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(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_cl%C3%A1ssica)
ela mais curta ou mais alongada conforme a necessidade (dar formas aos sons:
staccato, tenuto, etc.);
Um som claro e colorido, ou seja, um som definido e belo, sempre
comparando aos cantores profissionais, de ópera por exemplo. Observemos
que cantar é diferente de falar e do gritar (extremo), existe um equilíbrio de
sonoridade vocal.
Enfim são muitos adjetivos a serem refletidos, trabalho esse que
devemos fazer antes de tocar e posteriormente colocar na medida do possível
em prática.
Percebe-se que as pessoas almejam um bom som e o buscam por meio
de bons equipamentos, com variados modelos de bocais e trompetes, pré-
julgando esse ser o famoso, ou um dos “pulos do gato” para atingir uma boa
sonoridade.
Um bom equipamento tem grande valor somente quando há a
compreensão do funcionamento do corpo. As indagações devem ser uma
constante na rotina de estudos de um estudante, saber como surgem os sons no
trompete, quais funções de cada parte do corpo envolvidas no sopro do
instrumento e as dinâmicas de atividades envolvidas em cada processo. O
treinamento é imprescindível, teoria sem a prática ou vice-versa, seria como se
tomasse uma dose de medicação bem reduzida para combater determinada
infecção, ou seja, não haveria êxito no tratamento patológico, continuaria
enfermo e não curado.
Outra abordagem importantíssima sobre o tema é frisar que apesar de
os objetivos iniciais serem praticados individualmente (sonoridade), sempre
percorreremos um caminho musical acompanhados de outros músicos (tocar
em conjunto); Sejam os louvores acompanhados de uma orquestra de câmara,
de um piano, de um órgão, formação de uma orquestra de sopros, de voz, etc.;
Esses acompanhamentos nos denotam o quanto temos que nos preocupar em
soar em conjunto e não individualmente somente. A beleza da palavra
“HUMILDADE” traz essa reflexão, de doar-se para um resultado coletivo e
não individual; Quando não praticamos a humildade, fica evidente a postura
desse membro do corpo musical (músico), à necessidade de sempre ser o
centro das atenções; Acreditamos que o intuito maior é de sempre estar
direcionando os louvores e adoração ao ser supremo (Deus) com qualidade e
homogeneidade, pois ele merece o nosso melhor, independente dos anseios
pessoais e dos níveis de conhecimentos mistos que há no grupo musical de sua
comunidade religiosa. Pense e reflita nisso!
O intuito desse texto é trazer uma breve reflexão, de que tudo tem um
preço, algo a ser conquistado como uma boa sonoridade requer de cada
musicista pesquisa, perseverança, paciência e dedicação; Sobretudo humildade
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RESPOSTAS:
Caro Fabio, não faço nenhuma mudança específica no meu conceito de som pelo fato de
estar tocando numa igreja. Não é o local, mas sim a música que deve determinar o
conceito sonoro, em minha modesta opinião. A igreja, caso tenha uma acústica muito
viva (como acontece normalmente) terá um efeito na minha escolha do tempo (mais
lento que numa acústica seca) e da articulação do stacatto (mais curta que numa
acústica seca). Espero ter ajudado! Abs.
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Olá Fábio! Parabéns pela sua iniciativa. Ao longo destes anos você tem
demonstrado um grande comprometimento com os estudos e com tudo que envolve o
trompete e isso é muito bom, tem feito você crescer bastante. Sobre tocar em igrejas, eu
não costumo tocar em missas ou cultos, mas toco em casamentos.
Se você pensar em termos de acústica, geralmente as igrejas produzem bastante
reverberação do som (eco). Portanto, se seu som sair feio, você vai ouvi-lo por mais
alguns segundos com certeza!
Por outro lado, penso que essa acústica favorece a prática do nosso instrumento. Se você
produz um som com harmônicos, esses harmônicos também vão se propagar e se repetir,
fazendo com que seu som fique mais complexo, mais rico.
Não aconselho o uso do vibrato para não "chocar" com as ondas de reverberação
produzidas pela acústica da sala.
Sobre a carga emocional, bem, isso varia de acordo com cada pessoa, mas acredito sim
que é possível expressar sentimento através do nosso instrumento, seja este sentimento
de alegria, adoração, tristeza, etc.
Espero ter ajudado.
Grande abraço.
Olá Fábio, é sempre um prazer falar contigo. Quando se fala em som (trompete) me
lembro do salmo 33 "tocai bem e com júbilo", outra passagem a do rei SAUL, que
mandou chamar um músico que tocasse bem, chamaram a Davi e o resto da história só
lendo a BÍBLIA.. Penso que o som ideal seria um timbre cheio de harmônicos, afinado e
penetrante, o trompete na Bíblia tem a função de chamar e alertar os soldados para a
guerra, mas também com o passar dos anos ele tomou um papel solista até os dias de
hoje. O louvor na igreja atualmente tem sido bombardeado pelo barulho, mas nem
sempre foi assim, há corais de metais além dos tradicionais (vozes), que sempre
inundara os cultos pelo mundo afora, o segredo é manter o sacro e suas características,
afinação, conjunto, harmonia, letra, dedicação à causa do reino...
Deus Abençoe!
Caro Fábio!
Agradeço pelo seu contato. Aqui tudo bem, graças a DEUS, obrigado.
Espero que esteja tudo bem com você, também. Desejo sucesso em sua pesquisa, em seus
estudos.
Como você me perguntou, a respeito da sonoridade do trompete, na igreja.
Fico feliz se eu puder te ajudar apenas com um breve comentário, uma opinião a
respeito.
É sempre um momento especial quando podemos celebrar e agradecer à DEUS por suas
bênçãos. Penso ser uma felicidade poder fazer isso através de um instrumento (um dom
especial dado por ELE a nós). Em minha humilde opinião o som do trompete deveria
sempre ser o mais musical e bonito possível, deveria ser um som centrado, com foco, com
harmônicos, ter o brilho que se espera do som do instrumento, sem com isso deixa-lo
claro demais. Penso ser importante não ser nunca "ardido ou estridente" sempre ser
agradável e musical a quem o escuta. Como uma voz que faz parte de um grande coro, o
som deveria ser "Cantado", sempre que possível ser um som somando-se com as outras
vozes e instrumentos.
Espero poder te ajudar, que isso possa ser útil.
Um abraço, Eduardo Madeira.
O músico trompetista deve ter muito cuidado em diferentes acústicas em que toca, uma
delas é a igreja. As igrejas, em sua maioria, possuem uma acústica reverberante, com
isso devemos aproveitar essa ajuda sonora em nosso favor. Não precisamos tocar muito
forte preze a beleza e o conforto.
Existem igrejas dos mais diferentes tipos: tradicionais, avivadas, pentecostais, etc.
Assim como os costumes variam de igreja para igreja, também o tipo de música varia de
uma denominação para outra, ou mesmo dentro de uma mesma igreja. Eu mesmo
frequento a Assembléia de Deus e o som da orquestra ao tocar um arranjo sinfônico de
algum hino como mensagem musical é completamente diferente do som da mesma
orquestra tocando os corinhos conduzidos pela equipe de louvor. Fora isso, ainda temos
uma big band, que se apresenta mensalmente e a proposta de som é totalmente diversa
das duas mencionadas anteriormente.
Se cada contexto pede um tipo de som e um tipo de linguagem, faz-se necessário que o
trompetista saiba identificar como deve se portar em cada contexto, sem nunca esquecer
que a razão dele estar ali, não é outra, que não seja a de adorar ao Criador dos céus e da
terra - e nunca querer se sobressair sobre os demais.
Enfim, não sei se ajudei muito, mas penso que a intenção seja a de apoiar
principalmente o louvor congregacional, ou seja, o canto que vem da congregação como
um todo e que se pense sempre em elevar aqueles que nos ouvem à Deus - de forma que a
Sua presença flua no meio da igreja e seu Espírito encha os corações daqueles que nos
ouvem.
Um grande abraco!
Bruno Sigilião
O trompete e a igreja
O trompete desde sua criação, por volta de 1500 A.C., sempre foi utilizado em eventos
militares e religiosos como grande objeto de comunicação.
No final da Idade Média e ao longo da Renascença passou a ser fabricado com mais
refinamento e no início da era barroca ganhou novo dinamismo com a introdução de
válvulas de escape de ar que possibilitaram maior virtuosismo ao instrumento. Na
chamada “Golden Age of the natural trumpet” (1600-1750) foram muitos os
compositores que escreveram para o que hoje chamamos de trompete barroco ou
trompete natural. Antonio Vivaldi, George Telemann, Frederic Handel e Johan
Sebastian Bach são alguns dos compositores que usaram o instrumento em obras
religiosas que são executadas até hoje em salas de concerto e igrejas por todo o mundo.
Dois exemplos de peças que fazem extenso uso do trompete provindas dessa época são a
Cantata Magnificat, e a Missa em Si menor de J.S Bach, compostas na Alemanha no
século18.
Por ser um instrumento de destaque e de grande comunicação desde sua origem, na
igreja não poderia ser diferente. A relação do trompete com as instituições religiosas vem
de muitos séculos e continua até hoje, como podemos notar em cerimônias de casamento,
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por exemplo. Com o seu soar imponente e majestoso ele toca o coração das pessoas de
forma direta, mas agradável. Portanto, não é coincidência que compositores como Bach e
Handel, tenham usado tanto o instrumento em suas obras e que o próprio anjo Gabriel,
como mensageiro de Deus usasse outro instrumento se não o trompete.
Olá Fábio. Primeiramente te agradeço por poder escrever sobre isso e parabéns pelo
trabalho. Não sei se você sabe, mas algum tempo atrás voltei a ser mais participante
dentro da igreja católica da qual faço parte. Não demorou a receber convites para tocar.
Gostaria de te contar algo que me marcou como trompetista dentro da igreja. Teve um
dia (na verdade era noite) e eu estava tocando no grupo de oração. Nesse dia havia sido
convidado um pregador de Itapetininga e no final da pregação ele comentou sobre anjos
que se faziam presente ao escutar o som do trompete. Há outras experiências muito
bonitas que passei como trompetista na igreja, mas é essa que quero te contar. Acredito
que tecnicamente vai variar de uma igreja pra outra, mas eu prefiro as igrejas que
proporcionam mais ressonância. Sobre o que é um som bonito pra mim acredito que isso
seja algo individual de cada um mesmo, porém acredito que você pode tocar melhor
tecnicamente quando estiver tocando na igreja. Espero ter ajudado abraços.
Caro Fabio, tudo na vida tem que ter uma direção, ou uma maneira de se fazer e na
musica não é diferente. Falar da sonoridade do trompete na igreja, nos remete ao seu
comentário inicial onde frisa bem a importância do instrumento na historia da musica e
também na historia da igreja e isso aumenta nossa responsabilidade.
Os dados básicos de como tocar esse instrumento, são para todos os que o fizerem, ou
seja, não podemos mais admitir que pessoas comuns e ou lideranças religiosas só vejam
o trompete ou a musica como uma coisa puramente divina, o tal do “Dão” e não “Dom”
porque Deus realmente capacita os chamados (Albert Einstein), mas estes têm
responsabilidades no aperfeiçoamento daquilo que lhe foi dado.
Pensar que o “levita” (que servia no templo como musico, mas também na manutenção
diária) que servia na casa do Senhor era extremamente capacitado e passava por varias
fazes antes de trabalhar no templo. Eram profissionais!
Vemos então que a maneira de se encarar a musica na igreja e consequentemente o tocar
trompete não é tão simples assim e requer empenho também de nossa parte.
Penso que a sonoridade do trompete na igreja, seja fruto de estudo serio e de boas
audições que irão dar ao trompetista (ou musico) subsídios para saber se colocar dentro
daquele contexto acústico, harmônico, estilístico etc. Muitas são as criticas que fazem a
respeito do trompete, são até verdadeiras porque muitos de nós pensamos na música
apenas melodicamente e deixam de escutar e se preocupar com a harmonia e a função do
trompete naquela composição. Isso fica claro no Brandenburgo nº 2 onde muitas vezes o
trompete faz apenas partes secundárias e de apoio, mas que mal executadas, sobrepõe
solos de outros instrumentos que deveriam aparecer mais.
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Silvio Flórido
Bel. em Trompete
Banda Sinfônica do Estado de São Paulo
Quinteto Metal Arte
Presbítero Igreja Presbiteriana Vila Monte Alegre - São Paulo – SP
Prezado Fábio
Acredito que raramente tocaremos o nosso trompete de forma solitária na Igreja, ou seja,
sempre estaremos acompanhados por um ou mais músicos (trompete e piano, quinteto
de metais, bandas sinfônicas, big band, orquestras, entre outras formações). E é nesta
condição que devemos exercitar um dos mais valiosos valores humanos: a
HUMILDADE. Saber compartilhar, ouvir, dialogar, se impor com conhecimento (‘e não
com a força’), bem como, externar as opiniões musicais de forma respeitosa são algumas
das ações que favorecerão o ato de tocar em grupo. É esquecer o EU em razão do NÓS,
ou seja, a somatória dos valores positivos dos seres humanos, externados através do
fazer musical consciente, trarão uma sonoridade adequada a cada ambiente (seja na
igreja ou em uma grande sala de concerto). E é esta sonoridade que irá tocar os corações
e a alma de todas as pessoas envolvidas (músicos e comunidade), pois ali se encontram
muito mais do ‘belos sons’ e sim a essência dos DIVINOS valores humanos.
A humildade precede a Glória (Provérbios).
Atenciosamente
Jorge A. Scheffer
Professor de Ensino Superior - UNESPAR/EMBAP
Diretor Artístico/Maestro da OSPG