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CONFORMAÇÃO
DOS
METAIS
FUNDAMENTOS E APLICAÇÃO
Autor:
Vitória -ES
2009
5. Processos de união, incluindo (a) união física, tais como aquelas por soldagem ou
por difusão; e (b) união mecânica, tais como rebitamento, união eixo-cubo por
contração e montagem mecânica.
saber:
Geometria.
Tolerâncias.
Por exemplo, pelo uso do processo de fundição em cera perdida a vácuo é possível
obter formas muito mais complexas com tolerâncias mais fechadas do que usando os
processos com moldes de areia.
A razão de produção que pode ser atingida através de um dado processo de fabricação
é provavelmente o seu aspecto mais significativo, porque ela indica os aspectos
econômicos e a produtividade que pode ser atingida.
Além disso, para um dado peso, componentes produzidos por conformação exibem
melhores propriedades mecânicas, metalúrgicas e confiabilidade do que aqueles
produzidos por fundição ou usinagem.
5) o equipamento usado,
O fluxo metálico local é, por sua vez, influenciado pelas variáveis do processo, as quais
estão resumidamente relacionadas na Tabela 1.1.
⎛ • ⎞
σ = F ⎜⎜ ε , ε , T ⎟⎟ (1.1)
⎝ ⎠
A seleção de uma máquina para um dado processo é influenciada pelo tempo, precisão
e pelas características de carga-energia da mesma. A seleção do equipamento ótimo
requer considerações do sistema completo de conformação, incluindo tamanho do lote,
condições na fábrica, efeitos ambientais e necessidades de manutenção, assim como
as necessidades de cada componente específico e do processo sob estudo.
a) projeto e geometria,
b) acabamento superficial,
c) rigidez e
FERRAMENTAL
*Geometria das ferramentas
*Condições superficiais
*Material/dureza/tratamento térmico
*Temperatura
*Rigidez e precisão
ZONA DE DEFORMAÇÃO
*Mecanismo de deformação, modelo usado para análise
*Fluxo de metal, velocidade, taxa de deformação, deformação (cinemática).
*Tensões (variação durante a deformação)
*Temperaturas (geração e transferência de calor)
EQUIPAMENTO USADO
*Velocidade/razão de produção
*Força/capacidade de conversão de energia
*Rigidez e precisão
PRODUTO
*Geometria
*Precisão dimensional/tolerâncias
*Acabamento superficial
*Microestrutura, propriedades mecânicas e metaIúrgicas
AMBIENTE
*Capacidade da mão-de-obra disponível
*Poluição do ar e sonora e resíduos líquidos
*Controle da produção e equipamentos disponíveis na fábrica
__________________________________________________________________
formas distintas:
1.9.1- CRISTALINIDADE.
Fig. 1.2. Células cúbicas. O espaço está dividido por três conjuntos de planos paralelos, igualmente
espaçados. Os eixos de referência x, y e z são mutuamente perpendiculares. Cada ponto de interseção
é equivalente [75].
Os átomos podem ser agrupados, dentro do sistema cúbico, em três diferentes tipos de
repetição: cúbico simples (cs), cúbico de corpo centrado (ccc) e cúbico de faces
centradas (cfc). Cada tipo será considerado separadamente, preocupando-se apenas
com os metais puros que têm apenas uma espécie de átomo. Estruturas mais
complexas, que contêm dois tipos de átomos, serão analisadas nos capítulos que se
seguem:
Cúbico simples.
Esta estrutura, que está mostrada na Fig. 1.3, é hipotética para metais puros, mas nos
fornece um excelente ponto de partida. Além das três dimensões axiais, a, serem
iguais e os três eixos mutuamente perpendiculares, há posições equivalentes em cada
célula. Por exemplo, o centro de uma célula tem vizinhanças idênticas ao centro da
célula seguinte e ao de todas as células unitárias do cristal. Analogamente, os cantos
direitos inferiores (ou qualquer outra posição específica) de todas as células unitárias
são idênticos. Descrever uma célula unitária é descrever o cristal todo.
Fig. 1.3. Estrutura cúbica simples. Os vértices das células unitárias estão em posições equivalentes no
cristal. a = a = a. Os eixos são perpendiculares entre si.
Fig. 1.4. Estrutura cúbica de corpo centrado. (a) e (c) são representações esquemáticas, mostrando a
localização dos centros dos átomos. (b) Modêlo de esferas rígidas (Bruce Rogers, 7he Nature of Meta/s.
Cleveland: American Society for Metais, 1951) [75].
Cada átomo de ferro, em uma estrutura cúbica de corpo centrado (ccc), é cercado por
oito átomos de ferro adjacentes, quer o átomo esteja localizado em um vértice, quer no
centro da célula unitária. Portanto, todos os átomos de ferro são, geometricamente,
equivalentes (Fig. 1.4c). Há dois átomos por célula unitária em uma estrutura ccc. Um
átomo está no centro do cubo e oito oitavos estão nos oito vértices (Fig. 1.5).
Fig. 1.5. Célula unitária cúbica de corpo centrado. Em um metal, a estrutura ccc tem dois átomos por
célula e um fator de empacotamento atômico de 0,68.
O arranjo atômico do cobre (Fig. 1.6) não é o mesmo que o do ferro, embora também
seja cúbico. Além de um átomo em cada vértice da célula unitária, há um no centro de
cada face e nenhum no centro do cubo. Tal reticulado é denominado cúbico de faces
centradas.
Estruturas cúbicas de faces centradas (cfc) são mais comuns entre os metais que as
estruturas cúbicas de corpo centrado. Alumínio, cobre, chumbo, prata e níquel
possuem esse arranjo atômico.
Fig. 1.8. Estrutura hexagonal compacta. (a) Vista esquemática, mostrando a localização dos centros dos
átomos. (b) Modêlo de esferas rígidas [75].
Não daremos maiores atenções aos outros sistemas cristalinos (Tabela 1.4) e aos
grupos espaciais (Fig. 1.9) das outras estruturas cristalinas, porque os princípios são os
mesmos que os citados anteriormente.
Fig. 1.9. Grupos espaciais. Estes 14 reticulados de Bravais se repetem nas três dimensões. Cada ponto
indicado tem idênticas vizinhanças. Compare com a Tabela 1.4 [75].
Os planos cristalinos mais facilmente visualizados são os que limitam a célula unitária;
entretanto, existem muitos outros planos. Os planos mais importantes, nos cristais
cúbicos estão mostrados nas Figs. 1.11, 1.12, e 1.13.
−
Os planos nas Figs.1.11 a 1.13 são designados (010), (110) e ( 1 11), respectivamente.
Estes símbolos (hkl) são denominados índices de Miller [75].
Fig. 1.11. Planos (010) em estruturas cúbicas. (a) Cúbica simples. (b) ccc. (c) cfc. [Observe que os
planos (020) incluídos para as estruturas ccc e cfc, são idênticos aos planos (010)].
Fig. 1.13. Planos (111) em estruturas cúbicas. (a) Cúbica simples. (b) ccc. (c) cfc. Interseções negativas
são indicadas com barras sobre o índice. [Os planos (222) incluídos para a estrutura ccc, são
−
equivalentes aos planos ( 1 11)].
Os números usados acima são os inversos das distâncias das interseções do plano
com os eixos à origem, medidas usando-se como unidade o parâmetro correspondente
ao eixo. O plano (010) corta o eixo y em 1 e os eixos x e z e no infinito.
1 1 1
Para o plano (110): , , = (110)
1 1 ∞
− −1 1 1 ⎛− ⎞
Para o plano ( 1 11): , , = ⎜ 1 10 ⎟⎟
1 1 1 ⎜⎝ ⎠
Como a origem é escolhida arbitrariamente, isto é, poderia ser tanto o ponto O' como o
ponto O da Fig. 1.11a, o plano com índices (010) é igualmente arbitrário. Assim sendo,
(010) é um símbolo para todos os planos atômicos que são paralelos ao plano que
satisfaz a definição dada no parágrafo anterior. Esta generalização dos índices é
completamente lógica, ainda mais que todos estes planos paralelos são
geometricamente semelhantes. Os índices de Miller podem também ser negativos, e o
− −
sinal negativo é colocado sôbre o dígito correspondente, por exemplo, ( 1 1 1 ).
1.9.8.1 - INTRODUÇÃO.
Imperfeições do reticulado são encontradas na maior parte dos cristais. Nos casos em
que estão envolvidos individualmente átomos deslocados, átomos extras ou falta de
átomos, temos os defeitos pontuais. Os defeitos de linha envolvem a aresta de um
plano extra de átomos. Finalmente, temos as imperfeições de fronteira, quer entre
cristais adjacentes, quer nas superfícies externas do cristal.
Tais imperfeições influenciam muitas das características dos materiais, tais como
resistência mecânica, propriedades elétricas, propriedades químicas e serão discutidas
nos capítulos subseqüentes.
Vazios.
Defeitos de Schottky
Estão intimamente relacionados com vazios, mas são encontrados em compostos que
devem manter um balanço de carga (Fig. 1.14c). Envolvem vazios de par de íons de
cargas opostas. Tanto os vazios como os defeitos de Schottky facilitam a difusão
atômica.
Um átomo extra pode se alojar em uma estrutura cristalina.Tal imperfeição produz uma
distorção no reticulado (Fig.1.14d), salvo se o átomo intersticial for menor que os
átomos restantes do cristal.
Defeitos de Frenkel
Discordância em cunha
Fig. 1.15. Discordância em cunha. Um defeito em linha ocorre na aresta de um plano atômico extra.
(Guy, A. G., Elements of Physical Metallurgy, Reading Mass.: Addinson Wesley, 1959, pag. 110) [75].
Discordância helicoidal
Como está mostrado na Fig. 1.16, uma discordância helicoidal permite um fácil
crescimento do cristal, uma vez que os átomos e células unitárias adicionais podem ser
adicionados ao "passo" da hélice. Assim sendo, o termo helicoidal é muito adequado, já
que, conforme o crescimento se processa, uma hélice se "enrola" em torno do eixo.
Fig. 1.17 - Formação de discordância por cisalhamento. (a) Discordância em cunha. (b) Discordância
helicoidal. (c) Discordância mista [75].
Fig. 1.18 - Contornos de grão. Observe a área de desordem na transição de um grão para outro. (Clyde
Mason, Introductory Physical Metal/urgy. Cleveland: American Society for MetaIs, 1947) [75].
Fig. 1.20 - Contorno de pequeno angulo(a) cristal de germânio atacado para mostrar as extremidades
das discordâncias em cunha(100x). (b) Representação esquemática, mostrando apenas as células
unitárias. O angulo θ foi exagerado. (Cortesia de F. L. Vogel Jr.) [75].
Figura 1.21 - (a) orientação dos cristais antes da aplicação da deformação; (b) orientação após a
aplicação da deformação sem qualquer restrição para o deslizamento; (c) orientação após a aplicação
da deformação com a presença de restrições para o deslizamento (garras do equipamento de ensaio de
tração)
1. Na superfície transversal (S) do cilindro atua a força de tração (P) na direção do eixo
do cilindro (E).
S' = S/cos(θ)
4. A força de tração (P) pode ser decomposta em uma força normal (Pn) ao plano de
escorregamento na direção da normal (B) e uma força tangencial (Pt) na direção da
reta (C), que é a linha de maior inclinação no plano de escorregamento.
Pn = Pcos(θ) Pt = Psen(θ)
P
τ ' = Pt = sen(θ ). cos(θ )
S' S
τ = τ ' cos( β ) ou
b. Para ângulos e maiores e menores do que 45O as tensões são menores, e no caso
do ângulo aproximar-se de 90O a tendência da força de tração é provocar mais a
separação dos átomos entre si do que o deslizamento do átomo, uns em relação aos
outros.
2.1 - DEFINIÇÃO
a) FORJAMENTO A QUENTE
• mais comum
• recuperação e recristalização
b) FORJAMENTO A FRIO
• encruamento
• baixa produtividade
• alta produtividade
As matrizes de forjamento livre são, na maioria das aplicações, planas ou com ligeiros
contornos superficiais que auxiliam a amoldar a peça. Além disso, a peça deve ser
manipulada freqüentemente (girando-a periodicamente e/ou movendo-a para frente e
para trás) para se atingir a mudança de forma desejada. A habilidade do operador é um
fator importante para o êxito nestas operações.
Seqüência de processamento
• corte, aquecimento
• rebarbação
• tratamento térmico
• acabamento superficial
Rebarbação:
• corte
• lubrificação
• etapas de forjamento
• recozimentos intermediários
FORJAMENTO DE PRECISÃO
Prensas de forjamento
recalcadoras
Normalmente uma peça é forjada com várias pancadas repetidas 60 a 150 pancadas
por minuto
Este equipamento consiste de uma base que suporta colunas, nas quais são inseridas
as guias do suporte da ferramenta, e um sistema para a elevação da massa cadente
até a altura desejada.
SISTEMAS DE ELEVAÇÃO:
Cintas de couro;
Correntes metálicas;
Figura 2.13 – Martelo de queda livre Figura 2.14 – Martelo de dupla ação
MARTELO DE CONTRAGOLPE
maior rendimento;
Desvantagens:
Prensas hidráulicas
prensas recalcadoras.
Prensas de fricção – possuem dois pratos de fricção unidos axialmente a uma árvore.
O sentido de rotação da árvore pode ser invertido de modo que a rosca sem-fim possa
subir e descer.
A extrusão, como um processo industrial, foi criada por volta de 1800, na Inglaterra,
durante a Revolução Industrial, quando aquele país era o principal inovador tecnológico
do mundo. A invenção, pioneira, era uma prensa hidráulica para extrusão de tubos de
chumbo.
Embora existam várias maneiras de realizar o processo, ele pode ser comparado
ao efeito de se apertar um tubo de creme dental. O esforço de compressão é
exercido por meio de um êmbolo que empurra o metal contra uma matriz que
possui um orifício com a forma do perfil que se deseja fabricar. A tensão aplicada,
portanto, tem que superar em muito a tensão de escoamento do metal, para
permitir um fluxo regular e contínuo de produto através da matriz. O comprimento
do produto extrudado é limitado, no entanto, pela diferença entre os volumes do
tarugo e do refugo que sobra no container. Geralmente são extrudadas ligas não-
ferrosas (Al, Mg, Cu), por causa das baixas resistências ao escoamento e das
baixas temperaturas de extrusão, embora também possam ser extrudados alguns
aços comuns e inoxidáveis. Deve-se ter cuidado com estes materiais de maior
resistência e pontos de fusão mais elevados, porque eles podem se soldar à
parede do container, inconveniente que somente pode ser evitado com a
prevenção do contato direto metal-metal. Novos tipos de lubrificantes, ativos em
temperaturas e pressões elevadas, têm permitido extrudar tais materiais.
3.2 - CLASSIFICAÇÃO
A) EXTRUSÃO A QUENTE
• engloba a maioria dos processos para obter produtos longos semi-acabados (barras)
e acabados (perfis e tubos)
B) EXTRUSÃO A FRIO
Figura 3.2 –Perfis do alumínio (A) e cobre e suas ligas (B) obtidos por Extrusão a quente
Figura 3.3 – Perfis do cobre e suas ligas (B) obtidas por Extrusão a quente
A) PROCESSO SEMI-CONTÍNUO
• produtos longos, cujo comprimento é limitado pelo volume do tarugo que cabe no
container.
em pequenos comprimentos
B) PROCESSO DISCRETO
• uma peça simples é produzida em cada ciclo de extrusão (a extrusão por impacto é
um exemplo de processo discreto)
A) EXTRUSÃO DIRETA
B) EXTRUSÃO INVERSA
B) EXTRUSÃO HIDROSTÁTICA
Uma desvantagem do processo é que ele requer a preparação do tarugo inicial, que
deve possuir em uma das extremidades uma geometria que se adapte ao ângulo da
matriz. Isso evita que o fluido escoe pela abertura da matriz quando o recipiente é
inicialmente pressurizado.
Equipamentos auxiliares:
Força de extrusão:
⎛A ⎞
F = A0 K ln⎜ 0 ⎟
⎜A ⎟
⎝ f ⎠
METAL TEMPERATURA OC
Chumbo 200 - 250
Alumínio e suas ligas 375 - 475
Cobre e suas ligas 650 - 950
Aços 875 – 1300
Ligas Refratárias 975 - 2200
Extrusão a frio:
Trinca superficial:
Trinca interna:
O centro do tarugo pode desenvolver fissuras que são conhecidas como trincas
centrais, fratura tipo ponta de flecha ou “chevron”. O defeito é atribuído à tensão
hidrostática de tração na linha central , similar à situação da região de estricção
em um corpo em ensaio de tração.
Nos últimos 30 anos tem-se visto avanços nas técnicas de trefilação e significativo
aperfeiçoamento do tratamento térmico contínuo, com menor inter-ferência
humana, com o objetivo de melhorar a uniformidade e a qualidade, aumentar a
produtividade e reduzir os custos de produção.
Tensão
Trabalho a frio
Deformação
As barras mais finas, em geral com diâmetro menor do que 5 mm, passam a se
denominar arames ou fios.
Denomina-se o produto como arame quando o seu emprego é para fins mecânicos
e, como fio, no caso de fins elétricos
• Lubrificantes/refrigerantes
• Velocidade de trefilação:
A lubrificação pode ser por imersão ou por aspersão, e os tipos de lubrificantes são:
• Pastas e graxas
4.3 - FIEIRA
I – cone de entrada
II – cone de trabalho
IV – cone de saída
Ângulo de entrada
Ângulo da fieira
(trefilação)
Ângulo de saída
Para cada material há um perfil adequado de fieira, no que diz respeito ao ângulo
de entrada, ao ângulo de trabalho, ao ângulo de saída e ao comprimento da zona
cilíndrica.
Hc
Metal duro,etc.
_ ⎛A ⎞
Pt = σ e ln⎜⎜ 0 ⎟⎟(1 + μ . cot g (α ).φ . A1 )
⎝ A1 ⎠
_
σ e - tensão de escoamento média em tração uniaxial;
r = (A0 – A1)/A0
Descarepação:
Recobrimento:
Para arames grossos utiliza-se apenas um sarilho, mas para arames finos (fios
metálicos) necessita-se de um número maior e o arame passa através de várias
fieiras, numa operação contínua, até ter sua seção transversal reduzida ao
tamanho final.
Para os arames finos as reduções por passe (b) são de 15 a 25%, enquanto para
arames grossos a faixa é mais larga (20 a 50%). As velocidades de trefilação de
arame nos equipamentos mais modernos podem superar 1.500 m/min.
Para fios de aço com teor de carbono maior que 0,25%, emprega-se um
tratamento térmico especial chamado patentea-mento, que consiste em aquecer o
material acima da temperatura crítica superior e depois resfriá-lo ao ar (fios mais
finos) ou em chumbo líquido a cerca de 350°C (fios menos finos), para propiciar a
formação de perlita fina, de preferência sem a formação de ferrita primária.
Recozimento:
Patenteamento:
Carretel alimentador
Porta-fieira
Tambor
1) Com deslizamento
2) Sem deslizamento
O fio parte de uma bobina, passa por uma roldana e se dirige à primeira fieira;
As voltas são dadas na forma de uma hélice cilíndrica, de passo igual a uma vez e
meia o diâmetro do fio, de tal maneira que este – no início da hélice – fique
alinhado com a primeira fieira e, na saída da hélice, com a segunda;
O segundo anel, que faz o fio passar pela segunda fieira, gira a uma velocidade
maior que o primeiro anel para compensar o aumento de comprimento pela
segunda fieira;
É usada para trefilar fios de metais não-ferrosos de diâmetros maiores (> 2 mm).
roldan
fieira
fieira fieira fieira
1º
2º 3º
anel
anel anel tambor sem
deslizamento
bobin carrete
rotaçã
saíd
O arame passa, então, por uma polia localizada debaixo de cada sarilho e sai pela
frente da máquina, entrando na pró-xima fieira guiado por outra polia e sendo
puxado através da fieira pelo sarilho seguinte. Originalmente a máquina tinha um
único motor para todos os sarilhos e eles podiam ser desconectados do eixo
comum por meio de uma embreagem. Modelos mais recentes têm motores
individuais, um para cada sarilho. Máquinas deste tipo sempre foram bem aceitas,
particularmente por fabricantes de arames de aço alto-carbono para molas, e a
Morgan vem fornecendo centenas destas máquinas ao longo dos anos.
Nesta, o fio passa tracionado por um segundo anel tirante que também acumula fio
trefilado.
Esta máquina é utilizada para arames, em que o anel tirante faz também o papel
de acumulador do produto trefilado e para máquinas contínuas, com passes em
linha.
A laminação é um processo que requer uma potente fonte de energia. Até o século
XVIII essa energia provinha de moinhos d’água. O advento das máquinas a vapor,
durante a revolução industrial, foi o principal responsável pelo aumento da
capacidade dos laminadores até que, a partir de 1900, essas máquinas foram
substituídas por motores elétricos, largamente empregados nos tempos atuais.
Quando este equipamento consiste em somente um conjunto de cilindros, isto pode ser
conseguido de duas formas: ou variando-se a distância entre os cilindros de trabalho,
laminadores reguláveis durante a operação, ou mantendo-se esta distância fixa,
laminadores fixos durante a operação, e variando-se o diâmetro do cilindro ao longo do
seu comprimento, o que equivale a variar a abertura entre os cilindros. Neste último
caso, a peça a ser trabalhada deverá ser deslocada ao longo dos cilindros para cada
passe sucessivo.
Uma outra forma de realizar passes com diferentes reduções, seria a colocação de
laminadores em linha, com uma distância pré-determinada entre eles, de modo que
trabalhassem o material sucessivamente e em alguns casos simultaneamente.
Ao passar entre os cilindros, a força de atrito entre a peça e os cilindros promove uma
deformação plástica, na qual a espessura é diminuída e a largura e o comprimento são
aumentados.
1. obter um produto final com tamanho e formato especificados, com uma alta taxa de
produção e um baixo custo;
3. laminação a quente;
5. decapagem;
8. acabamento e revestimento.
Entende-se por produtos planos aqueles cuja forma da seção transversal é retangular,
sendo que a largura do produto e várias vezes maior do que a sua espessura.
Produtos não-planos, pelo contrário, tem sua seção transversal diferente da forma
retangular (exceção de barras chatas, alguns blocos e tarugos), formas em geral
complexas e variadas, embora já se tenha formas consagradas e limitadas. É o caso
de perfis tais como H, I, U, trilhos e outros.
Não existe uma clara separação dimensional entre eles, embora a ABNT em sua
norma NBR 6215 de 1986 classifique os semi-acabados de conformidade com a área
da seção transversal e sua forma, como:
Quanto aos produtos acabados de laminação (observa-se que podemos ter produtos
acabados a partir de semi-acabados por diversos processos de conformação tais como
laminação, forjamento, trefilação, extrusão, etc.)
Blocos e tarugos, por laminação, dão lugar a vários tipos de produtos longos, tais como
perfis; trilhos e acessórios; barras redondas, quadradas, sextavadas, etc; fio-máquina,
tubos sem costura, etc.
Placas e platinas são laminadas em vários tipos de produtos planos (barras chatas,
chapas, tiras, fitas e folhas) que podem ser transformados, p. ex., em tubos com
costura e peças estampadas.
Os produtos acabados planos são obtidos por laminação a quente ou a quente e a frio
de placas em cilindros lisos (sem canais) e se subdividem de acordo com as seguintes
dimensões:
Produto plano laminado com largura mínima de 500 mm enrolado na forma cilíndrica.
Produto plano laminado com espessura entre 0,38 e 3,0 mm e com largura superior a
500 mm, enrolado na forma cilíndrica e cuja espessura final é obtida por laminação a
frio.
Produto plano larninado com espessura entre 1,20 e 5,0 mm e com largura superior a
500 mm, enrolado na forma cilíndrica e cuja espessura final é obtida por laminação a
quente.
Produto plano laminado com espessura superior a 5,0 mm e igual ou inferior a 12,7
mm, largura superior a 500 mm, enrolado na forma cilíndrica e cuja espessura final é
obtida por laminação a quente.
2. chapa:
Chapa com espessura entre 0,38 e 5,0 mm e com largura igual ou superior a 500 mm.
Chapa com espessura entre 0,38 e 3,0 mm e com largura superior a 500 mm, fornecido
em forma plana, cuja espessura final é obtida por laminação a frio.
Chapa com espessura entre 1,20 e 5,0 mm e com largura superior a 500 mm, fornecido
em forma plana, cuja espessura final é obtida por laminação a quente.
Produto plano laminado com espessura igual ou inferior a 1,27 mm e com largura
igualou inferior a 32 mm fornecido na forma de rolo, utilizado como elemento de fixação
ou compactação no acondicionamento e/ou embalagem.
4. folha:
Produto plano laminado a frio com espessura igual ou inferior a 0,38 mm e com largura
mínima de 500 mm fornecido em bobinas ou num comprimento definido.
5. tira:
Produto plano relaminado a frio ou produto plano laminado com largura igual ou inferior
a 500 mm, fornecido com comprimento definido.
Produto plano laminado com largura igual ou inferior a 500 mm, fornecido com
comprimento definido; pode ser obtida de rolos cortados aplainados ou de corte
Produto plano relaminado a frio com espessura igual ou inferior a 8,00 mm e largura
igual ou inferior a 500 mm, fornecido com comprimento definido, distinguindo-se da tira
cortada por ter tolerância mais estreitas na espessura e largura decorrentes do
processo de fabricação.
6. rolo:
Produto plano relaminado a frio ou produto plano laminado com largura igual ou inferior
a 500 mm, enrolado na forma cilíndrica de tal modo que a largura final do rolo seja igual
à largura do produto plano (rolo simples) ou seja superior a largura do produto plano, o
qual é obtido em sistema oscilante (rolo zigue-zague).
4
TIRA CHAPA FINA
3
FITA
2
1
FOLHA
Os produtos não planos chamados de fios (fio-máquina) são materiais com seção
transversal circular com diâmetro de 5 a 13mm, laminados a quente, fornecidos na
forma de bobinas ou não e geralmente são destinados a trefilação.
A ação compressiva é exercida numa superfície não plana do laminado. Esta ação é
quase sempre acompanhada de restrição ao alargamento livre do material laminado,
pelo fato de a deformação ser realizada no interior de caneluras nos cilindros.
• Perfis estruturais
• Trilhos e acessórios
• Perfis especiais
• Laminados comerciais
• Fio-máquina
• Bolas de moinho
(b)
(c) (d)
Figura 5.5 - Exemplos de produtos laminados não planos ou longos e casos típicos de suas
aplicações: (a) produtos de aço; (b) seqüência de forjamento de uma peça a partir de uma barra
redonda laminada; (c) ponte rodo-ferroviária e (d) elementos de máquinas.
Chapas Barras
Fio-máquina
Tubos com
Costura
Tubos
Calandrados Tubos sem Trefilados
Folhas Costura
4. Tipo de cadeiras;
É aquela que se realiza a temperaturas acima do ponto crítico do aço, ou seja: a cada
passe no laminador reduz o tamanho do grão, o qual cresce novamente, assim que a
pressão é retirada. O tamanho do grão final é determinado pela temperatura e pela
porcentagem de redução do último passe.
É aquela que se realiza a temperaturas abaixo do ponto crítico do aço, ou seja: a cada
passe no laminador o tamanho do grão se deforma mas não cresce, tornando a
superfície do material mais bem acabada e mais resistente.
Este tipo de laminador é o mais antigo e mais simples, sendo usado no passado na
laminação de chapas e, ainda hoje, nas laminações de tarugos, trens contínuos de
perfis pequenos e trens de fio-máquina.
(a) (b)
Figura 5.8 - Cadeiras duo: (a) com retorno por cima e (b) duplo duo.
É aquela em que o sentido de rotação dos cilindros do laminador é invertido após cada
passagem da peça através do laminador. Empregado em laminadores desbastadores
para lingotes grandes e trens de perfis.
Quando chapas largas são laminadas em trens duo ou trio, os cilindros, que
necessariamente tem grande comprimento de mesa, tendem a fletir.
Conseqüentemente, as chapas laminadas por este método não apresentam uma
espessura uniforme no sentido transversal.
Para evitar este defeito, foi criado o laminador quádruo no qual existem quatro cilindros,
montados um sobre o outro na horizontal, sendo que os cilindros do meio, chamados
cilindros de trabalho, são de menor diâmetro e os cilindros inferior e superior,
chamados de cilindros de encosto ou apoio, são de maior diâmetro.
Nos laminadores quádruo, as chapas grossas podem ser laminadas com espessura
uniforne, porque os cilindros de apoio superior e inferior efetivamente suportam os
cilindros de trabalho. São usados em laminadores aquente e a frio de chapas e tiras.
Quanto menor for o diâmetro dos cilindros, menor será o atrito entre estes e o metal.
Portanto, é necessário uma menor potência. Por outro lado, quando menor for o
diâmetro, menor será a rigidez dos cilindros. As tensões originadas pela resistência do
metal a deformação conduzem a flexão dos cilindros e por conseguinte conduzem a
obtenção de um produto final mais espesso no centro do que nas bordas. Para manter
inalterado o perfil dos cilindros, assume grande importância a questão do resfriamento.
Mesmo com a utilização de cilindros de encosto, verifica-se ainda uma certa flexão dos
cilindros de trabalho a qual é compensada pela coroa dos cilindros.
A coroa é obtida usinando-se o cilindro com maior diâmetro no centro do que nas
extremidades. Os cilindros de encosto podem não ser retificados com coroa.
O diâmetro dos cilindros influi também na força de laminação. Isto pode ser comparado
com o corte de um determinado material por meio de 2 facas. Quanto mais finas (mais
afiadas) forem as facas menor será a força a ser empregada para o corte. Portanto,
com cilindros de pequeno diâmetro reduz-se a força de laminação e, como
conseqüência, reduz-se também a deformação do laminador .
Verifica-se que deve ser observado um certo distanciamento entre o par de cilindros
verticais e o par de cilindros horizontais. Os quatro cilindros, geralmente, possuem
acionamento independente, mas sincronizado.
Se a deflexão dos cilindros for muito grande, as altas tensões produzidas podem
causar efeitos de fadiga e conduzir os cilindros a ruptura.
(a)
(b)
Figura 5.11 - (a) cadeira universal; (b) laminador tipo Grey.
Consiste de uma série de cadeira Duo, com cilindros girando no mesmo sentido,
colocados no mesmo eixo de laminação e com pequeno afastamento entre as cadeiras.
São de muitos tipos diferentes: em alguns, a seção inicial é uma barra chata ou chapa
de aço que é aquecida à temperatura de caldeamento; em outros ela é trabalhada a
frio.
Os tubos com costura são formados a partir de chapas aquecidas, e a costura obtida
pela pressão mecânica.
Figura 5.16 - Disposições de cadeiras de laminação formando trens: (a) simples; (b) aberto ou
em linha; (c) em série; (d) contínuo; (e) e (f) semicontínuo; (g) ziguezague ou alternado.
1. GAIOLA:
A gaiola do laminador é, em geral, uma peça de aço fundido, cujas dimensões são
determinadas com um coeficiente de segurança bastante grande, como pode ser visto
na figura 5.17.
As duas gaiolas são ligadas entre si na parte superior por um cabeçote fundido ou,
perto da base e do topo, por meio de tirantes forjados.
A gaiola protendida tem a vantagem adicional de manipulação mais fácil, pelo fato de
seu peso e dimensões serem menores, nos casos onde é necessário trocar
rapidamente uma cadeira completa, como por exemplo, na mudança de um programa
de laminação para o outro.
Para assegurar a horizontalidade dos cilindros, as bases das gaiolas são apoiadas
sobre uma placa usinada de ferro fundido ou de aço e fixados por parafusos.
Para assegurar a horizontalidade dos cilindros, os pés da gaiola são apoiados sobre
uma placa usinada de ferro fundido ou de aço e fixados por parafusos de cabeça
quadrada.
Figura 5.17 – Seção de um laminador desbastador, acionado por um único motor. Observe-se a caixa de
pinhões e as arvores de transmissão, dotadas de juntas universais, que transmitem esforços de rotação
aos cilindros.
Figura 5.18 - Detalhe de uma caixa de pinhões e um redutor simples constituidos por um
conjunto de engrenagens.
Figura 5.19 - Vista lateral da cadeira de laminação, com detalhes dos componentes para
sustentação e posicionamento dos cilindros.
Além do pescoço fica o "trêvo", que recebe o acoplamento para rotação. Pode ser
acoplado à caixa de pinhões ou a um outro cilindro da cadeira ao lado e podem ser de
4 ou. 5 abas.
1. dureza;
5. boa superfície.
São produzidos em uma enorme variedade de materiais, desde o aço simples com
0,50% de carbono, passando pelos ferros fundidos especiais e nodulares, até os carbo
netos de tungstênio.
Os cilindros podem ser fundidos com a mesa lisa ou com a mesa já esboçada para
facilitar a usinagem dos canais.
Os cilindros em aço, que podem ser ou fundidos ou forjados, são mais indicados onde
aplicam-se fortes reduções, com canais fundamente entalhados nos cilindros.
Os cilindros de ferro fundido são de: ferro fundido cinzento moldado em areia; ferro
fundido cinzento moldado em coquilha; ferro fundido tratado termicamente; ferro
fundido de dupla fusão; ferro fundido nodular.
O teor de carbono varia de 2,5 a 3%. Em alguns tipos são utilizados elementos de liga
tais como níquel cromo e molibdênio.
Possuem uma camada exterior dura, com grande resistência ao desgaste podendo
gerar produtos com bom acabamento superficial. O núcleo, no entanto, é mais tenaz e
possui boa resistência à ruptura. Podem ser usados em cadeiras acabadoras de trens
de fio-máquina, de trens de pequenos perfis, e em laminadores desbastadores.
Quando um esboço aquecido é laminado, uma parte de seu calor é transmitida aos
cilindros, provocando o aquecimento destes. Como este aquecimento não é regular ao
longo da mesa, formam-se as 'trincas térmicas' que marcam (danificam) os cilindros
podendo, inclusive, provocar sua ruptura. Estas trincas podem, no entanto, ser evitadas
ou atenuadas mediante um resfriamento adequado dos cilindros.
a - comprimento do esboço a ser laminado: quanto mais comprido for o esboço mais
intenso deverá ser o resfriamento;
d - material de construção dos cilindros: quanto mais duros forem os cilindros, mais
eficiente deverá ser o resfriamento.
A maioria dos produtos laminada de aço é fabricado por um dos dois caminhos
descritos a seguir, ou seja, produção de perfis, tarugos e barras (produtos não-planos
ou produtos longos) ou produção de chapas, tiras e folhas (produtos planos). A figura
(5.23), mostra uma representação esquemática do processamento de diversos
produtos laminados, e a figura (5.24) mostra aplicações típicas deste produtos.
Como pode ser observado, existem dois pontos iniciais distintos na laminação: ou
parte-se do lingote obtido por lingotamento convencional na aciaria, ou parte-se das
placas ou blocos do lingotamento contínuo também na aciaria.
As placas serão reaquecidas nos fornos de reaquecimento e poderão seguir por dois
caminhos distintos: ou são encaminhadas a um laminador de chapas grossas onde a
As bobinas de tiras laminadas a quente podem por sua vez, seguir vários caminhos
distintos: podem ser utilizadas na fabricação de tubos sem costura, por diversos
processos; podem servir de matéria-prima para o laminador de tiras a frio obtendo-se
assim chapas e tiras laminadas a frio com ou sem revestimentos superficiais; podem
servir de matéria-prima para os laminadores a frio tipo Sendzmir para o caso de aços
especiais (inoxidáveis, ao silício, etc.) onde obteríamos as folhas ou fitas laminadas.
Para o caso dos tarugos, estes podem seguir três caminhos distintos: para os
laminadores de perfis (leves, médios ou pesados) onde obteríamos os perfis estruturais
e os trilhos; para os laminadores de barras ou de fios, onde se chegaria aos diversos
tipos de barras e aos fios- máquina; para os laminadores de tubos sem costura.
Normalmente, todas as etapas de laminação de tarugos até o produto final é feita
aquente.
7.1 – INTRODUÇÃO
3- Temperatura do material
7- Taxa de deformação.
O atual estado da arte na teoria de laminação, não permite se obter uma relação
analítica entre a resistência a deformação e os parâmetros acima listados. A solução
prática para o problema foi em realizar testes na forma de duas etapas.
onde,
Onde:
A área de trabalho projetada entre o cilindro e o material sendo laminado é dada por:
Fd = W.Id (7.3)
Quando a deformação do cilindro não pode ser ignorada, a área projetada do arco de
contato é expressa por:
Δ = h1 – h2
Se os raios dos cilindros não forem iguais, as equações 7.4 e 7.5 devem utilizar o raio
médio, que é dado por:
⎡ C.P ⎤
R ' = Ri.⎢1 + ⎥ (7.7)
⎣ W .Δh ⎦
Onde:
Δh - ∴ Δh = h1 – h2,
C- ∴ C=
(
16 1 − υ 2 ) (7.8)
π .Ε
ν - razão de Poisson ,
•
7.2.3 - Expressões da Taxa de Deformação do Material ( ε )
•
ε = (π.U / 30)(R/h1)1/2.(1 + r/4 )(r)1/2 (7.15)
•
ε = (π.U / 30)(R/h1)1/2.1/(r)1/2ln[1 / (1-r)] (7.16)
•
ε = (π.U / 30)(R/h1)1/2.[(1 – 0,75.r) /(1 - r)](r)1/2 (7.17)
•
ε = (π.U / 30)(R/h1)1/2. [ r /(1-r) ]1/2 (7.18)
2 2 ⎛ h1 ⎞
ε= εh , ou seja: ε= ln ⎜ ⎟ (7.20)
3 3 ⎝ h2 ⎠
α 60
t= . (7.21)
2π U
⎛ h1 − h 2 ⎞
α = arccos⎜⎜1 − ⎟⎟ (7.22)
⎝ 2R ' ⎠
Desta forma, substituindo as equações 7.20 e 7.21 na equação 7.19, tem-se então a
taxa de deformação homogênea do material durante o passe, dada por:
• π . 3 .U ⎛ h1 ⎞
ε= ln ⎜ ⎟
45.α ⎝ h2 ⎠ (7.23)
Tomando-se como referencia a fig.7.3, a velocidade da tira no ponto neutro (Vr)é igual
a velocidade tangencial do cilindro que está em função da velocidade angular (U).
Vr = 2.π.R’.U (7.29)
⎡ ⎛ 2R ' ⎞ ⎤
Ve = Vr ⎢1 + ⎜⎜ cos φn − 1⎟⎟(1 − cos φn )⎥ (7.30)
⎣ ⎝ h2 ⎠ ⎦
φn = Ângulo neutro.
⎛ h2 ⎞
1/ 2 ⎡ π ⎛ h 2 ⎞1 / 2 1/ 2 ⎤
1 ⎛ r ⎞ ⎥
φn = ⎜⎜ ⎟⎟ . tan ⎜⎜ ⎟⎟ . ln (1 − r ) + arctan⎜
⎢ ⎟ (7.31)
⎝ R' ⎠ ⎢ 8 ⎝ R' ⎠ 2 ⎝1− r ⎠ ⎥
⎣ ⎦
⎛ 2R ' ⎞
λ = ⎜⎜ cos φn − 1⎟⎟(1 − cos φn ) (7.32)
⎝ h2 ⎠
Então:
Ve = Vr(1 + λ) (7.33)
λf = 1 + λ (7.34)
Ve = Vr.λf (7.35)
A energia térmica no material antes de entrar no laminador pode ser adquirido das
seguintes formas:
1 P.εt
ΔTDEF = ⋅ (7.36)
Atd W .ld .ρ aço .caço
Com respeito ao aumento de calor devido à mordida do cilindro, isto ocorre somente na
superfície e a temperatura média da tira que esta sendo laminada será inversamente
proporcional a espessura da mesma.
b) por radiação,
c) pelo ar (convecção),
W – largura do material,
b3 ⎡ 1 2 ⎤
Hac = ⎢ψ ez − z + ⎥ (7.39)
2. t ac ⎣ π⎦
2.λcarepa . t ac
z= (7.41)
b3 .S carepa
b3 – efusividade térmica,
Com relação a perda de calor por radiação, a perda de calor por radiação também
pode ser calculada por [14]:
2.ε m .σ SB .θ S4 .t ip
ΔT RAD = (7.43)
ρ aço .c aço .h2
A queda de temperatura devido à perda de calor por convecção (ar) pode ser
determinada pela seguinte expressão: - ΔTAR [14]
⎛ −2α ar .tip ⎞
⎜ ⎟
⎜ ρ aço .caço .h 2 ⎟
ΔTAR = (T − TAR ). 1 − e (7.44)
⎜ ⎟
⎜ ⎟
⎝ ⎠
0,8
⎛ρ ⎞ Ve 0,8
α ar = 0,0284.λ ar .⎜⎜ ar ⎟
⎟ ⋅ (7.45)
⎝ μ ar ⎠ W 0,2
A queda de temperatura devido à condução de calor pela ação da água também pode
ser calculada da seguinte forma:
Na região dos sprays de água, pode-se estimar a queda de temperatura pela seguinte
expressão[14]:
(
4.λ aco . Te − Tagua ) t agua
ΔTAGUA = (7.48)
b3 π
ΔTAGUA - Queda de temperatura devido à tagua – tempo de contato da água [seg],
condução de calor pela ação da água λaço – condutividade térmica do aço
o
Te – temperatura de entrada no passe [ C], [cal / cm.s.oC]
Tagua – temperatura de entrada da água do
spray antes do passe [oC],
d) outras fontes.
Geralmente os itens a e d são desconsiderados por serem muito menores que os itens
b e c.
Como pode ser visto na fig.7.6, o ferro puro (isento de carbono), apresenta-se até
912oC sob a forma alotrópica alfa (α) e acima de 912oC até 1354oC no estado
alotrópico (γ). Essas formas alotrópicas se caracterizam por possuírem reticulados
cristalinos diferentes para os átomos de ferro: o ferro α possui reticulado cúbico de
corpo centrado (CCC) e o ferro γ possui reticulado cúbico de face centrada (CFC).
A fig.7.7 mostra os reticulados cristalinos dos átomos de ferro nas formas alotrópicas
CCC e CFC. Observa-se que a estrutura CCC possui somente um átomo de ferro no
centro do reticulado cristalino. Por outro lado, a estrutura CFC possui átomos de ferro
no centro das faces do reticulado [77].
Estrutura Estrutura
CCC CFC
Fig.7.7 – Esquema mostrando as estruturas cristalinas cúbica de corpo centrado CCC e cúbica de face
centrada CFC.
Nota-se também no diagrama Fe-C que à medida o teor de carbono aumenta até o
limite de 0,77%C obtêm-se a estrutura austenitica (Fe γ) a temperaturas cada vez mais
A estrutura CFC devido ao seu formato de empilhamento, é muito mais fácil de ser
deformado do que a estrutura CCC. Desta forma, para se laminar a quente um aço,
deve-se primeiro alcançar a estrutura austenítica, ou seja: conforme o teor de carbono,
aquecer o aço em torno de 800 a 880oC, para em seguida fazer a deformação no
laminador. Desta forma, economiza-se energia, equipamentos, tempo, e viabiliza
economicamente o produto além de poder conferir boas propriedades mecânicas e
metalúrgicas ao aço posteriormente ou durante a laminação.
Para se ter uma idéia da facilidade de deformação de um metal com estrutura cristalina
CFC, o chumbo é um material que possui esta estrutura na temperatura ambiente e o
ferro por outro lado, na temperatura ambiente possui estrutura CCC.
Para aços microligados, a temperatura de reaquecimento deve ser alta o bastante para
solubilizar as partículas estáveis que se formaram com as ligas.
Na laminação à quente existem três processos de restauração dos grãos que são:
Xt = 1-exp[-C.(t/tf)kt] (7.53)
C = -ln(1-f),
⎛Q ⎞
t f = B.ε − p .d 0q .Z −r . exp⎜ rec ⎟ (7.54)
⎝ RT ⎠
ε = deformação do material,
Z = Parâmetro Zener-Hollomon.
•
Z = ε .exp(Qdef / RT) (7.55)
•
ε = taxa de deformação,
T = temperatura absoluta,
Caso não ocorra recristalização completa num determinado passe, alguma deformação
residual ficará retida e será transferida para o passe seguinte [13,26,27,28,77,78],
então:
εt = Deformação total,
q
⎡ ⎤
⎢• ⎥
σss = Ass.⎢εt . exp(Qdef R.T )⎥
(7.57)
⎢ ⎥
⎣ ⎦
εp = A.Z.(d0)1/n (7.58)
onde, A, n = constantes,
Z = Parâmetro Zener-Hollomon .
εc = 0,8.εp (7.59)
Portanto, quando uma certa deformação ε aplicada durante a laminação for menor
do que εc, ou seja, ε < εc ou ε < 0,8.εp tem-se recristalização estática, por outro
lado, quando ε > εc ou ε > 0,8.εp tem-se recristalização dinâmica.
Como pode ser observado na fig.7.11 e 7.12, a restauração dinâmica na laminação dos
aços tem início para grandes deformações, devido ao fato de que a deformação crítica
A relação entre εc/εp para vários tipos de aço, se encontra na faixa entre 0,67 e 0,86
[33]. Foi observado que para aços ao nióbio, o valor da relação εc/εp está na faixa de
0,65 [25,34].
Outro fator que afeta a redução crítica de recristalização é o tamanho de grão inicial
[23], ou seja, quanto maior o tamanho de grão, maior é a redução crítica de
recristalização. A fig.7.13 mostra também que para os aços carbono a redução crítica
de recristalização é muito pequena. Observa-se uma forte influência da temperatura de
laminação, pois quanto maior a temperatura de laminação menor é a redução crítica de
recristalização.
Fig.7.12 - Aumento na temperatura de recristalização com o aumento de elementos de liga no aço com
0,007%C; 1,40%Mn; 0,25%Si [9].
Região 2 – Nesta região, o crescimento dos grãos segue a equação de Miller [33]:
No caso da laminação a quente dos aços a equação geral para o crescimento de grão
é dada por:
d y = d rec
y
+ K .t. exp⎛⎜ − Qcre ⎞
⎝ R.T ⎟⎠ (7.62)
K – constante,
Hodgson et. al. [27,38] mostrou que o tempo entre passes tem um papel muito
importante no crescimento do grão, e que durante o primeiro segundo o crescimento do
grão é muito rápido e segue uma curva parabólica. Após este tempo, a taxa de
crescimento do grão diminui para um exponencial da ordem de sete. Como na
laminação a quente o tempo entre passes é muito curto, portanto este tempo de um
segundo afeta significativamente o tamanho de grão.
4
d = d rec . X 3 + d i −1 .(1 − X )2 (7.63)
c) velocidade de resfriamento.
−1
α
•
d rec = a + b. T
2
[ (
+ g. 1 − exp − 1,5.10 − 2 .d )] (7.63)
•
0
T - Taxa de resfriamento do aço ( C/s),
Hodgson e Gibbs [32] utilizaram a seguinte expressão para aços carbono, nióbio e
microligados para cálculo do tamanho de grão da ferrita em presença de deformação
residual ou acumulada - dα.
α ⎛⎜
1 ⎞
d α = d rec .⎜1 − 0,45.ε a 2 ⎟⎟ 7.65)
⎝ ⎠
Para melhor entendimento destas analises, a fig.7.17 mostra estes fenômenos de uma
maneira esquemática.
Observe que no primeiro passe onde se situa a mais alta temperatura a inclinação da
curva é menor onde ocorre recristalização estática. Pois altas temperaturas favorecem
a completa recristalização entre passes. Nota-se pelo aumento da inclinação da curva
que no segundo passe com temperatura mais baixa a recristalização completa não
ocorre, levando ao aparecimento de deformações acumuladas. O acumulo destas
deformações levam a um limite onde se inicia a recristalização dinâmica no passe três
seguida da metadinâmica até o passe quatro. Esta mesma análise foi feita por D.
Auzinger e outros [49] para laminação de tiras a quente, como pode ser visto na fig.
7.18.
O primeiro caso está mostrado na fig.7.19 onde d01 é o tamanho de grão inicial antes
do primeiro passe. A estrutura dos grãos é de completamente recristalizada (XR=1)
após tempo tR a qual o tamanho de grão é igual a dR. Por conseguinte, a tensão de
escoamento para o segundo passe pode ser determinada pelo uso da equação
conhecida aplicável para estruturas de grãos completamente recristalizadas.
Caso a recristalização não tenha sido completada antes do segundo passe, então a
equação para a tensão de escoamento pode ser apresentada como consistindo de dois
componentes, como mostrado na fig.7.20.
_ _ _
σ = X R .σ 2 (ε 2 ) + (1 − X R ).σ 1 (ε 1 + ε 2 ) (7.66)
onde:
_
σ 2 (ε 2 ) é o componente da tensão de escoamento correspondente a parte
recristalizada da estrutura dos grãos, e
_ _
σ 1 (ε 1 + ε 2 ) é o componente da tensão de escoamento correspondente a parte não
recristalizada da estrutura dos grãos.
Onde:
T – Temperatura
Esta equação foi testada para teores de carbono na faixa de 0,05 a 1,20%, taxa de
deformação entre 30 e 200 s-1, temperatura entre 750 e 1200o C, e deformação abaixo
de 0,50.
Shida[25] também deduziu uma equação para o calculo da TEM usando oito tipos de
aços carbono-manganês com teor de carbono na faixa de 0,01 a 0,08%, taxa de
deformação entre 0,2 e 30s-1, temperatura entre 650 e 1200o C, e deformação acima de
0,60. A sua equação é dada por:
Onde:
Karjalainem e outros [28] desenvolveu uma equação empírica da TEM a partir de testes
de torsão para aços microligados com teores na faixa de 0,05–0,9%C; 1,20–1,57%Mn;
0,011-0,046%Nb; 0,001-0,142%Ti; 0-0,082%V e 0,03-0,70%Ni; e a mesma é dada por
[77]:
380000
TEM = −225 + (7.69)
T
⎛ 1000 ⎞
TEM = 166,6 + 391,2.⎜ ⎟ (7.70)
⎝ T ⎠
Esta equação foi desenvolvida para a condição de total recristalização entre passes.
A equação de Misaka passou a ser utilizada por alguns autores para se prever a TEM
dos aços em função da temperatura e teor de carbono[4,6]. Porem, para se levar em
consideração outros elementos de liga e também não somente a ocorrência de
completa recristalização estática entre passes, mas também a recristalização dinâmica
e metadinâmica foi-se necessário fazer melhoramentos na sua equação.
Onde:
M = 2.P.a (7.72)
Onde,
M = torque na laminação,
Na presença de tensões de entrada e saída da tira esta força pode ser modificada para
[9]:
⎛τ +τ ⎞
K def = TEM − ⎜ 1 2 ⎟.φn (7.75)
⎝ α ⎠
φn – Ângulo neutro
m = M / (2.P.Id) (7.77)
1 ⎡ ' 12 ⎤
S + π ⎛ Y ⎞ π ⎛⎜ R ' ⎞⎟ 2 ⎛R ⎞
−1 ⎢⎜ ⎟ ⎥
K
= ln ⎜ ⎟ + +
4 ⎝ h 2 ⎠ 4 ⎜⎝ h 2 ⎟⎠
. tan ⎢⎜ h 2 ⎟ .θ ⎥ (7.78)
⎢⎣⎝ ⎠ ⎥⎦
Onde:
φn – Ângulo neutro,
⎛ h2 ⎞
1/ 2 ⎡π ⎛ h2 ⎞
1/ 2 1/ 2 ⎤
1 ⎛ r ⎞
φn = ⎜⎜ ⎟⎟ . tan ⎢ ⎜⎜ ⎟⎟ . ln (1 − r ) + arctan ⎜ ⎟ ⎥
(7.80)
⎝ R' ⎠ ⎢8 ⎝ R' ⎠ 2 ⎝1− r ⎠ ⎥
⎣ ⎦
Sims considerou que a força de laminação P pode ser expressa como a integral da
pressão s ao longo do arco de contato [1], ou seja:
α
'
P = R . ∫ s.dθ (7.81)
0
Esta integração duas regiões de cada lado do ponto neutro e chega-se a seguinte
expressão para a força específica de laminação [1].
⎡ 1 1 ⎤
⎢⎛ π ⎞ ⎛ h 2 ⎞ 2 ⎡ r ⎤ 2 α ⎛ Y ⎞ 1 ⎛ h1 ⎞⎥
P = R .K .⎢⎜ ⎟.⎜⎜ ⎟⎟ . tan −1 ⎢
'
⎥ − π . − ln⎜ ⎟ + ln⎜ ⎟⎥ (7.82)
2
⎢⎝ ⎠ ⎝ R ⎠
'
⎢⎣ (1 − r ) ⎥⎦ 4 ⎝ h1 ⎠ 2 ⎝ h 2 ⎠⎥
⎣ ⎦
1 1 − r ⎧⎪ ⎡ ⎤⎫
⎛ r ⎞ ' 2
Q= . .⎨π . tan −1 ⎜ ⎟ − R . ln ⎢⎛⎜ Y ⎞⎟ .(1 − r )⎥ ⎪⎬ − π (7.83)
2 r ⎪ ⎜ 1− r ⎟ h2 ⎢⎝ h2 ⎠ ⎥⎦ ⎪ 4
⎩ ⎝ ⎠ ⎣ ⎭
[
P = K R ' .(h1 − h2) ] 1
2 .Q
(7.85)
2
TEM = .K (7.86)
3
Quando um esboço é laminado entre dois cilindros, aparece uma força tendendo a
separar estes cilindros, conhecida como força de laminação (figura 7.21).
Evidentemente, a separação dos cilindros não se efetua, pois estes são contidos
pelos mancais e pelos parafusos ajustadores ou cápsulas hidráulicas das cadeiras.
Esta força se traduz pela maior ou menor dificuldade em fazer girar os cilindros
durante a laminação do esboço e deve ser fornecida pelo motor (ou motores) do
laminador.
F
S = hf − − ΔS (7.88)
K
⎛ F ⎞ (7.89)
F = K⎜hf − − S ⎟
⎝ K ⎠
F (7.90)
K=
hf − S
F1 = K (hf1 - S) (7.91)
F2 = K (hf2 - S) (7.92)
Este sistema de equações pode ser resolvido para o cálculo do módulo de rigidez:
F1 − F2 (7.93)
K =
hf1 − hf 2
F1h f 2 − F2 h f 1 (7.94)
S =
F1 − F2
É conveniente que este procedimento seja repetido com mais experiências para
permitir a determinação de uma equação que expresse a variação do coeficiente K
em função do valor de S.
Apesar de ser óbvio que uma maior espessura do esboço na entrada da cadeira
provocaria uma maior espessura do esboço ou da chapa (se for o último passe), o
gráfico ou a equação permite saber qual correção na luz ou abertura entre os
cilindros de laminação será necessária para corrigir o erro dimensional.
É digno de nota que, no caso da laminação de chapas com espessura final muito
fina e para materiais de alta resistência mecânica, a abertura entre cilindros
prevista pela equação (7.88) pode ser negativa, isto é, os cilindros estariam
ajustados com interferência, situação impossível na prática, pois, além de danificar
os cilindros, impossibilitaria a mordida do esboço.
Tabela 7.1: Exemplo da seqüência de aberturas entre cilindros num trem acabador a quente.
2- Melhor tenacidade;
3- Melhor soldabilidade;
Na classe II-a os tratamentos são limitados para aços de baixos teores de carbono, tal
como o aço inoxidável 301. Aumento na redução e diminuição na temperatura final de
laminação leva a um aumento no limite de elasticidade. A principal contribuição deste
tratamento é a melhoria na tenacidade devido ao refino de grão da ferrita e a
esferoidizacao das partículas de carbetos.
No entanto, esta desvantagem pode ser minimizada pelo uso de modelos matemáticos
de controle do processo, particularmente para aqueles relacionados à força de
laminação [60,61].
Outro fator que também afeta as propriedades do aço está relacionado às mudanças
estruturais que ocorrem durante a laminação, devido o resfriamento do laminado pela
combinação de ar e água. O tamanho de grão da ferrita pode ser afetado pelos
seguintes fatores:
c- Taxa de resfriamento.
d) Laminação Contínua.
Este processo realiza deformações na região gama, gama + alfa, e na região alfa.
Nesta região, grãos de austenita grosseiros tipo a são refinados por deformações
repetidas e a recristalização produz grãos recristalizados tipo b. Durante o resfriamento
estes grãos se transformariam em grãos de ferrita grosseiros tipo b’.
Nesta região, bandas de deformação são formadas de forma alongada nos grãos de
austenita não recristalizados tipo c. Durante o resfriamento a ferrita poderá nuclear
tanto nas bandas de deformação quanto nos contornos de grãos, originando uma
estrutura fina de grãos alfa-gama do tipo c’.
a) refino dos grãos tanto da estrutura gama quanto da alfa devido às grandes
deformações repetitivas,
Após a laminação da placa ou chapa, geralmente o material resfriado por meio de jatos
d’agua. A estrutura do aço após o resfriamento irá variar devido a velocidade de
resfriamento e também com a temperatura final do material após terminado o
resfriamento[66].
Elementos de liga tais como Nióbio, Vanádio e Titânio são muito utilizados na
laminação controlada [9]. As adições destes elementos aumentam a resistência do
aço[9,57].
Todos os fatores listados acima têm o mesmo propósito e uma combinação adequada
de alguns deles poder-se-ia obter as propriedades desejadas de um aço na laminação
controlada. Existe uma diversidade de práticas desenvolvidas na laminação controlada
para se obter as propriedades finais desejadas no aço, e isto é devido principalmente a
diferenças na capacidade, no poder de resfriamento e na estabilidade de operação nas
diferentes máquinas de laminação.
A fig. (7.29) mostra uma faixa ótima de propriedades mecânicas desejadas ao aço,
entre a temperatura de reaquecimento e a temperatura final de laminação.
Como pode ser visto nesta figura, a expansão do limite de resistência (curva 1) pode
ser obtida pela aplicação de precipitação ou transformação de endurecimento. O refino
do grão pode melhorar a tenacidade do material (curva 2) e uma alta absorção de
energia (curva 3) do material pode ser alcançada utilizando-se aços de mais baixo teor
de carbono e enxofre.
2 – O refino de grão da austenita recristalizada pode ser obtido pelo aumento do grau
de redução em altas temperaturas e/ou pela adição de aproximadamente 0,015%Ti
como elemento de liga.
5 – Uma alta taxa de resfriamento do material pode obter estruturas de granulação fina
de ferrita e bainita misturadas.
Certas condições que afetam a operação e qualidade do produto devem ser atendidas
ao aquecer o aço, que são:
4. Cada peça de aço da mesma ordem de produção deve ser aquecida, em sequência,
à aproximadamente a mesma temperatura, para evitar atrasos na laminação devido a
ajuste nos cilindros; e,
A importância relativa de cada uma das condições acima, varia com o tipo de aço:
nos aços de baixo carbono, as condições de aquecimento são diferentes das de aços
altamente ligados.
5. Deve haver espaço para a chama e os gases queimados no volume interno do forno,
o qual depende do tipo de combustível utilizado e do grau de mistura e da temperatura
do ar e do combustível. A chama não pode ser mais comprida que o forno, sob pena da
combustão ir completar-se no canal de fumaças e danificar o recuperador. Se, pelo
contrário, a chama for muito curta em relação ao tamanho do forno, os gases
queimados esfriam-se ainda no seu interior, resultando condições desfavoráveis para o
aquecimento. A combustão superficial da mistura é também importante, pois, influencia
na velocidade de combustão.
O aço a ser aquecido nestes fornos é normalmente carregado e retirado do forno, por
meio de máquinas carregadoras.
1. Elevada produção;
6. Maior dificuldade para empurrar diferentes seções dentro do forno (exceto no caso
de vigas caminhantes).
Os fornos contínuos podem ser classificados quanto a maneira como as peças são
aquecidas e conduzidas no interior do forno em: fornos de empurrar e fornos de
vigas caminhantes,.
1. Zona de pré-aquecimento
Onde o material que entra a temperatura ambiente é aquecido, em contra corrente, até
uma temperatura da ordem de 700oC, pelos gases da combustão procedentes das
outras zonas em direção ao recuperador onde aquecerá o ar de combustão.
Região de grande fluxo de calor onde o material é aquecido na superfície até uma
temperatura de 1250oC, principalmente por radiação do calor das chamas dos
queimadores (em torno de 10).
3. Zona de encharque
8.2 - PRODUÇÃO
Produções horárias elevadas ou baixo consumo de combustível não podem ser obtidos
se o forno é aquecido, utilizado durante curto período e novamente deixado resfriar.
Uma boa parte dos produtos dos laminadores de tiras a quente é utilizada na
espessura com que sai do laminador, são as chapas finas e tiras a quente. Entretanto,
outra grande parte é destinada a laminação a frio, para a produção de chapas finas a
frio e das folhas.
Assim como as chapas grossas, as chapas finas e tiras laminadas aquente podem ser
classificadas de diversas maneiras segundo os requisitos de qualidade, ou seja:
1 - qualidade comum;
2 - qualidade estampagem;
3- descarepação;
4- laminação a quente;
5- bobinamento ou corte;
7- acabamento.
2 – Reaquecimento de placas.
3 - Descarepação.
a) emprego de uma cadeira duo horizontal, que pode igualmente efetuar uma redução
de espessura;
b) utilização de uma cadeira duo vertical, bastante útil no caso de placas de largura
menor , pois, além de controlar as bordas da chapa, ajuda a evitar o seu fendilhamento;
1 - laminador contínuo;
2 - laminador semi-contínuo;
4 – Laminação a quente.
No arranjo dos trens contínuos de tiras aquente, o mesmo é dividido em 2 partes: trem
preparador e trem acabador. O número e o tipo de cadeiras utilizadas em cada trem
variam em função do grau avanço tecnológico da empresa projetista/construtora do
equipamento, do tipo de aço a ser laminado, da capacidade de produção almejada, etc.
O trem preparador pode ser composto por até de 4 cadeiras quádruo, não reversíveis,
distanciadas entre si de tal modo que a placa quase nunca é laminada em duas
cadeiras simultaneamente. Outra opção é a utilização de uma cadeira quádruo
reversível. A primeira cadeira, que é precedida por um quebrador de carepa pode ser
utilizada como alargadora de placas no caso de laminação cruzada. Para a operação
de alargamento, torna-se necessário uma mesa viradora e uma prensa endireitadora
de bordas. As três cadeiras seguintes são, geralmente, dotadas de cilindros verticais
para laminar as bordas da chapa.
Figura 9.1 - Foto de uma cadeira de laminação universal com laminador quadruo reversível.
Fig.9.2 – Representação esquemática do coil box posicionado depois do trem de desbaste; 1- rolos do
berço; 2- rolo de desempenamento inferior; 3- rolo de formação da bobina; 4- rolos defletores; 5- braço
oscilante com unidade ajustável; 6- rolos de desempenamento superiores; 7- pistão hidrálico de ajuste;
8- engrenagem (fuso) de elevação para ajustar o gap de desempenamento; 9- capa da forno; 10-
mecanismo de transferência de bobina; 11- unidade de desbobinamento.
Figura 9.4 - Trem laminador de acabamento do tipo contínuo para chapas finas a quente.
Alguns trens contínuos de tiras a quente, produzem também chapas grossas, as quais
no entanto, geralmente, só são laminadas no trem preparador. Um transferidor situado
antes do trem acabador conduz as chapas grossas para as desempenadeiras e dai,
para o setor de acabamento.
(c) (d)
Figura 9.5 - Exemplos de sistemas de resfriamento de chapas laminadas a quente: (a e c) do
tipo chuveiro; (b) lâmina de água e (d) armazenador de água para um sistema do tipo chuveiro
O resfriamento da tira por fluxo laminar de água (laminar flow) é, dentre os até
então existentes, o que faculta o mais preciso e uniforme resfriamento da tira.
Contribui, portanto, para a uniformidade das propriedades metalúrgicas e
mecânicas das tiras produzidas. Para otimizar o resfriamento, o fluxo de água
deve se realizar em regime laminar (não turbulento).
- se for grande, efetua-se um ajuste preliminar por meio das zonas de ajuste
normal e, em seguida, o final, por meio das zonas de ajuste preciso.
A pressão da água no sistema pode ser constante ou não. Nos sistemas mais
modernos optou-se por uma pressão constante, uma vez que uma pressão mais
elevada não exerce grande influência na eficiência do resfriamento e exige maior
investimento inicial e manutenção mais freqüente. Nos sistemas de pressão
constante, esta é devida apenas à diferença de nível entre os pontos de saída e o
tanque de distribuição, situado a uma altura em torno de 10 m. A quantidade de
água utilizada nesta etapa é relativamente grande, podendo chegar a 10.000 m3/h.
Esta água deve ser pré-tratada, para evitar a introdução de defeitos superficiais
nas chapas e deve ser reutilizada, para não ser uma fonte de impactos ambientais
severos. Cerca de 1% da água deve ser reposta, devido às perdas por evaporação
durante o contato com a chapa de aço aquecida.
O resfriamento deve ser igual nos dois lados da chapa, para não provocar o seu
empenamento, devido a uma maior contração do lado mais frio.
Como o custo inicial do laminador contínuo ou semicontínuo é um investimento muito alto, sua
aquisição só se torna econômica para grandes produções. Por isto, foi desenvolvido um
laminador para produções menores chamado de laminador Steckel, o qual consiste de: um
laminador duo ou de um laminador de bordas com cilindros verticais para quebrar a carepa;
uma cadeira quádruo reversível única, de dois fornos com bobinadeiras (uma câmara revestida
internamente de refratário, aquecida a gás ou a óleo, dentro da qual tem-se um mandril
enrolador); cilindros impulsionadores ou arrastadores; mesas de aproximação e de saída.
(a)
(b)
Figura 9.7 - Laminador Steckel para produção de chapas finas a quente: (a) fluxograma geral da linha
de laminação; (b) detalhe do trem acabador com o laminador Steckel.
Deve ser observado que a finalidade dos fornos não é a de aquecer a tira e sim atenuar
o resfriamento. Mesmo assim, as extremidades se resfriam muito e podem apresentar
espessura irregular.
Além das reações acima, há um ataque não desejável, do ácido sôbre a chapa, ou
seja:
Fe + 2HCl = FeCI2 + H2
10.3 - INIBIDORES
A neutralização é feita por meio de solução de leite de cal, juntamente com insuflação
de ar. O sulfato de cálcio formado é sedimentado e retirado de tempos em tempos.
Uma decapagem continua é dividida em três partes, que podem ser controladas
separadamente: alimentação, a decapagem propriamente dita e a saida.
Fig. 10.2 - Esquema de uma decapagem continua, mostrando a preparação, o poço de acumulação de
entrada, o tanque de decapagem (de três a cinco) e o tanque de água para separação em bobinas, com
o aparamento lateral e, se necessário, o oleamento, durante a rebobinagem.
a)Alimentação:
Máquinas de solda tipo TAYLOR-WINFIELD, permitem que a junção dos dois extremos
das tiras seja laminada no trem a frio. Óbviamente, a junta tem que ser da melhor
qualidade: na máquina de solda, ambos os extremos da tira são presos firmemente por
meio de garras condutoras de eletricidade, um arco elétrico é formado entre êles e os
dois extremos são trazidos um de encontro ao outro, formando uma junta caldeada e a
solda é rebarbada por meio de uma raspadeira móvel.
A tira passa a seguir pelos rolos empurradores que a levam ao poço de acumulação
(looping pit) o qual serve de estocagem intermediária, a fim de permitir que a seção de
entrada possa parar para a alimentação de nova bobina e efetuar a solda com a
extremidade da bobina anterior, sem haver interrupção do processamento da tira nos
tanques de decapagem. Às vêzes, o poço de acumulação está cheio de água para
diminuir o atrito entre as superficies.
b) Tanques de decapagem:
Nos extremos de cada tanque, grandes rolos revestidos de borracha, aparados por
meio de cilindros pneumáticos, mantém a tira mergulhada no ácido.
Um tanque de lavagem com jatos de água fria sob pressão, seguido de outro com água
quente completam o sistema.
c) Saída:
Ao deixar cada um desses tanques a tira passa entre rolos de borracha, que são
comprimidos contra a tira, retirando o excesso de solução. A velocidade de uma linha
de decapagem é cêrca-de 200m/min e o comprimento total da instalação, 250m.
O ácido usado para a decapagem de aço comum é normalmente ácido sulfúrico diluido
(devido ao seu baixo custo, comparado com o de outros ácidos). A concentração é no
máximo de 15-17% e a temperatura do banho é próxima à da ebulição da água.
Uma variante dêste processo é a utilização de água sob pressão (até 120 kg/cm2) com
mistura de areia de quartzo; é usada principalmente em fundições, para limpeza e
acabamento de peças.
Fig. 10.3 – Turbina para limpeza de tarugos ou chapas por meio de projeção centrífuga de jatos
metálicos (granalha) contra a superfície a limpar.
11 - LAMINAÇÃO A FRIO
Qualidade Comum
Qualidade Estampagem
a) Qualidade comum:
As chapas cortadas não devem apresentar defeitos que sejam claramente visiveis na
sua superficie; as bobinas poderão ter maior porcentagem de defeitos, porque o
produtor não tem a mesma possibilidade de rejeitar as partes contendo imperfeições
como no caso de chapas.
A chapa de qualidade comercial até 0,1570 de carbono deve ser dobrada sôbre si
mesma, em qualquer direção, sem haver fissuras visíveis ao longo da dobra. Para
teores de carbono entre 0,15 e 0,25%, o corpo de prova deve poder ser dobrado a 180º
em tôrno de uma peça, tendo uma espessura igual à do especimen, sem apresentar
fissuras.
São produzidas com análise química tal, que a soma dos teores dos vários elementos
seja baixa e são empregadas na fabricação de peças revestidas com esmaltação
vitrea, galvanização, etc.
As chapas finas ou bobinas laminadas a frio podem ser produzidas numa grande
variedade de equipamentos, seja Duo, Trio, Quádruo ou Multiplo; as cadeiras poderão
ser dispostas isoladamente ou em Tandem.
Por outro lado, é mais difícil de alimentar tira, os cilindros aquecem-se mais e há maior
dificuldade na transmissão da energia mecânica devido ao pequeno diâmetro dos
pinhões que deverão ser usados.
Como o cilindro não é aquecido uniformemente, pois o centro é sempre mais quente
que as bordas, haverá a tendência de mudar a forma do cilindro e, portanto, quanto
maior a velocidade, mais vigoroso deve ser o resfriamento.
No caso de chapas de aço comum, pode-se usar óleo solúvel, contendo até 90-95% de
água, sem detrimento à qualidade. No caso de aços ligados, a mistura óleo solúvel e
água, mancha a tira, devendo-se usar um óleo mineral ou orgânico, cuja capacidade de
resfriamento, em média, é metade da água. Por isso, a sua velocidade de laminação é
limitada a 300 m/min, enquanto o aço comum pode ser laminado a 1000-1200 m/min.
Ao laminar a frio chapas finas para carroçaria, utilizam-se, como lubrificantes, emulsões
de óleos minerais que servem, além de reduzir o coeficiente de atrito durante a
laminação, também para remover o calor gerado pelo trabalho de redução. Quando
porém, a espessura final é inferior a 0,35mm, o efeito lubrificante dos óleos
emulsionáveis (que em geral são hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta) não é
mais suficiente; deve-se usar óleo de palma (azeite de dendê).
11.5 - BOBINADEIRAS
11.6 - OPERAÇÃO
A redução a frio é feita até 50% pelo menos, da espessura original da tira laminada a
quente, ou seja, ao dôbro do comprimento inicial, para evitar má estrutura
granulométrica depois do recozimento. O máximo de redução sem que o aço fique
demasiado duro e quebradiço, tornando anti-econômica a laminação, é até 90% da
espessura original.
Os cilindros de trabalho, usados na laminação de tiras a frio são de ferro fundido nas
duas primeiras cadeiras e de aço forjado nas outras, porque nos passes iniciais o
material ainda está relativamente maleável, enquanto que nas últimas já está encruado;
a dureza e o polimento dos cilindros de aço forjado assume importáncia fundamental
para a boa superfície ,da chapa.
A chamada fôlha-de-flandres fina (Thin tin) tem até 1.067mm de largura e de 0,076mm
a 0,178mm de espessura. Os métodos de produção são diversos:
A laminação de encruamento tem por fim: melhorar o aspecto da superficie que devido
ao recozimento tornou-se fôsca, tornando-a bem plana e brilhante; aumentar o limite de
deformação permanente; e evitar as linhas de Luder (Stretcher Strains) durante uma
estampagem posterior.
Um laminador com duas cadeiras pode obter maiores reduções e também, atingir maior
tensão entre as cadeiras do que a possivel de obter entre uma única cadeira e a
bobinadeira. Esta tensão maior tende a aumentar o aplainamento e produzir um
material melhor que o obtido apenas pela laminação em uma só cadeira.
Fig. 11.1 - Laminador de encruamenlo de uma só cadeira para chapas laminada a frio [81].
A primeira cadeira faz uma redução leve, de até 10%, para aplainar o material, eliminar
irregularidades de bitola e dar a tensão necessária na tira, ao entrar na segunda
Bobina decapada a quente: Espessuras entre 2,0 e 4,8 mm e larguras entre 750 e
1875 mm. É aplicado em rodas de automóveis, botijão de gás, compressores, entre
outras peças.
Bobina fina a frio: Espessuras entre 0,4 e 2,0 mm e larguras entre 750 e 1875 mm. É
utilizado em automóveis, eletrodoméstico, entre outros.
Extragal:
Espessura do Revestimento
Benefícios
Galvalia:
Espessura do Revestimento
Benefícios
Aplicação
A Vega do Sul é uma planta industrial que utiliza como matéria-prima bobinas
laminadas a quente fornecidas pela ArcelorMittal Tubarão (CST), de Vitória (ES).
A Vega do Sul não é uma usina siderúrgica integrada, pois trabalha somente com o
beneficiamento (tratamento) do aço. A empresa produz atualmente bobinas laminadas
a frio através dos seguintes estágios:
1 - Linha de decapagem:
3- Recozimento em caixa:
4- Encruamento:
Processo de redução a frio da bobina de aço, com baixos valores de redução, utilizado
para ajustar as propriedades mecânicas do material, introduzir a textura superficial e
melhorar a planicidade do produto final.
5- Linha de galvanização:
Processo de revestimento da superfície da bobina com uma fina camada de zinco para
o aumento da resistência à corrosão do aço.
6 - Linha de inspeção:
1- Decapagem
O objetivo deste processo é a obtenção de chapas finas por meio da redução a frio
controlada, garantindo ao produto homogeneidade de espessura, planicidade e
rugosidade adequada às etapas seguintes.
O laminador de tiras a frio com 4 cadeiras reduz a espessura da tira para os valores
especificados pelo cliente. Neste processo, o aço sofre esforços de compressão de até
3.000 toneladas em cada cadeira, e trações de até 60 toneladas entre elas. As cadeiras
são equipadas com controle de espessura e planicidade.
3 - Recozimento
4- Encruamento
5 - Galvanização
Para atender essa necessidade, a Vega do Sul produz bobinas de aço revestidas para
a indústria automobilística, e para outros segmentos industriais como o de
eletrodomésticos e da construção civil.
O revestimento tipo Galvalia é obtido submetendo a bobina, após sua saída do pote de
zinco, a um tratamento térmico, que transforma o revestimento de zinco puro em uma
liga zinco-ferro.
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