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Filtracao PDF
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FILTRAÇÃO
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Grau de separação que se deseja realizar;
Custos relativos da mão-de-obra, do capital e da energia.
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Os auxiliares de filtração mais comuns são: terras de infusórios; terra
fuller; areia fina; diatomita ou kieselguhr; polpa de celulose; carbonato de cálcio;
gesso; amianto; perlita; carvão.
A quantidade a empregar varia com uma série de fatores. Como regra
recomenda-se 1 a 2 kg de auxiliar de filtração por kg de contaminante, mas há
uma quantidade ótima. Quantidades menores aumentam o ciclo, porque o meio
filtrante entope, enquanto que maiores quantidades contribuem para aumentar a
perda de carga através da torta sem remover o contaminante.
Auxiliares de filtração
Meio filtrante
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Telas metálicas são utilizadas nos “strainers” instalados nas tubulações de
condensado que ligam os purgadores às linhas de vapor e que se destinam a
reter ferrugem e outros detritos capazes de atrapalhar o funcionamento do
purgador. Utilizam-se também nos filtros mais simples que existem, os “nutsch”,
e nos rotativos. A importância das telas metálicas na filtração vem crescendo
ultimamente. Podem ser chapas perfuradas ou telas de aço carbono, inox, níquel
ou monel.
Os tecidos são utilizados industrialmente e ainda são os meios filtrantes
mais comuns. Há tecidos vegetais, como o algodão, a juta (para álcalis fracos), o
cânhamo e o papel; tecidos de origem animal, como a lã e a crina (para ácidos
fracos); minerais: amianto, lã de rocha e lã de vidro, para águas de caldeira;
plásticos: polietileno, polipropileno, PVC, nylon, teflon, orlon, saran, acrilan e
tergal. O inconveniente é que a duração de um tecido é limitada pelo desgaste, o
apodrecimento e o entupimento. Por este motivo, quando não estiverem em
operação, os filtros devem ficar cheios de água para prolongar a vida do mesmo.
Por outro lado, o uso de auxiliares de filtração diminui o entupimento dos
tecidos, prolongando sua vida útil.
Membranas semi-permeáveis, como o papel pergaminho e as bexigas
animais, são utilizadas em operações parecidas com a filtração, mas que na
realidade são operações de transferência de massa: diálise e eletro-diálise.
Os critérios de escolha do meio filtrante devem incluir:
Tipos de torta
da natureza do sólido,
da granulometria e da forma das partículas,
do modo como a filtração é conduzida,
do grau de heterogeneidade do sólido.
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Uma torta com uma dada espessura oferece uma resistência bem definida
ao escoamento do filtrado. Quando a vazão de filtrado aumenta, também a
resistência aumenta e, como o escoamento no interior da torta é laminar, a
queda de pressão deve ser, em princípio, proporcional à velocidade. Se a vazão
dobrar, a queda de pressão ficará duas vezes maior. Algumas tortas cristalinas
comportam-se dessa forma. Outras, porém, acarretam quedas de pressão que
aumentam mais rapidamente com a vazão e, assim sendo, quando se duplica a
vazão, a queda de pressão resulta mais do que o dobro. É evidente, neste
segundo caso, que a resistência da torta ao escoamento do filtrado aumenta com
a pressão. Tortas deste tipo denominam-se compressíveis, em contraste com as
outras, que são incompressíveis.
Uma torta compressível comporta-se como uma esponja. Pressionada, a
esponja oferece maior resistência ao escoamento de líquidos pelo seu interior
porque os canais fecham-se e alguns até deixam de existir. É evidente, portanto,
que a filtração de uma suspensão que produz torta compressível é mais difícil do
que se a torta for incompressível. Como foi dito anteriormente, uma das funções
do auxiliar de filtração é diminuir a compressibilidade da torta, sendo que ele
desempenha o papel de “esqueleto” da torta.
Portanto, a torta é compressível quando a resistência específica, ou
permeabilidade, é função da diferença de pressão através da mesma. Com
relação a compressibilidade esta pode ser dividida em:
Tipos de operação
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separação parcial já é satisfatória. Neste caso o filtro é um espessador e sua
função é produzir uma lama espessa a partir de uma suspensão.
No geral, quando o sólido na suspensão a filtrar for menos que 0,1% a
operação poderá ser considerada como clarificação. Quando a concentração
superar bastante este valor a operação poderá ser vista como uma extração: do
sólido, quando este for o produto, do líquido ou de ambos.
Tipos de filtro
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de câmaras
de placas e quadros
3. Filtros de lâminas
Moore
Kelly
Sweetland
Vallez
Tipos variantes
4. Filtros contínuos rotativos
Tambor
Disco
Horizontais
5. Filtros especiais
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Figura 3. Corte de um filtro de leito vertical granulado
2. Filtros-prensa
O princípio de funcionamento de um filtro-prensa pode ser entendido
facilmente com base nas operações dos funis de Gooch e de Büchner de
laboratório. Se dois destes funis com papéis de filtro forem unidos pelas bordas,
sendo a suspensão alimentada na câmara formada, a filtração será realizada
através dos dois papéis. A diferença é que no filtro-prensa várias câmaras são
justapostas e em geral a filtração não é realizada a vácuo, mas sob a ação de
uma pressão exercida sobre a suspensão no interior das câmaras. A suspensão é
bombeada diretamente para os compartimentos do filtro onde a torta é
recolhida. Nos modelos comerciais os papéis de filtro são substituídos por um
tecido que chamamos genericamente de lona, muito embora qualquer um dos
tecidos mencionados possa ser usado.
Um filtro-prensa é fornecido sob a forma de uma série de placas que são
apertadas firmemente umas das outras, com uma lona sobre cada lado de cada
placa. Vem daí a denominação filtro-prensa de placas. Há placas circulares e
placas quadradas, horizontais ou verticais e com depressões ou planas. As placas
com depressões, quando justapostas formam o filtro-prensa de câmaras. Quando
as placas são planas os compartimentos de alimentação da torta são formados
por meio de quadros que separam as diversas placas. Este tipo é chamado filtro-
prensa de placas e quadros.
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a) Filtro-prensa de câmaras
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grandes instalações, por dispositivos de filtragem contínua, têm as seguintes
vantagens:
Desvantagens:
Este tipo de filtro apresenta placas quadradas, com faces planas e bordas
levemente ressaltadas. Entre duas placas sucessivas da prensa há um quadro
que serve como espaçador das placas. De cada lado de um quadro há uma lona
que encosta-se à placa correspondente. Assim, as câmaras onde será formada a
torta ficam delimitadas pelas lonas. A estrutura de suporte do conjunto tem
barras laterais que servem de suporte para as placas e os quadros. O aperto do
conjunto é feito por meio de um parafuso ou sistema hidráulico (Fig. 5).
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Há duas classes de filtros-prensa de placas e quadros: os que permitem
lavar a torta, denominados filtros-prensa lavadores, e os não-lavadores.
A Fig. 6 mostra uma placa e um quadro vistos em perspectiva. A placa é
identificada por um botão na face externa e, o quadro, por dois botões. Em um
dos cantos superiores (às vezes nos inferiores) de cada quadro há um furo
circular que se comunica com a parte interna dos quadros. As placas também
apresentam um furo na mesma posição. Quando a prensa é montada, estes
furos formam um canal de escoamento da suspensão através do qual se alimenta
a lama no interior de cada quadro.
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Um filtro-prensa lavador difere do anterior pela inclusão das placas
lavadoras identificadas por três botões (Fig. 7). A montagem é feita com placas
filtrantes e placas lavadoras alternadas, ficando sempre um quadro entre elas.
No conjunto os elementos ficam assim dispostos: cabeçote fixo (que é uma placa
filtrante modificada) – quadro – placa lavadora – quadro – placa filtrante e assim
sucessivamente. A Fig. 8 esclarece a montagem e o princípio de funcionamento
durante a filtração.
3. Filtros de lâminas
São constituídos de lâminas filtrantes múltiplas dispostas lado a lado. As
lâminas ficam imersas na suspensão a filtrar, sendo feita a sucção do filtrado
para o seu interior por meio de uma bomba de vácuo. Em outros tipos a
suspensão é alimentada sob pressão em um tanque fechado que aloja as
lâminas. Em ambos os casos, a torta se forma por fora das lâminas e o filtrado
passa para o seu interior, de onde sai por um canal apropriado para o tanque de
filtrado.
Uma lâmina típica consta de um quadro metálico resistente (quadrado ou
circular) que circunda uma tela grossa revestida dos dois lados com duas telas
mais finas. O conjunto é envolto por uma lona em forma de saco ou fronha. A
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vedação é feita com cantoneiras metálicas (Fig. 9). Na parte superior de cada
lâmina há uma tubulação de saída do filtrado com válvula e visor. Se uma lâmina
estiver filtrando mal, a válvula correspondente é fechada. O conjunto de tubos
de saída é reunido em um coletor geral que se comunica com o tanque mantido
em vácuo, onde é recolhido o filtrado. Se a torta tiver que ser lavada, o coletor
de saída de filtrado deverá ter uma derivação que vai até um segundo tanque em
vácuo para recolher a água de lavagem.
Figura 11. Variante do filtro Kelly Figura 12. Variante do filtro Kelly
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Figura 13. Variante vertical do filtro Kelly Figura 14. Filtro Sweetland
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As vantagens dos filtros rotativos são a grande capacidade e a pequena
mão-de-obra necessária. Geralmente 30 a 40% da área ficam submersos na
suspensão. Para obter maior capacidade a imersão pode ser aumentada até
70%.
As desvantagens são o custo elevado, o alto custo de operação, a
limitação da diferença de pressões e a imperfeição da lavagem.
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c) Filtros horizontais
O filtro rotatório horizontal mostrado na Fig. 17 é especialmente bem
adaptado à filtração de sólidos cristalinos com drenagem rápida. A superfície
filtrante horizontal impede que os sólidos caiam ou sejam arrastados pela água
de lavagem, e possibilita a operação com camadas excepcionalmente pesadas de
sólidos.
Este filtro é constituído por uma mesa horizontal circular que gira em torno
do eixo central. A mesa é constituída por um conjunto de segmentos, na forma
de setores circulares, cada qual com o topo metálico perfurado ou feito em tela
metálica. Cada setor é recoberto por um meio filtrante conveniente, e está ligado
a um mecanismo central de válvulas, que regulam os instantes apropriados de
remoção do filtrado e dos líquidos de lavagem e do enxugamento da torta,
durante cada volta da mesa. Cada setor recebe, sucessivamente, a suspensão,
depois ocorre a drenagem e a lavagem da torta. A etapa de lavagem pode ser
feita até três vezes. Para a retirada da torta, em alguns modelos, o setor gira e
fica invertido, enquanto a torta é ejetada por um sopro, ao chegar ao final da
volta.
5. Filtros especiais
São alguns filtros que desempenham funções especiais e cuja inclusão em
qualquer das classes anteriores não seria muito nítida. Mais importantes são os
filtros a vácuo de batelada, o espessador Shriver e os metalfiltros.
Os filtros a vácuo de batelada são os Nutsch, semelhantes aos funis de
Büchner de laboratório. Prestam-se para operações de pequena escala e para
filtrar líquidos corrosivos. O investimento é pequeno, mas a mão-de-obra de
operação é elevada.
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O espessador Shriver parece um filtro-prensa, mas não tem quadros.
Funciona sob pressão, dando um líquido claro e uma lama espessada. Podem-se
utilizar unidades em série para conseguir maior espessamento da lama.
Os metalfiltros são modelos especiais de filtros que se prestam para
clarificar líquidos contendo pequenas quantidades de sólidos muito finos. São
conhecidos também como filtros de cartucho (Fig. 18). São usados para a
clarificação de águas, solventes e óleos vegetais. Sua operação é muito
econômica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/
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