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I.

Introdução dos Poderes Administrativos;


1º Bloco II. Deveres Administrativos.

I. Poderes Administrativos:
 Poder Vinculado;
 Poder Discricionário;
2º Bloco  Limites do Poder Discricionário;
 Poder Hierárquico;
 Poder Disciplinar.

I. Continuação de Poderes Administrativos:


 Poder Regulamentar;
3º Bloco  Poder de Polícia;
 Uso e Abuso do Poder.

4º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro.

5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
I. INTRODUÇÃO DOS PODERES ADMINISTRATIVOS
INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO
O Direito pátrio é dividido em dois grandes ramos que podem ser classificados como Direito Público e Direito
Privado. Diante disse, podemos afirmar que conceitos e princípios serão aplicados de forma distinta, sempre tendo
como parâmetro o ramo do direito que estamos estudando.
O Direito Público em primeiro plano regula os interesses da coletividade como regra geral. Os polos aqui são o
Estado de um lado e o indivíduo do outro. O Direito Público tem como característica marcante a desigualdade
entre as partes no que tange a relação jurídica. Essa desigualdade se baseia no interesse da coletividade sobre os
interesses individuais do cidadão. Podemos afirmar que essas prerrogativas do Estado são consequência dos
princípios constitucionais implícitos da Supremacia do interesse público sobre o privado e da Indisponibilidade
do interesse público.
Prestem atenção, pois esses princípios são classificados de duas formas para fins de concursos públicos:
1ª. Eles são considerados princípios constitucionais implícitos e fundamentais do artigo 37 da CF/88;
2ª. Eles são considerados os princípios norteadores do Direito Administrativo.
Podemos ter como exemplo da desigualdade entre as parte a seguinte situação hipotética:
Imagine que um indivíduo compre uma casa a beira mar e que essa casa foi comprada respeitando todos os
ditames legais. Essa situação se configura em um ato jurídico perfeito e é direito adquirido do cidadão garantido pelo
artigo 5º da CF/88.
Contudo, imagine agora que uma chuva torrencial tenha rachado por completo o imóvel e que o indivíduo se
recuse a sair do imóvel alegando que tem direito constitucional a propriedade privada.
Temos aqui uma disputa com dois polos. De um lado o indivíduo querendo garantir sua propriedade e de outro o
Estado, querendo garantir o direito constitucional à vida do indivíduo. O direito a vida é um bem em que o indivíduo
não pode abrir mão, assim o Estado tem a obrigação de impedir que ele perca esse direito.
Caso o indivíduo não saia o Estado usará de todo o seu aparato para garantir que o direto a vida prevaleça.
Dessa forma, usando das prerrogativas de direito público e baseado na supremacia do interesse público o Estado
retira o indivíduo usando a força se necessário, sempre com a finalidade da coletividade (finalidade pública).
Em resumo o Direito Público é o que tutela os interesses da coletividade sempre com a finalidade pública e usa de
sua supremacia para conseguir seus fins, transformando a relação entre os polos em uma relação desigual.
A relação do Direito Privado integra a regulamentação da vida do cidadão em sociedade. A regra aqui é a relação
de Igualdade entre as partes, pois os polos aqui são os indivíduos e seus interesses individuais.
Essa relação tem como base o artigo 5º da CF/88 que regula os princípios constitucionais individuais e
fundamentais.
Podemos ter como exemplo a relação de interesses entre dois indivíduos. Imagine que uma pessoa dirigindo seu
próprio carro colida com outro veículo e que as duas partes aleguem estar certas e queiram receber uma da outra.
Podemos dizer que acabamos de ver um conflito entre dois indivíduos. Aqui a regra é a igualdade entre as partes,
pois todo o direito inerente a um será aplicado ao outro.
Em resumo, o Direito Privado rege as relações individuas em pé de igualdade e os interesses tutelados aqui são
os individuais e não os da coletividade.

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Assim temos, para fins de concursos públicos, vários conceitos importantes que definem o Direito Público:
TÓPICO ESQUEMATIZADO

Conceito de Direito Público:


Para o professor Hely Lopes Meirelles, o Direito Público é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que
regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado.
O prof. Celso Antônio Bandeira de Mello trás um conceito sintético de direito administrativo: “o ramo do direito
público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem.”
Dessa forma, são muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo. Em resumo, pode-se dizer que
é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos,
agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como se atingir as finalidades do Estado. Ou seja, tudo
que se refere à Administração Pública e à relação entre ela e os administrados e seus servidores é regrado e
estudado pelo Direito Administrativo.

Os Poderes Administrativos:
Os chamados poderes administrativos deriva diretamente do princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado, esse princípio, além de ser o norteador de todo Direito Administrativo também é considerado um princípio
Constitucional implícito
Esses poderes são conferidos aos agentes públicos para realização das funções estatais e somente com a
finalidade púbica. Vale lembrar que esses poderes administrativos não pertencem ao agente e sim a situação jurídica
a qual o agente se encontra, isso pelo baseado no princípio da impessoalidade.
Esses poderes são exercidos pelos administradores públicos nos termos da lei, com a maior observância possível
dos princípios da administração pública e respeito aos direitos e garantias constitucionais e fundamentais do cidadão.

II. DEVERES ADMINISTRATIVOS


Os poderes da Administração são instrumentais, ou seja, são instrumentos conferidos à Administração e
empregados apenas para o atendimento do interesse público. Exceder os limites das atribuições ou desviar das suas
finalidades constitui abuso de poder e, conseqüentemente, prática de ato ilícito.
O poder administrativo é conferido à autoridade para remover interesses particulares que se opõem ao interesse
público.
Os deveres em espécie:
 Poder-Dever de Agir:
O administrador público tem o dever de agir, ele tem por obrigação exercitar esse poder em benefício da
comunidade. Esse poder é irrenunciável. O poder dever ser entendido como possibilidade e não como um poder de
força e o dever de agir é a obrigação imposta por lei.

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 Dever de Eficiência:
Cabe ao agente público realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. Esse dever foi
inserido com a emenda constitucional 19/98 que erigiu a eficiência como um princípio da Administração pública.
 Dever de Probidade:
A Administração poderá invalidar o ato administrativo praticado com lesão aos bens e interesses públicos. A
probidade é elemento essencial na conduta do agente público necessária a legitimidade do ato administrativo. O
dever de probidade esta intimamente ligado ao princípio da moralidade administrativa e em decorrência de sua
inobservância o administrador público responderá por improbidade administrativa prevista no artigo 37 § 4º da CF/88.
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
 Dever de Prestar Contas:
É o dever de todo administrador público prestar contas, é decorrência da gestão de bens e interesses alheios,
nesse caso de bens e interesses coletivos. Vale ressaltar que a constituição federal somente previu esse dever para
a União, contudo pelo princípio da simetria jurídica todas as esferas da federação estão obrigadas a prestar contas.
 Excesso de Poder - ocorre quando o agente extrapola os limites de sua competência, pratica o ato
mesmo não tendo competência para isso.
 Desvio de Finalidade - ocorre quando o administrador abandona a finalidade indicada na lei e busca
atender outra diversa da estatuída na norma que autoriza a sua atuação (Princípio da Indisponibilidade do
Interesse Público).

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I. PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos representam instrumentos que permitem à Administração cumprir suas finalidades,
sendo por isso denominado de poderes instrumentais, que por sua vez diferem dos poderes políticos (Legislativo,
Judiciário e Executivo) que denominamos de poderes estruturais (hauridos pela Constituição).
 Poder Vinculado
É aquele de que dispõe a Administração para a prática de atos administrativos em que é mínima ou inexistente
sua liberdade de atuação. Devemos lembrar que todos os atos administrativos são vinculados quanto aos requisitos
competência, finalidade e forma. Os atos vinculados também o são quanto aos requisitos motivo e objeto. O ato que
se desvie minimamente dos requisitos previstos na lei será nulo e caberá à Administração ou ao Poder Judiciário
declarar sua nulidade.
 Poder Discricionário
É aquele em que a Administração dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade
e conveniência da prática do ato. Conveniência e oportunidade formam o núcleo do chamado poder discricionário.
Esses elementos é que permitem ao administrador público eleger, entre as várias condutas previstas na lei, a que se
traduz como mais conveniente e oportuna para o interesse público. Jamais é permitida atuação arbitrária, sob
qualquer circunstância. O ato discricionário implica liberdade de atuação administrativa, sempre dentro dos limites
previstos na lei. Cabe salientar que o ato discricionário ilegal poderá ser anulado tanto pela Administração quanto
pelo Poder Judiciário, pois o que não pode ser apreciado pelo Judiciário é o mérito administrativo. Da mesma forma,
entendendo a Administração serem inoportunos ou inconvenientes poderá revogá-los. A doutrina e a jurisprudência
modernas enfatizam a tendência de limitação ao poder discricionário da Administração. Assumem relevância os
princípios implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade como as maiores limitações impostas ao poder
discricionário da Administração.

 Limites do Poder Discricionário


O poder discricionário é enraizado de margem de escolha dada pela lei e pelos conceitos jurídicos
indeterminados. Contudo, essa liberdade não pode e não deve ser confundida com arbitrariedade. Para tanto os
princípios constitucionais implícitos da razoabilidade e proporcionalidade servem de trava para esse tipo de abuso. A
omissão do administrador quando ele deveria agir se caracteriza abuso e deve ser controlado através da legalidade,
ou seja, enseja atuação direta do poder judiciário.

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ESQUEMA PARA EXPLICAÇÃO

 Poder Hierárquico
Caracteriza-se pela existência de graus de subordinação entre os diversos órgãos e agentes. Como resultado do
poder hierárquico, a Administração é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades
de seus órgãos e agentes no seu âmbito interno. Do seu exercício decorrem as prerrogativas, do superior para o
subordinado, de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar. Os servidores públicos têm o dever de acatar e
cumprir as ordens de seus superiores, salvo quando manifestamente ilegais. Pelo poder-dever de fiscalização,
compete ao superior estar atento aos atos praticados pelos subordinados, a fim de corrigi-los sempre que se desviem
da legalidade.
REVISÃO HIERÁRQUICA
É a prerrogativa conferida ao superior para apreciar todos os aspectos de um ato de seu subordinado. Somente é
possível enquanto o ato não tenha se tornado definitivo para a Administração.
DELEGAÇÃO
Significa atribuir ao subordinado competência para a prática de ato que originariamente pertencia ao superior.
Somente podem ser delegados atos administrativos, não os atos políticos. Também não se admite a delegação de
atribuições de um Poder a outro, salvo nos casos expressamente previstos na Constituição.
AVOCAÇÃO
Consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas a seus
subordinados. É uma medida excepcional e a doutrina é unânime em afirmar que ela deve ser evitada. A avocação
desonera o subordinado de qualquer responsabilidade relativa ao ato praticado pelo superior hierárquico. Não se
deve confundir subordinação com vinculação. A subordinação tem caráter interno, é entre órgãos de uma mesma
entidade. A vinculação tem caráter externo e resulta do controle que as entidades políticas exercem sobre as suas
entidades administrativas.

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ESQUEMA DA EXPLICAÇÃO (PP)

 Poder Disciplinar
Está intimamente relacionado ao poder hierárquico e traduz-se na faculdade (mais correto é poder-dever) que
possui a Administração de punir internamente as infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas sujeitas à
disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A doutrina aponta o poder disciplinar como exercício
caracteristicamente discricionário.

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I. CONTINUAÇÃO DE PODERES ADMINISTRATIVOS
 Poder Regulamentar
Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar
as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Seu alcance é apenas de norma complementar à lei; não pode, pois, a
Administração, alterá-la a pretexto de estar regulamentando-a. Se o fizer, cometerá abuso de poder regulamentar,
invadindo a competência do Legislativo.
O poder regulamentar é de natureza derivada (ou secundária): somente é exercido à luz de lei existente. Já as
leis constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da Constituição.
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regulamentar” exclusivamente para designar as
competências do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos.
FORMALIZAÇÃO
A formalização do Poder Regulamentar se processa, principalmente, por meio de decretos. Nesse sentido é que o
art. 84, IV, da Constituição dispõe que ao Presidente da República compete “expedir decretos e regulamentos
para a fiel execução das leis”. Pelo princípio da simetria constitucional, o mesmo poder é conferido a outros chefes
do Poder Executivo para os mesmos objetivos.
Há também atos normativos que, editados por outras autoridades administrativas, estão inseridos no Poder
Regulamentar. É o caso das instruções normativas, resoluções, portarias, etc. Tais atos têm, frequentemente, um
âmbito de aplicação mais restrito, porém, veiculando normas gerais e abstratas para a explicitação das leis, também
são meios de formalização do Poder Regulamentar.
Os decretos são considerados atos de regulamentação de primeiro grau; os outros atos que a ele se
subordinem e que, por sua vez, os regulamentem, evidentemente com maior detalhamento, podem ser qualificados
como atos de regulamentação de segundo grau e assim por diante. O poder da Administração Pública de editar
normas de hierarquia inferior aos regulamentos é também é chamado de Poder Normativo.
Embora, em regra, o Poder Regulamentar, expresso por atos de regulamentação de primeiro grau, seja
formalizado por meio de decretos, existem situações especiais em que a lei indicará, para sua regulamentação, ato
de formalização diversa, embora idêntico seja seu conteúdo normativo e complementar. Ex.: resoluções do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público.
LEI E PODER REGULAMENTAR
Os atos administrativos que regulamentam as leis não podem criar direitos e obrigações, porque isso é vedado
em dos postulados fundamentais de nosso sistema jurídico: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei” (CF, art. 5°, II).
É legítima, porém, a fixação de obrigações derivadas ou subsidiárias – diversas das obrigações primárias ou
originárias contidas na lei – nas quais também se encontra a imposição de certa conduta dirigida ao administrado.
Constitui, no entanto, requisito de validade de tais obrigações sua necessária adequação às matrizes legais.
CONTROLE DOS ATOS DE REGULAMENTAÇÃO
Visando coibir a indevida extensão do poder regulamentar, dispôs o art. 49, V, da CF, ser da competência
exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
No que se refere ao controle judicial, há que se distinguir a natureza do conteúdo do ato regulamentar. Tratando-
se de ato regulamentar contra legem, ou seja, aquele que extrapole os limites da lei, viável apenas será o controle de
legalidade resultante do confronto do ato com a lei. Assim, incompatível, no caso, o uso da ação direta de
inconstitucionalidade.
Se o ato, todavia, ofender diretamente a Constituição, sem que haja lei a que deva subordinar-se, terá a
qualificação de um ato autônomo e, nessa hipótese, poderá sofrer controle de constitucionalidade pela via direta, ou
seja, através da ação direta de inconstitucionalidade, medida a que possibilita a impugnação de leis ou atos
normativos que contrariem a Constituição.

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Atualmente, entretanto, é cabível a impugnação direta de atos regulamentares pela arguição de descumprimento
de preceito fundamental (ADPF), prevista no art. 102, § 1°, da CF, e regulamentada pela Lei 9.882/99, porque aqui o
controle concentrado é mais amplo, abrangendo a inconstitucionalidade direita e a indireta, atos normativos
autônomos e subordinados e até mesmo atos administrativos concretos. A ADPF é uma ação subsidiária, ou seja,
somente pode ser utilizada nos casos em que não houver outra medida judicial para sanar a ilegalidade ou
inconstitucionalidade do ato.
A omissão da Administração Pública em sua função regulamentar pode ser controlada pelo Poder Judiciário por
meio de duas ações constitucionais: o mandado de injunção, que deve ser concedido “sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania” (art. 5º, LXXI); e a ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão,
na qual, se for considerada ausente “medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder
competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
trinta dias” (art. 103, § 2º).
LEI PENDENTE DE REGULAMENTO
A regra legal que autoriza o Poder Executivo a regulamentar a lei deve necessariamente apontar o prazo para ser
expedido o ato de regulamentação. Nesse prazo, a lei ainda não se torna exequível enquanto não editado o
respectivo decreto ou regulamento, e isso porque o ato regulamentar, nessa hipótese, figura como verdadeira
condição suspensiva de exequibilidade da lei.
A omissão em regulamentar a lei é inconstitucional, visto que, em última análise, seria o mesmo que atribuir ao
Executivo o “poder de legislação negativa”, ou seja, de permitir que a inércia tivesse o condão de estancar a
aplicação da lei, o que, obviamente, ofenderia a separação de poderes.
Assim, se for ultrapassado o prazo de regulamentação sem a edição do respectivo regulamento, a lei deve tornar-
se exequível para que a vontade do legislador não se afigure inócua e eternamente condicionada à do administrador.
Nesse caso, os titulares dos direitos previstos na lei passam a dispor de ação com vistas a obter, do Judiciário,
decisão que lhes permita exercê-los, suprindo a ausência de regulamento.
A ausência, na lei, da fixação de prazo para a sua regulamentação é inconstitucional, uma vez que não pode o
Legislativo deixar ao Executivo a prerrogativa de só tornar a lei exequível se e quando julgar conveniente.
Primeiramente, não existe tal prerrogativa na Constituição. E depois tal situação equivale a uma disfarçada
delegação de poderes, o que é proibido pelo vigente sistema constitucional.
REGULAMENTOS AUTÔNOMOS
Existe profunda divergência na doutrina sobre a possibilidade ou não, de o Executivo editar ou os denominados
regulamentos autônomos, atos destinados a prover sobre situações não previstas na lei.
Uma primeira posição defende sua existência no Direito Brasileiro como decorrência dos poderes implícitos da
Administração. Outros professam o entendimento de que, conquanto possam teoricamente existir, os regulamentos
autônomos não são admitidos, pois a CF atribui ao Chefe do Poder Executivo o poder de editar atos para a fiel
execução das leis, razão porque só teria admitido os regulamentos de execução.
Para que os regulamentos sejam caracterizados como autônomos, é necessário que os atos possam criar e
extinguir primariamente direitos e obrigações, isto é, sem prévia lei disciplinadora da matéria, suprimindo, assim,
lacunas legislativas. Inicialmente, a CF não previa nenhuma situação na qual a Administração Pública pudesse editar
decretos autônomos. Porém, com a Emenda Constitucional 32/2000, passou a ser prevista essa modalidade no
art. 84, VI:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos;
b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Portanto, é possível a existência de atos administrativos que não estão subordinados a nenhuma lei, desde
que cumpridos os seguintes requisitos:

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1. O ato deve ser um decreto, editado pelo Presidente da República e pelo Ministro ou Secretário da área. Nos
termos do princípio da simetria, essa possibilidade estende-se também aos chefes dos Poderes Executivos dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
2. Sua matéria deve ser somente a organização e o funcionamento da Administração Pública;
3. Mesmo no tocante à Administração Pública, não podem implicar em:
a. Aumento de despesa;
b. Criação ou extinção de órgãos públicos;
c. Extinção de funções ou de cargos públicos, exceto quando vagos.
Apesar de editados pelo Presidente da República, que é o chefe da Administração Pública Federal, e não estarem
subordinados à lei, não são regulamentos autônomos:
a) Medidas provisórias, que não são leis, mas têm força de lei, estando incluídas pela Constituição na seção
referente ao processo legislativo. São, portanto, atos legislativos, excepcionalmente feitos pelo Poder Executivo;
b) Decretos de intervenção (federal ou estadual), de instauração do estado de defesa e do estado de sítio. Esses
decretos são atos políticos, pois se referem ao governo e não à Administração Pública.
Vale lembrar que os atos de carater normativo não pode ser objeto de delegação por força do artigo 13 da lei
9.784-99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I. a edição de atos de caráter normativo;


II. a decisão de recursos administrativos;
III. as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
PODER REGULAMENTAR

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ESQUEMA

 Poder de Polícia
No direito, o exercício do poder de polícia se refere à prática de um ente ou agente governamental de
executar serviços voltados ao registro, fiscalização ou expedição de algum ato e jamais pode ser delegada a
particulares.
O ART. 78 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL DEFINE LEGALMENTE PODER DE POLÍCIA
“Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
O PROFESSOR HELY LOPES MEIRELLES CONCEITUA PODER DE POLÍCIA COMO
“a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso, o gozo de bens,
atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.”
Refere-se ainda a este Poder como o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter
os abusos do direito individual. Sua finalidade, então, é a proteção ao interesse público.
Dessa forma, o Poder de Polícia foi instituído e outorgado aos integrantes da Administração Pública para evitarem
as colisões no exercício dos direitos individuais de todos os indivíduos da sociedade, possuindo atributos específicos
e peculiares para o seu exercício, que são:
DISCRICIONARIEDADE
O Poder de Polícia será discricionário quando a lei deixa ao administrador certa margem de liberdade de
apreciação quanto a determinados elementos. Nesses casos, a Administração Pública terá que decidir qual o melhor
momento de agir, qual o meio de ação mais adequado, qual a sanção cabível diante das previstas na norma legal.
Na escolha pela Administração Pública da oportunidade e conveniência de exercer o poder de polícia, e na
graduação das sanções aplicáveis aos infratores é que reside a discricionariedade do poder de polícia.
Entretanto, será vinculado quando a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração
Pública terá de adotar solução previamente estabelecida, sem qualquer possibilidade de opção.
AUTO-EXECUTORIEDADE
É o poder, da Administração Pública, decidir e executar diretamente sua decisão, por seus próprios meios,
sem precisar recorrer previamente ao Judiciário. Assim a auto-executoriedade não existe em todas as medidas
de polícia e para que a Administração Pública possa usá-la, é necessário que a lei a autorize expressamente, ou que
se trate de medida urgente, sem a qual poderá ser ocasionado prejuízo maior para o interesse público.

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COERCIBILIDADE
As medidas de polícia adotadas pela Administração Pública se impõem de forma coativa. Todo ato de polícia é
imperativo (obrigatório para seu destinatário).
Não há ato de polícia facultativo para o particular, pois todos eles admitem coerção estatal para torná-los efetivos.
A coerção é indissociável da auto-executoriedade. O ato de polícia só é auto-executório porque dotado de força
coercitiva.
Há de se observar as condições gerais de validade do ato administrativo, bem como condições específicas deste
ato de polícia, que são competência, finalidade, forma e objeto (condições de validade de qualquer ato
administrativo), acrescidas de proporcionalidade da sanção e de legalidade dos meios empregados pela
Administração (condições de validade específicas dos atos de polícia).
A legalidade dos meios empregados pela Administração é o último requisito para a validade do ato de polícia. Na
escolha do modo de efetivar as medidas de polícia não se compreende o poder de utilizar meios ilegais para sua
consecução, embora lícito e legal o fim pretendido. Os meios devem ser legítimos, humanos e compatíveis com a
urgência e a necessidade da medida adotada.
MEIOS DE ATUAÇÃO
O Poder Público se manifesta tanto através de atos normativos de alcance geral quanto de atos concretos e
específicos.
Considerado o poder de polícia em sentido amplo (abrangendo as atividades do Legislativo e do Executivo), os
meios de que se utiliza o Estado para seu exercício são: atos normativos em geral:
LEIS
Pela lei criam-se as limitações administrativas ao exercício dos direitos e das atividades individuais,
estabelecendo-se normas gerais e abstratas dirigidas indistintamente às pessoas que estejam em idêntica situação;
Atos normativos da Administração Pública:
Disciplinando a aplicação da lei, o Executivo pode baixar decretos, resoluções, portarias, instruções.
Atos administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso concreto, compreendendo: Medidas
preventivas com o objetivo de adequar o comportamento individual à lei (fiscalização, vistoria, notificação,
autorização, licença); Medidas repressivas com a finalidade de coagir o infrator a cumprir a lei (interdição de
atividade, apreensão de mercadorias deterioradas).
POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA
O poder de polícia que o Estado exerce pode incidir tanto na área administrativa quanto na área judiciária.
A doutrina costuma apontar como diferença o fato da polícia administrativa ter caráter preventivo, pois tem
por objeto impedir ações antissociais, e a polícia judiciária ter caráter repressivo, pois tem por objeto punir
os infratores da lei penal.
Afirma-se que a diferença não é absoluta, pois a polícia administrativa tanto pode agir preventivamente, como
pode agir repressivamente.
Diz-se também que a polícia judiciária, embora seja repressiva em relação ao indivíduo infrator da lei penal, é
também preventiva em relação ao interesse geral, porque, punindo-o, tenta evitar que o indivíduo volte a incidir na
mesma infração.
LIMITES
Como todo ato administrativo, a medida de polícia, mesmo que seja discricionária, sempre esbarra em limitações
impostas pela lei, quando à competência e à forma, aos fins e ao objeto.
COMPETÊNCIA E FORMA
Devem se observar às normas legais pertinentes à competência (o agente deve ser competente, ter competência
legal para a prática do ato) e à forma (o revestimento exterior do ato, o modo pelo qual ele aparece, deve ser o
previsto em lei).

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FINS
O poder de polícia só deve ser exercido para atender ao interesse coletivo e seu fundamento é o princípio da
supremacia do interesse público sobre o particular, o exercício do poder perderá sua justificativa quando utilizado
para beneficiar ou prejudicar pessoas determinadas. A autoridade que se afasta da finalidade pública incidirá em
desvio de poder e acarretará a nulidade do ato com conseqüências nas esferas civil, penal e administrativa.
OBJETO
Quanto ao objeto, ou seja, o conteúdo, a autoridade sofre limitações, mesmo quando a lei lhe dê várias
alternativas possíveis. Aplica-se aqui o princípio da proporcionalidade entre meios e fins, ou seja, o poder de polícia
não deve ir além do necessário para a satisfação do interesse público que visa proteger. Sua finalidade não é destruir
os direitos individuais, mas, ao contrário, assegurar o seu exercício, condicionando-o ao bem-estar social.
PODER DE POLÍCIA - DELEGAÇÃO
A regra é da indelegabilidade da atribuição de polícia administrativa. Admite-se delegação, desde que
outorgada a uma pessoa governamental e por meio de lei.
Para particulares, a delegação só pode acontecer em casos muito específicos, isto porque estaria outorgando a
particulares cometimentos tipicamente públicos ligados à liberdade e à propriedade.
Resumo do poder de polícia. O poder de polícia é o meio pelo qual a administração pública pune particulares
faltosos e é fruto da supremacia do interesse público sobre o privado. Jamais "poder de polícia", cujos atributos são
Discricionariedade, Coercibilidade e Autoexecutoriedade, podem ser dados a particulares.
 Uso e Abuso de Poder
O uso do poder é uma prerrogativa do agente público. O uso (normal) do poder implica na observância das
normas constitucionais, legais e infralegais, além dos princípios explícitos e implícitos do regime jurídico-
administrativo e na busca do interesse público.
O abuso do poder corresponde a um desvio do uso (normal). O abuso implica na entrada, pelo agente público, no
campo da ilicitude.
SÃO TRÊS AS FORMAS ABUSO DE PODER
1. Excesso: quando a autoridade competente vai além do permitido na legislação.
2. Desvio de finalidade: quando o ato é praticado por motivos ou com fins diversos dos previstos na legislação.
3. Omissão: quando se constata a inércia da Administração, a recusa injustificada em praticar determinado ato.
"conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus"
ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público" (art. 5o., inciso LXIX da Constituição).
EXEMPLO DE PODER DE POLÍCIA
Imagine uma fiscal do município que é incumbido por lei de fiscalizar vários estabelecimentos. Dessa forma,
podemos notar que é administração pública (município) fiscalizando e controlando particulares. Imagine que ao
fiscalizar dado estabelecimento o fiscal encontre vários produtos estragados e que a lei preveja para esses casos
várias situações que vão desde uma simples multa até uma suspensão de até 90 dias. Ao sancionar o
estabelecimento o fiscal estará aplicando o poder de polícia em que a administração pune particulares que cometam
falta.
Ao escolher com conveniência e oportunidade a melhor punição e mais adequado ao caso o fiscal estará usando
o atributo da discricionariedade. Ao usar a força para aplicação da penalidade estará usando a coercibilidade e por
fim ao executar diretamente a penalidade limitando ou restringindo direitos e garantia do particular estará à
administração utilizando do atributo da autoexecutoriedade.
Não podemos esquecer que toda a ação deve respeitar o L.I.M.P.E. e também a razoabilidade e a
proporcionalidade que são considerados os princípios da proibição de excesso. Caso contrário entrará o
administrador no abuso de poder.

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I. EXERCICIOS RELATIVOS AO ENCONTRO
1. Em relação aos Poderes da Administração, assinale a opção incorreta.
a) Apesar do nome que lhes é outorgado, os Poderes da Administração não podem ser compreendidos
singularmente como instrumentos de uso facultativo e, por isso, parte da doutrina os qualifica de "deveres-
poderes".
b) O Poder de Polícia possui um conceito amplo e um conceito estrito, sendo que o sentido amplo abrange inclusive
atos legislativos abstratos.
c) O Poder Hierárquico não é restrito apenas ao Poder Executivo.
d) O exercício do Poder Disciplinar é o fundamento para aplicação de sanções a particulares, inclusive àqueles que
não possuem qualquer vínculo com a Administração.
e) Poder Regulamentar configura a atribuição conferida à Administração de editar atos normativos secundários com
a finalidade de complementar a lei, possibilitando a sua eficácia.

2. Os poderes vinculado e discricionário, simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na
prática de um determinado ato, ressalvado que esse último se restringe à conveniência e oportunidade, bem
como quanto:
a) ao conteúdo.
b) à forma.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) ao modo.

3. Marque a opção incorreta, quanto aos Poderes Administrativos.


a) O poder regulamentar ou normativo é uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do Poder
Executivo.
b) A Administração Pública, no uso do Poder disciplinar, apura infrações e aplica penalidades não só aos servidores
públicos como às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.
c) A Administração Pública não pode, ao fazer uso do Poder de Polícia, restringir os direitos individuais dos
cidadãos, sob pena de infringir a Constituição Federal.
d) A organização administrativa é baseada em dois pressupostos fundamentais: a distribuição de competências e a
hierarquia.
e) O Poder de Polícia tanto pode ser discricionário como vinculado.

4. No desvio de poder, ocorre o seguinte fenômeno:


a) o agente, que tem competência para a prática do ato, o realiza, contudo, com finalidade diversa daquela prevista
em lei.
b) o agente pratica um ato para o qual não tem competência.
c) o agente pratica um ato com objeto ou motivo diverso do originalmente previsto em lei.
d) o agente deixa de praticar um ato vinculado.
e) o agente pratica um ato discricionário com motivo diverso do previsto em lei.

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5. Sabendo-se que o agente público, ao utilizar-se do poder que lhe foi conferido para atender o interesse público,
por vezes o faz de forma abusiva; leia os casos concretos abaixo narrados e assinale:
1) para o abuso de poder na modalidade de excesso de poder;
2) para o abuso de poder na modalidade de desvio de poder.
Após, assinale a opção que contenha a sequência correta:
( ) Remoção de servidor público, exofficio, com o intuito de afastar o removido da sede do órgão, localidade
onde também funciona a associação sindical da qual o referido servidor faz parte;
( ) Aplicação de penalidade de advertência por comissão disciplinar constituída para apurar eventual prática de
infração disciplinar;
( ) Deslocamento de servidor público, em serviço, com o consequente pagamento de diárias e passagens, para
a participação em suposta reunião que, na realidade, revestia festa de confraternização entre os servidores da
localidade de destino;
( ) Agente público que, durante a fiscalização sanitária, interdita estabelecimento pelo fato de ter encontrado no
local inspecionado um único produto com prazo de validade expirado.
a) 2/1/2/1
b) 1/1/2/2
c) 1/2/1/2
d) 2/2/1/2
e) 2/1/1/2

6. São elementos nucleares do poder discricionário da administração pública, passíveis de valoração pelo agente
público:
a) a conveniência e a oportunidade.
b) a forma e a competência.
c) o sujeito e a finalidade.
d) a competência e o mérito.
e) a finalidade e a forma.

7. O poder hierárquico e o poder disciplinar, pela sua natureza, guardam entre si alguns pontos característicos
comuns, que os diferenciam do poder de polícia, eis que:
a) a discricionariedade predominante nos dois primeiros fica ausente neste último, no qual predomina o poder
vinculante.
b) os dois primeiros se inter-relacionam, no âmbito interno da Administração, enquanto este último alcança
terceiros, fora de sua estrutura funcional.
c) o poder regulamentar predomina nas relações entre os dois primeiros, mas não é exercido neste último.
d) entre os dois primeiros pode haver implicações onerosas de ordem tributária, o que não pode decorrer deste
último.
e) não existe interdependência funcional entre os dois primeiros, a qual é necessária neste último, quanto a quem o
exerce e quem por ele é exercido.

GABARITO
1-D
2-A
3-C
4-A
5-A
6-A
7-B

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I. EXERCICIOS RELATIVOS AO ENCONTRO
1. Por decorrência do poder hierárquico da Administração Pública, surge o instituto da delegação de competências.
Assinale, entre as atividades abaixo, aquela que não pode ser delegada.
a) Matéria de competência concorrente de órgão ou entidade.
b) Edição de atos de nomeação de servidores.
c) Aplicação de pena disciplinar a servidor.
d) Homologação de processo licitatório.
e) Decisão de recursos administrativos.

2. Uma determinada autoridade administrativa, de um certo setor de fiscalização do Estado, ao verificar que o seu
subordinado havia sido tolerante com o administrado incurso em infração regulamentar, da sua área de atuação
funcional, resolveu avocar o caso e agravar a penalidade aplicada, no uso da sua competência legal, tem este
seu procedimento enquadrado no regular exercício dos seus poderes:
a) disciplinar e vinculado
b) discricionário e regulamentar
c) hierárquico e de polícia
d) regulamentar e discricionário
e) vinculado e discricionário

3. O mérito administrativo, na atuação do administrador público, cujo controle jurisdicional sofre restrições, condiz
em particular com o exercício regular do seu poder:
a) disciplinar
b) hierárquico
c) de polícia
d) discricionário
e) vinculado

4. Considerando-se os poderes administrativos, relacione cada poder com o respectivo ato administrativo e aponte
a ordem correta.
1. poder vinculado
2. poder de polícia
3. poder hierárquico
4. poder regulamentar
5. poder disciplinar
( ) decreto estadual sobre transporte intermunicipal
( ) alvará para construção de imóvel comercial
( ) aplicação de penalidade administrativa a servidor
( ) avocação de competência por autoridade superior
( ) apreensão de mercadoria ilegal na alfândega
a) 3/2/5/4/1
b) 1/2/3/5/4
c) 4/1/5/3/2
d) 2/5/4/1/3
e) 4/1/2/3/5

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5. A Administração Pública pode e/ou deve anular os seus próprios atos, eivados de vícios, que os tornem ilegais:
a) o que é insusceptível de controle jurisdicional.
b) o que opera com efeito ex-nunc (doravante).
c) porque deles não se originam direitos.
d) ressalvados os direitos adquiridos.
e) sobre o que não opera decadência.

GABARITO
1-E
2-C
3-D
4-C
5-C

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