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UNIP

UNIVERSIDADE PAULISTA

Hidráulica e Hidrologia / Engenharia Civil

VAZÃO – PLACA DE ORIFÍCIO

INTEGRANTES DO GRUPO R.A TURMA


Márcio José Pinheiro Teixeira C86GBH7 EC5P15
Michelle Marques da Costa N101HE2 EC4P15
Neslem dos Santos Pavani D04BCF2 EC5P15
Paulo Henrique Alegre de Souza D04IDD8 EC5P15
Rafael Ribeiro Ferreira D04BAE0 EC5P15
Vagner Aparecido Galhardi Cousso D04IDD8 EC5P15

Profª. Janaine Sereguetti

Bauru - SP

Experimento realizado em 13.03.2018


1 – INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Foi feito um experimento no laboratório de Hidráulica e Hidrologia com a


intenção de se obter medidas de vazão de água que passava por uma placa de
orifício com preostatos instalados antes e depois da mesma. Para fazer o
experimento usamos uma bancada hidráulica com tubulações, painel elétrico,
registros para controle do fluxo, medidor digital de vazão, 02 medidores de pressão
(P1 e P2), duas bombas e uma placa de orifício.
“Define-se vazão volumétrica como a medida em volume de fluído que
atravessa certa tubulação de escoamento com uma unidade de tempo”. (BRUNETTI,
2008, pág. 72).
Neste experimento, calculamos as medidas de vazão utilizando a equação de
Bernoulli, utilizando as medidas de pressão, antes e depois do orifício, e o número
de Reynolds calculado.
A equação de Bernoulli é uma simples equação algébrica que relaciona as
variações de pressão, com as respectivas variações de velocidade e elevações de
um fluido (FOX, PRITCHARD, MACDONALD, 2008).
O número de Reynolds nos permite estimar se as forças viscosas são ou não
desprezíveis, em comparação com as forças de pressão. Caso esse número seja
grande, então os efeitos viscosos serão desprezíveis, porém se esse número for
pequeno, os efeitos viscosos serão dominantes, e finalmente, se esse número não
for pequeno, nem grande, nenhuma conclusão geral poderá ser gerada (FOX,
PRITCHARD, MACDONALD, 2008).

2 – OBJETIVOS

Aprender com experimento prático como calcular o volume de água que


passa por uma tubulação hidráulica utilizando um medidor do tipo “Placa de Orifício”.
Consta de uma restrição instalada no tubo para medir a diferença entre as pressões
na região de baixa velocidade e alta pressão (1) e a de alta velocidade e baixa
pressão (2) (YOUNG, MUNSON, OKIISHI, 2005).
3 – METODOLOGIA

3.1 –Instrumentos utilizados e suas respectivas precisões

 Bancada hidráulicacom: painel elétrico,duas bombas com precisão de ajuste


de 0,1Hz, tubulações,registros para controle de fluxo, medidor digital de vazão
com precisão de 1,0 litro por min, medidores de pressão (pressostatos 1 e 2),
sendo o pressostato (1) com precisão de 0,01 bar e o pressostato (2) com
precisão de 1 mbar.
 Papel e caneta para anotar os dados obtidos.

3.2 –Procedimento Experimental

Formamos um grupo com seis pessoas, onde cada um se encarregou de uma


função e sob a orientação da professora, começamos o experimento.
Verificamos se todos os registros estavam fechados e abrimos somente os
registros R1, R6, R7, R22 e R25.
Duas pequenas mangueiras azuis foram conectadas aos engates rápidos da
placa de orifício e aos medidores de pressão digitais. A mangueira conectada ao
ponto (1), que fica posicionado antes da placa, foi ligada ao pressostato 1(com maior
escala de medição: -0,3 a 2,5 bar), enquanto que a mangueira conectada ao ponto
(2), localizada após a placa, foi ligada ao pressostato 2(com menor escala de
medição: -1 a 1 bar).
A bomba do sistema hidráulico foi ajustada para trabalhar com uma
frequência de 60 Hz, e então foi acionada.
Os valores das pressões indicadas nos pressostatos foram anotados, bem
como o valor indicado no medidor digital de vazão.
A bomba foi desligada e o experimento foi repetido mais duas vezes.
A tabela 1 foi criada com todos os valores obtidos e suas respectivas médias.
Utilizando os valores indicados nos medidores de pressão e os dados da
tubulação e placa de orifício, calculamos as vazões nas três medições.
Foram considerados os seguintes valores: Ɣ da água= 9.800 N/m2; µ= 10-6
m2/s; g= 9,8 m/s2; Do= 12 mm; D1= 21 mm.
Os valores de vazão calculados foram comparados com os valores de vazão
registrados no medidor digital da bancada hidráulica

3.3 – Formulário

 Fórmula de vazão volumétrica:

𝑄𝑣 = 𝑣 . 𝐴 (1)

Onde: Qv = vazão volumétrica; v= velocidade; A = área da seção do tubo. As


unidades de velocidade é m/s (metros por segundo), a de área é m2 (metro
𝑚³
quadrado) e sendo assim, a de vazão é (metros cúbicos por segundos).
𝑠

𝑳 𝒎³
 Transformando unidade 𝒎𝒊𝒏 para :
𝒔

𝐿 𝑦 𝑚³
y 𝑚𝑖𝑛 = (2)
60000 𝑠

Onde: y = número qualquer; l = litros; min = minutos; m³ = metros cúbicos;

s = segundos.

 Transformando unidade bar para Pascal:

Pa= bar x 105 (3)

 Transformando unidade mbar para Pascal:

Pa= mbar x 102 (4)

 Fórmula para calcular o Desvio-Padrão:

1
𝜕 = √ Ʃ(𝑋𝑖 − 𝑋)² (5)
𝑛

Onde: 𝜕 = desvio-padrão; n = número de medidas; Ʃ = somatória; Xi = medida;


X = média.

 Fórmula para calcular o Erro:

𝜕
𝐸= (6)
√𝑛

Onde: E = erro; 𝜕 = desvio-padrão; n = número de medidas.

 Fórmula para calcular o Número de Reynolds:


𝜌.𝑣1 .𝐷1
𝑅𝑒 = (7)
µ

Onde: Re = número de Reynolds; ρ= massa específica (Kg/m3); v1=


velocidade (m/s); D1= diâmetro da seção do tubo (m 2); µ= viscosidade cinemática
(m2/s);

 Fórmula para a equação de Bernoulli

√2.g.(p1−p2)
𝑄 = 𝑘. 𝐴𝑜. (8)
Ɣ

Onde: Q= vazão volumétrica (m3/s); k= constante admensional; Ao= área da


seção do orifício (m2); g= aceleração da gravidade (9,8 m/s2); p1= pressão do fluido
antes do orifício (bar); p2= pressão do fluido após o orifício (mbar); Ɣ= peso
específico (N/m3).

 Fórmula para calcular a Qp – Vazão em peso (SI)

(𝑉)𝑥 1000𝑥𝑔 𝑁
𝑄𝑝 = (9)
𝑡 𝑠

Onde: Qp = vazão em peso; V = volume em m3; t = tempo em s; g=9,8 m/s2;

N = Newton; s = segundos
 Fórmula para calcular a área de uma seção de tubo

𝐴 = 𝜋 . 𝑅² (10)

Onde: A= área; R= raio do tubo;

4 – RESULTADOS

Iniciamos calculando a área da seção do tubo no ponto (1), utilizando o valor


D1 (diâmetro 1) na fórmula (10).
Com esse valor calculamos as velocidades v1, nas três medições, através da
fórmula (1).
Com os valores calculados da área e da velocidade, calculamos o número de
Reynolds pela fórmula (7). Com esse número e a relação entre os dois diâmetros
(Do e D1), encontramos o coeficiente adimensional (k), utilizando o gráfico abaixo.

Com o cálculo da área da seção do orifício (Ao), através da fórmula (10),


pudemos reunir todos os dados para, então, calcular as vazões através das
pressões medidas, utilizando a equação de Bernoulli (9).
 TABELA 1 – Leitura dos medidores – unidades originais
 TABELA 1.1 – Leitura dos medidores no S.I.

MEDIDAS PRESSÃO P1 (bar) PRESSÃO P2 (mbar) VAZÃO (L/min)


1 1,41 208 81,9
2 1,42 212 81,6
3 1,42 220 81,7
MÉDIA 1,4167 213,3333 81,7333

 TABELA 1.1 – Leitura dos medidores no S.I.

MEDIDAS PRESSÃO P1 (Pa) PRESSÃO P2 (Pa) VAZÃO (m3/s)


1 141.000 20.800 1,365 . 10-3
2 142.000 21.120 1,360 . 10-3
3 142.000 22.000 1,362 . 10-3
MÉDIA ± ERRO 141670 ± 333,333 21333 ± 288,04 1,362 . 10-3 ± 8,55

 TABELA 2 – Vazões Calculadas

VAZÃO CALCULADA
MEDIDAS VAZÃO MEDIDA (m3/s) RELAÇÃO VC/VM
(m3/s)
1 1,123 . 10-3 1,365 . 10-3 0,823
2 1,260 . 10-3 1,360 . 10-3 0,926
3 1,121 . 10-3 1,362 . 10-3 0,823
MÉDIA (1,168 ± 0,046) . 10-3 (1,362 ± 0,0015) . 10-3 0,858 ± 0,0343

5 – DISCUSSÕES

Até agora conhecemos, através de experimentos, quatro formas de obtermos


o valor da vazão em uma bancada hidráulica: medição digital, através de rotâmetro,
através da medição de tempo e volume e esta recente, através do uso de placa de
orifício.
Duas dessas maneiras são leituras diretas nos aparelhos, enquanto as outras
dependem de cálculos posteriores às medidas anotadas.
Este experimento mostrou que, apesar de necessitar desses cálculos, os
resultados foram bem mais satisfatórios que a maneira anterior.
6 – CONCLUSÕES

Analisando as tabelas 2, percebemos que os valores que calculamos foram


próximos dos valores apresentados pelo medidor digital da bancada hidráulica.
Concluímos assim, que calcular a vazão a partir das medidas de pressão, no
uso de uma placa de orifício, é uma ótima alternativa à medição digital.

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

YOUNG, Donald F.; MUNSON, Bruce R.; OKIISHI, Theodore. H. Uma Introdução
concisa à Mecânica dos Fluídos. 2ª Edição. São Paulo: Blucher, 2005.

FOX, Robert W.; PRITCHARD, Philip J.; MACDONALD, Alan T. Introdução à


Mecânica dos Fluídos. 7ª Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluídos. 2ª Edição. São Paulo: Pearson, 2008.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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