCC/2013) O hálito cetônico é uma manifestação clínica


característica de
a) hipoglicemia.
b) retinopatia diabética.
c) cetoacidose diabética.
d) síndrome de baixa osmolaridade não cetótica.
e) glicação de proteína na presença de hipoglicemia.

13. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) São sintomas clássicos do


Diabetes Mellitus inicial:
a) aumento do número de micção, urinar à noite, tontura, edema dos membros inferiores.
b) sede excessiva, aumento do volume urinário, fadiga, fraqueza.
c) perda de peso, visão borrada, aumento do apetite, exoftalmia.
d) sede excessiva, perda de peso, aumento do número de micção, hemoptise.

14. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A Hipertensão Arterial é


uma doença que necessita de constante acompanhamento do paciente, pois no seu tratamento,
incluem-se mudanças no estilo de vida. Assim, é correto afirmar que
a) obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no aparecimento da hipertensão
arterial, mas não são considerados fatores de risco.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 98


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b) o tratamento da hipertensão arterial deve ser, exclusivamente, medicamentoso, visto que


alguns fatores de risco não podem ser alterados.
c) a medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do manguito, sendo
padronizados dois tamanhos: adulto e criança.
d) a maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de hipertensão denominada
de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) De acordo com o


procedimento para medida da pressão arterial, leia as afirmações abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa que contém a resposta correta.
I - Antes de verificar a pressão arterial deve-se explicar o procedimento ao paciente e
certificar-se de que o mesmo encontra-se com a bexiga vazia, não praticou atividades físicas,
não ingeriu bebidas alcoólicas, cafés, alimentos ou fumou até 30 minutos antes do
procedimento a ser realizado.
II - Manter o braço do paciente acima do nível do coração e palpar a artéria radial para
posicionamento do estetoscópio.
III - A pressão sistólica deve ser determinada no momento do aparecimento do primeiro som
(fase I de Korotkoff).
IV - A pressão diastólica deve ser determinada no momento do aparecimento do último som
(fase V de Korotkoff).
a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

16. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Os fatores de risco para


Hipertensão Arterial são:
a) obesidade, sedentarismo, dieta hipocalórica.
b) hereditariedade, idade, atividade física.
c) tabagismo, estresse, dieta hipossódica.
d) hereditariedade, raça, ingestão excessiva de sal.

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17. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Com relação à Pressão


Arterial, é correto afirmar que
a) o tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço a ser examinado,
sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda a 40% da
circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.
b) em crianças a pressão arterial é nitidamente mais alta do que em adultos.
c) durante o sono ocorre uma elevação na pressão arterial a cerca de 10% tanto na sistólica
como na diastólica.
d) durante o exercício físico há diminuição da pressão arterial, devido ao aumento do débito
cardíaco.

18. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Ao trabalhador diabético de 50 anos, com queixa de cefaleia,


mantendo a pressão arterial de 150×110 mmHg, o consenso das VI Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão recomenda como prioridade
a) mudar o estilo de vida e, na reavaliação após três meses, iniciar o tratamento
medicamentoso se necessário.
b) encaminhar o paciente à nutricionista para reavaliar a ingesta de carboidratos para reduzir a
pressão arterial.
c) iniciar o tratamento medicamentoso, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos
moderados e manter alimentação saudável.
d) instalar máscara de pressão positiva duas vezes ao dia, se o paciente apresentar ronco
pulmonar.
e) reduzir a resistência à insulina com o uso de metformina e diurético tiazídico.

19. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) A doença pulmonar obstrutiva crônica


descreve condições nas quais o fluxo aéreo no interior dos pulmões encontra-se
comprometido e ocorre redução da resistência à inspiração, de modo que a fase expiratória da
respiração é prolongada. De acordo com os principais sinais e sintomas apresentados no
paciente com DPOC, analise as assertivas e identifique a alternativa FALSA ocorrida no
quadro clínico específico destes pacientes:
a) A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como
doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais
agudo.

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b) A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação irreversível dos


brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo estranho,
anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.
c) Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com expectoração de escarro
purulento, mas sem presença de hemoptise e os pacientes raramente apresentam perda de
peso.
d) A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena porção do alvéolo ou
um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou de vômito e à
presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.
e) O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar anormal e as paredes
e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é em geral permanente.
Trata-se da DPOC mais comum.

20. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) À inflamação das vias respiratórias que provoca


episódios de tosse, sibilo e dispnéia, que exige avaliação adequada de enfermagem com
medidas de intervenção para alívio imediato de sintomas respiratórios e de ansiedade, como
também intervenções para educação e manutenção da saúde, dá-se o nome de:
a) Sinusite
b) Anafilaxia
c) Rinite alérgica
d) Asma brônquica
e) Alergias alimentares

21. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) Doença inflamatória crônica, caracterizada por


hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo,
reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela
manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos
e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos
sintomas. Essa descrição define que doença?
a) Asma.
b) Tuberculose.
c) Enfisema Pulmonar.
d) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
e) Aspergilose broncopulmonar alérgica.

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22. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Qual a via preferida para a administração de


drogas sintomáticas e profiláticas na asma por reduzir os seus efeitos colaterais, além de
propiciar maior rapidez de ação?
a) Oral.
b) Subcutânea.
c) Intra-muscular.
d) Retal.
e) Inalatória.

23. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Causas primárias da hipertensão pulmonar:


a) Vasculite, doença cardíaca primária.
b) Uso de contraceptivo oral, doença falciforme.
c) Doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia intersticial.
d) Inalação de fumaça, cifoescoliose.
e) Obesidade, altitude elevada.

24. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Doença pulmonar obstrutiva crônica é


uma terminologia ampla usada para classificar diversos distúrbios, como bronquite crônica,
bronquiectasias, enfisema pulmonar e asma brônquica. É uma condição geralmente
irreversível, associada à dispnéia, esforço e fluxo aéreo reduzido inexplicado por doença
cardíaca ou pulmonar infiltrativa específica. Com relação a esse assunto, nos itens a seguir,
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
I. A bronquite crônica é definida como a presença de tosse seca, que perdura por pelo menos
três meses a um ano, por dois anos consecutivos.
II. A bronquiectasia é uma dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos e pode ser causada
por várias condições, incluindo as infecções pulmonares, e obstrução de um brônquio.
III. Fumar cigarros constitui a principal causa de enfisema pulmonar.
IV. A asma manifesta-se por um estreitamento das vias aéreas, resultando em dispnéia, tosse e
sibilos.
V. Quando a asma e a bronquite ocorrem ao mesmo tempo, a obstrução é composta e é
chamada de bronquite asmática crônica.
A sequência correta é
a) F F F F V. b) V V F F V. c) F F V V F. d) F V V V V. e) V F F V V.

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3 - Questões de Aprofundamento sobre Ética e Legislação em


Enfermagem (Aula nº 3)

25. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) A pena de cassação do Exercício


Profissional é aplicável em qual dos seguintes casos?
a) Deixar de exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,
dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.
b) Deixar de fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade
e na diversidade de opinião e posição ideológica.
c) Deixar de comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam
dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.
d) Deixar de avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e
somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para
outrem.
e) Deixar de praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,
que infrinja postulados éticos e legais.

4 - Outros Temas de Clínica Médica

26. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que


controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava
superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:
a) Feixe de His
b) Nódulo sinoatrial
c) Sistema de Purkinge
d) Válvula tricúscpide
e) Válvula mitral

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27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou
direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades
tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas
24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão
arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento
de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.

28. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca


congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:
a) hipertrofia ventricular.
b) infarto agudo do miocárdio.
c) doenças degenerativas do miocárdio.
d) enfisema pulmonar.

29. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de doença


cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:
I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.
II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja
diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco
cardiovascular, cerebrovascular e renal global.
III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são diabete
mellitus, hipertensão arterial e história familiar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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30. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem


prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco diminuído:
a) controle de diurese.
b) realizar pulsoterapia.
c) realizar curva térmica.
d) orientar aumento da ingesta hídrica.
e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.

31. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios


venosos agudos, podemos afirmar:
I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas vezes
é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má manutenção
dos locais de manipulação endovenosa.
II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,
diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras venosas de
estase.
III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que entre
os homens, e mais em adultos do que em crianças.
Marque a alternativa CORRETA.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.

32. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a


alternativa com a sequência correta.
Tipo de Angina Definição/sintomas
1. Angina Instável. (1) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,
sintomas com maior frequência e duração.
2. Angina Estável.
(2) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.
3. Angina Refratária. (4) Dor torácica grave e intratável.
4. Angina Variante. (3) Dor em repouso com elevação reversível do seguimento ST
(também chamada de Prinzmetal).
a) 2 – 1 – 4 – 3. b) 1 – 2 – 3 – 4. c) 1 – 2 – 4 – 3. d) 3 – 4 – 2 – 1. e) 4 – 3 – 1 – 2.

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33. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da


isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as características
da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.
a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,
retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para ombros,
braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.
b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características
semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,
normalmente, ocorrem nos esforços.
c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais que
sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com geralmente menos
de 20 minutos de duração.
d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato sublingual.
e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço que
em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.

34. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda (SCA)


informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.
( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,
principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).
( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.
( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.
( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.
a) V – V – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – F.
e) F – V – F – V.

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35. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de


acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.
a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.
b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada pelo
repouso.
c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.
d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.
e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e a dor
pode ocorrer em repouso.

36. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma


síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na
região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo ir
desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente causada pelo
vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
a) angina estável.
b) angina instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.

37. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque


a alternativa correta. A endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície
endotelial do coração. São fatores de alto risco para endocardite infecciosa:
( ) Próteses valvulares cardíacas.
( ) Doença da válvula aórtica.
( ) Regurgitação mitral.
( ) Defeito septal ventricular.
( ) Coarctação da aorta.
Assinale a alternativa correta:
a) V V V F F. b) F F V V V. c) V V V V V. d) V V V V F. e) F F F F V.

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38. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados contidos


na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal Crônica, deve-se:
a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados imediatamente
antes das refeições.
b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.
c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.
d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de edema.
e) oferecer hidratação oral sem restrição.

39. (Prefeitura de Goiana-PE/2010-IPAD) Se um cliente possui diagnóstico de enfermagem


de “excesso de volume líquido relacionado ao débito urinário reduzido e retenção de água e
sal” e é portador de insuficiência renal crônica, são cuidados essenciais:
a) avaliação de edema e administração de suplementos de vitamina D, conforme prescrito.
b) realização de ausculta cardíaca e estimulação da ingestão de sódio
c) a mensuração diária do peso e aferição da pressão arterial.
d) avaliação do ingurgitamento de veia jugular e monitoração da contagem de eritrócitos.
e) avaliação da frequência respiratória e administração de suplementos de ferro, conforme
prescrição.

40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o
serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a
insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
e) hipotireoidismo.

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41. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a alternativa


incorreta.
a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal recente ou
extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.
b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que necessitam
de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas associadas à
hemodiálise.
c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva em
pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados com
doença aguda.
d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.

42. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição


hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo do
sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal
intermitente compreende
a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.
b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.
c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.
d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.
e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do
paciente.

43. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar


características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual alternativa não
se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.
a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.
b) Débito urinário e débito cardíaco.
c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.
d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.

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44. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Sobre a assistência de Enfermagem em


pacientes com cálculo renal, assinale a alternativa correta.
a) Como não existem complicações relacionadas ao paciente com cálculo renal, o objetivo da
assistência é proporcionar o alívio da dor e prevenção de recidiva dos cálculos renais.
b) Uma das prescrições de enfermagem para o paciente com cálculo renal é a dor relacionada
à inflamação e obstrução do trato urinário.
c) Os sinais vitais do paciente com cálculo renal não precisam ser monitorados, uma vez que
o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.
d) A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar desidratação e aumentar a
pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a passagem do cálculo.
e) A litotripsia deve ser realizada precocemente em todos os casos para evitar a eliminação
espontânea do cálculo e obstrução da uretra.

45. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Sobre os distúrbios urinários, analise as


alternativas abaixo e assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as afirmativas
falsas.
( ) As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-organismos patogênicos no
trato urinário.
( ) As ITU são classificadas como infecções iatrogênicas que, em casos graves, podem
ocasionar a morte do paciente.
( ) Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão: incapacidade ou falha
em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário; aumento excessivo do
consumo de sódio; imunossupressão.
( ) A pielonefrite é uma infecção da pelve renal que pode ser causada por bactérias que
alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por meio da circulação
sanguínea.
( ) Como exemplo de infecções do trato urinário inferior temos a cistite, prostatite, uretrite e
pielonefrite.
Marque a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA, de cima para baixo.
a) V – F – F – V – F b) V – F – V – F – V d) V – V – F – V – F d) F – V – F – F – V e) F – V – V – V – F

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46. (Secretaria Estadual de Saúde do Piauí-PI/NUCEPE/2012) A invasão bacteriana da


próstata pode ter várias etiologias. Sobre este assunto analise as afirmações a seguir.
1) pode ser decorrente de refluxo da urina infectada do canal ejaculatório.
2) é secundária a uretrite.
3) pode ser estimulada por instrumentação uretral ou exame retal de próstata.
4) è frequentemente causada por bactérias entéricas gram positivas e gram negativas.
Está(ão) correta(s).
a) 1 apenas
b) 2, e 4 apenas
c) 1 e 3 apenas
d) 2, 3 e 4 apenas
e) 1, 2, 3 e 4

47. (Município de Resende-RJ/CONSULPLAN/2010) O aumento acentuado de proteína na


urina, a diminuição da albumina no sangue, edema, elevação das lipoproteínas de baixa
densidade e do colesterol, são características de:
a) Infecção urinária.
b) Insuficiência renal.
c) Síndrome nefrótica.
d) Diabetes mellitus.
e) Uretrite.

48. (Prefeitura de Patos-PB/ESF/2010-PagTCPB) A glomerulonefrite aguda é mais comum


em crianças com mais de 2 anos de idade, porém pode acontecer em todas as idades. São
manifestações clínicas da glomerulonefrite aguda, EXCETO:
a) Hipotensão.
b) Edema.
c) Urina cor de coca-cola.
d) Cefaleia.
e) Mal-estar.

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49. (TRT 11ª Região/FCC/2012) Uma das condutas recomendadas no tratamento da


ascite é a
a) utilização de substitutos do cloreto de sódio por outros contendo hidrato de cloral.
b) paracentese.
c) postura ereta para ativação do sistema reninaangiotensina.
d) terapia osmótica com a sonda de Sengstaken Blakemore.
e) terapia com amônia.

50. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Um paciente chega à unidade de saúde e,


durante a anamnese, queixa-se de falta de apetite, náuseas, dor abdominal, fraqueza e
emagrecimento. Ao ser examinado pelo enfermeiro, verifica-se que ele apresenta ascite,
edema de membros e icterícia. Refere ser etilista há 20 anos e também relata o aumento de
peso progressivo. De acordo com os sintomas apresentados, o enfermeiro pode suspeitar que
este paciente provavelmente apresenta
a) esofagite.
b) gastrite.
c) cirrose hepática.
d) retocolite.
e) pancreatite.

51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.

52. (IBC/AOCP/2012) Assinale a alternativa que apresenta um diagnóstico de Enfermagem


que pode estar relacionado a um cliente com quadro de Anemia Falciforme.
a) Dor músculo-esquelética aguda.
b) Ingestão nutricional aumentada.
c) Controle da frequência respiratória e frequência cardíaca.
d) Orientar dieta rica em vitamina C.
e) Aplicar compressas mornas nas articulações.

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53. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Qual dos tipos de


anemia é mais comum em indivíduos da raça negra?
a) Anemia Aplástica.
b) Anemia Ferropriva.
c) Anemia Perniciosa.
d) Anemia Falciforme.
e) Anemia Malárica.

54. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Assinale a alternativa em que o tipo de


anemia está relacionado à deficiência da vitamina B12?
a) Talassemia
b) Anemia aplásica
c) Anemia falciforme
d) Anemia perniciosa
e) Anemia ferropriva

55. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Assinale a alternativa que melhor


corresponde a um Diagnóstico de Enfermagem para um paciente com distúrbio
esofágico.
a) Depuração inadequada da via aérea relacionada à obstrução por muco.
b) Realizar troca de Sonda Nasogástrica a cada 15 dias, observar perfusão da sonda.
c) Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de alimentação.
d) Identificar risco de infecção observando sinais de calor, rubor.
e) Excesso de volume hídrico relacionado à velocidade de infusão de líquidos inadequada.

56. (SES-PI/NUCEPE/2012) Sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:


a) a deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula.
b) os pacientes costumam apresentar queixas específicas.
c) tireoidite de Hashimoto é uma doença aguda normalmente associada a vírus.
d) a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão diminuídos.
e) diabetes insipidus é um distúrbio no metabolismo da glicose.

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57. (Prefeitura de São Leopoldo-RS/CONSULPLAN/2010) A fácies do paciente deve ser


avaliada durante o exame físico, e as características encontradas podem decorrer de alterações
orgânico-metabólicas ou por componentes psicológicos. O tipo de fácies que é observado nos
pacientes com uso crônico de corticoides e também em casos de síndrome por hiperfunção do
córtex da suprarrenal, é denominado:
a) Fácies cushingoide.
b) Fácies basedowiana.
c) Fácies miastênica.
d) Fácies pletórica.
e) Fácies acromegálica.

58. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) As manifestações da disfunção da tireoide


podem indicar produção insuficiente ou excessiva de hormônios. São sintomas da disfunção
da tireoide exceto:
a) Sudorese profusa, exoftalmia, taquicardia, fadiga.
b) Ganho ou perda de peso, constipação, palidez, depressão.
c) Tremores, agitação, anorexia, intolerância ao calor.
d) Sudorese, pele fria e seca, endoftalmia.
e) Nervosismo, diplopia, irregularidade menstrual, constipação.

59. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) A desidratação ou déficit de volume hídrico


refere-se à perda hídrica de 1% ou mais do peso corporal. São sinais de desidratação todos os
abaixo, exceto:
a) tontura, irritabilidade e delírio.
b) sede extrema, pele e mucosas secas, xerostomia.
c) turgor cutâneo adequado, anasarca.
d) aumento da frequência cardíaca, hipotensão.
e) turgor cutâneo deficiente

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60. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Um paciente com


diagnóstico de Doença de Crohn deve ser encaminhado para acompanhamento de qual
especialidade médica?
a) Gastroenterologia
b) Dermatologia
c) Urologia
d) Ginecologia
e) Hematologia

61. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) O comprometimento cutâneo traz sérias


consequências na vida do individuo acometido. Indique qual é a afecção cutânea de natureza
auto-imune.
a) Erisipela. b) Impetigo. c) Tinea do pé. d) Pênfigo. e) Herpes-zóster.

62. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Durante a consulta de enfermagem,


atividade regulamentada pela Resolução COFEN 159/1993, o enfermeiro, ao avaliar os
resultados de exames laboratoriais de um paciente deve considerar como alterado:
a) creatinina plasmática de 0,8mg/dl;
b) glicemia de jejum de 98 mg/dl;
c) potássio plasmático de 8 mEq;
d) LDL colesterol de 120 mg/dl;
e) HDL colesterol de 50 mg/dl.

63. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010-Adaptada) Segundo a Organização Mundial de


Saúde, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe
multidisciplinar, ativa e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento
curativo, sendo o principal objetivo a garantia da melhor qualidade de vida, tanto para o
paciente quanto para seus familiares, através do controle da dor e demais sintomas, em suas
dimensões psicossociais e espirituais”. Sobre os cuidados paliativos, analise as afirmativas
abaixo.
1. Os Cuidados Paliativos visam garantir melhor qualidade de vida, controle da dor e demais
sintomas, além de facilitar a desospitalização.

Curso RETA FINAL – Questões Comentadas de Enfermagem Página 115


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2. Os Cuidados Paliativos contribuir para reduzir a realização de exames complementares


quando os resultados não mudam a terapia e evitar o uso de terapias ineficazes e
potencialmente danosas aos pacientes.
3. Os cuidados Paliativos enfatizar o tratamento domiciliar em detrimento do tratamento
hospitalar, preparar os cuidadores para a realização, em ambiente domiciliar, de cuidados
antes restritos às instituições e estruturar o acesso à distribuição e à dispensação de insumos e
medicamentos necessários à manutenção do paciente no seu domicílio.
4. A instituição dos Cuidados Paliativos deve ser precoce, à época do diagnóstico de doença
avançada, sem possibilidade de cura, seguindo princípios éticos baseados no respeito à
autonomia do paciente e requer habilidade de comunicação e uma abordagem interdisciplinar.
Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1, 2 e 3, apenas.
c) 2, 3 e 4, apenas.
d) 3 e 4, apenas
e) 1, 2 e 4, apenas

Gabarito
1-C 11-B 21-A 31-D 41-A 51-D 61-D
2-B 12-C 22-E 32-B 42-C 52-A 62-C
3-C 13-B 23-B 33-A 43-C 53-D 63-E
4-D 14-D 24-D 34-C 44-D 54-D
5-A 15-B 25- 35-E 45-A 55-C
6-C 16-D 26-B 36-D 46-E 56-A
7-A 17-A 27-A 37-C 47-C 57-A
8-A 18-C 28-A 38-D 48-A 58-D
9-E 19-C 29-E 39-C 49-B 59-C
10-B 20-D 30-A 40-B 50-C 60-A

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