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Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso “Reta Final - Questões Comentadas
de Enfermagem”. Todas as informações sobre o nosso curso encontram-se na primeira aula.
A leitura é importantíssima para que você possa entender o funcionamento e a metodologia
adotada. No entanto, se persistirem quaisquer dúvidas ou mesmo críticas e sugestões teremos
satisfação de respondê-las através do fórum de dúvidas ou do e-mail
contato@romulopassos.com.br.
Para o seu controle e planejamento, segue o cronograma dos temas que serão
trabalhados em nosso curso:
Nº Aulas Datas
higienização das mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar
uma preparação alcoólica.
Item D. Correto. Depois da lavagem das mãos com água e sabão, deve secá-las com
papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. O papel-toalha deve
ser desprezado na lixeira para resíduos comuns. Por outro lado, depois do uso da preparação
alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem completamente, sem a utilização de papel-
toalha.
Item E. Correto. Para fins de higienização das mãos de profissionais que atuam em
serviços de saúde, recomenda-se: manter as unhas naturais, limpas e curtas; não usar unhas
postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; evitar utilizar anéis, pulseiras e
outros adornos quando assistir ao paciente; aplicar creme hidratante nas mãos, diariamente,
para evitar ressecamento na pele.
O gabarito da questão, portanto, é a letra C.
Degermação da pele.
No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para
toda equipe cirúrgica).
Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter
intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise,
pequenas suturas, endoscopias e outros.
A alternativa incorreta é a letra C, pois a lavagem das mãos deve ser feita por todos os
profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com
os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou
contaminado.
COMENTÁRIOS:
As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória (por gotículas
e aerossóis).
As gotículas têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória alta, ou
seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as partículas são
menores, permanecem suspensas no ar por longos períodos de tempo e, quando inaladas,
podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.
Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras por aerossóis, as
quais requerem modos de proteção diferentes.
Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve ser
utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. Para melhor definição de rotina, orienta-se que
seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
• Internação do paciente: quarto privativo ou, caso não seja possível, em quarto de
paciente com infecção pelo mesmo microrganismo (coorte); a distância mínima entre os leitos
deve ser de um metro.
• Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica
o paciente.
• Visitas: restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.
Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por
aerossóis?
No caso dos aerossóis, as partículas podem se dispersar por longas distâncias e, por
isso, deve ser utilizado equipamento de proteção respiratória durante todo o período que
o trabalhador de saúde estiver em contato com o paciente.
COMENTÁRIOS:
Essa quetão é direta. Segundo a United States Center for Disease Control and
Prevention (CDC), é recomendado que sejam mantidas o dispositivo intravascular periférico,
no paciente, nos períodos máximos entre 72 a 96 horas (3 a 4 dias). Dessa forma, o gabarito
da questão é a letra C.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas correções das assertivas da questão:
Item A. Grupo B - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco
à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
Item B. Grupo A - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Item C. Grupo D - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Item D. Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados
nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização
é imprópria ou não prevista.
Item E. Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi e lancetas.
Fonte: http://www.retecresiduos.com.br.
Essa questão é bem interessante, pois apresenta uma relação não precisa dos sintomas
clássicos da DM. Nesse caso, devemos resolvê-la "por eliminação" das alternativas "mais
1
Brasil, 2013-B, p. 30.
erradas". Parece paradoxal, mas concurso é assim mesmo. Não adianta ficar indignado na
hora da prova, devemos escolher "a melhor resposta". Se houver margem para anulação ou
alteração de gabarito, devemos elaborar os recursos com o devido embasamento em literatura
especializada, de preferência do Ministério da Saúde e por artigos científicos atualizados.
Dessa forma, não fazem parte dos principais sintomas iniciais clássicos da diabetes
mellitus:
Item A. urinar à noite, edema dos membros inferiores.
Item C. exoftalmia (protuberância do olho anteriormente para fora da órbita).
Item D. hemoptise (expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse,
proveniente de hemorragia na árvore respiratória).
O gabarito da questão, portanto, é a letra B.
2
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 12.
Preparo do paciente:
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso por pelo menos 5 minutos
em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis duvidas
devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NAO:
está com a bexiga cheia
praticou exercícios físicos ha pelo menos 60 minutos
ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
fumou nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso
recostado na cadeira e relaxado.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º
espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima
e o cotovelo ligeiramente fletido.
10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa.
11. Se os batimentos persistirem ate o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.
12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto
seja controverso.
13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente.
14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial
foi medida.
Durante a medida da pressão arterial, deve-se manter o braço do paciente no mesmo
nível do coração e palpar a artéria braquial para posicionamento do estetoscópio.
O único item incorreto é o II. Logo, o gabarito da questão é a letra B.
3
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 9-10.
COMENTÁRIOS:
Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS,
conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta.
Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação*
Pressão arterial inicial (mmHg)**
Seguimento
Sistólica Diastólica
Reavaliar em 1 ano.
<130 < 85
Estimular mudanças de estilo de vida.
Reavaliar em 6 meses.***
130–139 85–89
Insistir em mudanças do estilo de vida.
Confirmar em 2 meses.***
140–159 90–99
Considerar MAPA/MRPA.
Confirmar em 1 mês.***
160–179 100–109
Considerar MAPA/MRPA.
Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar
≥ 180 ≥ 110
em 1 semana.***
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6).
** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento recomendado deve ser
definido pelo maior nível de pressão.
*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de risco maiores, doenças
associadas e lesão em órgãos-alvo).
4
Bronquiectasia.
5
SBPT, 2004, p1.
6
Brasil, 2010, p. 47.
Como complicações possíveis das bronquiectasias, além das pneumonias, pode ocorrer
o empiema que é o acúmulo de pus na pleura (que é a “capa” do pulmão), o abscesso
pulmonar (uma lesão que forma um “buraco “com pus no pulmão), o pneumotórax (acúmulo
de ar na pleura), a hemoptise volumosa (quando a pessoa tosse grande volume de sangue) e o
cor pulmonale – que ocorre quando a doença crônica dos pulmões desencadeia um dano ao
coração.
A Atelectasia7 é o colapso de parte ou de todo pulmão. Ou seja, o pulmão "murcha"
numa parte ou na sua totalidade por um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de maior
ou menor calibre (brônquio ou bronquíolo, respectivamente). Os brônquios são tubos que dão
passagem ao ar, espalhando-o por todo o pulmão.
A atelectasia pode surgir por mecanismos diferentes:
O acúmulo de secreções nos brônquios pode bloquear a passagem do ar, levando ao
colapso parcial ou total do pulmão afetado;
Quando algum objeto, inadvertidamente, entra na via aérea e chega ao brônquio, a
atelectasia poderá ocorrer. Isto costuma acontecer mais com as crianças, quando
engolem algum brinquedo ou outro objeto pequeno;
Os tumores pulmonares podem crescer dentro de um brônquio ou pressioná-lo
externamente, causando, em alguns casos, a atelectasia parcial ou total do pulmão;
Pacientes que sofrem uma anestesia geral, que tem alguma doença pulmonar crônica ou
que ficam muito tempo acamados podem, eventualmente, apresentar uma atelectasia;
Num adulto, a atelectasia geralmente não é uma situação ameaçadora à vida, já que as
partes do pulmão que não foram comprometidas fazem uma compensação da perda de função
da área afetada. Por outro lado, a mesma situação num bebê ou numa criança pequena pode
representar uma ameaça à vida.
Após a exposição geral do assunto, vamos resolver a questão, que por sinal é mal
elaborada e polêmica.
Item A. Correto. A maioria dos autores refere apenas a bronquite crônica e o enfisema
como doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Pelas características da
bronquiectasia, também podemos considerá-la como uma DPOC. A atelectasia pode ser um
evento isolado e agudo, bem como evoluir para uma DPOC. A asma antigamente era
considerada uma DPOC, mas atualmente é classificada separadamente.
7
ABC da Saúde.
8
Brasil, 2010, p. 24-46.
COMENTÁRIOS:
A hipertensão pulmonar é um distúrbio não clinicamente evidenciado até um período
tardio na sua progressão. Essa doença ocorre quando a pressão da artéria pulmonar sistólica
excede 30mmHg, ou a pressão média da artéria pulmonar excede 25mmHg. Essas pressões
não podem ser mensuradas indiretamente, assim como a pressão sanguínea sistêmica; ao
contrário, elas devem ser medidas durante a cateterização do lado direito do coração. Na
ausência dessas medidas, o reconhecimento clínico torna-se o único indicador da presença da
hipertensão pulmonar.
Existem duas formas de hipertensão pulmonar: a primária (ou idiopática) e a secundária.
A hipertensão pulmonar primária é uma doença incomum na qual o diagnóstico é feito por
exclusão de todas as outras possíveis causas. A causa exata é desconhecida, porém existem
várias causas possíveis (ver quadro abaixo). A apresentação clinica da hipertensão pulmonar
primária se dá na ausência de doença pulmonar e cardíaca ou de embolia pulmonar. Ela é
observada mais frequentemente em mulheres de 20 a 40 anos de idade, e costuma ser fatal
dentro de anos do diagnóstico.
A hipertensão secundária é mais comum e resulta de uma doença cardíaca ou pulmonar
já existente. O prognóstico depende da gravidade do distúrbio subjacente e das alterações no
leito vascular pulmonar. Uma causa comum da hipertensão pulmonar secundária é a
constrição da artéria pulmonar devido à hipoxemia decorrente da DPOC.
Causas da Hipertensão Pulmonar
Primária ou Idiopática
Mecanismos imunitários alterados;
Embolia pulmonar silenciosa;
Fenômeno de Raynauld;
Contraceptivos orais;
Anemia falciforme;
Doenças do colágeno.
Secundária
Vasoconstricção pulmonar por hipoxemia: DPOC, cifoescoliose; obesidade, inalação
de fumaça, altitude elevada, distúrbio neuromuscular, pneumonia interstistial difusa;
Redução do leito vascular pulmonar: embolia pulmonar, vasculite, doença pulmonar
intersticial disseminada, embolia por tumor;
Doença cardíaca primária congênita e adquirida.
expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses ao ano durante dois anos
consecutivos.
Logo, o item I apresenta-se incorreto. Os demais itens estão certos. O gabarito da
questão é a letra D.
LEGISLAÇÃO DO SUS
http://goo.gl/nTDcBC
utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor
ordens, opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente,
inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional.
apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de
que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de
outrem.
Meus amigos, gravem essas infrações, pois são cobradas frequentemente em provas de
concursos.
A título de informação, vamos ver quais são as demais infrações do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem.
A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69
a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 89; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 Código.
A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84;
85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código.
A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59 71 a 80; 82; 84; 85; 90;
91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste Código.
A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao
que está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48;
56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.
As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,
cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
Percebam que é inviável e humanamente impossível sabermos ao pé da letra a punição
para cada penalidade. Sugiro que façam uma leitura atenta do referido código e sempre
utilizem o bom senso para responder as questões.
Portanto, a pena de cassação do Exercício Profissional de Enfermagem é aplicável,
dentre outros, quando o profissional praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção
penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais.
Ora, a AOCP pisou na bola nessa questão, pois "deixar de praticar e/ou ser conivente
com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais"
não é uma pena, mas sim uma dever. O gabarito indicado foi a letra E, mas essa questão
deverá ser anulada. Quando for liberado o gabarito oficial, avisarei a vocês o resultado.
27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou
direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades
tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas
24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão
arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento
de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.
COMENTÁRIOS9:
9
SBC, 2009, p.6.
10
Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca.
11
TVP
12
Tromboflebite.
13
Ministério da Saúde
Fatores desencadeantes
mais comuns das SCA
14
Ministério da Saúde.
intratável.
d) V V V V F.
e) F F F F V.
COMENTÁRIOS15:
Endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio.
O coração é formado por três camadas: o pericárdio é a externa, o miocárdio é a medial
e o endocárdio é a interna, da qual fazem parte as válvulas cardíacas.
A maioria das endocardites tem uma origem infecciosa e os micro-organismos mais
frequentemente causadores dessa doença são: bactérias, fungos, micobactérias, riquetsias,
clamídias e micoplasmas.
Os agentes mais comuns são: estreptococos, estafilococos, enterococos e alguns
germes gram-negativos.
Também existem reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças auto-
imunes, nas quais não encontramos um agente infeccioso na reação inflamatória do
endocárdio.
A endocardite se localiza preferencialmente nas válvulas do coração, mas pode ser
encontrada em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada em aguda e subaguda.
A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rápida progressão, podendo evoluir em
dias para a morte. Costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, rins, pulmões,
fígado, olhos. O agente etiológico mais comum é o estafilococos aureus.
Já a subaguda tem a evolução mais lenta, persistindo por até meses e, na maioria dos
casos, é causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase negativos
ou bacilos gram-negativos.
A endocardite pode atingir as pessoas em qualquer idade e os sintomas e sinais
principais são: febre de longa duração, suores noturnos persistentes, astenia, baço aumentado
de volume e alterações cardíacas, como o agravamento súbito de uma doença cardíaca
previamente existente.
As pessoas portadoras de lesões valvulares do coração, congênitas ou adquiridas, são as
mais propensas a apresentarem a doença. Contudo, a endocardite também ocorre em pessoas
que não tenham lesões cardíacas.
As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasivos, em que há a
invasão do organismo, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas, manipulação
de abscessos (cuidado ao espremer espinhas ou furúnculos!). Em alguns grupos, a metade dos
15
Endocardites.
Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem
quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre
incomodam muito. Assim, anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés,
mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar) e do aspecto da
urina (urina muito clara, sangue na urina, etc). Deste ponto até que os rins estejam
funcionando somente 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com
medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se
necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante
renal16.
Os primeiros sintomas da IRC podem demorar anos para serem notados, o mesmo
ocorre com a síndrome urêmica, típica da IRC terminal, o que demonstra grande capacidade
adaptativa dos rins, permitindo que seres humanos mantenham-se vivos com apenas 10% da
função renal17.
Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais comuns
são a hipertensão arterial, o diabetes e a glomerulonefrite18.
A IRC pode ser tratada inicialmente por meio de terapêuticas conservadoras, como:
tratamento dietético, medicamentoso e controle da pressão arterial. A indicação do programa
dialítico será feita quando o tratamento conservador não é capaz de manter a qualidade de
vida do paciente e quando há o surgimento de sinais e sintomas importantes da uremia19.
Nas fases iniciais da IR, quando as manifestações clínicas e laboratoriais são mínimas
ou ausentes, o diagnóstico pode ser sugerido pela associação de manifestações inespecíficas
(fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náusea ou hemólise, hipertensão, poliúria, nictúria,
hematúria ou edema). Os principais sintomas são: nictúria, poliúria, oligúria, edema,
hipertensão arterial, fraqueza, fadiga, anorexia, náuseas, vômito, insônia, cãibras, prurido,
palidez cutânea, xerose, miopatia proximal, dismenorréia, amenorréia, atrofia testicular,
impotência, déficit cognitivo, déficit de atenção, confusão, sonolência, obnubilação e coma20.
A opção pelo método dialítico deve ser uma decisão conjunta do paciente e família com
a equipe de nefrologia, respeitando os critérios de exclusão em função das características e
necessidades individuais do paciente21.
16
SBN
17
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
18
SBN
19
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
20
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo
21
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.
De acordo com Brunner e Suddarth (2011), o paciente com insuficiência renal crônica
requer cuidados de enfermagem experientes, a fim de evitar as complicações da função
reduzida e os estresses e ansiedade de lidar com uma doença com risco de vida. Os exemplos
dos diagnósticos de enfermagem potenciais para esses pacientes incluem os seguintes:
Excesso de volume hídrico relacionado ao débito urinário diminuído, excessos
na dieta e retenção de água e sódio;
Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada à anorexia,
náuseas e vômitos, restrições da dieta e mucosa oral alterada;
Déficit de conhecimento sobre o distúrbio e o regime de tratamento;
Intolerância à atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção de produtos de
degradação e procedimento de diálise;
Distúrbio da autoestima relacionado à dependência, a alterações na imagem
corporal e disfunção sexual.
O cuidado de enfermagem procura avaliar o estado hídrico e identificar as fontes
potenciais de desequilíbrio, implementar um programa de dieta para garantir a ingestão
nutricional adequada dentro dos limites do regime de tratamento e promover os sentimentos
positivos, encorajando o aumento do auto cuidado e a maior indepedência.
Isto posto, vamos resolver os itens da questão. São cuidados de enfermagem para o
paciente com Insuficiência Renal Crônica:
Item A. Incorreto. Alterar o horário dos medicamentos de modo que eles não sejam
administrados imediatamente antes das refeições para prevenir a anorexia e sensação de
plenitude
Item B. Incorreto. Incentivar lanches hipercalóricos (ricos em calorias),
hipossódicos e probres em proteinas e potássio entre as refeições. Todavia, as refeições
devem conter quantidade moderadas de proteinas, com preferência para alimentos com
proteinas de alto valor biológico: ovos, produtos lacteos e carnes.
Item C. Incorreto. Oferecer alimentos hiporprotéicos e pobres em potássio.
Item D. Correto. Avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e
presença de edema.
Item E. Incorreto. Oferecer hidratação oral com restrição.
40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o
serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a
insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
e) hipotireoidismo.
COMENTÁRIOS:
Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), há uma diminuição considerável da função renal,
desencadeando a retenção de sais minerais (principalemnte sódio e potássio) e água no
organismo, aumentando o volume sanguineo e sobrecarga cardíaca. Isso pode desencadear ou
agravar a hipertensão arteria sistêmica. Por isso, o gabarito da questão é a letra B.
COMENTÁRIOS:
A Diálise Peritoneal envolve o
transporte de solutos e de água através de uma
membrana que separa dois compartimentos
contendo líquidos. Esses dois compartimentos
são (a) o sangue nos capilares peritoneais, e
(b) a solução de diálise na cavidade
peritoneal. Durante o curso da DP ocorrem
simultaneamente três processos de transporte:
difusão, ultrafiltração e absorção22.
22
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.
23
UNIFESP
Cuidados pós-diálise
Observar e anotar as condições do paciente; trocar curativo, remover ou fixar o cateter
(heparinização para prevenir obstrução) ou colocar prótese; verificar o peso do paciente;
controlar os sinais vitais; controlar rigorosamente a diurese; realizar o fechamento da ficha de
controle de DP.
É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal
intermitente compreende:
Item A. Incorreto. Controlar a pressão arterial e o pulso a cada 15 minutos na primeira
troca e a cada 60 minutos depois disso. A queda na pressão arterial pode indicar perda hídrica
excessiva decorrente de concentrações de glicose das soluções dialisantes. As alterações nos
sinais vitais podem indicar choque iminente ou hidratação excessiva.
Item B. Incorreto. Não introduzir o cateter no abdômen, se este não estiver
permeável. Quando o líquido não está drenando de forma adequada, movimentar o paciente
de um lado para o outro, a fim de facilitar a retirada da drenagem peritoneal. A cabeceira do
leito também pode ser elevada.
Item C. Correto. Realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da
pesagem diária, ou seja, manter um registro exato do equilíbrio hídrico do paciente durante o
tratamento do paciente.
Saber o estado ou ganho de líquido do paciente no final de cada troca; verificar
os curativos para extravasamento e pesar na balança, significativo;
O equilíbrio hídrico deve ser igual ou mostrar discreto ganho ou perda de
líquido, dependendo do estado hídrico do paciente.
Item D. Incorreto. Adicionar os antibióticos no dialisador, no caso de peritonite,
conforme prescrição médica. Além disso, o médico também prescreve antibióticos sistêmicos
por via endovenosa ou oral, conforme necessidade do caso.
Item E. Incorreto. Diminuir a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade
respiratória do paciente.
Meus amigos, não era preciso saber todos os detalhes descritos para acertarem a
questão, pois a letra C descreveu uma ação clássica e incontestável, realizada pela equipe de
enfermagem, durante assistência a pacientes em diálise peritoneal intermitente.
a) Como não existem complicações relacionadas ao paciente com cálculo renal, o objetivo da
assistência é proporcionar o alívio da dor e prevenção de recidiva dos cálculos renais.
b) Uma das prescrições de enfermagem para o paciente com cálculo renal é a dor relacionada
à inflamação e obstrução do trato urinário.
c) Os sinais vitais do paciente com cálculo renal não precisam ser monitorados, uma vez que
o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.
d) A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar desidratação e aumentar a
pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a passagem do cálculo.
e) A litotripsia deve ser realizada precocemente em todos os casos para evitar a eliminação
espontânea do cálculo e obstrução da uretra.
COMENTÁRIOS:
Os cálculos renais, também chamado de litíase urinária ou urolitíase, são formações
sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido
úrico que se cristalizam. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando
muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão
de grãos com alguns milímetros, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto
nos rins quanto na bexiga24.
O cálculo renal não é uma doença e sim um sintoma, sendo a manifestação de doenças
como hipercalciúria idiopática, hiperparatireoidismo, cistinúria e hiperuricemia, entre outras.
Fica claro, portanto, que o tratamento de um paciente com cálculo renal deve ser
individualizado, dependendo da doença que levou ao aparecimento das pedras nos rins. A
abordagem de um paciente com um primeiro episódio de cálculo renal deve ser a seguinte25:
Se ele tiver crise renal com cálculo que é eliminado espontaneamente e não
apresentar outros cálculos, não será necessário fazer avaliação mais detalhada. Basta observar
se novos cálculos irão aparecer.
Se o paciente apresentar crise renal com cálculo que não é eliminado
espontaneamente, deverá ser assistido por um médico urologista que avaliará a necessidade
de litotripsia (procedimento que elimina pedras por ondas de choque) ou de algum
procedimento endoscópico ou mesmo cirurgia para a retirada do cálculo.
Nos casos em que há um número grande de cálculos, ou naqueles em que o paciente
apresenta crises recorrentes, deverá ser feito o estudo metabólico para identificar qual o
distúrbio que está levando à formação das pedras, para, então, estabelecer algum tipo de
tratamento preventivo com objetivo de evitar o aparecimento de novos cálculos. Quando se
faz somente a retirada dos cálculos, mas não é tomada nenhuma medida preventiva, a chance
de novos cálculos aparecerem é maior.
Dito isto, vamos analisar cada item da questão:
Item A. Incorreto. Na verdade, existem diversas complicações relacionadas ao
paciente com cálculo renal, a exemplo de infecção, obstrução e hemorragia no trato urinário e
sepsemia.
Item B. Incorreto. Um dos diagnósticos de enfermagem para o paciente com
cálculo renal é a dor relacionada à inflamação e obstrução do trato urinário. Por outro lado,
são exemplos de prescrições de enfermagem: aliviar a dor; monitorizar e tratar as
complicações potenciais.
Item C. Incorreto. Os sinais vitais do paciente com cálculo renal precisam ser
monitorados, uma vez que o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.
24
Cálculo Renal
25
Hospital Sírio Libanês
Item D. Correto. A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar
desidratação e aumentar a pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a
passagem do cálculo. Portanto, a ingestão de líquidos deve ser aumentada de modo que o
paciente urine no mínimo dois litros por dia.
Item E. Incorreto. A litotripsia - procedimento que elimina pedras por ondas de choque,
podendo ser não invasivo - deve ser realizada nos casos indicados em que não haja a
eliminação espontânea do cálculo.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.
b) 2, e 4 apenas
c) 1 e 3 apenas
d) 2, 3 e 4 apenas
e) 1, 2, 3 e 4
COMENTÁRIOS:
Conforme comentários da questão anterior, verificamos que o gabarito da questão é a
letra E, pois todos os itens estão corretos.
26
Síndrome nefrótica.
nos tecidos formando o edema. Geralmente esse edema é intenso e generalizado, podendo
ocorrer no abdômen (ascite) e na pleura (derrame pleural).
A deficiência de albumina provoca outras alterações metabólicas. A albumina sanguínea
é a carregadora do cálcio e do iodo e por isso, com a queda da albumina, ela carregará menos
cálcio, ocorrendo hipocalcemia. O mesmo ocorre com o iodo e com o hormônio da tireóide.
Uma vez estabelecido o diagnóstico de síndrome nefrótica, deve-se fazer um esforço
para encontrar a causa. As doenças que causam lesão no filtro renal têm origens:
inflamatórias, infecciosas, degenerativas, obstrutivas, congênitas e neoplásicas.
As principais causas de síndrome nefrótica incluem todas as glomerulonefrites e
algumas especiais como: esquistossomose, toxoplasmose, malária, AIDS, hepatite B, diabetes
mellito, trombose venosa renal, drogas (mercúrio, ouro, alopurinol, lítio), câncer (cólon,
melanoma, mieloma), hereditárias e muitas outras mais. Com o objetivo de encontrar a causa
da lesão renal, muitas vezes pode ser necessária a punção biópsia renal para esclarecer o tipo,
intensidade e a causa da lesão glomerular.
27
ASCITE
COMENTÁRIOS28:
Cirrose é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de
nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Pode ser causada por infecções ou inflamação
crônica dessa glândula. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no
lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções
normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção
dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool
e alguns medicamentos, entre outras.
A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as
mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da doença nos últimos
anos.
O abuso do álcool é a principal causa da cirrose. Como o fígado é responsável pela
metabolização dessa substância, quando exposto a doses excessivas de álcool, sofre danos em
seus tecidos vitais que comprometem seu funcionamento.
Também são causas de cirrose as hepatites crônicas provocadas pelos vírus B e C, pelo
uso de determinados medicamentos e pela hepatite autoimune.
Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal,
constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda
de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade
abdominal), entre outros. Em casos mais avançados pode ocorrer a encefalopatia hepática
(síndrome que provoca alterações cerebrais provocadas pelo mau funcionamento do fígado).
No entanto, durante muito tempo a doença pode evoluir sem causar sintomas.
Cirrose é um processo patológico irreversível que pode ser fatal. Portanto, é importante
fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais depressa possível o tratamento que pode adiar
ou evitar que surjam complicações mais graves.
A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico de cirrose é eliminar o agente agressor,
no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite.
Para casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura
definitiva da doença.
Os principais fatores de risco são os seguintes: uso excessivo de álcool; infecção
pelos vírus da hepatite B ou C; algumas doenças genéticas (por exemplo, Doença de Wilson);
hepatite autoimune; cirrose biliar primária.
A partir dos comentários, não restam dúvidas que o gabarito é a letra C.
28
Cirrose.
51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento dessa questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do
sistema biliar.
A vesícula biliar é um órgão presente no organismo
humano em forma de pêra. Armazena até 50 ml de bile, que
é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável por
sua produção.
A vesícula biliar armazena bile, que é lançada quando o
alimento contendo gordura entra no trato digestivo,
Figura 2 - Sistema Biliar
estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A bile
emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.
Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que
quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas gorduras. A
maior parte da digestão ocorre no duodeno.
Isto posto, vamos analisar as assertivas:
Item A. Incorreto. Coledocotomia é a abertura do ducto comum.
Item B. Incorreto. Colelitiase é a presença de cálculos na vesícula biliar. A
colecistectomia é a remoção da vesícula biliar.
Item C. Incorreto. Coledocolitotomia é a incisão do ducto biliar para retirada de
cálculos.
Item D. Correto. Colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
Item E. Incorreto. Coledocoduodenostomia é a anastomose do ducto comum ao
duodeno.
Percebem que não preciso saber o significado de todos os termos para acertarem a
questão, pois a letra D apresenta um conceito bem simples.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u625390.shtml
Tanto eletroforese por focalização isoelétrica (IEF) quanto cromatografia líquida de alta
resolução (HPLC) podem ser utilizadas para o diagnóstico de DF.
O principal tratamento da DF é a hidroxiureia (HU): cápsulas em gel sólido com 500
mg do princípio ativo. Os pacientes que recebem a hidroxiureia apresentam menos episódios
dolorosos da crise de célula falciforme, menor incidência de síndrome torácica aguda e menos
necessidade de transfusão. A transfusão de hemácias é outra terapêutica indicada. Em alguns
casos, pode haver a cura da doença por meio do transplante de medula óssea.
São sintomas da anemia falciforme: dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo
sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; dores articulares; fadiga intensa; palidez e
icterícia; atraso no crescimento; feridas nas pernas; tendência a infecções; cálculos biliares;
problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais e priapismo.
Existem muitas diferentes formas de anemia, mas todas podem ser classificadas em três
categorias etiológicas mais amplas: a perda das hemácias, ocasionadas por sangramentos;
diminuição na produção de hemácias (hipoproliferativas), devido a deficiência de co-
fatores para a eritropoese, incluindo o ácido fólico, vitamina B12 e ferro; e aumento na
destruição das hemácias (hemolíticas), podendo ocorrer por causa de uma superatividade do
SRE (Sistema Retículoendotelial), ou porque a medula óssea produz hemácias anormais que
são destruídas pelo SER (p.ex., anemia falciforme).
Os principais sintomas das anemias são taquicardia aos esforços, fadiga, palidez,
dispinéia e fraqueza. Em geral, as complicações da anemia grave incluem insuficiência
cardíaca congestiva (ICC), parestesia e confusão.
As anemias hipoproliferativas mais cobradas em concurso público são as seguintes:
anemia por deficiência de ferro (ferropriva), anemia aplástica e anemias megaloblásticas. Por
outro lado, as anemias hemolíticas mais exploradas em provas são as seguintes: anemia
falciforme e talassemia.
A anemia ferropriva tipicamente ocorre quando a ingestão de ferro na dieta é
inadequada para a síntese de hemoglobina.
A anemia aplástica é uma doença rara causada pela diminuição das células tronco na
medula óssea, ou dano as essas células ou ao microambiente dentro da medula, e pela
reposição da medula por gordura. Isso resulta não só na anemia, mas também na neutropenia
(deficiência de neutrófilos) e trombocitopenia (deficiência de plaquetas). As complicações
típicas dessas doenças são a infecção, hemorragias e os sintomas da anemia.
As anemias megaloblásticas são causadas por deficiência em vitamina B12 e/ou ácido
fólico. É muito comum se confundir anemia megaloblástica com anemia perniciosa. A
anemia perniciosa é um tipo de anemia causada pela deficiência de vitamina B12 devido à
inibição do fator intrínseco, sendo assim, uma das causas da anemia megaloblástica, e não a
mesma patologia com denominação diferente.
A anemia facilforme é uma anemia hemolítica grave resultante de um defeito
hereditário do gene hemoglobina em foice (HbS). Esse gene causa um defeito na molécula de
hemoglobina. A hemoglobina falciforme adquire uma formação to tipo de cristal quando
exposta a uma baixa tensão de oxigênio. O oxigênio no sangue venoso é suficientemente
baixo para causar essa mudança; consequentemente, a célula que contém a hemoglobina S
perde sua forma redonda, ficando deformada, rígida e com a forma de foice. Essas células
longas e rígidas podem alojar-se nos pequenos vasos, e, quando elas se empilham umas
contras as outras, o fluxo de sangue para uma região ou um órgão pode ficar lento. Quando a
isquemia ou infarto acontece, o paciente pode apresentar dor, edema e febre. Esse processo
leva tempo; se a hemácia for exposta novamente a uma quantidade adequada de oxigênio (p.
ex., quando viajam pela circulação pulmonar) antes da membrana torna-se rígida, ele pode
voltar à sua forma normal. É por esse motivo que as "crises de afoiçamento" são
intermitentes. O frio pode agravar o processo porque a vasoconstrição diminui o fluxo de
sangue.
A talassemia é um grupo de disfunções hereditárias associadas com um defeito na
síntese da cadeia de hemoglobina. Essa doença é caracterizada pela hipocromia (diminuição
anormal da hemoglobina do eritrocitos), extrema microcitose (eritrócitos menores que o
normal), destruição dos elementos sanguíneos (hemólise) e graus variáveis de anemia. Na
talassemia, a produção de uma ou mais cadeias de globulina dentro da molécula de
hemoglobina é reduzida. Quando isso ocorre, existe um desequilíbrio na configuração da
hemoglobina, e ele precipita nos precursores do eritroide ou nos próprios leucócitos. Isso
aumenta a rigidez das hemácias e, assim, a destruição prematura dessas hemácias.
A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra D.
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários
hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, com a tireoide, as
suprarrenais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento é um
dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio
hormonal.
O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença
chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo, ou seja, a
falta de crescimento do corpo.
29
Tireoidite de Hashimoto.
30
Síndrome de Cushing.
31
Diabetes insipidus.
COMENTÁRIOS32:
A tireoide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento harmônico
do organismo. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam
o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos
bioquímicos do organismo.
Os principais distúrbios da tireoide são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção
de hormônios) e o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios), doenças que incidem
mais nas mulheres do que nos homens.
Hipotireoidismo Hipertireoidismo
Cansaço; Hiperativação do metabolismo;
Depressão; Nervosismo e irritação;
Adinamia (falta de iniciativa); Insônia;
Pele seca e fria; Fadiga;
Constipação; Intolerância ao calor;
Diminuição da frequência Sudorese abundante;
cardíaca; Taquicardia;
Decréscimo da atividade cerebral; Palidez;
Voz mais grossa como a de um Perda de peso resultante da queima de
disco em baixa rotação; músculos e proteínas;
Mixedema (inchaço duro); Tremores;
Diminuição do apetite; Exoftalmia (olhos saltados);
Sonolência; Bócio;
Reflexos mais vagarosos; Comprometimento da capacidade de
Intolerância ao frio; tomar decisões equilibradas.
Alterações menstruais e na
potência e libido dos homens.
32
Hipotireoidismo/Hipertireoidismo.
b) Hipertireoidismo
Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um anticorpo
no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos;
Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do TSH,
hormônio produzido pela hipófise.
O diagnóstico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela hipófise e
dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide.
Níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o
hipotireoidismo. TSH baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o
hipertireoidismo.
Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é
diagnosticado e depende da avaliação das causas da doença em cada paciente.
No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do
hormônio tireoxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele
deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.
No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia
e depende das características e causas da doença. Deve começar logo e ser
prescrito principalmente na 3ª idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas,
hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose.
As principais recomendações são as seguintes:
A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio;
A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;
Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer (produzem
maior queima dos músculos do que de gordura);
Adoção de uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo
seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome
quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos;
Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contraindicada
para pacientes com hipertireoidismo;
Fumar é desaconselhável nos dois casos.
Essa questão é facilmente resolvida "por eliminação". A endoftalmia (retração do globo
ocular) não ocorre nos distúrbios da tireoide. O que há é a exoftalmia (olhos saltados) no
hipertireoidismo. Logo, o gabarito só pode ser a letra D.
gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas
podem levar a uma reativação do vírus, que, caminhando centrifugamente pelo nervo
periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do herpes zoster.
A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além
de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaléia e mal-estar. A lesão
elementar é uma vesícula sobre base eritematosa. A erupção é unilateral, raramente
ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo. Surgem de modo gradual,
levando de 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária, as
vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As
regiões mais comprometidas são a torácica (53% dos casos), cervical (20%), trigêmeo (15%)
e lombossacra (11%).
A partir dos comentários, verificamos que o gabarito é a letra D.
33
A ureia e creatina em conjunto fornecem dados sobre a função renal.
34
A dosagem do potássio sérico é um teste é útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. A monitorização
desse exame é útil no acompanhamento de pacientes em terapia com diuréticos, em nefropatias, principalmente com
insuficiência renal, na cetoacidose diabética, no manejo da hidratação parenteral e na insuficiência hepática.
COMENTÁRIOS:
Essa questão faz uma abordagem importante sobre os cuidados paliativos. Todos os
itens estão corretos. Por isso, o gabarito da questão é a letra A.
=================
Chagamos ao final de mais uma aula. Espero que tenham gostado!
A partir da análise de mais de 70 provas, constatei que aproximadamente 75% do
conteúdo de Clinica Médica se restringe à hipertensão e diabetes. Merecem destaque também
as doenças cardíacas, respiratórias e renais.
Nas próximas aulas, aprofundaremos o estudo dessa disciplina e abordaremos a
oncologia clínica.
Até mais, meus amigos!
Prof. Rômulo Passos
27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou
direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades
tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas
24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão
arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento
de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.
40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o
serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a
insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
e) hipotireoidismo.
51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.
Gabarito
1-C 11-B 21-A 31-D 41-A 51-D 61-D
2-B 12-C 22-E 32-B 42-C 52-A 62-C
3-C 13-B 23-B 33-A 43-C 53-D 63-E
4-D 14-D 24-D 34-C 44-D 54-D
5-A 15-B 25- 35-E 45-A 55-C
6-C 16-D 26-B 36-D 46-E 56-A
7-A 17-A 27-A 37-C 47-C 57-A
8-A 18-C 28-A 38-D 48-A 58-D
9-E 19-C 29-E 39-C 49-B 59-C
10-B 20-D 30-A 40-B 50-C 60-A