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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE INTEGRAÇÃO ACADÊMICA – CEDUC


DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS – LICENCIATURA EM LÍNGUA
PORTUGUESA
COMPONENTE CURRICULAR: ESCRITA
DOCENTE: SYMONE NAYARA CALIXTO BEZERRA
ALUNO: ARTHUR VELÁZQUEZ FLORENTINO DE CARVALHO
TURNO: NOITE – SALA 104 – 4º PERÍODO

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
PRODUÇÃO TEXTUAL

CAMPINA GRANDE – PB
19 de mar. de 2018
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INTERACIONIMOS E CONSTRUTIVISMO DIANTE A CONTRIBUIÇÃO


TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA A PRÁTICA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Dialogismo entre leitura, escrita e língua portuguesa

Através da análise (A) de um livro didático de ensino médio (autoria - William


Cereja e Thereza Magalhães) feita pela pesquisa intitulada “Estudo do Gênero: Uma
abordagem do Estilo no Livro Didático de Língua Portuguesa do Ensino Médio”, a nível
de Mestrado pela (PROLING/UFPB) junto aos textos e publicação de NASCIMENTO &
ALMEIDA (2017, p. 177 – 189), foi possível ser inferido um complexo e conexo
(interacionismo – Lev Vygotsky) conjunto de necessidades para a produção da atividade
escrita sob uma ótica bakhtiniana que os autores desse artigo/pesquisa corroboram-se e
quem têm por principais intenções: 1) intensificar/aperfeiçoar a produção escrita (gênero
artigo de opinião – tipo dissertativo-argumentativo) diante de uma necessidade de
exames de vestibular para os leitores ou evidenciados estudantes de ensino médio; 2)
trazer uma concepção de um “abordagem sistemática de gêneros” (op. cit. 2017, p. 179)
em suas formas diversas de circulação. Para demonstração dessas intenções é tomado
como exemplo e análise (B) um texto de um candidato de ENEM do ano de 2011. Texto
este que, sendo posto sob análise ou processo de questionamento, permite ao leitor do
artigo uma oportunidade de repensar/aperfeiçoar suas concepções estilísticas vinculadas
à “produção e compreensão dos discursos” (op. cit. 2017, p. 187), mensurar a correlação
das estruturas (corpus, coesão, construção semântica) do texto desse candidato com a
junção da tipologia argumentativa à dissertativa, e principalmente como tais análises (A
e B) somadas ao questionamento permitem, assim como a efetivação de um aluno de
ensino médio, a consumação da efetiva capacidade de expressão da atividade linguística.

Para a professora Patrícia Rosas (2017) a perspectiva bakhtiniana tanto é


importante para a produção escrita como também para a produção de Sequências
Didáticas (SD) pela atividade docente, assim também, faz jus pela corroboração de Sobral
(2009), ao comparar a “instância discursiva” ao que o filósofo e pensador russo chama de
“relativamente estável”, o que pode ser mais uma vez desenvolvido a respeito de gêneros
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textuais/discursivo. Diante dessa corroboração é imprescindível, para uma primorosa


elaboração de SD, uma terceira concepção da qual o conhecimento seja uma
construção/mediação entre os dois polos (docente e discente) centrais da relação de ensino
e aprendizagem: o construtivismo. Diante de uma produção ‘sólida’ dessas sequencias,
sob a ótica dessas observações e autores, o trabalho do professor deve ser de indispensável
e fundamental atividade para que os alunos possam ter o domínio daquilo que Rosas
(2017, p. 199) nomeia de “projeto comunicativo”. Destarte, é possível que seja feita uma
produção textual por parte discente de forma tanto interacionista quanto sócio-
construtivista, assim apontado inicialmente por Nascimento & Almeida (2017) e
reforçado por Rosas (2017) sem que sejam deixados de lado assuntos de domínios
específicos da Língua (morfologia, sintaxe, fonética, semântica, etc). É notório que esses
autores e pensadores concordam a respeito daquilo que se faz jus à corroboração “inter-
teórica” à interdisciplinaridade que serve de reforço e embasamento conceitual de um,
novamente, complexo e conexo conjunto de necessidades, sendo estas discursivas para o
aprimoramento da produção textual. Por primazia, a junção de todas essas atividades e
concepções epistemológicas de educação produzem uma concreta aproximação/fusão
dessas necessidades, que também são sociais, e devem ser colocadas em exercício/prática
pelas vias da “leitura, análise linguística e produção” em sala de aula.

Diante ao ponto de vista de Bezerra (et. al. 2017), essas corroborações e


perspectivas são complementadas por sua visão interacionista de realização tanto da
leitura quanto da escrita. Através de um projeto de extensão pela PROBEX/UFCG em
2014 pelo qual houve atividades de intervenções em uma escola pública em turmas de
ensino médio, tal perspectiva de bases do pesquisador e teórico Vygotsky se tornaram
uma autêntica atividade de aplicação empírico-validável de todas essas anteriores
observações/análises/propostas didáticas apresentadas pelos autores e “bases” teóricas
apresentadas nos parágrafos antecedentes. Embasados também por Brait (2011) os
autores (BEZERRA, et. al. 2017) permitem expandir ainda mais essa possível ótica de
educação qualificada, quer para o trabalho e qualificação quer para conscientização da
ética através da articulação textual diante da escolha de plataforma/textos de cunhos
jornalístico-político, como assim é o próprio nome do projeto de extensão - “Lendo blogs
políticos nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio”. Por meio dessas realizações
é possível, para além, uma efetiva compreensão de Leitura através da aproximação
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dialógica “bilateral” (autor-texto-leitor) e uma expansão para esse dialogismo,


introduzindo o leitor em uma oportunidade individual de ser o construtor coletivo
(interacionista) de seu próprio conhecimento, da história de sua sociedade vigente e
principalmente o construtor de sua capacidade enunciativa. Retomando a questão do
curso de extensão efetuado em 2014 e de que maneira foram feitas aquelas intervenções,
faz-se necessário destacar a iniciativa de “formação crítica e reflexiva no que concerne à
leitura” (op. Cit. 2017, p. 235) efetuada em textos jornalísticos dos quais se relacionaram
com os textos produzidos inicialmente (respostas a questionamentos do[s]
quê/como/porquês de leitura ou escrita) pelos alunos do colégio em questão. Todas essas
atividades foram postas sob análise dos autores que vêm a revelar como pode ser feito o
‘andamento” de uma SD em virtude da elaboração de práticas de leitura, escrita, língua
portuguesa; revelar o substancial reconhecimento das potencialidades das perspectivas
construtivistas ou interacionistas; e principalmente revelar a necessidade da formação
discente por um viés daquilo que se pode ser chamado de uma “vida verbo social”.
REFERÊNCIAS:

NASCIMENTO, Terezinha; ALMEIDA, Maria de Fátima. O estilo do gênero redação


de vestibular no livro didático de língua portuguesa. In: SILVA, Fabíola Nóbrega et al.
(Org.). Relações dialógicas e(m) campos da comunicação discursiva: teoria, análise
e questões de ensino. João Pessoa: Ideia, 2017. p. 177 - 245.

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