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Diamante

Pedra
Diamante

Alguns diamantes espalhados demonstr am


as suas várias facetas refletidas.
Categoria Minerais Nativos
Cor Tipicamente amarelo, marrom
ou cinza a incolor. Menos
frequente azul, verde, preto,
translúcido branco, rosa,
violeta, laranja, roxo e
vermelho.
Fórmula C
química
Propriedades cristalográficas
Sistema (Cúbico)
cristalino
Hábito Octaedro
cristalino
Propriedades ópticas
Transparência Transparente à
subtransparente até
translúcido
Índice 2.418 (em 500 nm)
refrativo
Birrefringência Nenhum
dispersão 0.044
Pleocroísmo Nenhum
Fluorescência Incolor
ultravioleta
Propriedades físicas
Polimento Adamantinoa
Peso 12.01 ul=g/mol
molecular
Peso 3.52 +/- 0.01
específico
Densidade 3.5–3.53 g/cm3
Dureza 10
Ponto de Dependente de pressão
fusão
Clivagem 111 (perfeito em quatro
direções)
Fratura Concoidal
Brilho Adamantino

O diamante é um cristal sob uma forma


alotrópica do carbono, de fórmula
química C. É a forma triangular estável
do carbono em pressões acima de 6 GPa
(60 kbar). Comercializados como pedras
preciosas, os diamantes possuem um
alto valor agregado. Normalmente, o
diamante cristaliza com estrutura cúbica
e pode ser sintetizado industrialmente.
Outra forma de cristalização do
diamante é a hexagonal, menos comum
na natureza e com dureza menor (9,5 na
escala de Mohs). A característica que
difere os diamantes de outras formas
alotrópicas, é o fato de cada átomo de
carbono estar hibridizado em sp³, e
encontrar-se ligado a outros 4 átomos de
carbono por meio de ligações covalentes
em um arranjo tridimensional tetraédrico.
O diamante pode ser convertido em
grafite, o alótropo termodinamicamente
estável em baixas pressões, aplicando-
se temperaturas acima de 1.500 °C sob
vácuo ou atmosfera inerte. Em
condições ambientes, essa conversão é
extremamente lenta, tornando-se
negligenciada.

Cristaliza no sistema cúbico, geralmente


em cristais com forma octaédrica (8
faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces),
frequentemente com superfícies curvas,
arredondadas, incolores ou coradas. Os
diamantes de cor escura são pouco
conhecidos e o seu valor como gema é
menor devido ao seu aspecto pouco
atrativo. Diferente do que se pensou
durante anos, os diamantes não são
eternos pois o carbono definha com o
tempo, mas os diamantes duram mais
que qualquer ser humano.
Sendo carbono puro, o diamante arde
quando exposto a uma chama,
transformando-se em dióxido de
carbono. É solúvel em diversos ácidos e
infusível, exceto a altas pressões.

O diamante é o mais duro material de


ocorrência natural que se conhece, com
uma dureza de 10 (valor máximo da
escala de Mohs). Isto significa que não
pode ser riscado por nenhum outro
mineral ou substância, exceto o próprio
diamante, funcionando como um
importante material abrasivo. No
entanto, é muito frágil, esse fato deve-se
à clivagem octaédrica perfeita segundo
{111}. Estas duas características fizeram
com que o diamante não fosse talhado
durante muitos anos. A maior jazida do
mundo, revelada pela Rússia ao mundo
em 2012, porém de conhecimento do
Kremlin desde 1970, tem capacidade
para suprir diamantes, mesmo para uso
industrial, pelos próximos 3 mil anos.

A jazida conta com trilhões de quilates, e


conta com 10 vezes mais diamantes do
que todas as jazidas conhecidas
existentes no mundo hoje, juntas. Ela
situa-se numa cratera com extensão de
100 km entre a região de Krasnoiarsk e
da república da Iakútia na Sibéria,
Rússia. Tal cratera teve origem há 35
milhões de anos atrás, com a queda de
um asteroide, e seus diamantes são
duas vezes mais resistentes, duros, do
que os encontrados em outro lugares,
sua origem é decorrente da pressão e do
calor gerado no impacto. Tal durabilidade
é do interesse de certos setores
industriais pois é ótimo e de extrema
utilidade para confecção de
equipamentos da indústria eletrônica e
ótica, assim como em equipamentos
para perfuração do solo.[1] Outras jazidas
no mundo são de África do Sul.Outras
jazidas importantes situam-se na Rússia
(segundo maior produtor) e na Austrália
(terceiro maior produtor), entre outras de
menor importância.[2]
A densidade é de 3,48. O brilho é
adamantino, derivado do elevadíssimo
índice de refracção (2,42). Recorde-se
que todos os minerais com índice de
refracção maior ou igual a 1,9 possuem
este brilho. No entanto, os cristais não
cortados podem apresentar um brilho
gorduroso. Pode apresentar
fluorescência, ou seja, a incidência dos
raios ultravioleta produzem
luminescência com cores variadas
originando colorações azul, rosa,
amarela ou verde.

Propriedades
Condutividade elétrica
Alguns diamantes azuis são
semicondutores naturais, em contraste
com a maioria dos diamantes, que são
excelentes isolantes elétricos.[3]
Substancial condutividade é comumente
observada em diamantes não dopados
crescidos por deposição química a
vapor, podendo ser removida usando
certos tratamentos para a superfície.[4][5]
a

Mapa dos principais países produtores no mundo


Outras

Os diamantes são lipofílicos e


hidrofóbicos, o que significa que a
superfície de um diamante não pode ser
molhada por água mas pode facilmente
perder o brilho ou ser molhada por
óleo.[6]

Sob temperatura ambiente os diamantes


não reagem com a maioria dos
reagentes químicos, incluindo vários
tipos de ácidos e álcalis. Assim, ácidos e
álcalis podem ser usados para refinar
diamantes sintéticos.[6] Pode-se contudo
se incendiar o diamante no ar.[7]

Aplicações, Classificação e
Valor
Valor

Uma face de um diamante bruto.

Aplicações

O uso como adorno (gema) é milenar, na


Índia era usado para identificar as
castas.

Por ter grande índice de refração, é a


gema mais brilhante. Por ser a
substância mais dura da natureza, "não
arranha" e por isso, seu brilho é eterno.
Os diamantes que não tem uso joalheiro
terão uso industrial, pois são grandes
abrasivos.

O valor da gema diamante (uso


joalheiro), como o de todas as coisas,
depende da oferta e da procura. Como o
diamante é um mineral abundante na
natureza, na década de 1950, o Instituto
Gemologico Americano (GIA -
Gemological Institute of America) criou
um padrão de classificação para tornar
possível a comercialização do diamante
globalmente. Esse padrão foi criado para
classificar diamantes da escala de
incolores à matizadas (levemente
amarelado ou acinzentado), os
diamantes coloridos naturalmente são
mais raros e possuem classificação
diferente.

A classificação GIA para a escala de


incolor à matizada é baseada em 4
variáveis, são elas: PESO, COR, PUREZA e
LAPIDAÇÃO. Em inglês essas variáveis
se chamam Carat, Color, Clarity e Cut,
formando assim os 4 C's do Diamante.
São esses itens que tornam um
diamante mais valioso que outro.

Classificação e valor

Peso: A unidade de medida para pesar


gemas é o Quilate (ct), em inglês Carat,
1 quilate equivale a 0,2 gramas. O
preço de um diamante de 2ct é muito
maior do que o de dois diamantes de
1ct, pois um diamante de 2ct é muito
mais raro. Nessa variável, quanto mais
pesado melhor.
Cor: A classificação de cor leva em
consideração o tom de cada diamante
comparado ao tom de gemas matrizes
que são guias de referência criadas
pelo GIA. Nessa variável, quanto "mais
incolor" melhor.
D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P
... Z
Pureza: A classificação de pureza
mensura a quantidade, o tamanho e as
cores de inclusões internas e de
características da superfície.
Convencionou-se que essas
características incluídas e superficiais,
tem que ser vistas em uma lupa de
10x de aumento. Nesta variável,
quanto menos melhor.
F - IF - VVS1 - VVS2 - VS1 - VS2 - SI1 -
SI2 - I1 - I2 - I3
Lapidação: É a ação do homem para
tirar da gema bruta o melhor nessas 3
variáveis anteriores sem comprometer
o brilho, o "fogo" e a vida do diamante.
A lapidação brilhante é a lapidação
mais popular do diamante, a ponto de
ser confundida com o próprio nome do
mineral diamante. A lapidação
brilhante, também conhecida como
lapidação completa, foi projetada para
que toda a luz que entre na gema seja
refletida para cima fazendo com que o
diamante brilhe ainda mais. Nesta
variável, quanto mais brilho, mais fogo,
mais vida melhor. Sem esquecer que o
formato da gema também sofre
impacto no seu preço pela procura, um
diamante brilhante redondo pode ser
mais desejado que um diamante
triangular.

Talha
Uma vez selecionados, os diamantes são
cortados e talham-se ao longo de
direções nas quais a dureza é menor.
Uma talha bem realizada é aquela que
realça o foco, ou seja, o conjunto de
reflexos de cores derivados dos reflexos.

Diamantes sintéticos
Atualmente, existe a possibilidade de
fazer diamantes sintéticos, submetendo
grafite a pressões elevadas. No entanto,
o resultado são quase sempre cristais de
dimensões reduzidas para poderem ser
comercializados como gemas. A chance
de adquirir um diamante sintético no
lugar de um natural é quase nula, sendo
inclusive inferior à possibilidade de
encontrar gemas que os comerciantes
dizem ser diamante mas que não o são
realmente.
A estabilidade térmica do diamante
sintético é menor do que o natural, em
ambiente oxidativo, como ao ar, o
diamante sintético oxida (grafitiza) a
temperaturas em torno de 850 °C. Já em
atmosfera controlada sua resistência a
grafitização é próxima aos 1200 °C.

Embora já em 1880 J. Balentine Hannay,


um químico escocês, tivesse produzido
minúsculos cristais, só em 1955
cientistas da General Electric Company
conseguiram um método eficaz para a
síntese de diamantes. Este feito foi
creditado a Francis Bundy, Tracy Hall,
Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf,
depois de investigações efetuadas por
Percy W. Bridgeman na Universidade de
Harvard. Os diamantes assim
conseguidos eram de qualidade
industrial (não gemológica), sendo hoje
em dia produzidos em larga escala.
Cristais com a qualidade de pedras
preciosas, só se conseguiram sintetizar
em 1970 por Strong e Wentorf, num
processo que exige pressões e
temperaturas extremamente elevadas.

Leilões
Um diamante azul com cerca de 12,03
quilates foi vendido, em 11 de novembro
de 2015, pela leiloeira Sotheby's, em
Genebra, por um preço recorde de 43,2
milhões de francos suíços (cerca de 40
milhões de euros). Foi o "preço mais alto
por quilate" alguma vez conseguido por
diamantes.[8]

Encontrado a 16 de novembro de 2015


na mina de Karowe, no Botsuana, o
‘Lesedi la Rona’ (Nossa luz) foi a leilão
dia 29 de junho de 2016 em Londres pela
Sotheby’s. Esperava-se que pudesse
atingir um valor superior a 60 milhões de
euros. Tem 1109 quilates (222 gramas) é
quase do tamanho de uma bola de ténis
e é o maior diamante descoberto em
mais de cem anos.[9] Não foi vendido,
pois não apareceram interessados.
Em setembro de 2016, o diamante mais
caro de sempre foi comprado pela
empresa De Grisogono, num leilão
privado da Sothebys, de Londres por 56
milhões de euros. O diamante tem o
nome de “The Constellation”, tem 813
quilates, mede 6 centímetros e foi
encontrado no Botswana.[10]

Referências
1. «Cientistas revelam maior jazida de
diamantes do mundo»
2. Brasil Escola. «Duro como Diamante» .
Consultado em 3 de março de 2012
3. Collins, A.T. (1993). «The Optical and
Electronic Properties of Semiconducting
Diamond». Philosophical Transactions of
the Royal Society A. 342 (1664): 233–244.
Bibcode:1993RSPTA.342..233C .
doi:10.1098/rsta.1993.0017
4. Landstrass, M.I.; Ravi, K.V. (1989).
«Resistivity of chemical vapor deposited
diamond films». Applied Physics Letters.
55 (10): 975–977. doi:10.1063/1.101694
5. Zhang, W.; Ristein, J.; Ley, L. (2008).
«Hydrogen-terminated diamond
electrodes. II. Redox activity». Physical
Review E. 78 (4): 041603.
doi:10.1103/PhysRevE.78.041603
6. «Basic Properties of Diamond» .
DiamondBladeSelect.com
7. The Feyman Lectures on Physics -
Capítulo 1 - Atoms in motion .
8. «Diamante azul vendido por 40 milhões
de euros»
9. «Maior diamante dos últimos 100 anos
vai a leilão»
10. «Isabel dos Santos compra o
diamante mais caro da história»

Ver também
Carbonado (diamante negro)
Diamante Hope
Material superduro
Wittlesbach Azul

Ligações externas
(em inglês) O maior diamante da
galáxia
BPM3093 - O Maior Diamante do
Universo
El diamante
(em inglês) 50+ livros/5000 páginas
históricos em relação a diamante
Robert Boyle, Albertus Magnus, US
Geological Survey, George Frederick
Kunz etc.
Artigo sobre diamantes. Geól. João
Tarcísio de Almeida, DNPM/BA , 2007.
Revista Superinteressante - Ed.
Abril/2006
(em inglês) World Diamond Bourse
Ferramentas Diamantadas (em
português)

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title=Diamante&oldid=51350364"

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