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O Inquérito Policial consiste em todas as diligências necessárias para o descobrimento dos fatos
criminosos, de suas circunstâncias e de seus autores e cúmplices, devendo ser reduzido a instrumento
escrito.
O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
A Lei Maria de Penha (termo circunstanciado): não se aplica a lei 9.099/95 aos crimes de menor potencial
ofensivo cometidos em situação de violência doméstica.
termo circunstanciado (EM REGRA): crimes de lesão corporal culposa por acidente de trânsito.
**Nos crimes de lesão corporal culposa por acidente de trânsito (Ação Penal Pública condicionada à
representação).
Caberá a instauração de IP nos crimes de lesão corporal culposa por acidente de trânsito. (Ação Pública
Incondicionada)
Características do IP:
- Escrito;
**O MP requer (Promove) e o Juiz determina o arquivamento. Se o juiz descordar (art. 28 - CPP), deverá
encaminhar o inquérito ao Procurador Geral de Justiça, o qual poderá oferecer denúncia contra o indiciado
ou designar o promotor para oferecê-la. Se o Procurador Geral da Justiça insistir no arquivamento, o juiz
deverá homologa-lo.
O art. 28 teve alguns dispositivos não recepcionados pela CF, por ferir a independência funcional dos
membros do MP.
- Se o MP requer o arquivamento do PAAI. Se o juiz da Vara da Infância descordar (art. 28 - CPP), deverá
encaminhar o auto ao Procurador Geral de Justiça, o qual poderá oferecer representação contra o menor
infrator ou designar outro membro (“longa manus”) para oferecê-la. Se o Procurador Geral da Justiça
insistir no arquivamento, o juiz deverá homologa-lo.
- Inquisitivo: não incidência de contraditório e ampla defesa. O indiciado não deixa de ter direitos.
**o único inquérito que admite contraditório é o instaurado pela PF a pedido do MJ para a expulsão de
estrangeiro, neste caso o contraditório é obrigatório. Lei 11.101/2005 - aboliu o inquérito judicial
falimentar, abolindo o contraditório por consequência.
Autoridade: conduzido pela autoridade policial, presidido por Delegado de Polícia (tem atribuições, e não
jurisdição). Quem tem jurisdição é o Juiz.
Oficialidade: a investigação criminal cabe às Instituições Oficiais, não pode ficar a cargo.
Lei 12.830/2013
Sigiloso: decretado pela autoridade policial quando necessário a elucidação dos fatos ou exigido pelo
interesse social.
SV nº 14 – STF. Direito de o defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciaria, digam respeito ao direito de defesa.
Dispensável.
**Representação Fiscal – contém todos os elementos necessários (esgotada a via Administrativa - PAF ),
o MP pode oferecer denúncia. (Lei nº 8.137. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra
as relações de consumo, e dá outras providências.)
- Portaria;
“Notitia Criminis” é o conhecimento por parte do delegado de polícia de que alguém ou algumas
praticaram uma infração penal.
Três tipos:
1ª “Notitia Criminis” de cognição direto: quando o delegado toma conhecimento de uma infração penal
por meio de suas atividades rotineiras. (ex. leitura de um jornal, delação de um comparsa)
Notitia Criminis Inqualificada -> Denúncia Anônima
É vedado o anomimato
Art. 5º CPP
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (delacio criminis)
Prisão em flagrante <> auto de prisão em flagrante (art. 304, 306 do CPP)
2ª “Notitia Criminis” de Cognição Indireta: quando o delegado toma conhecimento de uma infração por
de um ato formal.
- Requisição do Juiz
- Requisição do MP
- Requisição do MJ
I - de ofício;
3º Notitia Criminis de Cognição Forçada/Coercitiva: apresentação pelo autor do delito/infração penal para
o delegado de polícia para a realização do Auto de Prisão em Flagrante. (art. 302, incisos I, II e III)
Nos crimes de ação privada a autoridade policial só poderá proceder ao IP por requerimento de quem
tenha qualidade para intentá-la. (art. 19 CPP)
Dirigir-se ao local cuidando para que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
Apreender objetos que tiverem relação com os fatos, após liberação dos peritos;
Colher todas as provas que servirem para esclarecimento do fato e suas circunstancias;
Ouvir o ofendido.
Ouvir o indiciado, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
o O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal,
será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado;
o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em
que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do
ato;
o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde
que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:
prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o
preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que
não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos
do art. 217 deste Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
responder à gravíssima questão de ordem pública.
Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
o Identificação do suspeito, com outros dois, via espelho mágico;
o Identificação de objetos;
Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
o Encaminhar a mulher vítima de violência doméstica ao IML;
Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos
autos sua folha de antecedentes;
o Vucetich
o O menor identificado, salvo dúvida fundada, não será submetido à identificação
compulsória;(art. 109 – ECA)
o O integrante de organização criminosa civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal.
Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a
moralidade ou a ordem pública.
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será
permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho
fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público,
respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos
Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)
Checar prazos do IP segundo a lei de drogas, lei de crimes contra a economia, e lei penal militar.
Recurso institucional contra arquivamento promovido pelo PGR: preceitua o art. 12 da LOMP cabe ao
colégio de procuradores de justiça rever mediante requerimento de legitimo interessado nos termos da LO
decisão de arquivamento de IP ou peças de informação determinada pelo PGJ nos casos de sua atribuição
originária.
Recusando-se o Promotor a oferecer suas razoes devem os autos serem remetidos ao PGR para as medidas
administrativo pertinentes uma vez que o órgão ministerial não está cumprindo com zelo suas atribuições.
Arquivamento Indireto: a hipóteses do órgão ministerial deixar de oferecer denuncia por entender que o
juízo é incompetente para a ação penal. Guilherme Nucci entende inadmissível. Assim, os autos devem ser
encaminhados ao juízo competente.
Arquivamento Requerido pelo órgão do MPF. Cabe a um órgão colegiado analisar o pedido de
arquivamento feito pelo PGR e rejeitado por juiz federal. Dano ao patrimônio público do DF é dano simples.
O delegado requisita prazo para o juiz para continuar as investigações. Juiz abre vista ao promotor que
requisita diligências. Resta saber se as diligencias são intempestivas, ou estão de acordo com a legislação.
IP e lei 1521/51 prazo de conclusão do IP segundo a lei de economia popular. 10 dias preso ou solto o
indiciado. E 2 (dois) dias para oferecer denúncia.
Art. 7. Os juízes irão recorrer de ofício sempre que absolverem os acusados em processos contra a
economia popular ou contra a saúde pública, ou quando determinar o arquivamento dos autos do
respectivo IP.
Crimes contra economia popular: pirâmide, agiotagem, pichardismo (crime contra a economia popular,
cometido por empresas que, falsamente, prometem devolver, após certo tempo, o dinheiro de
mercadorias que o cliente comprou)...
Prazos de conclusão do IP segundo a JF(Lei 5010/66). Indiciado preso, 15 dias sendo para concluir o IP
prorrogáveis por mais 15 dias quando for necessário.
Código de Processo Penal Militar. Se o indiciado estiver preso, 20 dias para concluir. Se solto, 40 dias
prorrogáveis por mais 20 dias.
Crimes de Competência Originária dos Tribunais (Lei 8.030/90). Estando o indiciado preso, o MP tem 5 dias
de prazo para oferecimento da denúncia. Se solto, 15 dias.
Lei de drogas.