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Fratelli

CLIENTE: Fratelli Comércio de Máquinas e Equipamentos

LOCAL: São José - SC


PEDIDO DE
COMPRA 207/2014

OF.: 12707

MANUAL DE MONTAGEM, OPERAÇÃO E


MANUTENÇÃO.

CÉLULA DE FLOTAÇÃO CFB-1000N

Distribuição: Quantidade:

Fratelli 1 Cópia Física

REV. DATA DESCRIÇÃO POR VER. APR. AUT.


0 01/10/2014 EMISSÃO INICIAL UVS JCF DDC DFG
FRATELLI CÉLULA DE FLOTAÇÃO

N ENGENDRAR REV.
MANUAL DE MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO. ENG.4-12707-MOM-01 0

ESTA FOLHA ÍNDICE INDICA EM QUE REVISÃO ESTÁ CADA FOLHA NA EMISSÃO CITADA
FL. / R 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 FL. / R 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
01 X 26 X
02 X 27 X
03 X 28 X
04 X 29 X
05 X 30
06 X 31
07 X 32
08 X 33
09 X 34
10 X 35
11 X 36
12 X 37
13 X 38
14 X 39
15 X 40
16 X 41
17 X 42
18 X 43
19 X 44
20 X 45
21 X 46
22 X 47
23 X 48
24 X 49
25 X 50

REV. DATA POR EMISSÃO APROV. DESCRIÇÃO DAS REVISÕES


0 01/10/2014 UVS UVS DDC EMISSÃO INICIAL

TIPO DE EMISSÃO

(A) PRELIMINAR (E) PARA CONSTRUÇÃO


(B) PARA APROVAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO
(C) PARA CONHECIMENTO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(D) PARA COTAÇÃO (H) CANCELADO

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MANUAL DE INSTRUÇÕES

CÉLULA DE FLOTAÇÃO

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Lista de figuras
Figura 1 – Fluxograma de Operação ....................................................................................................................................... 12
Figura 2 – Célula de Flotação ................................................................................................................................................. 13
Figura 3 - Motor ..................................................................................................................................................................... 14
Figura 4 – Atuador eletromecânico......................................................................................................................................... 14
Figura 5 – Mecanismo de Atrição ........................................................................................................................................... 15
Figura 6 – Mecanismo de Agitação ........................................................................................................................................ 15
Figura 7 – Tanque de Atrição ................................................................................................................................................. 15
Figura 8 – Mecanismos de atrição e agitação ......................................................................................................................... 15
Figura 9 – Tanque de Flotação ............................................................................................................................................... 17
Figura 10 – cabo de força para ligar o motor das cubas. ........................................................................................................ 17
Figura 11 – Tanque de Agitação ............................................................................................................................................. 17
Figura 12 – Painel de Controle ............................................................................................................................................... 18
Figura 13 – Painel da CFB-1000N ......................................................................................................................................... 20
Figura 14 – Plug steck industrial para 380V. .......................................................................................................................... 21
Figura 15 – Válvula de ar ....................................................................................................................................................... 22
Figura 16 – Fluxômetro de ar comprimido. ............................................................................................................................ 22
Figura 17 – Chave geral .......................................................................................................................................................... 22
Figura 18 – Máquina de Flotação ........................................................................................................................................... 23
Figura 19 – Chave para retirada do rotor ................................................................................................................................ 24
Figura 20 – Retirando o rotor da CFB-1000N ........................................................................................................................ 24
Figura 21 – Processo de retirada do Estator e “Camisa” da CFB para uso como Agitador e Máquina de Atrição ................. 25
Figura 22 – Tanque e impelidor para agitação ........................................................................................................................ 25
Figura 23 – CFB-1000N como Máquina de Atrição ............................................................................................................... 26
Figura 24 – Máquina de Atrição ............................................................................................................................................. 26
Figura 25 – Tanque de atrição ................................................................................................................................................ 26

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ÍNDICE

Pág.

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................. 6

1. IDENTIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO ................................................................................................................... 7

2. SEPARAÇÃO DE MATÉRIAS..................................................................................................................................... 8
2.1. - CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................................................................................... 8
3. SEPARAÇÃO SÓLIDO-SÓLIDO .............................................................................................................................. 10
3.1. PROPRIEDADES UTILIZADAS NAS OPERAÇÕES FÍSICAS ....................................................................................... 10
4. FLOTAÇÃO .................................................................................................................................................................. 11

5. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO .......................................................................................................................... 13

6. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS............................................................................................................................. 19

7. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO .............................................................................................................................. 20

8. OPERAÇÃO ................................................................................................................................................................. 20

9. TROCA DE MECANISMO ......................................................................................................................................... 23


9.1. - USO COMO MÁQUINA DE FLOTAÇÃO .................................................................................................................. 23
9.2. SUBSTITUIÇÃO DOS MECANISMOS ............................................................................................................................ 24
9.3. USO COMO AGITADOR ........................................................................................................................................... 25
9.4. USO COMO MÁQUINA DE ATRIÇÃO ....................................................................................................................... 26
10. INFLUÊNCIA NA TÉCNICA DE FLOTAÇÃO ................................................................................................... 27
10.1. OBTENDO A AMOSTRA E MOENDO ...................................................................................................................... 27
10.2. GRAU DE MOAGEM .............................................................................................................................................. 27
10.3. TIPO E QUANTIDADE DE REAGENTES ................................................................................................................... 27
10.4. MÉTODO DE DOSAGEM DE REAGENTES ............................................................................................................... 28
10.5. CONDICIONAMENTO............................................................................................................................................. 28
10.6. PH ....................................................................................................................................................................... 28
10.7. DILUIÇÃO............................................................................................................................................................. 29
10.8. VOLUMES DAS CUBAS: ........................................................................................................................................ 29
10.9. TEMPO DE FLOTAÇÃO .......................................................................................................................................... 29
11. LIMPANDO A CÉLULA DE FLOTAÇÃO DE LABORATÓRIO ..................................................................... 31

12. ROTEIRO DE MANUTENÇÃO / INSPEÇÃO ..................................................................................................... 31

13. PROCEDIMENTOS DE EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ................................................................... 32

14. GARANTIA............................................................................................................................................................... 33

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APRESENTAÇÃO

Este manual tem como objetivo principal orientar o nosso cliente usuário, quanto à
instalação, operação e manutenção do equipamento adquirido. Trata-se de uma Célula de Flotação.

Os equipamentos ENGENDRAR são construídos dentro dos melhores padrões técnicos e


especificações de qualidade, sendo perfeitamente dimensionados para cada tipo de aplicação.

É do conhecimento geral que o bom desempenho e a vida útil de qualquer equipamento


estão diretamente relacionados com um bom manuseio do mesmo, sendo por isso conveniente que as
orientações recomendadas por este manual sejam rigorosamente seguidas.

Desta maneira, não serão de responsabilidade da ENGENDRAR os defeitos apresentados


por imperícia no manuseio, uso indevido, má conservação ou desgaste natural.

Isto posto, basta que as instruções contidas neste manual, sobre a maneira mais prática para
operar e manter o seu equipamento sejam atentamente obedecidas. Leia-o inteiro antes de operar o
equipamento, e conserve-o sempre a mão para eventuais consultas.

Nosso corpo técnico está a sua disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais. Caso
surjam dúvidas que este manual não esclareça, favor entrar em contato com o nosso Departamento de
Engenharia.

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1. IDENTIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO

EQUIPAMENTO MODELO PESO [Kg] N° SÉRIE

Célula de Flotação CFB-1000N 60,0 3222

Tabela 1 – Identificação do equipamento adquirido

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2. SEPARAÇÃO DE MATÉRIAS

Uma das operações mais freqüentes em escala industrial e ou laboratório nas indústrias de
beneficiamento é a separação de materiais. As impurezas devem ser separadas das matérias primas e
dos produtos, estes precisam ser separados dos subprodutos, materiais valiosos são recuperados dos
resíduos e assim uma enorme série de separações poderia ser enumerada.

As separações são de 3 classes gerais, segundo os princípios nos quais se baseiam:

 Separações físicas;
 Separações físico-químicas;
 Separações químicas.

2.1. -Classificação

Três são os critérios básicos de classificação:

 Tipo de sistema;
 Propriedade utilizada na separação;
 Mecanismo.

As classificações baseadas em qualquer um destes critérios isolados são insatisfatórias. Uma


vez que a natureza das fases a separação é a melhor orientação para selecionar o método de separação
apropriado, adotaremos o tipo de sistema como base de classificação e os outros dois como critérios
para definir subclasses. Consideraremos quatro tipos de sistema constituídos respectivamente de:

 Sólidos;
 Sólidos e líquidos;
 Sólidos ou líquidos e gases;

As propriedades utilizadas como critérios secundários para definir os métodos de separação são
diversos como:

 Tamanho;
 Densidade;
 Inércia;
 Propriedades eletromagnéticas;
 Propriedades superficiais;
 Etc.

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Segundo o mecanismo de movimento relativo das fases na separação, os métodos são de


dois tipos:

 Dinâmicos;
 Estáticos.

Um método é dinâmico quando a separação depende diretamente do movimento relativo das


fases no seio de um fluido que já existe no sistema ou que é introduzido intencionalmente para
promover a separação.

A maior ou a menor rapidez no movimento relativo das fases constitui a base da separação.
São exemplos: a decantação diferencial, a classificação de sólidos em caixa de poeira e as operações
de separações hidráulicas. Nos métodos estáticos, exemplificados pelo peneiramento e a filtração.

Na filtração, uma das fases (sólida) é retirada e a outra(s) (líquida) conseguem passar.

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3. SEPARAÇÃO SÓLIDO-SÓLIDO

A separação física de sólidos pode visar um dos seguintes resultados:

1º- Subdividir a massa de um sólido granular de natureza relativamente homogênea, mas


constituído de partículas de granulometria variada, em frações nas quais as partículas sejam mais ou
menos uniformes;

2º- Obter frações de natureza relativamente homogênea a partir de misturas contendo sólidos
diferentes.

É muito raro atingir os dois objetivos simultaneamente em operações isoladas. Em geral o


segundo objetivo é o mais importante e visa obter o produto mais valioso sob a forma de uma fração
concentrada.

3.1. Propriedades Utilizadas nas Operações Físicas

As propriedades mais comumente utilizadas para separar sólidos são: o tamanho das
partículas, a densidade e as propriedades eletromagnéticas.

O tamanho das partículas controla sua passagem através de crivos ou malhas.

Em outras operações determina a velocidade de decantação num fluido que se utiliza para
promover a separação. Convém lembrar que se as partículas forem muito pequenas haverá influência
do movimento BROWNIANO e da repulsão eletrostática, que dificultam ou impedem a decantação.

A densidade real permite separar partículas de mesmo tamanho pela simples imersão da
mistura num fluido de densidade intermediária, mas influi também no movimento das partículas em
meios fluidos.

Em certas operações a densidade real de algumas partículas é diminuída transitoriamente por


meios artificiais, o que permite separá-las daquelas cuja densidade não se altera. É o que acontece na
flotação.

As propriedades eletromagnéticas permitem separar o ferro do alumínio nas fundições que


empregam sucata como matéria prima, ou do ferro das areias de fundição. Os materiais magnéticos
contidos nas areias monazíticas são separados dos magnéticos graças a esse tipo de propriedade.

O separador eletrostático separa os sólidos arrastados numa corrente gasosa. As partículas


são eletrizadas e logo depois atraídas para um dos eletrodos do equipamento.

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4. FLOTAÇÃO

É este atualmente o método mais importante para concentrar minérios pobres, e constitui
também a mais curiosa das operações de separação de sólidos.

Baseia-se no fato de que as superfícies dos sólidos apresentam (ou podem apresentar após
um tratamento químico adequado) umectabilidades diferentes por líquidos de polaridades diferentes,
o negro de fumo, por exemplo, é molhado com muito mais facilidade pelos líquidos orgânicos do que
pela água, ao passo que o quartzo se comporta do modo oposto. Nestas condições, se uma suspensão
de quartzo e negro de fumo em água for agitada com benzeno e depois deixada em repouso, o quartzo
ficará na camada aquosa e o negro de fumo flutuará com o benzeno. Contudo a utilização de líquidos
orgânicos na flotação é proibitiva economicamente, mas é possível conseguir praticamente o mesmo
efeito adicionando um agente espumante, como óleo de pinho ou resina, à suspensão aquosa do
mineral finalmente moído e borbulhando na mistura.

À medida que as bolhas de ar sobem pela suspensão sua superfície fica recoberta de uma
película adsorvida do agente tenso ativo que normalmente é bastante gorduroso. As partículas sólidas
que são molhadas preferencialmente pelo óleo (oleofílicas) aderem às bolhas e são carregadas para a
superfície do líquido ficando retida a espuma. As outras permanecem em suspensão.

Como se pode observar, este método lança mão da densidade aparente do agregado sólido-
ar, que é muito menor do que a densidade real do sólido. Até materiais bastante pesados e grosseiros
poderão flutuar em água por esse método. Muito embora esta propriedade seja típica de materiais
porosos, algumas substâncias como os sulfetos de cobre, chumbo, estanho, zinco, prata e mercúrio
são fortemente oleofílicas, podendo ser separadas da ganga (principalmente quartzo) que os
acompanha com rendimento extraordinário. Minérios com 2% de sulfeto chegam a dar concentrados
com 90% e rendimento superior a 90%.

Em certos casos a diferença de umectabilidade não é suficientemente grande para permitir a


separação por flotação, porém o acréscimo à suspensão de certos compostos solúveis em água torna
possível a operação graças à adsorção preferencial desses compostos a um dos sólidos. Um composto
desse tipo é denominado coletor. Outros agentes de flotação costumam ser usados além do coletor: o
ativador e o reprimente ou modificador. Vimos que coletor é adsorvido pelo sólido que assim se torna
hidrófobo. O ativador promove a adsorção do coletor nos casos em que sua afinidade pelo sólido é
pequena. Acredita-se que o agitador sirva de ligação entre o coletor e a superfície sólida. São
exemplos os eletrolíticos inorgânicos simples, e íons metálicos. Um reprimente evita a adsorção do
coletor nas superfícies que não devem ser tornados oleofílicos. O sulfato de sódio é apropriado para
certos sólidos, mas o reprimente clássico é o cianeto de sódio.

O resultado prático de uma flotação não depende apenas do emprego dos agentes de
flotação, mas também de certas propriedades das partículas, como granulometria, além de fatores
físicos como densidade da suspensão, velocidade de aeração, agitação, estabilidade de espuma e pH.

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A quantidade de óleo, como o de pinho, necessária para formar bolhas capazes de aderir à
superfície sólida é bem pequena. Geralmente 100 a 300 g por tonelada de minério são suficientes. As
bolhas de ar são obtidas introduzindo ar comprimido na suspensão através de um fundo poroso
existente na célula de flotação ou por agitação frequentemente pela combinação dos dois. O sólido
deve ser finalmente moído (65 a 200 mesh) e a concentração da suspensão é de 10 a 35% de sólidos.
A quantidade de coletor varia entre 25 g/ton e um máximo de 500 g/ton dependendo do tipo de
coletor. A operação completa é geralmente feita conforme fluxograma indicado abaixo:

Figura 1 – Fluxograma de Operação

O condicionador é apenas um tanque com misturador onde são adicionados os agentes de flotação.
Um moinho também pode ser utilizado como condicionador. A função das células primárias é
recuperar o máximo possível do componente desejado.

As células de limpeza melhoram a qualidade do concentrado pela eliminação de material não


flutuável arrastado pelo produto desejado.

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5. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO

A célula de flotação ENGENDRAR é projetada para trabalhos de laboratório em ensaios


descontínuos (tipo “batch”) para pequenas amostras.

É um equipamento compacto e robusto, construído em aço inoxidável, em bases que


permitem o seu total nivelamento. São fornecidas com cubas de 1,2; 2,3 e 4,3 litros.

O levantamento do conjunto rotor/estator é realizado através de um atuador eletromecânico,


de operação simples e precisa.

Abaixo componentes da célula de flotação.

Figura 2 – Célula de Flotação

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Motor Elétrico do Rotor:


Destinado a produzir o movimento giratório para o sistema
por intermédio do cabeçote de transmissão. Modelo 63,
potência de 0,75 cv, 3420 rpm. IMPORTANTE: Para
atendermos a necessidade do cliente foi inserido um
transformador. A tensão de operação passou para
380V trifásico..

Figura 3 - Motor

Atuador Eletromecânico para Elevação:


A célula de flotação possui um atuador cuja função é
movimentar verticalmente o conjunto de acionamento,
permitindo a elevação do conjunto rotor / estator ou agitador e
posterior posicionamento nas cubas. Possui um curso de 300
mm. Seu corpo é totalmente em aço inox, possui mancal com
rolamento cônico, com motor F 006 WM0 310, potência de
24v, 45 rpm, redução de 63:1, proteção IP-44.

Figura 4 – Atuador eletromecânico

Válvula de Ar – Tem por objetivo controlar a vazão de ar durante a flotação do equipamento. Seu
funcionamento é simples e eficaz. Usualmente utilizada totalmente ou parcialmente aberta durante
o período de flotação sendo fechada no período de condicionamento.

Conjunto Rotor / Estator – Constituído de um eixo rotor, camisa de aeração, rotor de flotação e
válvula de ar, todos construídos em aço inoxidável, com exceção do corpo que é em aço alumínio
fundido.

Kit de transformação: - O kit de transformação é composto pelos seguintes acessórios:

 Mecanismo de atrição:
 Mecanismo de agitação:
 Tanque de atrição:
 Tanque de agitação:

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Mecanismo de Atrição:

É constituído de um eixo com duas hélices montadas com


direções opostas e passos de 100 a 150%, é construído em
aço inoxidável.

Figura 5 – Mecanismo de Atrição

Mecanismo de Agitação:

É constituído de um eixo com hélice do tipo naval e


construído em aço inoxidável.

Figura 6 – Mecanismo de Agitação

Tanque de Atrição:

Figura 8 – Mecanismos de atrição e agitação


Figura 7 – Tanque de Atrição

Construído em aço inoxidável, com um volume de 1.2 litros, com formato quadrado e provido de
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uma tampa hermética.


Os mecanismos de atrição e agitação são colocados dentro do tanque, conforme figura 08.

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Tanques de Flotação
São construídas três cubas de aço inoxidável AISI 304, com
volumes de 1,2; 2,3; e 4,3 litros. Essas cubas possuem um
raspador ligado a um motor elétrico que irá auxiliar a retirada
do material flotado.
Os motores das cubas são ligados à parte traseira da Célula de
Flotação por meio de um cabo de força, conforme figura 10. A
montagem é simples: primeiro insira os pluges nos terminais do
motor e em seguida conecte a extremidade do cabo com a outra
extremidade encontrada na traseira da CFB.

Figura 9 – Tanque de Flotação

Figura 10 – cabo de força para ligar o motor das cubas.


Tanque de Agitação:
É fornecida também uma cuba em formato cilíndrico de aço
inoxidável AISI 304, com volume de 4,3 litros.

Figura 11 – Tanque de Agitação

Painel de Controle:

A célula de flotação é fornecida com um painel de controle incorporado na base de apoio. O


painel possui um botão para emergência, um botão para ligar e desligar o rotor, uma lâmpada para
sinalizar equipamento ligado, um botão, para controlar a subida e descida do atuador eletromecânico,
um botão, tipo potenciômetro para controlar a velocidade (rpm) do rotor, um painel para indicar a

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rotação que está o rotor e uma chave geral para ligar o equipamento, este está instalado na lateral da
base de apoio.

Figura 12 – Painel de Controle

ATENÇÃO: Para ligar o equipamento ler o Item OPERAÇÃO.

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6. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

a. Flotação - Rotação de Operação - A rotação de operação deverá ser fixada através de


observações aos experimentos realizados. Sendo a rotação uma variável do processo, depois
de vários experimentos determina-se por comparação de resultados o ponto ótimo de
operação.

b. Controle de aeração - A pequena válvula para controle de ar é usualmente utilizada


totalmente ou parcialmente aberta durante o período de flotação sendo fechada no período de
condicionamento.

c. Obtenção e moagem de amostra - A amostra deverá ser a mais representativa possível, desta
maneira os resultados obtidos indicará seguramente o processo a ser empregado em escala
industrial.

d. Acidez e alcalinidade da polpa - A flotação é realizada geralmente em meio ligeiramente


ácido ou alcalino com um pH compreendido entre 4 e 10. O pH deverá ser rigorosamente
controlado, sobretudo no caso de minerais sulfurados já que tem grande influência no
rendimento do processo.

e. Diluição da polpa - O grau de diluição mais conveniente para se obter um bom rendimento
na flotação, se encontra em torno de 20% de sólidos em peso. Sabe-se que quanto mais fino
for o material alimentado, maior deverá ser a concentração do produto final.

f. Tempo de condicionamento e flotação - A polpa deverá ser previamente preparada


adicionando os reagentes necessários aos minerais a serem preparados. Aplicando-se uma
rotação próxima a 800 rpm, sem injeção de ar, observa-se então o tempo necessário para a
formação de espumas. Em seguida, começa o processo de flotação, no qual deverá ser injetado
o ar e aumentar sua rotação. A duração do processo é o intervalo no qual existe a formação
continuamente de espuma e é função direta do tipo de reagente utilizado.

g. Agitação - A célula de flotação pode facilmente ser transformada num equipamento de


agitação desde que se disponha do kit de transformação. Essa transformação é reduzida pela
substituição do rotor de flotação pela hélice de agitação e com a retirada do tubo de aeração.
Após isso o equipamento estará apto a funcionar como agitador ou misturador.

h. Atrição - De maneira idêntica à descrita no item anterior, a célula transforma-se num


equipamento de atrição montando-se o mecanismo agitador. Durante a operação de atrição
deve-se utilizar o tanque apropriado que acompanha o kit, uma vez que a violenta agitação
provoca “espirros” da polpa, devido ao acentuado movimento axial a que fica submetida a
agitação nessa operação.

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7. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

Ao receber o equipamento, efetuar uma rigorosa inspeção visual para constatar a inexistência
de partes quebradas, amassadas, danificadas ou qualquer outra forma, que possa afetar o correto
funcionamento do mesmo.

Caso seja verificada qualquer anormalidade, deve-se comunicar ao transportador e descrever


na própria nota fiscal ou em relatório de recebimento o acontecimento.

Posteriormente, essas anormalidades, se existirem, devem ser comunicadas à


ENGENDRAR, visando delimitar responsabilidades com a empresa transportadora e providenciar as
eventuais correções.

8. OPERAÇÃO

Antes de colocar o equipamento em operação é aconselhável efetuar as seguintes operações:

Figura 13 – Painel da CFB-1000N

 Faça um exame no equipamento para ter certeza que nenhum dano foi resultado do
transporte ou que nada ficou solto ou fora de ajuste;
 A base da máquina é provida de parafusos niveladores (pés) para montar em uma mesa
ou bancada. Verificar se o equipamento depois de instalado encontra-se devidamente nivelado;
 A Célula de Flotação de Laboratório ENGENDRAR é um equipamento versátil que
também pode ser usado como um agitador e condicionador de atrição, pela simples troca de alguns
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componentes fornecidos opcionalmente. Todo o mecanismo é suspenso através do atuador


eletromecânico.

Obs: Antes de ligar o equipamento escolha o mecanismo específico para o a operação.


Ver item “Troca de Mecanismo”.

 O equipamento é fornecido com um painel de


controle em sua estrutura e um plug industrial de 380V
trifásico. Ligue a tomada no interruptor depois de conferir se
a voltagem está correta;

Figura 14 – Plug steck industrial para 380V.

 Gire a chave geral em “ON”, instalada na lateral da base de apoio. Após ter sido
ligado, a lâmpada verde de “Energizado” acenderá automaticamente;
 Se o conjunto rotor/estator estiver abaixado, suba-o através do atuador eletromecânico
girando o botão “UP/DOWN” para cima;
 Colocar a caneca específica para a operação.
 Coloque o material a ser flotado/condicionado/agitado;
 Abaixe o conjunto rotor/estator através do atuador eletromecânico girando o botão
“UP/DOWN” para baixo;

IMPORTANTE: É muito importante prestar atenção ao fim do curso do equipamento, como


poderão ser usados três diferentes tipos de recipientes, é imprescindível o cuidado para que o rotor ou
impelidor não choque no fundo do recipiente, isso poderá acarretar danos ao equipamento ou até
mesmo ao operador.

 Ligue o rotor através do botão “ON”


 Coloque a rotação desejada girando o potenciômetro “Ajuste da rpm do Rotor”. O
mostrador ao lado mostrará a rotação que foi ajustada.
 Ajuste a válvula de ar, abrindo ou fechando.

Obs: O inversor de freqüência está desativado para os botões neles mostrados, utilize
somente a tela para verificar a rotação.

A velocidade só deve ser mudada enquanto o equipamento estiver operando. Prática habitual
é operar o equipamento a aproximadamente 1000 rpm, sendo a velocidade de operação máxima de
2200 rpm. A velocidade exata é um fator a ser determinado pelo operador através de observações.

A pequena válvula de ar localizada na parte frontal do suporte normalmente está em uma


posição fechada durante condicionamento e aberta durante a aeração e período de flotação.
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A Célula de Flotação também possui um fluxômetro de ar comprimido, para ser usado


quando for desejado conhecer a vazão de ar.

Figura 15 – Válvula de ar Figura 16 – Fluxômetro de ar comprimido.

Se houver alguma emergência, basta apenas apertar o botão “Emergência”, que o equipamento
será parado. Do contrário, após ter terminado a operação, no tempo estipulado pelo operador, basta
apenas desligar o rotor. Se não for utilizar mais, basta apenas girar a chave geral em “OFF”.

Figura 17 – Chave geral

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9. TROCA DE MECANISMO

A CBF-1000N pode opera rem três diferentes modos de trabalho, 1º Flotação, 2º Agitação e
3º Atrição. Para isso é necessário acoplar os mecanismos necessários para essas operações.

9.1. Uso como Máquina de Flotação

A CFB é fornecida como padrão no modo Máquina de Flotação.

Figura 18 – Máquina de Flotação

Em trabalho de testes de flotação, como em qualquer outra operação de laboratório, é


necessário tomar cuidado mantendo um registro preciso de todas as condições durante o teste que
podem influenciar os resultados ou podem ser de importância na interpretação dos dados do teste.
Caso seja necessário repita os testes.

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9.2. Substituição dos mecanismos

Figura 19 – Chave para retirada do rotor

 Primeiro, desacople o rotor. Isto é feito segurando com uma das mãos a parte superior do
mecanismo para impedir que o eixo gire e com a outra desparafusando o rotor usando a chave
que acompanha o equipamento.

AVISO!
NÃO esqueça a chave de fenda
no compartimento do motor!
Risco de acidente!

Figura 20 – Retirando o rotor da CFB-1000N

 Desacople o estator. Para isto introduza uma chave de fenda no furo localizado na parte
superior da carenagem que protege o motor e gire para a direita.
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Figura 21 – Processo de retirada do Estator e “Camisa” da CFB para uso como Agitador e
Máquina de Atrição

9.3. Uso como Agitador

A Célula de Flotação ENGENDRAR pode ser


convertida em um agitador. O mecanismo de
flotação pode ser removido facilmente e trocado pelo
acessório fornecido.

Figura 22 – Tanque e impelidor para


agitação

 Levante todo o equipamento através do atuador eletromecânico. Parafuse o impelidor ao


eixo. O mecanismo de levantamento pode ser posicionado a uma altura desejada. Cuidado com
o fundo do tanque, evite que haja o choque do impelidor com o fundo do tanque o
agitador.
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9.4. Uso como Máquina de Atrição

Figura 23 – CFB-1000N como Máquina de Atrição

Siga as mesmas instruções dadas acima, mas no lugar de fixar um único impelidor, parafuse
o eixo com 2 impelidores. Os impelidores são montados a um pequeno eixo, invertidos,
proporcionando atrição entre as partículas.

O tanque de atrição, com formato


quadrado, é fabricado em aço
inox e equipado com uma
cobertura para prevenir que a
polpa espirre devido à agitação
violenta deste dispositivo. Para o
bom funcionamento deste
dispositivo são requeridas altas
densidades de polpa na ordem de
70-75% sólidos a uma velocidade
aproximada de 800 rpm.

Figura 24 – Máquina de Figura 25 – Tanque de atrição


Atrição

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10. INFLUÊNCIA NA TÉCNICA DE FLOTAÇÃO

10.1. Obtendo a Amostra e Moendo

A amostra usada para teste de flotação deve ser representativa da alimentação da flotação
industrial, ou seja, possuir as mesmas características. Qualquer discrepância na amostra com o
material usado na flotação industrial pode gerar dúvidas futuras na interpretação dos resultados.

Se desejar secar a amostra tomar muito cuidado para evitar altas temperaturas ou calor
prolongado desnecessariamente.

Caso desejar moer a amostra antes de efetuar os testes de flotação, deve se utilizar o mesmo
método a ser usado na moagem industrial. Quer dizer, se a moagem industrial é via úmida, os testes
também deve ser via úmida.

Outro fator importante é a água. Ela deve ser a mesma usada na moagem industrial, com a
mesma temperatura. Isto são pontos que ajudarão a trazer confiabilidade nos testes, chegando a
conclusões corretas. O uso de água mineral deve ser evitado por causa de sua possível acidez e
conteúdo de sal solúvel.

10.2. Grau de Moagem

O grau para que determinado minério deve ser moído para assegurar uma extração
satisfatória de um mineral depende das características físicas do minério. Geralmente, a maior
partícula que pode ser flotada industrialmente é menor que 20 mesh, entretanto em muitos casos o
tamanho da maior partícula a ser flotada pode ser maiores. Naturalmente, uma moagem mais grossa
na qual o mineral é liberado da ganga deve ser estabelecida nos testes, e assim pode se conseguir uma
economia no processo. Uma melhor extração é conseguida se o minério não for de superfície.

10.3. Tipo e Quantidade de Reagentes

É impossível especificar os reagentes que darão bons resultados em qualquer minério. São
publicados muitos artigos sobre reagentes usados em certos minérios, mas estes só podem ser usados
como um guia, pois cada minério tem certas características que só podem ser determinadas através de
testes de laboratório. No Brasil, o ideal é consultar alguns fabricantes de reagentes disponíveis no
mercado, para saber suas aplicações e características. A Célula de Flotação ENGENDRAR não é
fornecida com reagentes por ser material de insumo.

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10.4. Método de Dosagem de Reagentes

A quantidade de reagentes requerida na Célula de Flotação normalmente é muito pequena.


Os reagentes líquidos devem ser introduzidos gota a gota nas cubas de flotação utilizando um conta-
gotas. Para os reagentes secos e solúveis deve ser adicionada água a uma proporção de 1% solução
com uma pipeta. Todas as quantidades de reagentes devem ser registradas como parte dos dados de
teste. É desejável fechar a válvula de ar temporariamente enquanto estiver adicionando reagentes com
o objetivo da mistura reagente e polpa ficarem mais homogêneas possíveis.

10.5. Condicionamento

Condicionamento significa o tempo que os reagentes estão em contato com a polpa para
exercer seu efeito antes da flotação. Na prática os reativos podem ser adicionados ao moinho de bola,
ou a algum ponto intermédio no circuito de moagem, dando tempo suficiente assim antes de iniciar a
flotação do mineral. Em outras circunstâncias, tanques condicionadores com agitadores mecânicos
são necessários para dar um período de condicionamento mais longo.

A duração do tempo (aproximadamente entre 5 a 15 minutos) normalmente pode ser


determinada em uma máquina de laboratório observando o tempo requerido depois da adição de
reagentes e até que uma boa espuma apareça. Durante este tempo o ar pode ou não ser admitido pela
camisa e a máquina deve operar a uma velocidade mais lenta do que a flotação durante o
condicionamento. Durante o período de condicionamento, às vezes é aconselhável ter uma diluição
de polpa de cerca de 50% sólidos, e depois que os reagentes forem adicionados água e
completamente misturados, abrir a válvula de entrada de ar com o controle do operador de teste ou de
alguém com experiência em serviços similares, pois assim pode-se determinar o melhor tempo. O
tempo de condicionamento deve ser registrado como uma parte vital do procedimento de teste.

10.6. PH

O PH denota a acidez ou alcalinidade da polpa do minério. Em geral, as melhores condições


de flotação existem quando a polpa é ligeiramente alcalina, mas em alguns casos pode ser indesejável
ou antieconômico usar um circuito alcalino. Há certos minerais que flotam muito mais rapidamente
em uma solução ácida de polpa. Em circunstâncias como esta, pode ser usado um circuito ácido. O
PH deve ser registrado durante os trabalhos de teste. Quando a flotação for feita em um circuito
alcalino, o reagente é adicionado ao moinho. As cubas fornecidas, fabricadas em aço inox, juntas com
o equipamento, são ideais para circuitos de polpa alcalinos e ácidos.

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10.7. Diluição

É a relação de água e sólidos na polpa. Assim, 4:1 indica quatro partes de água para uma
parte de sólidos secos em massa. Isto também pode ser expresso como 20% sólidos. Várias coisas
podem ser ditas sobre a densidade de polpa ideal, mas flotação grossa requer uma densidade de polpa
mais alta do que quando o minério for moido finamente. Assuma uma condição onde
aproximadamente são retidos 6% dos sólidos em uma malha de 65 mesh e possivelmente 60%
passante em uma malha de 200 mesh. Tal condição indica uma densidade de polpa de 2:1 ou até
mesmo 3:1 para bons resultados. Vinte e cinco por cento dos sólidos retidos em uma malha de 48
mesh e 35% passantes em uma malha de 20 mesh indicam uma densidade de polpa de cerca de 1:1.
Isto serve para ilustrar que uma moagem grossa requer menos água que quando o minério é moído
finamente e melhor. Altas densidades de polpa são usadas freqüentemente nas Células de Flotação de
Laboratório quando estes equipamentos são instalados em circuito de moagem. A seguir são dados os
volumes das cubas fornecidos juntos com a Célula de Flotação modelo CFB-1000N :

10.8. Volumes das Cubas:

Volume útil das Cubas em litros s/


Volume das Cubas em gramas *
mecanismo de flotação
250 1,2
500 2,3
1000 4,3
Tabela 2 – Volumes das Cubas

*- Considerando densidade dos sólidos secos 2,7 t/m3, com polpa aproximadamente com 20% de
sólidos em massa.

10.9. Tempo de Flotação

Um fator que determina o número de células requeridas na prática para tratar determinado
minério é o tempo de flotação. Em laboratórios a polpa fica no equipamento até que todo o mineral
desejado seja flotado. A espuma concentrada é removida manualmente com uma espátula fabricada
de madeira ou plástico. Na maioria dos casos a retirada da espuma deve ser executada a uma taxa
uniforme. Isto varia entre 5 a 20 minutos. Este tempo varia de acordo com o minério a ser flotado e
por isso aconselhamos registrar todo o processo e arquivar para consultas posteriores. O tempo gasto
nos testes pode-se determinar o melhor tamanho e o número de células de flotação requeridas para
uma flotação industrial.
Testes de flotação em laboratórios podem envolver um único passo de flotação para produzir
um concentrado bruto (rougher) e rejeito ou pode consistir em concentrados múltiplos ou produtos
intermediários. É impossível cobrir este assunto em detalhes aqui. Limpeza (Cleaning) do
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concentrado rougher normalmente é exigida para rejeitar certas quantidades de impurezas que flotam
com o material desejado. Limpeza do concentrado rougher é essencialmente uma reflotação com ou
sem quantidades adicionais de reagentes. Considerando que a flotação do concentrado rougher é feita
em cubas de 1000 gramas, normalmente é limpo a uma densidade de polpa mais baixa e usando uma
cuba de volume menor como as de tamanho 250 ou 500 gramas. Estas cubas (250, 500 e 1000
gramas) são fornecidas juntamente com o equipamento. Em alguns casos as impurezas são flotadas
fora do produto desejado de forma que o rejeito passa a ser de fato o produto enriquecido. Como
regra geral, é preferível flotar o componente que possui peso menor, mas há exceções a esta regra.

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11. LIMPANDO A CÉLULA DE FLOTAÇÃO DE LABORATÓRIO

Enquanto a célula de flotação estiver em operação, há uma pequena chance de


contaminação, devendo sempre tomar alguns cuidados para limpar o equipamento corretamente entre
os testes, evitando assim esta possibilidade. O mecanismo tipo suspenso e as cubas de flotação,
independentes do equipamento, facilitam a limpeza tornando-a fácil e rápida. Se algumas precauções
forem tomadas, os produtos pesados do teste devem estar próximos do peso original da amostra
introduzida na célula. Caso isto não aconteça, efetuar uma verificação e tentar descobrir a causa da
diferença. Em muitos casos certos minérios e produtos são parcialmente solúveis ou podem conter
um determinado grau de umidade leve e responder por tais variações. Todas as operações anteriores e
posteriores a flotação devem ser feitas com igual cuidado igual para obter um equilíbrio preciso. Por
exemplo, a secagem do material deve ser assistida cuidadosamente para assegurar uma remoção
completa da umidade e evitar um superaquecimento. A preparação de vários produtos de teste depois
da secagem e antes de se fazer a análise química, deve ser executada com muito cuidado. Esta fase da
seqüência de teste às vezes é menosprezada ou é negligenciada.

12. ROTEIRO DE MANUTENÇÃO / INSPEÇÃO

Itens a Verificar Procedimentos Periodicidade


 Identificar a existência de objetos estranhos
sobre o equipamento;
Local onde está o
 Verificar a existência de vazamentos de
equipamento
minério e objetos para dentro da base Quinzenal
inferior do equipamento;
 Verificar vedação dos cabos de entrada de
energia do motor.
 Examinar a presença de ruídos estranhos do
equipamento, quando em funcionamento
Condições Mecânicas (principalmente o eixo do rotor, pois o
mesmo possui dois rolamentos); Quinzenal
 Verificar condições mecânicas do motor, tais
como ruídos estranhos, aquecimentos,
vibrações anormais, etc.;
 Observar se, por vibração, não houve o
afrouxamento dos parafusos e demais
Elementos de Fixação Mensal
elementos de fixação do equipamento;
 Verificar com atenção o desgaste do rotor;
 Verificar todos os rolamentos (trocar se
Geral necessário) Anual
 Verificar todos os parafusos de aperto;

Tabela 3 – Roteiro de Manutenção e Inspeção

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13. PROCEDIMENTOS DE EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

O equipamento é fornecido totalmente montado, embalado com plástico bolha e com


embalagem de madeira, totalmente pregada e reforçada para que o equipamento possa fazer longas
viagens sem danificar qualquer componente.

Todas as superfícies usinadas são protegidas com lubrificantes ou preventivos anti-ferrugem


apropriados, quando necessário.

O armazenamento do equipamento e/ou componentes deverá ser realizado em local


abrigado. Certificar-se de que as embalagens não fiquem em contato com o piso, evitando assim o
contato com detritos, água e umidade.

Garantir que as embalagens fiquem a uma distância de no mínimo 100 mm do piso,


evitando-se com isso o contato com detritos, água e umidade.

Alguns cuidados especiais deverão ser tomados caso o armazenamento venha a ser
realizado por longos períodos:

 Deverá ser verificado freqüentemente, se não houve retirada da película protetora contra
ferrugem, das superfícies originalmente protegidas com ela;

 Verificar periodicamente as condições das embalagens no tocante à proteção mecânica;

 Armazenamento de motores elétricos requer um ambiente isento de umidade, gases, fungos,


agentes corrosivos, poeira ou partículas abrasivas.

 Não deve ser tolerada a presença de roedores e insetos que poderão inutilizar peças ou
componentes dos motores.

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14. GARANTIA

Garantimos nossos equipamentos contra defeitos de fabricação pelos prazos de 12 meses


após a entrada em operação ou 18 meses contada da data de sua entrega completa, prevalecendo o
que primeiro ocorrer.

Estão exclusos de garantia os defeitos causados pelo uso indevido do equipamento, desgaste
natural dos componentes e pela não observação das instruções contidas no manual de instruções.

Caso o equipamento sofra intervenção ou modificação sem que haja ordem expressa da
ENGENDRAR, haverá o cancelamento da correspondente garantia.

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