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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSINO MACEDO

LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSORA JUCELY REGIS


ATIVIDADE SOBRE VARIAÇÃO, REGISTRO E MODALIDADES DA LÍNGUA

ALUNO: ______________________________________________________________________________

Categorizar grupos sociais a partir de ideias a ( ) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início
preconcebidas, ou preconceituosas – os chamados da entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.
estereótipos – é algo muito comum em nossa b ( ) a linguagem muito formal do jogador, inadequada
sociedade. É sobre esse tema que trata, com humor, o à situação da entrevista, e um jogador que fala, com
seguinte texto do cronista Luís Fernando Veríssimo. desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c ( ) O uso da expressão “galera”, por parte do
Aí, galera entrevistador, e da expressão “progenitora”, por parte
“Jogadores de futebol podem ser vítimas de do jogador.
estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um d ( ) o desconhecimento, por parte do entrevistador,
jogador de futebol dizendo “estereotipação”? E, no da palavra “estereotipação”, e a fala do jogador em “é
entanto, por que não? pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem
- Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. calça”.
- Minha saudação aos aficionados do clube e aos e( ) O fato de os jogadores de futebol serem vítimas
demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos de estereotipação e o jogador entrevistado não
seus lares. corresponder ao estereótipo.
- Como é?
- Aí, galera. 2. O texto mostra uma situação em que a linguagem
usada é inadequada ao contexto. Considerando as
- Quais são as instruções do técnico? diferenças entre língua oral e escrita, assinale a opção
- Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de que representa também uma inadequação da
contenção coordenada, com energia otimizada, na linguagem usada no contexto apresentado.
zona de preparação, aumentam as probabilidades de, a ( ) “O carro bateu e capotou, mas num deu pra ver
recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe direito.” – comentário de um pedestre que assistiu a um
agudo com parcimônia de meios e extrema acidente, com outro que vai passando.
objetividade, valendo-nos da desestruturação
momentânea do sistema oposto, surpreendido pela b ( ) “E aí, véi! Como vai essa força?” – um jovem que
reversão inesperada do fluxo da ação. fala com um amigo.
- Ahn? c ( ) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer
uma observação.” – alguém comenta em uma reunião
- É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem
de trabalho.
calça.
d ( ) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-
- Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? me ao cargo de Secretária Executiva dessa
- Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, conceituada empresa.” – alguém que escreve uma
algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma carta candidatando-se a um emprego.
pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, e ( ) “Porque se a gente não resolvê as coisas como
genéticas? tem que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro
- Pode. próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” –
- Uma saudação para a minha genitora. um professor universitário discursando em um
- Como é? congresso internacional.
- Alô, mamãe!
- Estou vendo que você é um, um... 3. A expressão “pegá eles sem calça” no texto, é um
exemplo de registro informal da língua. Ela poderia ser
- Um jogador que confunde o entrevistador, pois não substituída, sem comprometimento do sentido, por esta
corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser expressão do registro formal:
algo primitivo com dificuldade de expressão e assim
sabota a estereotipação? a ( ) pegá-los na mentira.
- Estereoquê? b ( ) pegá-los desprevenidos.
- Um chato? c ( ) pegá-los em flagrante.
- Isso.” d ( ) pegá-los rapidamente.
Luís Fernando Veríssimo (In: Correio Brasiliense, e ( ) pegá-los momentaneamente.
13/05/1998)
4. Os trechos abaixo retratam a fala de jovens sobre
Assinale a única alternativa correta sobre o texto: sua própria linguagem:
1. O texto retrata duas situações relacionadas que
fogem à expectativa do público. São elas:
• A gente não fala mais “é uma brasa, mora!”, que era moda nos tempos do meu pai. No lugar disso, falamos
outras coisas. (Daniela, 16 anos).
• A gíria é um meio muito legal de se comunicar, é irado falar de um jeito que os professores e o pessoal lá de
casa não entendem. (Gabriel, 14 anos).
• O “tipo assim” é o espaço que a gente usa pra pensar as palavras. (Marco, 15 anos)
• Cara, eu também sei falar formalmente, mas não gosto. Não me dirijo ao padre do colégio com um aí, velhinho!
(Victor, 17 anos)

A partir da leitura dos trechos, diga se é falsa (F) ou verdadeira (V) cada uma das afirmações:
a ( ) Na fala de Gabriel, percebe-se que adultos e jovens usam a língua de forma igual.
b ( ) Segundo Marco, “tipo assim” é uma forma de resumir uma informação.
c ( ) A fala de Daniela revela que a língua não é um fato social estático, ao contrário, varia ao longo do tempo.
d( ) Victor sabe que o uso da língua varia conforme o grau de intimidade entre as pessoas, ou seja, que usar
linguagem formal ou informal é questão de adequação à situação.

5. Suponha que um aluno se dirige a um colega de classe nesses termos: “Venho respeitosamente solicitar-lhe
que se digne a emprestar-me seu livro de matemática.” Considerando a adequação entre a situação (de formalidade
ou informalidade) e registro formal ou informal da língua, a atitude desse aluno se assemelha à atitude do indivíduo
que:
a ( ) comparece ao baile de formatura trajando smoking.
b ( ) vai à audiência com um juiz trajando short e camiseta.
c ( ) vai à praia de terno e gravata.
d ( ) vai ao estádio de futebol de chinelo e bermuda.

6. No texto a seguir, intitulado “Eu te amo”, em que predomina a linguagem culta e literária, ocorre também a seguinte
marca da linguagem coloquial (registro informal da língua):
a ( ) emprego de “hei” no lugar de “tenho”
b ( ) falta de concordância quanto à pessoa nas formas verbais estás, tomares e conta.
c ( ) emprego de verbos predominantemente na 2ª pessoa do singular.
d ( ) redundância semântica, pelo emprego repetido da palavra “conta” na última estrofe.
e ( ) emprego das palavras bagunça e cara.

EU TE AMO
(Tom Jobim e Chico Buarque)

Ah, se já perdemos a noção da hora,


Se juntos já jogamos tudo fora,
Me conta agora como hei de partir…
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios,
Rompi com o mundo, queimei meus navios,
Me diz pra onde é que inda posso ir…
Se entornastes a nossa sorte pelo chão,
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu…
Como, se nos amamos como dois pagãos,
Teus seios inda estão nas minhas mãos,
Me explica com que cara eu vou sair…
Não, acho que estás só fazendo de conta,
Te dei meus olhos pra tomares conta,
Agora conta como hei de partir…

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