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REFLEXIONES SOBRE LA PREPARACIÓN

DE LA EDICIÓN DE UN TEXTO CLASICO:


LEVANA DE JEAN PAUL

JUAN CONESA

U n i v e r s i d a d C o m p l u t e n s e de M a d r i d

Ante el h e c h o de tener que traducir u n a o b r a que pertenece al acerbo cultu­


ral de u n a lengua y u n á m b i t o geográfico d e t e r m i n a d o s , y sobre la que ya se
h a n escrito n u m e r o s o s libros, p a r a ofrecérsela a lectores de otra lengua y otro
e n t o r n o cultural, c a b e p r e g u n t a r s e q u é es lo q u e el traductor d e b e transmitirle
al lector. Ante este p l a n t e a m i e n t o se p u e d e o p t a r p o r tres soluciones:
1. Traducir estrictamente el texto q u e h a y a q u e d a d o fijado en la lengua
original.
2. Ofrecer j u n t o con la traducción el a p a r a t o crítico q u e lleve esa edición.
3. P r e p a r a r u n a edición en la q u e la traducción vaya a c o m p a ñ a d a de u n a
escrupulosa selección de notas q u e p u e d a n enriquecerle el texto al lector y qui­
zá a ñ a d i r u n a s p á g i n a s a m o d o de prefacio o epílogo en las q u e se sitúen o b r a
y a u t o r en su contexto cultural. Si a d e m á s h u b i e r a otras traducciones de esa
o b r a a la lengua de llegada, o a otras lenguas afines, sería b u e n o a s i m i s m o
tenerlas en c u e n t a bien c o m o elementos de a y u d a o bien p a r a evitar sus posi­
bles errores.
Ese es el caso de la obra de Jean Paul Friedrich Richter: Levaría odereine Erzieh-
lehre (Levaría o una teoría de la educación), de la que se h a n hecho varias ediciones
críticas y sobre la que, casi desde su aparición, se h a n escrito m u c h o s libros
que la glosan, la c o m e n t a n , la critican o i n t e n t a n aclararla. A s i m i s m o h a sido
traducida al inglés, al h o l a n d é s , al italiano y al español. N o p u e d e dejarse de
lado todo ese c o n j u n t o a la hora de traducir y seleccionar o confeccionar las
notas q u e a c o m p a ñ a r á n nuestra edición, y c o m o a d e m á s se trata de u n a obra
teórica h a b í a que m a n e j a r t a m b i é n aquellas o b r a s de su época, o d e otras ante­
riores, q u e p u d i e r a n h a b e r tenido u n a influencia en ella o q u e h a y a n tratado
del m i s m o t e m a p a r a poderlas reflejar en las p á g i n a s que se d e d i c a n a situar
o b r a y a u t o r en el contexto cultural de su tiempo. Así pues, se o p t a p o r la terce-

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ra de las fórmulas antes propuestas a la h o r a de elaborar la traducción de esta
obra que p u e d e considerarse clásica en su género, y q u e aquí; sin e m b a r g o , es
sólo c o n o c i d a p o r los especialistas, y ese sería otro p u n t o a tener en cuenta.
Si la edición se p r e p a r a p a r a u n a colección de o b r a s pedagógicas será
f u n d a m e n t a l m e n t e lo relacionado con ese aspecto lo que se h a b r á de trabajar,
pero si se va a p u b l i c a r dentro de u n a colección de carácter m á s general h a b r á
que a m p l i a r la información sobre el autor y la época, sobre todo c u a n d o se
sabe que del m i s m o sólo h a y asequible otra o b r a completa traducida a nuestra
lengua.
Así pues, se p r e p a r ó u n a edición con 226 notas, no d e m a s i a d a s p a r a las 400
páginas de texto original, y u n a introducción de 60 p á g i n a s en la que se intenta
que tanto el autor c o m o la o b r a q u e d e n j u s t a m e n t e situados.
Lo que v a m o s a h a c e r aquí es recorrer p r i m e r o el a p a r a t o crítico p a r a ver
dentro de qué p a r á m e t r o s se m u e v e el p r o g r a m a pedagógico que se h a traduci­
do, i n t e n t a r e m o s después e n m a r c a r el objetivo central de la o b r a d e n t r o de la
filosofía de su t i e m p o p a r a finalmente a p u n t a r lo que del autor se c o n o c e en
España.
E m p e z a m o s , pues, el recorrido de las notas con la p r i m e r a de ellas sobre el
propio título de la obra, Levaría, referida a la cultura clásica: los r o m a n o s
tenían c o m o c o s t u m b r e colocar a todo n i ñ o recién n a c i d o a los pies del padre
p a r a que éste al alzarlo (levare) lo reconociera c o m o suyo. Así se invocaba la
asistencia de la diosa Levana. Jean Paul quiere que los p a d r e s cojan el libro
p a r a que les ayude a educarlos y p o r ello le d a el n o m b r e de aquella diosa
r o m a n a . Las m e n c i o n e s a la cultura clásica son, p o r supuesto, frecuentes, algu­
nas a b s o l u t a m e n t e directas, c o m o c u a n d o h a b l a del c e n t a u r o Q u i r ó n , educa­
dor de Aquiles, otras en forma alusiva y ese es el caso de la m e n c i ó n a «Las sie­
te colinas de la libertad» refiriéndose a las siete colinas de R o m a o c u a n d o
dice: «a m e n u d o u n c e n p a l o m a s a u n carro de truenos», es decir, q u e al carro
de Zeus se u n c e n las p a l o m a s de Venus. Otras veces se m a n t i e n e n incluso con­
ceptos en latín tales c o m o actus continuus: acto i n i n t e r r u m p i d o , con su sentido
de que, según el D e r e c h o R o m a n o , h a b í a que conservar la u n i d a d de acción
en el caso de redacción oral de un testamento, es decir, el testamento tenía que
estar establecido en u n a sesión. Esta inclinación al m u n d o clásico t a m b i é n h a
creado a veces confusiones, así al referirse a Tyraeus, Tireo, se confundió en
las primeras ediciones con el lírico griego Tyrtaus, Tirteo (siglo IV a. de C ) ,
c u a n d o en realidad se quería efectivamente citar a Pedro Tiero y a su obra: De
aparitionibus spiritum, de 1522.
La propia cultura a l e m a n a es n a t u r a l m e n t e otro de los c a m p o s q u e están
presentes en toda la obra y aquí sí q u e h a y que intentar acercar al lector de la
obra traducida algo que p a r a el lector de la o b r a original es sabido. Así, c u a n ­
d o cita las Hojas de palmera, de Herder, es o p o r t u n o indicar en nuestra edición
que se trata de u n a colección de cuentos orientales de cuatro tomos escrita
p a r a los jóvenes y p u b l i c a d a entre 1787 y 1800. Del m i s m o m o d o que c u a n d o
dice: «ese es el caso de Klopstock con su Abbadona», n o viene mal aclarar que

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se trata del ángel caido, que es finalmente salvado en el Mesías, de Klopstock,
a u n q u e esto p u e d a ser relativamente conocido. En otros casos es necesario
recurrir a la p r o p i a cita de la edición a l e m a n a p a r a saber q u e c u a n d o cita la
obra Guter Rat an Mütter, de Hufeland, se está refiriendo a u n p e q u e ñ o volu­
m e n , m u y leído p o r entonces, del i m p o r t a n t e m é d i c o C h r i s t o p h W. Hufeland y
que trataba precisamente de d a r consejos a las m a d r e s sobre los p u n t o s m á s
importantes de la educación fisiológica de los n i ñ o s en sus p r i m e r o s a ñ o s . Asi­
mismo, c u a n d o en el a p é n d i c e cómico y epílogo del p r i m e r v o l u m e n redacta
su «Escrito en sueños al difunto profesor Geliert en el q u e el autor le pide un
preceptor», tenemos que saber que Geliert, a d e m á s de sus actividades c o m o
escritor y profesor de universidad se d e d i c a b a a r e c o m e n d a r preceptores a las
familias a c o m o d a d a s .
También c u a n d o remite con n a t u r a l i d a d a Die blaue Bibliothek es a p r o p i a ­
do a c l a r a r que está h a b l a n d o de «la biblioteca azul de todas las naciones»,
u n a colección de cuentos e historias fantásticas a p a r e c i d a en 12 tomos entre
1790 y 1800.
Las referencias pedagógicas son constantes, en algunos casos cita autores
conocidos c o m o es el caso de R o u s e a u o Herder, pero otras veces el e d u c a d o r o
pedagogo m e n c i o n a d o s n o lo son tanto, así en la frase: « ¿ H a b r á sido indife­
rente que al educarlo hayáis sido su Fenelón, su Cornelia o su Dubois?», sabe­
mos a quiénes se refiere con los dos primeros n o m b r e s pero h e m o s de saber
que el tercero h a c e referencia al tristemente célebre e d u c a d o r del d u q u e de
Orleans, G u i l l a u m e D u b o i s , consejero sin escrúpulos y gran intrigante, que
tuvo u n a nefasta influencia en su discípulo. C u a n d o h a b l a de u n « c o m p a ñ e r o
de h a b i t a c i ó n , filantropista y pesimista», t e n e m o s q u e saber igualmente que se
trata de alguien que h a estudiado en el P h i l a n t r o p i n u m , centro docente funda­
do p o r Basedow, en Dessau, b a s á n d o s e en las ideas pedagógicas de Rousseau.
A B a s e d o w hace bastantes referencias a lo largo de la obra en la q u e t a m b i é n
aparecen Gedike, pedagogo de la escuela de Basedow, o Pestalozzi, el célebre
pedagogo suizo, al que a d m i r a , partidario de la educación directa, estimulante
de la percepción y las facultades del niño, y que tanta i m p o r t a n c i a adquiriría
posteriormente.
Al h a b l a r de crear u n a «escuela de príncipes» en un sentido m á s elevado
que la q u e existe cerca de N a u m b u r g está a l u d i e n d o a la Schulpforta. escuela
de príncipes fundada en 1543, m u y célebre en A l e m a n i a . También, y a u n q u e
sólo sea curiosidad p a r a el lector, p u e d e ser fuente p a r a el pedagogo saber que
c u a n d o cita sin n o m b r a r l a s cuatro o b r a s pedagógicas está h a b l a n d o de: Lehr­
buch der Pädagogik und Didaktik (1805), de J. Chr. Schwarz, Streit des Philantro-
pismus und Humanismus in der Theorie des Erziehungswesens unserer Zeit (1808).
de Ir. I m m a n u e l N i e t h a m m e r , Divinität oder das Prinzip der einzig wahren Men­
schenerziehung, de J. B. Grasser, y Allgemeine Pädagogik aus dem Zwecke der
Erziehung abgeleitet (1806), de J. Fr. Herbart.
Las referencias históricas que salpican la o b r a sólo p u e d e n ser detectadas
m u c h a s veces con a y u d a de la edición a l e m a n a , pues la frase: «en los siglos

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p a s a d o s nos e n c o n t r a m o s ciertamente con G u s t a v o s . Bernardos y Ernestos
religiosos, lo m i s m o que se e n c u e n t r a n anclas sobre las m o n t a ñ a s » c a m b i a
totalmente de sentido al saber que se está a l u d i e n d o a G u s t a v o Adolfo de
Suecia. B e r n a r d o de Weimar y Ernesto de G o t h a , o si leemos «Tanto mejor,
q u e r i d o A d e l a r d o que vele usted tan estrictamente por el vigor físico de su
a l u m n o , siga vigilándolo hasta que haya p a s a d o el habitual polvo de la suce­
sión de la j u v e n t u d principesca», es o p o r t u n o saber que está refiriéndose al
l l a m a d o poudre de succession en la Corte francesa, un v e n e n o i n o d o r o en polvo
p r e p a r a d o por la e n v e n e n a d o r a Lavoisine con el que se decidió frecuentemen­
te la cuestión de las herencias entre 1670 y 1677 en Francia. Otras veces hay
menciones directas c o m o en el caso de José II y Pedro el G r a n d e , m o n a r c a s
a m b o s que e m p r e n d i e r o n viajes al extranjero de m a r c a d o carácter formativo.
Tenemos un caso realmente difícil de solucionar, sin ayuda, c u a n d o escri­
be: «la viuda de mi querido h e r m a n o de M-n-g», sin e m b a r g o , s a b e m o s que
estaba p e n s a n d o en la condesa Eleonora de Meiningen que tuvo que g o b e r n a r
en n o m b r e de su hijo Bernhard, de sólo tres años, después de la muerte p r e m a ­
tura de su esposo, el c o n d e G c o r g (1803), gran amigo de Jean Paul. Igualmente,
en el a p a r t a d o que h a b l a de los castigos, m e n c i o n a leyes y códigos que al lec­
tor español p u e d e n n o resultarle familiares, c o m o son la Constitutio C r i m i n a -
lis C a r o l i n a , p r i m e r código criminal a l e m á n , elevado a rango de ley imperial
por Carlos V en 1532, y la Consititutio C r i m i n a l i s T h e r e s i a n a que en 1786
invalidó a la anterior.
Las notas a veces hay que hacerlas sobre asuntos m e n o s serios pero que
igualmente necesitan u n a aclaración. En el p r i m e r párrafo del libro h a b l a del
indígena de Tahití c o m o p a r a d i g m a de felicidad, y es que efectivamente en la
época se c o n s i d e r a b a que éstos eran h o m b r e s felices en su p a r a d i s i a c o primiti­
vismo; a s i m i s m o al h a b l a r de la d a n z a la c o m p a r a , respecto a los niños, con
un tónico de caracoles y ostras, lo cual parecería u n a extravagancia del autor si
no fuera p o r q u e de h e c h o en la antigüedad se c o n s i d e r a b a n las dos especies
c o m o tónicos fortalecedores en las enfermedades.
Otra cita curiosa sería sobre «la c o r o n a de paja» de la novia, en d o n d e se
refleja u n a c o s t u m b r e ancestral de algunas regiones a l e m a n a s en las que
d e b í a n llevar el día de su b o d a u n a c o r o n a de paja las m u c h a c h a s q u e hubie­
ran tenido un desliz, c o m o símbolo de ello. M á s tarde c a m b i ó esa c o s t u m b r e y
se les d a b a a las recién c a s a d a s el día después de la b o d a , a c o m p a ñ á n d o l a de
un discurso irónico.
T a m p o c o parece fuera de lugar aclarar que c u a n d o h a b l a del único h o m ­
bre de ciento setenta a ñ o s , se está refiriendo a H. Jenkins, de Yorkshire
( f 1670), al que Hufeland h a b í a m e n c i o n a d o en su Makrobiotik (1796) c o m o
muestra de la longevidad que se p u e d e a l c a n z a r con u n a alimentación ade­
cuada, con lo que vemos que la p r e o c u p a c i ó n actual sobre esa teoría n o es
nueva.
Por último, a c l a r a m o s en este a p a r t a d o un concepto que p u e d e parecer u n a
mala traducción, pues al escribir « L i m o s n a de San Pedro», n o se trata del

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«Óbolo de San Pedro» sino a u n a contribución que se hacía en la antigua
Inglaterra p a r a el m a n t e n i m i e n t o del Colegio Británico de Roma.
Otras veces se trata de señalar los c a m b i o s q u e ha h a b i d o en distintas edi­
ciones, así en la edición definitiva p o n e a Alcibiades c o m o ejemplo de general
poco v a n i d o s o en el c a m p o de batalla, mientras q u e en la primera h a b í a escri­
to N a p o l e ó n . C o n la caída de la d o m i n a c i ó n n a p o l e ó n i c a desapareció la pen­
sión que Jean Paul recibía del príncipe-arzobispo de la Confederación del Rin
p o r lo que decidió c a m b i a r su o p i n i ó n sobre el e m p e r a d o r francés. En otros
casos n o h a estado todo tan claro y h a h a b i d o que esperar sucesivos estudios
p a r a saber, por ejemplo, que c u a n d o cita a M a r c a r d al definir los C a m p o s
Elíseos se está refiriendo efectivamente a Heinrich M. M a r c a r d que los había
descrito en su Reise nach der Inseln Ischia ohnweit Neapel en 1787, y no a un des­
c o n o c i d o M a c c a r d c o m o apareció escrito en las primeras ediciones.
En esa tarea h a sido fundamental la aportación de Chr. Reinhold, quien
a u n en vida de Jean Paul p r e p a r ó u n a especie de diccionario de la Levaría en el
que explicaba los p u n t o s oscuros o los términos especiales que ya entonces
hacían de ella u n a o b r a de difícil lectura. Según cuenta el m i s m o Reinhold.
u n a de las veces que le consultó al autor sobre un pasaje d e t e r m i n a d o éste le
respondió: « C u a n d o escribí eso, seguramente Dios y yo s a b í a m o s lo q u e que­
ría decir, a h o r a sólo Dios debe saberlo, yo, desde luego, no».
U n a muestra de esos p u n t o s de difícil interpretación p u e d e verse c u a n d o
leemos « D o c e santas noches» c o m o un p e r í o d o de la vida y que Reinhold sos­
pecha q u e p u e d e tratarse de los doce primeros a ñ o s de la vida del ser h u m a n o
«en los que todo está a u n oscuro». La explicación p u e d e n o ser acertada pero
no parece posible deducir otro sentido c o m p r e n s i b l e de este pasaje.
En otros casos son términos específicos c o m o «metal de príncipes», lo que
R e i n h o l d nos aclara, bajo ese concepto Jean Paul h a b l a de un b r o n c e amarillo
mezcla de cuatro partes de cobre y u n a de cinc y que se l l a m a b a así por ser su
inventor un príncipe palatino.
Los c o m e n t a r i o s llegan a descifrar incluso pasajes de la Biblia, en el texto
se lee «las s e m a n a s del a ñ o . de D a n i e l » c o m o algo conocido, refiriéndose con
ello al profeta Daniel que a n u n c i ó q u e el Mesías moriría después de setenta
s e m a n a s de un d e t e r m i n a d o h e c h o . Estas s e m a n a s , que n o eran tales, fueron
calculadas p o r los m á s sabios cronólogos p a r t i e n d o del vigésimo p r i m e r a ñ o
de g o b i e r n o del rey persa Artajerjes y h a c e n un total de cuatrocientos veinte
a ñ o s lunares o a ñ o s hebreos, de ahí el n o m b r e de « s e m a n a s del a ñ o » . Según
este cálculo la muerte del R e d e n t o r coincidiría exactamente con la profecía.
Un gran n ú m e r o de notas está referido a la filosofía de su tiempo. Y dentro
de la filosofía a lo que en ella hay de disciplina e d u c a d o r a de la h u m a n i d a d y
es que Jean Paul no fue un caso aislado en su época al o c u p a r s e de escribir
u n a teoría de la educación. Rousseau h a b í a abierto el c a m i n o con su Emile en
1752, o b r a ésta que tuvo tal eco en A l e m a n i a que se convirtiría en el evangelio
del Sturm und Drang. También allí se siguió a v a n z a n d o , así tenemos a Lessing
con su Erziehung des Menschengeschlechts, o H e r d e r con Ideen zur Philosophie

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der Menschheit, j u n t o a tantos otros filósofos c o m o Kant, H a m m a n n . Fichte o
Moritz q u e c e n t r a r o n en esa cuestión gran parte de su obra.
Jean Paul, q u e n o es realmente un filósofo sino un gran autor literario,
p r e o c u p a d o p o r lo q u e ocurre en su tiempo, n o p u e d e escapar a esas corrientes
al redactar su p r o g r a m a pedagógico, con el q u e pretende formar un h o m b r e
ideal; se distancia de Rousseau, de quien dice explicitamente en el pasaje en el
que h a b l a de ó r d e n e s y prohibiciones «este párrafo n o lo p o d r í a escribir
Rousseau», pero él sí tiene siempre en cuenta al autor g i n e b r i n o con el que
coincide en varios p u n t o s , tales c o m o c o n s i d e r a r q u e el n i ñ o es u n ser p u r o
c u a n d o sale de m a n o s del Creador; es, a s i m i s m o , partidario de u n a educación
antirracionalista e individual en la q u e la religión tiene su lugar, si bien n o
coinciden en c u á n d o es a d e c u a d o introducirla en la actividad educativa, c o m o
t a m p o c o coinciden en la forma de desarrollar esa faceta, m u c h o m e n o s nega­
tiva p a r a Jean Paul que p a r a Rousseau. También H e r d e r es un i n s p i r a d o r de
la pedagogía d e Jean Paul. Para H e r d e r la educación es la s u m a de las
propias fuerzas interiores del individuo q u e se desarrollan al ponerse en con­
tacto con el m u n d o exterior. El a l m a n o trae n a d a completo, t o d o está en
esbozo, en germen. Para Jean Paul el a l m a infantil es un desierto invernal lle­
no de gérmenes primaverales, allí d o n d e penetra un rayo de sol allí surgirá el
verdor. T a m b i é n coinciden a m b o s en la i m p o r t a n c i a de la lengua, que p a r a
H e r d e r es el factor más i m p o r t a n t e en la formación de la h u m a n i d a d . Jean
Paul n o llega a ese extremo, pero sí la ve c o m o el más sutil divisor de líneas del
infinito, el aguafuerte que i m p i d e el caos. A m b o s coinciden a s i m i s m o en con­
siderar la filosofía de la historia c o m o un c a m i n o de desarrollo en la civiliza­
ción de la h u m a n i d a d . En su hostilidad hacia la Ilustración coincide con
H a m m a n n , así c o m o en considerar la fe c o m o p u n t o central de su filosofía.
Jacobi t a m b i é n influye c l a r a m e n t e en Jean Paul. C o n Fichte n o coincide evi­
d e n t e m e n t e en su concepción del ser, que p a r a este es u n efecto del actuar,
mientras q u e para Jean Paul es la categoría de las categorías, si bien los dos
quieren llevar al discípulo a conseguir u n a p e r s o n a l i d a d llena de carácter y de
i n d e p e n d e n c i a espiritual. Ese sentido de la individualidad acerca a Jean Paul
tanto al r o m a n t i c i s m o que. a u n q u e él n o se c o n s i d e r a b a c o m o tal , Schlcgel
empieza su Gesprach überdie Poesie refiriéndose a las novelas de nuestro autor.
Estas consideraciones q u e o c u p a n u n a parte de la introducción son necesarias
p a r a la correcta c o m p r e n s i ó n de la obra.
Otro aspecto que, creemos, n o d e b e descuidarse en la edición de u n a obra
de u n autor clásico es la presencia del m i s m o en nuestras bibliotecas, o la
información q u e otros libros o estudios nos h a y a n p o d i d o transmitir sobre él.
En el caso de Jean Paul se d i s p o n í a en 1983 de un trabajo, entonces recién
p u b l i c a d o , del profesor H a n s Jurctschke: La abeja de Bergnes de las Casas o
aspectos del germanismo catalán hacia mediados del siglo XIX, en d o n d e se estu­
dia d e t a l l a d a m e n t e la consideración q u e nuestro escritor mereció en aquél
á m b i t o , y se c o m e n t a n las traducciones que se h a b í a n h e c h o de a l g u n o s frag­
m e n t o s de sus obras.

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Otra fuente era el libro del profesor C l a u d e Pichois: L'image de Jean Paul
Richter dans les lettres françaises, en el q u e se insiste en afirmar que las traduc­
ciones de o b r a s a l e m a n a s siempre llegaban a E s p a ñ a a través de Francia; sin
e m b a r g o , la p r i m e r a versión que se hizo al español de Levana, anterior a 1924,
por J. M. O n t a ñ ó n , y que e n c o n t r a m o s de forma casual poco antes de a c a b a r
la nuestra, n o aparece m e n c i o n a d a en ese libro; a d e m á s esta o b r a n u n c a ha
sido traducida al francés, con lo que al m e n o s en este caso n o p o d í a m o s coin­
cidir con esa tesis. T a m p o c o el libro m e n c i o n a c o m o traducida al francés otra
o b r a de Jean Paul: Teorías estéticas, p u b l i c a d a en M a d r i d en 1884, de la q u e
tuvimos c o n o c i m i e n t o en la Biblioteca Central de Berlín.
T a m b i é n e n c o n t r a m o s referencias a Jean Paul en la Historia de la Filosofía y
la Pedagogía, de A. Agazzi, y en la Historia de la Pedagogía, de N . A l b a g n a n o y
A. Visalberghi. t r a d u c i d a s a m b a s al español, así c o m o en el libro de Roí"
Carballo: El hombre como encuentro.
En c u a n t o a traducciones de o b r a s del autor, sólo era fácilmente accesible
entonces la de Flegeljahre, título q u e Bergnes de las C a s a s h a b í a t r a d u c i d o en
el siglo XIX por Años de locuras, y que en 1981, apareció c o m o La edad del pavo,
y esta sigue siendo la única o b r a completa de Jean Paul disponible en las libre­
rías, ya q u e nuestra edición no p u d o publicarse por h a b e r d e s a p a r e c i d o el mis­
m o a ñ o de la entrega del m a n u s c r i t o la editora p a r a la que h a b í a sido c u i d a d o ­
samente preparado.

II ENCUENTROS COMPLUTENSES. Juan CONESA. Reflexiones sobre la preparación de la edición de un texto ...
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