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19/10/2015 NÃO HÁ TEMPO PARA TANTAS DÚVIDAS.

 É PRECISO APRENDER A HORA DE PARTIR ­

NÃO HÁ TEMPO PARA TANTAS
DÚVIDAS. É PRECISO APRENDER A
HORA DE PARTIR
Comportamento, Perfeito, Reflexão

Todo mundo conhece a história do
Pequeno Príncipe. E quase todo
mundo já partiu alguma vez para
correr atrás de seus sonhos. Mesmo
que para isso fosse necessário
deixar uma vida, alguém, ou uma
rosa para trás. Partidas e despedidas
moldam o nosso amadurecimento,
pois são as nossas escolhas mais
difíceis que nos transformam em quem somos de verdade.

Quando alguém parte, outro alguém fica. Ao olhar para aquele que está te
deixando, você sente um buraco sendo aberto no peito. “No fundo do coração
doía­lhe o amor ao fugitivo, feito ferida”, sentiu Sidarta quando seu filho o deixou.
Mas foi nesse momento de reflexão que o personagem de Hermann Hesse
compreendeu que a sensação de ter sido abandonado trouxera a dimensão do
seu sentimento pelo filho. Ao aceitar que o menino precisava partir, uma flor
magnífica brotou no buraco do seu coração.

Sabe aquela história da “pessoa certa na hora errada”? Mesmo que alguns digam
que não existe hora errada para o amor, estou começando a desconfiar que tem
gente que passa por nossas vidas para que a saudade delas nos fortaleça. Para
que a fantasia do que poderia ter sido e não foi nos encha de esperança. A rosa
não pediu para o Pequeno Príncipe ficar. Era o que ela queria ter feito, mas ela
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também sabia que ele precisava ser livre e explorar o mundo. Talvez, eles eram
jovens demais para saber amar.

Na jornada pela vida nos decepcionamos o tempo todo. Lidamos com pessoas
egoístas, superficiais e arrogantes, como o ‘contador’ que só pensava em ser rico
e o ‘rei’ que não tinha amigos porque mandava em todo mundo; como o ‘vaidoso’
que dava importância demais às aparências e a ‘serpente’ que foi uma amiga
traiçoeira.

Se a sua vida não estiver fazendo mais sentido, talvez seja a hora de partir. Partir
para um novo emprego e novos desafios, ou descansar porque já chegou a
aposentadoria. Partir da metrópole para uma casa no campo, ou deixar o interior
para desbravar a capital. Partir de um relacionamento ‘mais ou menos’ para a
vida de solteiro, ou despedir­se das ‘ficadas’ para viver um grande amor.

Partir para dentro de você mesmo, à procura daquela criança que nunca deixou
de acreditar. Lembre­se: “Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração”. Se
você não vê o que é essencial, não consegue suportar a ganância, a
competitividade e a miséria lá de fora. Quando temos fé tudo é possível, e
continuamos procurando pela verdadeira amizade em meio a tantas almas
desertas.

Vá… Quebre a redoma de medo que protege suas dúvidas. Deixe o pessimismo
de lado e jogue­se ao novo. Não importa se os outros não possuem os olhos de
enxergar o elefante dentro da jiboia. Não importa se os homens se esqueceram
do significado de cativar. Não importa se os sérios demais perderam a
ingenuidade dos mistérios da infância.

Vá… Pode ser que depois você volte, mas também pode ser que não. Tudo que
tem existência e presença está guardado dentro de você, e é isso que importa.
Sobre o amargor do passado e as incertezas do futuro, esqueça. Faça o seu

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agora.

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Escrito por Rebeca Bedone – Via Revista Bula

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