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03/04/2018 Documento sem título

MÓDULO 1. FUNDAMENTOS E
APLICAÇÕES

1.1. Introdução à Paleontologia:


Histórico, conceitos e subdivisões

1.2. Tafonomia: bioestratinomia e

Aula 1 - Introdução à paleontologia


diagênese do fóssil

1.3. O tempo geológico e a história


geológica da vida

1.4. Ambientes de sedimentação

1.5. Coleta e preparo de amostras em


paleontologia
1. Breve histórico da paleontologia
Na antigüidade clássica os restos de organismos encontrados nas rochas já eram
1.6. Princípios de Paleoecologia conhecidos e discutidos pelos gregos, dos quais Xenófanes de Colophon (547-480a.C.;
Fig. 1) lhes atribuiu o correto significado, ou seja, restos ou vestígios de animais
preservados nas rochas sedimentares. Este filósofo, ao qual tem sido atribuido o mérito
de ter sido o primeiro paleoecologista, pois noticiou a ocorrência de grande número de
1.7. Extinções conchas em áreas longe do mar. Com base nestas ocorrências, Xenófanes pôde inferir a
presença de um mar no interior do continente.

Porém na idade antiga, Aristóteles (384-322 a.C.; Fig. 2) acreditava na imutabilidade


MÓDULO 2: EON ARQUEANO das espécies, em termos de evolução biológica. Ele imaginava que os fósseis eram
formados por "virtudes plásticas", em subsuperfície, como tentativas de criação divina.
"Virtude plástica" era uma expressão aristotélica para se referir à força latente na
2.1. A biogeografia do Eon Arqueano: A
natureza capaz de produzir formas a partir da matéria. Os fósseis eram considerados
formação dos estromatólitos
como sendo o resultado desse poder natural em ação na Terra.

Devido à influência da Igreja Católica, esta concepção prevaleceu até o Século XVII,
quando Nicolau Steno (mais conhecido por seu nome latinizado, Nicolavs Stenonivs;
MÓDULO 3: EON PROTEROZÓICO 1638-1686; Fig. 3), lhe conferiu seu significado atual. Antes de Steno, tanto os restos
de organismos petrificados quanto os minerais eram chamados de fósseis.
3.1. As principais paisagens do Eon
Proterozóico (Período Ediacariano)

3.2. Invertebrados e acritarcas

MÓDULO 4: EON FANEROZÓICO

4.1. ERA PALEOZÓICA

4.1.1. A explosão do Período Cambriano

Poríferos, Cnidários,
Protocordados, Peixes
Figura 1. Busto de Xenófanes (fonte).

4.1.2. O Siluriano e os primeiros vegetais


a ocuparem as áreas subaéreas

(a) Pteridófitas (biologia, taxonomia e


ecologia)

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(b) Esporomorfos (morfologia,
preparação e importância)

4.1.3. O Devoniano e a diversificação da


vida nos mares

Braquiópodes e BriozoáriosMoluscos

4.1.4. As florestas do Carbonífero e


Permiano

4.1.5. A formação do Pangea e as


primeiras florestas de terra firme: Figura 2. Busto de Aristóteles (fonte).
Gimnospermas

4.1.6. A formação do Pangea e os


primeiros vertebrados a ocuparem as
regiões subaéreas: anfíbios, répteis

4.1.7. O Neopaleozoico e as extinções do


final do Permiano

Artrópodes (trilobitas, insetos)

4.2. ERA MESOZOICA

4.2.1. A desagregação do Gondwana: A


formação do Atlântico - Artrópodes: Figura 3. Busto de Nicolau Steno (fonte).
Ostracodes, Conchostráceos

4.2.2. A evolução do oceano Atlântico -


1.1. Origem do Nome
Protistas: Foraminíferos, Radiolários,
Diatomáceas, Dinoflagelados
O termo Paleontologia deriva do grego: palaios (antigo), onta (ser, organismo) e logos
4.2.3. Cretáceo: Origem e diversificação
(estudo). Em termos etimológicos, "estudo dos seres antigos". Paleontologia é, portanto,
das Angiospermas o estudo dos fósseis e demais vestígios de vida.

4.2.4. Coevolução de insetos e plantas


1.2. Objeto de Estudo

A Paleontologia tem por objeto de estudo os fósseis, termo derivado do latim fossilis,
que significa "extraído da terra". Este termo aparece publicado pela primeira vez na obra
4.2.5. O Cretáceo e a segunda maior das "Historia Naturalis", de autoia de Plínio, o ancião, em 77d.C (Caius Plinnius 23-79 d.C;
extinções: répteis e aves Fig. 4). Coube ao célebre escritor Georgius Agricola (1494 - 1555; Fig. 5), uma maior
divulgação do termo "Fossilis", utilizando-se do mesmo para se referir a tudo que fosse
fruto de escavação.
4.3. ERA CENOZÓICA

4.3.1. Flora: as primeiras pradarias

4.3.2. Mamíferos

4.3.3. Extinções do Quaternário

Figura 4. Caius Plinius (fonte).

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Figura 5. Retrato em nanquim de Georgius Agricola (fonte).

1.3. Definições de Fóssil

Ao longo da história da humanidade, surgiram diversas definições de fóssil. Veja abaixo


uma definição clássica:

"Todo resto ou vestígio de organismos pré-históricos"

Existem tentativas modernas de construir uma definição que contemple todas as


variedades de formas fósseis. Talvez a melhor delas seja a seguinte:

"Restos de organismos e registros de suas atividades preservados em, sedimentos,


rochas, gelo ou âmbar"

É importante ressaltar o termo "organismos", que inclui todos os seres dos cinco reinos.
O termo "registro de suas atividades" inclui à definição marcas nos sedimentos deixadas
pelos organismos (como pegadas, por exemplo). Os termos "sedimentos, rochas, gelo
ou âmbar" incluem todas as possibilidades de sítios que podem conter fósseis. Não é
aconselhável acrescentar à definição termos temporais (como "pré-históricos" ou "que
viveram há milhares de anos", por exemplo) porque fósseis de organismos do Período
Quaternário também são objetos de estudo da paleontologia.

2. Subdivisões da Paleontologia
A paleontologia apresenta quatro subdivisões principais. A paleozoologia estuda fósseis
de vertebrados e invertebrados (Fig. 6). A paleobotânica estuda fósseise de vegetais
(Fig.7). A paleoicnologia estuda os vestígios fósseis (Fig. 8). E a micropaleontologia
estuda qualquer fóssil que necessite de microscópio para ser visualizado (Fig. 9).

Figura 6. Fóssil do dinossauro Othnielia rex, exemplo de vertebrado fóssil (fonte).

Figura 7. Tronco de Psaronius sp.

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Figura 8. Pegada de dinossauro carnívoro (fonte).

Figura 9. Diatomáceas em microscópio ótico.

3 .Aplicações da Paleontologia nas Geociências

3.1. Bioestratigrafia

É o ramo da paleontologia e estratigrafia que se ocupa da datação


e correlação de camadas sedimentares com base no conteúdo
fossilífero. Reflete a evolução das espécies pois, baseia-se
exclusivamente na ocorrência de fósseis para caracterização
zonas bioestratigráficas, que são os elementos fundamentais da
bioestratigrafia.

3.2. Paleoecologia e Paleoambiente

A paleoecologia, através dos fósseis, se ocupa do estudo das


relações entre os organismos, bem como destes com o
ambiente.As informações extraídas de estudos paleoecológicos
servem para caracterizar o paleoambiente em que o organismo
vivia, e portanto são importantes para a reconstrução de
ambientes pretéritos.

3.3. Paleoclima, Paleobatimetria e Paleotemperatura

Dentre as informações que a paleoecologia traz sobre o ambiente


aquático, a profundidade e a temperatura em que o organismo
vivia são informações importantes para a definição do cenário
paleoambiental. Em ambiente subaéreos, os fitofósseis (macro- e
microfósseis de vegetais) são os elementos mais importantes
para o estudo do paleoclima. Este conjunto de informações
paleontológicas são fundamentais para o estudo da
paleogeografia.

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3.4. Paleogeografia

Este estudo abrange a caracterização das massas continentais,


emersas e submersas, associadas à história evolutiva dos
oceanos. A teoria da deriva continental, em parte está baseada
em evidências paleontológicas para caracterizar o movimento dos
continentes, particularmente a separação da América do Sul e
África é um dos exemplos mais conhecidos na Terra. A
distribuição de fósseis de vertebrados terrestres em continentes é
especialmente importante para o estudo do deslocamento de
crostas continentais durante o Fanerozóico.

3.5. Paleoceanografia

Trata da evolução de oceanos, tendo nos fósseis um dos


elementos mais importantes para o estudo de abertura e
fechamento de bacias marinhas, bem como das correntes
oceânicas, paleoprodutividade, ressurgência, etc.

3.6. Bioindicadores ambientais

Espécies atuais e fósseis sensíveis à mudanças ambientais podem


ser usadas como ferramenta para a observação de variações
ambientais através de monitoramento do Holoceno (do presente
até 11.500 anos).

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