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 Acordei, fui ao banheiro, escovei os dentes.

ESCOLA DR. MOACIR BRENO  Bati de porta em porta; ninguém abriu.


SOUTO MAIOR
2. Orações coordenadas sindéticas
EDUCANDO: ____________________________________________________________
Possuem conjunção coordenativa.
 Frase é todo enunciado com sentido completo. a) Explicativa1 – estabelece uma relação de explicação
 Ele saiu mais cedo do trabalho. (uma confirmação da oração anterior ou argumentação em
 Nossa! Que susto! relação a imperativos).
 Olá.  Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado.
 Oração é toda estrutura construída em torno de um verbo
(Confirmação.)
ou locução verbal, com ou sem sentido completo.  Não chore, porque melhores dias virão. (Argumentação.)
 Ele saiu mais cedo do trabalho.
 Nós fomos atacados por um cão bravo. b) Adversativa2 – estabelece uma relação de contradição,
 Ela costumava ficar esperando a filha na esquina. oposição, adversidade.
 Período é a frase formada por uma ou mais orações.
 A ignorância é um mal, porém não é contagioso.
Inicia-se com letra maiúscula e termina em ponto final,  Estudei muito, no entanto não passei.
ponto de exclamação, ponto de interrogação ou
reticências. Há dois tipos de período:
a) Simples – formado por uma só oração, que é chamada c) Conclusiva3 – estabelece uma relação em que um ato é
oração absoluta; conclusão de outro, pressuposto.
b) Composto – formado por duas ou mais orações.  São todos pobres, portanto não podem ter tais luxos.
Para formar um período composto, podem ser utilizadas  Ele agrediu o chefe, logo será despedido.
duas diferentes maneiras de reunião das orações: a
coordenação e a subordinação. Por isso existem dois tipos d) Alternativa4 – estabelece uma relação de alternância
de período composto: (uma opção implica a recusa ou exclusão da outra).
 Siga o mapa ou peça informações.
Período composto por coordenação – reúne orações  Irei à praia ou viajarei para Santos.
independentes, ou seja, uma não desempenha função
sintática da outra. As orações são denominadas e) Aditiva5 – estabelece uma relação de soma, adição.
coordenadas. Vejamos:  Saiu e foi ao cinema.
 Ele trabalha muito, mas não consegue pagar as próprias  Não trabalha nem estuda.
dívidas.
1.ª oração: Ele trabalha muito. Pontuação no período composto por coordenação
2.ª oração: Ele não consegue pagar as próprias dívidas. A vírgula normalmente separa as orações coordenadas
ligadas ou não por conjunções coordenativas, uma vez que
Período composto por subordinação – reúne orações as orações são independentes uma da outra. Exceção pode
dependentes, ou seja, uma é função sintática da outra. ser feita, entretanto, às que vêm introduzidas por “e”, “nem”
Aquela que exercer a função sintática será denominada e “ou”.
oração subordinada, enquanto a outra, principal.  Planejamos tudo, trabalhamos muito, fomos bem
 Cremos que a situação logo será resolvida. sucedidos.
1.ª oração – oração principal: Cremos  Não me desobedeça, pois sou seu pai.
2.ª oração – oração subordinada: que a situação logo será  Corremos muito, mas não chegamos a tempo.
resolvida.  A pista alagou, portanto não haverá corrida hoje.
 Você pode ir embora, ou ficar para o trabalho.
Nota: É possível combinar os dois tipos de período em uma  Não comeu, nem dormiu.
só construção.  Queremos mudanças e exigimos isso já.
 Ela falou com o advogado, mas ele afirmou que a causa
estava perdida. Atenção!
Nesse exemplo há coordenação entre as duas primeiras Vírgula diante da conjunção “e”
orações e subordinação entre as duas últimas. a) Orações com sujeitos diferentes6
1.ª oração – oração coordenada: Ela falou com o advogado.  Era necessária a atitude, e ele levou isso a sério.
2.ª oração – oração coordenada com a 1.ª e principal da 2.ª:  Ela saiu, e ele ficou em casa.
mas ele afirmou.
3.ª oração – oração subordinada: que a causa estava b) A conjunção e equivale a mas.
perdida.  Sai cedo para arrumar emprego, e nada conseguiu.
Período Composto por Coordenação
1. Orações coordenadas assindéticas c) Em expressões de contraste
Não possuem conjunção.  O professor, e não o autor, deve arcar com o prejuízo.

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Eis algumas conjunções explicativas: pois (antes do verbo), porque, Eis algumas conjunções alternativas: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ...
que, porquanto, etc. quer, seja ... seja, etc.
2 Eis algumas conjunções adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, 5 Eis algumas conjunções aditivas: e, nem, não só ... mas também, tanto

no entanto, todavia, etc. ... como, tanto ... quanto, etc.


3 Eis algumas conjunções conclusivas: logo, portanto, por isso, pois 6 Autores há que consideram o uso da vírgula facultativo nesse caso.

(após o verbo), por conseguinte, etc.


d) Ênfase do termo imediatamente posposto ao e 􀀣 Dar um rolê: passear, sair
 Algumas coisas precisam ser esclarecidas, e logo! 􀀣 Porrada: soco, murro
􀀣 Pipoco: tiro
e) Polissíndeto (Repetição da conjunção e. Nesse caso, a 􀀣 Mocréia: mulher feia
vírgula é optativa.) 􀀣 Bater um fio: fazer um telefonema
 Ele fez o céu(,) e a terra(,) e o mar(,) e tudo quanto há
neles. c) profissionais - o exercício de algumas atividades requer o
 Trabalha(,) e teima(,) e dorme(,) e sua. domínio de certas formas de língua chamadas línguas
técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes
Exercícios 1 têm seu uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de
engenheiros, médicos, químicos, linguistas e outros
Classifique as orações destacadas: especialistas.
a) Assindética b) Aditiva c) Adversativa
d) situacionais - em diferentes situações comunicativas, um
d) Alternativa e) Conclusiva f) Explicativa mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua. Basta
pensar nas atitudes que assumimos em situações formais
g) Não é coordenada. (por exemplo, um discurso numa solenidade de formatura e
1. ( ) Não questionava nem repudiava nada.
em situações informais (uma conversa descontraída com
2. ( ) Não reclame, que existem casos piores que o seu.
amigos, por exemplo). A fala e a escrita também implicam
3. ( ) É réu primário; não será, pois, preso.
profundas diferenças na elaboração de mensagens. A tal
4. ( ) Não perturbe: estou trabalhando.
ponto chegam essas variações, que acabam surgindo dois
5. ( ) Não só ensinamos mas também educamos os jovens.
códigos distintos, cada qual com suas especificidades: a
6. ( ) No inverno, as folhas caem, ou ficam inativas.
língua falada e a língua escrita.
7. ( ) Não mintas, porque será pior.
8. ( ) Raimunda namora Cornélio.
9. ( ) O mar é generoso, entretanto é traiçoeiro também. A língua literária : Quando o uso da língua abandona as
10. ( ) Pula que pula, e não se cansa. necessidades estritamente práticas do cotidiano comunicativo
11. ( ) Trabalho porque preciso ganhar dinheiro. e passa a incorporar preocupações estéticas, surge a língua
12. ( ) És estudioso, logo mereces a aprovação. literária. Nesse caso, a escolha e a combinação dos
elementos linguísticos, subordinam-se a atividades criadoras
Variação linguística e imaginativas. Código e mensagens adquirem uma
Vários fatores podem originar variações linguísticas: importância elevada, deslocando o centro de interesse para
a) geográficos - há variações entre as formas que a língua aquilo que a língua é em detrimento daquilo para que ela
portuguesa assume nas diferentes regiões em que é falada. serve. Isso ocorre, por exemplo, nos seguintes versos de
Basta pensar nas evidentes diferenças entre o modo de falar Fernando Pessoa:
de um lisboeta e de um carioca, por exemplo, ou na "O mito é o nada que é tudo.
expressão de um gaúcho em contraste com a de um mineiro. O mesmo sol que abre os céus
Essas variações regionais constituem os falares e os dialetos. É um mito brilhante e mudo
b) sociais - o português empregado pelas pessoas que têm O corpo morto de Deus,
acesso à escola e aos meios de instrução difere do português Vivo e desnudo."
empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas Em português, temos vários níveis de linguagem, várias
classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que formas de dizer a mesma mensagem, uma vez que não
goza de prestígio, enquanto outras são vitimas de preconceito falamos sempre do mesmo jeito. Para nos comunicarmos
por empregarem formas de língua menos prestigiadas. Cria- melhor e adequadamente, temos de levar em consideração
se, dessa maneira, uma modalidade de língua - a norma culta alguns elementos que garantem a eficiência de nossa
-, que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo mensagem.
domínio é solicitado como forma de ascensão profissional e Exemplificando: se você conversa com um colega, um
social. O idioma é, portanto, um instrumento de dominação e amigo, você fala de um modo. Usa uma linguagem. Se esse
discriminação social. Também são socialmente mesmo assunto for falado com uma autoridade, seu jeito de
condicionadas certas formas de língua que alguns grupos se comunicar será diferente. E mais, se esse mesmo
desenvolvem a fim de evitar a compreensão por parte conteúdo for dirigido a uma criança pequena, também você
daqueles que não fazem parte do grupo. O emprego dessas terá de mudar sua forma de comunicação. Portanto, você
formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos teve de usar níveis de linguagem diferenciados para cada
integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de destinatário de sua mensagem. Para efeitos didáticos, vamos
estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas. Assim se considerar apenas dois níveis de linguagem, embora existam
formam as gírias, variantes linguísticas sujeitas a contínuas outros:
transformações.
Exemplos: 1. O informal ou coloquial, usado mais comumente em
“A criança tem uma "predisposição natural para a linguagem" conversas entre amigos, conhecidos mais íntimos;
e chega à idade escolar com um conhecimento prévio do 2. O formal ou culto, usado em situações de maior
idioma, adquirido no trato com a família. Na escola, ela entra cerimônia, quando devem ser observadas as normas
em contato com a língua padrão e passa por um processo de gramaticais.
aperfeiçoamento semelhante ao de aquisição da linguagem.
O autor defende que esse novo aprendizado, como o
primeiro, seja funcional e não normativo.”
Alguns exemplos de gíria:

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