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Resolução da lista de estrutura 1

Guilherme L. Caus
April 2, 2018

Lista 1
Questão 1
Para demonstramos que
4
ρ(ν)dν = RT (ν)dν (1)
c
podemos descrever a relação entre a radiância RT e a densidadede energia ρ,
imaginando uma esfera com um orificio da cavidade em sua superfı́cie como na
imagem abaixo:

Figure 1: Elemento de volume DV, a uma distância r da superfı́cie A.

A energia do elemento de volume dV é dada pelo produto da densidade


volumétrica de energia pelo volume dV:

ρ(ν)dνdV (2)

A uma distância r do elemento de volume dV , essa energia está distribuı́da


sobre a superfı́cie da nossa esfera imaginária, e a densidade superficial de energia
é:

ρ(ν)dνdV
(3)
4πr2
A energia dET (ν)dνdV no elemento de volume dV que passa pela superfı́cie
A, atravessa uma área igual a A cos θ . A energia que passa através da superfı́cie

1
A é o produto da densidade superficial de energia pela área que a radiação
atravessa:
ρ(ν)dνdV
dET (ν)dν = A cos θ (4)
4πr2
Assumindo que só um dos hemı́sferios contém a cavidade de radiação e que
a distância da cavidade ao elemento de volume é o produto da velocidade da
luz com o tempo a qual ela percorre (ct), temos então os seguintes intervalos
de integração (0, π2 ) em θ, (0, 2π) em φ, (0, ct), em r. Transformando dV em
coordenadas esféricas temos:

dV = r2 sin θdθdφdr (5)

Subistituindo 5 em 4 temos:
ρ(ν)dνr2 sin θdθdφdr
dET (ν)dν = A cos θ (6)
4πr2
Logo:
ρ(ν)dν sin θdθdφdr
dET (ν)dν = A cos θ (7)

Isolando as constantes e integrando os termos dependentes de θ, φ e r temos:
π
Z Z 2π Z ct
Aρ(ν)dν 2
dET (ν)dν = cos θ sin θdθdφdr (8)
4π 0 0 0
π
Z Z 2π
Aρ(ν)dνct 2
dET (ν)dν = cos θ sin θdθdφ (9)
4π 0 0
Z π
Aρ(ν)dνct2π 2
dET (ν)dν = cos θ sin θdθ (10)
4π 0
R π
Como 2
0
cos θ sin θdθ é igual a 1/2 temos:

Aρ(ν)dνct
dET (ν)dν = (11)
4
Reorganizando temos que

dET (ν)dν c
= ρ(ν)dν (12)
At 4
Como sabemos que a quantidade de Energia dET emitida pelo corpo por unidade
de tempo e área é igual a RadiânciaRT temos:

dET (ν)dν c
RT (ν)dν = = ρ(ν)dν (13)
At 4
Reorganizando tudo temos como queriamos demonstrar:
4
RT (ν)dν = ρ(ν)dν (14)
c

2
Questão 2
Partindo do deslocamento de Wien, onde podemos observar a frequência νmax
desloca - se com o aumento da temperatura T

νmax ∝ T (15)

logo em termos de comprimento de onda podemos reescrever como:


b
λmax ∝ (16)
T
onde b é a constante de wien, e tem o valor de 2, 98 ∗ 10−3 . Resolvendo as
alternativas temos na letra A para T = 3K:
b
λmax = (17)
T
onde
2, 98 ∗ 10−3
λmax = (18)
3
temos λmax = 9, 66 ∗ 10−4
Resolvendo a alternativa temos na letra B para T = 3000K:
2, 98 ∗ 10−3
λmax = (19)
3000
temos λmax = 9, 66 ∗ 10−7
Podemos observar então que nesse caso, os comprimentos de onda λmax ,
correspondente aos valores máximos da radiância RT (ν) diminui com o aumento
da temperatura T

Questão3
Ao aumentarmos a Temperatura em 100% temos T + 100%T = 2T Tomando
por base a equação da radiância:
P
R(T ) = (20)
A
e a equação descrita como Lei de Stefan:

R(T ) = σT 4 (21)

Podemos substituir (20) em (21), ficando com:


P
= σT 4 (22)
A
Logo, isolando a variável procurada:

P = AσT 4 (23)

Como a potência é aumentada em 100%, a temperatura dobra de valor, assim:

P (2T ) = Aσ · (2T )4 (24)

3
P (2T ) = Aσ16T 4 (25)
Logo, percebe- se que fator de aumento pode ser encontrado pela razão:

P (2T )
R= (26)
P

Aσ16T 4
R= (27)
AσT 4
Simplificando os termos em comum, encontramos que o fator de aumento é igual
a:
R = 16 (28)

Questão 4
Para a determinação da energia média de oscilação de uma onda, podemos
utilizar da equação:

ε = hν (29)
e kT − 1
Como nos foi dado o comprimento de tal onda, devemos assim, reescrever a
equação anterior em termos de (λ). Logo, sabendo que:
c
ν= (30)
λ
e substituindo a equação (x) em (x), obtém-se a equação:
hc
λ
ε= hc (31)
e λkT −1

Letra A
Assim, substituindo o comprimento de onda fornecido, temos:
hc
10hc
kT
ε= hc (32)
10hckT −1
e kT

Simplificando os termos em comum da equação:


kT
10
ε= (33)
e0,1 − 1
kT
ε= (34)
10 · (e0,1 − 1)
kT
ε= (35)
1, 052
Resultando em:
ε = 0, 951kT (36)

4
Letra B
Temos seguindo o pensamento da letra A a equação:
10kT
ε= (37)
e10 − 1
kT
ε= (38)
10 · (e0,1 − 1)
10kT
ε= (39)
22025, 465
Resultando em:
ε = 4, 55 ∗ 10−4 kT (40)
Temos com a resolução desta questão a discrepância da teoria clássica para al-
tas frequências percebe-se que, pra comprimentos de onda grandes (frequências
baixas), os resultados encontrados pela teoria de Planck se aproximam dos resul-
tados previstos pela teoria clássica, mas para altas frequências (comprimentos
de onda pequenos) a teoria clássica é não se sustenta com a teoria de Planck,
pois a clássica prevê que a energia média da onda tem relação direta apenas com
a temperatura, porém os resultados encontrados pela teoria de Planck, mostram
que a depende do comprimento da onda, sendo que para ondas de pequenos
comprimentos, a energia da onda é maior do que a prevista pela teoria clássica,
sendo que esta se adequa á teoria de Planck apenas quando os comprimentos
de onda são grandes.

Questão 5
R: Para saber o comprimento de onda máximo, utilizamos da equação descrita
como Lei de Wien:
b
λmax = (41)
T
Substituindo o valor da temperatura, temos:
2, 898 · 10−3 mK
λmax = (42)
20000k
No que resulta em:
λmax = 1, 45 · 10−7 m (43)
Percebe- se então que a estrela emite radiação na faixa do ultra violeta, se
fizermos uma comparação com o sol que possui uma temperatura aproximada
de 8700K, que emite radiação na faixa do visivel, pode se perceber que a relação
da temperatura com o comprimento de onda como diz a equação.
Para determinar a potência por unidade de área desta estrela iremos utilizar a
equação da radiância definida por:
P
RT = (44)
A
Iremos utilizar a equação descrita como Lei de Stefan:
P
= σT 4 (45)
A

5
Subistituindo os valores de σ e da temperatura.
P
= 5, 67 · 10−8 20000 (46)
A
P
= 1, 134 · 10−3 (47)
A

Questão 6
Uma das verificações experimentais mais marcantes e precisas da lei da radiação
de Planck é a distribuição da energia térmica de fundo. O Universo está repleto
de uma radiação cósmica de fundo a uma temperatura de 2,73 K, que é a mais
importante evidência da teoria do big bang (segundo a qual o Universo foi criado
por uma grande explosão) apoiada na expansão e resfriamento do Universo com
o tempo.

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