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APOSTILA: ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE

CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA

ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE

Rio de Janeiro
2017
APOSTILA: ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE
CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA

INTRODUÇÃO

A alimentação na infância visa possibilitar o crescimento e o desenvolvimento


adequado, otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos e atuar na
prevenção de doenças em curto e longo prazo.
Nesse sentido, ao se planejar a alimentação da criança é necessário
considerar as limitações fisiológicas do organismo dos lactentes, visto que nos
primeiros meses de vida, o trato gastrointestinal, os rins, o fígado e o sistema
imunológico encontram-se em fase de maturação.
A alimentação infantil adequada compreende a prática do aleitamento
materno e a introdução, em tempo oportuno, da alimentação complementar. O leite
humano atende perfeitamente às necessidades dos lactentes, sendo, muito mais do
que um conjunto de nutrientes, um alimento vivo e dinâmico por conter substâncias
com atividades protetoras. Ele não apenas proporciona proteção contra infecções e
alergias como também estimula o desenvolvimento do sistema imunológico e a
maturação do sistema digestório e neurológico
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1. A ALIMENTAÇÃO EXCLUSIVA

Desde 1991, a Organização Mundial de Saúde, em associação com a


UNICEF, tem vindo a empreender um esforço mundial no sentido de proteger,
promover e apoiar o aleitamento materno.
De acordo com a OMS, as crianças devem fazer aleitamento materno
exclusivo até aos 06 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar
apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou
bebida.
Durante o período de amamentação, o ideal é que a mãe mantenha uma dieta
equilibrada, consumindo alimentos saudáveis de todos os grupos alimentares, como
frutas, verduras e legumes, ingerindo bastante água, sucos e chás. Já o consumo
excessivo de sal deve ser evitado, além de bebidas alcoólicas e consumo de tabaco.

Imagem 1: Principais vantagens do aleitamento materno

Fonte: http://www.leitematerno.org/oms.htm
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2. IMPOSSIBILIDADE DE AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA

São raras as situações em que o aleitamento materno não é indicado,


devendo ser substituído pelo aleitamento artificial. São exemplos destes casos as
infecções maternas com agentes de alta patogenicidade ou que exijam o uso de
medicamentos incompatíveis com a amamentação.
Nesses casos de impossibilidade do aleitamento materno exclusivo, deve-se
utilizar uma formula que satisfaça as necessidades do lactente recomendadas pelas
sociedades científicas nacionais e internacionais (SBP, ESPGHAN e AAP).
No Brasil, todas as fórmulas utilizadas para lactentes e de seguimento para
lactentes, seguem as resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA; RDC nº 43 e 44/2011), portanto, são consideradas seguras.

 Fórmula infantil para lactentes (Fórmula de Partida): Deve ser utilizado até
o sexto mês (primeiro semestre).

 Fórmula infantil de seguimento para lactentes: Deve ser utilizada a partir


do sexto mês (segundo semestre).

O quadro abaixo apresenta as quantidades de cada nutriente para as


fórmulas de partida e seguimento, de acordo com a legislação vigente.
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TABELA 1: Quantidades mínimas e máximas de nutrientes, em 100Kcal, que deve-se


ter presentes nas formulações infantis de partida e seguimento
LEITE DE PARTIDA LEITE DE SEGUIMENTO
NUTRIENTE Unidade de Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Medida
Valor Energético em kcal 60 70 60 70
100mL
Carboidratos g 9,0 14,0 9,0 14,0
Lactose g 4,5 - 4,5 *
Proteína do leite de vaca g 1,8 3,0 1,8 3,5
hidrolisadas e não
hidrolisadas
Proteínas isoladas de soja g 2,25 3,0 2,25 3,5

Mistura de leite de vaca e g 2,25 3,0 2,25 3,5


de soja
Gorduras totais g 4,4 6,0 4 6

Ácido Linoléico mg 300 1400 300 1400

Ácido α-linolênico mg 50 - 50 -

Sódio mg 20 60 20 60
Cálcio ** mg 50 - 50 -
Ferro mg 0,45 1,3 0,9 2,0
Potássio mg 60 180 60 180
Cloreto mg 50 160 50 160
Fósforo mg 25 - 25 -
Magnésio mg 5 - 5 -
Iodo μg 10 - 10 -
Cobre μg 35 - 35 -
Zinco mg 0,5 - 0,5 -
Selênio μg 1 - 1 -
Manganês μg 1 - 1 -
Vitamina A*** μg RE 60 180 60 180
Vitamina D3 μg 1 2,5 1 3
Vitamina E mg α-TE 0,5 - 0,5 -
Vitamina K μg 4 - 4 -
Vitamina C mg 10 - 10 -
Niacina μg 300 - 300 -
Vitamina B6 μg 35 - 35 -
Ácido Fólico μg 10 - 10 -
Ácido Pantotênico μg 400 - 400 -
Vitamina B12 μg 0,1 - 0,1 -
Biotina μg 1,5 - 1,5 -
Colina mg 7 - 7 -
Taurina mg - 12 - 12
L-Carnitina mg 1,2 - - -
Fonte: Resolução 43 e 44 de 19 de Setembro de 2011.
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Além dessas, existem outras formulas destinadas ao lactente impossibilitado


de receber o aleitamento materno. São fórmulas destinadas a atender, quando
necessário, as necessidades nutricionais de lactentes decorrentes de alterações fisiológicas
e/ou doenças temporárias ou permanentes e/ou para redução de risco de alergias em
indivíduos predispostos (ANVISA, 2011).

 Fórmulas anti-regurgitamento: usualmente incluem o amido em sua


composição, o que proporciona maior espessamento quando em
contato com o suco gástrico e, consequentemente, menor risco de
regurgitação. Há predomínio de caseína devido ao seu efeito tampão
sobre a acidez gástrica. O conteúdo de lipídios é menor, para assim
aumentar o esvaziamento gástrico.

 Fórmulas Para Prematuros: Os prematuros apresentam uma


deficiência relativa de lactase e por essa razão, o carboidrato das
fórmulas é uma mistura de lactose e polímeros de glicose. Estes
polímeros permitem um rápido esvaziamento gástrico, diminuindo a
estase gástrica, e o risco de enterocolite necrotizante, pois possuem
uma carga osmótica mais baixa. Os aminoácidos taurina, histidina,
tirosina e cistina também devem ser considerados essenciais aos
recém-nascidos prematuros, além dos aminoácidos considerados
essenciais ao ser humano. A capacidade do prematuro em sintetizar a
carnitina é menor, sendo necessária sua suplementação nas fórmulas .
Deve haver uma maior concentração de cálcio e fósforo para a
mineralização óssea.

 Fórmulas derivadas da soja: São indicadas em casos de deficiência


primária de lactase, galactosemia, alergia a proteína do leite de vaca,
além de lactentes de famílias vegetarianas em que não se deseja o
consumo de proteína animal. Apresentam composição semelhante às
demais fórmulas, exceto pelo carboidrato e proteína. São compostas
de proteína de soja refinada e aquecida para melhorar a digestibilidade
protéica e a biodisponibilidade mineral. O zinco, magnésio, ferro e
cobre apresentam uma absorção menor que a do leite materno e o de
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fórmulas com leite de vaca, possivelmente relacionado à presença de


fitatos.

 Fórmulas sem lactose: São fórmulas indicadas para lactentes


afetados por má absorção de lactose, desnutrição grave, deficiência
primária de lactase, lesão da mucosa intestinal na diarreia persistente
ou crônica, levando a deficiência secundária de lactase. Nesses leites,
geralmente há a substituição da lactose por hidrato de carbono,
geralmente dextrinomaltose.

 Hidrolisados protéicos: São fórmulas nutricionalmente completas,


semi-elementares, hipoalergênicas, nas quais a proteína se encontra
hidrolisada em pequenos peptídeos e aminoácidos livres. Atualmente,
estão disponíveis no mercado nacional hidrolisados de caseína, de
proteínas do soro do leite e de proteínas da soja e colágeno. Estão
indicados nos casos de alergia simultânea à proteína do leite de vaca e
da soja, nas condições clínicas associadas as síndromes disarbsortivas
graves, na presença de hipoalbuminemia, na transição de nutrição
parenteral total para nutrição enteral e na realimentação de pacientes
críticos por promoverem uma diminuição do gasto energético com o
processo digestivo-absortivo.
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3. INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS

A partir dos seis meses, o uso exclusivo de leite materno não supre todas as
necessidades nutricionais da criança, sendo necessária a introdução de alimentos
complementares.
É nessa fase, que a criança atinge o estagio de desenvolvimento com
maturidade fisiológica e neurológica e atenuação do reflexo de protrusão da língua,
o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos. As enzimas digestivas são
produzidas em quantidades suficientes, razão que habilita as crianças a receber
outros alimentos além do leite materno.
A alimentação complementar é o conjunto de todos os alimentos, além do
leite materno, oferecidos durante o período em que a criança continuará a ser
amamentada ao seio, embora sem exclusividade. Ressalta-se que o período de
introdução da alimentação complementar é de elevado risco para a criança tanto
pela oferta de alimentos desaconselháveis quanto pelo risco de contaminação
devido à manipulação e ao preparo inadequado favorecendo a ocorrência de doença
diarreica e desnutrição. Portanto, a orientação correta para as mães, durante a
amamentação, é de fundamental importância e deve ser realizada por pressionais
da área de saúde.
A partir do sexto mês de vida, deve-se introduzir a alimentação
complementar, mantendo-se o aleitamento materno até os 2 anos de idade ou mais.
Deve-se oferecer:
.
 A primeira papa principal deve ser oferecida a partir do sexto mês, no horário
de almoço ou jantar, conforme o horário da família, completando-se a refeição
com o leite materno até que a criança se mostre saciada apenas com papa. A
segunda papa principal será, oferecida a partir do sétimo mês de vida.
 Por volta dos 8 a 9 meses a criança pode começar a receber a alimentação
da família, na dependência do desenvolvimento neuropsicomotor e com
ajuste da consistência.
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 A partir dos 12 meses, acrescentar às três refeições mais dois lanches ao dia,
com fruta ou leite. Oferecer frutas como sobremesa é importante, após as
refeições principais, com a finalidade de melhorar a absorção do ferro.
 Deve-se evitar alimentos industrializados pré-prontos, refrigerantes, café,
chás e embutidos, entre outros.

Quadro 1: Esquema de introdução dos alimentos complementares

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2012).

3.1. Alimentação para Lactentes entre 1 e 2 Anos de Idade

Nesta faixa etária, a amamentação deve continuar. As refeições devem ser


semelhantes às dos adultos, tentando-se ajustes para menor consumo de alimentos
industrializados ricos em açúcar, gordura e sal e para redução do sal de adição.
Devem ser consumidos todos os tipos de carnes e afins, com estímulo ativo ao
consumo de frutas e verduras.
Os tipos de alimentos escolhidos devem ser adequados à capacidade de
mastigar e engolir da criança. O tamanho das porções deve ser ajustado ao grau de
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aceitação, conforme figura 2, pirâmide alimentar para crianças que descreve as


porções sugeridas de cada grupo de alimentos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (2012) fornece um exemplo de cardápio
para crianças de 1 a 2 que pode ser tomado por base para elaboração de outros
cardápios.

Exemplo de cardápio para crianças de 1 a 2 anos de idade que não se


encontram em regime de aleitamento materno (1.300 kcal)

CAFÉ DA MANHÃ (310 KCAL – 23,2%)

 Leite integral: 1 copo médio – 200 mL (1 porção – grupo dos leites)


 Cereal infantil: 3 colheres de sopa (1 porção – grupo dos cereais)
 Pão francês: 1/2 unidade (1 porção – grupo dos pães e cereais)
 Margarina: 1 colher de chá (1 porção – grupo dos óleos)
 Mamão-papaia: 1/2 unidade pequena (1 porção – grupo das fruta

LANCHE DA MANHÃ (87 KCAL – 6,5%)

 Suco de laranja natural: 1 copo pequeno (150 mL) (1 porção – grupo das
frutas)

ALMOÇO (280 KCAL – 20,9%)

 Arroz: 2 colheres de sopa (1 porção – grupo dos pães e cereais)


 Feijão: 1 colher de sopa (1 porção – grupo das leguminosas)
 Músculo cozido: 2 colheres de sopa – 40 g (1 porção – grupo das carnes e
ovos)
 Abobrinha: 1 colher de sopa cheia (1 porção – grupo das hortaliças)
 Salada de alface: 1 pires (1 porção – grupo das hortaliças)
 Óleo de soja: 1 colher de sobremesa (1/2 porção – grupo das gorduras)
 Banana: 1/2 unidade pequena (1 porção – grupo das frutas)

LANCHE DA TARDE (177 KCAL – 17,1% P/ 13,2%)

 Leite integral: 1 copo médio – 200 mL (1 porção – grupo dos leites)


 Bolacha tipo Maria: 4 unidades (1 porção – grupo dos pães e cereais)
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JANTAR (272 KCAL – 20,3%)

 Macarrão ao sugo: 2 colheres de sopa cheias (1 porção – grupo dos pães e


cereais)
 Frango cozido: 1/2 sobrecoxa sem pele (1 porção – grupo das carnes e
ovos)
 Cenoura cozida: 1 colher de sopa cheia (1 porção – grupo das hortaliças)
 Salada de tomate: 5 fatias (1 porção – grupo das hortaliças)
 Óleo de soja: 1 colher de sobremesa (1/2 porção – grupo das gorduras)
 Maçã: 1/2 unidade média (1 porção – grupo das frutas)

LANCHE DA NOITE (213 KCAL – 15,9%)

 Leite integral: 1 copo médio – 200 mL (1 porção – grupo dos leites)


 Açúcar: 1 colher de sopa (1 porção – grupo do açúcar e doces)
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Figura 2: Pirâmide alimentar infantil


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DEZ PASSOS PARA A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DA CRIANÇA

 Passo 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água,
chás ou quaisquer outros alimentos.
 Passo 2 – A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros
alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.
 Passo 3 – Após os 6 meses, dar alimentos complementares (cereais,
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia se a
criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
 Passo 4 – A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de
horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
 Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e
oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e,
gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos todos os dias. Uma
alimentação variada é, também, uma alimentação colorida.
 Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas
refeições.
 Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,
salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com
moderação.
 Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir
armazenamento e conservação adequados.
 Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar,
oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando
sua aceitação.
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4. CONCLUSÃO

O leite materno deve ser a primeira escolha para a alimentação de crianças


recém-nascidas. Nas situações em que não é indicado, deve ser substituído pelas
fórmulas infantis, observando-se com critério as particularidades de cada uma.
O conhecimento correto e atualizado sobre a alimentação da criança é
essencial para a avaliação e a orientação adequadas de sua nutrição. Dessa forma,
é de suma relevância que seja acompanhado por profissionais de saúde capacitado.
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REFERÊNCIAS

WORLD HEALTH ORGANIZATION – The optimal duration of exclusive


breastfeeding – Report of an Expert Consultation – Geneva, Switzerland, March
2001.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do


lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola/Sociedade
Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 3ª. ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP,
2012.

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