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74. teas a inguin Sugestées de leitura Hmusscey, Louis. Prolegdmonos a uma teoria da linguagem. Sao Paulo: Perspectiva, 1973, ( capitulo XIII trata da teoria hjelmsleviana do signo. Inconson, Roman. Linguistica e comunicaedo. Sto Paulo: Cultrix, 1969. CO capitulo intitulado “A procura da esséncia da linguagem” discute exaustivamente ‘a questo da motivagdo do signo Saussure, Ferdinand de. Curso de Linguistica geral. Sio Paulo: Cultrix/ Edusp, 1969. Os capitulos 1 2 da primeira parte apresentam a teoria saussureana do signo linguistico; © capitulo 4 da segunda parte expoe a teoria do valor; o capitulo 6 discute a questi do que € absolutamente arbtririo e do que érelativamente arbitrrio. Alice au pays dt langage. Paris: Se de introdugSo & Linguistica bastan cexemplos com que opera, Dele se retiraraim muita sugestBes, principalmente sobre passagens da obra de Carroll, para a redagio deste capitulo. TExTO 32 A Dirnyoo coe clyise do Lengua few A lingua como objeto da Linguistica Antonio icone Piwoforte [Entre as muitas vatiagdes do tema de que contra a forga no hi argumentos, en contramos esta conhecida fébula de La Fontaine, raduzida pelo poets Ferreira Gullar(La Fontaine,1999:12-14): © Labo ee Cordeire 76 ods Lingusce ou send foi waa dase Lobo eric. Eo Cordiredevorou, nde ae nd exit co que parece, “svat do mol fore preva Essa fibula, como a dA feb a tortaruga, Os dois amigos © 0 urso e muitas ‘outras vém sendo contadas bé bastante tempo, Contadas por muitos poetas e prosadores, as fabulas nfo possuem um s6 autor. Ad" cigarra.e as formigas, por exemplo, tem uma versto do sculo va, de Esopo, ¢outra, do século xv, de La Fontaine. Aigumas vezes, as personagens podem mudar. Numa versio indiana do tema de que o mais lento pode vvencer uma corr, quem petde comida & Garuda, o pisaro magico de Vishnu, ites foram 3s Unguas dessas Esopo as contou em grego, Fe- interessar as demas cigneias Jnumanas por seus aspectos histéricose eulturas, por seus aspectos lingusticos as fibulas podem interessar 0 linguist, ‘Averstio original d°O lobo e 0 cordeiro, de La Fontaine, & esta: ‘Le Loup Pempore, et pi Ie mange, ‘Sats sue foe de oct Ainge come abit do i ” ‘Uma leitursstenta do texto em franc#s mostra que essa lingua spresenta virias as com 0 portgues: Yous e vs, vase vss0s, one ano, raison e razdo, fort © bo. compaago entre 0 anes eo portugus forlevada mais adn, analisando as duas linguassistematicamentee considerando seus momentos bistricos,é possvel \erifiear que amas tveram como origem comum o latim,o que expica as semelbangas lexicis egramaticais ene elas, Ese modo de fazer Linguistic, comparando as lnguas na busca de semethangas e vevfcando.a histtia de-cada uma dela. pasura.de.ori- ‘zens comuns, foi o método dominante da Linguistica do século xrx, 0 chamado métado “histGrico-comparaivo, os tric nis imporintes dessa época para os avangos da Ling po de pesquisa, defini, objeto de esados para a Linguistica. Em seu Curso de Ling ‘questo da definigao de um objeto de estudos, ele afirma: expressto de uma ideia, 0 ponto de vista histérico deixa de ser pertinente. Como som, ‘omam-se pertinentes informagSes fonétcas, e, como expressto de uma idea, tornam-se jas, Assim, dependendo do enfoque com o geal se trata eto de estudo diferente tca gerol tee sua primeica edigho em 1916, trés anos depois ‘Ko Jo ue se podria imaginar,tratando-se de a, 0 volute nfo foi escrito por Saussure _Trata-e de uma ediglo elaborada a partir de angtagbes de aula de seus alunos, Saussu tminisrou trés cursos na Universidade de Genebra, O primero data de 1907, 0 segundo, e 1908 co tereero, de 1910. Os editores do Curso de Linguistica geral foram Ch, Bally, A Sechehaye eA. Riedlinges “Embore nlo haja mengio ao termo dicolomias no texto do Curso, asim que se ‘costumma chatmar 0s quatro pares de conceitos, que fazer umna sintese das proposias de ~ Sis para capo de uni nav objeto ferico para a Lingulstica A palavr dicoto~ Inia deriva do grego dichotomia, que quer dizer“ivisio em partes igais”, Nao se deve pensar, no caso de uma dicotomia presente no texto saussurano, que se trata de algo que & Aividido em dois, deve-se pensar de outro modo. Uma dicotomia em Saussure diz respeito 78 regio tings Fe tein amr rneonie dart icateesignfend (9 799) paradigm ¢siuagma entre palavras do portaguts, om o Lobo que no fo ele quem tem irmos. Em sua réplica, 0 sgraus de parentesco sio bons exemplos para mostrar, em nivel entre linguas distintas portugués | espanhol Tati ‘rego | sisrito pater alr pita Devesse lembrar qu nas 24 anos quando o esereveu. ‘A.cssa Lingui ‘com mudangas que ecortem nas Linguas através 4o tempo, Saussure chamou linguistica diacrénica tempo, uns com os outros. Var ‘O Lobo de fabula “tina. sobre os morfemas do portugu 80 vote & inguin {dois pontos de vista diacrdnicoe sinerénica, Diacronicamente, o verbo “comer” vem do ivo suas formas se confun- 0 verbo edere passou a se igna companhia. Assim, cum edere passou er” em lingua portuguesa, Do ponto de_ nico, 0 com de comer no ¢ um radical, mas um prefix. danges pertinent, jf que no pont Sentro de umn mesmo recorte tempor que s2 define em relacao aos ée: ‘guess, ele define-se como um radi nto linguistico, de modo que um corte transversal em seu Tenho revela uma relagSo sincrGnica entre 0s clementos que o compsem eum corte longitudinal revela um desenvolvimento diacr6nico dessesesiadas sincrBnicos determina uma distingo igs de regulridae. oshuei inorfemas deg we dos substantivos des pessoa do plural dop néraraoa”, em que 0 com- 6 ora de segunda conjugagio, o-ra 6 0 morfema de tempo ines conservaram as marcas morfol6gicas de género e niime- ‘mudsnga do lstim para o portugues, esse tantivos do per 4 que pode ser Ainge como objeto do ingisce 81 Os fatos diacrOnicos s¥o imperativos, ji que se impdem A lingua. Continuando com o exemplo dos substantivos em Ist e em postugués,consiata-se a perda da marca ‘imperative. Near substantivo do portusués ois, quando se dia mudanga, ela realiza- cm ra sistema, eeobrindo ido o qe é clasfcado com substantive nests das lnguas. Assim, ofatodacrbnico & imperative. ‘Nao se deve pensar que Saussure acrescentou um ponto de visa sincrbnico + outro pono de visa jéexistente, 0 diacrinieo. Saussure, ao defini lingua como sistema e ao pensar sincronia como oextudo de um sistema num & eniendida como a sucesstio de ‘exemplo, que, em cada sécul do portugués do século xu sucesso dessas sincrr ‘A definigdo de um ponto de vista sincrOnico nfo esti restrita someate & proposta de uma metodologia de trabalho em Linguistica. A partir dela, define-se um novo objeto de estudos que €a lingua como um sistema. Os alcances dessa defniglo, porém, so mais bem compreendidos na dicotomia lingua e fala Lingua e Fala (Gaussure, 1969:26-28) No item anterior, Mi uma definigdo importante que foi comentada muito rapida- rmnte. Tata-se da definigdo da lingua como sistema. Ela ¢ importante porque é a partir dela que Saussure define in nove objeto de estudo para a Linguistics. Ela foi camentada sumariamente porque o que interessava, enti, era discutir as orientagdes sincrdica & liacrénica do estudo de lingua. sussuriangs, embora possam serestudadas ma de cada vez, 36 fazem seat om is outa. Na fibula de La Fontaine ‘0 Cordeiro. Ejustamente pela argumentaglo do Cordeiro e pelasréplicas e acusacdes do Lobo que se demonstra © tema de que contra a forga nfo hi argumentos. Ne fébula, a argumentagdo ¢ instil por- que contra a forga nfo hi argumentos © nfo porque 0 Lobo no entenés os argumentos do Cordeiro. Suas réplicas mostram que cle entende 0 que 0 Cordciro diz, a que, para cada defesa do Cordeiro, o Lobo enconts uma acusagao diferente. Assim, © que as dvas Personagens compst ‘uma fala diferente. 2 irehigoo a inguin usado para formé-las€ 0 mesmo. ussure, 1969:28), tem funsl0 ds outros, de modo que & -mentos do conjunto, sieiigernacrsustins = Ses tcos. A lingua é, portanto, um u ignos do conjunto. Deve-se, em seguida, definir o que é wm signo los: quando se observa lingua do ponto e Vista sistemético, o que se reconhece nela é uma estrutura. Esse conjunto de relagSes Parque é com a definigao de signo que se definem os elementos linguisticos, (ue as unidades linguisticas mantém entre si constitui uma forma. Por isso, Saussure diz. 84 nodato 8 Unguitce ‘que lingua é forma e ilo substincia, Esse conjunto de diferengas estabelece os conceitos ‘eos sons na massa amorfa do pensamento eno plano fOnicoindeterminado que o aparelho ar melhor esse conceito, Saussure usa uma metifora, 1 do joge de xadrez O que define o que é uma rainha, nfo € seu formato nem o material Ge que a pega € feta, mas seu valor no jogo, ou sej, sua oposigo em relasSo as demas peyas: os inovimentos que ela pode fazer eas outras nio podem. Néo importa o material fonador pode produit. Pa decue a pega € feito, nem seu fo rez de memoria, ‘sem as pagas, O que tem r {sso também ocomt. (0 que importa é 0 valor ds sej, sua diferenga em relagSo as demas, dicotomia ingua e fala, Saussure separa 0s fatos de lingua dos fatos de fala 08 do sistema linguistico eos fatos de fala dizem 3 da Lobo com o Cordeiro o que interessa, para inguistico usado pels duss personagens. Na acusaya do Fa Agua que estou bebendo?” ena defesa do Cordeiro “Seahor (Co) eneereso a Vossa Alleza que me desculpeis, mas acho que vos enganais: bebendo, squase dez brogas abaixo de vbs, nesta correnteza, no posso sujar-vos a gua", de as duas personagens usarem 0 radical beb-, na palavra bebendo, win fato de I ocorret em sana acusapio na fala do Lobo e em uma enquanta € fato de fala 0 sefesa na fala do Cordeito. uma mudanga no sistema pode advir de fatos de fala tno as mudsngas de produgdo dog sons que ocorrem na foe aera sas entve seus elementos sistematizados, do portuguss dos sons palatss lh! © /nb € las palatalizavam-se na fala e, aos poucos, essa palatalizagio passou a fazer parte do sistema da lingua: lu > iho; muier > mulher, vinia > vinha. Esses soas palatais integraram 0 sistema da lingua, quando adquiriam. um valor diferencia, passando a distinguirsignos diferentes: mala versus math, mana versus manha, sgides do pals, lgumas palavras com /llv perderam a em lugar de muher. Nem, po Ainge cme abie'e daLinguisia 85 icante e Significado (Saussure, 1969:79-93) Seno estudo da dicotomia sineronia e diacronia o conceito deli vido no estudo da dicotomia A deliigdo de Sign 1cbes no que diz respeito ao estatuto da lingvagem e seu papel entre 0 fatos humanos. Hi uma concepeao de lingua que, embora seja consensual entre muitos falantes,esth completamente errada. Pensa-se, comumen- te, que se vive em um mundo repleta de coisas e que nos referimes a elas com palavies ‘Assim, hi primero as coisas do muado e depois sparecemn as palavras para nos referirmos las. Nessa concepelo, hd wna relacdo direta entre palavras e coisas, de modo que & lingua é entendida como uma nomenclature Na traduglo de Ferreira Gulla, a fabule de La Fontaine comesa com uma des so: "Na dgua limpa ato, matava a sede um Cord veio um Lobo eamiceiro”. Na histéri, portanto, hé um regato, onde o Cordeiro ‘um mato, de onde ssi o Lobe. Entendendo a lingua como uma nomenelatura, ", 0 que se deve pensar & que hi coisas no mundo, entre um regato, que & ume coisa, ea para designar essa coise; por isso, camo uma nomenclature, uma relagio entre palavrase coisas. Com a definiclo de signo, Saussure demonstra que a relaglo nio & esta, entre Isso implica que a lingua nfo é una nomenclature, ‘mas um prinefpio da clasificago (1969:17). Vamos examinar isso melhor. ‘Se existe um mundo repleto de coisas e cabe lingua apenas nomeé-las, ela scabs or reduzir-se aun reflexo das coisas. Desse ponto de vist, 2 lingua nfo tem um dominion préprio, pois, como um reflexo das coisas do mundo, ¢ entendida apenas como colegio de nomes, 'No ponto de vista de Saussure isso nto acontece, Antes de tudo, so afirmar que a Felapto & entre um signific ddo mundo eas palavras deixa de suas coisas passam para um d gua c de sua estrutura. O que significa sio os signos em suas relagSes uns om os outzose nko a relagdo entre as palavras © as coisas do mundo, ‘tinge come abiete do Lingusica 87 86 node ngvisico Saussure afirma que o signo ¢ arbitrdrio, jf que nio hi uma relapdo de causa & feito que motive a relago que une um significado e um significante. No signo comer, por exemplo, nada hé na imagem acistica formada : antes kome/,o signifi { significado, Arbitrario si pelo significado. No ent imagem acistiea, ou seja, a um sig para lingua, j que cada uma delas é defini dda por umn sistema préprio de signos. Além do mais, se é pe: ftos humanos, se definem esses fatos, eles podem sex modlficados por meio dela. Isso ho quer dizer que se pode modificar 0 mundo fisico por meio da Linguagem, mas que rmotivado, enqu: ‘éa que se estabelece entre um 5). Saussure dé dois exemplos Je que 0 signo vinte nfo é endo para as interpretagdes dese mundo, fesse mundo deze nove e po um principio de numeragdo dec unger, que pode ser modifcado por el. significa “dez mais nove", de modo que o sign "Defse nado, pode-se afrmar que € a partir de ma lingua que se Veem as cosas deze nove, que ja fazem parte do sistema li do mundo eno o contri. Enqvanio na concep da lingua como va nomeneatura da mesma cosa jd que nfo exis uns dos signos que designam as p so as coisas do mundo que determin ‘como um prineipio de classficaglo é a lingua que determina as coisas do mundo. Assim, ‘que derivam de maga e banana mi © signo n&o une uma palavra e uma coisa, mas um signifcante e um significado (Saussu- freixo no 0 so, pois aqueles so te, 1969:80), i ‘proceso morfolégico que, em portugues, forma bananeira, cerejera, ec., a partir de Essa diferenga de prncipios de categorizagio da relidade, evidentemente,ntoim- banana, cergja, et. ido se fala em signo linguistico, pensa-se na relagdo d Hi, porém,outras formas de expressio além da um signo, 6 que nBo € linguistico, mas visual. Seo 1ceito€ osignificante como um meio de expressio que veicula esse conceito, a definicdo de signo toma-se mais abrangent,jé que, além do significante entendido como imagem acistica, ela recobre outras formas possiveis de realizar um significante, Pode-se, enti, afrmar que os signos .0$ sio apenas um tipo particular de signo, préprio ‘pede a tradugdo de uma lingua em outra, mas éjustamente por sua causa que se diseuter, nice os profissionas da tradugdo, os praus de tradutibilidade entre diferentes inguas. | ‘Em uma de suas acus ‘Condeiro da fibula: “Pois entfo foi Gu | imo”. Em francs, dizo Lobo: ‘etdone ton frére”. No caso do portugués ‘edo francés, hd uma correspondéncia de tre 08 signas irmdo efrére, no entanto, ‘essa correspondéneia deixa de existr se essas linguas so comparadas com o hingaro fou 6 malaio, O hiingaro faz a diferenga entre 0s sexos dos irmos, como o portugués € és Ibém faz uma diferenga entre 8 ordem dos nascimentos, de modo que igri ‘mais vello”; dees, “mio mais novo”; néne, “irma mais velha" © “nm mais nova". © malaio nfo faz nem a diferenga de sexo nema de idade: sudard jgnifica qualquer inno, mais velho ou mais novo, homem ou mulher chamou Semiologia a, mas precisaria cuidaram de Mostrou que, em sua épocs ess cidncia geral dos signs ainda ser criada, Sem divida, muitos semilogos, em especial Roland B cstabclecer as bases dessa cidncia no decorer do século x, Para Saussure (1969.28), Linguistic seria cincia dos signos verbs, que, por sua vee, fara parte da Semiologi, “aincin dos signos em ger Iningaro | francés | portugués | malaio imo mais veho | bitya “ainda uma tia observagao a respeito do signo Saussure (1969:84) 7 fiére | inmto carter linear do sign signo.O significance itmnao mais nove | Gees oA la lingua € uma imagem avistica, que, quando se realiza na fala forma uma substincia SS sonora. Sendo da ordem do som, sua realizas0 aconteve no tempo, tomando a forma secur | rma inmamaisnova | hig Essa propriedade linear das signos da lingua é importante para descrever as Isso quer dizer que o portugués,o francés, 0 hingaro ¢ 0 malaio sfo linguas com principios de classificagao diferentes. Caso a fibula fosse traduzida para o malaio, nfo hhaveria problemas na escolha da palavra, embora els nfo expressesse todos os significados dda palavra fiancesa, No caso do hingaro, porém, qual escolher, bétya ou dces? 88 iodugdo a Lina Paradigme e Sintagma (Gavssuee, 1969:142-147) os graus de parentesco: “ou seno fo teu 3 ~ ‘Tanto 0s argumentos de defesa do Cordeiro quanto os de acusagio do Lobo estio roi { possivel verficar que as relagGes entre os elementos linguistcos tea pa dependenn, basieamente, de uma selegdo deles, que no caso do exempla sto irmido ~ pai = ad, ¢ de uma combinago entre eles, que no caso é a sequénca foi teu _. Desse modo, pode-se afirmar que s linguagem tem dois eixos, um eixo de selegio eum eixo de __combinago, que podem ser represeniad6s asian 4 eizo de selegao ‘eixo de combinogdo teu | avd car dos significantes, hi a impossbilidade de que os mneamente na cadeia da fala. Assim, enunciados wn que os distribut em relages de combinagio. baseodas na selegdo dos elementos questo combinados Saussure, 1969: 143) Apresea- tando algo em comum, wm signa pode ser assoviado a outros signes por, plo menos, és nods: por meio de se significance, com imagens acisticas semelhantes; e por meio de ouitos signos, em pro- cessos morfolégicos comuns. Allogua come siete doingviico 89 ‘Saussure, a partir do signo ensinamento (1969:145, 0. Por meio do ‘aprendizagem, educagdo, etc. Por meio de set elemento, lento, ete. E, por meio de outros signos, em process cexemplifica cada umn rfolégicos eomans, ensinamento associa-se a ensinar, ensinemos,et., por ter © mesmo radical, © associa-se ‘adesfiguramento, armament t., porter 0 mesino sufixo. A essas relagBes entre os ele Contudo, ‘o terme ise, 1969°T42-147), ‘na ual se definem, respectivamente, ‘etre os elementos linguisticos. ‘Saussure definiu, em sentido amplo, as relagdes paradigmiiticas e sintagmai Para toma operacionais os enesitos de sintagma ede preg Linguist de signos pelo s figurar no mesmo pelos sentidos, mas wma ponio do enuaciado, se 0 se sistema. Assim, por exemplo, podem-se combinar umn artigo e um nome e, nesse caso, © artigo deve sempre preceder 0 nome. Em postugués, € possivel a combinagdo 0 indo, paradigita com que existe entre lingua efola (Saussure, ois elementos Linguistica, sio um tipo de relagéo em que 0s: ~ ncontesnem preseaga un dou 8 selecdo enirs realizagio des tento as relagdes ‘fo da fala, porque di Como a fata é 90 nmodeeso & Linguistica Esquematicamente, pode-se paradigma 4 Jodo tama Raimundo [odeia Joaguim — | admira cigarro chocolate paradigma am eb Sintagma part ‘combinar em porsugués em posigso pré-vo no nivel dos morfemes e das palavas. por André Martinet ¢ Eugenio Coser, Martinet e a dupla articulacéo da linguagem (Martine, 1978:10-17 Sesprovi 92 taveduste a inguisice 56 nos fonemas urdades tm apenas 2a se produz um outro ~Aduplaaiculagdo __ca8 dezenas de fonems, _Texsloradas em cada lingua, milhares de unidades de primeira artic (bl. Bsa é a segunda articulagio da linguagem. Nesse plano as ivo, Assim, quando se substiui o/V da morfema lob- por que aparece na palara bobo. de enunci suas experi

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