Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA
GUIA PRÁTICO
SEMESTRE Impar
ANO 2º
TURNO Todos
DURAÇÃO TEMAS
_ _ _ _ Hora (s)
Medições de Grandezas Eléctricas
_ _ _ _ Hora (s)
_ _ _ _ Hora (s)
Ligação em Estrela e em Triângulo
_ _ _ _ Hora (s)
_ _ _ _ Hora (s)
Principio de Funcionamento do Transformador
_ _ _ _ Hora (s)
_ _ _ _ Hora (s)
Demonstração do Fenómeno de Auto-Indução
_ _ _ _ Hora (s)
O docente
_____________________________________________________
1
REGRAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
O presente conjunto de regras tem como primeiro objectivo garantir a sua segurança e, em
segundo, a integridade do equipamento que é de todos. Ao longo de todo o trabalho, tenha sempre
presente que:
A ELECTRICIDADE PODE MATAR!
2
TRABALHO 1: MEDIÇÕES DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS
Teoria Teórica (Grandezas básicas da electricidade)
Carga eléctrica
A cada partícula pode ser atribuída uma carga eléctrica. Assim a carga eléctrica é um atributo da
matéria parecido como a massa. Ao contrário da massa, a carga eléctrica pode ser positiva, negativa
ou nula. A carga menor é a carga do electrão, e a unidade da carga eléctrica é o coulomb (C).
A carga do electrão é uma constante fundamental da física: e = 1,602 ·10 -19 C. Cargas q1 e q2 do
mesmo sinal provocam forças repulsivas, cargas com sinal diferente provocam forças atrativas.
3
R = constante → U = R∙ I (Lei de Ohm) (4)
Com estas ferramentas podemos descrever o circuito simples abaixo:
A fonte de tensão é uma fonte local que fornece uma tensão constante U. Para medir a intensidade de
corrente, um multímetro é ligado em serie com a fonte de tensão e a resistência R. Este multímetro
trabalha no modo de amperímetro. Para determinar a queda de tensão sobre a resistência R, o mesmo
ou outro multímetro (ligado em modo de voltímetro) é ligado em paralelo com a resistência R.
O Multímetro Digital
Um multímetro pode ser utilizado para medir várias grandezas da electricidade, como:
Tensão (contínua e alternada)
Intensidade de corrente (contínua e alternada)
Resistência
Capacidade
Indutância
Temperatura
A parte principal de cada multímetro é um voltímetro. Como mostra a figura c, a parte voltímetro
contém um gerador de uma tensão que aumenta linearmente com o tempo (forma “dente de serra”),
um oscilador, que produz uma tensão periódica com frequência definida, um comparador, um
contador e um ecrã que indica o resultado da medição. Assim o sinal da tensão para medir é
comparado com a tensão do gerador. Durante o aumento da tensão do gerador em cada unidade de
tempo, definido pelo oscilador, o contador é aumentado de um.
Quando a tensão do gerador é igual à tensão a medir, o oscilador pára e o conteúdo do contador
aparece no ecrã como resultado da medição.
4
corrente que passa no instrumento e pode falsificar o resultado. Aumentando a frequência do
oscilador também aumenta a exactidão do aparelho.
A faixa de medição de um Voltímetro tem que ser alterada, quando queremos por exemplo medir
uma tensão entre 200V e 250V em vez de uma tensão entre 5V e 10V. Esta alteração é feita dividindo
a tensão a medir utilizando resistências como mostrado na figura d.
Lembramos que
• Resolução: Cota menor, que pode ser medida com um instrumento, ou a diferença menor entre dois
valores que ainda podem ser distinguidos com o instrumento.
• Incerteza: Parâmetro associado ao resultado da medição, que caracteriza a dispersão dos valores
que podem ser razoavelmente atribuídos à grandeza medida.
• Erro: Diferença algébrica entre o resultado da medição e o valor verdadeiro damedida.
• Erro relativo: Quociente do erro da medição pelo valor verdadeiro da medida.
Usualmente a resolução e a incerteza de um meio de ensaio são listados no manual do respectivo
aparelho. Tabela 1 mostra os dados do nosso Multímetro:
A parte Amperímetro utiliza a parte Voltímetro para determinar a tensão caída sobre uma resistência
interna (shunt) aplicando a lei de Ohm.
Para medir resistências um gerador de corrente constante é integrado no multímetro. A queda de
tensão sobre a resistência a medir é determinada utilizando a parte Voltímetro do aparelho (figura e).
5
Figura e: Princípio de um Ohmímetro Digital
Objetivo
Saber utilizar um multímetro para medição de parâmetros eléctricos
Descrição
Construir um pequeno circuito elétrico num contraplacado e medir a corrente, tensão e a resistencia
do mesmo, no caso de alimentação DC e AC
Materiais
1 contraplacado para fazer os circuitos.
3 Lâmpadas incandescentes de 60W ou de 100Wcom os seus devidos suportes (para paredes).
1 Lâmpadas Fluorescentes Compacta com os seu suporte (para paredes).
3 metros de condutor azul de 1,5 mm2.
3 metros de condutor preto de 1,5mm2.
3 Multímetros Digitais (com amperímetro, Voltimetro e Ohmimetro)
2 Fichas de junções.
1 pacote de braçadeiras.
1 Ficha monofásica
1 Alicate de corte
1 Busca polo
1 Chave de Fenda
1 Chave de Estrela
1 Disjuntor Bipolar de baixo poder de corte (25A).
1 Rolo de fita isoladora.
Procedimento
1. Medição de Resistência
1.1 Pegue um resistor no laboratório e meça o seu valor. Compare o Valor com o lido, pelo método
de código de cores. Anote os valores e explique a diferença.
1.2 Coloque uma lâmpada incandescente num suporte e meça a sua Resistência. Anote o valore.
1.3 Coloque uma lâmpada fluorescente compacta num suporte e meça a sua Resistência. Justifique o
Resultado.
2. Medição de Tensão e Corrente
2.1 Monte o circuito (usando as 3 lâmpadas incandescentes) de acordo com a figura:
6
OBS: Não esquecer do disjuntor.
2.2 Coloque um Amperímetro no modo DC para medir as correntes em L2 e L3. Fechar o interruptor,
observar e justificar o resultado.~
2.3 Desligar as lâmpadas, mudar os amperímetros para AC e medir os valores das correntes. Anotar
os Resultados
2.3 Colocar um Voltímetro, no modo AC, para medir a tensão na Lâmpada L1. Anotar.
2.4 Colocar um Voltímetro, no modo AC, para medir a tensão na Lâmpada L2. Anotar.
2.5 Justificar as diferenças e apresentar a corrente que percorre a Lâmpada L1 (calculada através do
valor da sua tensão e da sua resistência).
7
TRABALHO PRÁTICO 2: LIGAÇÃO EM ESTRELA E LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO
8
Originalmente o sistema é projetado para fornecer sinais de tensão senoidais no tempo, mas com o
aumento das cargas eletrônicas (não lineares) a forma de onda do sinal de tensão sofre deformações o
que causa o surgimento de harmônicos no sinal de tensão.
Ao se trabalhar com sistemas trifásicos, é comum se definir algumas variáveis relacionadas a tensão
e a corrente, para facilitar o cálculo da potência elétrica transmitida. Considerando um sistema
trifásico com uma distribuição simétrica de cargas nas 3 fases e supondo que as formas de onda da
tensão são senoidais temos:
V A =√2 V . cos(ωt+φ A )
V B =√ 2V . cos( ωt+ φB )
V C =√ 2 V . cos (ωt +φ C )
9
E as 'correntes de fase' são idênticas às 'correntes de linha', pois a corrente que circula por uma das
cargas é a mesma que circula por uma das fases.
Na conexão triângulo ou delta a 'tensão de fase' é igual a 'tensão de linha' pois a tensão aplicada
sobre cada uma das cargas é a diferença entre as tensões aplicadas às cargas vizinhas. E os valores
eficazes das 'correntes de linha' podem ser calculadas com os valores eficazes das 'correntes de
fase':
Objetivos
Verificar a relações dos parâmetros de linha e dos parâmetros de fase de um sistema trifásico.
Analisar um sistema trifásico equilibrado e desequilibrado.
Descrição
Construir um circuito com 3 cargas ligadas em estrela e depois em triangulo (com amperímetros para
registrar as correntes de linha e de fase), e um voltímetro para medir as tensões. Vamos analisar os
dois casos: O sistema equilibrado e o sistema desequilibrado.
Materiais
1 contraplacado para fazer os circuitos.
3 Lâmpadas de 400V/400W com os seus devidos suportes (para fixar na madeira).
3 Lâmpadas de 400V/800W com os seus devidos suportes (para fixar na madeira).
3 Lâmpadas de 400V/500W com os seus devidos suportes (para fixar na madeira).
4 m de condutores azul de 2,5 mm2.
4 m de condutores castanho de 2,5 mm2.
4 m de condutores preto de 2,5 mm2.
3 fichas de junções.
1 pacote de braçadeiras.
1 ficha trifásica
1 Alicate de corte
1 Busca polo
1 Chave de Fenda
1 Chave de Estrela
1 Disjuntor Tetrapolar de baixo poder de corte (25A).
4 Multímetros.
1 Rolo de fita isoladora.
Procedimento:
1. Verificação dos parâmetros da ligação em estrela equilibrada.
1.1 Montar o circuito de acordo com a figura abaixo, usando 3 lâmpadas de igual potência, conforme
a figura abaixo:
10
Figura 3: Circuito da parte 1.
1.2 Ligar o disjuntor. Medir a Corrente na saída do disjuntor 1 (corrente de linha), meça a corrente no
disjuntor 2 (corrente de fase) e a corrente do disjuntor 3 (no neutro). Anotar o Resultado.
1.3 Medir a tensão nos terminais de cada lâmpada. Medir a tensão entre duas fases na saída do
disjuntor. Anotar os valores.
1.4 Tirar conclusões.
11
Figura 2: Circuito da parte 2.
3.2 Ligar o disjuntor. Medir a Corrente na saída do disjuntor 1 (corrente de linha), meça a corrente no
disjuntor 2 (corrente de fase). Anotar o Resultado.
3.3 Medir a tensão nos terminais de cada lâmpada. Medir a tensão entre duas fases na saída do
disjuntor. Anotar os valores.
3.4 Tirar conclusões.
12
TRABALHO PRÁTICO 3: TRANSFORMADORES.
A criação do fluxo magnético é realizada com uma bobine de fio, através da qual se faz passar uma
corrente eléctrica variável no tempo (lei de Lenz-Faraday). O valor de tensão diferente, é obtido
colocando uma segunda bobine de fio enrolada em torno da mesma peça de ferro, bobine que vai ser
influenciada pelo fluxo magnético criado pela primeira bobine. A primeira bobine, onde se liga a
fonte de tensão, é chamada de primário (ou enrolamento primário) e a segunda bobine, onde se vai
buscar a tensão diferente, é chamada de secundário (ou enrolamento secundário).
13
A corrente alternada no primário origina um fluxo magnético alternado no núcleo. Este fluxo
atravessa o secundário originando nele uma corrente alternada induzida
Transformadores de potência são destinados primariamente à transformação da tensão e das
correntes operando com altos valores de potência, de forma a elevar o valor da tensão e
consequentemente reduzir o valor da corrente. Este procedimento é utilizado, pois ao se reduzir os
valores das correntes, reduzem-se as perdas por efeito Joule nos condutores. O transformador é
constituído de um núcleo de material ferromagnético, como aço, a fim de produzir um caminho de
baixa relutância para o fluxo gerado.
14
geralmente os de baixa potência. Há outros tipos de transformadores, como os com núcleo de ferrite
com grande aplicação na eletrônica.
Objectivo
Verificar a relação de transformação em um transformador e suas aplicações.
Materiais
1 contraplacado para fazer os circuitos.
1 Lâmpadas de 24Vcom o seu devido suportes (para fixar na madeira).
4 m de condutores azul de 1,5 mm2.
4 m de condutores castanho de 1,5 mm2.
3 fichas de junções.
1 pacote de braçadeiras.
1 ficha trifásica.
1 Alicate de corte.
1 Busca polo.
1 Chave de Fenda.
1 Chave de Estrela.
1 Transformador 220V/24V.
1 Disjuntor monopolar de baixo poder de corte (25A).
4 Multímetros.
1 Interruptor.
1 Bateria.
1 Rolo de fita isoladora.
Procedimento
1. Montar o circuito de acordo com a figura abaixo
15
1.2 Alimente o circuito com uma tensão AC de 12V (com o interruptor aberto) e meça os valores da
tensão e a corrente no primário. Calcule a Relação de Transformador. Tire conclusões.
1.3 Alimente o circuito com uma tensão AC de 220V (com o interruptor fechado) e meça os valores
da tensão e a corrente no primário. Calcule a Relação de Transformador. Tire conclusões.
1.4 Alimente o circuito com uma tensão AC de 12V (com o interruptor fechado) e meça os valores da
tensão e a corrente no primário. Calcule a Relação de Transformador. Tire conclusões.
1.5 Alimente o circuito com uma tensão DC de 12V - Bateria (com o interruptor aberto) e meça os
valores da tensão e a corrente no primário. Calcule a Relação de Transformador. Tire conclusões.
1.6 Alimente o circuito com uma tensão DC de 12V - Bateria (com o interruptor fechado) e meça os
valores da tensão e a corrente no primário. Calcule a Relação de Transformador. Tire conclusões.
16