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1 Objetivos
Este documento entitulado ”Plano de Aula - Centro de Massa”tem por objetivo apresentar
a formualação de uma sequência de duas aulas para o ensino médio que discorrerá sobre o tema
centro de massa.
A aula será dividida em três momentos, caracterizados aqui pelas próximas três seções, a
saber:
ii) Identificação das caracterı́sticas dos corpos que alteram o centro de massa;
a dia
apenas para confirmar que o proposto funciona para o devido fim, geralmente adicionadas ao
texto entre parêntesis. Essas argumentações, no entanto, não serão apresentadas para os es-
tudantes ou serão apresentadas de maneira simplificada, uma vez que trata-se da aplicação de
A aula é iniciada a partir de uma situação desafio com o intuito de cativar os estudantes
e desafiá-los a pensar e discorrer sober o tema. Para que isto ocorra, pretende-se apresentar um
aparato simples, mas bastante curioso, que desafie as percepções comuns. Pode-se ser utilizado,
por exemplo, o passaro que é equilibrado pelo bico ou qualquer outro objeto extenso e rı́gido
que possua o centro de massa em um local fora do esperado por meio da distribuição irregular
de massa.
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A partir desta situação, definimos o centro de massa em um primeiro momento por meio
a definição literal, existirão duas possibilidades: caso os estudantes já conheçam o conceito de
torque, ilustra-se matematicamente que o centro de massa é o ponto de torque nulo em um corpo
em equilı́brio (considerando é claro, que este ponto deve ser o ponto de sustentação, já que no
relaçao a qualquer ponto, a grande diferença é o ponto de aplicação da força normal), já que
equilibra-se neste ponto, e deduzir, de modo simplificado, a expressão que calcula o centro de
massa, caso contrário, o ideal é apresentar a expressão matemática que calcula o centro de massa
e convencê-los por meio de exemplos de sucessiva complexidade que a expressão matemática que
traduz o centro de massa deve ser de fato a apresentada. No primeiro caso os exemplos não
são descartados, eles apenas vem como um reforço do conceito ao invés de uma ferramenta de
PN PN
m1 x1 + m2 x2 + ... + mj xj + ... + mN xN i=1 mi xi mi xi
xCM = = PN = i=1 (1)
m1 + m2 + ... + mi + ... + mN i=1 mi
M
PN PN
m1 y1 + m2 y2 + ... + mj yj + ... + mN yN i=1 mi yi mi xi
yCM = = PN = i=1 (2)
m1 + m2 + ... + mi + ... + mN i=1 mi
M
PN PN
m1 z1 + m2 z2 + ... + mj zj + ... + mN zN i=1 mi zi m i zi
zCM = = PN = i=1 (3)
m1 + m2 + ... + mi + ... + mN i=1 mi
M
apesar dos estudantes de ensino médio não estarem familiarizados com o tratamento matemático
superior a duas dimensões, a apresentação das expressões nas três dimensões mostra-se impor-
tante para conhecimento e, caso sigam seus estudos nas ciências exatas superiores, para que
Os exemplos são construı́dos em dois sentidos: o primeiro deles é para o citado acima,
convencimento e reforço a respeito da expressão que calcula o centro de massa; o segundo é para
que comecemos a introduzir o centro de massa de certos corpos rı́gidos dotados de simetria, isso
será útil para a próxima seção da aula, em que serão apresentados aparatos experimentais. Os
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i) Discussão a respeito do centro de massa de um ponto. A grande questão neste momento
ii) Discussão a respeito do centro de massa de uma barra homogênea. Aqui precisaremos
está equilibrada pelo meio da barra. Pode-se ainda utilizar um balança de pratos para a
verificação deste equilı́brio, já que os pratos são conectados por uma barra homogênea;
iii) Discussão a respeito do centro de massa de dois pontos. Utilizando a expressão matemática
apresentada, calcularemos o centro de massa de dois pontos. Neste exemplo surge pela
primeira vez a noção de que o centro de massa de um sistema pode estar fora dos pontos de
massa deste sistema. Uma analogia com a barra do exemplo anterior pode ser construı́da
ao identificarmos que, se cortarmos a barra ao meio, podemos concentrar a massa das duas
partes em quaisquer pontos equidistntes do centro que manteremos seu centro de massa
iv) Discussão a respeito do centro de massa de quatro pontos, extremos de uma cruz e equi-
distantes do centro. Este exemplo é introduzido como o primeiro exemplo que levará
seu centro. A ideia é aumentar a quantidade de pontos ou girar estes quatro pontos em
diversas posições, sempre de maneira simétrica, para que, por indução lógica, os estudantes
v) Por fim, expandiremos o sentido de simetria e verificaremos que qualquer figura homogênea
com simetria (figuras simples - quadrados, retângulos, cubos e esferas) possui o centro de
Após a conclusão desta parte de identificação do centro de massa pelo ponto de equilı́brio
e verificaremos geométricamente, por meio de medidas com régua, que o centro de massas é o
baricentro do triângulo.
a respeito do equilı́brio em relação ao torque. Ou seja, o objeto para na posição em que o tor-
que é nulo em relação ao ponto de aplicação da força normal, ou ponto de suspensão. Se aos
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estudantes o conceito de torque já exposto foi, o argumento é suficiente para o convencimento,
circunferências) deve ser suficiente para que fiquem convencidos da eficácia do método.
Deste modo, concluı́mos a identificação do centro de massa dos sistemas básicos, a saber:
aula.
A segunda aula sobre o tema inicia recuperando a definição de centro de massa a partir
momento, com o intuito de expandir o domı́nio e o conceito de centro de massa dos estudantes,
introduzimos a noção de que o centro de massa é o ponto do corpo que possui o comportamento
de ponto material, caso o corpo fosse reduzido a um ponto material. Para ilustrar este conceito,
utilizaremos o trabalho de Dias et. al. de 2016, em que um martelo é lançado e a trajetória de
seus diferentes pontos é apresentada por meio de gráficos. Abaixo são apresentadas as figuras
dos gráficos com as trajetórias destes pontos. Todas as figuras foram extraı́das diretamente do
trabalho citado.
Figura 1: Martelo utilizado com a identificação dos pontos que são acompanhados.
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Figura 3: Gráficos obtidos para a trajetória de cada ponto acompanhado
Notemos que, a partir dos gráficos na figura 3, conseguimos identificar que o centro de
massa do martelo é o ponto E, uma vez que é o único a descrever uma parábola. No trabalho os
autores apresentam também uma regressão não linear para verificar qual das trajetórias melhor
movimento balı́stico, se este movimento não for ainda de domı́nio deles, o ideal é que mais
exemplos, com outros corpos, sejam apresentados para que notem que existe sempre um ponto
descrevendo um arco de parábola e que este ponto é justamente o centro de massa destes
disponı́veis na internet para apresentação aos estudantes a respeito destes exemplos também
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3 Experimentos para identificação prática das caracterı́sticas
Retomando os centros de massa calculados na primeira aula, agora será colocado o desafio
quebrando a simetria do centro de massa)? Aqui será apresentado três aparatos experimetais
i) Uma barra homogênea de metal, um barbante para suspendê-la, uma haste para suspenção
ii) Duas esferas de acrı́lico idênticas conectadas por uma barra de acrı́lico. As esferas são
ocas, permitindo que as preenchamos com lı́quidos. Brincando com as densidades dos
lı́quidos podemos criar diferentes distribuições de massa para este sistema (água e álcool
iii) Diversas placas planas quadradas de acrı́lico com furos em locais variados. O objetivo aqui
é, por suspensão, mostrar que o centro de massa é alterado quando retiramos massa e que
este deslocamento do centro de massa está ligado à posição e ao tamanho do furo (massa
retirada).
A primeira experiência consistirá em suspender a barra de metal e, por meio dos imãs,
alterar a distribuição de massas desta barra para verificarmos que o centro de massa se altera
quando alteramos a distribuição de massa de um corpo. Como a barra será colocada fora da
situação de equilı́brio sempre que colocarmos um imã, por estarmos adicionando massa, o centro
A segunda trata do mesmo princı́pio, mas agora com esferas. Por meio da adição de
lı́quidos iguais e, portanto, massas iguais nas duas, o sistema ficará equilı́brado no centro da
esferas será distinta, assim, o centro de massa não mais estára no meio da barra que conecta as
esferas.
Por fim, as placas com furos servirão como situações desafio para os estudantes que estarão
acostumados até então com figuras delgadas. Nesta parte é interessante que pontuemos a con-
tribuição negativa dos furos para o cálculo do centro de massa, exemplificando numericamente
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Desta forma, passemos para a última parte da segunda aula.
quedos
Neste momento, o objetivo é exemplificar com situações do dia a dia a presença do conceito
i) Requisitar que os estudantes tentem tocar os pés sem dobrar os joelhos enquanto encos-
ii) Requisitar que os estudantes tentem se levantar de suas respectivas cadeiras sem inclinarem
iii) Requisitar que os estudantes tentem levantar uma perna enquanto o ombro e a outra perna
quedo ”João bobo”(como existe uma concentração de massa muito grande nos pés do
boneco, ele volta sempre a ficar em pé e alinhado com seu centro de massa. De forma a
tir dos conceitos construidos anteriormente. É sempre importante aproveitar tanto o caráter
integrativo da experiência corporal com o caráter cientı́fico. Por isso, após a realização destas
brincadeiras é interessante que os estudantes se reunam e que uma discussão seja estabelecida a
5 Bibliografia
1 DIAS, M. A.; CARVALHO, P. S.; RODRIGUES, M. How to determine the centre of mass