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Apostila 1 Introdução A Portos e Navegação
Apostila 1 Introdução A Portos e Navegação
1ª Ed. 2011
FICHA TÉCNICA
Coordenação: André Luiz Pestana Vidal
Seleção e Organização de Conteúdo: Anderson Martins de Araujo
Revisão Gramatical e Editorial: Anderson Martins de Araujo
Projeto Gráfico: Anderson Martins de Araujo
Editoração: Anderson Martins de Araujo e Fabiana Silva da Paixão
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INTRODUÇÃO A PORTOS E NAVEGAÇÃO
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO
Não há traços das principais construções feitas pelos nossos ancestrais, mas eles
devem ter inicialmente balsas com o feito único de cruzar os rios. Centenas de milhares de
anos passados, quando o homem aprendeu a fazer, ele abriu cavidades em troncos por
queima, e com ferramentas de pedra fez primitivos remos de madeira para impulsionar seus
botes em vez de usar as mãos. A arte de manejar botes de tronco escavados (piroga) nunca
foi extinta. Diariamente sulcam as águas botes feitos pelos navios da América do Sul,
Austrália e África
Quando a Idade do Ouro Egípcia estava no fim e os fenícios tornavam-se uma nação
marítima líder, eles, por seu turno, encontravam forte competição vinda dos gregos. No
período aproximado de 700 a 300 anos A.C., os construtores de navios conseguiram tão
elevados métodos de construção, sendo respeitados e imitados por muitos séculos por
muitas nações. Os navios gregos eram construídos com balizas e levavam uma vela
redonda, mas sua principal propulsão era o músculo humano, cujos remadores compunham
uma guarnição de 50 remos.
De qualquer maneira, o domínio dos mares continuou passando de uma nação para
outra. Os romanos tomaram dos gregos, e seus navios mercantes singraram muitos
oceanos, sendo protegidos por uma formidável frota de navios de guerra, alguns com mais
de 66 metros de comprimento.
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executavam um monopólio no Oceano Atlântico, e em 1492 Colombo no “SANTA MARIA”
descobria a América. Sua passagem cruzando o Atlântico foi seguida por muitas outras
extensas viagens, forçosamente possíveis, mas pelos cordames altamente aperfeiçoados,
todos os navios de alto mar, agora usando três mastros.
Nos seguintes 350 anos muitos diferentes de navios vieram ao mundo, mas é
surpreendente como a dificuldade foi resolvida pelos próprios capitânea de Nelson, “THE
VICTORY”, foi lançado em 1765 e possuía certa semelhança com os navios de guerra
espanhóis e portugueses construídos 250 anos antes. Embora as marinhas de guerra e
mercante britânicas dominassem todos os mares neste período, navios mais fortes e mais
marinheiros foram lançados das carreiras britânicas como nunca foram vistos antes, os
quais eram pesados e vagarosos.
Mas a Inglaterra não ficou muito tempo imitando. O “CUTTY SARK”, o mais famoso
cliper britânico, foi bem preservado para a posteridade em um dique seco em Greenwich, em
memória da grandiosa época dos veleiros mercantes.
Por sua vez o vento é um caprichoso manancial de força. O rápido crescimento técnico
e da habilidade da maquinaria formaram logo a primazia para outros e mais realizáveis
meios de propulsão.
O primeiro grande evento foi a transição da vela para o vapor e da madeira para o
ferro. Quando a máquina a vapor, inventada por James Watt, causou uma violenta revolução
na indústria britânica; o efeito nos modos marítimos foi de uma suave e vagarosa evolução.
Em 1802, o primeiro vapor em serviço, o “CHARLOTTE DUNDAS”, construído em Clyde por
Willian Symington, executando o espantoso feito, de rebocar duas chatas de 70 toneladas
acima de Clyde e canal Four. O engenheiro americano James Fulton, imitando os passos de
Symington, construiu o vapor “CLERMNT”, que depois de sua viagem experimental no rio
Hudson, trabalhou severos anos entre New York e Albany. Cinco anos mais tarde, em 1812,
o primeiro navio realmente de frete, o “COMET”, que, como o CHARLOTTE DUNDAS”, foi
construída em Clyde, começou um serviço regular entre Glasgow, Greenock e Helensburgh.
Uns dez anos antes, o primeiro vapor a ferro, o “AARON MANBY” foi construído e
lançado de um estaleiro britânico.
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Assim, o progresso é somente obtido após a residência de muitos anos passados antes
que as autoridades navais admitissem a superioridade do vapor e do ferro. Por conseguinte,
o último navio de guerra de linha, construído de madeira, foi lançado em fins de 1858.
Um dos grandes avanços no emprego de vapor para propulsão teve lugar quando a
máquina a turbina entrou em cena. Em 1897 Charles E. Parsons apresentou o “TURBINA”
na revista naval em Spithead, e os espectadores pouco puderam acreditar em seus olhos
quando este pequeno navio precipitou-se em frente com uma velocidade de 34 nós.
Hoje em dia, muitos dos gigantes do mar, quer de passageiros, ou super tanques de
100.000 toneladas são mais conhecidos pelas suas poderosas turbinas a óleo do que uma
grande quantidade de máquinas que mudaram para pistão. Mas recentemente, motores
diesel também entraram no mercado. Os prós e contras destes dois tipos de máquina
parecem estar mais ou menos iguais.
Mas nenhuma turbina, nem os confiantes diesels são os últimos do mundo. Há muito
mais em mar alto. Em 1954 os estados Unidos lançaram um submarino atômico chamado
“NAUTILUS”, em homenagem ao autor francês Julio Verne e sua novela sobre o capitão
Nemo e o submarino “NAUTILUS”. Muitos submarinos sucederam, também um cargueiro de
21.000 toneladas (“SAVANNAH”) e um quebra-gelos soviético (“LENINE”). As maquinas
nucleares possuem um enorme raio de ação e podem percorrer uma distância de
aproximadamente 300.000milhas – diversas vezes ao redor do mundo – com a mesma
carga de material nuclear. Os custos de produção ainda continuam altos, mas em poucas
décadas estas dificuldades provavelmente deverão ser vencidas. Em um dia não muito
longe o óleo deverá ser substituído pela energia atômica.
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INTRODUÇÃO
De maneira geral, CARGA pode ser definida como sendo aquilo que é ou pode ser
transportado ou suportado por alguém ou alguma coisa.
Ato ou efeito de carregar; carregamento. A carga e a descarga dos navios e de
mercadoria, aquilo que é objeto de comércio: Mercancia. Aquilo que se comprou e se expôs
à venda. É chamada, também, de FAZENDA, como está no nosso Código Comercial.
Carga, portanto, é mercadoria que ao ser transportada por qualquer veículo paga Frete,
sendo este uma remuneração dos serviços prestados na condução / transporte das
mercadorias de um ponto para o outro. É todo bem com valor comercial.
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NAVIO DE TRANSPORTE DE GRANEIS
As cargas são classificadas em dois grandes grupos, a saber: Carga Geral e Carga à
Granel.
CARGA GERAL
1.1.1) Caixas
1.1.2) Sacos
1.1.3) Fardos
1.1.4) Cartões
1.1.5) Tambores
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1.2) Unitizada
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2.3 Dimensão – Comprimento, largura e altura, as quais, quando excessivas, requerem
cuidados especiais. É de ser notado que o volume de pequeno porte e peso, merece,
também, cuidados especiais, por ser de fácil “descaminho”;
As cargas perigosas podem ser dividias em várias classes, tais como: explosivos,
gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão, líquidos e sólidos inflamáveis;
substâncias sujeitas à combustão espontânea, ou que em contato com a água desprendam
gases inflamáveis; substâncias oxidantes, tóxicas, radioativas e corrosivas.
Merece ser lembrado, ainda, que deve ser impedida aproximação de cargas
impregnáveis a outras de forte exalação; aproximação de volumes sujeitos a vazamentos
com outros passíveis de avarias, inclusive, por contaminação.
Produtos cujo cheiro pode avarias outras cargas são, por exemplo, fumo, charques,
peles, couros, madeiras, carvão, naftalina, borracha, fertilizantes e vegetais cuja
fermentação desprende odores fortes. Por essa razão têm de ser segregadas.
Café, chá açúcar, farinha e outras cargas alimentícias, podem ser avariadas por odor.
Estas cargas são chamadas odorosas, há ainda as cargas poeirentes, como farinha, trigo e
cimento, que podem causar avarias em outras cargas e até mesmo as pessoas que com
elas trabalham.
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adequado acondicionamento de suas cargas num compromisso ideal entre a segurança e a
economia.
É claro que ditas normas variam em relação ao meio de transporte para o qual a carga
será entregue.
Para o transporte por via d´água a embalagem tem de ser mais resistente do que o
transporte ferroviário ou aeronáutico, por exemplo.
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Se o Armador aceita para transporte engradados contendo louças / vidros, por
exemplo, é óbvio que deverá estivá-los de modo que não se quebrem, evitando o
empilhamento de grande quantidade (altura) de engradados, mesmo que isto signifique
perda de espaço / praça no navio.
Fator de Estiva
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Métodos de Embarque e Desembarque
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2) ROLL-ON-ROLL-OFF (RO-RO) – a carga entra e sai do porão,
respectivamente no carregamento e descarga, em veículos sobre rodas;
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3) FLOAT-ON-FLOAT-OFF (FLO-FLO) – é o processo usado nos navios porta-
barcaças; a carga entra e sai flutuando;
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Estiva
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1.5) CONDUTOR DE EMPILHADEIRA, opera empilhadeira nos porões para estivagem
de carga mais pesada;
Estivagem
Entende-se por estivagem a arrumação da carga nos porões do navio. Uma boa
estivagem é aquela que faz com que a carga ocupe todos os espaços do porão e, ao mesmo
tempo, a protege de possíveis avarias. Por mais habilidade que se tenha, nunca se
consegue ocupar totalmente os espaços do porão, mesmo por que os formatos das
embalagens das mercadorias normalmente não permitiriam isso. Esse espaço que deixa de
ser ocupado é denominado quebra de estiva.
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maior nas extremidades: na proa e na popa devido às formas afiladas. Certos acessórios
existentes dentro do porão, como escadas, dutos de ventilação, etc., fazem aumentar a
quebra de estiva. Cabe ao Imediato do navio estimar o percentual de quebra de estiva que
ele aplicará em cada caso. A precisão de sua estima pode ser aumentada rapidamente se
ele fizer registro dos carregamentos, determinando os valores da quebra de estiva.
Peação de Carga
Pear uma carga é amarrá-la com cabos, correntes, fitas metálicas, etc e mantê-la
sujeita contra certos membros e acessórios do navio, evitando que ela se desloque ou
tombe com o movimento da embarcação no mar;
Instalação da Peação: A peação pode ser feita com cabo de arame, corrente, fita
metálica ou, no caso de grande número de pequenos volumes, com rede de arame ou nylon.
Não deve ser usado cabo de fibra porque os movimentos do navio no mar afrouxam a
peação, levando-a a uma posterior ruptura.
Todo material usado numa peação deve estar de acordo com a carga de segurança de
trabalho de cada componente usado.
Não se deve estivar um veículo no convés ou no porão no sentido versal (com a frente
do veículo para os bordos do navio) porque por mais que se faça uma boa peação ele se
moverá sobre suas rodas, danificará as peias e provocará avaria no veículo e no porão. Sele
ele for estivado no convés estará sujeito a cair no mar.
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Plano de Carga
Um plano de carga preliminar, que indica onde deverão ser estivadas as diversas
mercadorias. Este plano é entregue ao contratante da estiva, ou ao separador (controlista)
para que ele efetue o carregamento de acordo com esse plano.
Sempre que uma descarga termina, costuma-se varrer os porões, retirar o entulho,
limpar as calhas e os pocetos. É o que determinamos de “limpeza comum”.
Uma limpeza mais profunda requer que se lave o compartimento com água. É a
limpeza com baldeação. Essa limpeza é necessária quando: mesmo depois de varrido os
porões, fiquem resíduos que possam avariar o novo carregamento e que só possam sair
com água; como exemplo, o porão sempre deve ser baldeado depois de transportar cimento,
sal a granel, asfalto em tambores e quando o próximo carregamento for diferente ou a
conservação do navio assim o exija.
O cobro ou piso do porão deve ser protegido por tábuas de madeira que costumamos
chamar de forração. A forração impede que a carga entre em contato direto com a chapa do
fundo do porão e que obstrua os ralos dos pocetos (tanques localizados a ré dos porões que
servem para drenar os líquidos intrusos que por acaso venham a aparecer no decorrer da
viagem).
Existem técnicas para uso dessa forração; se o navio dispõe de calhas (canaletas
laterais que coletam água intrusa no porão) a forração deve ser feita no sentido transversal
com espaçamento de 5 a 7 cm. Se o porão dispõe de pocetos a forração deve ser feita no
sentido longitudinal, obedecendo ao mesmo espaçamento acima citado.
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Na maioria dos casos, uma simples camada de madeira de dunagem (separação ou
forração feitas com tábuas de madeira), resolve o problema.
Para estivagem de cargas que necessitam de ventilação, como arroz, farinha de peixe,
etc... deve-se fazer uma dunagem de altura equivalente a três a cinco tábuas superpostas.
Quando um navio sai de uma zona fria para uma zona quente há o perigo de
condensação de vapor d´água no interior do porão em conseqüência da saturação do ar.
Para evitar que isso aconteça devemos nivelar a temperatura das mercadorias com a
temperatura do meio ambiente, ou seja: circula-se o ar no próprio porão.
Se o navio sai de uma zona temperada para uma zona fria, existe também o perigo de
condensação e saturação do ar. Para evitar que isso aconteça, ventila-se o porão com ar
seco exterior.
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Obtém-se a temperatura do ponto de orvalho no momento em que aproximadamente
as duas temperaturas se igualam e isso pode ocorrer com temperatura mais, ou menos
elevada.
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As cargas, antes do navio se fazer ao mar, deverão estar não só separadas, mas
também devidamente escoradas e peadas evitando que elas se desloquem com o balanço
do navio, sob qualquer condição de tempo.
Angariamento da Carga
O café, açúcar, algodão, sisal, juta, soja, fumo, etc., bem como aquelas mercadorias
que carecem de refrigeração – frutos do mar (ex.: camarão, lagosta), são produtos que
obedecem “ciclos / fases de surgimento” – sazonalidade, que compreendem os períodos
relativos às “colheitas / beneficiamentos”, visando serem colocadas à comercialização.
Conhecimento de Embarque
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perdas e danos, que por malversação ou omissão sua ou de seus feitores, caixeiros ou
outros quaisquer agentes resultarem.”
1) é um documento comercial;
2) é um ajuste de transporte;
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13) Número de vias do Conhecimento Original (No. Of Original Bills of Lading);
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3) DE ORDEM COMERCIAL – o Comandante, pela legislação brasileira não é
tripulante. É o preposto do armador, isto é, tem poder de representação de seu empregador
para praticar atos e efetua negócios simultaneamente à realização das outras atribuições
que lhe são inerentes. Além disso, o Código Comercial o considera como verdadeiro
depositário da carga e de quaisquer efeitos que receber a bordo; em alguns casos atua
como agente dos donos das mercadorias. Obriga-se assim o Comandante, à guarda, bom
acondicionamento e conservação da carga e quaisquer efeitos que receber para transporte,
devendo fazer sua pronta entrega à vista dos conhecimentos.
6) Seguir viagem sem desvio injustificável e com a presteza razoável (arts. 509, 510,
602 e 603 do Código Comercial);
No que tange aos poderes do Comandante, a sua amplitude é muito grande, não sendo
estabelecidos limites pela lei, a não ser em certos casos específicos, conforme o Código
Comercial, o Comandante tem os seguintes poderes, por exemplo:
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2) Requer depósito judicial no caso de não ser pago o frete, avaria grossa ou
despesas, ou se os portadores dos conhecimentos não comparecem para receber a carga
(arts. 517 e 619).
4) Em caso do navio não admitir conserto, fretar outro navio para completar a viagem
(art. 614).
I – Porto organizado:
II – Operação Portuária:
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IV – Área do porto organizado:
Classificação
Exemplos de carga geral: e maioria dos portos tem em seus projetos, determinados
locais para a operação de carga geral e terminais que permitem também a operação com
produtos outros tais como: fertilizantes, trigo, produtos, siderúrgicos, químicos etc.
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Os portos devem oferecer aos usuários os seguintes serviços de apoio:
1) Utilização do porto
É uma tarifa paga pelas vantagens usufruídas pelas embarcações, tais como o abrigo,
e as condições necessárias para a boa operação de carga e descarga com segurança e
adequação, acesso ao porto etc.
2) Atracação
Por usufruir de cais acostável e cabeços para amarração nas operações de carga e
descarga.
3) Capatazia
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Na Descarga:
3.4) Mercadorias que tenham sido descarregadas para posições temporárias para
posições definitivas de armazenagem.
No Embarque:
4) Armazenagem Interna
Esta taxa varia de porto para porto, conforme tabela anexa como exemplo, no rio de
Janeiro, variando também com o volume e peso da carga, e calculada por períodos.
5) Armazenagem Externa
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6) Armazenagem especial
7) Transporte
9) Reboques
10) Suprimentos
O porto deverá ter canalizações próprias para suprimento de água potável ou barcas
d´água, e facilidades para os demais suprimentos, para os navios atracados e ao largo, nas
posições de fundeio.
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11) Serviços chamados acessórios
São serviços especiais, conexos aos serviços já definidos nos itens anteriores ou que
sejam do interesse do comércio marítimo, e que a Administração do porto possa efetuar com
pessoal ou equipamentos do porto.
12) Taxa cobrada por serviços e terminais que atuam nas áreas do porto por regime
de concessão, mas que não são por ele operados nem controlados.
13) Contratuais
São contratos efetuados pela administração dos portos com determinados clientes,
ditos mais assíduos, onde se concede a eles algumas vantagens em troca da exclusividade
pela atuação em determinados setores.
Todo o trabalho acima bem como as classes de trabalhadores vem sendo agora
regulamentada pela Lei 8.630 de 26/02/1993, TEM e as Entidades estivadoras, os Órgãos
gestões de mão-de-obra, a privatização dos portos, etc., que constitui um assunto à parte,
devido a sua complexidade política e obviamente a grande resistência havida por parte dos
Sindicatos dos Avulsos em grandes portos, o que passo a passo vem sendo devidamente
equacionada.
Podemos dizer, que existem classes distintas de trabalhadores nos portos, prestando
serviços às embarcações que operam no porto podendo classificá-las em: Portuários e
avulsos.
Portuários
Avulsos
São aqueles que trabalham na faixa portuária, e que não são subordinados às
administrações dos portos, normalmente organizados em Sindicatos e Associações.
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Programação de Operações nos Portos
Como esta ordem de atracação, é feita numa reunião entre os utilitários, podem ser
feitas modificações entre as prioridades de acordo com as conveniências de cada um.
1) nome da embarcação.
2) nacionalidade
3) armador
4) proprietário
5) comprimento
6) boca
7) calado de chegada
8) calado de saída
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Reunião da Programação
2) períodos de trabalho.
3) número de máquinas.
4) número de guindastes.
Custos Portuários
1.1) atracação.
1.2) rebocadores.
1.3) praticagem.
1.4) amarradores.
1.8) defensas.
2.1) estiva.
2.2) conferente.
2.3) consertadores.
2.4) vigias.
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2.5) equipamentos portuários diversos para a movimentação da carga.
2.7) TUP.
2.8) blocos.
Apenas como informação antecipada, todas as tarifas acima citadas, num terminal de
contêineres por exemplo, é feita forma diferente: é cobrada uma unidade de contêiner
movimentação, como se fora um “pacote tarifário”.
Conceituação
Define-se como um pátio, uma grande área aberta, livre, onde se possam movimentar
cargas com facilidades de estocagem e trânsito.
Características de um TRA:
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5) os TRAS se especializaram nas operações de importação visto que o sistema de
tarifa é mais vantajoso por ser específico. Não há grande interesse na diversificação, numa
montagem para exportação visto que acarretaria grande investimento quando a tendência do
mercado sempre foi direcionada para a importação nos TRAS.
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2) parqueamento: é a área de estacionamento para veículos aguardando sua vez de
embarcar ou desembarcar a carga.
Terminais Combinados
Equipamentos de carga
Equipamentos de bordo:
São os que os navios já carregam para manuseio e operação de sua carga, destinadas
a portos com recursos escassos ou portos de pequeno porte. Podemos citar como exemplo:
guindastes, pontes rolantes para descarga de contêineres, granéis, etc. Alguns navios, como
os tipo RO-RO, carregam mesmo até suas próprias empilhadeiras pra movimentação
interna.
Equipamentos portuários:
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4) equipamentos de manuseio, aqui se enquadram os equipamentos para uma maior
rapidez e segurança na movimentação da carga, adequando-se o equipamentos para cada
tipo de carga, por exemplo: redes para miudezas, cintas para sacarias, estropos de aço para
amarrados de metais etc.
5) equipamentos de peação, também adequados para cada tipo de carga, afim de não
danificá-las.
A título de ilustre, podemos dizer ser este item já de tão grande importância nos dias de
hoje, que para contêineres por exemplo, já existem grandes empresas especializadas em
equipamentos para manuseio e peação destas unidades de carga.
Plataforma de carregamento de
Carregador de navios (Ship loader)
containers (Harbour crane)
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Gantry tyre rubber
Reach stacker
(Port of Singapore – Keppel Terminal)
Conceituação
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Funções Primárias de um Terminal de Contêineres
4) saber com precisão, quantos são, e onde estão localizados os contêineres bem
como sua identificação. o mesmo controle deve sr também exercido sobre os equipamentos
do terminal.
10) fornecer toda a supervisão adequada para assegurar o desenvolvimento dos itens
acima em todas as operações.
Este tipo de Terminal é mais complexo para ser operado, se for comparado a um
terminal de granéis sólidos ou líquidos, isto devido à complexidade e a multiplicidade de
operações existentes principalmente porque neles há que aliar-se a velocidade da operação
com a especialização para torná-lo eficiente.
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organização no armazenamento, rapidez no recebimento / expedição e especialização na
desconsolidação dos contêineres. Estão também aí inseridas as movimentações internas no
pátio, remoções e outras interações com outros berços da orla do porto.
4) desconsolidação / consolidação – são realizadas nas áreas fora dos teconts devido
à especialização no trato com o navio ser distinta das operações com devido à
especialização no trato com o navio ser distinta das operações com cargas soltas.
1) coordenação.
3) controle
5) suporte de informática.
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6) serviços gerais.
7.1) identificação.
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Principais Equipamentos em um Tecont (manuseio de carga)
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Empilhadeiras – especiais com capacidades de grandes pesos e grandes alturas
podendo movimentar verticalmente até sete alturas de TEUs
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Guindaste de pórtico – guindaste especial, móvel, específico para movimentação de
contêineres (também chamado de transteiner)
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Segurança das Operações Portuárias
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G. Os equipamentos terrestres de guindar e os acessórios de estivagem, devem trazer, de
modo preciso e de fácil visualização, a indicaçãode sua carga máxima admissível;
H. É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e
conservação de cabos de aço, anéis de carga, manilha e sapatilhas para cabos de aço
utilizados nos acessórios de estivagem, nas lingas e outro dispositivos de levantamento
que formem parte integrante da carga, conforme o disposto nas normas técnicas NBR
6327/83 (cabo de aço para uso gerais – especificações), NBR 11900/91 (extremidade de
laços de cabo de aço – especificações), NBR 13542/95 (movimentação de carga – laço
de cabo de aço – utilização e inspeção), NBR 13544/95 (movimentação de carga –
sapatilhas para cabo de aço) e NBR 13545/95 (movimentação de carga – manilha),
incorporando-se alterações posteriores;
I. Os equipamentos de guindar quando não utilizados devem ser desligados e fixados em
posição que não ofereça riscos aos trabalhadores e a operação portuária. Os
equipamentos em operação devem estar posicionados de forma que não ultrapassem
outras áreas de trabalho, não sendo permitido o trânsito ou permanência de pessoas no
setor necessário à rotina operacional do equipamento;
J. No local onde se realizam serviços de manutenção, testes e montagens de
equipamentos terrestres de guindar, a área de risco deve ser isolada e devidamente
sinalizada;
K. Não é permitido o uso de maçarico de solda ou equipamentos de solda elétrica na faixa
de cais onde se desenvolvem operações;
L. Deverão estar disponíveis meios de comunicação entre os operadores dos guindastes
de terra e a direção das operações portuárias a bordo e em terra;
M. A capacidade de carga dos equipamentos móveis, aplicados na faixa de cais, deverá
estar posta em local visível;
N. Ocorrendo queda de mercadoria na água durante a operação de embarque e/ou
desembarque, o Operador Portuário deverá comunicar de imediato à Autoridade
Portuária e adotar as providências necessárias para a sua retirada, logo após a
desatracação da embarcação;
O. É obrigatório a observância das condições de carregamento, movimentação, fixação e
transporte de contêineres na área do porto organizado, instalações portuárias de uso
privativo e retroportuários, conforme disposto na legislação e normatização vigentes;
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P. Na movimentação e carregamento de contêineres, é obrigatório o uso de quadro
posicionador, dotado de travas de acoplamento ou de ganchos, manilhas ou trava de
acionamento anual, devidamente certificado de acordo com a capacidade de carga
requerida, salvo nos casos de contêineres fora de padrão, avariados ou em condições
que impeçam estes procedimentos, quando será permitida pela Autoridade Portuária
movimentação por outros métodos seguros;
Q. Em caso de acidentes durante as operações portuárias, cabe ao Operador Portuário
comunicar imediatamente à Autoridade Portuária e providenciar a urgente remoção dos
feridos, aos quais prestará o atendimento necessário até serem entregues aos cuidados
das autoridades médicas;
R. Nos acidentes em que haja morte, perda de membro, função orgânica ou prejuízo de
grande monta, a Autoridade portuária, realizará investigação através de comissão de
inquérito que procurará determinar causas e responsáveis, recomendando ações de
prevenção e eventuais punições, conforme o caso.
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PORTO DE LONG BEACH – CA / USA PORTO DE ROTTERDAN - HOLANDA
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