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Terceira Unidade – Transientes hidrá

hidráulicos

Transientes Hidráulicos em
Condutos Forçados
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos - Introduçã
Introdução
o

1. Introdução.
• Na natureza ou instalações industriais os
escoamentos são variáveis no tempo e no espaço

n Regime não permanente


– Mudança lenta de regime => hipótese quase permanente
– Mudança brusca de regime =>hipóteses instacionárias

n Porque utilizar hipóteses permanentes para


escoamentos que na realidade são não permanentes?
– A favor => Simplicidade
– Contra => Falha na solução proposta quando a variação ao
longo do tempo for muito rápida.
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Definição e Evolução
• Definição de transiente
– “situação de escoamento existente entre duas
condições extremas (inicial e final) de regime
permanente” (KOELLE, 1982)

n Evolução do transiente
– Entre dois regimes permanentes, um inicial que
está ocorrendo e um final, que se deseja que
ocorra, com a ação de uma manobra ocorre o
transiente
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Evolução de um transiente
• Situação inicial
– Sistema Reservatório + Conduto + Válvula
– Vazão constante Q0
– Pressão constante Q0 (Sistema sem perda)

n Esquema gráfico

H0
V0 V0
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Situação inicial
– Vazão igual a Qo
– Pressão igual a H0
– Tempo igual a t0

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Continua o transiente
– A válvula fecha
– A vazão diminui
– A pressão aumenta

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Continua o transiente
– A válvula fecha ainda mais
– A vazão continua diminuindo
– A pressão continua aumentando

Q inicial

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Termina a manobra
– A válvula termina de fechar até o ponto desejado
– A vazão diminui ultrapassando a vazão desejada
– A pressão continua acima da pressão em regime permanente

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Ondas refletidas começam atenuar o


transiente
– A válvula continua fechada no ponto desejado
– A vazão começa a voltar a vazão desejada
– A pressão também sofre uma atenuação

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

Q inicial
Q final

t0 tempo

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Definiçã
Definição
o e Evoluçã
Evolução
o

O ciclo se completa tendendo ao regime


permanente
– A válvula continua no ponto desejado
– A vazão tende a vazão desejada
– A pressão tende a se estabilizar
Q

Q inicial
Q final

t0 tempo

H final

H inicial

t0 tempo
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Coluna elá
elástica – Coluna Rí
Rígida

Coluna Elástica x Coluna Rígida


Teoria da coluna rígida Teoria da coluna elástica

• Hipóteses • Hipóteses
Fluido incompressível Fluido compressível
Condutos rígidos Condutos elásticos
Hipótese unidimensional Hipótese unidimensional

• Conseqüências • Conseqüências
Modelo simplificado Modelo mais complexo
Equações mais simples Equações mais complexas
Cálculo mais longe da Cálculo mais próximo da
realidade física. realidade física.
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Coluna elá
elástica – Coluna Rí
Rígida

Teoria da coluna rígida Teoria da coluna elástica


• Equações que descrevem o movimento • Equações que descrevem o movimento

Duas equações a derivadas totais Duas equações a derivadas parciais


não lineares + velocidade de
Equação dinâmica propagação da onda de pressão.
dL dV dp KV 2
− dh + ± .dL = 0
g dt γ 2g Velocidade de propagação da onda.
onde
V = velocidade; Equação dinâmica
A = área;
h = variação da altura do conduto e
K = coeficiente de perda de carga . Equação continuidade

Equação continuidade
Função da geometria
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Coluna elá
elástica – Coluna Rí
Rígida

Teoria da coluna rígida Teoria da coluna elástica


§ Aplicações: § Aplicações:

• Cálculos simples de manobras muito Demais aplicações


lentas • Cálculo do golpe de aríete.
• Estabilidade de chaminés de equilíbrio • Verificação da impedância do sistema.

• Cavitação.

• Outras situações.
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Celeridade de uma onda de pressã
pressão

Celeridade de uma onda de pressão.


• Definição: Velocidade que se propaga a perturbação (não é a
velocidade do fluído, é o mesmo que ocorre com uma onda de
superfície, onde o fluido não acompanha a onda).
n Expressão: Função das características elásticas do fluído e cond uto
a=a(K,ρ ,D,E,e,µ,vinculação)

n Exemplo de equação: Conduto de paredes finas.



a=
1 + [(K E )(D e )]c1
c1 = 1 − µ 2 para conduto ancorado só no extremo
onde c1 = 1 − µ 2 para conduto ancorado contra qualquer movimento axial
c1 = 1 para conduto com juntas de dilatação frequentes
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Celeridade de uma onda de pressã
pressão

Constantes físicas de alguns materiais


Material E (10-9) N/m2 Coef.
Coef. Poisson
Alumínio 70 0,32
Cobre 20 0,20
Concreto 20-30 0,15
Ferro fundido 90 - 160 0,25
Aço 172 0,28
Cimento amianto 23,4 0,17
Fibra de vidro reforçada 10 0,5
uPVC 2,3 0,5
GRP 10-25 0,45
Poliestireno 5 0,40

Módulo de compressibilidade da água e massa específica.


Temperatura (ºC) K (10–9) N/m2 ρ (kg/m3)
15 2,15 999
50 2,29 997
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos - Equaçã
Equação
o de Joukowski

- Equação de Joukowski
Hipóteses:
Perda de carga desprezível (f « 0)
Paredes do conduto fracamente deformáveis
Fechamento do conduto em intervalos de tempo instantâneos
Reservatório a
nível constante Instante t=0

∆L=(a-V0)∆t
H0 Sobre-pressão ∆H
V0 V0

Controle V0 H 0+∆H
Frente de onda t
V=0
a Frente de onda em t+∆t
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos - Equaçã
Equação
o de Joukowski

Aplicando sobre o volume de controle a equação da


conservação da QDM

Resulta na seguinte equação:

a∆ V
∆H = −
g

Para fechamento instantâneo onde para tman=0 =>∆V= –V0


a V0
?H = −
g
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

Equipamentos de Proteção ao golpe


• Chaminés de equilíbrio
Reservatório Superior
Chaminé de equilíbrio

Turbinas ou
Túnel de Baixa Pressão Bombas

Conduto forçado
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Tipos de Chaminés

Orifício simples

Orifício diferencial
Simples Com orifício

Com vertedor
Área variável com Com vertedor Diferencial
câmaras de expansão
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Tanques amortecedores unidirecionais


Torneira Bóia

Alimentação

Válvula de retenção
Conduto
principal

Reservatório elevado
Linha piezométrica em RPU

Captação Zona de depressão evitada pelos TAU’s


Zonas mais sensíveis ao golpe negativo

Estação de
bombeamento

Linha piezométrica com os TAU’s


Zona mais sensível ao golpe positivo Linha piezométrica sem os TAU’s
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Reservatórios hidropneumáticos
Controladores Ar Comprimido
de nível
máximo e
mínimo

Compressor
Conduto principal

Sobre-pressão +

Zonas de sobre-pressão (+ ou -)
evitada pelo RHO
Sobre-pressão -

Reservatório
Hidro-pneumático

Linha piezométrica com o RHO


Linha piezométrica sem o RHO
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Válvulas de alívio
Representação esquemática de um
mecanismo que permite a abertura da
tampa a partir de uma dada pressão
Tampa (mecânico ou hidráulico)

Fluxo principal Corte do conduto

n Volantes de inércia
Mancal

Bomba Corte de um
Motor
Volante de Inércia
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hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Ventosas simples e de tríplice função


Niple de descarga

Flutuador

n Válvulas de retenção
Inspeção

Portinhola

Disco

Mola
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Outras estruturas

Válvulas supressoras
Disco de ruptura
By-pass
Catracas de não reversão
Válvulas de retenção na linha
Elementos resistivos
Terceira Unidade – Transientes hidrá
hidráulicos – Equipamentos de Proteçã
Proteção
o ao golpe

• Características comparativas de equipamentos de proteção ao golpe.


Equipamento Vantagens Desvantagens Parâmetros
Confiáveis, sem peças Pode apresentar custos elevados e ser invi ável
Chaminés de equilíbrio móveis e sem devido a altura
manutenção.
Tanques amortecedores Confiáveis e quase sem Não protege a pressão positiva. aV0
>1
unidirecionais manutenção. gH 0

Reservatórios Muito eficientes Custo alto, manutenção rigorosa não deve ser aV0
<1
hidropneumáticos pequenas dimensões. usado com esgoto. gH 0

Muito eficientes, baixo Não protege a pressão negativa, escape de aV0 2L


<< 1 e > 5s
Válvulas de alívio custo e fácil fluído ao meio (esgoto?) gH 0 a
manutenção.
Baixo custo e quase Problemas na partida das bombas (torque), MN 2
Volantes de inércia > 0,01
sem manutenção. talvez com partida em rampa. γALH20

Ventosas simples e de Baixo custo Quando mau localizadas provocam mais do


tríplice função que evitam.
Baixo custo. Proteção parcial. aV0
Válvulas de retenção >> 1
gH 0

Previnem o golpe. Custo elevado não deve ser usado com esgoto.
Válvulas supressoras

Eficientes e de baixo Serve somente como equipamento de


Disco de ruptura
custo emergência.

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