Você está na página 1de 75
ey le || REVISTA DE fh TTL fe DOS ALUNOS DO IST. °173-Abril-1947 fi vu | Socieoane Lrousreut Meravursica Responsabilidade Limitada (REGISTADO) see SERRALHARIAS, CALDEIRARIA, PERRARIA, Fabricado pelos mais modernos pro- Gessos e preferido para todos os tra- FUMDICOrS balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. ele Barricas de 180 Kg. ESCRITORIO Be Cc ik Rua de S. Tiago, 13 COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO LISBOA RUA DO COMERCIO, 56, 3.° Telefone 26572 Cimento TEJO FABRICA EM ALHANDRA BEUEEOEOUIIE EAR A instalagéo mais moderna do Pais. Dois fornos rota- tivos em laboracéo,—O “CIMENTO TEJO” marca pelas suas altas resisténcias ¢ regularidade, garantidas pela fiscalizagdo continua de todas as fases do fabrico, exercida por técnicos portugueses especializados. Pedidos & Compania “CIMENTO TEJO” SEDE EM LISBOA FILIAL NO NORTE RUA DA VITORIA, 88, 2.° AV. DOS ALIADOS, 20, 3.° PORTO - NUMERO 173 Abril—1947 TECNICA REVISTA OF ENGENHARIA ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Aedoego« Adminsieagio: AV. ROVISCO PAIS, IST / LISBOA-N,/TEL. 70144 (nhs 60) DIRECTOR FERNANDO MANZANARES ABECASIS ADMINISTRADOR FERNANDO JACOME DE CASTRO MIOTECARIO JOSE TELES SECRETARIO ENRIQUE ESTACIO MARQUES REDACTOR JOS# QUINTING ROGADO. NOMERO AVULSO 7850 ASSINATURAS: a, ts lh cet gs 21800 goo 7900 olain.Portog sate Esleaaglro — 4540080400 EDITOR E PROPRIETARIO ‘ASS. DOS ESTUD. DO 1.5. T, COMPOSTO E IMPRESSO JORGE FERNANDES, L.* RUA CRUZ 00S POIAIS, 103 | UsB0A, ILL SUMARIO CAPA — Grua da Sociedade A. Ramatholra, em servigo na cons trugSe do novo liceu D. Jose de Castro Pigs. sobre o Instituto Superior Técnico. beers es Pot Alfredo Bensaude « gor Transporte de liquides... .. Eng* Luis A. de Almeida Al- ves. Eee 90g Les applications de ta mecani- que des sols a Vetude des A.Mayer oes + 332 Por Fernando Franco Feiigo 347 Mundo Técnico. . ARTIGOS PUBLICADOS NESTA REVISTA SAO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, | sug tecemonts,Cnoicaios “PrOctlés dio” Sondagens geolégicas Estudo da resisténcia e permeabilidade Sociedade Anénima com séde em PARIS de terrenos; laboratério geofisico Consolidagdio ¢ impermeabilizagio de terrenos e alvenarias por meio de injecgdes de cimento, produtos qui- micos, emulséo betuminosa Shell- perm, etc. Estacas de beton armado, sistema odio sem fazer trepidar o solo Rebocos comprimidos por «cement gun» Fundagdes em tetrenos dificeis por congelacdo artificial, ou baixando o nivel da Agua friatica. Engonhelro dalegado pare Portugal Walter Weyermann P. do Municipio, 32-2..—-LISBOA. Tel. 2 8605 As melhores referéncias no pais ¢ no estrangeiro ee CARROS INDUSTRIAIS MOTORES GRUPOS MARITIMOS GERADORES MOTORES INDUSTRIAIS A GASOLINA E GASOLINA / PETROLEO goer, Série 1 cil BHP. — RPM. 2", —1800 4.',-5 — 1600 e —160°0 7 —1600 Em Armazém para entregx imediata REPRESENTANTES SIVOS PARA PORTUGAL HLM. F.HATHERLY, L.°*—Rua do Comércio, 8-Tel, 22001 EBB EXCLU- ENFIELD CABLES, CABOS GE TODOS OS TIFOS PARA COMUHICACOES EM TODAS AS FREQUEKCIAS E TRAWSPORTE DE ENERGIA FIOS COBERTOS, FIOS DE CGBRE Wu, CABO DE COBRE, ETC. SEMPRE EM STOCK SS NORTON & C.*, L.°* CALGADA DO SACRAMENTO, 28, 1.° @ TELEF. 25866 e 21649 LISBOR MAQUINAS PARA DESENHAR CHEGOU NOVA REMESSA CONTRA A HUMIDADE CONTRA O SOM CONTRA © CALOR OS 1SOLAMENTOS ANTHUMIDE PIMENTEL & CASQUILHO, L.°* Rua Eugénio dos Santos, 75 LISBOA + Tel. 24314 MMMM Ill | GENERAL @ ELECTRIC Schenectady, N. Y. Centra hidroeléctriea com 5 geradores General Eleetrie de 77.300 KW, 88 x. p.m. cada um Motores © dinamos, Alternadores. Transformadores. Aparelhos pare alta e baixe tenséo Contrais termo e hidroeléctricas, Instalagdes para melhorar o factor poténcis. Tracc&o eléctrica. Maquinas, Transformadores e Electrodos para soldadura eléctrice, Fornos eléctricos. Automo- joras eléctricas o Diesel Eléctricas. Turbinas de vopor. Aparelhos de iluminac&o. Instrumentos de medida, Condutores eléctricos. Electificacéo de {abrices. Comandos eléctricos especisis para fabricas tSxteis, fébricas de papel, otc. Maquines frigosifices, Emissores receptores pare T. §, F. Aparelhagem de Electro-Medicina, Instalacdes de Som. GENERAL @ ELECTRIC Portugueso, S.A. R. b LISBOA Rue do Norte, 5 IIA f, 28135-28136 Sfandard Electrica ASSOCIADA Da INTERNATIONAL TELEPHONE AND TELEGRAPH CORP EQUIPAMENTOS PARA TODOS 08 GENEROS DE COMUNICAG ELECTRICAS por rAdio © por circuitos metilicos. EQUIPAMENTOS DE TODAS AS POTENCIAS PARA RADIODIFUSAO, E TELEVISAO, GRANDES E PEQUENAS CENTRAIS TELEFONICAS, manunis ¢ auto mitieas, a TODO O GENERO DE APARELHAGEM MANUAL FE AUTOMATICA ae para instalagtes telefnicas telegrificas. tos = FORNOS ELECTRICOS desde pequenas potén com aquecimento por Tes correntes de radiofreqiiéncia. SISTEMAS PATENTEADOS, DE ANTENAS de alta eficiéncia. CABOS DE TODOS OS TIPOS para comunicagdes.em thdas as freqiién- cias e para transporte de energia. @ as Telefone 2 3118/2/3 Rua Augusta, 27 LISBOA | a hh Mh Para impermeabilizar terracos, paredes, fundacodes, etc. Wil CONTRA 4 HUMIDADE FABRICA EM SACAVEM TELEFONE 20879 THLEG. EPALDA—LISBOA Acessérios EM PREPARACAO para Soldadura eléctrica NOVAS TABELAS| | ber entege imociste PARA 0 CALCULO MASCARAS DO BETAO ARMADO PINGAS Pelo Eng. FERNANDOVASCO COSTA LUVAS Moitinho d’Almeida, £td EDICAO DA Rua da Prata, 71, 1.° TECNICA Telef 21077 Tipo M55 accionado manuaimente: para fundir metais de baixa fusio, como ligas de chumbo, zinco e estanho, Tipo M55 A aocionado por ar comprimido : para fundir metais de baixa fusiio, como igas de chumbo, zinco e estanho. Tipo ADCS6 acofonado manualmente: para fundir aluminio ¢ cobre © as ligas dos mesmos. FABRICANTE, Die Casting Machine Tools Ltd., Londres N. 13. REPRESENTANTE ECO TRADING, LTDA. LISBOA — Rua do Crucifixo, 50, 3° Telefones: 2 $808 @ 20155 Telegrames; ECOTRADING A, (RESISTIR A DESTRUICAO PARA PROTEGER O MOTOR © foco luminoso incide sbre a zona dos segmen- tos dum émbolo do motor Diesel. Acima desta zona reinam pressées formida- veis e temperaturas vizi- nhas de 2.000" C. A regido em corte mos- trat as caixas dos segmen- tos, pontos criticos da lubri- ficag&o dos émbolos. Ali se reunem tédas as condi- Ses para o éleo ser de- composto, reduzide a mas- sa pegajosa, capaz de prender 0s segmentos © paralizé-los. Isto pode si- gnifican perda de potén- cia—desgaste—gripagem. Tudo depende da qua- lidade do leo. Por isso, 0s técnicos especialistas da Socony-Vacuum néo des- cansam na sua tarefa de produzir dleos cada vez melhores, para reduzir co minimo os atritos e manter limpos os segmentos nas condigées de funciona- mento mais severas. LUBRIFICACAG | PACIDNAL == TECNICA FERNANDO MANZANARES ABECASIS ANO XXII-N.° 173 ABRIL 1947 NOTAS HISTORICO-PEDAGOGICAS SOBRE O INSTITUTO SUPERIOR TECNICO ror ALFREDO BENSAUDE COrgenzador do mesno latiuto¢ seu Director eade 1911 2 1920 (Continuagao) 037 TRABALHOS NAS OFICINAS Na organizagio do Instituto, atribui-se um papel importante aos trabalhos ofieinais ; por eles adquire 0 aluno uma parte essencial da sua instrugio técnica, aprendendo a conhecer a manusear as principais ferramentas com que se trabalha a madeira e os metais, desenvolvendo as faculdades de observacio ¢ adgnirindo o sentimento das coisas sio eles um complemento importante dos trabalhos de Iaboratério ¢ promovem, além disso, o vigor fisico, exereendo ao mesmo tempo nos rapazes uma salutar influéncia educativa. ‘Ao iniciar esses trabalhos no primeiro ano de existéncia do Instituto, era manifesta & mé vontade de muitos alunos. Ussa atitude provinha do preconceito, niio raro entre os primeiros alunos, de que uma pessoa de qualidade se rebaixa, trabalhando manualmente no lado de operdrios, ¢ também das dificuldades reais da tarefa para a qual no recebem geralmente a menor iniciagiio. No entanto, mesmo nesse ano, muitos dos que « princ{pio iam contrafeitos As de trabalho manual comegaram a interessar-se por ele, veneidas que foram as pr dificuldades. Hoje io as oficinas frequentadas com regularidade, envergando os alunos a blusa de operério ao lado de artifices profissionnis. A medida que n sua pericia se desen- volve vai surgindo naturalmente no seu espfrito o sentimento de respeito que devemos i eficina, origem do enorme progresso material que caracteriza a civilizagio contemporinea. Nao é raro encontré-los, fora das horas regulamentares, confeccionando um ou outro objecto para seu uso pessoal, quando tais trabalhos nfo colidem com a boa marcha das oficinas. Nao obstante a facilidade com que os alunos se habituaram As sessdes de trabalho manual, tem sido este um dos servigos mais dificeis de organizar convenientemente, nio podendo ainda hoje considerar-se completamente resolvido tal problema, TECNICA 301 Nas oficinas pedagégicas deve dominar o espirito de ordem e de economia indispen- sével nos estabelecimentos da indistria, onde a desordem conduz & desmoralizagio eS ruina. Mus nfo é fieil estabelecer a boa ordem ¢ a economia em oficinas pertencentes ac Estado ou a qualquer estabelecimento piblico, porque nflo é essa geralmente a tradiglo © prego da mao de obra costuma er elevadissimo e 0 trabalho produzide as venes apenas 0 pretexto para que o operirio receba o seu salirio. Os operarios desmoralizam-se e a off cina transforma-se insensivelmente num asilo de beneficéneia disfargado. (Os industriais conhecem tio bem tudo isto, que se reeusam adm: operérios com longa permanéneia em oficinas do Estado. ‘Ora o Instituto Superior Téenico herdou do antigo Instituto Industrial e Comercia o pessoal das oficinas, que teve de ser substituido, quase inteiramente, por pessoal jorna leiro, sujeito a ser substituido quando deixe de satistazer. Conseguiu-se, em parte, baratear a mio de obra, estabelecendo-se condigdes que s aproximavam (antes da guerra) das normais nas oficinas particulares. Uma dificuldade maior ainda foi encontrar no nosso meio pessoas peritas em traba Thos manuais, que ao mesmo tempo possuam o tino pedagégico para dirigir rapazes, cuj instrugio se niio pode fazer pelos processos ordindrios da aprendizagem de artifices. Par © aprendiz de serralheiro aprender a limar razoivelmente, por exemplo, so necessirio Varios anos de tirocinio, ao passo que o aluno do Instituto, euja instrucio cientifica absory @ imelhor do seu tempo e das suas forgas, tem de aprender, durante dois ou trés anos, er algumas horas por semana, nfo s6 8 Iimar, mas ainda as outras manipulagdes importante dee trabalhos em madeira e em metal, nflo podendo, em tio curto praao, adquirir er nenhuma delas a pericia dum artifice perfeito. ‘O Instituto tem de limitar-se a ensinar a distinguir os bons dos maus métodos 4 trabalho, a fornecer nogdes priticas sobre direegio de oficinas e dotar 0 aluno, pelo cor tacto da realidade, com a intuiglo das coitas profissionais. ‘A necessidade de experimentar a capacidade dos alunos por tentativas sucessivs explica o nio se poder ainda aceitar como definitive 0 modo como se tem ensinado os tr balhos de oficina, sobretudo no que respeita a serralharia. ‘Na carpintaria foi mais ficil achar uma formula, talver definitiva, que se aplics | seis anos com resultado bastante satisfatério. Na respectiva oficina esto instaladas v maquinas, como plainas © serras mecfinicas, méquinas de moldar, ete. Aos alunos nfo permitido trabalhar com elas por serem perigosas para os inexperientes; tomam conliee Mento do seu emprego, vendo trabalhar operdrios perites. Todo o aluno do primeiro ar do curso geral 6 porém, obrigado a construir, com ferramentas manuais, uma pranche Ge desenho e o respectivo suporte, por meio do qual se Ihe pode alterar a posi¢io em altu @ inclinac&o, Estas pranchetas so ns que se usam no Instituto para o ensino do desenh Gquase todas fabricadas pelos alunos. Cada prancheta é feita de vérias tébuas de eusquinh dheastradas nos topos, em tiras de fain ; pela parte inferior, encontram-se embebidas du réguas de fain para evitar o empeno. ‘© suporte ow eavalete ¢ formado por tiras de pitehpine, articuladas pelas comp tentes ferragens. Quando os alunos que as constrafram no queiram adquiri-las por um prego lev mente superior no do custo, servem estas pranchetas para substituir as que anualmente estragam nas sales de desenho, As restantes, em muito maior niimero, tém sido vendid fn cseritérios téonicos ou 2 outras escolas de Lisboa. A construgio da prancheta pare satisfazer cabalmente is necessidades do ensino. © objecto & bastante complicado para exigir do aluno um esforgo sitio, ¢ nito 6 t diffeil de construir que a tarefa o desanime e desmoralize, Tem ainda uma qualida importante: a da sua utilidade, que é um elemento absolutamente indispensivel, quan se trata da aprendizagem mantial de rapazes cultos. A experidncia tem mostrado qt ., geralmente TECNICA 302 aas fie te, ‘ial na- se uja ara cios re em ates em ide vas tra- sha rins wo é eci- ano neta sure aho, aha, uns ape- eve tese idas rece tio dade indo que, quando # pretexto de ensinar aos alunos, umas apés outras, as diferentes manipulagdes, estes so levados a produzir objeotos que para nada servem, eessa o interesse pelos traba- Ihos manuais; ¢ as sessdes nas oficinas transformam-se em horas de aborrecimento ou de brincadeira, sistema empregado na serralharia, depois de viirias tentativas, 6 actualmente 0 seguinte: 0 seu dirigente, um habil engenheiro mecanico ¢, 20 mesmo tempo, um excelente serralheiro, prepara desenhos de oficina com o conjunto e os detallies de uma miquina- -ferramenta, como um pequeno limador mecinico, um torno de mareba, eto, Nesses dese- hos, em escala natural, encontram-se representadas pegas pequenas, ouja fabricagio est ao aleance dos alunos, ¢ outras, mais complicadas, que s6 artitices hibeis podem construir. Logo que os alunos se orientem, 0 mais ripidamente possivel, sobre os processos gerais do trabalho de forja, de lima e de torno, pela construgio de compassos de serralheiro, esqua- dros, martelos, ete., distribui-se a cada um deles a tarefa de fabricar algumas das peg mais simples da maquina-ferramenta que se vai construir durante 0 ano lectivo. Os que as nfo fazem suficientemente perfeitas & primeira tentativa repetom-na até o conseguil Os operdrios da oficina: um torneiro, um serralheiro, um forjador e dois aprendizes, vilo, nesse meio tempo, fabricando as pegas mais complexas; e 8 miquina, que fica perten cendo A ofiina ou se vende quando nao seja necessiria, monta-se ao terminar o ano lectivo, de forma que os alunos se convencem de modo incontestivel da utilidade dos sens esfor gos, fieando a conhecer em todas as suas minticias uma miquina em cuja fabricagko cola- boraram. Sdmente os alunos engenheiros mecinicos tém sido obrigados a dois anos de frequén- cia da oficina de serralharia, construindo no segundo ano pegas de ferramenta manual, como graminhos, pequenos engenhos de furar, ete. ; desde 0 ano lectivo de 119-1920 té porém mais um ano de tirocfnio, Alguns destes rapazes adquiriram surpreendente habil dade manual em trabalhos de serralharia, construindo, fora do programa, objectos muito mais complicados, como, por exemplo, o grupo electrogéneo que figurou na iiltima expo- sigho escolar, projectado ¢ executado por dois alunos, um de miiquinas, outro de elec- trotecnia. ‘A organizagio do ensino manual importaria em despesa avultada, se tivesse funcio~ nado desde 0 primeiro ano de um modo perfeito. A falta de meios obrigou o Instituto iniciar nao sé este, mas todos os seus servigos, muito modestamente. © pessoal operiirio das oficinas 6 em determinadas horas esté ocupado com a ins- trugio dos alunos. Fora desse tempo, ¢ nas férins escolares, trabalha para produziv objec- tos vendaiveis. Deste modo se procurou que as oficinas produzissem uma recvita pelo menos igual & sua despesa, compreendendo nesta a aquisigio de matérias primas, ferramentas manuais, etc. Mas esta aspiragdo raras vezes se realizou, Quando por aeaso a receita exce~ dia a despesa, 0 saldo era aplicado & instalaglo de novas secet O ensino manual nfo ainda tio completo como deveria sé-lo, embora exceda muito © que neste sentido se tem feito no pats e até em algumas escolas estrangeiras, para alunos engenheiros. A despeito das deficiéneias, a sua utilidade & incontestivel grande parte, devido a éle que varios alunos, ao sair do Instituto, puderam imediatamente tomar a direegio de algumas das nossas oficinas metaliirgicas, Mas, no obstante os seus bons resultados, é mais que possivel, ¢ quase provivel que, em vista da carestia das matérias primas ¢ da enorme elevagio dos salirios, 0 ensino manual tenha de ser muito reduzido ou até eliminado, se o orcamento do Instituto niko for convenientemente aumentado. Eim varias ocasides se tem manifestado de modo flagrante a utilidade do nosso ensino cinal, sendo o exemplo melhor a acgio de alguns alunos por ocasio da greve dos ope- rérios da Companhia Carris de Ferro de Lishon em 19. TECNICA 303 Um grupo de rapazes do curso geral, dos cursos especiais de miquinas e de enge- nharia civil, entraram logo para o servigo da Companhia como condutores, guarda-freios, ‘encarrogados da limpeza e das pequenas reparagdes de que necessitam geralmente os earros a0 recolher do servigo. Outros, 0s do curso de méquinas prineipalmente, passaram a pri- meita noite reparando as avarias dos numerosos carros danificados pelos grevistas, conse- guindo pdr em eirculagéo todos os necessérios para restabelecer os servigos de viagdo na manha segainte, Eis os nomes dalguns desses rapazes de que me foi possivel tomar nota que ento eam alunos do Instituto: ‘Alfredo Ripamonte Dantas, falecido, era engenheiro de méquinas da Companhia Unido Metalirgica; Joao Carlos Adritio de Sequeira, Augusto Rebelo de Andrade, Fran- ciseo Mendia, todos trés actualmente na mesma Companhia, o primeiro como seu director téenico. ‘Augusto Cancela de Abreu, s6cio dum escritério téonieo em Lisboa. Boaventura de Almeida Belo, engenheiro civil ao servigo da casa C. Santos, Limi- tada, de Lisboa, etc., ete. ‘A grove terminou logo no terceiro ou quarto dia porque o pessoal da Companhia reconhecen que os seus servigos nao eram indispensiveis. A direogao da Companhia Carris de Ferro mandou agradecer ao Instituto, por nosso intermédio, 08 bons servigos prestados pelos sens alunos nesta conjuntura, 0 tirocinio pratico nio se limita porém 4 frequéncia de laboratérios ¢ oficinas ; pelo contririo, prepara os alunos para tirarem 0 melhor partido das missdes de vero. Todo o aluno é obrigado, desde o primeiro ano da especialidade, a tirocinar pelo menos um més, nas férias grandes, em um estabeleoimento técnico, recomendado pela comissio pedags- gica do seu curso. ‘Durante a permanéneia na escola, os alunos visitam tudo quanto no pafs ¢ digno de ver-se e se relaciona com as suas especialidades, acompanhados por professores ow assis- tentes, Em alguns casos empreenderam excursdes on tiroeinios demorados para além das nossas fronteiras; alguns fizeram viagens de estudo a Espanha; um visitou os Estados Unidos e outro a Alemanha. ‘Terminado 0 tiroefnio, o aluno apresenta ao Instituto um relatério em que descreve © resultado do seu estudo. ‘As excursdes para longe de Lisboa pesariam excessivamente sobre o orgamento da escola, que paga os transportes e As vezes subsidios aos alunos pobres com bom aprovei~ tamento, sem a disposigio que, para essa despesa, erin uma receita. Todos os alunos tém de prestar durante o ano varias provas em cada cadeira; a falta a uma dessas provas importa a perda de ano, excepto se 0 aluno, que deixou de apresentar-se, se habilita para exame extraordinério, que se Ihe faculta uma tiniea vez para cada uma das faltas aos exa- mes ordinarios. A habilitagio consiste em comprar na seoretaria wma senha, em face da qual o professor o examina extraordinriamente. A senha de exame extraordinério ousta 2350; e a verba que, por este meio, se acumula tem equilibrado mais ou menos as despe- gas de tirocinios ¢ excursdes dos alunos com bom aproveitamento. Como é natural, a maio- ria dos que faltam aos exames ordindrios sio os menos aplicados ; resulta pois da combi- nagio serem os negligentes que, indirectamente, pagam, ou ajudam a pagar, as viagens de instrugio e os tirocinios dos seus colegas mais estudiosos. Esta disposigdo tem também a grande vantagem de tornar intitil o atestado médico para justificar faltas, As vezes arigem de abusos. (Continua) TECNICA 304 aia ris los elo 00 ves, de sis- das dos eve TRANSPORTE DE LIQUIDOS PELO ENG. QuIMico-iNDUsTRIAL LUIS A, DE ALMEIDA ALVES (Conelusdo) He PARTE MOVIMENTO DE LIQUIDOS UTILIZANDO UMA ENERGIA EXTERIOR © problema do transporte de liqnidos pode resolver-se aplicando quer 08 prinef- pios da hidrostatien quer da hidrodinimica, CAPITULO I TRANSPORTE DE LIQUIDOS UTILIZANDO OS PRINCIPIOS DA HIDROSTATICA Pode eriar-se uma depressio na canaliza- gflo de transporte, ou uma compressio sobre Ifquido. a) Transporte de liiguidos por depressio 1 0 enso das bombas de varingio de vo- ]ume, as quais podem ser de movimento alternativo ou rotativas. 1) Bombas de movimento alternativo A— Teoria A variagio de volume consegue-se pelo movimento de um émbolo conjugado com Aasiatante do 1. £1, D639 duas valvulas de retengto. Como se sabe, estas bombas classifieam-se em aspirantes, prementes e aspirantes-prementes (fig. 38), Sob o ponto de vista téenico, intoressn conhecer a poténcia consumida no funcio- namento da bomba e as di nensdes desta, I— Poténcia consumida Sendo F a forca total exereida e U a velocidade com que se desloea 0 de aplicagio, a poténeia N, serd A forga F 6 0 prodnto da presto total exereida sobre o émbolo, pela superficie do émbolo: F=98 sendo F a diferenga entre as presses nas duas faces do émbolo: P=p—m Portanto ya oP) Mas, como se sabe, su=@, TECNICA 305 logo cy Os valores de p, € pp variam com os tipos de bombas. — Bomba aspirante O trabalho wtil corresponde ao pereurso ascendente do émbolo. Representando por p, a pressiio atmos- fériea, seré (ver hidrostitien) pap tra pep Logo pope 7ata)=7H yo 7et 1b —Bomba premente 0 trabalho 1itil corresponde ao pereurso descendente do émbolo. p—p=7@—a)=7H- Portanto sendo p a pressiio a que o liquido é en- viado. 7 Bomba aspirante-premente Quando 0 émbolo sobe, a bomba trabalha como aspirante e quando desce, como pre- mente, 1— Pereurso ascendente (0) Como se sabe a altura mixima tebriea de aspiragio do 109,38, Na praca, essa altura tem o valor de 5 a6 i motto, em TECNICA 906 Portanto MP 1 0 trabalho total na ascengto seri yS@utode B ata aw EES 2— Pereurso descendente m= Pty? p= Pe e papaya O trabalho total na deseida seré maf 'y8a at (at—aw)= 2 WS weal) @i— ry) BERRI trabalho total seré auta=Bend2uenySell Portanto, a poténcia seré ySHU _ 7Qil iD N Como se vé, 08 valores teéricos da potén- cia siio os mesmos qualquer que seja o tipo de bomba. Os valores praticos dependem do rendimento % da bomba, Este rendimento € 0 produto do rendimento hidritulico % Hl (sendo %, ip om que Hp represents a alinra equivalente is perdas de carga not tubos e na bomba) pelo rendimento meet nico %, , 0 seja e, portanto, oe elt potén- © tipo lem do imento ico %, cesenta, sga nos meet Os valores de variam entre 0,5 a 0,9, sondo os valores mais elevados correspon- dentes is hombas de maiores dimensdes © maiores alturas (ou, o que é 0 mesmo, a maiores presstes). 11 — Dimensdes das bombas As dimensdes variam conforme a bomba 6 de simples ou duplo efeito. x— Bombas de simples efeito © volume transportado por cada movi- mento completo & em que , representa o rendimento volu- métrieo que é a relagio entre o volume de liquido transportado ¢ o volume do émbolo, Sendo no ntimero de rotagées por mi- nuto da manivela qe aciona o émbolo, o volume transportado por segundo seré a@ oon e Q Mas Portanto [FQ ion aes £—Bombas de duplo efeito Neste caso a O valor de n, varia entre 0,8 e 0,9 sendo tanto maior quanto mais perfeito for o estado de fancionamento da bomba. © valor de U 6 variével como veremos. ‘dtica I— Tipos usuais As bombas geralmente usadas sito de sim- ples ou de duplo efeito (preferivelmente de duplo efeito) ¢ podem ter um, dois ou trés émbolos (simplex, duplex e triplex), Apre- sentam-se sob trés formas princips Bomba de émbolo normal (piston pump) (fig. 89) () I uma bomba aspirante-premente de duplo efeito. Fig. 39 As vilvulas Ayo A eB, e B, as de compr Valores usuais para estas bombas P <18 kglem? (equivalente a square inch ou, abreviadamente, 260 psi) U == 20 em/seg a 45 em/sog ¢ =1d ema dj em Q=1 litrojseg a 40 litros/seg 200 pounds per Em geral a velocidade U ¢ o comprimento do émbolo ¢ so tanto maiores quanto maior € 0 caudal (?. — Bomba de énbolo merguihante (plan ger pump) (fig. 40) Este tipo difere do anterior porque o émbolo tem um comprimento igual ao do €) Voltamos a notar que os desenbos aprosentados sio exquométicos. €) Para dados priicas solire todos 08 tipos de bom- bas, ver, por exeinplo, ‘de J. Perey © W. Caleote saical Engiacers’Handbook TECNICA 307 corpo de bomba e, por isso, os segmentos de vedagiio podem estar sobre o corpo de bomba em ver de estarem sobre o émbolo. # também aspirante— premente de duplo efeito ¢ os valores usuais sfio os seguintes: p= 14 kgfom? a 200 kg/em* (200 psi a 3000 ps) U=25 emjsog a 35 em/sog c=Semaldem Q = 0,15 litros/seg a 15 litros/sog. 8— Bomba de diafragma (Bg. 41) E uma bomba aspirante de simples efeito em que a variagio de volume se obtém por meio de um diafragma que, em geral, é de Bubolo Diafragina, Fig. At borracha, Tem a vantagem de ter o émbolo isolado do liquido, vantagem que, hoj tem grande importineia devido ’ facilidade de obter ligas resistentes & corrosiio, ()) Posiem atingir 10.000 psi (100 kyg/em*) TECNICA 308 Valores usuais: p< 7 kglem? (100 psi) U =25 em/seg a 80 om/seg c =9ema 15 em Q A altura maxima de aspiragio é de cerea de 5 m. ,0025 litros/seg a 1 litro/seg II — Sistema motor © émbolo pode ser accionado por um sistema de biela ¢ manivela ou montado no eixo de um émbolo de um cilindro a vapor c rigidamente ligado a ele (fig. 42)_(!) (|B 7] Cilindro da bomba Cilindro de vapor m Fig. 42 No 1.° easo, a poténcia do motor cal- cula-se pela formula jé indieada -22@v 0) 7a No segundo enso, a poténcia calcula-se por esta formula mas 6 necessirio determi- nar a seegio do eilindro do vapor e o con- sumo de vapor. O difmetro do cilindro de vapor 6 em geral ceren de 1,5 veres superior ao do cilindro da bomba a fim de compensar as perdas de energia mecAnica e conseguir assim obter, na bomba, a mesma pressfio do vapor. © consumo de vapor C por eavalo-hora 6 dado, como ge sabe, pela expressiio GH tG, em que C, representa o consumo titil, C, 0 consumo devido iis perdas de vapor por (0) Nesto eaco é costume dar i bomba © nome de sburrinhio» on de Worthington (da casa construtora Worthington Pomp and Machinery Corp. Harrisson W. 1). ) Sea bomba é manual, admito-so N=0,15 CV rea ino por U omha cal- por we de VL). arrefecimento e C, 0 consumo devido d perda intersticial, Como se sabe, também, o valor de C, & dado em funefo de valores que se determi- ham no diagrama dinimico do eilindr Como, em geral, nio hé possibilidade de tor esse diagrama podem tomar-se para C, valores médios, aproximados, que variam entre 10 kg/CVH e 30 kg/CVH sendo os valores menores correspondentes &s maiores poténeias e As maiores pressdes. O valor de ©, é dado pela expresso Amie 7 para méquinas monocilindricas para bicilindricas, U a velocidade do émbolo e 3 um coeficiente que varia com jp 1 Como se mostra no quadro V. QUADRO V T gs | 4 I ot) oat | 10 [108 at O valor de C, é dado pela expressiio. em que U é a velocidade do émbolo em metros por segundo e N a poténeia em C. V. Se a miquina 6 bieilindriea 0 valor de ©, éignal a 0,8 do valor achado, 2) Bombas rotativas A varingio de volume é obtida por ele- mentos rotativos que podem mover-se em torno de um ou dois eixos. Em qualquer dos casos, a parte mével tom de estar em con- () © representa o percurso do émbolo e Do didmetro (@) Rigorosamonte N doverd ser a poténcia indica mas 0 erro que se introduz considerando N, & despreatvel ‘om face da incerteza no valor de Cy tacto, em alguns dos seus pontos, com a parede da bomba e, por isso, estas bombas niio se podem empregar para liquidos com particulas em suspensio; em geral, empre- gam-se para H{quidos viseosos e, preferivel- mente, com propriedades lubrificantes (éleos vegetais, deidos gordos, colas, xaropes, solu- ges concentradas, ete.) ("), I—Bombas com um eivo de rotagao O tipo destas bombas éa bomba Kinney (fig. 43) que se usa para liquidos muito viscosos. = Yeio motor Fig. 3 O funcionamento compreonde-se pelo exame da figura em que se vé o movimento do excéntrico, A expressiio da poténcia ser, como para as bombas de émbolo, v= 22 @y) (220,75 0 0,85) A. determinagio das dimonsdes fax-se como no easo das ombas de émbolo, excepto no que se refere ao volume, Sendo D o diametro do corpo de bomba, @ 0 do exeéntrico © 1a largura da bomba o ‘volume de Hquido transportado por rotagio seré = (Dt ( Também se podem empengar, para Hiquidos pouco viseosos, como por exemple, ter « sulfureto de carbono. TECNICA 309 dy. 60 Aparecem 3 inedgnitas D, de L entre as quais 6 preciso estabelecer duas relagdes. Fazendo ED serd ou O trabalho destas bombas é mais regular se houver dois excéntricos desfasndos de 180°, montados no mesmo veio e neste caso, serd B82 me (L Em geral, tye 0,9 ; §~O,7 © t= 06. O miimero de rotagdes varia entre 150 6 300 r. p. m. sendo tanto menor quanto maior for a viscosidade do iquido. ‘A pressio obtida varia entre 0,3 kg/em* ¢ 6 kgjom? (4 psi a 85 psi). IL — Bombas com dois eivos de rotagto 1."—Bombas de carretos (fig. 44) Um dos carretos recebe 0 movimento do motor e transmite-o ao outro, as engrena- gens podem ser planas, mas, modernamente, silo em dente de espinha. As chumaceiras podem ser interiores ou exteriores conforme o Ifquido tiver, ou nfo, propriedades Iubrificantes. Como anteriormente, Sendo v, 0 volume de eada reentréneia dos denies e n, 0 ntimero de dentes de cada carreto, 0 volume transportado por rotagio sord va2ny Em primeira aproximagio, pode supor-se que a altura dos dentes 6 metade do raio do carreto © que a secgio das reentrincias 1,5 vezes superior A das saliéncins, Repre- sentando por 1a largura da bomba e por D © diimetro do carreto, seré Fazendo, seri Sendo n o nilmero de rotagdes por minuto, 2% D? 16 ou 85Q Em geral, x, varia entre 0,9 e 0,95; ¢ pode fazer-se igual a 0,75 en varia com a viseosidade ¢ com o caudal. gio tse do wi wre rD tuto, 95; ma Assim, para viseosidades cineméticas dy 100 centistokes n varia entre 850 e 1150 r. p. m.; para viscosidades cinemiti cas de 400 ‘centistokes, n varia entre $20 r. p.m. para Q—=200 litros’seg e 1400 r. p.m, para Q—4 litros/seg; para viseosidades superiores e até 100.000 cen- {istokes, a velocidade diminui gradnalmente. Valores usuais: p= T kgle kgjem* (50 psi a 300 psi) Qe 0,8 litros /seg a 200 litros /seg. 2— Bombas cicloidais Constituem um caso particular do tipo anterior em que o niimero de dentes é igual a dois (fig. 45) e tem o nome de bombas do tipo Roots-Connersville, © nome de bomba cicloidal provém do facto da engrenagem ser cicloidal(?); a de- signagiio nao é correcta porque, nas restan- tes bombas de earreto, as engrenagens tam- bém podem ser cicloidais. A poténcia seré, (7 =0,75 a 0,85) © volume deslocado por rotagio e por vitor 6 aproximadamente duplo do volume die cada rétor. Sendo D o diametro de cada () Meciaiea Racional—Engronagens. motade da bomba, o volume destooade por rotagiio serd, aproximadamente, 2 aD i sendo Portanto (% = 0,75) Os valores usuais de Q sto anilogos aos das bombas de carreto e os de p aos das bombas de excéntrico. b) Transporte de liquids por compressiio 0 liquido a transportar esté contido num recipiente com trés canalizacdes. Por uma, entra o Hqnido, por outra, ar comprimido e pela terceira sai o Ifquido (fig. 46). 0 funcionamento ¢ intermitente visto que a entrada de Nquido fazse quando o ar Saida de liquide Entrada de liquide = Entrada de ar esté fechado ¢ a admissiio de ar s6 se ofec: tua depois de fechada a vélvula de entrada do Iiquido, Este sistema utilizava-se muito para dei dos e tinha, em geral, a forma de ovo; por isso tinha 0 nome de «ovo de deido» (noid TREMIGA, ay egg), designagiio a que é preferivel a de s«monta-Acidos». (') Quando o liquido ¢ inflamével, pode ar-se azoto ou anidrido carbénico em vez dea Valores usuais: Este sistema é pouco usado por ser inter- mitente (com um niimero de paragens de cerea de 10 por hora) ¢ ter um rendimento muito baixo (referido & energia consumida no compressor do ar). CAPITULO It TRANSPORTE DE LIQUIDOS UTILIZANDO, OS PRINCIPIOS DA HIDRODINAMICA O problema consiste em obter uma varin- gio de pressio actuando nos termos V? ou U da equagio de energia Lye U4 2 —eonstants é Outro processo consiste em provocar um arrastamento do liquido por ar comprimido. a) Transporte de Ugquidos criando um potencial U A— Teoria 1) Equagto fundamental das bombas centrifugas (°) Se uma partfeula Nquida de massa igual a unidade tiver um movimento circular sobre uma cireunferéncia de raio r, estard submetida a uma forca centrifuga que, como se sabe (3), 6 F=o'r , sendo © a velocidade angular. (1) 0 monta-dcides & deserito em Quimica Taenaligies () Esto assuato 6 estudado no actual curso de Magu nas} no eatanto expOmo-lo porque nos cursos anteriores, nll fazia parte do programa. (@) Mecdniea Racional—Cinematiea (movimento eir- cult). TECNICA a2 Como se sabe ('), também, quando uma forea 6 6 funcho da distineia, é conserva- tiva, e, portanto, existe um poteneial U que seré ow © potencial que se eria é, portanto, devido & fora centrifuga e, por isso, as bombas que utilizam este potencial deno- minam-se bombas centrifugas. A forga centrifuga obtém-se por meio de um rétor com pis que pode ser fechado ou aberto conforme as pis estio compreendi- das entre dois discos ou no. Na figura 47, estd representado um desenho esquemitico de um rotor fechado, cujos cortes longitu- dinal e transversal sio os que se podem ver em livros sobre bombas. Consideremos, entio, a seegfo transversal do rétor (fig. 48). Suponhamos que o Kquido entra nas pis com uma velocidade absoluta V, e sai com uma velocidade Vz. Estas yeloci- dades podem decompor-se nas velocidades relativas W, eW ¢ nas de transporte v, € v2. ot A aegio do potencial ~™ determina a velocidade W em relagito & pa e, portanto, a equacio do movimento sera () Mecinica Racional — Trabalho. uma que tanto, s0, as deno- io de do ow eondi- ra 47, nitico ngitu- om ver sversal as pis © sai veloci- idades nev. nina a rtanto, Big a7 O que interessa, na priitiea, 6 exprimir esta igualdade em fungio da altura de ele- vacio. Para isso, considere-se a bomba colocada num determinado ponto (fig. 49). Admitindo que a velocidade do Kiquido no nivel inferior é nula, e, atendendo a que fa pressiio, nesse nfvel é igual 2 pressiio atinosfériea p,, 0 teorema de Bernoulli, apli- cado & elevagio até b bomba, dard Pee Bs St 7 25 visto que V, 6 velocidade absoluta & en- trada nas pila Portanto tn oH Q) Por ontro lado, admitindo, também que a velocidade no recipiente de chegada é mula © que a pressiio neste recipiente ¢ também igual A pressio atmosfirica, p,, 0 teorema de Bernoulli, aplicado no porcurso desde a bomba até ao nfvel superior ser 7% Substituindo este valor de!!! em (1), ter-se-d, finalmente, (1) Desta oxpressio ui que OBL Boh, e, portante by <2" (hy)man =? (mes = 10°58, valor quo ua price, 6 roluxide para TECNICA 313. 1g —vity) — 2 We — We) = 1 =H+ 5- (rvs) ©, portanto ur Selo we) + (WE =V8)— OVE WH] que 6 a equagio fundamental das bombes centrifugas. Hi vantagem em transformar esta expres- sho, a partir das relngdes geométricas dos paralelogramos das velocidades (fig. 48). We = vi ¢VF —2.Vi vi cos a Wet = va? ¢ Vet? — 2Va vo c08 an, ¢, portanto, ve) + (V8 —Ve) — = (WP FVE—2 V1 va c08 a — ve Vit + $2V2 vs 008 3)] = Eves con ay Vs 4 08 a) Hm geral, o Kquido entra na bomba, radial- mente, @, por isso, —=90° © cos y= 0. Portanto| sendo 2.=8° a 15° e 6) = 15" a 50°, como se indica na fig. 48, Mas como V; ¢0s 22 6 a componente tangencial de V,, Vay serd veVar H O raciocinio feito admite que as parti- culas Ifquidas acompanham as pis em todos 08 pontos do movimento, mas, 6 evidente que isto s6 € rigorosamente verdadeiro se 0 niimero de pis for infinito; por isso, 0 valor de H tem de ser afectado de um coeficiente k que varia entre 0,5 ¢ 0,85, como se veri. Por outro lado, como acontecia com as bombas de émbolo ha que introduair o ren- dimento hidrénlico n, que, como vimos, varia entre 0,7 ¢ 0,9. A altura real de elevagio ser4, portanto, va Vas TEENICA aa vin seré, como ante- 7Qu A poténeia neces riormente, sendo >< m3 € em que r@—=0,85 a 0,95, como no caso das bombas do émbolo. 2) Tipos de bombas contrifugas Classificam-se pelo modo como se efectua © pereurso do quid depois de sair do rotor, em dois grupos principsis: Bombas de voluta e de turbina, I— Bombas de voluta O Hquido que sai do rétor entra num canal de secgao circular a qual vai aumentando até A canalizagho de safda (fig. 50). Fig. £0 Estas bombas tém um rendimento baixo, devido A brasca mndanga de direegio da velocidade, & saida do rotor. Os valores de k sto dados no quadro VL @QuADRO VI ec 0,63. | IL— Bombas de turbina Para tornar a mudanga de direcgao da velocidade mais gradual existe entre 0 rétor 0 canal um anel difusor com pas (fig: 51). nte- caso anal ando aixo, o da 2VI io da rétor 51). Vistas bombas permitem obter pressies alts com bom rendimeato, associando Yiitlos r6tors em série sobre 0 mesmo veio (hombas de vitrios andares). Quando hé necessidade de criar presses eleyadas © nilo se dispde de uma bomba de mais de um andar podem ligar-se virias bombas em série, F 5 Os valores de k so dados no quadro VII. QUADRO VII Quer no caso de bombas de voluta quer de turbina, a aspiragio pode efectuar-se por um lado ow pelos dois Indos do rétor (bom- bas de simples e de dupla aspiragiio). 8) Tracado das pas I—Pés do rétor Em geral, as pas sao cilindricas de direc- triz circular ('), Hit varios tragados dos quais spresentamos um, aplicado a um oxemplo (fig. 52). Seja 200 em; dy=40 cm; f1=20" © Por um ponto P da extremidade de um () Podom também ser helicoidais, mas ndlo nos ceupa- hos deste eas0 por ser muito especializado, difmetro traga-se a recta PQ fasendo um Angulo (2 com esse didmetro e pelo centro O uma recta OR fazendo como mesmo ditme- tro am Angulo f1 +22 mas para o outro lado. ‘Traga-se a recta PR até encontrar P cirounferéneia interior no ponto T’ e, pelo meio do segmento PT levanta-se uma perpen- dicular a PR até encontrar PQ. Com centro em Q traca-se 0 arco PT que éa directrix da pa. Tragando uma cireunferéneia com centro em Oe raio 0G, obtém-se o Ingar geo- miétrigo dos centros das pis; dividindo esta cireunferéncia num certo niimero de partes ignais a partir de Q, obtém-se os diferentes centros. A chaps das pis tem uma certa espessura mas deve afilar-se nas pontas, I — Pés do anel difusor Como vimos (fig. 48), a velocidade de saida Vz faz um fingulo 2, com a direce tangencial; por isso, tedricamente, as pas do anel devem ser orientadas de modo que a tangente, A entrada, faga um fingulo 2 io tangencial (fig. 53). ica, porém, atendendo a que o mimero de pis nao 6 infinito, a velocidade V; 4 saida nfo tem a direcgio indicada TECNICA 315 a mas faz com vy; um Angulo superior a 2. que ser4 a’, mantendo-se constante a velocidade normal V;, 0 novo Angulo 2’, seré dado pela expressiio Vou tg! eae Ve mas, como se vin, a altura de elevagio ¢ Pig. 58 Atendendo a que 0 coeficiente k repre- senta a correcgio devida ao mimero limitado de pis, pode fazer-se kV = Wn + Logo Ve a KVn RVecosas tg a's ‘A forma das piis 6'a de uma evolvente de recta(!) em que a base tem um ditmetro d! a= dy sen a's Na fig. 54, faz-se um tragado com os dados da fig. 52 e com mais os seguintes elementos : 10°; 0,7 ; n= 1.450 r. p.m Portanto, Vy == 1020 em sog~1; Va= oe 3040 ern sey! tg 10” 1 tgerat8 ° BEI Oe 14° 10) Finalmente 40 om ><0,202 = 8,08 em. As pis devem ser afiladas, como no caso do rétor ¢ devem ficar a uma certa distin cin da cirounferéneia de raio ry ('). 4) Determinagao das dimensdes Consideremos ® seegio longitudinal do rotor indieado na fig. 47 (fig. 55). Como a yelocidade & safda do rétor & superior & da Fig. 54 entrada, esta scoglio nfo tem légiea, ¢ po eso, usa-se a da figura 55b (). Em primeiro lugar, fixam-se os valore dene de V,. (). A pritica mostra quo os extremos das pis do rétt também devem ter a forma do evelvente, o que éu pormenor que nie nos interessa muito, visto estarmos festudar o problema em linhas gerais. @) Nesta figura d, od sto iguais, mas podiam s Auferentes. 410 Bem. > caso istin- al do omo a e SZ ay e por valores is do rétor starmos 3 Pim geral, estas bombas esto acopladas (irectamente aos motores e, como quase sompre, se utilizam motores eléetricos trifi- sigos de 50 periodos, as velocidades usuais slo de 950,1450 on 2900 x. p. m. ('). © movimento é obtido por transmissio por eorreia (caso pouco vulgar), n pode ter valores diferentes (°), A velocidade V, deve variar entre 2 m/seg © 4 mjseg. A velocidade de entrada na bomba, V,, faz-se, aproximadamente, ignal a, Il — Didmetras d, 6 No exemplo que estamos a considerar, d,=4,, mas, por razdes de construgio 4, pode ser diferente de d,. Neste easo, toma- =se o valor de d; do desenho. O didmetro d, é dp=1,2 d, a 2 d, para bombas de baixa pressio (P<3 ke 5 psi) 1,5 d, a 2,5 d, para bombas de alta pressio (p>3 kgjem? on p>45 psi) Vig. 55 I—Diimetro de entrada dy Jomo a seecio de entrada é reduzida da gio do veio e do cubo, a drea titil é igual A Grea total afectada de um coeficiente c, que varia entre 0,7 ¢ 0,9, tomando-se 0,85 para bombas de simples entrada e de um andar e 0,7 para as de mais de um andar. Por outro Indo, hé sempre uma certa perda de liquido & entrada e, por isso, é preciso fazer o céleulo para um caudal supe- rior @ Q que se obtém introduzindo um cooficiente ¢, que varia entre 1,03 ¢ 1,1. Portanto, Motores de et turbinas de vapor, n po Blectrotecnia Quando se empregai Jie 5000 r. psn. III — Velocidades Com os valores de n, d; © d;, ¢ com os valores usuais dos Angulos, tragam-se os polfgonos das velocidades ¢ determinam-se estas grhficamente, IV —Larguras titeis a, a, ¢ a3 As fireas de passagem do liquido nos pontos A,, Aye A; sko superficies eilfndric cujas dreas sfio, respectivamente, dy ay ds ag Estas dreas tm de ser afectadas de eoe- ficientes correctivos devido 4 espessura das pis os quais serfo tanto maiores quanto maior for 0 mimero de pas © a sua espes- sura. Tecnica ay ii 0 caudal Q ter também, de ser ajudado de um coeficiente corrective k devido is perdas de Iiquido, 0 qual tem o valor apro- ximado de x! 1,05. a—Valor de a, Ter-se-& Portanto 0,85 2 0,95) p— Valor de as Sera dy ag. ke Vas = k'Q e KQ ke da Van (ks = 0,95 a 1) Como jii se vin, Van = V2 sone, e determina-se a partir do paralelogramo das velocidades. 7—Valor de a; Em geral, a, excede a, em 1 ou 2 mm. V— Fivagao do ndmoro de pas 6 das suas dimensdes ntimero de pis oscila entre 4 ¢ 12 0.0 sua espessura entre 4a 11 mm (para ferro fandido) e 8 a 6 mm (para bronze), corres- pondendo os maiores valores aos maiores difimetros. O mimero de pis do anel difusor varia entre 6 ¢ 12 e convém que o seu niimero seja diferente do das pis do rétor, TECNICA 318 VI— Dimensdes do veio ¢ do cubo © veio tem de ser caleulado para um momento de torso devido & poténeia N, que, como jé vimos, & 70H ibn N Como se sabe (!) a formula de resis a torsiio é O=M—, Ip sendo w= 715.2 kgm = 71620 Xigem , a T= e Portanto, e e 365.000 N nd oa 363.000 N 20 ‘A fadiga admissivel usada é @ = 120 kg/em? e, portanto > on / d=\/3,000 X= 144) /* 8.00 Vo 0 difimetro do eubo D pode tomar-se D=15da2d VII — Valor méaimo do nitimero de rota ies Como se sabe(?), a velocidade de rotags do veio ndo pode exceder a velocidade er ()) Resistincia de Materiais — Torso. () Méquinas— Velocidade critica, acia se rota- otag: le erf- tica. O niimero eritico de rotagdes ¢ dado pela expressiio n, = 800 Ve sendo P 0 peso do rétor, z= 1 e ya flecha produzida por uma carga uniformemente distribuida igual 4 unidade, ou seja Portanto em que E = 2,100,000 kg/em? , 10 comprimento do veio, que se determina no desenho do rétor, feito com os valores jé achados. Opeso P determina-se a partir das dimen- sbes do rétor. Na pritiea nunca se deve exceder um valor igual a metade de n,. B— Pritica As bombas centrifugas utilizam-se para baixas pressdes (inferiores a 1,5 kgjem? ou 20 psi), para médias pressdes (de 1,5 a 4 kg/em® ou 20 a 55 psi) ¢ altas presses (superiores a 4 kg/em? on 55 psi). Em geral, as bombas de um andar, em- pregami-se para presses que niio excedam 2 kg/em? ¢ as suas capacidades variam entre 0,7 litros/seg © 350 litros/seg. Comparadas com as bombas de émbolo, apresentam as vantagens ¢ inconvenientes qne se indi Enviam o Ifquido a uma pressito uniforme sem choques; podem ser ligadas directa- mente ao motor sem transmissio nenhuma; podem transportar Iiquidos com sélidos em suspensio; podem ser construfdas em diver- () Resistineia de Materiais—PI 808 materials resistentes A corrosiio © as reparagies sho mais répidas do que nas bombas de émbolo, 2— Inconveniontes Nio podem ser utilizadas para. grandon pressdes; siio mais caras, em igualdade do idade e de rendimento; o rendimento é varidvel com o caudal ¢ necessitain de ser ferradas, quando hi uma altura de aspira gio, No que se refere iis indiistrias quimicas, s6 € de considerar o primeiro dos incony nientes, porque, quando é necessirio ating presses muito clevadas, tem de se utilizar bombas de émbolo. ‘As desvantagens do rendimento ¢ da ne~ cessidade de serem ferradas nfo se reflectem de um modo importante, na indiistria qui mica, pelos seguintes motivos : I—Rendimento As bombas constituem pontos vitais nas indistrias quimicas e a qualidade que se The tem de exigir principalmente & que ndo parem e niio interrompam a fabrieagio. Por isso, usam-se, em geral, bombas com capacidade superior 4 necessérin e com rétor aberto o que ‘fax diminuir o rendi- mento, mas & custa de uma maior regula- ridade de funcionamento ('). I— Ferva (priming) Se houver uma canalizagio de aspiragio, a bomba nfo pode comegar a fancionar enquanto essa canalizagio nfo estiver chein de liquide. Por isso, hi necessidade de ferrar a bomba para o que a canalizagio tem de ter, no nivel inferior, uma valvula de retengio, ou ter adaptado um aparelho de véeuo que erie uma depressio na cana- lizagio. Ha certos tipos de bombas que ferram automaticamente (self-priming) das quais, 0 tipo mais conheoido é 0 da bomba La Bour cuja descrig&o se pode ver em alguns livros sobre bombas, como por exemplo, em «Chemical Machinery» de Raymond Riegel, edigio de 1944, pg. 125 © 126, () Choga-se a trabalhar com rendimento de 104 TEEHICA ae b) Pransportedelfquidos variando a velo- cidade V. ‘Obtém-se como ejector ou trompa (fig. 56). flaido ausxiliar 6 obrigado a passar por uma tabuladura de Venturi que existe na ‘Pubuladara de Ventari Finido parte central do ejector e portanto a sua yelocidade U, no ponto A seré aumentada para Us no ponto B, de tal modo que Sa Un Sp Us + Aplicando a equagio de Bernoulli nos pontos A e B ter-se-4 ou Como > 1 conclui- Sp portanto cria-se em B uma depressio que aumenta com U, a qual obriga o liquide a transportar, a atravessar a tubuladura de Venturi. 0 fluido auxiliar em geral, é vapor cuja pressfio varia entre 1,5 kg/em? (20 psi) a 13 kg/em? (200 psi). Esse sistema, para liquidos, s6 se usa, prhticamente, para transporte entre tanques TECNICA 320 eujo desnivel seja pequeno, porque a altura méxima de elevagio que se consegue é de 5m, orendimento é muito baixo (1% a 2°) e, além disso, 0 fluido @ transportar sai misturado com 0 finido auxiliar. ¢) Transporte por arrastamento com ar comprimido (') 0 liquido & transportado fazendo-o atra vessar por uma corrente de ar comprimido eujas bolhas provocam, por um Indo, um arrastamento por atrito na sua ascengio ao longo do tubo e, por outro lado, dimi- nuem a densidade aparente do liquide. aparelho que efectua o transporte deste modo tem o nome de emulsor (air lift) (). ‘Ar comprimido | Pig. oT E dificil traduzir matemiticamente, de uma maneira precisa o funeionamento do cemulsor; por isso, utiliza-se uma formula empirica da «Ingersoll-Rand Company», que dio volume de ar expresso em metros ctibicos, necessirio para elevar um metro cxibico de agua: (0 fluido ausiliar pode ser compreensivel (vapor) e, estas coniligbes, esta equagXo no ¢ aplicivel sob esta forma, como veremos no transporte de gases. No entanto, cesset acto ndo altera, sensivelmente, o raviocinio feito {@) O emulsor & daserito em Quimica Teenoligica. mm ar te, de nto do srmula », que metros metro vapor) © sob esta wondo H, a altura de elevacio em metros oH, a altura de submergéncia. © coeficiente C, tem os valores do quadro VIII ('). QUADRO VIII He om mete a a8 18 a 60 60 a 150 200 Se em vez de agua se tratar de outro liquido, podem multiplicar-se as alturas H, eH, pola densidade do Nquido em relagio & Agua. ‘A relagio i A. + He varia éntve 0,66 para H,—6" e 0,41. para H,= 150". "A pressilo do ar deve ser 14 = 0,08 5 kgfem* sendo p, a pressio atmosférica expressa em kg'cm ( ‘A poténein seré 7QH ibn e 0 rendimento referido ao compressor & oT, sendo menor no inicio do fancionamento () Bm wnidades am: em pes edbieos, para slevar um gato de jeanas, © volume de ar, expresso Os valores de C so 08 do quadro VIL {@) No inicio do funcionamento, a pressio do ar tem lip ser maior © equivalento a uma coluns de liquido de iltura igual 4 distincia entre o nivel da superficie livre 9 orffeio de entrada do ar. Valores usuais H, = 3" a 200" Q=068 Yseg a 60 Iso. Dismetro do tubo do liquido= 1 a 6) Diaimetro do pogo = 8’ 10 Difimetro do tubo de ar I PARTE MEDIGOES Como se vin, no que se expos anterio mente, todos os problemas de transporte de Iiquidos se resolvem com maior ou menor rigor, com o conhecimento da pressito p, da vyelocidade U e do caudal Q, grandezas que tém de ser medidas ou caleuladas a partir de outros dados. CAPITULO I MEDIGAO DE PRESSOES Considere-se um tangue ou um tubo em que se pretende medir a pressio numa secgio qualquer. problema resolve-se fazendo um orificio na parede, adaptando um tubo a esse orificio (por soldadura, com uma rolha, ou por qualquer outro proceso e aplicando um mandmetro na extremidade do tubo (fig. 58). ‘ Fig. 58 0 orificio deve ser liso, um pouco arredon- dado interiormente e deve ser pequeno (3 a 12 mm) para no causar perturbagdes no conjunto do Hquido. TECHICA 32 Em certos casos, pode convir que o tubo tenha uma torneira para o isolar do mané- metro, quando necessirio. O tipo de mandmetro é diferente conforme se trate de pressdes normais, baixas ou altas, ontendendo-se por pressbes normais as com- preendidas entre 10 mm e 1000 mm de meret a) Mandmetros para pressdes normais Fm geral, usa-se o manémetro de coluna, de liquido que, como se sabe, é constituido por um tubo em U que contém um liquido cujo desnivel nos dois ramos indica a dife- renga entre a pressfio do Ifquido ¢ a atmos- fériea (fig. 59). ‘A forma indicada na figura, destina-se ter os tubos o mais perto possivel para maior rigor de leitura. Fig. 69 E evidente que o Hquido do tubo enche, em parte, o tubo de ligagio € mesmo o tubo do manémetro, ficando uma camada de ar entre os 2 liquidos. O valor de Ap sera, evidentemente, Sp=yhs sendo 4 p a diferenca de pressiio do Hiquido e a pressio atmosfériea e a que se di 0 nome de pressfio relativa. ‘A pressio absoluta sera pap +p. H evidente que o valor de 4p é tanto mais rigoroso quanto menor for 7 e, por isso, para presstes baixas, usam-se liquidos de densidades pequenas. Emprega-se, em geral, a agua, mas atendendo elevada tonsio de vapor e & varidvel tensito super- ficial 6 preferivel substituf-la por aceite, para medidas mais rigorosas 0 que, por TECNICA 322 outro Indo, exige a determinagio rigorosa de 7 com uni piendmetro. Para presses elevadas, para nto ter mandinetros de grandes dimensdes, utiliza-se 6 meretirio como liquide manométrico. Como se sabe, também, o ramo terminal + fechado e neste caso, a aa, im te, a presslio abso- ste tipo de mandmetro é porém, menos usado. D) Mandmetros para baévas pressies © que se usa mais correntemente, na indtistria 6 0 manémetro de tubo inclinado que é um barémetro de coluna de liquido, como anteriormente (fig. 60). Fig. 60 A altura seri h==1 sen a, mas, em geral, a escala jé ests graduada em alturas. ¢) Manémetros para alias presses Podem utilizar-se mandmetros de mereti- rio em série (fig. 61) on, mais geralmente, manémetros metilicos, eujo funcionamento 4 6 conhecido. CAPITULO II MEDICAO DE VELOCIDADES As velocidades nfo sfio medidas directa- mente, mas calculadas a partir das frmu- Jas que as relacionam com as pressdes © as cotas, por dois processos: ou medindo a diferenca de pressées entre dois pontos ou relacionando a pressio estiitien com a dina- mica, a asa, ter use nal aa yg0- ém, na rado ido, aereti- mente, smento lirecta- formu- Ses eas lindo a ntos ow a dina- a) Céleulo de velocidades por meio de diferenca de pressies entre dois pontos Consiste em criar um acidente no tubo ¢ medir a diferenga de presses antes ¢ depois desse acidente. Fig. 6 1 — Método do ori Consiste em provoear uma contracgio na canalizagio no ponto em que se pretende medir a velocidade (fig. Fig. 68 Aplicando a equagio de Bernoulli aos pontos A e B ter-se-d: Jutta hp te 2 7 7 Mas, portanto Vui— he V8 si paidorag ciente de velocidade Cy serd ntrando em ¢ wh Vu Ua cy Vase a 0 ponto A deve ser escolhido a uma di tincia do orificio em que nfo haja, ainda, perturbagdes nas linhas de corrente (cerea de 1 didmetro) ¢ 0 ponto B sobre a seccio contrafda da corrente Iqnida. Esta _man- tém-se constante dentro de certos limites que variam com a relagio entre os didmetros do orificio e do tubo, mas para valores desta relagio entre 0,2 ¢ 0,8, a corrente Ifquida tem essa secgio a uma distincia do orifficio igual a metade do didmetro do tubo. Representando as seegdes da vein Kquida em A eB por 8, ¢ Sp, seré e, portanto Mas, S; =m Sp sendo m o coeficiente de contracgiio © So a seegio do orificio. Logo Us sendo de do respectivamente os difme: tros do tubo e do orificio. THCMICA 323 QUADRO IX 8° | 0,605 | 0,608 | 0,609 4" | 0,608 | 0,605 | 0,607 6" | 0,600 | 0,602 0,008 | 8 | ses | 0,600 | 0,008 | 10" | 0,099 | 0.02 | 12" 0,507 | 0,601 15" 0,598 | | 4, Para valores pequenos de “?, 0 termo a md, dade e, portanto, & muito grande em relagio & uni- Us &\? gee ae(—) V2g(¢+4h) , (3) eEeeon em que ¢ representa o coeficiente de vazio, que, como j& vimos, é aproximadamente igual a 0,61; este valor, no entanto, varia um pouco com o difimetro do tubo e com a relagio &, comose mostra no quadrolX. No caso do tubo ser horizontal, 2=0 e, finalmente, /a\ yt —\vyigab (ae Ua Em vez de um simples orificio pode usar-se qualquer des tipos de tubuladuras jé consideradas da II parte, os quais darko origem a maiores ou menores perdas de carga. Para as reduzir, convém utilizar a tubuladura de Venturi. 2 Método de Tubuladura de Venturi (fig. 63) te caso 6 andlogo ao anterior, mas nfo h& coeiviente de contraccdo porque d, é 0 diimetro inferior do tubo, logo, Tecnica ana Du) |] | 1 on | 0,015 | 0617 | 0,614 0611 | 0,618 | 0,619 | 0,613 0,609) 0,612 | 0,614 | 0,611 0,607 | 0,610 | 0,613 | 0,608 0,605 | 0,608 | 0,611 | 0,605 0,603 | 0,606 | 0,608 | 0,608 0,601 | 0,601 | | 0,600 xendo C,, como se sabe, aproximadamente, igual a 0.98. Fig. 68 A tubuladura de Venturi tem de ser rigo- rosamente calibrada e proporeionada para ‘a canalizagio. Portanto, em geral, tem de ser comprada # um fabricante especializado e, por isso, a sua instalacio fica cara. Mas, como nao dé origem a perdas de carga, ha sempre vantagem em utilizé-la sempre que tenia de ser montada de um modo perma- nente, reservando-se 0 orificio para o caso de medidas acidentais. Em qualquer destes tipos a subida da coluna pode accionar um dispositive mec nicooueléctrico que faga mover um ponteire e, assim, 2 velocidade pode ser dada pels leitura de uine eseala. ente, —l rigo- » para, am de lizado Mas, za, ha re que yerma- 0 cas0 ida da meeti- onteiro In pela b) Céleulo de velocidades relacionando a pressao estdtica com a dindmica Como se viu a, insergio do um tubo per- pendicularmente & canalizagio permite ler a altura i= » corresponde & pressiio es- tiitica. Se se colocar o tubo paralelamente canalizagio (fig. 64) a leitura do mané- metro indica a altura correspondente iisoma ‘A diferenga AW=H,—Ih e, portanto, Fim geral, a leitura ¢ feita sobre o mesmo tubo manométrico (tubo de Pitot — fig. 6 A. realizagio. pratien do tubo de Pitot consiste em dois tubos concéntri quais, 0 exterior tem uns orificios que per- mitem medir a pressio estiitien sendo o interior destinado 4 pressio dinamica. (fg. 66 Fig. €8 Desligando cada um dos tubos pode de- terminar-se, separadamente, a pressiio esté- tica ea dinimica. CAPITULO IIT MEDIGAO DE CAUDAIS a) Por medicao directa Consiste em receber num reeipiente um volume conhecido v durante o tempo t. O caudal seré + b) Por edleulo a partir do conkecimento das velocidades Determinada a veloc’ de area 8, 0 caudal seré ade U numa seegiio Qgeaus c) Contadores com um drgio Consistem numa caix mével (rotativo ou oscilante) através do qual passa todo o volume do liquide. O mimero de rotagies ou de oscilagdes TECHICA 328 desse drgio mével mede o volume do Kquido que passou e é registado como em qualquer contador. Como & natural, hi variadissimos tipos de contadores que no se deserevem porque se encontram nos livros sobre transporte de Aiufdos ('). Estes contadores compram-se a fabrican- tes especializados e vém j& completamente aferidos, sendo s6 necessirio monti-los na canalizagio o que no dé trabalho nenhum. 4) Aparelhos de area varidvel 1 — De émbolo ‘Tem a forma de uma vilvula ednica em que a valvula esté montada num veio que pode ter movimento na direcgto vertical de modo a poder descer ou subir consoante 0 caudal diminui ou aumenta, A altura do émbolo dé a medida do caudal, numa eseala encostada ao émbolo. 2— Rotémetro 0 rotdmetro é um aparelho que funciona do seguinte modo (fig. 67): Fig. 67 Hi uma béia com forma semelhante i indicada, feita de matoriais de densidades varidveis entre 1,25 (bakelite) a 21 (pla- tina), a qual se pode mover um recipiente () Em especial «Chemical Machinery» de Raymond Riegel ¢ «Elements of Chemieal Enginoeringe de Badger ‘and Me Cabe. TECNICA, 326 transparente em forma de tronco de cone com a base maior em cima. 0 lignido passa no espago anular entre a béia ea parede interior © levanta tanto mais a béia quanto maior for o caudal, porque, deste modo aumenta o espago anu- Jar, Quando a passagem do liquide cessa, a Déin descansa na parte inferior. ‘A béia tem umas estrins inclinadas de modo que o iquido ao passar, imprime-Ihe um movimento de rotagdo que faz com que se mantenha centrada. E esse facto que justifica o nome de rotimetro. 2) Diques Empregam-se para correntes em canais abertos (fig. 68): O dique tem um eneaixe de largura Le a altura IH do Mquido ser& tanto maior quanto maior for o caudal. Fig. 68 Tratando o caso, como a desearga por um orificio rectangular, o eandal seré, como vimos (capitulo IIT da I parte), Q=2 evig LH’ Qa = V3 1, Como ¢~0,6 =0,415 V2g LH’ Mostra a experiéncia que hé uma certa contracgio na largura, aproximadamente igual a 0,2H e, portanto, Q=0,415 2g (L—0,2H)H*?, expresso que ¢ conhecida pela formula de Francis. ea ato lal, ou aya the que que nis Le sior um omo ert ante ade E mais conveniente usar um entalhe triangular iséseeles de Angulo no vértice 2 © com o vértiee no ponto inferior (fg. 69), porque émaisrigorosoparacaudaispequenos., Neste caso Qae [ Vagilah Mas Para c==0,61 seré @ = 0418 tg 2g Atendendo & contracgho lateral, a expe- rigneia aconselha certas alteragdes nesta formula, dando-Ihe a forma seguinte : \™ vee Q=ori (ts BIBLIOGRAFIA (!) «Céiloulo Diferencial, Integral e das Vari es», pelo Dr. A. de Mira Fernandes, curso do LS. T.) «Mecfinica Racional», Idem «Elements of Chemical Engineering», por Badger and Mae Cabe, edigio de Me Graw- -Hill Book Company. «Chemical Engineering Plant Design» por Frank C, Vilbrandt, edigao de Me Graw-Hill Book Company «Compéndio de Tecnologia Quimica» por () Dos livros indicados, @ melhor quanto a indica uso cortente & 0 «Chemival Machinery» de Raymond F. A. Henglein, edigio de Manuel Marin, Barcelona. «Chemical Engineers’ Handbook» por J. Perry and W.S Calcott, edigio de Me Graw-Hill Book Company. «Las Operaciones y los Aparatos Quimi- cos» pelo Dr. J. Gonzéler del Tiinago, da Editorial Dossat, Madrid, «Chemical Machinery», por Emil Ray- mond Riegel, edigto da Reinhold Publishing Corporation. «Handbook of Chemical Engineering» por Donald Liddell, edigio de Me Graw- -Hill Book Company. «Handbook of Chemistry» por Norbert Lange, edigao de Handbook Publishers, ine, (Sandusky, Ohio) «Piping Handbook» por Sabin Crocker, edigio de Me Graw-Hill Book Company. «Curso de Hidrdulica do L$. Ts. «Hidrodynamies» por Sir Horace Lamb, edigio de Dover Publications, New York. «Cours de Mecanique» por A. Bazard, edigio de Albin Michel, Paris, «Bombas Centrffugas» por L, Quantz, edigho Labor. «Chemical Engineering for Produetion Supervision» por David E. Pierce, edig&o de Me Graw-Hill Book Company. APENDICE DETERMINACAO DO COEFICIENTE DE CONTRACCAO A PARTIR DA TEORIA DAS FUNCOES ANALITICAS a) Caso de wm simples orifteio no fundo de wn recipiente plano Consideremos a fungiio etib= (&+iy) (pig. 178) que se pode eserever sob a fi wit) . Como se sabe dw o>, , 0 é $i ( 12?) cou piv dx ly" dy mod V (cos 0 + i son) TECNICA 327 7 Pazendo Quando a direcgto das Tinkns de corrente extremas 6 horizontal 9 =» 0 000 a= © por- tanto a coordenada, segundo 0 eixo dos vv aioe delog ; ser sempre O ou —)0 quesigniéica dz=tdw e dw. Resta para efectuar a integragHo rela- \" cionar £¢ w | a | =aw uti 4) + ison a, (mod VP tig? e, portanto, rod que o lugar geométrico dos afixos de log é & Gonstituido por duas paralelas ao eixo dos uu; quando mod V==constante o lugar . 10 da pag. 179. i. ey wes cent extremas dentro do geométrico dos eee elon rae paralela recipiente acompanham # parede do fando °° cixo dos vy ¢ a uma distincia deste Consideremos agora o caso particular da veePinida, #80 Linhas em todas as quais 0 eixo igual a log <= ay (Be. 8) liquido tém & mesma velocidede em valor mo) absoluto. rae Quer dizer que, & satdn do orificto, |g. Para 6-0 mod V—=constante, portanto mod & 6 cons- ae tanto e, se representarmos £, no plano com plexo 0 lugar geométrico dos afixos de &, 2 serdumacireunferéneia deraio— 77 (8g: 1): \ os Parage-in = 1090 Fig. 3 Por outro lado, a equagiio das linhas de quag: corrente é ax_ ay “ ou vdx ~ udy Dives Mas, como vimos, no caso que estamos deeitgss@ considerar Fig. ae vdx—udy= dy mas, como a pnrede do fundo & horizontal, ¢, portanto a equaglo das Tinhas de cor ‘as Kinhas de corrente antes do oriffcio sto rente seré horizontais ¢ a fig. 1 transforma-se na fig. i mais eémodo trabalhar com a fun log & que seri 4 =constante 'As linhas de corrente extremas no per ‘curso no fundo do recipiente so horizontai log B= TECNICA 328 tamos no per igontais (0)! cI tes NEW NE ATELIERS “NEYRET-BEYLIER & {PICCARD:PICTET GRENOBLE EQUIPAMENTOS DE QUEDAS DE AGUA LABORATORIO _DE_ENSAIOS _HIDRAULICOS EQUIPAMENTOS DAS GRANDES BARRAGENS HIDRAULICA AGRICOLA —REGA Pascarga de fondo da Barragern de Sante Lusia da Companhia Bldetrica das Beiras Tima valvula— Borbolota de seguranca do 2 metros de diguaetro Uma valyula—Borbeleta do descarga estangue de 15,80 de didimetso SOCIEDADE PORTUGUESA NEYRET-BEY LIER Avenida Duque de Loulé, 98 LISBOA Telefone 46889 | ACABA DE SAIR TOPOGRG@FIA GERAL Pelo Eng.” CARVALHO. XEREZ Contendo: TOPOGRAFIA FOTOGRAMETRIA | : ELEMENTOS DE GEODESIA B ASTRONOMIA GEODESICA Prego do 1° volume, eneadernado: 150$00 Desconto de 10°) para assinantes EDIGAO DA TECNICA | | IIL portanto vy —0, ou —ndy = ay $= faniy Mas, as velocidades das linhas de corrente nos dois lados do orificio sio iguais e de sinais contrérios e, portanto, os valores de y para esas linhas de corrente sero Yo e—4,. Logo os valores de w-=2-+i4 para esses valores de) estarfio sobre 2 para- lelas ao eixo dos 9 (lig. 4) TT Joy y, Resta s6 estabelecer arelagio log £ =f (w) Como log £ e w so fungées analiticas as reetas correspondentes passando por wm ponto do plano (u, v) © pelo ponto correspon dente do plano (2, 4) fazem entre si fingulos iguais (transformagéo conforme) ('), 0 pro- blema resume-se em estabelecer a relagio entre um reeténgulo de vértices nos pontos A (aarv?) B ( a modV’} mod V D (c4,—=)'e outro reetiingulo de vértices uuns pontos A? (—o9, 4a); BY (—co,—- do); © (9, da); D? (C2, — de} A relagiio estabelece-se fazendo a repre- sentagio conforme de cada um destes ree~ tingulos sobre 0 semi-plano superior, por intermédio de uma variivel t. Demonstra-se (?) que a representagiio conforme de uma Area rectangular sobre © semi-plano superior é da forma, —re (eo, 0) () Cileulo Integral ~ Pungdes snaliticas (represen tayo conforme). @) Esta demonstragto ja nfo chega a farerse na tworia das fangdes analitieas do I. 8. T. Aplicando esta expressiio a0 nosso pro- blema ter-so-f: I—Para log Como hé dois pontos no infinito, dois dos termos do radical desaparecem ; por outro lado, pode escolher-se a=1 ¢ b= - 1. Sendo assim, log in =B mod V de onde se tira (act Balog * nod V Portanto log’ —argeht +1 is Ooh arg oh NO ay 1—Para $ Neste caso, a representagio conforme pode fazer-se considerando dois pontos coincidentes para t= 0. Sendo assim [ot Ba Aton y= t Condigdes impostas : Ie () Matematicas gorsis — Fangdes hiper complexes. lioas de TECNICA a9 Logo Portanto [aterm 2b ’ log (~ see 9 Jo=in A+B = i y Por outro lado, de onde se terd do mod V = ae? sendo ds a diferencial do arco. Como mod V=1, seré Logo ¢, portanto, Logo Resta sé eliminar t entre ¢ ¢ w Para isso, hd vantagem em fazer duas alteragdes nestas expresses. Em primeiro Tugar, considerar mod V= 1, 0 que nao altera o racioefnio, mas faz desaparecer 0 1 termo log =; ; em segundo lugar substi- tuir 24 por 2 b, sendo ba largura final da veia liquida, como se viu (fig, 10 da I parte), Serd, pois | como jé tinhamos visto. log& =argeht—ir we eet ib b) Caso de tubuladura de Borda problema é andlogo e s6 difere nas sendo assim, pela expresso inicial de log : — constantes, sera para mod V = Consideremos a tubuladura de Borda i fig. 5). logi=—it, (fe. 5) ©, portanto, = il Sargeht—in — ou : mgeht=iG7—9 —) | ¢, portanto, Fig. 5 Neste caso, as linhas de corrente extre- was sfio também horizontais na parte em contacto com as paredes mas diferem de 2 x. Portanto a representagto de log £ serd ada fig. 6. | Portanto as condigBes impostas so as : seguintes : _ te— (0 Matomstias gorais —PangBeshiperbiica de com pesos . " og log E=0 TicHIca 330 Portanto Como log t= 19, send Bao de onde [A 2 argoht riA+B [B=o ou | 7 . Portanto ast ag corey oe — 920 ou | 2! en de onde se deduzem as equagies params | triens 1, o=-i2T 2 ) Portanto variando 9 entre Oe =. log $= — argent Para => hd uma assintota para a b. iente de contracgio, serd, pois, A.2.* equacio & aniiloga e, portanto 2p 1 Meaba de aparecer: TOPOGRAFIA_GERAL PELO ENGENHEIRO CARVALHO XEREZ TeCHICA a LES APPLICATIONS DE LA MECANIQUE DES SOLS A L'ETUDE DES FONDATIONS par A. MAYER Ingpeteur Général de Mins ©. D. 6244947 Conferéncia realizada no dia 27 de Fevereiro, no Instituto Superior Técnico, sob a presi Moxsmur xe Dinsoreun, Messteurs, Cest un lien commun pour un conféren- cier lorsqu'il se présente devant un auditoire, que @'exprimer son plaisir 2 se trouver devant lui. Je voudrais que vous sachiex aujourdhui 2 quel point ces sentiments sont sinctres, ot quelle est ma joie de prendre la parole devant vous. Vai ou en effet le plaisir, ces jours derniers de prendre contact avec votre eminent Direetenr, et avee certaines personnalités de cet Institut, em particulier avec Monsieur Vingénieur Rocha, et jai éte vivement im- pressiond par leurs connaissances éminentes des questions qu'ils avaient la charge d'en- seigner, aussi bien que par la largeur de leur esprit et la merveilleuse connaissance du frangais et des choses frangaises, que j'ai trouvées si générales ici, En particulier le Laboratoire de M, Rocha ma tres vivemente impressionné, en ce que toutes les recherehes qu'on y poursuit sont de premitre importance ef du plus haut interét. Je sais que 4 e6té du Laboratoire de M. Rocha ily a & Lisbonne un laboratoire Wessais de maiériaux dirigé par M. Fernan- des, dont j'ai eu le plaisir de faire la connaissance voici pros de 10 ans’ "occasion du Congrés dela Route i La Haye. Je compte visiter son laboratoire égalemente; je suis sir qu'il complite utilement Ia remarquable TECNICA 332 incia do Prof. Eng.° Belard da Fonseca, director do institute organisation de recherches que vous aver ici, et dont je félicite tres sinetrement les diri- geants de votre grand Institut Techique. La mécanique des sols est née du besoin qu’ont épronvé les constructeurs, de préciser les conditions d°établissement des fondations en terrains difficiles. A mesure que les villes se développaicnt, des terrains, considérés autrefois comme impropes & la construction, devaient étre atilisés, et, spécialement aux abords des flenves et & leur embonchnre, des construe- tions importantes ont dit étre élevées sur des apports récents: sable fin ou vase, qui cons- titnaient des terrains de fondation médiocres, De nombreux problémes se sont posés anx Ingénieurs, qui ne pouvaient étre résolus par Jes méthodes elassiques. (aura été Fhonneur de M. Terzaghi Waborder d'une fagon systé~ matique Pétude de ces problémes, et den donner le premier des solutionssatisfaisantes, Nous ne nous proposons pas aujourd'hui de repronde les théories qui permettent détablir les formules donnant les charges limites que peut supporter un terrain de caractéristique données, ni celles qui per- mettent de calenler les taseements en fonction du temps d’un édifice imposant une charge connue sur un terrain connu également pas plus que les expressions donnant, en fonetion des caractéristiques du sol, la résistance des pieux, battus on forés. Chacun dentre vous peut trouver dans les traités spéciaux, la démonstration des formules dont nous appli- querons certaines aujourd'hui, Nous vou- drions surtout tirer de Vexpérience des études pratiques faites 4 notre Laboratoire, quelques exemples qui montrent les résultats que Von peut obtenir et les méthodes que Fon peut appliqner pour P’étude des fonda- tions en terrains moyennement compressi- bles, en terrains tres compressibles et dans Ie cas de fondations profondes. Cas des terrains moyennement compressi- bles. Etude des tassements. Linde une fondation sur um terrain moyennement compressible comporte la dé- termination de la charge qne pent supporter le sol aux diverses profondeurs, ensuite, le caleul des tassements que la fondation éprou- vera sous cette charge. La présentation méme des questions, telle que nous venons de les exposer, differe de celle qui était traditionnelle jusqu’ici. A la question: «Combien un sol déterminé peut-il porter?», nous avons substitué Ia. question «Si nous imposons & un sol de caractéristi- ques données, une charge donnée, qu’en résultera-t-il et quelle sera l'amplitude des déformations de la fondation? L%étude correspondante comporte trois stades sucessifs : D’abord, la détermination de In limite des, déformations Glastiques d’umn sol déterminé sous une certaine charge; ensuite, la détermination du poingonne- ment de ce sol; enfin, la charge Giant supposée détermi- née, le calcul du tassement du sol en fonction du temps et la prévision des tassements. Limite des deformations élastiques et limite de poingonnement sont des grandeurs connues de tout temps et que le Constructeur cherehait autrefois h déterminer au moyen de Vessai de tnble classique, en tragant In courbe des enfoncements de la table sous des charges sucessives. La courbe avait une allure grossitrement psrabolique, et Von avait, depuis longtemps, observé que pour de faibles charges les déformations étaient reversibles, tandis que lorsque In charge augmentuit, elles costnient do Wétre et lo plateau s'enfongait on refoulant le terrain sur les edtés D’iminents Ingénieurs ont donnd, ction des n fon ractéristiques du sol, dohésion et angle de frottement interne, la valeur de In limite des déforn ations dlastiques ot de ement du terrain Si Yon apelle p, la charge du terrain & une profondenr déterminge h , p la charge correspondant.& In limite des deformations Glastiques, C In cobésion, ot Tangle do frottement interne, M. Pigeaud, puis M Froehlich ont donné lexpression Avec les mémes notations, et en @ésignant par P la limite de poingonnement du terrain considéré t In méme profondeur, Mr. Prandlt et M, Caquot ont donné la valeur de P Lrexpérience montre que, pour des valeurs de Yangle de frottement interne de Pordre de 20 & 30°, le rapport entre Ia limite des déformations élastiques et la limite de poin- gonnement est comprise entre 3 et 4. Pour calenler Ia charge que pent effectivement supporter un terrain déterminée, on pourra done indifféremment apliquer Pune ou Yau- tre méthode, étant entendu que la limite des déformations élastiques peut étre prise sans application de coefficient de sécurité et qu'au contraire, lorsqu’on détermine la limite de poingonnement, il faut appliquer & celle-ci un coefficient de sécurité de l'ordre de 4 pour connaitre la charge que l'on doit appli- quer au terrain en question. Ayant ainsi caloulé la charge admissible, on peut se demander quels seront les tas ments qui en résulteront. M, 'Terzaghi a, le premier, donné une méthode permettant de résoudre ce probléme. Nous en indiquerons trés rapidement le principe. THCHIGA 309 compressible, e'est-R-dire, en général, une masse argilense, est constitud presque toujours par un édifice d'éléments solides saturés d'eau. Selon Ia nature du terrain, les éléments solides afectent des for- mes différentes, sont groupés suivant des Gdifices d’aspects divers, mais toujours les vides, si Io terrain est compressible, sont plus ou moins saturées d'eau. L'lément Tiquide qui lubrétie et permet les déplace- ments des éléments solides les uns par rapport aux avtres, conditione presque toujours la compressibilité et les seules masses pulvéru- lentes et compressibles & l'état see sont cel- es oft une abondance de lamelles de mica se substitue & élément liquide pour per- mettre le glissement des particules les unes par rapport aux autres, et rendre possible la compression, Lanalyse de M. Terzaghi consiste i sui- vre les conditions dans lesqueles se trans. net, A Vintérieur d'une masse coustitué par des éléments solides saturés eau, unecharge appliquée en surface, Supposons une couche compressible a laquelle on applique brusquement une charge superficielle. La charge est tout d’abord supportée intégralement par Pélément le moins compressible qui est l'eau, Si les édi- fices qui contiennent cette eau étaient tous fermés, c'est-i-dire s'il n'y avait aucune possibilité de circulation du liquide & tra- vers la masse, cette eat se mettrait en pres sion et reporterait sur les couches infér: res Ja charge appliquée en surface, Mais il nen est pas ainsi dans les terrains compres. sibles ot l'eau cirenle plus ou moins vite selon la perméabilité, Aussit6t aprés Pimpo- sition de Ia charge, l'ean prend une pression que Von peut mesurer an moyen de tubes piézométriques enfoneés dans’le sol. Mais progressivement l'eau s'écoule et Ia charge, 4qne primitivement elle supportait seule, est peu & peu reportée sur les éléments naturels fins an contact et forme des votites A Vinté- rieur méme de Ja masse, Au bout d'un cer- tain temps, la pression interne de eau dimi: nue, V’écoulement s’arréte, la charge est entidxement reportée sur les édifices solides, et Ie terrain est en équilibre, La connaissance de la permeabilité du TECNICA 334 terrain permet de caleuler, en fonction de Ja charge, la hauteur de la couche compres- sible et Ia répartition de Ia charge entre Vean incluse et les éléments solides. La théorie permet également, en fonetion des mémes earactéristiques, de ealeuler le tasse~ ment que produira la’ charge apliquée en surface, Nous nous proposons de domner exemple d'un pareil calcul. Lors de Ia construction du Barrage du Ghrib, en Afrique du Nord, cet ouvrage, un Barrage en enrochements, avait été assis sur une dalle en béton reposant sur une marne extrémement compacte, Les anteurs du pro- jet avaient espéré que la compacité de la marne et [effet de répartition de la dalle en béton aidant, Vouvrage serait stable et ne subirait que des tassements insignifiants. Tl avait toutefois été prévu, Vintérieur de la masse, une cheminée desti- née A permettre, au cours de la construc- tion @abord, et de la miso en eau ensuite, des mesures de tassement de la base de Pouvrage, A peine Vouvrage éiait-il construit que des tassements, relativement importants, Ginient signalés. Notre Laboratoire, qui wexistait & Yépoque que depuis peu, était appelé A prélever des échantillons de marne et A étndier le probleme. Le prélevement fut extrémement difficile en raison de la com- pacité de la marne et de la nécessité d’obte- nir des échantillons intacts, On y réussit cependant. Il fallut faire coustinire des cedometres en acier susceptibles d’étre char- gés 4 des pressions extrémements élevées puisque In charge normale & la base de Pouvrage devait étre de Vordre de 12 kg. Fé lorsqu’on entreprit de tracer la courbe des tassements calculés en fonction da temps, on constata que celle-ci cotneidait de fagon tris satisfaisante avec les tassements obser- vés. La présence du radier en béton avait pour effet de ralentir les tassements jusqu'au moment oft la rupture se produisait dans le radier, A ce moment, la charge appliquée an terrain, au centre de ouvrage, augmen- tait brasquement; il en résultait un tasse- ment brusque. La courbes'infléchissait brus- iun quement vers le bas pour tendre ensuite se rétablir horizontalement plus vite que ne Vaurait voulu la théorie. Il est trés remarqnable de constater que In courbe de prévision des tassements, telle quelle a été tracde en 1936 et présentéo & Tépoque au Congrds des Grands Barrages i Washington, a pu étre observée et poursni- vie au cours des 10 derniéres années, et l'on voit & quel point la comeidence est remar- quable, si Yon tient compte des équilibres suecessifs produits par la présence du radier de Vean sous une charge s'effectue suivant Vhypothése de M. Terzaghi, c'est-i-dire sans Agplacement relatif des éléments solides Cette hypothise ne s'applique pas dans lo cas des’ dépots récenis de vase ou de sable argileux, tels qu'on les rencontre dans de nombreux estuaires ou au bord de certaines rividres. Dans ce eas, cette vase est i ev point plastique, qu'une surcharge, méme ligere, provoquera un Geoulements d’ensem- ble, sans que l'un pnisse parler de déforma tion élastiqne ou de poingonnemente. Pee BARRAGE DU GRHIB SAR cunacs te sien a eas eee wee 7 Ss L ell aa a EEL et de Veftet de charge brutal qui résulte de In fragmentation progressive de co radie: qui survient chaque fois qu'une charge nou velle Iui est appliqué. Cette vérification de la théorie des tasse- ments, une des plus remarguable que nous ayons eu l'occasion d’observer, en raison du temps éeoulé depuis les premitres mesures, sera le senl exemple que nous donnerons de Vapplication de la mécanique du sol & In construction des édifices ou des onvrages sur des sols moyennement compressibles. Cas de fondation sur des terrains trés comprossibles Fondations flottantes. Nous n’avons envisagé jusqu'iei que le cas des terrains dans lesquels le mouvement Lorsque la vase est, comme ce fut Ie cas dans une étude que nous avons eu l'occasion de faire pour des Silos & Bassorah, d'une profondeur de 100 m., la construction de Pouvrage présente des difticultés réelles Le principe, dans ce cas, est d’empécher Pécoulementdela vase en enfermant eclle-ci, autant que possible, au moyen par exemple Wun rideau de palplanches, et d’éviter de In surcharger en exeavant un volume de poids approximativement égal 4 celui que Von ajoute, Le principe adopté en lesptce,, est celui du bateau flottant sur la vase. Les pr6 cautions A prendre concernent, avant tout, In. rigidité & 1a fondation qui doit s’opposer & tout tassement inégal correspondant aux charges appliquées. L’exemple des silos dtm reeMGA a8 diés par notre Laboratoire pour Bassorah est, A cet dgard, caractéristique, Le probléme était complexe. Tl fallait, sur une vase indéfinie, réaliser une construction de plus de 23m, ‘de haut, destinge & étre chargée de fagon systématiquement inégale, puisque les différents silos qui constituaient ensemble devaient pouvoir indifféremment étre pleins ou vides, La solution adoptée avait été de constituer une fondation par un radier de grade hautenr, entouré d'une enceinte de palplanches, reliée & lui de fagon rigide, et enfoneé d'une profondeur sufii- sante dans la vase pour que les couches ser~ vant de support soient A peine surchargées par l'ouvrage, Le radier, d’une hauteur de 2 tages, avait été cloisonné et divisé en chambres étanches, de maniére & pouvoir, tout en suivant constamment les mouvements de la construction, remplir d’eau certains Géments de Ia fondation, de fagon & assurer Péquilibre de ensemble. Nous avons eu toutrécemmente, l'occasion examiner plusieurs cas analogues, qui ont été résolus dans le méme esprit. D'abord le cas d’un bitiment de enves destiné & étre élevé en Indochine sur une vase analogue & celle de Bassorah, La solu- tion adoptée a été voisine de la premiére: un radier constitué par une série de vorites in- versées, entouré d’une ligne de palplanches. Citons aussi, une des plus importantes Centrales de la région parisieune, dont Pétude des fondations est en cours i notre Laboratoire. Le sol constitué par un sable tros fin surmontant une argile plastique ne peut étre considéré comme tres compressible, La ceinture de palplanches, qui avait été prévue dans les eas de vase, a été supprimée, La fondation a été remontée dans toute Ia mesure du possible, de maniére & reduire les tassements dus & Dargile, et Lassise de lou vrage, sur une hauteur d'une dizaine de mitres, a été solidarisée de fagon & consti- tuer une poutre formant un radier rigide. ‘Tels sont les quelques exemples de fonda- tions superficielles que nous voulions donner. Nous avons volontairement supprimé de notre exposé tous caleuls de la limite des déformations élastiques, ainsi que tous cal- culs des tassements. Mais ils ont été faits TECNICA 336 dans tous les ens Ia ne présenteront un intérdt qu'une disnine Wances apres la cons: truction de Touvrage, lorsqu’on aura pu vraiment comparer les obscrvations et la réalité, Fondations profondes Les dispositifs de fondations profondes, dont les plus employés sont les pieux, sont utilisées, soit pour reporter une charge appliquée on surface sur une couche ineom- pressible ou trés peu compressible située & lune certaine profondeur, soit, dans le cas ot a fondation superficielle étant difficile & réaliser on préfere intéresser les couches supérieures d'un sol compressible & la trans- mission des charges apliquées en surface. Les fondations sur pienx ont fait l'objet, an cours des dernitres années, d’essais on vraie grandeur qui ont été soit réalisés, soit simplement suivis par notre Laboratoi Ces essais n’ayant, jusqu'ici, pas fait objet de publication, nous en donnerons le compte- rendu, en raison de Vintérét qu’ils présen- tent et de la possibilité qu’ils offrent de servir de base 4 un mode eohérent de caleul de fondations sur pieux. Les notions théoriques sur lesquelles se basent les caleuls de résistance des pieux sont, tout d’abord, celles que nous avons indiquées au début de cet exposé. Ce sont: —Ia formule de Froehlich qui donne la limite p des déformations élastiques d’un sol dont la charge initiale, compte tenu de In poussée d’Archiméde, est p, et les cara- otéristiques C et >. Cotte expression, qui n’avait été démor trée que dans le eas des fondations recti gnes, a ét6 étendne par M, Ferrandon au cas des fondations circulaires, On obtient dans ce cas: Ceote+p., Titsine, (Its F sing VS —sing > De méme, la limite de rupture d’un sol, dont la charge initiale est p, est “ae un 08 pu In dans Je cas dune fondation rectiligne indé- finie. M. Caquot a montré que, dans le eas de Ja fondation cireulaire, on avait une expres- sion analogue P=Pot bi Liétude théorique de la résistance Ven- foncement due au frottement latéral est plus difficile. Dans les terrains sans cohésion, les coefficients de butse ou de poussée, tels quills ont été caloulés par Resal et par Krey permettent le calenl de la résistance dans fe eas de lenfoncement ou de larrachement des pieux. Lorsq'il y « cohésion, il faut appliquer le théoréme des états correspon- dants, c’est-A-dire remplacér la cohésion par une contrainte hydrostatique appliquée en chaque paint du matériau et égale & H=Ceot 9 Liapplication de ce théoréme conduit & Vexpression suivante de Ia résistance & Venfoncement due au frottement latéral dun pieu foneé dans un milieu de cohésion C et d’angle de frottement interne >: KC+ehig2) Ellle se doduit de Ia résistance au cisail- Jement du milieu considéré, en multipliant cette dernitre par un facteur égal i la valeur de la composante normale de la contrainte qui s'exercerait & In profondeur unité sur un élément de surface latéral de pieu dans un milieu pulvérulent ayant méme angle de frottement interne. L'étude de la résistance due an frotte- ment latéral peut étre encore compliquée par le fait que certains milieux ne sont pas consolidés, e’est-A-dire que la pression interne de Leu incluse dans les pores ne correspond pas & In charge des terrains qui Je surmontent. Il en est ainsi, en particulier, dans certaines argiles de la région parisienne qui ont, au cours de périodes géologiques supporté des charges supérieures aux char- ges actuelles et dont l'eau intersticielle n'est pas encore détendue, Lorsqu’on introdult Vintérieur de ces argiles une veasie mane métrique, comme nous avous et Povcasion de Le faire, on constate que cette vesste supporte de la part de Vargile, une pression propre qui est la pression de gonflement de Pargile et qui est indépendante de la hauteur du terrain qui la surmonte. Cette pression ailleurs ne joue que lentement, au fur et A mesure que I'équilibre hydrostatique s'établit aux environs du pien, mais au bout d'un certain temps, elle produit une étreinte sur le corps étranger que l’on y introduit upéricure 4 celle que l'on atteindrait si Tou n’en tenait pas compte. A titre d'exemple, nous citerons le eas @une station du Métropolitain construite dans une argile de cette nature, ot étude préalable nous avait permis de signaler au constructeur le danger de Ia pression de gonflement. Les Ingénieurs chargés des travaux ont eru pouvoir négliger cet élément jusqu'au moment oi, plusieurs mois aprés la termi- naison de la votite, Vargile s'est mise en charge et a produit sur les parois des pressions de Vordre de 4 kg par em? pour une hauteur de recouvrement de lordre @une quinzaine de mbtres, La pression interne de V'argile avait joué aux dépens de In voite qu'il a fallu renforcer en toute hiite. Voyons maintenant les essais dont nous voulions rendre compte : 1—FEssais de Donzere ~ Résistance & In pointe A Toceasion des études faites par Ia Cie Nationale du Rhone pour I'installation de PUsine de Donzere, destinge & équiper un Barrage sur Je Rhone qui doit étre réalisé prochainement, notre Laboratoire a fait une série d’essais de résistance d'une couche de marne plastique située 4 une dizaine de mitres de profondeur. A cet effet, un piew a 6té descendu dans un logement don les dimensions avaient été fixées de maniére A éviter tout contact entre le fiit el Ia paroi, sans cependant permettre le refoulement de In mame entre les bords du trou et In base du pieu. Les caractéristiques do In THEMIGA aay marne avaient été soigneusement déter. tainées. La charge était appliquée an moyen de vérins prenant apni sur une poutre anere dans Ie sol. L’essai_a comporté un chargement progressif du pien avec obser- vation de la stabilisation de celui-ci sous chacune des charges Iémentaires et obser- vation des tassements. 2 ~ Es-ais de Gennevilliers — Résistance A Ia pointe Ges exsais ont ¢44 exéentés pour le compte de Ia Sté Union d'Electricité par la Sté E. FP. TIL, sous In direction de M. Cambefort, Ingénieur de cette Société, LUnion d’Plectrivité projetait de recons- truire sa Centrale de Gennevilliers en utilisant certains pienx de fondation d'une fi Charge untaire Kg fem? ) salen a | rate - 54171 340 | fr ler HE a gre corkage EBD eo 7 tenance desu 7 atop re Boe eT To Eau eeoraue SEB Beste f cole 5 7 apollo secs SS mare E, oysh sssihees : Boe coves ope, ‘Sondage 350mm ig. 2 Le diagramme des essais fait apparaitre Ia courbe constitué par 3 troncons de droite. Le premier va jusque 11 kg/em?, le 2éme, jusque 28 kg/em’, le 3éme corespond, an poingonnement du terrainet est pratiquement illimité, Si Yon prend pour valeur de la cohésion 2 Tym’, pour angle de frottement interne 27°, qui sont les chiffres trouvés dans les essais, on constate que In formule de M. Ferrandon donne, tons caleuls faits, pour In charge limite des déformations élastiques: Q= 10,5 Ky. par em? tandis que Ia formule de M. Caquot donne pour la limite de poingonnement: P = 80,5 Kg. par em? qui correspondent l'une et autre & moins de 10°/, pres, A la valeur trouyée dans essai. TECNICA 338 ancienne Centrale située sur le méme emplacement, et il s'agissait de connaitre exactement la force portante des pieux A Vemplacement choisi. Le piew utilisé pour les essais avait été équipé de manitre A mesurer de facon indépendante, le frottement A la pointe ct le frottement latéral. A cet effet, le sabot était séparé du pie par interposition d’un vérin plat, syst8me Freyssinet, relié par un tube & une pompe et hun manométre. L'enfoncement était obtenn au moyen de vérins plaeés en téte, appuyés sur tne pontre anerée dans le sol, Les pieux étaient prévus pour transmettre Ia charge & une couche de sable et gravier en place, A une profondeur de 94 10 m. Les essais de résistance ont confirmé les résultats des essais de Donzere, Les courbes @enfoncement de la pointe seules comportent 2 points anguleux, le premier correspond au domaine des déformations lastiques du terrain de fondation, comme Tont montré les chargements et ddohargements successifs ce auxqnels on a pu proeéder &Vintérieur de On. retre ce domaine, il s’étend de 0 & 9 Tone ve ainsi Vexpression. trouvée expérimentalement, ee qui constitue me 13 w a ne Fig. 5— Vue densemble ‘Au premier plan Ia pompe des wirine 1 —Dispositit @arrachage 2—Tubo dentrée de a circulation dean chaute 3 —Tiges de suspension dos comparateurs do contesle des pies d ve ensuite, commence Je domaine plastique, a de 94.35 T., puis, a lien le poinconnement, © b partir de 35 T (fg. 9). a Il n'a malheureusement pas é6 possible t de mesurers l'angle de frottement des sables et et graviers en place, en raison de l'impos- w sibilité de reproduire au Laboratoire le 1e matériau dans l'état oi il était dans le sol. 1° On s'est contenté de chercher 4 calculer, it connaissant la charge de poingonnement, ey Tangle de trottement correspondant, et L @atiliser la valeur ainsi trouvée pour déter- 8 miner Ia limite des déformations élastiques et de Ia comparer au chifire expérimental. Partant de la valeur trouvée de 35 pour Ja limite de poingonnement, on a a obtenu un angle de frottement interne > 1 égal & 36°. a Si Von parte de cette valeur, la formule a de M. Ferrandon donne, por limite du & | domaine des déformations élastiques : Fig. 4—Comparatour de contrdte dos ploux ancrage = | Q=9 Ks, par em? En dessous tube de sortie de ta circulation d'eau sha i THEHIGA aw Vuo dos appareits de mesure Aw premier plan la valise aus Le haut pa tension des fils, Fig. 6 ‘Této du plow ot floximétre Le vérin et post sur d ales de h Bn dessous des m ports des fleximitees on re- marque deux des quatro prises alle de ‘sauche est bran TECNICA 340 somnccmssensil Conduites de mise en charge a vérin de pointe achage du plow TECNICA aay vérification tres intéressante des formule de force portante des fondations circulaires, Cos deux essais, efeetuésen vraie grandeur sur des terrains trés différents peuvent étre rapprochés des essais faits par M. Lehuerou- Kerisel sur des sables de Fontainebleau dans des appareils de lnboratoire, i l’échelle réduite & 1/10, et oit les formules théoriqnes avaient égalément trouvé leur confirmation, On voit done que l'on peut, connaissant les caractéristiques d’une couche servant @apoui & un pieu, déterminer Ian force portante de celui-ci, tout au moins en ce qui concerne la résistance i la pointe, La seule hypothtse est Vhomogénéité du matérian Charge en porte © 2 0 40 soTomes Enforcement on cm, Fig. 9 servant de support, quel’on suppose indéfinie, Les formules seront évidemment encore vraies si les couches snccessives rencontrées 4 Paplomb de la pointe des pieux angmen- tent en résistance en méme temps que la profondeur. Il en serait tout autrement s'il ¥ vait en profondenr des couches plus compressibles. De trés nombreux éeheos de fondations sur piewx ont été enregistrés, faute davoir reconnu de fagon compléte la nature du terrain & un niveau inférieur i celui de la base des piewx, avant d'appliquer ces formules qui ne valent que dans les TECNICA 342 hypothéses pour leequelles elles ont éé établies. 3— Essais de Gentilly — Résistance au frottement latéral Les essais que notre Laboratoire a faits dans une carridre dargile, au voisinage immédiat de Paris se rapportaient au pro- blme suivant. Tl s'agissait de chercher i déterminer le frottement lntéral des picux dans une argile compacte, homogine, ayant une eertaine pression de gonflement Pour éviter d'avoir A faire intervenir la résistance & la pointe, nous avons choisi la mesure de la résistance i Parrachement éléments de pieux d’égale longueur, batins & des profondeurs différents. Le fait de substituer V'arrachement i 'enfoncement devait évidemment nous conduir & une valeur de frottement latéral inférieur & Tn valeur réelle, mais il nous avait semblé que, méme cette valeur, présenterait un intérét suffisant pour justifier les essais, d’autant plus que, dans le eas des V'argile en question, Pinfinence de la cohésion et la pression de gonflement devaient étre prédominantes, Clest-A-dire que la différence entre la résis. tance A Tenfoncement et larrachement ne devait pas étre considérabl Les éléments de pien choisis étaient des eléments de 40>40>2 m., de longueur identique, traversés sur toute leur hauteur par un orifice ciroulaire. A mi-hauteur, un annean épais en fonte, noyé dans le béton, faisait Iégorement saillie 4 'intérieur du canal central et permettait d’y acerocher un dispositif d’arrachement convenable, Lrexpérience a montré qu'on pouvait, dans ces conditions, exercer des efforts de traction supérieure & 60 Tonnes. On fixait pour cela la tige centrale a un cadreen acier supporté par 2 vérins manoeuvrés par une pompe A cau. Il suffisait de lire la pression des vérins pour connaitre la pression appl quéo. Un index fixé & 1’élément permettait de suivre le déplacement de celui-ci, Les caractéristiques mécaniquesdel'argile avaient été déterminées sur 5 cavottes pré- Tevées entre 0m,50 et 9m,20 de profondeur et qui ont fait Vobjet chacune de 4 mesures de cisaillement sous des pressions variant entre 0,5 et 6 Kg. par em’. Lrangle de frottement interne a été trouvé compris entre 9 et 11°, et pratiquement indépendant du niveau auquel l’échantillon avait été prélevé. Au contraire, la cohésion a été trouvée variable avec la profondeur. Elle pouvait se représenter par une expres- sion linéaire en fonction de la profondeur : c=3942n Tl ne s'agit évidemment pas Ih de résul- tats mathématiques, puisque la valeur trou- vée dépend non seulement de Ia précision des mesures mais anssi de Phomogénéité de la earotte dans laquelle ont été découpés les échantillons. Néanmoins, la précision est satisfaisante. og Terran natural (Argile plastique) aun temps donné loreque, & intérieur d’une couche en place on introduit une vessierelige 2 un manométre et que l'on remplit Ia ves sie de liquide de manidre & coller exacte- ment au terrain, La mesure de la pression de gonflement a été faite sur tous les échan- tillons extraits et a donné des résultats compris entre 1 et 2,5 Kg/om?, Rappelons que la couche en question ayant 46 compldtement découverte, si elle avait 6&6 en équilibre hydrostatique, la pression interne, au niveau du sol, aurait di étre nulle. I s’agit done bien’ lA d’une couche en voie de décompression ayant une pres- sion interne propre. Cette pression a pour expression: 104 14h Les résultats des essais sont résumés dans le graphique ei-joint. Is ont confirmé que, ss Tonne/m? 20 10 Profondeur en métres Fig, Nous avons, d'antre part, mesuré la pres- sion hidrostatique interne des échantillons, c'est-A-dire ln charge qu'il fallait leur appliquér pour éviter tout gonflement,lors- quis étaient placés au contact de Peau, Cette pression est celle qui s'établit au bout 10 dans tous les ons, Vextraction des _pieux correspondait & un cisaillement de l’argile et non & un frottement du béton sur le radier. Appliquons aux essais la formule ci-des- sus qui donne la résistance A l'enfoncement TECNICA 343 ue’ au frottement latéral d’un pien foneé daus un milien donné, pK C+ Mhig yD en donnant suecessivement au coefficient K les valeurs des coefficients de pousée et de butée, d@aprés Regal, pour une valeur de 10° de angle. ‘Tenons compte en ontre, des valeurs obtenues pour la cohésion une part, pour la pression propre de gonflement d’autre part, et tragons les droites correspondant & Ia résistance au cisaillement et & Tarrache- ment calculée, On voit qu’elles encadrent les points figuratifs des essais de fagon tres satisfaisante. Cot essai est tris important en ce qu'il montre que, dans une argile homogéne et de profondeur pratiquement indéfinie, on peut, en connaissant les caractéristiques du matériau, déterminer A l'avanee la résistance de pieux battus ou forés, 4—Essais de Gennevilliers — Mesure du frottement latéral. Dans les essais de Genuevilliers dont nous avons déjh parlé, on ne s'est pas contents de mesurer aussi approximativement que possible la résistance Ia pointe, mais on a cherché h déterminer la charge transmise par le pien aux différentes couches de ter- rain. ‘A cot effet, de cellules piezométrique & cordes sonores ont été placées & Vintérieur du fiit, 4 des niveaux correspondant apr ximativement aux niveaux de séparation des différentes couches et on a mesuré les efforts supportés par les différentes sections au pieu pour chacune des charges appli- quées. Le terrain était constitué, de haut en bas, par une couche de méchefer, puis par diverses couches plus compressibles de marne, de sable fin, enfin par une argile tourbeuse récente, le tout surmoutant les sables et graviers en place sur lesquels In fondation devai étre assise. Les essais ont montré que Ia charge appliquée en fait, était, pour les 2/8, trans- TECNICA aaa misse & Ia couche supérieure de michefer, Ja moitié environ du dernier 1/3 était trans- mise aux couches superposées de marne et de sable fin, Par contre, & la traversée de Targile tourbeuse, c'est, au contraire, le terrain qui chargeait le piew et qui lui res- tituait une grande partie de ce que les couches supérieurs avaient pris. C’est done que le frottement du pien sur Te terrain, qui agissait positivement dans les eouches Efforts dons ve piow so_60_70 60 ee | TTemoins soneres Covne Fig. 11 supérieurs, pas ou peu compressibles, change de signe i la base, dans In tourbe, dont In compression est certainement supérieure Venfoncement du piew angmenté du raccowr- cissement de celui-ci sous la charge. Cette couche, en se comprimant, exerce sur le pieu une traction vers le bas qu'il est im- possible de caleuler, mais dont il faut tenir compte. Linflaence du frottement négatif sur la stabilité des fondations sur pienx est une question extrémement importante et que nous avons eu loceasion de vérifier en plu- sieurs cireonstances. Citons, en particulier, Te cas d'un hangar constrnit sur pienx qui roportaient la charge sur une couche d’argile compacte située 4 18 m de profondeur. Notre Laboratoire « ét6 appelé paree que certains pieux avaient tassé de 25 em. Les essais ont montré que le frottement négatif des 16 m supériewrs de vase en cours de consolidation portait In charge & 140 clest-A-dire & 28 Kg/em*, L’application de In formule de M. Ferrandon conduisi, pour les couches supérieures de largile servant dassise, A une limite des déformations élas- tiques égale A 12 Kg., & une valeur du poingonnement égale i 40 Kg., La charge de 28 Kg/em? étai done trés loin dans le champ des déformaticns plastiques et expli- que bien le tassement constaté. Tl ne se serait rien passé si tous les pieux avaient été anerés assez profondément dans largile pour atteindre un niveau assez compact pour supporter In charge; malhenreusement, certains avaient été arrétés en téte de celle-ci ot l'accident s'était produit. CONCLUSION De I'analise des fondations sur pieux A laquelle nous avons procédé, nous pouvons conelure qu'il est possible de ealeuler & Vavance la résistance d’une fondation, Mais nous n’insisterons jamais assez sur le fait que les calculs les ‘plus savants ne dispen- sent pas de ln reconnaissance préalable. Ils impliquent tous que, au-dessous du nivean sur lequel seront arrétées les extrémités des pieux, Ie sol, en profondeur, est, soit homo- gene, soit de plus en plus compact. A la condition que Von aura vérifié qu'il en est bien ainsi, les essais dont nous avons donné le résumé permetent de caleuler comme la résistance X Menfoncement d'un jeu: rey) La résistance & la pointe se ealeulera par T'une des formules que nous avons indiquées, soit celle qui donne la limite des déformations élastiques du terrain naturel, soit celle qui done Ja valeur du poingonne. ment. Selon que l'on emploie la premidre on In seconde, il est inntile ow il est nécessaiva Wappliquer un coefficient de sécurité, de fagon & rester dans fe domaine des défor- mations élastiques. Das le cas fréquent of on se propose employer des pienx pour reporter une charge sur une couche résistante sitnée en profondeur, cette couche se trouve consti- tude par des sables et graviers. Or, il est souvent diflicile de prélever des échantillons intacts de sable ou de gravier et de faire sur ceux-ci des mesures d’angle de frottement, On peut admettre, dans In pratique, un angle de frottement de 30° pour le sable fin et 85° pour les sables ot graviers dans Vapplication des formules ci-dessus, 4) Cas des pieux flottants.— Les pienx flottants son utilisés lorsqu'on se trouve en présence de couches compressibles de grande hauteur et lorsque la compnciti de ces couches augmente avec la profondeur Dans ce eas la mise en place du pien mobilisera non seulement la résistance i la pointe, mais aussi Ia résistance an frotte- ment latéral, On pourra alors compter: 1.°—Au moment de Ia mise en place: sur une résistance & In pointe donnée par In formule de M. Ferrandon, et sur une résistance au frottement Iatéral due A la butge du terrain, qne Von caleulera par Ia formule que nous avons donnée ci-dessus, sans tenir compte de la eohésion qui risque avoir été détruite du fait du remaniement de Vargile Ie long du piew au moment du battage. 2." — Une fois le pien en place, le terrain se consolidera autour du piew. On constatera abord une certaine décompression s'il y a eu battage. Lean incluse mise en sur pression an voisinage immédiat du pieu va se détendre, mais en méme temps que le sol se décomprime, il se consolide et se solidarise avec Ie pien, Ia couche d'argile qui Pentoure se consolide partiellement par absorption de l'eau par le béton, et si Yon arrache Ie pieu, il est enrobé’ d'argilo. Si on n'impose la charge que progressi- vement, la consolidation est un fait acquis lorsqu’on charge le piew; on pent alors, dans le caleul de Ja résistance, faire intervenir la cohésion et la pression de consolidation qni aura été déterminée par expérience, y ‘elles son les méthodes de calcul des fondations qui peuvent étre employées dans le cas des pieux. Tels sont aussi les cas courants @emploi de ce mode de fondation C'est volontairoment que nous n'avons pas parlé de Vemploi des formules de battage, TECNICA 345 dont la valeur empirique est incontestable, mais qui péchent toutes par le fait que l'on se sert one résistance dynamique pour mesurer une résistance statique, Crest pourquoi les méthodes de calcul que nous avons indiquées nous paraissent plus satisfaisantes et de nature & éviter Jes nombreux déboires dont nous avons, ci-dessus, donné un exemple. ‘Telles sont les indications que nous vou- ions donner sur Jes applications de la méca- nique des sols i étude des fondations. Crest volontairement que nous nous sommes abstenus de développer les caleuls qui con- duisent aux formules que nous avons citées dans notre exposé. Nous espérons que, tel qu'il est, il pourra étre utile aux Ingénieurs, en faisant le point d'une question qui, jusqu'ici présentait encore pas mal d'obs: curité, Acaba de aparecer TOPOGRAFIA GERAL PELO ENGENHEIRO CARVALHO XEREZ TECNICA 346 MUTADOR EM POR (Conelusao) © estndo que vou fazer do mutador— —unidade fornecedora de energia do emis. sor de onda eurta Brown Boveri de 10 kW instalado na Estagio de Alferragide da Companhia Portuguesa Rédio Marconi— —nio é prdpriamente do modo como é construido, mas das fungdes que desem- penba, conjuntamente com outros elementos, a fim de que o emissor trabalhe nas melho- res condigdes de estabilidade. As partes constituintes do emissor estilo montadas em oito cabines metilicas dispos- tas como se indica na fig. 20, existindo uma mesa de comando donde se faz toda a vigi- Tancia ¢ as diversos manobras para o por 2 funcionar. ines : A—cabine dos andares preleminares de RF, B—cabine das vilvulas) C—eabine das bobines | de R. F. D—cabine dos andares de A. F, E—cabine das correntes fortes F—cabine do transformador do mu- tador G —cabine do mutador 6 do filtro H—cabine do transformador de dulagio M — mesa de comando, andar final das Consideremos a cabine cori fortes alimentadas pela rede por intermédio RADIO-EMISSAO FERNANDO FRANCO FEIJGO (D0 CURSO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA) D. 6, 624 396 dum transformador abaixador 8,100/380 Volts 50 Ha. Toda a en é registada num caminhos diversos : consumida pelo emissor ador seguindo depois —Uma parte passando num transforma. dor de estabilizagito (permitindo varia- gbes de tensio de ++ 1%.) dustinn-se & alimentagao dos andares preleminares @ ao aquecimento dos filamentos das flvulas, Outra ird alimentar o do mutador, tito anddivo — E ainda ontras tém por fangio alimen tar os diversos cireuitos auxiliare — Cireuito de regulagio do transformador de estab’ —Girenito da grelhas do muta Cireuito de I — Cirenitos dos motores dos ventiladores de alta baixa pressio, destinados & refrigeragiio das valvulas ¢ das oabines. tensio de comando de doy 9 do unttador —Cirouito de alimentagio da mesa de comando. cuito de alimentagio do termostato. ilo de fun em linha i mento do mutador, entrand de conta com as condigéh decer quando utilig aque deve do em rédio-difus: Vamos considerar seis pontos de parti- cular importincin ; compoundagem Curto ¢ fendmeno do arco — Interrupgdo da excitagao Sobretens Refrigera Tecnica 447 Emi F Brown Boveri de 40 kWinstalado no posto emissor de Alferragide No esquema unifilar simbélico (fig. 21) temos quatro circuitos a estudar : I—Cireuito de alimentagio anddiea. II —Cirenito de grelba. TI — Cireuito de ligagio do mutador. IV —Cireuito de alimentagio do te mostato. Recorremos a um esquema mais completo —ainda que simplifieado em relagao ao real —apresentando os trés primeiros cir- cuits considerados fundamentais (fig. 22). Matador Brown Boveri estudado TECNICA 348 Nos esquemas parcelares seguintes estio indieados os diversos elementos e as ligagdes efectuadas em cada um dos cirenitos. Indieagdes da chapa do mutador: = 10.000 V BA 30 kW Tensio.....- Corrente. . Poténcia continua .. suito anédico © civeuito anddico é alimentado pelo transformador tri-hexafasado T (fig. 23) com disjuntor de comand eleetromagné- tico D protegido por dois relés directos de mixima corrente 1 € r. Ha ainda um relé térmico secundario que protege a insta- lagio contra sobrecargas. (figs. 24-25), Ligado a0 neutro do transfor- mador T esté a bobine do terminais m 1 (actuando ignalmente no mesmo relé x.) © Numa das fases est montado o primério do transformador de intensidade t cujo secund actuar no relé da grelha ry Tecnica 350 interealado em série o amperimetr (fig. 25) que nos di o valor da co: continua que o emissor consome, A safda do mutador ligado ao citodo eneontra-se um shunt (fig. 26) empregado ha compoundagem (eujo funcionamento adiante se vera) © em seguida esta o filtro Fig. 5 constituide por um «condensador de alisa- mento» e por uma self de 10 H—3 A. Temos ainda um condensador antiparasita ligado entre massa e edtodo. mperimetro de corrente continua A, (—4 A) — Voltimetro da tensio continua filtrada V, (012 kV) 1 — Circuito de gretha O transformador do comando de grelhas T, (fg. 27) & protegido do lado do pr pelo disjuntor D, que pode por um dispositive téem ser desligado Este cireuite serd adiante estudado com todo 0 pormenor. Aparelhos de medida: —Voltimetro da tensio da rede com comntador para as trés fases V (0—450 V), I — Circuito de ligagéo do mutador O mutador precisa para ser posto a fun- cionar de um dispositive que provoque determinada vaporizagio do meretirio de Fig. Aparelhos de medida: —Contador de horas de servigo do mu- tador modo a fazer saltar 0 arco e consequente transporte de electrdes. E adoptado o meretirio para substineia catédica, devido ao son estado Mquido que TECNICA 351 The permite voltar ao extodo depois de con- densado sobre as superficies frias. e ainda porque a queda de tensio no interior da célula ¢ pequena, e priticamente indepen- dente da earga (~ 20 Volt). Esta queda de tensio é fungiio da densidade de vapores na vilvula e particularmente da densidade na vizinhanga da grellia e do anodo. E claro que, durante a construgio do mutador, foi necessério efectuar uma extrac- O dispositive para fazer saltar 0 areo entre catédio © anddio, ¢ para manter a excitagiio, émanobrado da mesa do comando, e compreende: a) Transformador de exeitagio monofa- sado t;—montado em banho de éleo na mesma tina do transformador T do comando de grelhas (fig. 27)—e tendo no seeundiirio 2><116 Volt, r | 1 | | I ! | I | \ | | | | | | | gio do ar do seu interior, ¢ fazer seguida- mente as soldaduras convenientes, de modo 8 obter uma estanquicidade o mais perfeita possivel. Com efeito, o rectificador estudado niio posse bomba de-véicuo com o respective manémetro de controle, ¢ esta earacterfsticn 6 particularmente vantajosa em instalagdes de cabines, em que se procura uma arruma- gio dos diversos elementos, segundo um eri- tério de mixima economia do espago. Tecnica 352 2) Bobine B, do cirenito de excitagio (fig. 27). c) Resisténcia R, 17 9 em série com 0 cireuito destinado a fazer saltar 0 arco (fig. 28), 4) Resisténcias de excitagio Rye—Ry, do cireuito anddico de exeitagho (fig. 28) @) Rectificador de selénio S, (fig. 28) que dé corrente para a vareta (ig. 26). f) Relé de excitagao r, (fig. 24). Pneus e camar. as de ar Producao da Manufactura Nacional \ | de Borracha LivROS TECNICOS GRANDE SorTipo Nt, IENOS TAO roa cme eens ATICA—5 wet Maquinas de Precisaa, Ltd. ‘ Ty ba iw Il Funcionamento : Quando se liga o transformador de exci. inglio t,, os Anodos de excitagio a (fig. 26) ficam submetidos a uma tensito alterna de 110 Volts em relagio no edtodo, ligado ao ponto neutro de t, pela bobine By através do relé de excitagto r,. A vareta atraves. sada por uma eorrente de 2,8 A mergul no merctirio quando © mutador nfo esti sendo exeitndo, Mas, ao mesmo tempo agnela corrente que é reetifieada por 8, faz levan tar a armadura do dispositive que segura # vareta, Logo que esta ¢ atrafda, comeca a saltar o arco mantido por aquela corrente, Os fnodos de exeitagio comegando a fun. cionar, produz-se uma queda de tensio nas resistencias de excitaglo que far deminuir @ corrente que atravessa a vareta a wm valor de 1,2 A —valor suficiente para man- té-la fora do meretirio, A exeitagio fiea sempre ligada a fim de obter determinada vaporizagio de meretivio, € 0 arco nunea deixa de saltar mesmo quando a carga baixa a zer Havendo interrupgio no fornecimento de corrente da rede, 0 mutador excita-se anto- miticamente, quando a corrente for de novo ligada, Dados construtivos: —Consumo do dispositivo de ligagto do mutador ~ 1 kW. — Corrente para excitaeio: (dada pelo amperimetro A, —0— 10 A) mutador em vazio— 8,5 4 mutador em earga-~9 —10 A IV — Circuito de alimentago do termos- ato Este cirouito nfo se descreve, apenas se indicando o papel que desempenha no fun. cionamento da eélula rectifieadora Sobre o mutador existe um radiador parabélico que aquece quando a tompera- tura é muito baixa, Com temperatura baixa é diffeil fazer saltar 0 arco. O radiador esté ligndo a um termémetro de ponteiro com dois contactos e no deixa ligar & excitago quando a temperatura desce abaixo de certo valor. os agora considerar os seis pontos ~ tris citados—de particular importin. cia em ridio-emissiio, Fig. 28 A—Estabilizagio; compoundagem A estabilizago obtém-se por meio dam comando de grelhas polarizadas © faa-se dentro duma margem de 0 a 100 °/, da tensiio nominal. Verifica-se logo que se liga 8 oélula © mantém-se no momento em que se desliga, Considera-te a tensio de comando como a resultante de duas tensdes: 1—tensfio continua — fornecida pelos rectificadores de selénio 8, 8, 8, liga dos & resistencia de carga R, (lig. 2d), 2—tensdes alternas — fornevidas pel transformador decomando'l (fig. 2% sobre as resisténcins Ry a Ry (Ay, 24) Teeniea ana A sobreposigiio de tensdes (continna e alterna) étransmitida is grelhas de comando . 26) por meio de resisténcias R, a Rj; (fig. 24), havendo contudo deformagies provocadas pelos condensadores C; a Cs. Os cireuitos que vio as grelhas sto liga- dos & tina do mutador por meio de conden- sadores, estando esta isolada da terra e pri- ticamente ao potencial do cétodo. A regulagio da tensiio continua faz-se por meio de bobines B,, alimentados por uma tensio continua auxiliar existente na resisténcia de regulagio Ri, e na bobine de self B,. A resisténcia de regulagio Ry, 6 comandada i distancia pelo motor M, ma- nobrado por botdes de pressiio existentes na mesa de comando. Funclonamento do circuito de comando de grelhas Consegue-se, pelo comando de grelhas, uma regulacio continua na tensio de 0a 10.000 Volt. 0 tancionamento do comando baseia-se na possibilidade de variar a desfasagem (em relagio A tensio do respective fnodo) dos impulsos positivos que vio ts seis grelhas, A varingio de desfasagem 6 obtida modi- ficando a magnetizagio das bobines de comando B,, que possuem um micleo de substineia magnética especial com cavacte- ristien de eotovelo bem pronunciado. transformador ‘T, alimenta um secun- dirio em trifngulo aberto e as correntes for- necidas por este secundirio (desfasadas de 7) sto ificadas pelos trés grupos de rectifiendores de selénio §,, S, eS, em liga- Ho sistema Grattz, A resultante atravessa a bobine B, (com papel de alisamento) e ali- menta os enrolamentos secundérios 6 d: hobines de comando B,. Podemos yariar magnetizagio destas bobines variando a posigao do cursor da resisténcin Ry, (coman- dada pelo motor M,). A caracterfstica magnética tem 0 anda- mento indieado na fg. 29. Variando a saturagio do nticleo vai variar © coeficiente de auto indugio das bobines a interealadas em série no cireuito de comando: TECNICA 354 de grelhas. Com efeito, para g =i, L temos 0 fluxo prhticamente constante ¢ L vai dimi- nuir & medida que i, aumenta Para dar uma explicagao fisica simplista da varinglio de desfasagem da tensio de ‘ §—fux0 ig — corrente de magnétizagao Fig, 29 grelha e logo da variagio do fingulo de igni- ho @ pudemos supor grandezas sinusoidais puras e logo susceptiveis de representagiio veetorial simples. Na realidade, nfo é iss0 0 que acontece pois neste caso o sistema de control & por impulsos ¢ portanto de repre- sentagio vectorial bastante complicada, Supondo que ao cireuito de grelha apli- camos uma tensio alternada sinusoidal de amplitude constante, pretende-se determi- nar as variagées de desfasagem da tensfio de grelha, quando varia a saturagio magné- tien de By (fig. 30). Fig. 30 Sejam ¢, ey ¢g € @ 08 valores instan- téneos, respectivamente, da tensiio aplicada, da tensio aos terminais de bobine (suposta sem resistencia), de tensio aos terminais da resisténcia Re da tensto de grelha. Sejam E, E,, Ex e B, as respectivas amplitudes. ssl ‘emos © para grandezas aliernadas sinusoidais com a mesma frequéncia B= Th + Be +, = constante em que jwiT Ri rT (podomos considerar sem grande erro a queda de nsiio dentro da valyula como queda dhmica). Diagrama vectorial © Angulo de ignigio ¢ confunde-se no caso do impulso priticamente com 0 ingulo de desfasagem entre a tensiio anddicn ©, ¢ a tensio de grelha e,, Soja . para i= 0 © EE, Vimos que & medida que aumenta i, (sumenta a snturagio) L deminue, o panto P vai deslocar-se sobre a circunferéncia (E=const) para P’ ¢ 6, passa ao va- lor 6<§,. Em conclusio: pelo aumento de corrente de prémagnetizagio das bobines B,, demi. nue o Angulo de ignigéo, isto 4, os impulsos das grolhas verificam-se mais cedo, Sistema de compoundagem © sistema de compoundagem representa uma compensagio da queda de tensio no interior da villvula ¢ no transformador de alimentagio anddiea, queda que vai crescer com a carga, unt sh (lig. 26) do cirenito anédico que funciona com essa finalidado, O aumento de tensio aos terminais do shunt (proporcio- nal & carga) dé origem a um aumento do corrente de primagnetizagdo das bobine By. © angulo de ignicio 6 deminue, 0 que or gina uma subida de tensiio compensador: B—Curto circuite; fonémeno de arco inverso O «fenémeno de arco inverso» consiste no seguinte: Em funcionamento normal as células rectificadoras tém resisténcia praticamente infinita num sentido, nfo permitindo passa. gem de corrente sentio em sentido oposto. ‘Temos fluxo electrénieo apenas do céitodo Para os nodos — corrente dos Anodos para © eftodo. Mas, por causas especiais 0 efeito da vil vula pode deixar de existir, havendo entio uum fluxo de electrdes em sentido contririo, dando origem ao estabelecimento do area entre as placas. Temos deste modo curto circuito no secundério do transformador T © que arrasta a curto cireuito no primério, As principais causas do fendmeno de arco inverso so : @) Forte ionizagto residual do merourio em torno dos anodos a temperaturas muito elovadas 8) Pressiio muito clevada do meretirio ¢) Impurezas no material dos Anodos 4) Depésito sobre os anodos de poeira dos isoladores ¢) Sobretensies entre os Anodose o edtodo provocados por sobretensdes sobre as redes priméria ou secundaria, © por cargas brascas aplicadas ao mutador, ainda nao suficientemente aqueci vapor de O prinofpio de eliminagao dos fenémenos de arco inverso é 0 seguinte: A grelha, que TECNICA 335 em funcionamento normal est positivada, logo que se estabelece o arco ou eurto cir. cuito provoea-se-lhe uma negativagio em relagio ao edtodo. Deste modo, a passagem de electrdes em sentido contrério ao normal —precisamente a causa do arco inverso— Jéndo & possivel e 0 curto cireuito extin. gue-se, A volta das grelbas forma-se uma carga espacial positiva que bloqueando os finodos impede a emissiio de electries, Deve notar-se ainda que no caso de curto cireuito no Indo continuo a sua extingao $6 se faria completamente apés vérios periodos de corrente, ¢ isto devido a oscilagdes de energia armanezada na bobine de self de filtragem. Este inconveniente contudo, é suprimido, como se verd. O relé de grelha r, actua nas impulsdes fagendo-se simultfinea- mente uma comutagio, de modo que a ener gia acumulada na bobine de selfseja lancado na rede alternada, ¢ 0 curto cireuito extinto em menos de um perfodo sem que 0 disjun- tor primério dispare, O relé de grelha r; 6 comandado pelo transformador de intensidade t e pela bobine ml por onde passa a corrente continua recti- ficada. Possue uma bobine m!1,, alimentada pela tensiio aos terminais da resisténcia de carga Ri, © cuja finalidade ¢ tnicamente assegurar a insuflagio do arco nos contactos. Estabelecido o eurto cireuito, 1, actua, & os contactos cortam a corrente de prema- gnetizagao das bobines de comando By, assim como 0 cireuito que vai ao ponto neutro do transformador de comando T,, As grelhas ficam entio negativadas em relagio 20 cfitodo. Apés a perturbagio—areo inverso ou curto cireuito—a tensio continua sobe de zero a0 seu primitivo valor no intervalo de tempo 0,8 segundos, Assim, em caso de anor- malidade a interrupgio total ndo chega a durar 0,4 segundos — soma-se ao tempo de extingio o que leva a tensio continua a a aloangar o regime normal. No caso de curto circuito com caracter permanente o disjuntor primério dispara, e tensiocontinun é antomiticamente baixada até zero pelas grelhas de polarizagio. Tecnica 356 C—Interrupséo da ex S50 Interrompendo-se a excitagiio momen neamente os dnodos principais fieam ime- diatamente bloqueados a fim de evitar que, quando o arco recomece a saltar, va encun- trar a vareta, O bloqueio dos anodos obtem-se por meio de dois contactos auxiliares do relé de excitagio r,, que interrompem a corrente de prémagnetizagaio das bobines de comando B,, eo condutor neutro do transformador T,, 86 quando a excitagio for novamente ligada, os Anodos principais deixam de estar bloquendos. D — Sobretensdes A fim de evitar os efeitos grandemente prejudiciais das sobretensdes— que ori, nam faiseas perigosas nos pontos mais fracos da instalagio ¢ ainda fendmenos de areo inverso—existem disparadores esté- ricos entre os anodos ¢ a cuba, E—Refrigeragio A refrigeragio do mutador, assim como das outras cabines do emissor, faz-se por civeulagio de nr, estando o grapo de venti- lagio montado numa cave. Ele é constituido por dois ventiladores (de alta e baixa pressito) por uma caixa de distribni¢o e por um filtro através do qual passa o ar fresco antes de entrar no ventilador. O ar quente sai pela parte superior das diversas eabines e conduzido por uma conduta para o exterior, F —Comandos Nio vou desorever o modo como se fazem os comandos do mutador, Na realidade, 0 problema, ainda que nfo apresente grandes dificuldades tedrico-técnicas, é de tal maneira complicado pelo mimero e’ diversidade de cirenitos empregados, que, se pretendesse dar uma explicagto teria’ que preencher mnitase muitas piginas com grande ntimero de esquemas, | deve dizer-se que, ida com o emissor seja esente 08 diversos ci lo menos saber embora para quem | indispensivel ter pr enitos do comando, ou pe Jos ripidamente 0m 08 esquemas (supondo caso sua esséncia a questio do ‘esse tem no estudo comparada ¢ comando pouco i Pretendi fazer sobre Apenas em tragos E da mesa do cor funcionamento domi botdes de com: mando que se actua no rutador carregando em rol faz-se por \dendo indieam estito a efectuar wando, € 0 cont limpadas’ que acen S0 8s sucessivas manobras se pela ordem correcta, A ligagao do emissor pode ser © para isso basta carregar num ou ainda nfo automdtica em gam sucessivamente os diver: Independentemente da me podem fazer- que se empre- sa do comando se num painel existente ne a8 seguintes manobra, aio dor de aquec —comandar o relé de grulha mento Existem limpadas de aviso que assinalam todas as manobras, Elementos de consulta: —D. G. Fink — Engineering Electronics + Terman—Radio Engineers’ Handbook (1943) —H. Rissik — Mercury tors —H. Giroz—La transformation do V'Enorgie Slectrique I — Commutatrives et Rodrossours —M. Leblane—Redresseurs & vapeur do mere cure ‘Are Current Conver — Revistas: Brown Boveri General Electric Asea Tecnica 357 Terminaram a parte escolar do seu curso no ano lective 1945-46 ©s Nossos colegas : ENGENHARIA ELECTROTECNICA Raiil Duro Contreiras que por lapso nito veio mencionado no n,* Nos nomes dos nossos colegas de Engenharia Quimico-Industrial deve rectificar-se ode Anténio dos Santos Borges para Anténia dos Santos Borges. Acaba de aparecer: TOPOGRAFIA GERAL Se DE RKAL PELO ENGENHEIRO CARVALHO XEREZ TEENA 358 DO MUNDO TECNICO A Geologia na Pesquisa de Carvao Por LESLIE R. MOORE, B, Se. Ph. D. F. GS, Tradugho de J. Rogado ©. D. 62233653 A [pesquisa do earvio apresenta estes dots tipos de problemas principais 1) —Problemas que surgem durante a exploragio de novas areas de um jazigo earbonitero je conhecido, ou na pesquisa de novos jasigon Problemas levantados nos desmontes dos jai, 80s, lais como o estabelecer a relayo esteat Brifies entre distintas eamadas de catvio, ¢ interpretar a estrutura geologiea do jacigo ¢ as perturbagies que essa estrutura lenha sofride, Nos iiltimos anos tem-se adquirido eonhecimenteg geoldgicos que resolvem muitos daqueles problema A eusta de floras ¢ faunas fosseis, conservadas mae rechas do Coal Measure, Nesse campo 0 prof. A. E. ‘Trueman, FR. S, ¢ Mr. J. H. Davies dividiram as rochas do'Brtish Coal Measure em certo nimero de camadas, bascando ne 2a fauna continental af encontrada (Carbonicola, Anti, soma, Neladitese Anthraconauta:, camadas evsas que Bram Feeonhecidas em todos os importantes jazigos Britanicos, ta feliz estratigrafia demonstrou a presenga de quatro formagdes marinhas no complexo do British Coal Measure e que ocorrem, por outro lado, em niveis bem determinados em todos os prineipais jazigos carboniferos, Por dliimo, o prof. Trueman mostrou recentemente Aue as camadas mais abundantemente exploradas, em qualquer dos jazigos britanicos, ocorviam interesteuin cadas com trés das formagdes continentais atrés retert das. Camadas com Carbonicola ovalis Anthracomya modialoris ‘arbonicola similise Antracomys pulchra, Estas conclusdes sfo ja um precioso guia quer para qualquer futuro desenvoivimento a projectar om news reas de um jazigo earbonifero jé em laboraglo, quer também para a exploragéo de novos jazigos. E 0b pron Dlemas de exploragto tem especial magnitude ng Inglatefra onde muitos jazigos carboniferos estgo par, cial ou totalmente dissimuladas por rochas mais re centes. Estas formagdes mais recentes assentamem di cordincia sobre as rochas que formam 0 Coal Measure Portanto a extensio e estrutura desta formagie subjacente pode apenas ser determinada A custe ‘de sondagens profundas onde os sedimentos marinhos sis ficilmente identificados nas proprias ecarctess os estratigrafia € determinada pela camada continental cons SGescis na qual ocorrem. Por outro lado, porque as tio nas formagses ‘com fauna nental, su presenca pode ser indieada pela sondia aniesda exploragao ser considerada sem intereeee Assim presta-se, ctuaimente, considerivel ntengte A (correlago entre distintas camadas de carve oa PlerPretasso da esteutura dos jazigos carbontferos Fara esse fim, slo da maior importancia os esindey exame estatistico desses moldes, os resultados mun tratam uma extraordingria disperséo entre os meine extremos de tais moldes, Mas um grande namero de formas intermediétias lustifiam estados de transicZo e ligam todos os fosscie dentro de uma comunidade homogénea, Os fosseie de Gualquer outra eamada, abaixo ou aeima na estean Graf, podem apresentar algumas formas similares, Contudo as vatiagies destes moldes podem nao inclu! {odes as formas eneontradas na camada anterion ¢ ire guentemente apresentam outras que ai no tinh vido encontradss, Assim o Brass Vein da parte gente lo tzigo carbonifero da Gales do Sul ¢ caracterizado por ‘moldes especificos durante uma extensio de 100 km: As camadas earboniferas so poriento primeira mente estudadas pelo modo indicado, numa aren req PerturbasGes geoldgicas. Depois o etitétio peleontn Hegico estabelecido € aplicado Aquelas regices, do fzigo carbonifero aparentemente anormais, por cates de perturbagdes geoldgicas. As camadas de carve saa consequentemente relacionadas e muitos problemag de estrutura se podem resolver. A ‘solucio de tais problemas muitas vezes depende Primordialmente da identifieagao das eamades eorbe niferas. Esta identitfeag#o usando caracteres,fisiens como a possanga, 0 tipo de carvio, e a nstures ae teto ¢ frequentemente possivel, quando as tuicine originals eram de espessura e tipo aproximademens uniformes. Contudo, em certas zones des jazigos con boniferos do Gales do Sul, realizaram-se movimenng consideraveis durante a formaglo da turfeita, donde resullaram variagées_ oa possanga, a ioterrupsdo c espalhamento subsequente das camades delgudas, ainda a répida variacfo da natureza da camada edo seu teto. Assim a espessura e tipo de rocha entre diss dadas camadas ¢ susceptivel de ripidas variagfes (fig. 1), Pereebe-se pois porque a identifcacdo de ums eatmacy carbonifera pelas suas propriedades qulmicas se torne muito dificil nestas condigées, Mais, estas diferencas genéticas entre as caracte: Tisticas dos carves, foram intensificadas por pertur bacdes geologieas epigeneticas; em particular pelas falhas, que afectam a possanga das camadas earbent feras © por vezes os seus tetos TECNICA 359 Pois toi em cireunstincias assim que os fésseis encontrados mo teto de certas camadas forneceram considerdvel ajuda & sua eorrelagao, e dat a resolucio Fig. 1 Hlosten a corelagio etre tds fess do jvigo de problemas estruturais. Um desses problemas ¢ dleserto a seguir eilustrado pela fig. 2 ‘Nas zonas mais profundas do Coal Measure deatro da area do. jazigo carbontfero de Gales do Sul a que temos feito referencia, existem nove niveis (A, dos auais seis, AB, C, F, G, He J, fornecem eamadas exploriveis, Os tetos de todas estas eamadas contem A partir de um nivel inferior supunha-se existirem, duas camadas, Ae B, exploraveis. Para o norte do pogo as camadas superiores J, H, Ge F apresentaram uma grande falha com um rejeito de 140m. As cama- das inferiores eram afectadas de modo semelhante por uma falha que se considerou a mesma que atravessara ‘as camadas superiores, Estudos detathados provaram ainda que as camadas 1,1, Ge F tinham sido correctamente identificadss, € © mesmo acontecendo & camada A no piso seguinte. Contudo, 2 camada explorada como sendo B apre- sentava a fauna caracteristiea da camada C, e era na realidade uma combinacio de B © C para formarem uma tiniea camada mais delgada, As medidas efeetuadas entre as camadas (B-}C) e F, provaram, na vizinhanga do pogo, que os estratos entre essas eamadas eram menos espessos do que aquilo que seria para esperar mesmo contanto com as rapidas variagdes de possanca io frequentes na regio. ‘Uma sondagem feita a partir de (B-4-C) e para cim encontrou D com a sua fauna marinha © ainda a camadas Ee F a disiineias normals, acima de (BC Portanto a anormal possanca dos estratos entre (B + C) ‘eF indieada na seco do pogo, era sem divida éevida A repetigio de estratos proveniente de falha inclinada. Esta falha que passa através do poco com uma incli- nagko muito pequena em relagfo as juntas de estrati- fieagio, nia tinha sido observado durante a abertura do poco. A Interpretaglo de tio extensa falha mostrou uma repeticio das camadas exploriveis (B-+C) ¢ F, Ge H, fem extensa érea e tambem nfo ser a falha que atra- vessava as camadas inferiores a grande falha normal as camadas, como inicialmente tinha sido sugerido | Esta tem um ligeiro rejeito. E ig, 2 — Borngen tciaea dy demoate desert A= = Fats ioctionts {osseis de plantas ou animais que as'permitemidentifiear fem toda esta direa. A eamada C, com uma fauna earae- terfstica e eamada inexplorével D, com extratos mari- nnhos no teto, sfo de particular interesse para estabe- lecer a estratigrafa (© pogo da mina interseptou e trabalhou, desde um corto nivel superior, as eamadas I, H, Ge ECMICA 360 Um nove nivel de desmonte foi iniciado, para traba- Thar as camadas inferiores, mais acima em qualquer ‘outra parte da mina, quando a exploragao prévia, tendo comegado abaixo do plano da falha, nfo conseguic localisar estas camadas (Do Britsh Council) Emprésa de Sondagens e Fundacées TEIXEIRA DUARTE, L.” rus once LISBOA SONDAGENS GEOLOGICAS CAPTAGKO. DE AGUAS SUBTERRANEAS ONCE} INJECCOES DE CIMENTO FUNDAGOES DE TODOS 05 TIPOS OV sa aa} Ess ay ed eee ec a) SOGIEDADE AROnima BROWN, BOVERI & CIE. BADEN (SUISSA) Ropresentante geral para Portugal e Colénias: EDOUARD DALPHIN Sscritério Técnico: Praga de D. Jose I, 25, 3.° Dir. // PORTO | Tel. 2411 Maquinas eléctricas, transformadores, mutadores, aparelhos para alta e baixa tensio. Montagem completa de centrais termo e hidro- -eléctricas, Electrificagdo de fabricas e de caminho de ferro, Locomotivas, e auto-motoras eléctricas e Diesel-eléctricas. Maqu nas de extraccdo. Turbinas a vapor. Geradores de vapor Velox. Maquinas frigorificas. Grupos e transformadores para a soldadura pelo arco. Fornos eléctricos. Comandos eléctricos especiais para todas as méquinas utilizadas nas FAbricas de Fiacdo, Tecelagem, Acabamentos, Estamparia, Cimento, Moagem, Material de alta frequéncia, Telegrafia, Telefonia, Telecomando, ete. S.A. Unido BI uguenn — Setabal ‘Turbe-et 400 kW

Você também pode gostar