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ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO S/C LTDA – ATE

FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA


CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MATERIAIS DE ESTRUTURAS VIARIAS
SEMESTRE DO CURSO: 5º
PROFESSOR(A): RONALDO SIQUEIRA

ASFALTO BETUMINOSO

Daniel Ferreira Castelo Branco

TERESINA – 2015
Tópicos de Composição

1) Introdução
2) Desenvolvimento
3) Conclusão
4) Referencia

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Introdução

O asfalto é um dos mais antigos e versáteis materiais de construção utilizados pelo


homem. O Manual de asfalto (IA, 1989 versão em português, 2001) lista mais de 100 das
principais aplicações desse material, desde a agricultura até a indústria. O uso em
pavimentação é um dos mais importantes entre todos e um dos mais antigos também. Na
maioria dos países do mundo, a pavimentação asfáltica é a principal forma de
revestimento. No Brasil, cerca de 95% das estradas pavimentadas são de revestimento
asfáltico, além de ser também utilizado em grande parte das ruas.
Há várias razões para o uso intensivo do asfalto em pavimentação, sendo as
principais: proporciona forte união dos agregados, agindo como um ligante que permite
flexibilidade controlável; é impermeabilizante, é durável e resistente à ação da maioria
dos ácidos, dos álcalis e dos sais, podendo ser utilizado aquecido ou emulsionado, em
amplas combinações de esqueleto mineral, com ou sem aditivos.
As seguintes definições e conceituações são empregadas com referência ao
material:
 Betume: comumente é definido como uma mistura de
hidrocarbonetos solúvel no bissulfeto de carbono;
 Asfalto: mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de
forma natural ou por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo
conter ainda outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena
proporção;
 Alcatrão: é uma designação genérica de um produto que contém
hidrocarbonetos, que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão,
madeira etc.
Portanto, o asfalto e o alcatrão são materiais betuminosos porque contêm betume,
mas não podem ser confundidos porque suas propriedades são bastante diferentes. O
alcatrão praticamente não é mais usado em pavimentação desde que se determinou o seu
poder cancerígeno, além do fato de sua pouca homogeneidade e baixa qualidade em
termos de ligante para pavimentação, derivada da própria forma de obtenção do mesmo.
Com a total predominância atual do ligante proveniente do petróleo na
pavimentação, com o abandono do alcatrão, fica aceitável a utilização dos termos betume
e asfalto como sinônimos. Quando o asfalto se enquadra em uma determinada
classificação particular, que em geral se baseia em propriedades físicas que pretendem

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assegurar o bom desempenho do material na obra, ele passa a ser denominado comumente
pela sigla CAP – cimento asfáltico de petróleo, seguida de algum outro identificador
numérico.
Há ainda os asfaltos naturais, provenientes de “lagos” formados a partir de
depósito de petróleo que migraram para a superfície, e após processos naturais de perda
de outras frações, resultaram num produto que contém betume e eventualmente materiais
minerais. Foram as primeiras e únicas fontes de asfalto para os vários usos nos últimos
5.000 anos até que, no início do século XX, o domínio das técnicas de exploração de
petróleo em profundidade e posterior refino tornaram a utilização dos asfaltos naturais
restrita. As primeiras pavimentações asfálticas no Brasil empregaram asfalto natural,
importado de Trinidad, em barris, nas ruas do Rio de Janeiro em 1908 (Prego, 1999).
A partir de 1909 iniciou-se o emprego de asfalto derivado do petróleo, o qual,
pelas suas características de economia e pureza, em relação aos asfaltos naturais, constitui
a principal fonte de abastecimento de asfalto.
O asfalto moderno é um constituinte natural do petróleo, sendo obtido
submetendo-se o petróleo a um processo de destilação no qual as frações leves (gasolina,
querosene e diesel), são separadas do asfalto por vaporização, fracionamento e
condensação em torres de fracionamento com arraste de vapor, sendo que o estágio final
é a destilação a vácuo. O resíduo obtido, após a remoção dos demais destilados de petróleo
é o cimento asfáltico de petróleo (CAP).

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Desenvolvimento

Propriedades e usos de materiais betuminosos

Os asfaltos têm uma grande variedade de usos, devido às suas propriedades


de cimentação, facilidade de adesão, impermeabilidade e durabilidade. São utilizados
principalmente em obras viárias. O asfalto utilizado em pavimentação é um ligante
betuminoso que provém da destilação do petróleo e que tem a propriedade de ser um
adesivo termoviscoplástico, impermeável à água e pouco reativo. A baixa reatividade
química a muitos agentes não evita que esse material possa sofrer, no entanto, um
processo de envelhecimento por oxidação lenta pelo contato com o ar e a água.
As funções mais importantes do asfalto na pavimentação são:
 Aglutinadora: Consiste em proporcionar uma íntima ligação entre
agregados, capaz de resistir às forças mecânicas de desagregação produzidas pelo
tráfego.
 Impermeabilizante: Garantir ao pavimento vedação eficaz contra
penetração da água superficial.
Os pavimentos asfálticos também devem apresentar superfície lisa, resistência à
derrapagem, desgaste, distorção e deterioração pelas intempéries e aos produtos químicos
descongelantes, principalmente nos países de clima temperado.
Nenhum outro material garante melhor do que o asfalto a realização econômica e
simultânea dessas funções, além de proporcionar ao pavimento características de
flexibilidade que permitem sua acomodação, sem fissuramento e eventuais recalques
diferenciais das camadas subjacentes do pavimento.
O cimento asfáltico é o asfalto obtido especialmente para apresentar
características adequadas para o uso na construção de pavimentos, podendo ser obtido
por destilação do petróleo em refinarias ou do asfalto natural encontrado em jazidas. O
cimento asfáltico de petróleo recebe o símbolo CAP e o cimento asfáltico natural o
símbolo de CAN. São semi-sólidos à temperatura ambiente, e necessitam de aquecimento
para terem consistência apropriada ao envolvimento de agregados, possuem
características de flexibilidade, durabilidade, aglutinação, impermeabilização e elevada
resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis. Os cimentos asfálticos de petróleo
são classificados pelo seu “grau de dureza” retratado no ensaio de penetração, ou pela sua
viscosidade, retratado no ensaio de viscosidade SayboltFurol.

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As emulsões asfálticas são utilizadas principalmente em serviços de pavimentação
viária, alternativa ou complementarmente aos asfaltos, devido às suas propriedades de
facilidade e flexibilidade de aplicação em temperatura ambiente, baixo custo de transporte
e de estocagem e elevado envolvimento e adesividade do asfalto aos agregados úmidos.
Os asfaltos diluídos são utilizados como imprimação (primer-coat) de bases
granulares de pavimentos para proporcionar coesão e impermeabilidade na superfície
dessas bases, sobre as quais é feito um revestimento.
Os asfaltos oxidados ou piches são utilizados em serviços de impermeabilização,
em pisos como elemento impermeabilizante e isolante contra umidade, componentes de
isolamento e degraus. Em telhados e coberturas como componente de adesivos
impermeabilizantes, elementos de isolamento, selagem de juntas e painéis laminados para
forro. São empregados, ainda, no fabrico de blocos para isolamento acústico, como
material de decoração, blocos para construção civil, camada isolante em paredes e muros
e como componente de produtos para preenchimento de juntas.
Os agentes rejuvenescedores são produtos utilizados para recuperação de asfaltos
envelhecidos, principalmente em serviços de reciclagem de revestimentos asfálticos, em
que são misturados ao material asfáltico fresado, recuperando parte das propriedades do
asfalto original. Os alcatrões, embora apresentem semelhança na aparência e propriedades
com os asfaltos, têm origem bastante diferente. Devido ao material obtido no processo de
produção dos alcatrões ser cancerígeno, sua utilização tem se reduzido sensivelmente nas
últimas décadas. Foi utilizado como material selante na execução de pavimentos viários,
em construção predial e em porões de navios.

Métodos de obtenção do Asfáltico

O asfalto moderno é um constituinte natural do petróleo, sendo obtido


submetendo-se o petróleo a um processo de destilação no qual as frações leves
(gasolina, querosene e diesel), são separadas do asfalto por vaporização, fracionamento
e condensação em torres de fracionamento com arraste de vapor, sendo que o estágio
final é a destilação a vácuo. O resíduo obtido, após a remoção dos demais destilados de
petróleo é o cimento asfáltico de petróleo (CAP).

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O asfalto é também um material betuminoso, porque contém betume, que é um
hidrocarboneto, solúvel no bissulfeto de carbono (CS2), sendo ele o responsável pela
característica aglutinante do asfalto. O alcatrão que se obtém da destilação destrutiva do
carvão mineral ou vegetal, assim como o asfalto, resíduo obtido pela destilação de
petróleo são considerados um materiais betuminosos.

Os asfaltos são classificados em:

Pesados- são destilados a vácuo


Médio- são destilados a pressão atmosférica mais a vácuo
Leves- são destilados a pressão atmosférica, a vácuo e a extração final

Métodos de obtenção

• Vaporização
• Condensação
• Fracionamento
• Destilação à Vácuo

Tipos de asfaltos betuminosos

Cimento asfáltico de Petróleo(CAP)

Cimento asfáltico de Petróleo ou CAP é um líquido viscoso, semi-sólido ou


sólido, a temperatura ambiente, que apresenta comportamento termoplástico, tornando-
se líquido se aquecido e retornando ao estado original após resfriamento. Obtido através

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de diversos processos de destilação do petróleo, ele é quase totalmente solúvel em
benzeno, tricloroetileno e em bissulfeto de carbono. De acordo com a resolução da ANP
– Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis n °19 de 11/06/2005, contendo
regulamento técnico n°3 de 2005, os asfaltos para pavimentação voltaram a ser
classificados por penetração:

CAP 30/45

CAP 50/70

CAP 85/100

CAP 150/200

Produto de alta consistência, pois além das qualidades aglutinantes e


impermeabilizantes, CAP possui flexibilidade, durabilidade e alta resistência. Utilização
em diversos tipos de misturas a quente, serviços de tratamento especial ou macadame
betuminoso na construção de camadas asfálticas de pavimentos rodoviários e urbanos.

Asfaltos Diluídos de Petróleo(ADP)

Os asfaltos diluídos, também conhecidos como asfaltos recortados ou “cut-


backs”, resultam da diluição do cimento asfáltico por destilados leves de petróleo. Tal
diluição tem a finalidade de liquefazer o cimento asfáltico. Quanto ao tempo de
evaporação do solvente usado, os ADPs são internacionalmente classificados em: ADPs
Asfaltos Diluídos de Petróleo Características Atualmente no Brasil, o CM-30, que
contém resíduo asfáltico mínimo de 50%, é o único asfalto diluído empregado
diretamente em serviço de pavimentação, mais especificamente na imprimação. O
número que compõe a designação do asfalto diluído se refere ao início da faixa de
viscosidade cinemática atingida em cada caso. O serviço de imprimação
impermeabilizante tem o objetivo de dar maior coesão superficial e uma proteção na
base do pavimento, obtendo tempo de cura de no mínimo 24 horas. Atualmente já estão
sendo produzidas emulsões asfálticas especialmente formuladas com ligantes isentos de
solventes. A principal vantagem dessa emulsão é de não liberar diluentes voláteis
derivados de petróleo para o meio ambiente. Por não possuir diluentes, o tempo de cura
é reduzido, agilizando as etapas subsequentes dos serviços de pavimentação. Asfalto

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diluído de cura rápida Asfalto diluído de cura média Descrição Diluente nafta pesada
querosene CR CM Tipo Os diluentes utilizados funcionam apenas como “veículos”,
resultando em produtos menos viscosos que podem ser utilizados a temperaturas mais
baixas em relação às temperaturas de aplicação do CAP. Durante a aplicação, há um
período de evaporação do diluente que chamamos “tempo de cura”. Após esse tempo, o
produto final volta a ter consistência inicial de um CAP, ou seja, semi-sólido. No
processo de pavimentação, o CAP deve estar suficientemente fluido durante a aplicação
e suficientemente rígido em serviço.

Emulsão asfáltica

As emulsões asfálticas são pequenas partículas ou glóbulos de CAP suspensas


em água contendo agente emulsificante. São produzidas industrialmente em moinhos de
alto cisalhamento - coloidais.

As emulsões asfálticas são usadas em dois tipos de serviços: por penetração e


por mistura. São exemplos de serviços por penetração o tratamento superficial (simples,
duplo ou triplo), a capa selante ou banho diluído. Neste caso as emulsões são aspergidas
sobre a superfície e ocorre o envolvimento do agregado ou percolação sobre a superfície
onde ocorre a ruptura da emulsão e cura do asfalto residual.

São exemplos de serviços por mistura a lama asfáltica, o microrrevestimento, a


reciclagem in-situ, etc. Neste caso ocorre a usinagem da emulsão com os agregados em
equipamento próprio (fixo ou móvel) e, em seguida, o espalhamento da mistura.

Nos dois casos, quando aplicadas, as partículas de CAP se depositam sobre as


pedras (agregado mineral) causando a ruptura da emulsão e se separam da água.

As emulsões asfálticas usadas para pavimentação no Brasil são


predominantemente catiônicas (C) e são classificadas em função da velocidade de
ruptura (rápida, média, lenta ou controlada) e teor de asfalto (1 - baixo resíduo e 2 - alto
resíduo). São especificadas pela norma CNP n 07/88 de 06/09/88. As características de
ruptura são controladas principalmente pela natureza e quantidade do agente
emulsificante:

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Sigla Descrição Tipos

RR Emulsão asfáltica de ruptura rápida RR-1C e RR-2C

RM Emulsão asfáltica de ruptura média RM-1C e RM-2C

RL Emulsão asfáltica de ruptura lenta RL-1C

RC Emulsão asfáltica de ruptura controlada RC-1C

Métodos de controle asfálticos

Ensaio de penetração

A penetração é a profundidade, em décimos de milímetro, que uma agulha de


massa padronizada (100g) penetra numa amostra de volume padronizado de cimento
asfáltico, por 5 segundos, à temperatura de 25ºC. Em cada ensaio, três medidas
individuais de penetração são realizadas. A média dos três valores é anotada e aceita, se
a diferença entre as três medidas não exceder um limite especificado em norma. A
consistência do CAP é tanto maior quanto menor for a penetração da agulha. A norma
brasileira para este ensaio é a ABNT NBR 6576/98. A Figura 2.9 mostra o equipamento
utilizado para realização desse ensaio e uma representação esquemática das leituras
inicial e final de penetração da agulha.

A penetração a 25ºC tem sido utilizada na especificação de cimentos asfálticos


em todos os países do mundo por várias décadas. A especificação de ligantes da
Comunidade Econômica Européia (EM 12591/2000), que resultou de um acordo entre
os vários países participantes, define nove classes de asfalto pela penetração, desde a
classe 20/30 até 250/330. A penetração também é empregada na atualidade no Brasil
para a classificação dos CAPs.

Ensaios de viscosidade

A viscosidade é uma medida da consistência do cimento asfáltico, por


resistência ao escoamento. Considere-se um líquido viscoso perfeitamente aderente a
duas placas paralelas de vidro, com uma distância D entre as placas. A relação entre a
tensão de cisalhamento aplicada (t) e a velocidade de deformação (Dg/Dt) é chamada de
coeficiente de viscosidade ou apenas viscosidade (h), expressa em [N/m2] / [1/s] = Pa.s

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A unidade do coeficiente de viscosidade mais utilizada é o poise (g/[cm.s]),
nome dado em homenagem ao físico francês Poiseuille. O aparelho que faz a avaliação
dessa propriedade, não de forma esquemática, chama-se viscosímetro de placas
paralelas, no qual se pode variar t e, consequentemente, Dg/Dt.

Ensaio de ponto de amolecimento

O ponto de amolecimento é uma medida empírica que correlaciona a


temperatura na qual o asfalto amolece quando aquecido sob certas condições
particulares e atinge uma determinada condição de escoamento.

Uma bola de aço de dimensões e peso especificados é colocada no centro de


uma amostra de asfalto que está confinada dentro de um anel metálico padronizado.
Todo o conjunto é colocado dentro de um banho de água num béquer. O banho é
aquecido a uma taxa controlada de 5ºC/minuto. Quando o asfalto amolece o suficiente
para não mais suportar o peso da bola, a bola e o asfalto deslocam-se em direção ao
fundo do béquer. A temperatura é marcada no instante em que a mistura amolecida toca
a placa do fundo do conjunto padrão de ensaio. O teste é conduzido com duas amostras
do mesmo material. Se a diferença de temperatura entre as duas amostras exceder 2ºC, o
ensaio deve ser refeito.

Ensaio de ductilidade

A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela medida empírica da


ductilidade que é a capacidade do material de se alongar na forma de um filamento.
Nesse ensaio, corpos-de-prova de ligantes colocados em moldes especiais (em forma de
osso de cachorro – dog bone – ou gravata-borboleta), separados ao meio na seção
diminuída do molde, são imersos em água dentro de um banho que compõe o
equipamento. A ductilidade é dada pelo alongamento em centímetros obtido antes da
ruptura de uma amostra de CAP, na seção diminuída do molde com largura inicial de
10mm, em banho de água a 25ºC, submetida pelos dois extremos à velocidade de
deformação de 5cm/minuto (ABNT NBR 6293/2001).

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Ensaio de solubilidade

Uma amostra do asfalto é dissolvida por um solvente, sendo então filtrada


através de um cadinho perfurado que é montado no topo de um frasco ligado ao vácuo.
A quantidade de material retido no filtro representa as impurezas no cimento asfáltico
(ASTM D 2042, ABNT NBR 14855/2002).O ensaio de solubilidade no bissulfeto de
carbono é utilizado para medir a quantidade de betume presente na amostra de asfalto.
O cimento asfáltico refinado consiste basicamente de betume puro, que, por definição, é
inteiramente solúvel em bissulfeto de carbono (S2C). Para determinar o grau de pureza
do asfalto (teor de betume), é realizado o ensaio de solubilidade. As especificações para
asfaltos de pavimentação geralmente requerem um mínimo de 99,0% do asfalto solúvel
em tricloroetileno (é mais usual uma vez que o bissulfeto de carbono é muito tóxico). A
porção insolúvel é constituída de impurezas.

Ensaios de durabilidade

Os asfaltos sofrem envelhecimento (endurecimento) de curto prazo quando


misturados com agregados minerais em usinas devido a seu aquecimento. O
envelhecimento de longo prazo do ligante ocorre durante a vida útil do pavimento que
estará submetido a diversos fatores ambientais. Os ensaios de envelhecimento acelerado
designados de “efeito do calor e do ar” são usados para tentar simular o envelhecimento
do ligante na usinagem. O ensaio de efeito do calor e do ar (ECA) como é conhecido no
Brasil (ABNT NBR 14736/2001) corresponde ao designado no exterior como ensaio de
estufa de filme fino – Thin Film Oven Test – TFOT (ASTM D 1754) ou ensaio de
película delgada.

Consiste em submeter amostras do ligante, colocadas em película de pequena


espessura dentro de um recipiente padronizado, a um certo tempo de solicitação de
temperatura elevada e jatos de ar, por exposição dentro de uma estufa especial. A estufa
de película fina plana (TFOT) provoca o envelhecimento do ligante asfáltico por
oxidação e evaporação, permitindo avaliar a presença de frações de óleos mais leves e a
oxidação que ocorre durante o aquecimento a 163ºC durante 5 horas. Esse ensaio
procura simular o efeito do envelhecimento do ligante que ocorre durante a usinagem e
compactação da mistura. Mede-se o efeito do envelhecimento acelerado nas modifica-

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ções das características de penetração, dutilidade ou viscosidade do ligante envelhecido
em relação ao ligante original.

Ensaio de ponto de fulgor

O ponto de fulgor é um ensaio ligado à segurança de manuseio do asfalto


durante o transporte, a estocagem e a produção de mistura asfáltica. Determina a menor
temperatura sob a qual os vapores emanados durante o aquecimento do asfalto se
inflamam por contato com uma chama padronizada. Valores de pontos de fulgor de
asfaltos são normalmente superiores a 230°C.

Ensaio de espuma

O CAP não deve conter água pois, ao ser aquecido, pode formar espuma
causando explosões visto que há dificuldade do material de liberar as bolhas de água
aquecidas, que, ao forçarem a liberação, podem lançar gotículas de asfalto a longas
distâncias. A presença de água no asfalto pode causar acidentes nos tanques e no
transporte. Não há um ensaio determinado, mas avaliação qualitativa. A especificação
brasileira de CAP vigente até julho de 2005 tem uma observação de que o ligante não
pode espumar quando aquecido até 175ºC. Em algumas rotas de fabricação de CAP no
passado era até usado um produto antiespumante para satisfazer essa condição,
dependendo do processo de refino e do petróleo. Mais recentemente porém tem sido
utilizada uma técnica chamada de asfalto-espuma ou espuma de asfalto para uso em
reciclagem de pavimentos que utiliza essa característica do ligante aquecido de espumar
em presença de água, para, em condições controladas, provocar a espumação por jatos
externos de água sobre o CAP aquecido. Ensaio de massa específica e densidade
relativa A massa específica do ligante asfáltico é obtida por meio de picnômetro para a
determinação do volume do ligante e é definida como a relação entre a massa e o
volume. A massa específica e a densidade relativa do CAP devem ser medidas e
anotadas para uso posterior na dosagem das misturas asfálticas. Os ligantes têm em
geral massa específica entre 1 e 1,02g/cm3. O ensaio é realizado de acordo com a norma
ABNT NBR 6296/2004. A densidade relativa é a razão da massa específica do asfalto a
20ºC pela massa específica da água a 4ºC, que é de aproximadamente 1g/cm3. A
finalidade é a conversão de massas em volumes durante os cálculos de determinação do
teor de projeto de ligante numa mistura asfáltica.

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CONTROLE
O controle da qualidade no processo de produção de concreto betuminoso se
constitui na amostragem dos serviços que estão sendo realizados e a realização de ensaios
para verificar nas diversas fases de execução, desde a seleção dos materiais, misturas ou
aplicação desses materiais, e fases posteriores (MIRIGHI, 2003).
Para Pitangueiras (2003), o controle da qualidade na produção da massa asfaltica
deve ser acompanhando por laboratório, para o acompanhamento e os ensaios pertinentes,
devendo obedecer à metodologia indicada pelo órgão competente e atender aos
parâmetros recomendados pelo mesmo.
Segundo DER (2005), os controles de qualidade a serem aplicados na massa
asfaltica, pela empresa que executa a pavimentação devem ser feitos conforme quadros a
seguir:

Quadro – Cimento Asfáltico de Petróleo Convencional

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Porém não basta somente isto para garantir a eficácia de um ensaio, as rotinas do
controle devem ser específicas e orientadas por normalização, requerendo dos técnicos e
auxiliares um treinamento adequado e atualização constante. O laboratório deve possuir
instalações e equipamentos calibrados atendendo os requisitos de confiabilidade
(MIRIGHI, 2003).
O controle de qualidade procura verificar de maneira sistêmica o controle
tecnológico, retroalimentando os processos, buscando a melhoria contínua, garantindo a
rastreabilidade de cada ensaio, que não permitem anomalias originadas pela queda de
qualidade dos materiais ou processos executivos (MIRIGHI, 2003).

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CONCLUSÃO

Os asfaltos têm uma grande variedade de usos, e uma de suas principais utilizações
é em pavimentação. Isso se deve ás suas propriedades de cimentação, facilidade de
adesão, impermeabilidade e durabilidade. O asfalto garante a realização econômica e
simultânea dessas funções, além de proporcionar ao pavimento características de
flexibilidade que permitem sua acomodação, sem fissuramento e eventuais recalques
diferenciais das camadas subjacentes do pavimento.
Assim, com as pesquisas feitas para elaboração desse trabalho, pode-se entender
um pouco mais sobre o asfalto, que é o principal material utilizado no revestimento de
pavimentações no Brasil; e suas propriedades.
Assim como também, pode-se entender sobre os métodos de obtenção do asfalto,
sobre os vários tipos do mesmo; e sobre os métodos de controle na produção e execução
do asfalto.

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Referencias
http://www.betunel.com.br/pdf/cap.pdf

http://www.etg.ufmg.br/ensino/transportes/disciplinas/etg033/turmaa/tb15.pdf

http://www.ufjf.br/pavimentacao/files/2011/08/Pavimenta%C3%A7%C3%A3o-
Asf%C3%A1ltica-cap2.pdf

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