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Safo, Fragmento 1
“Vem, Cípris,
Vertendo com delicadeza
Em nossos dourados cálices
Néctar mesclado a festividades”
2. (7.505)
49
Eu te amava, Átis, outrora...
...parecias-me pequenina e sem encantos.
55
Morta, jazerás: e não mais memória de ti
haverá então, nem saudade; pois não tiveste parte nas rosas
da Piéria. Invisa no palácio de Hades
vaguearás, entre débeis cadáveres esvoaçante.
102
Doce mãe, já não posso mais tecer a trama
por desejo a um rapaz domada pela esguia Afrodite.
130
Eros, de novo, que os membros deslassa, perturba-me:
doce e amargo, invencível monstro.
Safo 34 V
Astros ao redor da bela lua
De pronto ocultam sua luz fanal
quando plena ela mais fulge
argêntea
sobre a terra.
Safo – Epitalâmio
Ao alto o teto
hímen!
erguei, carpinteiros.
hímen!
Vem-se o esposo: rival
hímen!
é de Ares, e homem
mais alto do que alto!
hímen!
Tradução: Pedro Alvim, in: Safo de Lesbos. SP: Ars Poética. 1993.
(*) Nota do tradutor: O texto diz: "Estou mais verde que a erva"; mas esta imagem por muito vulgar
não sairia bem em nossa língua; como já notou o douto tradutor português de Longino, pelo que lhe
substituímos o rosto amarelece, lembrando-nos da Eglóga X, dos Segadores de Ferreira, que nos diz
na altepenúltima oitava: "A mão te treme, o rosto amarelece,"
2 comentários:
Marcadores: Elpino Duriense, literatura grega, lírica grega, Safo
segunda-feira, dezembro 24, 2007
Safo: fragmentos
Não minto: eu me queria morta.
Deixava-me, desfeita em lágrimas:
— Adolescência, adolescência,
Você se vai, aonde vai?
— Não volto mais para você,
Para você volto mais não.
Safo 50 D
O amor - súbita brisa
que nas folhas tropeça -
meu coração deixou tremente.
Safo - fr.170
Morrer é um mal – assim decidiram os deuses
eles que não morrem.
Safo 5
Morto o doce adônis
e agora citeréia
que nos resta?
lacerai os seios donzelas
dilacerai as túnicas
Safo - fr.55 LP
Quando morreres, hás-de jazer sem que haja no futuro
Memória de ti nem saudade. É que não tiveste parte
Nas rosas de Piéria. Invisível, andarás a esvoaçar
No Hades, entre os mortos impotentes.
Safo Fr.34
Em torno a silene esplêndida
os astros
recolhem sua forma lúcida
quando plena ela mais resplende
alta
argêntea
[Fr.34 LP]
Tradução: Haroldo de Campos
Safo
Parece-me par dos deuses
ser o homem que ante de ti
senta-se e de perto te ouve
a doce voz
Fragmento de Safo
Eis as cinzas de Timas: morta pouco antes de casar-se,
Perséfone a acolheu em seu quarto sombrio.
Assim que ela morreu, as amigas, tão jovens quanto ela,
cortaram-se os cabelos com ferro afiado.