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mis) (e\ 20) ee _ ENGENHARIA voce oon N? 179 -Janeiro-1948 ie ) co Socieoane Inoustaie Metavuncica Responsabilidade Limitada (REGISTADO) . SERRALHARIAS, CALDEIRARIA, PERRARIA, Fabricado pelos mais modernos pro- cessos e preferido para todos 08 tra- FUNDICOES balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. s Barricas de 180 Ke. ESCRITORIO mecioLk Rua de S. Tiago, 13 COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO LISBOA RUA DO COMERCIO, 56, 3.° LISBOA Telefone 26572 Cimento TEJO FABRICA EM ALHANDRA PERIIEARERE ECU UAHAA AAAALAAR, A instalacéo mais moderna do Pais. Dois fornos rota- tivos em laboracéo.—O “CIMENTO TEJO” marca pelas suas altas resisténcias ¢ regularidade, garantidas pela fiscalizagdo continua de todas as fases do fabrico, exercida por técnicos portugueses especializados. Pedidos 4 Companhia “CIMENTO TEJO” SEI M LISBOA FILIAL NO NORTE RUA DA VITORIA, 88, 2.° AV. DOS ALIADOS, 20, 3.° PORTO 79 | TECNICA Janeiro—1948 ALUNOS DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Fadsego¢Aininstagio: AV ROVISCO PANS, IST / LISBOA-N,/TEL. 70144 (inks 60) DIRECTOR FERNANDO JACOME DE CASTRO S-U M A R | Oo ADMINISTRADOR HENRIQUE ESTACIO. MARUES CAPA ~ Galeria de drenagem da BIBLIOTECARIO (rmol) — Seeedo 2,00>2) JAIME ORNELAS CAMACHO om de Guilhofret SECRETARIO fet JOSE MARIA AVILLEZ © probleme pedagégico dons RACCIAIOUN tuto Superior Fésnica. «~~ Ene Lal A. de Almeida ree oem angs Manuel Bravo ss + +677 doseamentode be- aaeee ss Eng’ Sid6nio Braado Farinha 68: Reactividade do carvdo de ma NOMERO AVULSO 7660 delra. ~Vereilio Rui Teixeira Lope 636 ASSINATURAS! A pré-fabricecSo na técnica . colonial « nes Eng Manuel Pimentel Pe- a reira dos Santos... + + Continente « has 21900 40800 75908 Nétule sobre @ geomorfogenis 96 Celina Porton * iit Torr agen 0 Setabel + "seme aleto Machado... + + + 705 { i 0 6. ano de mina: @ fspanta (curso Jose Rogado ¢ Fernando ; Freitas 8 EDITOR & PROPRIETARIO ae eae | Décimo Sétimo Congress0 tn~ } ASS, DOS ESTUD. DO 1.5. T. Ternacional de Navegacso.- . . - 5 . Mundo Técnico... « ; 5 Bibliotece + ps COMPOSTO E INPRESSO | / | | Tip. JORGE FERNANDES, L.m* OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA REVISTA SAO RUA CRUZ DOS POIAIS, 103 DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, LISBOA BBA SONDAGENS RODIO, Limitada Sondagens geolégicas, estudo da resis- téncia e permeabilidade de terre- nos; laboratorio geotécnico Pesquisas de agua. *Consolidacéio ¢ impermeabilizagdo de terrenos ¢ de obras por meio de injeccdes de cimento, produtos qui- micos, argila activada, emulsdo be- - tuminosa Sheliperm, ete. Estacas de betaio armado, sistema Rédio moldadas no solo sem trepidagées. s Rebocos comprimidos por «cement gun Fundacées em terrenos dificeis’ quer RODIO por congelacao artificial, quer por abaixamento do lencol de agua. ‘Aa melhores referéncios él ketent resents em Portgal: ne pais e no esirangeiro Walter Weyermann, Eng. civil Praca do Municipio, 32, 2.°— LISBOA Tol, 2 8685 ~ ACROW 150 Litros ‘As tinicas betoneiras de 150 litros, equipadas com tremonha doseada de materiais, permi- tindo trabalho continuo, isto é 0 s/rendimento aumentado em 50°/,; chassis montados sobre molas ¢ rodado sobre pneus, isto é, permi- tindo a mais facil destocagao. MOTORES A GASOLINA Entrega imediata, no armazem do representante exclu: sivo para Poitugal 22004 Henry M. F. Hatherly, Ltd.* 2.0883 Rus do Comérclo, 8-5." — LISBOA bos rent] r APARELHOS DE ALTO RENDIMENTO PARA TOPOGRAFIA GEODESIA. 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Fornos eléctricos, Automo- toras eléctricas © Diesel-Eléctricas. Turbinas de vapor. Aparelhos de iluminacdo. Instrumentos de medida, Condutores eléctricos. Electrificacéo de fabricas. Comandos eléctricos especiais para fébricas téxteis, fabricas de papel, etc. Maquinas frigorificas, Emissores ¢ receptores para T. §. F. Aparelhagem de Electro-Medicina, Instalacdes de Som, GENERAL @ ELECTRIC Portuguesa, S. A. R. L. LISBOA Telef, 28135-28136" Rue do Norte, 5 NNN af L, Fabrica Nacional de Condutores Eléctricos, L.” VENDA NOVA—AMADORA CONDUTORES ELECTRICOS CEL Fabricados pela indiistria nacional segundo as Normas de seguranca das instalagées de Baixa Tensao CONCESSIONARIOS GERAIS: SODIL — Sociedade Distribuidora, L.* R. HOVA DA TRINDADE, (5-0 LISBOA ~~ BBPMIUNLAN , Grupo turho-alternador Oerlikon de 30000 kW e ponte rolante de 74 t. ‘da Contral de Hameenlinna (Pildndia) PRODUTOS QERLIKON Equipamentos eléctricos para _centrais termo e hidro-eléctricas, subestagdes e instalagdes de distribuicGo. Geradores e motores eléctricos de todos os tipos, transformadores, reguladores de inducGo, grupos convertidores, mutadores, turbinas @ vapor e turbo geradores, grucs eléctricas, interruptores e aparelhos de manobra para alta @ baixa tenséo, aparelhos de proteccdo e relais de todos os tipos, equipa- mentos pora soldadura eléctrica por arco, comprescores e bombas de vécuo, electro- lisadores, equipamentos eléctricos para locomotivas, automotoras eléctricas ¢ diesel- eléctricas (via estreita e normal), tramwais, troley-buses, funiculares, teleféricos, etc, Representante Geral para Portugal e Colénias P, BELLAS! Porto // Rua $4 da Bandeira, 494, 3.° // Telefone 968 ATELIERS DE CONSTRUCTION OERLIKON ZURICH-OERLIKON (SUICA) TECNICA FERNANDO JACOME DE CASTRO ANO XXIII-N.° 179 JANEIRO 1948 O PROBLEMA PEDAGOGICO DO INSTITUTO SUPERIOR TECNICO PELO ENG* QUIMIco.INDUSTRIAL LUIS A. DE ALMEIDA ALVES (Assistnte do LS. T) ©.p. 37 Sem preocupagdes de nm rigor exagerado, pode definir-se curso como sendo o con- junto minimo de conhecimentos que permite exercer uma determinada actividade com um yendimento razoiivel. Este conjunto de conhecimentos, que é fixado para eada profissio, de acordo com o seu gran de desenvolvimento em fungio do tempo, é adquirido pelos estudantes sob a forma de uma soma de snb-conjuntos que constituem as cadeiras do curso, Essa soma tem de ser feita, em geral, segundo uma certa ordem e nfio pode eviden- temente, deixar de satisfazer & definiglo de soma de conjuntos; mas, sendo assim, s6 apn- recem, na soma, os conhecimentos que facam parte de alguma cadeira e estes, uma tiniea ves, mesmo que sejam repetidos em varias. Fsta afirmagio permite concluir, imediata- mente que, sob 0 ponto de vista pedagégico, 6 necessdrio que as diferentes endeiras de um curso sejam estabelecidas de modo tal que nenhum assunto posta ser omitido ou repetido, Esta conelusio a que, alids, j& por duas vezes, tive ocasio de fazer referéncia (') representa, por assim dizer, o aspecto quantitativo do problema pedagégico. E evidente, conindo, que nfo basta enumerar 08 conhecimentos a adquirir: & preciso, também, estabe- lecer 0 modo como devem ser tratados. Este segundo problema que é bastante complexo, como é natural, depende essen- cialmente, das qualidades técnico-pedagégicas das pessoas a quem o ensino & confindo e, portanto, 0 estudo deve comecar, logicamente, por fixar quais devem ser essas qualidades. Nao 6 possivel, porém, num problema desta natureza, chegar a um resultado exacto que iio seja afectado de um certo coeficiente de subjectivismo, mas, por iso mesmo, hii toda a vantagem, em analisar, até que ponto é possivel trati-lo objectivamente. Posta a questfio nestes termos, von tentar fazer essa anilise, em linhas gerais (°) Pode admitir-se que o rendimento profissional » de um individno, é susceptivel de ¢ exprimir pela forma binémia n=aT+bS, em que Te S representam as pereentagens de treino e de sabedorin que sfo inerentes (1) Nos artigos 45 > 1) Armadura de tracgiio Aplicando a férmula (1) ¢ tirando 4 do quadro vem; para 0,00674 (0.12 ><80—4), a4 donde: == "F200 (@0 — 4) +£.0,00674 (0.12 >< 80 — 4) 282<80. 30 — Ay = 21,6 + 1.30-—=22,99 emt 2) Armadura de compressivo Caleulamos proviamente : R,=mRy. TECNICA 677 sendo vi=ah, para 45/1200 + 10.36 donde ~ 308 By = 15 >< 45 <2 580 kgjem? logo, pela apliengio de (2) vem: 35><28,8 >< 25<880 29, sn? Exemplo no 2 Caleular uma viga duplamente armada para M== 2.500.000 kg.cm —h=75 em b=52 em pr, = 45 om {R, = 1200 Do quadro tiramos: 0,00674 (0.12 h — a’) = 0,00674 (0.12 >< 80 —- 4 137 a= 0.26 em logo: —54,0= 10,2 em? Nao € necessiirio, em qualquer dos exem- plos, fazer correegdes, visto que nos ciileulos entrimos em linha de conta com a verda- deira posigio da armadura, DedugHo das formulas anteriores: 1) Valor de Sahemos que: ALR (h—a) bers (F TECNICA 078 fazendo: Avg ant bh h vem: 2dbR, (b—a'y dividindo por h DR, (h— a’) ou LR @—ay— donde: mas vem: Mo =) TheR(k—a) 3 md— aha) ou M hk Goa Tad aay como A,==7bh vem: Ra—at chamando vem: 11) Valor de A!, Sabemos igualmente que: bv'2 $m Al (0! — 8) mA, (bh— senea y sopejnayvo wesof saquazaroyooo saisyy — #apSn2i089 (= 1 g9st‘o) og600'0 | (* — 4 o¢Ft'0) szoTo'o | (®—4 ge6FTO) 80gTO‘O —1 99810) a6eT0'O | (@— 1 99F9T'0) SO0TO‘O TECNICA, 679 o1v'o ezr'o aro ozyo v6r'0 ED (e— 1 geogr'o) ges00'0 |G — 4 geaeT'O) FFO00'O| (® — 1 OEFT'O) SL0T0'O | Ce — 4 OST‘) GasTO'O | (V—4 O8ET'0) OZFTO'O iee"0 600 ezro osto vero 08 Ge = g9eat'0) 68200'0 #¢6¢1'0) GTBO0'O | Ce — Ge — 1 08F'0) SLOTO'O | (¥—V9908T'0) aFEIO |g. 1e0 28e"0 ezt'0 zovo J (8 — 4 Se9TT'0) F2900°0 Ge — 4 g¢8at'0) F0800'0} G* — 1 O¢sT‘0) ST6OO'O na) ere0 s8e"0 gor'o :301'0) @TzG00'0 | G® — 4 OFTT'a) 6200‘ | Ge — 1 OOGT'O) #29000 | (* —4 99zT'o) 91200'0 | (e — 1 SEFET') 80600'0 + sze0 zve' o9e'0 ose'o coro . 000T'0) gaFoo'0 | Ge —" eeg0T'0) ggF00‘O | (* —4 OFTL'O) Eegd0%o |(¥—" 992TT"0) FIO‘ | Ce — 4 Ost) BFLO0.O | yy, o0e'0 sie0 ege0 eas°0 seo (== 1 0160'0) 6tFE00'0 | (* — 1 00960°0) zessoo'o} (* — 4 SeLOL'0) EFFOO'O | G* — 4 99LOTO) FIEOO'O |" — 4 VORET'O) 6zCOO'O] ge elz'0 : seo voe'0 eze0 Lve'0 (2 = 1 OTg0'0) 862z00"0 | (® — 1 99980") 8e6z00'0} Ge — 4 OTGO'O) GFEOU‘O | Cv — 1 99% (#—X 801'0) F9F00'O | gg e0z'0 2970 eLz'0 06z'0 oreo 18y cov! coet oozt oot 00! - % ajay 0.0% op 09 so|sodns aoTes O Mod anode aT ey sw vaed r= a Bea) Pe) aioe grew vied =e (= -ale (@-w"e op SOT Ly K v | ovavno dividindo por bh? vem: vo mA (a) mA (h vi bit vy como a= aa (= un) podemos dar-Ihe a forma: TECNICA 680, do aingrama de fadigas a que a pega esti sujeita, tiramos: vB donde wo Re RRS substituindo na expresso de Al, vem Ry A= AL mR, om Rhy simplificando vem: Ry ATELIERS NEYRET-BEYLIER & PICCARD-PICTET GRENOBLE EQUIPAMENTOS DE QUEDAS DE AGUA LABORATORIO _DE_ENSAIOS _HIDRAULICOS EQUIPAMENTOS DAS GRANDES BARRAGENS HIDRAULICA AGRICOLA —REGA Desearga do fando da Barragom de Santa Luzia da Uma vélvula— Borboleta de segue Uma vélvala—Horboleta de deseargs tanque de 1480 de didmetro SOCIEDADE PORTUGUESA NEYRET-BEYLIER 0000 AUTOMATICA ELECTRICA PORTUGUESA 8. A. R. Le Séde—-RUA ANTONIO MARIA CARDOSO, 60 Fabrica RUA DO TELHAL AOS OLIVAIS associada da AUTOMATIC TELEPHONE & ELECTRIC C* LTD. | LISBOA LONDRES LIVERPOOL, ——— Sistema de Felecomunicacao e de Sinalizacdo por correntes fracas. Aperelhagem telelénica automitica «STROWGER» mundialmente conhecida — para dupes de redes completes ou centrais isoladas, # Telefones de sistema manual e apare fhagem das respectives estacdes, ¢ Sistema de transmissio telefGnica por salta {requencisy simples ou mulliplos, ¢ aparelhagem acesséria, # Cabos telefonicos © sparelhagem aces sink <= Interurbanos, Regionals ¢ locals. @Instalacdes de vigilancia e contréle @ distin- serie vTelefones € sinalizacéo para mines, @ Apsrelhos « ELECTROMATIC: reguladores de wétego do velculos outre aparelhagem. fFornecedores: Da Administracdo Geral dos Correios, Telégrafos ¢ Telefones : pata a automatizacao do sistema telefénico do Pais, Do Ministério das Coldnias: para a automatizagao do sistema telefé- nico das cidades de Luanda, Lourenco Marques, ¢ Beira. Da Companhia dos Telefones: pata a rede telefoniea das cidades de Lisboa ¢ Porto. A indieagio das quantidades de cada um dos materiais que entram num metro eiibico de betio, pode ser feita de duas maneiras: pelas relacgdes dos pesos de arein e brita ou burgan que entram para 1 cimento, e relagio AJC ou C/A dos pesos de cimento e dgua que entram num certo volume de betiio; on pelo peso de cimento que entra num metro eaibico, pelo volume de materiais inertes, ainda pela relagio A/C ou C/A. ‘Assim, por exemplo, um betfio de 250 kg de cimento por m® de betito e relagdes em peso 1:2,30:6,05 A/C—=0,55, tem por metro eitbico 250 kg de cimento, 575 kg de areia, 1510 kg de pedra e 138 kg de gna. No segundo caso indicaremos, por exemplo, um eto de 400 kg de cimento, 400 litros de areia, 800 litros de pedra ¢ 140 litros de gua, 0 proceso da medigio dos materiais inertes em peso s6 se segue em grandes obras, porque sto caras as instalagdes para pesagem dos materiais, preferindo-se por isso, geralmente, fazer a medi¢o do material inerte em volume, e fazendo-se a do cimento em peso porque vem embalado em sacos de peso conhecido. Geralmente a dosagem 6 fal que a uma amassadura corresponde um miimero inteiro de sacos. ‘Um metro etibico de material inerte nito é ‘uma quantidade definida porque o seu peso especifico aparente varia com a composi- a0 granulométrica, humidade, ete. podendo, para uma mesma composi¢fio volumétrica, obter-se betdes de qualidade muito varisvel. Pelo contréirio, uma tonelada do material inerte é uma quantidade bem definida, para ser precisa basta que se indique o grau de humidade. Por isso, quando se pretende dosear o hetiio em volume, a determinagio das quanti- ABACO PARA DOSEAMENTO DE BETOES PELO ENG. Civil (I. St) SIDONIO BRAZAO FARINHA cD. 614.012.3, dades deve fazer-se «in loco», a partir da dosagem em peso proviamente estabelecida para o caso de materiais secos, ¢ dos pesos espeefficos aparentes determinados nas con= digdes de aplicagiio. ‘Vamos em seguida estabelecer um Sbaco para doseamento do hetiio, em peso: Sejam C, Me A respectivamente os pesos de cimento, materiais inertes ¢ Agua que entram num metro ctibico de betio. Serd M=a+b sendo ae brespectivamente os pesosdeareine brita queentram nesse metro ettbico de betio. Representando por A a densidade do betio fresco, e se suposermos, como na realidade acontece, muito aproximadamente ('), que a gua preenche por completo os vasios da mistura cimento + materiais inertes, ser C+M+A 1000 ‘Uma ver conhecida a densidade efectiva 4, do hetio, por determinagio directa, fica- mios conhecendo a percentagem de vasios (- Sendo geralmente 3,10 a densidade abso- Juta do cimento, 2,65 a da mistura areia + + pedra, e 1,00 ada sgua, temos C4 A =1000 donde 0,58 C + 0,62 M-+ 1,653 A = 1643 Esta relacgio permite construir um ébneo de pontos alinhados (figura 1), ()) Em ensaioe reatizados, obtivemes erro infen TECNICA 681 -18 our “4 “43 42 Conhecida a quantidade de materiais inertes que entra para 1 de cimento (eseala médin do Abaco), para determinagio da relacg&o 1: a: b ha que conhecer a relaccao entre ae b, a qual se determina por ensaios, ow a partir duma curva tedriea de granulo- metria, © problema do doseamento dum betio fiea portanto resolvido conhecendo a dosa- gem C de cimento por metro cttbico de hetiio, a quantidade A de agua necessiria, ea relacgio b/a dos pesos da brita ¢ arein que entram num gerto volume de bet, © valor da C & fixado, em virtnde da experiéncia obtida com obras jé realizadas, on em face das resisténcivs que se pretende obter. Em qualquer caso C é sempre um ntimero conhecido e aquele que, na pratica, define 0 betio('). A quantidade de gua A depende da granulometria dos materiais inertes, da dosagem de cimento, e é a necessiria para se obter a fluidez que se pretende, Como ordem de grandeza, podemos dizer que sto necessirios 140 a 160 litros de agua para se obter 1m? de hetiio plistico, e 200 a 220 para obter um betio fluido; 0 sen valor & definitivamente fixado por ensaios de amas- sadura. Podemos também recorrer a férmu- Ins empfricas para fixar o valor inicial de AC). A relagio b/a depende da dimensio mixima dos inertes, da natureza ¢ granulo- metria destes, ¢ da plasticidade do betio. © seu valor deve ser tal que nfo haja pedra a mais (pois a mistura nfo seria «trabalhayel») nem areia a mais (0 que exi- girla mais gua de amassadura, ¢ portanto implicaria uma diminniggo de resisténcia do betio). Pode partir-se do valor dado por uma curva tedrica de granulometria, proce- dendo-se depois ’ correcgio por ensaios de armadura, Para determinagio do valor de b/a o «Conerete Manual» apresenta 0 grafico da ) Porex: Reties de enchimento 150—180; bareagens ravidule 150— 220; heto armailo 200 ete €) Vor J. Faury < 3,34 = 8,89 donde se conclni que a relagio em peto dos materiais 6 1:3,84:8,39 e portanto por m° de hetito entrario 180kg de cimento 602 > > arvia 1.511» » pedra 1d > > Agua Tecnica 683 Exemplo 11 —Quais as quantidades de materiais que deverio entrar num metro ctibico de eto plistico de 350kg de cimento por m’ de betio, e materiais inertes rolados de dimensto mixima D=15 mm, adoptando a curva de Bolomey com a= 10 Pretendemos utilizar um cimento para o qual K,—=250 kg/om?, e obter uma resis- téncia de 335 kg/em® aos 28 dias. Chamamos ia ao material inerte de dimensio entre 0e 6mm Como é sabido, segundo Bolomey, a resis~ téncia provavel de wm betio & dada, com (5-280) em que K é uma caracterfstica do eimento empregado, dependendo do tempo de endu- recimento e da maneira como se faz a con- servagio dos provetes("). erro inferior a 20°/, por R Portanto © _ R#OSK _ a ~ 3 +.0,5>< 250 _ 1,84 250 190 Kg Unindo por uma reeta os pontos corres: pondentes das duas escalns extremas do ‘ihaco (fig. 1) tira-se M 5,28 ou M = 5,28><350 = 1850 0 Segundo Bolomey, acurva granulométrien da mistura cimento + materiais inertes deve aproximar-se da paribola do 2.° gran pea 4 t00—2/ \ sendo « um eoeficiente variivel em consis- téncia ou plasti to e rugosidade dos gritos nertes. () Bulletin Techniqae de Ja Suisse Romande, 22 de iro do 1944, TECNICA 684 Esta equagio pode escrever-se 4 10-2 Va VD por onde se vé que no plano (yd, p) a equagiio é representada por uma recta, que tne o ponto de abcissa O ¢ orde- nada # como ponto p—100 da vertical de yD. Para o caso de ser «= 10e D=15 mm a curva de Bolomey é a que se repre- senta na figura 3. A’ ordenada correspo dente a d—=6 mm 6 p=68, isto & & pedra corresponde 32°/, do peso total de materiais inertes ¢ cimento, i arein e@ cimento correspondem 64 ° Ter C+ a=0,68 (M+ 0) 68 (1850 + 350) — 350-1150 1850 + 800) = 700 Por metro eribieo de betio entram : 350 kg do cimento 1150 kg de areia 700 kg de podra 190 kg de agua A = 2300 ke/m' Exemplo III —Estabelecer doseamento em volume do betio de 300 kg de cimento 160 litros de Agua por m°, empregando arein e pedra cujas densidades aparentes, nas condigdes de aplicagio, sio 5,—=1,7 3,14, empregando uma relaciio em peso b/a=2,3. 9102 08 4 2 4 68 15 20 100 VD/ 8 8 Bjernflo P= 10\+90, g 8 s S T % on peso < admin x s s va geeos 4 2 4 6 8 10 15 20 ued Aberssas propercionaes a Vad mm ° Fig. 3 ‘Temos C= 800, e Por m® de betio entram: M ° Abaco dé — neo dk F Dosagem om peso Dosagom om volume 300 kg do cimento 300 kg do cimento gdearcia 4251 de areia 1374 kg do brita 8101 de . 160 kg de égua «1601 do [As relagdes dos materiais em peso sio: 1: 1,09: 4,58 :0,53 431 kg/m? TECNICA 685 REACTIVIDADE DO CARVAO DE MADEIRA IDEIAS GERAIS — PRIMEIROS ENSAIOS (Continuagao) III — Método oxperimental ‘Todos os ensaios feitos sobre reactividade se podem englobar em duas categorias —laboratoriais — semi-industri Os primeiros, ou se baseiam na medigio da perda de peso do combustivel aquecido em corrente de anidrido earbénico, ou mais geralmente, na medicio e dosagem do volume de gis desenvolvido. Os segundos, realizam-se em aparelhos semelhantes aos de utilizagio priitica e baseiam-se no facto de a zona oxidante em que se realiza prin- cipalmente a reacgio C402 + COr ser tanto menor quanto mais combustivel for 0 catviio utilizado; e a zona redutora em que se passa a reacgio C+ COs = CO ser tanto mais reduzida quanto mais earbo- xireaetivo for. ‘Assim, por andlises efectuadas a diversas alturas do carvio, num gasogénio de ensaio, pode seguir-se o desaparecimento do oxigé nio, a formagio ¢ desaparecimento do ani- drido carbénico, a formagio de éxido de carbono, em fungio da distancia & gre- Tha, avaliando-se separadamente a carboxi e a oxireactividade do carvio. Parecen-nos dever ser escolhido, para inicio de estudo, um método que permitisse medir a reaotividade por andlise dos gases, TECNICA 686 por VERGILIO RUI TEIXEIRA LOPO Assan d 1 8.1 cD, 6626 j& porque a determinagio da percentagem de anidrido carbénico desaparecido pode constituir, por si sd, uma medida de reacti- vidade, j& porque directamente se pode obter a constante de velocidade na expressio K—) og Le 56 gina: A g EE, jh ainda porque é sus- ceptivel de maior rigor ¢ facilidade de determinaciio. De um modo geral, nestes métodos, faz-se passar um volume conheeido de anidrido carbénieo durante um dado tempo, através do combustivel Ievado & temperatura © © analisam-se os gases resultantes. E, a maior parte dos ensaios feitos segundo este prin- efpio, nto diferem entre si sendio pela tem- peratura, processo de eliminagio das maté- rias voliteis, duragio de contacto, processo de anilise, ete. Adoptémos, com algumas modificagtes, o método de Davis e Reynolds, modifiendo j4 por Jones, King Sinatt ¢ utilizado pelo Fuel Research: Department of Scientific and Industrial Research na sua primitiva forma, para o coque. ‘Tivemos, porém, que modificar algumas das condigdes experimentais e adoptimos, nesta primeira fase a temperatura de 850°. Dado que o carvao de madeira tem uma veactividade sensivelmente maior, de um modo geral, que o coque, nfo tinha interesse determinar, como para este, a reactividade 2 900-950° (temperaturas aproximadas de fabrico dos coques de altas temperaturas). ‘A estas temperaturas, os valores obtidos, por demasiadamente présimos, nao eram susceptiveis de comparagio como verifici- jaos em ensaios prévios, 0 que corresponde, no equilibrio, & inflexfio da curva da per- oontagem de anidrido earbénico em fungio da temperatura. Além disso, a temperatura de 850° esté dentro da zona de redugao dos jrasogénios de gas de Agua e de gis mixto. Ensaiamos a 800, 850, 900, 950°, um coque e um carvio de madeira, ja para verificar concordincia de resultados, j4 para ter uma primeira ordem de grandeza das presumfveis diferengas de reactividade com a temperatura, No quadro seguinte comparamos os resultados com os dos ensaios de Bodmer e com os de Arend e Wagner para diversos carvdes, cujas caracteristicas, para este efeito, nos nio interessam. recido tem com « temperatura, e que estes valores variam duma maneira gradual, quer para o coque quer para o carvio de ma- deira. Estas determinagdes serviram-nos, alids, para a adaptagio e verificagio do dispo- sitivo. Procurdmos determinar, nestes primeiros ensaios, reactividades iniciais — isto é, reac- tividades, nfo ultrapassando os carvées a temperatura de reaccio, o que lhes modific a estrutura, ¢ sem passagem de gis iner' além de um tempo determinado para des- gasificagio, @QuapRo | | NOSSOS ENSAIOS Equiltvrio del E%8i0s |g, Equitirio al Basaios Troma Houdouact | yen | de Bodmer co, [zane] Volume] teronde | Cisne | £20508 Sti [Esse (to ae, | es 3,0 | 36 | 137 | 63,8 | 86,2 | 136 | a — BR ELE Carviio de 153 | at jo madeira | | | coaue | 143, | | L eo | Carvio de 167 | a re) pe be | Cogue 166 of at 900° | || 94 Smedea 183 ei | oo |= = | Coque 118 | i | 29 9807 | —— +—} 98 — | Garvie de alla , 2 + [madeira | 19) | 188 | sa | 96 | ao | 190 | L2 | 7 Notemos que as comparag3es com os Como tempo de duragdo de ensaio, usii- a tp Ps ensaios de Bodmer e de Arend, que incidi- ram sobre carvies e coques cujas caracte- risticas sio absolutamente diferentes, ap nas tém por fim verificar a variagio mais ‘ou menos paralela que, dum modo geral, @ pereentagem de anidrido carbénico desapa- mos vinte minutos com 0 débito de 5 ml/mi- nuto, tempo usado nos métodos para o coque, talvex susceptivel de, em futuros ensaios, ser diminnido, dado que os tempos de contacto gas-combustivel nos aparelhos de utilizagio, sio possivelmente, menores. TECNICA 687 De facto, segundo Clements, no alto forno a duragio do contacto seré de 0,10 se de 0,20 s segundo Broche e Nedelman; num gasogénio fixo 0,355 segundo Gevers Osban © de 0,035 s num gasogénio de automével. Para caloular aprosimadamente a dura- gio de contacto no nosso ensaio, podemos admitir que os gases ocupam '/, do volume do combustivel (= 10,5 ml) e sendo + saljs 2 D=5 mljmin 0 débito a Oe 760 mm, seré 1 Gxt? iB vy ca duragio do contacto seré 2 tendo em conta oacréscimo de débito devido transformagio de anidrido carbénico em Sxido de earhono (1,6). Um céloulo idéntico para um gasogénio alimentado a coque, com nma intensidade de gaseificacio de 80 kg/h/m? de superficie de grelha, produzindo 5,5 m° de gis por quilo de combustivel, di, admitinds 0,8 m de espessura de camada 0,87 Volume «nterior 145 ml. © que confirma a opinifio de Gevers ¢ mos- tra a diferenga entre 0 tempo experimental @ 0 tempo real. Mantivemos, porém, este valor que nos dé valores mais aproximados do equilibrio ¢ portanto mais susceptfveis de comparacio, mas que, se nos facilita por um Indo a expe- riéneia, nos dificulta por outro a constineia do débito e permite maior desenvolvimento de matérias voliteis. Notaremos desde j, que, para débitos de 50 ml/minuto (da ordem de grandeza dos usados por Oshima e Fukuda) nos aproxi- manos muito das condigdes priticas dos gasogénios, sendo este valor a ter em conta em faturos trabalhos. Usiimos a granulometria do ensaio do Fuel Research para o coque-granulos pas- sando pelo peneiro de 10 e retidos pelos de 20 malhas I. M. M. (1,2 a 2,4 mm). Gomo tubo de reacgao usou-se um tubo de silica fundida tal que 0 espago morto a ser yarrido ao comegar o ensaio fosse tao pe- queno quanto possfvel e com uma ampola de tamanho suficiente para conter a amos- tra de carviio, terminando por um tubo capilar de paredes grossas, tal que permita um arrefecimento brusco dos gases do equi- Hbrio 1 COO 200FQ de modo a que & temperatura ordindria tenhamos 0 gis com a mesma composigio que } temperatura de reacgio; isto é, im- pedindo a possibilidade de deslocamento do Fig. 1 TECNICA 688 se sal os ‘er ve ola 8- bo ita aie cia fio a oquiltbrio acima no sentido 2 pelo abaixa- mento de temperatura, Uma concavidade de paredes estreitas para o par termo-eléctrico, favorecea leitura, om maior preciso, da temperatura, ‘Trabalhou-se por facilidade experimental © por ser de certo modo mais comparivel & pritiea, & pressio atmosférica (uma pressio haixa favorece a formagio de éxido de car- bono). Mas nada, prhticamente, se sabendo sobre a influéneia da pressfio na carboxirenc- tividade, hi que, em futuros ensaios, traba- Ihar com misturas de anidrido carbénico axoto com cerca de 20%, de anidrido carbé- nico, por exemplo. O dispositivo empregado 6 0 da figura e consta essencialmente do seguinte O anidrido earbdnico(') produzido (1) & Iavado préviamente com carbonato de sédio Q)e cidosulftirico(8)e finalmente recolhido numa proveta (4) graduada, com 200 ml de capacidade, com duas partes separadas por um estrangulamento ¢ envolvida por uma camisa de gna. Por um sistema de vasos comunicantes, munidos de uma bomba que permite a cir- culagio da solugio saturada de cloreto de sédio, o gas 6 expelido, depois de medido, e & seco primeiro em cloreto de ciileio (5) ¢ depois em anidrido fosférico (6). Entra no tubo de reacgio (7) que um forno eléetrico eleva a 850°, medindo-se s temperatura com um par termoeléctrico (8) e é recolhido numa proveta (9) de 200 ml de capacidade onde é medido, Um sistema simples de anilise de gases permite a dosagem do anidrido carbénico por absorpgao em potassa. Paralelamente ao sistema produtor do anidrido carbénico, existe um sistema for- necedor de azoto. Este gis 6 proveniente de uma garrafa ¢ sofre nma lavagem, pri- meiro em ‘icido sulfiirico (18), depois om agalhol aloalino (17) e de novo em em sulfiirico (16 © 15); entra num forno () Produzimos o anidride earbénico num aparelho de Keep, com deido eloridrieo puro 0 pedacos escolhidos de iirmore, aquecides durante bastante tempo com dua. Obtivemes ge com a pureza sufleiente, © que com wna garrafa e manodetentor no conseguimos, decerto, por erfaigfo deste, Poi alis aquele © processo pelo qual no Fuel Research o prepararam Jones e King. aquecido a 500° (14) onde, com dxido de cobre, se climinam os tiltimos vestigios de oxigénio, depois do que & lavado em car- bonato de sddio (12) dcido sulfirico (138), seco com cloreto de eiileio (10 ¢ 5) e, final- mente, pela torneiva de trés vins que bifurea og sistemas produtores de azoto ede anidrido carbénico, langado no tubo de reacedo, depois de seco em anidrido fosférico (29), ¢ expe- lido para a atmosfera. Provocémos 0 movimento dos Mquidos com solugio saturada de cloreto de s6dio, embora seja por vezes usada a de cloreto de magnésio, preparada com 167g de sal cristalizado com seis moléculas de agua em 100em! de signa. O combustivel é levado a 850° numa corrente de azoto, que depois de atingida esta temperatura continua a atravessil-lo durante uma hora, para conseguir uma el minagio conveniente das matérias voliteis Em seguida substitui-se a corrente de azoto por uma corrente de anidrido carbénico, utili- zando 100 dos 200 em’ contidos na proveta. Fizemos, per nos parecer mais expedito e conseguir 0 mesmo efeito (eliminacio do azoto, estabelecimento da renegho e medigio rigorosa dos restantes 100cm'), esta pas- sagem de anidrido carbénico com grande Agito até gastar 80cm’ e com a velocidade de 5 ml/minuto para os 20 em’ restantes. Mantendo a temperatura rigorosamente constante (0 que se consegue em geral pondo a chave do redstato nas posigdes 2 ou 3) procedemos ao ensaio, rodando a torneira de gaida do iubo-laboratério, até agora aberto para a atmosfera, para o tubo de absorpgio do gis(9) e regulando o débito (5ml/minuto) com a toraeira inferior da proveta (4). O gis recolhido ¢ depois analisado por absoxpgdo em potassa céustica, que nos dé a pereentagem de anidrido carbénico exis- tente no giis e nos permite, por diferenca, saber a pereentagem de anidrido carbénico que reagiu. ste valor pode dar-nos uma medida da reactividede, se bem que definida como uma velocidade, seja preferfvel exprimi-la on por TECHICA 689 Dispositivo para a determinasio da reactividade do carvo de madeira em que [e0,]_ ¢ [co,]t representam os teores do is resultante em anidrido carbénico nos tempos 0 e t (antes e apés @ passngem através do carvio) sendo t a duragio de contacto, ou por 100-42 10—K em que R exprime a percentage de ani- drido carbénico transformado. Estes valores, sendo proporeionais ao cosficiente de velocidade Ka tog Leese +8 Geos] t Jog tornam, como dis H, Guérin, a reactividade uma grandesa mensurivel. Como ordem de grandeza podemos indicar como duragio de um ensaio 2h 10m, repar- tidas, duma maneira, como é de ver, apro- ximada, assim : 1) Aquecimento do forno ‘ preparagio do ensaio 2) Eliminagiio das maté- rias voliteis por passa- gem do azoto (com simultines medigto do con, ete.) 5 3) Passagem dos primei. 80min 60min os 100 em? de cos 4) Ensaio prop.t® dito 5) Dosagem 10min 20min 10min (30min —2h 10 min Como cuidado especial a ter, hi o de nfo permitir a condensagio de aleatrdes resi- duais do carvio na safda capilar do tubo de reaggho, o que nem sempre é ffeil mas se consegue com um aquecimento local. 0 frasco nivelador do tubo de recolha dos produtos de reacgfio deve descer gradual- mente de modo e manter a pressio atmosfé- rica no tubo de reae¢io. IV —Primeiros ensaios sobre carvoes naeionais ‘Uma ver estabelecida a concordancia dos resultados de um coque e um carvéo utili- zados exclusivamente para ensaio do dispo- sitivo is varias temperaturas (Quadro 1), procedemos a uma determinagio sistemati- mada da reactividade de alguns carvdes portugueses, cujas amostras foi possivel obter no I. PC, Estes carves foram obtidos por destilagio de madeiras na retorta de ‘Weindel, a temperaturas extremas da ordem dos 350 a 450°C; a serradura foi analisada sumériamente, e do carvio determinaram-se a humidade, cinzas, matérias volitteis, ear- bono fixo, hidrogénio, densidades aparente e real, aleatrao potencial, poder ealorifico pontos de inflamagiio em corrente de oxigé- nio (6 I/h) e de ar (13 I/h). TECNICA 691 Apresentamos para cada um dos dex carves cujo estudo fizemos, os resultados de dois ensaios, em regra. os tinicos feitos, dado quea concordincia, depois de adaptado 6 dispositive, nao foi dificil ('). O volume total obtido, no é, como se compreende ficilmente, apenas constituido pelo anidrido carbénico remanescente ¢ pelo dxido de carbono formado % custa do anidrido car- bénico primitivo. Salientimos jé a dificuldade de elimina- o total de matérias voliteis (no volume nfo absorvido pela potassa pode chegar a existir apenas 93°/, de éxido de carbono proveniente da reacgio) mas nas conelusdes tiradas do quadro, notaremos que a impossi- pilidade de desgasificagdo total nto evita ‘8 concordancia dos valores e portanto a determinagio da renctividade como a defini- ‘mos, com precisio satisfatéria (desvios infe- riores @ 2°/, se definirmos a reactividade pela percentagem de anidrido carbénico desspareeido) . Thdicamos 0 volume teéricamente libor- tado e verificdmos que embora raras vezes ultrapassando em 10°, 0 volume teérico, desgasificagio é bastante imperfeita e vari- vel. Isso se deve atribuir nfo sé & naturezn do carvio como 4 posstvel irregularidade de passagem do azoto que nio foi ficilmente controlével. De qualquer modo, porém, e, como era de prever, a desgasificagio do carvio vegetal & mais diffeil que a do coque ea este facto voltaremos adiante ao anali- sarmos a influéneia das matérias vokiteis na reactividade, Exprimimos a pereentagem de anidrido carbénico que reagin, até os décimos, porque a propria natureza dos instrumentos de medida nos nflo permite ir mais longe, o que se verifies num edileulo muito simples, (0) Nio podomos deixar de scontuar poréin, que 8 esta- Dilizagtio do dispositivo, isto ¢, o eeu funcionamento nor mal foi bastante difieil de conseguir. A difealdade de ohtongfo de tubos de reaego om Inglaterra que tiveram que substituir o= primelros adguirides, deficientemente teonstruidos; da obtengo de anidrido earbénico puro pela ireegularidade do Tuacionamento das garrafas da adapt foe vedagio perfeita de um dispositive grande como & Ste, aliousse o ‘acto de ser relativamente curto 0 periodo Ae teabalho, TECNICA 692 notando que as Ieituras do volume inicial de anidrido carbénico (100 om) edo volume produzido (entre 160 e 190) se podem fazer apenas a 0,1 em e que a dosagem do gis 86 deve ser expressa até os décimos. O quadro é 0 que se apresenta na pigina seguinte. ‘Num segundo quadro pusemos. confronto os valores da reactividade com as caracteris- ticas determinadas para a madeira destilada e para o carvio obtido. Exprimimos, porém nele a reactividade a par da percentagem de anidrido carbénico desaparecido pelo valor de Observamos que tomémos para valor de [C0,], 0 valor da pereentagem do anidrido carbénico residual no volume tedricamente libertado nao no volume real, Pareceu-nos mais légi¢o, embora talves discut{vel. No entanto, as diferengas encontradas sio des- presfveis (raras vezes desvios superiores 40,5). Exprimimos esses valores (fungdes de t) com trés casas decimais, como fieilmente se verifica notando que 1 [eq corte + coer) R em que os ¢: representam erros relatives. Para um valor médio de R=2, medindo como medimos [CO,],—=100,0 e [CO;)}. com 0 erro absoluto de 0.1m’ e sendo da ordem de 25em* p Create 101) = Fig HORI = e portanto ex = 0,025 donde o erro absoluto ex = 0,008 ‘V—Primeiras conclusées Da observagio dos quadros verificamos ediatamente o seguinte (a que nio pode- /

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