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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE MEDICINA
CURSO TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA

COMPARAÇÃO ENTRE AS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS UTILIZADAS


NO MODO CONVENCIONAL, NAS RADIOGRAFIAS DE TÓRAX
PADRÃO OIT, EM RELAÇÃO AO SISTEMA DIGITAL

BELO HORIZONTE
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE MEDICINA
CURSO TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

GILBERTO ALVES DE OLIVEIRA

COMPARAÇÃO ENTRE AS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS UTILIZADAS


NO MODO CONVENCIONAL, NAS RADIOGRAFIAS DE TÓRAX
PADRÃO OIT, EM RELAÇÃO AO SISTEMA DIGITAL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à


Banca Examinadora da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais, para
obtenção de graduação em Tecnologia em
Radiologia, sob a orientação do Professor Giovanni
Antônio Paiva de Oliveira

BELO HORIZONTE
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Oliveira G, Alves de
COMPARAÇÃO ENTRE AS TÉCNICAS
RADIOGRÁFICAS UTILIZADAS NO MODO
CONVENCIONAL, NAS RADIOGRAFIAS DE
TÓRAX NO PADRÃO OIT, EM RELAÇÃO AO
SISTEMA DIGITAL
Belo Horizonte, 12 setembro de 2016.

Total de: 44 páginas.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)


Faculdade de Medicina - Universidade Federal
de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2016.
(OLIVEIRA G, 2016).

Palavras-chave: Pneumoconioses, Radiografia


de Tórax, padrão OIT. Raios X convencional,
Raios X digital.
DEDICATÓRIA

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque


seus pensamentos tornam-se suas palavras.
Mantenha suas palavras positivas, porque suas
palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas
atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se
seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos,
porque seus hábitos tornam-se seus valores.
Mantenha seus valores positivos, porque seus
valores... Tornam-se seu destino”.

Mahatma Gandhi
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que contribuíram no decorrer dessa jornada, primeiramente a Deus por ter me
dado forças e saúde para superar as dificuldades. À minha esposa Andrea que sempre esteve ao
meu lado, me apoiou e me incentivou nas horas difíceis. Ao meu filho Gabriel pelo carinho,
apoio, incentivo e pela compreensão na ausência nos momentos de estudo. À toda minha família
por torcerem e acreditar que eu venceria mais essa batalha. Aos amigos que entenderam minha
ausência e aos amigos que fiz no curso no qual foram de extrema importância para que eu
conseguisse chegar até aqui. Ao Dr. Eduardo Algranti da FUNDACENTRO, pela atenção e
colaboração para realização desse trabalho. Agradeço a todos os professores por me
proporcionar o conhecimento, não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade
da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a mim e ao curso,
os meus eternos agradecimentos. Ao meu orientador Prof. Giovanni Antônio Paiva de Oliveira,
por ter me acolhido, acreditado em mim e por ter sido meu grande amigo e a todos que direta
ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
RESUMO

A população brasileira potencialmente exposta a sílica, foi estimada, na década de 90, em


6.600.000 pessoas, das quais 500.000 trabalhavam em mineração e garimpo, 2.300.000
trabalhavam na indústria de transformação e 3.800.000 na construção civil. Recentemente,
calculou-se que cerca de 2.000.000 de trabalhadores brasileiros formais, tem contato com
poeiras de sílica por pelo menos 30% de sua jornada de trabalho (Capitani & Algranti, 2009).
A legislação trabalhista, utiliza o método de interpretação radiológica para o acompanhamento
periódico, admissional e demissional de trabalhadores expostos à poeira mineral. As doenças
ocupacionais pulmonares relacionadas etiologicamente à inalação de poeira mineral em
ambiente de trabalho, são conhecidas como Pneumoconioses e o principal método de rotina
para controle de populações expostas ao risco, é a radiografia de tórax. A Organização
Internacional do Trabalho – OIT, é responsável pela classificação dessas doenças ocupacionais.
A versão utilizada atualmente é a de 2011 que corresponde à sétima revisão e a Norma
Regulamentadora 7, NR-7 é o Programa de Controle Ocupacional pela legislação brasileira.
Comparando as técnicas radiográficas utilizadas nas radiografias de tórax no padrão OIT 2000
e 2011, verificou-se que houve modificações nos parâmetros técnicos dos equipamentos de
raios X no modo digital, em relação ao método analógico da OIT 2000. O foco fino que era no
máximo 2 mm, foi reduzido para um foco mais fino, de 0,6 a 1,2 mm, o tempo de exposição
permanece baixo, para redução da dose no paciente e a distância focal que era de 1,80 m, foi
padronizada em 1,50 m.

Palavras-chave: Pneumoconioses, Radiografia de Tórax, padrão OIT. Raios X convencional,


Raios X digital.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13

2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 14

3 OBJETIVOS ................................................................................................................. 15

Objetivo Geral .............................................................................................................. 15

3.1.1 Objetivos Específicos ................................................................................................... 15

4 MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................... 16

5 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 17

5.1.1 Dose de Radiação na Radiografia de Tórax.................................................................. 18

5.1.2 Exemplo de Técnica Radiográfica de Tórax ................................................................ 18

5.1.3 Critérios de Qualidade da Imagem ............................................................................... 19

6 OIT - Organização Internacional do Trabalho .............................................................. 20

7 Diretrizes para Utilização da Classificação Internacional da OIT de Radiografias de


Pneumoconioses ........................................................................................................... 21

7.1.1 Objetivo da Classificação ............................................................................................. 21

7.1.2 Usos da Classificação ................................................................................................... 22

7.1.3 Anormalidades do Parênquima Pulmonar .................................................................... 22

8 Norma Regulamentadora 7, NR - 7 (Incluído pela Portaria Secretaria de Inspeção do


Trabalho - SIT n. º 223, de 06 de maio de 2011) .......................................................... 24

Exigências Legais para Funcionamento do Serviço de Radiologia: ............................. 24

8.1.1 Condições Ambientais dos Serviços de Radiologia: .................................................... 25

8.1.2 Qualidade Técnica da Radiografia de Tórax Padrão OIT ............................................ 25


8.1.3 Características Mínimas para Equipamentos Utilizados para Realização das
Radiografias de Tórax Padrão OIT ............................................................................... 26

8.1.4 Comparação entre as Técnicas Radiográficas Padrão OIT no Modo Analógico em


Relação ao Sistema Digital ........................................................................................... 27

8.1.5 Equipamentos Transportáveis para Radiografia de Tórax Padrão OIT (Subitem


acrescentado pela Portaria MTE Nº 1892 DE 09/12/2013) .......................................... 28

8.1.6 Identificação dos Filmes Radiográficos ........................................................................ 28

8.1.7 Processamento dos Filmes ............................................................................................ 29

8.1.8 Análise de Imagens ....................................................................................................... 30

8.1.9 Leitura Radiológica ...................................................................................................... 31

9 Utilização de Radiografias Digitais de Tórax Padrão OIT ........................................... 32

9.1.1 Equipamentos de Radiologia Digital ............................................................................ 32

9.1.2 Equipamentos de Raios X CR (Computer Radiography) ............................................. 32

9.1.3 Equipamentos de Raios X DR (Digital Radiography) .................................................. 33

9.1.4 Aquisição e Processamento da Imagem ....................................................................... 34

9.1.5 Princípios de Visualização ............................................................................................ 34

9.1.6 Exemplos de Práticas Não Recomendadas: .................................................................. 34

9.1.7 Exibição das Imagens ................................................................................................... 35

9.1.8 Imagens Geradas ........................................................................................................... 35

9.1.9 Aquisição, Exibição e Arquivamento de Imagens Digitais .......................................... 36

9.1.10 Gravação e Arquivamento de Dados e Segurança ........................................................ 37

9.1.11 Ética e Segurança no Armazenamento de Imagens Digitais ........................................ 37


10 Parâmetros Físicos para Obtenção de Radiografias de Tórax de Qualidade Técnica
Adequada (Anexo II do Quadro II da NR-7) ................................................................ 38

11 RESULTADOS ............................................................................................................ 39

12 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 40

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 41

14 ANEXO A .................................................................................................................... 44
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Radiografia de Tórax em Projeção PA. ................................................................... 19

Figura 2 - Quadrante Superior Direito Radiografia de Tórax PA. ........................................... 23

Figura 3 - Silicose Crônica. ...................................................................................................... 24

Figura 4 - Sala de Raios X com Luz Vermelha para Aviso de Disparo de Raios X. ............... 25

Figura 5 - Equipamento de Raios X Convencional. ................................................................. 26

Figura 6 - Radiografia de Tórax em Projeção PA. ................................................................... 29

Figura 7 - Processadora Kodak ................................................................................................. 29

Figura 8 - Análise de Radiografias de Tórax no Negatoscópio ................................................ 30

Figura 9 - Equipamento para Leitura de Placas de Fósforo e Produção de Imagem Digital.... 33

Figura 10 - Equipamento de Raios X Digital (DR) Siemens Axion Luminos. ....................... 33

Figura 11 - Monitores de Tela Plana ........................................................................................ 35

Figura 12 - Diagrama Simplificado Rede DICOM. ................................................................ 37

Figura 13 - Mesa de Comando Equipamento de Raios X digital Siemens............................... 38


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

cm – centímetro

CR – (Computer Radiography) Radiografia Computadorizada

DR – (Digital Radiography) Radiografia Digitalizada

FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho

KV - Kilovoltagem

Kvp – Kilovoltagem pico

mAs – Milamperagem por segundo

mm – milímetro

ms – Milesegundos

mSv – Miliesieverts

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

OIT - Organização Internacional do Trabalho

PA – Póstero-Anterior

seg. - segundos

SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho

SVS/MS – Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

TCAR – Tomografia Computadorizada de Alta Resolução

UNSCEAR - (United Nations Scientific Committee) Comitê Científico das Nações Unidas
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Trabalhadores Expostos à Sílica na Década de 90. ............................................... 17


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Trabalhadores Expostos à Sílica na Década de 90 .................................................. 17

Tabela 2 - Comparação dos Níveis de Radiação em miliesieverts (mSv). ............................... 18

Tabela 3 - Exemplo de Parâmetros Técnicos Adequados para Radiográfica de Tórax em


Projeção PA. ............................................................................................................................. 18

Tabela 4 - Critérios Quanto a Qualidade da Imagem Projeção PA. ......................................... 20

Tabela 5 – Comparação entre as Técnicas Radiográficas Padrão OIT 2000 e 2011 ................ 27
13

1 INTRODUÇÃO

A Radiografia de tórax no padrão OIT é o método internacionalmente aceito e aplicado com


frequência para o controle periódico de trabalhadores expostos a inalação de poeiras minerais.
A OIT – Organização Internacional do Trabalho foi criada em 1919, com o objetivo de
promover a justiça social e, assim, contribuir para a paz universal e permanente. A OIT tem
uma estrutura tripartite única entre as Agências do Sistema das Nações Unidas, na qual os
representantes de empregadores e de trabalhadores têm a mesma voz que os representantes de
governos. No ano de 1930, em sua primeira versão, estabeleceu um padrão de classificação
radiológica para o estudo das doenças que acometem o parênquima pulmonar. A inalação de
poeiras típicas de um determinado ambiente de trabalho, acometem o sistema respiratório,
sendo classificada como Pneumoconioses (Algranti, E. 2013). Dentre as Pneumoconioses mais
conhecidas estão a Silicose, que é a principal causa de invalidez entre as doenças respiratórias
ocupacionais (Centers for Disease Control and Prevention - CDC, 1998), Asbestoses, que é
provocada pela inalação de asbestos produzidos pelo Amianto e Antracose, que é produzida
pela inalação de poeiras de carvão (Possebon, J. 2014). Com o avanço das tecnologias na prática
radiológica médica, como a migração do sistema analógico para o digital, torna-se necessário
avaliar os parâmetros técnicos utilizados na aquisição das radiografias de tórax. Dessa maneira
é necessário comparar tais parâmetros técnicos entre a tecnologia analógica com o sistema
digital. A radiografia de tórax no padrão OIT, requer algumas condições técnicas específicas,
como por exemplo a avaliação da distância focal, dentre outros parâmetros utilizados na
aquisição. Conforme NR – 7 sistemas de radiologia digital do tipo CR ou DR podem ser
utilizados para a obtenção de imagens radiológicas do tórax para fins de interpretação
radiológica da OIT, desde que o controle de qualidade das imagens seja assegurado. O detector
digital tem demonstrado maior eficiência na avaliação da resolução espacial, de resolução de
contraste, o que permite em alguns casos acurácia superior ao método analógico, (Botelho, M.
2015).
14

2 JUSTIFICATIVA

Com o avanço das tecnologias na radiologia médica, torna-se importante a inserção da imagem
radiológica, no modo digital.

No princípio ALARA “As Low As reasonably Achievable”, que é o princípio da otimização no


âmbito de proteção radiológica, estabelece em sua filosofia básica, a redução da exposição de
dose de radiação, para os pacientes e indivíduos ocupacionalmente expostos, por isso a
necessidade de verificação dos parâmetros técnicos utilizados nos equipamentos de raios X
digital em relação ao método convencional e se a distância focal foi alterada.
15

3 OBJETIVOS

Objetivo Geral

Fazer uma revisão bibliográfica das diretrizes e normas técnicas, para radiografia de tórax no
padrão OIT.

Realizar uma comparação dos parâmetros técnicos e distância focal, utilizados no sistema
analógico em relação ao digital.

3.1.1 Objetivos Específicos

Verificar se houve alteração na distância focal e analisar as modificações na configuração dos


parâmetros utilizados, na técnica radiográfica de tórax, no padrão OIT, comparando o método
analógico com o digital.
16

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para este trabalho foi utilizado como revisão bibliográfica a Norma Regulamentadora 7, NR -
7 do Ministério do Trabalho e Secretaria de Inspeção do Trabalho, Diretrizes para Uso da
Classificação Internacional de Radiografias de Pneumoconioses da OIT e FUNDACENTRO –
Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho que traduziu as
Diretrizes para o português.
17

5 REFERENCIAL TEÓRICO

A população brasileira potencialmente exposta a sílica, foi estimada, na década de 90, em


6.600.000 pessoas, das quais 500.000 em mineração e garimpo, 2.300.000 na indústria de
transformação e 3.800.000 na construção civil, ilustrados na Tabela 1.

Tabela 1 - Trabalhadores Expostos à Sílica na Década de 90

Trabalhadores Expostos à Sílica na Década de 90.

Indústria de
Construção civil Mineração de garimpo
transformação
3.800.000 2.300.000 500.000

Fonte: Adaptado (Capitani & Algranti, 2009)

O Gráfico 1, demonstra que, o maior número de trabalhadores expostos à sílica é na construção


civil.

Gráfico 1 - Trabalhadores Expostos à Sílica na Década de 90.

6.600.000 Trabalhadores Expostos à Sílica em 1990


4,000,000
3,500,000
3,000,000
2,500,000
2,000,000
1,500,000
1,000,000
500,000
0
Construção Civil Indústria de Transformação Mineração e Garimpo

Fonte: Adaptado (Capitani & Algranti, 2009)

Recentemente, calculou-se que cerca de 2.000.000 de trabalhadores brasileiros formais, tem


contato com poeiras de sílica por pelo menos 30% de sua jornada de trabalho (Capitani &
Algranti, 2009). Em um estudo com 687 cavadores de poços no Ceará, encontrou-se uma
prevalência de silicose de 27%, indicador que pode ser inferior em atividades profissionais que
acarretem menor exposição. (Holanda MA, Martins MP, Felismino PH, Pinheiro VG.1995).
18

5.1.1 Dose de Radiação na Radiografia de Tórax

A taxa de dose efetiva proveniente da radiação natural é de cerca de 2,4 mSv, per-capta, por
ano (UNSCEAR, 2000). O risco para a saúde não só depende da intensidade da radiação e a
duração da exposição, mas também do tipo de tecido afetado pela radiação e da sua capacidade
de absorção. Na Tabela 2, é demonstrado que a dose efetiva total admissiva para uma
radiografia de tórax é de 0,02 milisievert (mSv).

Tabela 2 - Comparação dos Níveis de Radiação em miliesieverts (mSv).

Doses Efetivas Totais Admissíveis em mSv


Dose Exposição em mSv
Radiografia de Tórax 0,02
Mamografia por Raios X 0,7
Radiação que somos expostos ao ano 2,4*
Tomografia de Tórax 8,0

Fonte: (adaptado: Diretrizes Assistenciais- Hospital Albert Einstein, 2009, * UNSCEAR,


2000).

5.1.2 Exemplo de Técnica Radiográfica de Tórax

Conforme a Euopean Guidelines on Quality Criteria for Diagnostic, 1996, mostra que a técnicas
para uma boa radiografia de tórax, em um paciente adulto típico, deve ser feita com uma distância
focal de 180 cm, podendo variar de 140 a 200 cm, como mostrado na Tabela 3.

Tabela 3 - Exemplo de Parâmetros Técnicos Adequados para Radiográfica de Tórax em


Projeção PA.

Exemplo de Parâmetros Técnicos Adequados para Radiografia de Tórax em Projeção


PA
Dispositivo radiográfico Suporte vertical com grade móvel ou estática
Distância foco-filme 180 (140-200) cm
Tensão de pico aplicada (kVp) 125
Filtração total ≥ 3,0 mm Al (equivalência)
Tempo de exposição (ms) < 20 ms
Fonte: (adaptado: Euopean Guidelines on Quality Criteria for Diagnostic, 1996)
19

5.1.3 Critérios de Qualidade da Imagem

A radiografia de tórax, requer alguns critérios que devem ser seguidos para que a imagem
adquirida seja de boa qualidade. O bordo medial da escápula deve ser afastado para que não
sobreponha o parênquima pulmonar. Na Figura 1, demonstra o bordo medial da escápula
sobrepondo os campos pleuro-pulmonares superiores bilaterais.

Figura 1 - Radiografia de Tórax em Projeção PA.

Fonte: Acervo do Autor

Para visualizar o parênquima pulmonar, é preciso que na hora da exposição o paciente execute
uma inspiração profunda sustida, ou seja, fazer uma inspiração máxima e reter o ar dentro do
pulmão, para que na imagem radiográfica demonstre 6 costelas anteriores, ou 10 posteriores,
como mostrado na Tabela 4.
20

Tabela 4 - Critérios Quanto a Qualidade da Imagem Projeção PA.

Critérios Quanto a Qualidade da Imagem de Tórax em Projeção PA


01 Executada em inspiração profunda sustida (confirmada pela posição das costelas
acima do diafragma – 6 anteriormente, ou 10 posteriormente).
02 Reprodução simétrica do tórax, tal como demonstrado pela posição central das
apófises espinhosas entres as articulações esterno-claviculares.
03 O bordo medial da escápula não deve sobrepor-se aos campos pulmonares.
04 Reprodução de toda a caixa torácica situada acima do diafragma.
05 Reprodução visual precisa do padrão vascular de todo o pulmão e dos vasos
periféricos.
06 Reprodução visual precisa de:
a) Traqueia e parte proximal dos brônquios;
b) Bordos cardíacos e aorta;
c) Diafragmas e ângulos costofrênicos laterais
07 Visualização da porção retrocardíaca dos pulmões e mediastiano.
08 Visualização da coluna através da sombra cardíaca.

Fonte: (adaptado: Euopean Guidelines on Quality Criteria for Diagnostic, 1996)

6 OIT - Organização Internacional do Trabalho

A OIT - Organização Internacional do Trabalho foi fundada em 1919, com o objetivo de


promover a justiça social e, assim, contribuir para a paz universal e permanente, tem uma
estrutura tripartite única entre as Agências do Sistema das Nações Unidas, na qual os
representantes de empregadores e de trabalhadores, têm a mesma voz que os representantes de
governos. Promoveu debates, e publicou uma série de diretrizes, de como classificar
radiografias de tórax de indivíduos com Pneumoconioses, com o objetivo de padronizar
métodos de classificação e facilitar as comparações internacionais de dados sobre
Pneumoconioses, pesquisas epidemiológicas e relatórios de pesquisas. Desde 1930 em sua
primeira versão a OIT adota, revisa e edita a classificação radiológica das Pneumoconioses. A
versão de 2011, em uso corrente, corresponde à sétima revisão. No Brasil, sua utilização é
prevista na legislação trabalhista, como o método de interpretação radiológica para o controle
periódico, admissional e demissional de trabalhadores expostos a poeiras minerais (OIT, 2011).
21

No Padrão OIT, a classificação radiológica é utilizada para descrever anormalidades


radiográficas que ocorrem em todo tipo de Pneumoconioses. Foi elaborada para classificar
características vistas em radiografias póstero-anteriores de tórax. Outras incidências e técnicas
de imagem podem ser necessárias para avaliação clínica, mas a Classificação Internacional da
OIT não foi idealizada para codificar esses achados (OIT, 2000).

7 Diretrizes para Utilização da Classificação Internacional da OIT de Radiografias


de Pneumoconioses

A versão de 2000, traduzida e publicada pela FUNDACENTRO, mencionou que outras


técnicas de imagens podem ser necessárias para propósitos clínicos, porém enfatizou que a
Classificação OIT não foi elaborada para codificar achados provenientes de outros métodos de
imagem. Como previsto, os métodos de imagem do tórax para avaliação de doenças
respiratórias continuaram a evoluir.

Meirelles GSP, Kavakama JI, Rodrigues RT , 2006 mostraram que dentre os avanços recentes,
inclui-se a Tomografia Computadorizada (TC), especialmente quando realizada com a técnica
de alta resolução (TCAR), tem sido considerada o melhor exame para a avaliação das doenças
respiratórias ambientais e ocupacionais, com as ressalvas de ser um método mais caro, menos
disponível e que requer profissionais com formação adequada para a correta interpretação dos
achados de imagem, o que nem sempre é possível.

Outros métodos de imagem, como a ultrassonografia, ressonância magnética, cintilografia com


gálio, testes ventilação-perfusão e tomografia por emissão de pósitrons, ainda não têm papel
bem estabelecido, por isso, a radiografia simples do tórax, é o método tradicionalmente
empregado na avaliação inicial de doenças respiratórias, não apenas por sua ampla
disponibilidade, mas também em razão de outros fatores como custo e facilidade de realização.
A utilização extensiva de técnicas digitais, que, sob condições adequadas, permitem a
classificação de anormalidades de forma consistente com a classificação de radiografias
convencionais (Meirelles GSP, Kavakama JI, Rodrigues RT , 2006).

7.1.1 Objetivo da Classificação

O principal objetivo da classificação, é codificar as alterações radiológicas das


Pneumoconioses, de maneira simples e reprodutível. Sua utilização permite uma classificação
padronizada e a análise evolutiva das imagens torácicas, informações que irão compor os dados
22

necessários para o diagnóstico de Pneumoconioses e ou outras doenças respiratórias. É o


método internacionalmente aceito e aplicado com frequência para o controle periódico de
trabalhadores expostos a inalação de poeiras minerais. É importante salientar que o diagnóstico
de Pneumoconioses é feito através da soma de informações clínicas, ocupacionais (incluindo
período de latência apropriado) e alterações de imagens compatíveis. Os exames radiológicos
são descritivos e, isoladamente, não fazem diagnóstico de Pneumoconioses (OIT, 2011).

7.1.2 Usos da Classificação

A Classificação internacional de radiografias de Pneumoconioses da OIT (2000) é


acompanhada de dois conjuntos de radiografias-padrão. Ambos estão disponíveis na OIT. O
primeiro “conjunto completo de radiografias” consiste de vinte e duas radiografias. Vinte delas
são cópias digitalizadas a partir de radiografias-padrão de tamanho original distribuídas
anteriormente com a edição de 1980 da Classificação da OIT. A Série “Quad” “segundo
conjunto de radiografias”, consiste de quatorze radiografias. Nove delas são padrões mais
comumente utilizados a partir do conjunto completo. As outras cinco reproduzem secções,
quadrantes, das radiografias remanescentes do mesmo conjunto. A OIT 2000 ou Radiografias
Padrão OIT, referem-se aos conjuntos de radiografias distribuídos pela OIT a partir de 2000. A
OIT 2011- D ou Imagens-padrão OIT digitais, referem-se a imagens das radiografias padrão
OIT 2000 digitalizadas e distribuídas pela OIT em formato eletrônico a partir de 2011. Utilizada
internacionalmente em pesquisas epidemiológicas, para triagem e vigilância de trabalhadores
que se encontrem em ocupações que os exponham à poeira e para fins clínicos. Sua utilização
pode melhorar a comparabilidade de dados sobre Pneumoconioses de forma global (OIT, 2011).

7.1.3 Anormalidades do Parênquima Pulmonar

Segundo OIT, versão 2011, anormalidades do parênquima incluem as pequenas e as grandes

opacidades. Para pequenas opacidades regulares, as três faixas de tamanho são indicadas pelas

letras p, q e r, definidas pela presença das pequenas opacidades nas radiografias padrão
correspondentes, onde:

p = opacidades com diâmetros de até cerca de 1,5 mm;

q = opacidades com diâmetros acima de 1,5 mm e de até cerca de 3 m;

r = opacidades com diâmetros acima de 3 mm e de até cerca de 10 mm.


23

As três faixas de tamanho de pequenas opacidades irregulares são indicadas pelas letras s, t e u
e acusam a presença de pequenas opacidades nas radiografias-padrão correspondentes, onde:

s = opacidades com largura de até cerca de 1,5 mm;

t = opacidades com largura acima de 1,5 mm e de até cerca de 3 mm;

u = opacidades com largura acima de 3 mm e de até cerca de 10 mm.

A imagem da Figura 2, é de uma radiografia de tórax de um indivíduo exposto à sílica.


Observam-se múltiplos nódulos, menores que 0,5 cm no campo pulmonar superior direito
(Meirelles GSP, Kayakama JI, Rodrigues RT, 2006).

Figura 2 - Quadrante Superior Direito Radiografia de Tórax PA.

Fonte: ( adaptado: Meirelles GSP, Kavakama JI, Rodrigues RT , 2006).

Conforme a OIT, versão 2011, a grande opacidade é definida como aquela cuja dimensão mais
longa seja maior que 10 mm. São definidas abaixo as categorias de grandes opacidades. Essas
definições têm precedência sobre os exemplos de grandes opacidades ilustradas em
radiografias-padrão. A imagem da Figura 3, é de uma radiografia de tórax de Silicose Crônica
com grande opacidade na projeção do lobo superior direito (seta) Meirelles GSP, Kayakama JI,
Rodrigues RT,2006.
24

Figura 3 - Silicose Crônica.

Fonte: ( adaptado: J Bras Pneumol. 2006)

8 Norma Regulamentadora 7, NR - 7 (Incluído pela Portaria Secretaria de Inspeção


do Trabalho - SIT n. º 223, de 06 de maio de 2011)

Em 2011 a Secretaria de Inspeção do Trabalho alterou o Quadro II e o Anexo II do Quadro II


da NR – 7, em virtude dos avanços tecnológicos.

Exigências Legais para Funcionamento do Serviço de Radiologia:

Para o funcionamento do Serviço de Radiologia, deverão ser observadas as seguintes exigências


legais, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (Portaria SVS
n. º 453, Diário Oficial da União de 01/06/1998).

a) Alvará da Vigilância Sanitária específico para a Radiologia;

b) Relatório de Testes de Constância;

c) Medidas Radiométricas do Equipamento e da Sala de Exame;

d) Medidas de Radiações de Fuga;

e) Dosímetros Individuais;

f) Registro no Conselho Regional de Medicina especifico para Radiologia;


25

g) Registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.

8.1.1 Condições Ambientais dos Serviços de Radiologia:

O serviço de radiologia deve possuir sala com, no mínimo, 25 m², com paredes baritadas ou
com revestimento de chumbo, com portas blindadas com chumbo, com avisos de
funcionamento e luz vermelha para aviso de disparo de Raios X (Figura 4) e demais condições
previstas na Norma Regulamentadora 32.

Figura 4 - Sala de Raios X com Luz Vermelha para Aviso de Disparo de Raios X.

Fonte: (www.radioinmama.com.br, 2010)

8.1.2 Qualidade Técnica da Radiografia de Tórax Padrão OIT

A qualidade técnica da imagem radiográfica é classificada em 4 níveis:

1. Boa;

2. Aceitável, sem nenhum defeito técnico que possa comprometer a classificação da radiografia
para Pneumoconioses;

3. Aceitável, com alguns defeitos técnicos, mas ainda adequada para fins de classificação;

4. Inaceitável para fins de classificação;

Se a qualidade técnica não for de nível 1, os defeitos técnicos devem ser descritos em
“Comentários” conforme Anexo A (OIT, 2000).
26

8.1.3 Características Mínimas para Equipamentos Utilizados para Realização das


Radiografias de Tórax Padrão OIT

Os equipamentos para realização das radiografias de tórax padrão OIT, devem ter as
características abaixo:

a) Gerador monofásico de alta frequência de preferência e ou trifásico de 6 a 12 pulsos, no


mínimo de 500 mA;

b) Tubo de Raios X - 30/50 (anodo giratório);

c) Filtro de Alumínio de 3,0 a 5,0 mm;

d) Grade Fixa com distância focal de 1,50 m;

e) Razão da grade 10:1 com mais de100 colunas;

f) Razão da grade 12:1 com 100 colunas.

A Figura 5, demonstra um equipamento de raios X, com a distância foco-filme de 1,50 m do


tubo de raios X até a grade fixa.

Figura 5 - Equipamento de Raios X Convencional.

Distancia
focal:1,50m

Fonte: (adaptado: https://dicasradiologia.blogspot.com.br/2014 )


27

8.1.4 Comparação entre as Técnicas Radiográficas Padrão OIT no Modo Analógico em


Relação ao Sistema Digital

Na rotina normal para Radiografia de Tórax, utiliza-se foco grosso (Biasoli, A. 2007). Mas no
Padrão OIT 2011, é utilizado foco fino, e os parâmetros utilizados deverão observar os seguintes
padrões, conforme demonstrado na Tabela 5.

Tabela 5 – Comparação entre as Técnicas Radiográficas Padrão OIT 2000 e 2011

OIT 2000 (sistema analógico) OIT 2011 (sistema analógico e digital)

Gerador monofásico e/ou trifásico no Gerador monofásico e/ou trifásico, 6 a 12

mínimo de 300 mA - anodo giratório pulsos, no mínimo de 500 mA - anodo


giratório

Foco fino menor que 2,0 mm Foco fino 0,6 a 1,2 mm

Corrente de 60 Hz 0,017 não excedendo


0,03 seg. Para corrente de 50 Hz 0,02 a Tempo 0,01, 0,02 ou 0,03 seg.
0,04 seg.

Distância focal de 1,80 m, não devendo ser


Distância focal 1,50 m
inferior a 1,50 m

125 KV Constante 40 ou 50 KV

Filtro de Alumínio 2,0 mm Filtro de Alumínio 3,0 a 5,0 mm

Razão da grade 10:1 com mais de 100 Razão da grade 10:1 com mais de 100
colunas colunas e 12:1 com mais de 100 colunas

Fonte: (adaptado: Guias de Evaluacion Médico Ocupacional (GEMO-007),2008, NR-7,


Alteração dada pela Portaria SIT, n. º 223/2011).
28

Conforme observado, na Tabela 5, com implemento do sistema digital, foram feitas várias
alterações através da Portaria n. º 223/2011 nos parâmetros utilizados pela OIT 2000, o foco
fino que era no máximo 2 mm, foi reduzido para um foco mais fino, de 0,6 a 1,2 mm, o tempo
de exposição permanece baixo, para redução da dose no paciente. Na OIT 2000 o KV foi
padronizado em 125. Na alteração da norma de 2011 da NR-7, não foi mencionado o fator KV,
mas foi citado que a constante dos equipamentos deve ser de 40 a 50 KV. Para calcular o KV,
conforme Boisson, LF. 2007, deve-se utilizar a fórmula KV = e. 2 + K, ou seja, medir a
espessura do paciente na região torácica, multiplicar por 2 e somar com a constante do
equipamento de raios X. O filtro de alumínio aumentou de 2,0 mm para 3,0 a 5,0 mm, para
bloquear raios X de baixa energia, a distância focal foi padronizada em 1,50 m, pois na OIT
2000, era de 1,80 m e com distância mínima de 1,50 m, a potência do gerador passou de 300
mA para 500 mA e foi mantido o anodo giratório, para maior durabilidade do tubo de raios X.

Nos equipamentos digitais CR e DR, não se deve utilizar o modo automático de exposição do
equipamento de raios X, para realização de radiografias de tórax no padrão OIT, uma vez que
nesta função, as doses são maiores que aquelas recomendadas para o objetivo diagnóstico,
preferindo técnicas manuais.

8.1.5 Equipamentos Transportáveis para Radiografia de Tórax Padrão OIT (Subitem


acrescentado pela Portaria MTE Nº 1892 DE 09/12/2013)

No caso de utilização de Equipamentos Transportáveis, para Radiografias de Tórax, deverão


ser cumpridas, além do exigido no item 8.1.3, as seguintes exigências:

a) Alvará específico para funcionamento da unidade transportável de Raios X;

b) Ser realizado por profissional legalmente habilitado e sob a supervisão de responsável


técnico, nos termos da Portaria SVS/MS nº 453, de 1 de junho de 98;

c) Laudo Técnico emitido por profissional legalmente habilitado, comprovando que os


equipamentos utilizados, atendem ao exigido no item 5 da Portaria n° 223 MTE.

8.1.6 Identificação dos Filmes Radiográficos

Nos filmes deve constar no canto superior direito, localizado na letra D da Figura 6, a data da
realização do exame, número de ordem do serviço ou do prontuário do paciente, nome completo
do paciente ou as iniciais do nome completo, nome da instituição.
29

Figura 6 - Radiografia de Tórax em Projeção PA.

Fonte: (adaptado:http://telemedicinamorsch.com.br/blog, 2016)

8.1.7 Processamento dos Filmes

O processamento dos filmes deve ser realizado por Processadora Automática com um sistema
de depuração de resíduos que atenda às exigências dos órgãos ambientais responsáveis. A figura
7 demonstra uma processadora automática para revelação de filmes radiográficos.

Figura 7 - Processadora Kodak

Fonte: (adaptado: Eastman Kodak Company, 2006)


30

8.1.8 Análise de Imagens

Conforme publicação das Diretrizes para Utilização da Classificação Internacional da OIT de


Radiografias de Tórax (FUNDACENTRO, 2011), quando se visualizam radiografias
convencionais ou imagens digitais impressas em filmes, a aplicação da classificação radiológica
da OIT requer o uso das radiografias-padrão OIT 2000.

Os negatoscópios, como demonstrado na Figura 8, para exame tanto das radiografias a serem
classificadas, como das radiografias-padrão, devem ficar suficientemente próximos do leitor
para que ele possa observar as opacidades com 1 mm de diâmetro, isto é, a uma distância
aproximada de 250 mm. É também essencial visualizar a radiografia inteira. O leitor deve estar
confortavelmente sentado. São necessários, no mínimo, dois corpos de negatoscópio que
facilitem a comparação da radiografia do paciente com as radiografias-padrão. Recomenda-se,
porém, que sejam utilizados três corpos, de tal forma que a radiografia do indivíduo seja
colocada entre as radiografias-padrão apropriadas para avaliação da profusão. É importante
facilitar a seleção e o posicionamento das radiografias-padrão para fins de comparação, o que
é obrigatório. Os negatoscópios devem ser mantidos limpos e a intensidade da iluminação deve
ser uniforme sobre toda a superfície. A iluminação geral da sala deve ser fraca, sem luz direta
do sol. O local deve ser tranquilo, confortável e livre de distrações.

Figura 8 - Análise de Radiografias de Tórax no Negatoscópio

Fonte: (adaptado: https://www.youtube.com/watch?v=mcsZFfTPyg4, 2008)


31

8.1.9 Leitura Radiológica

A leitura radiológica é descritiva. (Redação do subitem dada pela Portaria MTE Nº 1892 DE
09/12/2013).

O diagnóstico de Pneumoconioses envolve a integração do histórico clínico/ocupacional


associado à radiografia do tórax. (Inserido pela Portaria SIT n. º 236, de 10 de junho de 2011)

Em casos selecionados, a critério clínico, pode ser realizada a Tomografia Computadorizada de


Alta Resolução de Tórax. (Inserido pela Portaria SIT n. º 236, de 10 de junho de 2011)

Para a interpretação e emissão dos laudos dos exames radiológicos que atendam ao disposto na
NR-7 devem ser utilizados, obrigatoriamente, os critérios da OIT na sua revisão mais recente,
a coleção de radiografias-padrão e um formulário específico (Anexo A), para a emissão do
laudo. (Alterado pela Portaria SIT n. º 236, de 10 de junho de 2011)

O laudo do exame deve ser assinado por um (ou mais de um, em caso de múltiplas leituras) dos
seguintes profissionais:

a) Médico Radiologista com Título de Especialista e com capacitação e/ou certificação na


Classificação Radiológica da OIT;

b) Médicos de outras especialidades, que possuam título de especialidade em Pneumologia,


Medicina do Trabalho ou Clinica Medica (ou uma das suas subespecialidades) e que possuam
capacitação e/ou certificação na Classificação Radiológica da OIT.

A denominação "Qualificado" se refere ao Médico que realizou o treinamento em Leitura


Radiológica por meio de curso/módulo específico (Redação do subitem dada pela Portaria MTE
Nº 1892 DE 09/12/2013).

A denominação “Certificado” se refere ao Médico treinado e aprovado em exame de


proficiência em Leitura Radiológica. (Inserido pela Portaria SIT n. º 236, de 10 de junho de
2011). Caso a certificação seja concedida pelo exame do National Institute for Occupational
Safety and Health (NIOSH), 2016, também poderá ser denominado de “Leitor B”. (Inserido
pela Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011)
32

9 Utilização de Radiografias Digitais de Tórax Padrão OIT

A aplicação da Classificação OIT, para imagens digitais, requer a observância das


recomendações e é necessário permanecer atento, em relação à evolução das técnicas de
imagem digital do tórax.

9.1.1 Equipamentos de Radiologia Digital

Os equipamentos para obtenção de imagens digitais do tórax, são fabricados e comercializados


por diversas empresas do ramo, utilizando diferentes métodos para a obtenção das imagens. O
método chamado Computer Radiography – CR. (Figura 9), demonstra um equipamento para
leitura de placas de fósforo e produção de imagem digital, baseia-se em tecnologia de
armazenamento de dados em écrans contendo compostos de fósforo.

O método chamado Digital Radiography – DR (Figura 10), é o método que utiliza um sensor
digital para obtenção de imagens. Conforme NR – 7 sistemas de radiologia digital do tipo CR
ou DR podem ser utilizados para a obtenção de imagens radiológicas do tórax para fins de
interpretação radiológica da OIT, desde que o controle de qualidade das imagens seja
assegurado.

9.1.2 Equipamentos de Raios X CR (Computer Radiography)

Introduzido pela Fuji-Film em 1981, se caracteriza por utilizar chassis de sistema eletrônico em
substituição ao conjunto filme écran convencionais. Gera imagens com características digitais
(eletrônicas), permitindo seu manuseio através de software e melhor resolução, aumentando de
forma significativa a qualidade da imagem gerada para diagnóstico. Sistema receptor CR
elimina a câmara escura, permitindo a redução da área física. Permite a exclusão do sistema
automático de processamento, com uso de produtos químicos, sendo substituído por scanner de
alta definição ( Henrique Pante, M. 2014).
33

Figura 9 - Equipamento para Leitura de Placas de Fósforo e Produção de Imagem Digital.

Fonte: (adaptado: NDT – FUJI, 2015)

9.1.3 Equipamentos de Raios X DR (Digital Radiography)

Evoluindo do sistema CR, e introduzida no final da década de 90, o sistema DR (Figura 10),
tem como fator principal, a substituição do chassi eletrônico, por um detector capaz de
transmitir a variação da intensidade diferenciada de radiação, resultante da interação com o
tecido, diretamente a um sistema digitalizador gráfico (CPU), gerando uma imagem para
diagnóstico (Henrique Pante, M. 2014). Este sistema obteve a aprovação do órgão controlador
norte-americano FDA (Food and Drug Administration) em Jan/2000.

Figura 10 - Equipamento de Raios X Digital (DR) Siemens Axion Luminos.

Fonte: (adaptado: AXIOM Luminos dRF can be flexibly configured to meet individual working
preferences and clinical needs, 2016).
34

9.1.4 Aquisição e Processamento da Imagem

Os equipamentos de radiologia digital variam na forma (parâmetros) de apresentação da


qualidade de imagem. Os programas de processamento de imagens estão em evolução. Testes
de desempenho e monitoramento devem ser utilizados, para se avaliar a habilidade de gerar
imagens de boa qualidade para os diferentes equipamentos, parâmetros de exposição e
programas (softwares). Os serviços de imagem devem possuir, um programa de controle de
qualidade, que esteja dentro das especificações e das práticas nacionais. A equipe técnica de
serviços, que fazem radiografias de tórax digitais para fins de classificação, deve conferir cada
exame para assegurar a boa qualidade das imagens (OIT, 2011).

9.1.5 Princípios de Visualização

Quando se visualiza e interpreta uma imagem digital no monitor, as imagens-padrão OIT


digitais (OIT 2011-D) devem ser utilizadas. A imagem do paciente e a imagem-padrão devem
ser exibidas em monitores de qualidade diagnóstica de tela plana (Figura 11), apropriados para
radiologia diagnóstica.

9.1.6 Exemplos de Práticas Não Recomendadas:

Não deve exibir imagens em telas de computadores pessoais, no lugar de monitores de


qualidade diagnóstica;

Não deve se fazer comparações de imagens digitais no monitor, com as radiografias-padrão


OIT (2000) em negatoscópio;

Não deve exibir imagens digitais do paciente e das imagens-padrão OIT (OIT 2000-D) em
formatos menores de ⅔ do tamanho original;

Não deve utilizar imagens digitais impressas em papel para fins de classificação;

Assim como outros procedimentos de interpretação radiológica, a interpretação de imagens


deve ser realizada em ambiente adequado, com uma diminuição apropriada de fontes de luz e
restrição de fatores de distorção (OIT, 2011).
35

9.1.7 Exibição das Imagens

A boa qualidade das imagens é fundamental para classificação de radiografias digitais do tórax.
A manutenção, os testes e a otimização dos monitores, assim como dos outros componentes
dos equipamentos de radiologia digital devem ser feitos periodicamente, de acordo com as
recomendações e as especificações do fabricante e/ou agências de controle. Quando se
classificam imagens digitais, as imagens-padrão OIT digitais (OIT 2011-D) devem ser exibidas
sem manipulação (OIT,2011).

Figura 11 - Monitores de Tela Plana

Fonte: (adaptado: http://www.imedicalma.com.br,2015/08)

9.1.8 Imagens Geradas

Conforme NR-7 imagens geradas em sistemas de radiologia digital (CR ou DR) e transferidas
para monitores, só podem ser interpretadas com as radiografias-padrão em monitor anexo. Os
monitores utilizados para exibição da radiografia a ser interpretada e das radiografias-padrão,
devem ser de qualidade diagnóstica, possuir resolução mínima de 3 megapixels e 21 polegadas
(54 cm) de exibição diagonal por imagem. Imagens digitais impressas em filmes radiológicos
devem ser interpretadas com as radiografias padrão em formato impresso, em negatoscópio.

Não é permitida a interpretação de radiografias digitais, para fins de classificação radiológica


da OIT, nas seguintes condições:
36

a) interpretar radiografias em monitores comparando-as às radiografias-padrão em


negatoscópio, ou o inverso;

b) interpretar radiografias digitais impressas em filmes radiológicos com reduções menores do


que 2/3 do tamanho original;

c) interpretar radiografias digitais impressas em papel fotográfico;

d) interpretar imagens originadas no sistema de radiografias convencionais e que foram


digitalizadas por scanner e, posteriormente, impressas ou exibidas em tela.

Se a qualidade das radiografias estiver abaixo do ideal, em alguns casos, pode ser impossível
classificar a radiografia. Conforme Algranti, E. 2009, as falhas comuns causando má qualidade
técnica, incluem subexposição e superexposição. Não obstante, médicos e profissionais da
radiologia, devem esforçar-se para obter radiografias de qualidade. A técnica radiográfica ótima
para avaliação de Pneumoconioses deve revelar detalhadamente o parênquima pulmonar, seios
costofrênicos e mostrar os principais vasos pulmonares através da sombra cardíaca. Convém,
todavia, observar que o contraste necessário para avaliar o parênquima pulmonar, pode estar
abaixo do padrão de qualidade para a avaliação de estruturas mediastinais. Os métodos para a
obtenção de imagens do tórax, em avaliações para doenças relacionadas a poeira, continuam a
evoluir à medida que incorporam novas tecnologias. Uma decisão quanto à qualidade técnica,
se boa ou pelo menos aceitável, deve-se basear, em última instância, no médico que classifica
a radiografia. Portanto, o princípio geral básico deve ser o estabelecimento e a manutenção de
bom entendimento entre o médico e o profissional que executa o exame, com vista à obtenção
de imagens de alta qualidade, que propiciem visão adequada da pleura e do parênquima
pulmonar. O profissional que executa o exame, deve ser bem treinado e supervisionado e deve
trabalhar de forma que favoreça o diálogo com o médico radiologista.

9.1.9 Aquisição, Exibição e Arquivamento de Imagens Digitais

Conforme NR-7, os equipamentos radiológicos para aquisição, exibição e arquivamento de


imagens do tórax para fins de classificação das Pneumoconioses devem seguir as versões mais
atualizadas do padrão Digital Imaging and Communications in Medicine – DICOM (Figura
12), ou outros padrões comparáveis (por exemplo, Medicom EN12052). Os padrões Dicom são
amplamente aceitos e utilizados para imaginologia médica. Eles especificam o formato do
arquivo para armazenamento e transferência das imagens digitais, assim como o brilho e o nível
37

de contraste, e uma escala de cinzas consistente ao exibir as imagens em monitores e imprimi-


las. É necessário manter a consistência e a qualidade das imagens no processo de impressão de
imagens digitais em filmes. O tempo de guarda dos exames radiológicos deve obedecer ao texto
da NR-7. Não é permitido guardar/arquivar filmes obtidos pelo método de radiologia
convencional na forma de imagens escaneadas.

Figura 12 - Diagrama Simplificado Rede DICOM.

Fonte: (adaptado: http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2007_2008/MEEC/Trabalho)

9.1.10 Gravação e Arquivamento de Dados e Segurança

Conforme NR-7 as imagens digitais devem ser arquivadas de forma segura e transferidas em
formatos que permitam a sua recuperação na aparência original, de acordo com práticas e
padrões nacionais. Para se impedir o acesso de pessoas não autorizadas aos dados, devem-se
tomar medidas adequadas, como, por exemplo, palavras-chave protegidas, assim como se
adotar medidas de segurança para transferência de dados através de rede.

9.1.11 Ética e Segurança no Armazenamento de Imagens Digitais

Conforme NR-7, os serviços que ofertam radiologia digital, devem assegurar a


confidencialidade dos arquivos eletrônicos e de dados dos trabalhadores submetidos a
radiografias de tórax admissionais, periódicas e demissionais, para fins da classificação
radiológica da OIT, através da implementação de medidas e procedimentos técnicos e
administrativos adequados.
38

10 Parâmetros Físicos para Obtenção de Radiografias de Tórax de Qualidade Técnica


Adequada (Anexo II do Quadro II da NR-7)

Conforme NR-7, alterada pela Portaria Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT , n° 223 de
06 de maio de 2011, utilizando-se equipamentos de radiologia digital, os parâmetros físicos
para obtenção de radiografias de tórax no padrão OIT de qualidade técnica adequada, devem
ser similares aos da radiologia convencional, ou seja, utilizar equipamentos com geradores de
no mínimo 500 mA, KV alto, com o tempo de exposição baixo de 0,01 a 0,03 segundos, foco
fino de 0,6 a 1,2 mm e a distância focal deve ser de 1,50 m ao invés de 1,80 m, como na rotina
normal de radiografia de tórax. Na figura 13, demonstra o controle manual de tempo (mAs) de
um equipamento digital (DR).

Figura 13 - Mesa de Comando Equipamento de Raios X digital Siemens.

Fonte: (adaptado: www.siemens.com/healthcare, 2009)

No modo automático de exposição, dos equipamentos de Raios X, a dose no paciente poderá


ser maior que as recomendadas pelo padrão OIT e para o diagnóstico de Pneumoconioses,
devem ser utilizados os parâmetros da OIT. A técnica manual é preferida, por reduzir o tempo
de exposição e consequentemente a dose de radiação para o paciente.
39

11 RESULTADOS

Através deste estudo, pode-se notar que, com a migração do sistema analógico de radiografias
de tórax Padrão OIT, para o sistema digital, a Norma Regulamentadora 7 (NR-7), foi alterada
no Quadro II e no Anexo do Quadro II, através da portaria 223 de 06 de maio de 2011.

Comparando as normas do Ministério do Trabalho e as Diretrizes para Utilização da


Classificação Internacional da OIT de Radiografias de Pneumoconioses, entre 2000 e 2011, em
suas duas últimas revisões, observa-se que a distância focal foi padronizada em 1,50 m. Os
parâmetros técnicos foram alterados para se adequarem ao sistema digital, ou seja, deve-se
manter os mesmos fatores para o modo analógico e digital alterados pela NR-7 de 2011
descritos na Tabela 5. Os geradores dos equipamentos de raios X, na OIT 2000 eram descritos
em 300 mA e foram alterados para 500 mA. A corrente elétrica recomendada na OIT 2000 era
de foco fino com o máximo de 2,0 mm, na OIT 2011 o foco fino foi alterado para 0,6 mm e
com o máximo de 1,2 mm. O KV na OIT 2000 foi padronizado em 125, na alteração da norma
de 2011 da NR-7, não foi mencionado o fator KV, mas foi citado que a constante dos
equipamentos deve ser de 40 a 50 KV. Para calcular o KV, conforme Boisson, LF. 2007, deve-
se utilizar a fórmula KV = e. 2 + K, ou seja, medir a espessura do paciente na região torácica,
multiplicar por 2 e somar com a constante do equipamento de raios X. O filtro de alumínio para
barrar os raios X de baixa energia pela OIT 2000 era de no máximo 2,0 mm com a nova
regulamentação foram alterados para 3,0 mm com o máximo de 5,0 mm e a razão da grade
Potter Bucky que era na OIT 2000 de 10:1 com mais de 100 colunas foi acrescentado uma razão
de 12:1 com mais de 100 colunas. Nos equipamentos digitais CR e DR, não se deve utilizar o
modo automático de exposição do equipamento de raios X, para realização de radiografias de
tórax no padrão OIT, uma vez que nesta função, as doses são maiores que aquelas
recomendadas para o objetivo diagnóstico, preferindo técnicas manuais.

Imagens geradas em sistemas de radiologia digital (CR ou DR) e transferidas para monitores,
só podem ser interpretadas com as radiografias-padrão em monitor anexo. Os monitores
utilizados para exibição da radiografia a ser interpretada e das radiografias-padrão, devem ser
de qualidade diagnóstica, possuir resolução mínima de 3 megapixels e 21 polegadas (54 cm),
com regular avaliação por meio de testes recomendados pelo fabricante e autoridade vigente.
Imagens digitais impressas em filmes radiológicos devem ser interpretadas com as radiografias
padrão em formato impresso.
40

12 CONCLUSÃO

Neste trabalho verificou-se que os parâmetros técnicos radiográficos para o modo digital são
similares ao do sistema analógico, alterado pela Legislação do Ministério do Trabalho da
Norma Regulamentadora 7 (NR-7), 2011. A distância focal foi padronizada em 1,50 m, mAs
baixo, utilizar o foco fino e KV alto. Não se deve utilizar o modo automático de exposição do
equipamento de raios X, para realização de radiografias de tórax no padrão OIT, uma vez que
nesta função, as doses são maiores que aquelas recomendadas para o objetivo diagnóstico. A
seleção da técnica manual é a preferida por permitir a redução do tempo de exposição e
consequentemente a dose de radiação para o paciente.
41

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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43

29. FUJI-FILM, 2015;

30. NR 7, Norma Regulamentadora-7 (1994) revisada em 2000 e 2011. Programa de contole


médico de saúde ocupacional. Portaria 24, Diário Oficial da União de 30/12/94;

31. Possebon, J ,Adoecimento e morte por substâncias químicas, 2014;

32. Portaria MTE – Ministério do Trabalho e Emprego Nº 1892 DE 09/12/2013;

33. Portaria Secretaria de Vilância Sanitária - SVS nº 453. Diário Oficial da União de 01/06/1998;

34. Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998;

35. Portaria SIT - Secretaria de Inspeção do Trabalho n° 236 de 10 de junho de 2011;

36. Portaria SIT - Secretaria de Inspeção do Trabalho, n° 223 de 06 de maio de 2011;

37. Siemens, AXIOM Luminos dRF can be flexibly configured to meet individual working
preferences and clinical needs, 2016;

38. Wagner GR, Attfield MD, Kennedy RD, Parker JE. The NIOSH B Reader certification
program. JOM 1992;34:879-884;

39. www.siemens.com/healthcare, 2009;

40. http://www.imedicalma.com.br,2015/08;

41. Unscear – United Nations Scientific Committee, 2000;

42. www.radioinmama.com.br, 2010.


44

14 ANEXO A

Fonte: (adaptado: FUNDACENTRO, 2011).

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