A265r
Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil).
346 p. : il.
1. Introdução ........................................................................................................................... 16
2. Objetivos ............................................................................................................................. 20
3. Visão geral do Sistema de Transmissão Brasileiro .............................................................. 21
4. A metodologia de análise de perturbações ........................................................................ 23
5. Campanhas de Fiscalização ................................................................................................. 44
6. Resumo das medidas sugeridas após as análises realizadas............................................... 46
6.1. Solicitações de Planos de Melhorias ........................................................................... 46
6.2. Empreendimentos para acompanhamento diferenciado ........................................... 49
6.3. Grupos de trabalho resultantes .................................................................................. 50
7. Perturbações Analisadas ..................................................................................................... 51
7.1. Perturbações ocorridas na região Sudeste, Centro-Oeste e no estado do Tocantins 51
7.1.1. Perturbações na Transmissora CELG G&T ........................................................... 53
7.1.2. Perturbações na Transmissora CEMIG-GT .......................................................... 65
7.1.3. Perturbações na Transmissora FURNAS .............................................................. 68
7.1.4. Perturbações na Transmissora SMTE ................................................................ 100
7.2. Perturbações ocorridas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.. 107
7.2.1. Perturbações na Transmissora BRILHANTE ....................................................... 109
7.2.2. Perturbações na Transmissora EATE ................................................................. 119
7.2.3. Perturbações na Transmissora EBTE ................................................................. 121
7.2.4. Perturbações na Transmissora ELETRONORTE ................................................. 127
7.2.5. Perturbações na Transmissora ENTE................................................................. 149
7.2.6. Perturbações na Transmissora ITATIM ............................................................. 151
7.3. Perturbações ocorridas nos estados do Acre e Rondônia ........................................ 156
7.3.1. Perturbações na Transmissora ELETRONORTE ................................................. 157
7.3.2. Perturbações na Transmissora JTE .................................................................... 177
7.3.3. Perturbações na Transmissora TME .................................................................. 182
7.4. Perturbações ocorridas nos estados da Região Sul .................................................. 184
7.4.1. Perturbações na Transmissora CEEE-GT ........................................................... 186
7.4.2. Perturbações na Transmissora COPEL-GT ......................................................... 228
7.4.3. Perturbações na Transmissora ELETROSUL....................................................... 234
Figura 1 – Ações conforme a resposta dos agentes, seguindo a Pirâmide de Conformidade. ... 17
Figura 2 – Ciclo de Atividades ..................................................................................................... 17
Figura 3 – Sistema de Transmissão - Horizonte 2015 (Fonte: ONS)............................................ 21
Figura 4 – Estratificação dos desligamentos forçados analisados .............................................. 22
Figura 5 – Estratificação dos desligamentos forçados analisados .............................................. 22
Figura 6 – Divisão geográfica utilizada para análises de desligamentos forçados ...................... 23
Figura 7 – Fluxograma de Análise de Desligamentos Forçados .................................................. 27
Figura 8 – Fluxograma da etapa de Pré-Análise .......................................................................... 28
Figura 9 – Fluxograma da etapa de Análise Conclusiva .............................................................. 35
Figura 10 – Exemplo de Plano de Melhorias ............................................................................... 36
Figura 11 – Exemplo de propriedades de registro fotográfico com data, hora e localização. ... 37
Figura 12 – Campos de inserção de informações ....................................................................... 38
Figura 13 – Representação gráfica das causas dos desligamentos da LT sob análise................. 39
Figura 14 – Tipos de curtos-circuitos e fases envolvidas nos desligamentos da LT sob análise . 39
Figura 15 – Localização das faltas da LT sob análise considerando-se os trechos oriundos da
transposição completa ................................................................................................................ 39
Figura 16 – Localização das faltas, com as respectivas causas, ao longo da LT sob análise,
considerando-se o comprimento total normalizado em 100% .................................................. 40
Figura 17 – Distribuição dos desligamentos da LT, com as respectivas causas, ao longo da janela
de análise .................................................................................................................................... 40
Figura 18 – Campos de inserção de informações ....................................................................... 41
Figura 19 – Representação gráfica das causas dos desligamentos ............................................. 41
Figura 20 – Distribuição das faltas por equipamento ................................................................. 42
Figura 21 – Distribuição dos desligamentos por equipamento, com as respectivas causas, ao
longo da janela de análise ........................................................................................................... 42
Figura 22 – Informações Meteorológicas: (a) Descargas atmosféricas; (b) Incidência de
queimadas (Fonte: INPE) ............................................................................................................. 43
Figura 23 – Exemplo de traçado de linha de transmissão: (a) visão geral; (b) visão detalhada. 43
Figura 24 – Distribuição do grupo em relação ao total de desligamentos selecionados para
análise ......................................................................................................................................... 51
Figura 25 – Estados com instalações analisadas (SP, MG, RJ, ES, GO e TO)................................ 51
Figura 26 – Fase do meio propícia à construção de ninhos ........................................................ 59
Figura 27 – Detalhe de ninho construído na fase do meio ......................................................... 59
Figura 28 – Fezes das aves no isolador ....................................................................................... 59
Figura 29 – Dispositivo instalado na fase do meio para dificultar a construção de ninhos ........ 59
Figura 30 – Evidência da queimada 30/08/2014 ........................................................................ 66
Figura 31 – Evidência da queimada 18/09/2014 ........................................................................ 66
Figura 32 – Torre 157 da LT 500kV Luziânia/Paracatu 4 ........................................................... 102
Figura 33 – Torre 50 da LT 500kV Luziânia/Paracatu 4 ............................................................. 102
Tabela 1 – Relação das instalações analisadas pela SFE com desligamentos no período de 1º de
agosto de 2014 a 31 de julho de 2015. ....................................................................................... 24
Tabela 2 – Reuniões internas ...................................................................................................... 29
Tabela 3 – Ofícios enviados ......................................................................................................... 29
Tabela 4 – Reuniões com Agentes .............................................................................................. 33
Tabela 5 – Reuniões com a liderança .......................................................................................... 35
Tabela 6 – Resumo da sugestão de direcionamento da Campanha de Fiscalização .................. 45
Tabela 7 – Resumo dos Planos de Melhorias solicitados ............................................................ 46
Tabela 8 – Empreendimentos de ampliações e reforços indicadas para acompanhamento
diferenciado ................................................................................................................................ 49
Tabela 9 – Obras de PMI indicadas para acompanhamento diferenciado ................................. 50
Tabela 10 – Resumo das perturbações analisadas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no
estado do Tocantins .................................................................................................................... 52
Tabela 11 – Resumo das perturbações analisadas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e Pará .............................................................................................................................. 108
Tabela 12 – Definição dos trechos e programações de instalação dos cabos contrapeso
contínuos na LT 230 kV Juba / Brasnorte C1 MT....................................................................... 125
Tabela 13 – Resumo das perturbações analisadas nos estados do Acre e Rondônia ............... 156
Tabela 14 – Resumo das perturbações analisadas na região Sul .............................................. 184
Tabela 15 – Resumo das perturbações analisadas nas regiões ................................................ 248
Tabela 16 – Resumo das perturbações analisadas nas regiões ................................................ 298
BC Banco Capacitor
CA Corrente Alternada
CC Contrato de concessão
CC Corrente Contínua
CE Compensador Estático
DC Direct Current
DJ Disjuntor
LT Linha de Transmissão
RA Religamento Automático
RT Reator
SB Barra
Superintendência de Concessões, Permissões e Autorizações de Transmissão e
SCT
Distribuição
SE Subestação
TC Transformador de Corrente
TP Transformador de Potencial
Nos termos dos relatórios da OCDE, a abordagem da regulação responsiva sugere que as
atividades de fiscalização devem ser moduladas de acordo com o perfil e o comportamento de
cada agente regulado. Nesse sentido, as agências reguladoras devem adotar estratégias de
incentivo e fiscalização diferenciadas baseadas no comportamento e no histórico dos agentes.
Dessa forma, a regulação responsiva promove a melhoria do desempenho dos agentes ao
reduzir os custos daqueles que apresentam melhor performance regulatória.
Neste contexto, as ações adotadas serão proporcionais à resposta dos agentes à regulação e à
fiscalização, conforme a teoria de Responsive Regulation e seguindo uma filosofia baseada na
Pirâmide de Conformidade, como ilustrado na Figura 1.
1
OECD. (2014). Regulatory Enforcement and Inspections, OECD Best Practice Principles for Regulatory
Policy. OECD Publishing.
Para aqueles agentes que cumprem com suas obrigações contratuais e regulamentares, caberá
apenas a verificação deste comportamento. De outro modo, aos que querem cumprir, mas por
algum motivo não estão atendendo às expectativas do regulador e da sociedade, caberá à
fiscalização diagnosticar os problemas e incentivar sua correção. Por fim, as sanções se
destinarão especificamente aos agentes que insistem em permanecer no descumprimento da
legislação ou não são capazes de responder satisfatoriamente às ações preventivas.
Esta forma de atuação mostra-se adequada, pois a aplicação de sanções nem sempre é o
melhor instrumento para resolver todos os problemas setoriais. A organização do setor, a
regulamentação coerente e a publicidade de informações têm sido apontadas como melhores
práticas de fiscalização regulatória, restando para as ações fiscalizadoras os problemas mais
graves ou sem resposta dos agentes.
Uma vez delineado o Projeto Fiscalização Estratégica, teve início a sua implantação, com a
definição de um novo fluxo de atividades de fiscalização, dividido em quatro etapas, conforme
a Figura 2.
P D
A C
Ação
Acompanhamento
Fiscalizadora
•Acompanhar a resolução dos
•Realizar a Ação Fiscalizadora problemas evidenciados na
(REN 63/2004) Análise
•Instaurar Processo •Divulgar Relatórios de
Administrativo Punitivo Acompanhamento
•Emitir Termos de Notificação •Elaborar Relatórios de
Resultados
Com base na Agenda de Trabalho, são realizadas análises aprofundadas dos temas ou
empresas consideradas prioritárias na fase de monitoramento. A fase de análise tem como
principal objetivo a elaboração e divulgação dos Relatórios Analíticos. Os Relatórios são
apresentados aos agentes setoriais para que adotem as providências necessárias para a
correção das falhas apontadas. Podem ser solicitados dados adicionais visando à
complementação de informações ou realizadas inspeções documentais ou de campo para
subsidiar as atividades de análise.
Não foram considerados desligamentos com causa externa, ou seja, desligamentos resultantes
de: (i) atuação correta da proteção do componente em virtude de falhas externas, (ii)
desligamento por atuação correta da proteção de outro componente, (iii) desligamento por
configuração ou (iv) desligamento por atuação de Sistema Especial de Proteção - SEP. Do
mesmo modo, também não foram avaliados os desligamentos com causa operacional, ou seja,
cuja causa é de natureza elétrica sistêmica (oscilação, sobretensões, sobrefrequências, etc.).
2
A origem da causa do desligamento é classificada como Interna quando a causa se relaciona com as
partes principais do componente em análise, em geral energizadas, incluindo seus equipamentos
terminais (Ex.: isoladores, o lado primário de transformadores de instrumentos, estator, mancal, eixo de
um gerador, disjuntores, seccionadoras, etc.).
3
A origem da causa do desligamento é classificada como Secundária quando a causa se relaciona com
os equipamentos secundários, complementares ou auxiliares do componente em análise (Ex.: fiação,
proteção, controle, comando, serviços auxiliares, sistema de ventilação e resfriamento, etc.).
Enquadra-se também nesse tipo de classificação o desligamento do componente em análise por atuação
incorreta de seu sistema de proteção na ocasião de falhas externas, dado que a anormalidade, neste
caso, encontra-se na parte secundária do componente em análise.
O Sistema de Transmissão brasileiro pode ser ilustrado pela Figura 1 a seguir, considerando o
horizonte de 2015. Esse sistema era composto por 129.258 km de linhas de transmissão e
321.936 MVA de potência de transformação instalada.
Por meio dessa estratificação percebe-se que 73,3% dos desligamentos ocorreram em linhas
de transmissão e 92,4% na Rede Básica.
2000
Quantitativo de desligamentos
1500
1000
500
0
Linha de Linha de
Subestação Subestação
Transmissão Transmissão
COMPLEMENTAR BÁSICA
Total 83 173 822 2308
480
14%
Não foram considerados desligamentos com causa externa, ou seja, desligamentos resultantes
de: (i) atuação correta da proteção do componente em virtude de falhas externas, (ii)
desligamento por atuação correta da proteção de outro componente, (iii) desligamento por
configuração ou (iv) desligamento por atuação de Sistema Especial de Proteção - SEP. Do
mesmo modo, também não foram avaliados os desligamentos com causa operacional, ou seja,
cuja causa é de natureza elétrica sistêmica (oscilação, sobretensões, sobrefrequências, etc.)
Tabela 1 – Relação das instalações analisadas pela SFE com desligamentos no período de 1º de
agosto de 2014 a 31 de julho de 2015.
Grupo de Total de
Transmissora Instalação
Transmissoras Desligamentos
Uma vez selecionado o desligamento forçado a ser analisado, foram realizadas as atividades
descritas no fluxograma apresentado na Figura 7.
Pré-Análise
SIM NÃO
Necessidade
NÃO
de Relatório Análise Conclusiva
Analítico
SIM
SIM
Emissão de Relatório
de Análise
Pontos
Emissão de Relatório
Relevantes
Analítico
Esclarecidos
NÃO
Nos casos em que a perturbação passou por uma reunião de análise, com a participação dos
diversos agentes do setor elétrico, e possuía Relatório de Análise de Perturbação – RAP, as
informações contidas nesses relatórios também foram levadas em consideração no universo
de dados de estudo do equipamento selecionado.
SIM
SIM
NÃO
Consolidação das
informações do
equipamento
Também foi realizada consulta de obras, reforços e melhorias, nos Sistema de Gestão do PMI
(SGPMI, do ONS) e Sistema de Gestão da Transmissão (SIGET, da ANEEL), envolvendo os
equipamentos selecionados, no intuito de se encontrar a existência de nexo causal entre os
problemas evidenciados e uma possível solução para se evitar recorrência do mesmo fato
gerador.
Na consolidação dos dados desses sistemas buscou-se mapear padrões e principais formas de
problemas para cada instalação e/ou empresa avaliada. As informações obtidas foram
discutidas previamente entre a equipe de análise em reuniões internas entre os especialistas
da SFE conforme mostra a Tabela 2.
Ademais, foi solicitado ao ONS um prazo de pelo menos 10 dias para a convocação com vistas
a emissão de Relatórios de Análise de Perturbações – RAPs. O prazo tem por objetivo a
preparação prévia dos agentes envolvidos e da ANEEL, tendo em vista o possível envolvimento
de instalações sob análise.
Durante as reuniões presenciais os agentes foram incentivados a apresentar sua visão sobre as
ocorrências, conforme itens mínimos definidos no ofício de convocação. Foram discutidos
pontos relevantes das ocorrências e ao final feito um registro da reunião. Nesse registro
constam obrigações resultantes às partes, prazos e solicitações de informações adicionais, de
acordo com a necessidade.
Para direcionar a proposta de encaminhamento que foi dada em cada um dos casos, fez-se
necessária a etapa denominada ‘Análise Conclusiva’. Essa etapa está descrita na Figura 9.
Tabela 5), onde foram decididas para quais instalações seriam solicitados planos de melhorias
específicos. As informações foram consolidadas, com o parecer de um diagnóstico, proposta
de prognóstico e documentação dessas conclusões.
NÃO NÃO
Fechamento de NÃO
diagnóstico
Fechamento de Documentação
prognóstico de conclusões
LEGENDA
SIGEFIS Sistema de Gestão da Fiscalização
Plano de Melhorias
Nos casos em que se julgou necessário, foi solicitada a apresentação de um Plano de melhorias
para resolver ou mitigar os desligamentos forçados observados. Esse plano contém a
caracterização dos problemas, detalhamento de ações e investimentos (se houver) para
correção dos mesmos, forma de se dar publicidade da execução dos atos e resultados
esperados.
Os Planos de Melhorias propostos pelas empresas foram avaliados pela SFE, que pôde propor
alterações para o atendimento aos aspectos relacionados com a correção das falhas dentro de
um prazo adequado, objetivando sempre resultados relacionados com a melhoria do
desempenho dos agentes e instalações para uma adequada prestação do serviço.
Destaca-se que a proposição das ações necessárias para a melhoria do desempenho das
instalações, os adequados cumprimentos dessas ações propostas e a concretização dos
resultados esperados, são de inteira responsabilidade das empresas. Nesse etapa de
elaboração dos planos de melhorias, coube à equipe de Análise somente a tarefa de analisar a
admissibilidade dos planos propostos, os quais serão acompanhados de acordo com as formas
de medições propostas pelas empresas.
Uma vez definido o Plano de Melhorias, as ações da empresa serão acompanhadas até a sua
execução ou até o final dos prazos estabelecidos.
Devido ao volume significativo de informações constantes no rol dos trabalhos de análise, foi
criada uma planilha com o intuito de extrair rapidamente informações sobre os perfis dos
desligamentos das linhas de transmissão. A Figura 12 mostra a interface de inserção dos dados
referentes aos desligamentos de uma determinada linha de transmissão a ser analisada.
Figura 17 – Distribuição dos desligamentos da LT, com as respectivas causas, ao longo da janela
de análise
Com base nas informações gráficas geradas pela planilha de análise, foi possível saber
rapidamente quais as principais causas de desligamentos da LT, os tipos de curtos-circuitos
predominantes, as localizações das maiores incidências de faltas de acordo com as causas, os
possíveis efeitos que as transposições completas da linha podem causar na distribuição
espacial dos desligamentos e os períodos temporais da janela de análise que concentraram as
maiores quantidades de desligamentos com as respectivas causas.
De maneira análoga, foi criada outra planilha com o intuito de extrair rapidamente
informações sobre os perfis dos desligamentos ocorridos em subestações. A Figura 18 mostra
a interface de inserção dos dados referentes aos desligamentos ocorridos em uma subestação:
1. Data do desligamento;
2. Causa do desligamento;
3. Equipamento onde ocorreu a falta.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 23 – Exemplo de traçado de linha de transmissão: (a) visão geral; (b) visão detalhada.
Com base nos dados meteorológicos e conhecendo o traçado da linha, por meio de arquivos
disponibilizados pelos agentes, foi possível complementar as informações disponíveis nos
sistemas do ONS.
No presente ciclo de análise, as falhas humanas deram origem a 14% do número total de
desligamentos forçados. De outro modo, 957 desligamentos forçados tiveram a causa
classificada como indeterminada, o que representa 28% dos desligamentos ocorridos no
período (Figura 5). A não identificação da causa dos desligamentos dificulta a adoção das
medidas necessárias para evitar novas ocorrências .
Ficou definido que as ações sugeridas para as Campanhas de Fiscalização seriam diferenciadas
por grupos de importância. As transmissoras foram divididas em 2 conjuntos: transmissoras
em geral e transmissoras sob atenção.
Falhas Humanas
Empresas Indeterminadas
Acidental Proteção
CEEE GT Sim Sim Sim
CELG GT Não Sim Sim
CEMIG GT Não Sim Não
CHESF Sim Sim Não
COPEL GT Sim Sim Não
CTEEP Sim Sim Não
ELETRONORTE Sim Sim Sim
ELETROSUL Sim Não Sim
FURNAS Sim Sim Sim
IENNE Não Não Sim
JTE Não Não Sim
Macapá TRA Sim Sim Não
Xingu TRA Sim Sim Não
Para as transmissoras em geral foram realizadas ações de divulgação dos números setoriais
relacionados a desligamentos por falhas humanas e causas indeterminadas, alertando as
concessionárias quanto à importância em reduzir esses números.
Para as transmissoras sob atenção, além das ações previstas para o grupo geral, realizaram-se
reuniões técnicas específicas. Nessas reuniões a ANEEL apresentou o quadro da empresa e
solicitou Plano de Melhorias para resolver ou mitigar os desligamentos provocados por falhas
humanas e causas indeterminadas. Foi aberto prazo para apresentação desse plano com um
cronograma limitado.
A seguir apresentamos um resumo das medidas sugeridas pela equipe de análise face aos
prognósticos apresentados ao longo desse Relatório. Basicamente, as análises apontaram a
necessidade de solicitação de 62 (sessenta e quatro) planos de melhorias, a inclusão de 11
(onze) empreendimentos no acompanhamento diferenciado de obras, nos termos da Nota
Técnica nº 2011/2015-SFE/ANEEL, a criação de grupos de estudos para análise das instalações
susceptíveis a queimadas; análise dos requisitos de teleassistência de instalações; e de
estruturação de um plano de manutenção diferenciada para as linhas e subestações que
compõe o tronco de interligação Norte-Sudeste.
Os Planos de Melhorias solicitados podem ser resumidos por meio da Tabela 7 a seguir:
Ao longo das análises foram identificadas obras que tem potencial de reduzir
significativamente os desligamentos forçados observados no ciclo de análise. Para esses casos,
não fazia sentido a solicitação de Planos de Melhorias. Contudo, tendo em vista a sistemática
de acompanhamento diferenciado de empreendimentos, o prognóstico foi a inclusão dessas
obras naquele rol. Os empreendimentos indicados para o acompanhamento diferenciado
estão relacionadas a seguir:
Código
Concessionária Outorga Descrição
SIGET
Construção do 2º circuito em 230kV
interligando a SE Barro Alto à SE Itapaci, de
CELG GT T2014-074 CC003/2014 responsabilidade do agente Lago Azul
Transmissão (previsão de conclusão em
julho/2016)
Adequação do arranjo de barramentos em
230kV para barra dupla quatro chaves, de
CELG GT T2011-159 REA3217/2011 responsabilidade do agente CELG-GT
(previsão de conclusão em
dezembro/2016);
3º banco de autotransformadores de
CELG GT T2009-179 REA2089/2009
230/138kV, 100MVA SE Anhanguera
Instalação de dois transformadores
CELG GT T2014-102 REA5444/2015 230/138/13,8kV (6x75MVA) e conexões em
substituição aos TRs 1 e 2 SE Anhanguera
SE Rurópolis - Instalação do AT3 230/138-
ELETRONORTE T2012-010 REA3361/2012 13,8 kV 100 MVA e adequação dos setores
138 kV e 230 kV
Modernização das proteções da LT 230 kV
CEEE-GT REA4347/2013
Scharlau / Charqueadas C1
Ao todo são 10 empreendimentos selecionados, sendo que 5 deles fazem parte de programas
de Plano de modernização de Instalações – PMI.
Um dos grupos criados tem por objetivo a análise das instalações susceptíveis a queimadas,
mapeando as linhas vulneráveis e verificando a situação dessas quanto à permissão de limpeza
de faixa de servidão. O trabalho pode envolver a interação com órgãos ambientais executivos
e seccionais, estudos de projetos de P&D afetos ao tema e reuniões com agentes regulados.
Por fim, tendo em vista a suspensão das obras outorgadas a holding Abengoa e considerando o
cronograma da usina hidroelétrica de Belo Monte, criou-se um grupo de trabalho com objetivo
de estruturar um plano de manutenção diferenciada para as linhas e subestações que compõe
o tronco de interligação Norte-Sudeste.
Figura 25 – Estados com instalações analisadas (SP, MG, RJ, ES, GO e TO)
Linha de transmissão em operação comercial desde 24/06/2012 com 48km de extensão sem
religamento automático. Essa linha de transmissão é originada do seccionamento da LT 230kV
Anhanguera/Firminópolis, autorizada pela REA nº 1829/2009.
4
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.002947/2016-00
5
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003820/2016-00
Na análise dos desligamentos se percebeu que sempre que o disjuntor 724 da SE Planalto era
aberto através de trip, da proteção de distância do relé REL670, possivelmente era enviado via
rede CELG-GT uma mensagem GOOSE para o relé REL670 da SE Palmeiras que enviava sinal de
trip para o Disjuntor 734 da SE Palmeiras e após 176ms provocava a abertura deste.
Em 05/11/2014 a CELG-GT alterou e revisou o MAC Address dos relés da SE Palmeiras e fez um
teste com a injeção de um sinal de defeito no Relé REL670 na SE Planalto, vão LT 230kV
Planalto/Anhanguera, verificando que não ocorreu desligamento indevido da LT 230kV
Firminópolis/Palmeiras por mensagem GOOSE via rede. A solução do defeito também pôde ser
comprovada pelo desligamento de 03/06/2015 da LT 230kV Planalto/ Anhanguera, sem
impacto na operação da LT 230kV Firminópolis/Palmeiras.
Conforme informações da Transmissora, este problema de configuração se deu pelo fato dos
projetos utilizados nas intervenções na SE Planalto e SE Palmeiras serem similares e realizados
pela mesma empreiteira contratada para a execução das obras.
Como medidas para minimizar a recorrência deste tipo de desligamento, a CELG-GT alega estar
aprimorando os procedimentos relacionados a testes de aceitação de fábrica, testes de
aceitação em campo e testes de aceitação de rede junto aos fabricantes para certificar o
desempenho da rede de comunicação dos IEDs na subestação, além de analisar o tráfego de
pacotes na rede corporativa e fora desta, com verificação dos endereçamentos das mensagens
GOOSE, VLANs e MAC Address. Medidas a serem aplicadas para projetos futuros.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sob análise foi o desempenho desta por problemas de
configuração relacionadas a rede de dados. Percebe-se que a CELG-GT mapeou e solucionou o
problema, implementando ações com vistas à redução desta causa, não necessitando de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência para esta matéria. No
entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estarão sendo monitorados
continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados pela SFE, e caso
os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo
posterior.
Linha de transmissão em operação comercial desde 28/04/1996 com 68km de extensão sem
religamento automático. Essa linha de transmissão não possui disjuntor de linha no terminal
de Itapaci, sendo ligada diretamente no barramento de 230kV desta subestação. Essa
configuração força as proteções a atuarem sobre os disjuntores de alta dos transformadores
TR1 e TR2 230/69kV, provocando corte das cargas dos consumidores ligados neste barramento
quando de perturbações nessa linha de transmissão.
Como o atendimento da SE Itapaci é radial e só por meio deste circuito, mesmo que a LT
possuísse disjuntor na entrada de linha, possivelmente haveria também o corte de carga
quando de ocorrências na linha. Essa situação está em vias de ser solucionada com a entrada
em operação comercial de duas obras:
Diagnóstico:
Na análise dos desligamentos se percebeu três desligamentos por descarga atmosférica, que
pelo comprimento da linha de transmissão não atenderia ao critério de desempenho proposto
pelos Procedimentos de Rede para esta causa.
Foi constatado que pela topologia descrita na introdução acima, dos 9 desligamentos, 8
resultaram em corte de carga, totalizando aproximadamente 600MW.
Prognóstico:
Após reuniões com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta causada pela presença de ninhos de pássaros na linha de transmissão. Por
solicitação desta Superintendência, a CELG-GT foi demandada a apresentar Plano de Melhorias
para a redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado
pela equipe da ANEEL.
Quanto ao desligamento por falha no ajuste da proteção, como a causa do problema foi
pontual e solucionada após identificação pelo agente, esta matéria não será item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estarão sendo monitorados continuamente através dos
Linha de transmissão em operação comercial desde 04/08/2013 com 116km de extensão sem
religamento automático. No período selecionado foram analisados 10 desligamentos,
totalizando o corte de 450MW de carga em 2 ocorrências, resumidos no quadro abaixo.
Diagnóstico:
O desligamento do dia 15/09/2014 teve como causa, a queda de cabo para raio sobre a linha
nas proximidades do quilômetro 86 a partir da SE Anhanguera. O cabo para raios ficou
pendurado entre as fases A e B originando dois desligamentos posteriores, um inclusive com
corte de carga de 380MW. Em 16/09/2014 o cabo para raio foi recomposto e foram feitos
reparos nas fases danificadas.
Durante a análise foi identificado que após a recomposição do cabo, a linha de trip da proteção
primária permaneceu aberta na régua de bornes, esquecida desta forma após manutenção
realizada na referida linha de transmissão. Durante a manutenção também foram bloqueadas
todas as funções da proteção alternada, exceto a função direcional de sobrecorrente residual
temporizada que atuou nas perturbações dos dias 17 e 20/09/2014. Após a identificação deste
problema o sistema de proteção da linha foi normalizado.
O desligamento do dia 17/09/2014 foi causado por ninho de pássaro na fase Branca na
estrutura próxima ao quilômetro 86 a partir da SE Anhanguera.
O desligamento do dia 03/06/2015 se deu por atuação indevida do 50BF na SE Anhanguera por
ligação física indevida, não constante em projeto, do relé para a linha de trip. Esse mesmo fato
desligou dois transformadores 230/138kV da SE Anhanguera, também objeto deste relatório.
Essa ocorrência gerou o corte de 154MW de carga, atribuída a outra função transmissão.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sobre análise foi o desempenho desta causada pela presença de
ninhos de pássaros na fase do meio da linha de transmissão. Por solicitação desta
Superintendência, a CELG-GT foi demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução
dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da
ANEEL.
Quanto às falhas humanas observadas, este tema também está na Campanha de Fiscalização
para o ano de 2016, e a CELG-GT foi convocada a apresentar Plano de Melhorias relacionados
a este item específico que será acompanhado por esta Superintendência.
Assim, até abril de 2015 a subestação operava com dois bancos monofásicos de
transformadores 230/138kV, de 100MVA cada – 3x33MVA, sendo o TR1 da marca COEMSA
datado de 1971 e o TR2 da marca GE datado de 1975. Além disso, existia uma unidade
monofásica para ser utilizada como reserva.
Em 16/09/2013 ocorreu um sinistro na fase A do TR2, sendo utilizada a fase reserva para
retorno à operação do banco.
Em 16/10/2013 ocorreu novo sinistro no TR2, desta vez envolvendo a fase C. Haja vista a
inexistência de unidades reservas disponíveis, foi utilizada uma unidade de transformação
vinda da SE Cachoeira Dourada, com tap fixo e terciário em 66kV. Por conveniência operativa
essa unidade passou a operar substituindo a fase A e a fase reserva substituindo a fase C.
Devido a limitações na unidade de Cachoeira Dourada, o TR2 passou a operar sem paralelismo
com o TR1, com a segregação das barras de 138kV.
Em 26/02/2015, ocorreu um problema no comutador sob carga da fase B do TR1. Para retorno
em operação do banco, foi utilizada uma das unidades do 3º banco autorizado pela REA
2089/2009.
Essa situação perdurou até 14/02/2016, quando se conseguiu reparar a unidade sinistrada do
TR1 e energização do TR2 com a unidade reserva e a unidade de Cachoeira Dourada. O TR1
Diagnóstico:
A perturbação do dia 07/11/2014, pode ser classificado como falha humana, uma vez que a
ventilação forçada do 1º estagio do transformador se encontrava desligada de forma
equivocada.
Prognóstico:
Quanto às falhas humanas observadas, este tema está na Campanha de Fiscalização para o ano
de 2016, e a CELG-GT foi convocada a apresentar Plano de Melhorias relacionado a este item
específico que será acompanhado por esta Superintendência.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que a principal causa das ocorrências foi decorrente de
queimadas, que podem ser agrupadas em 3 eventos distintos. No evento do dia 30/08/2014 a
CEMIG-GT identificou através de inspeção aérea foco de queimada no vão entre as torres 649
e 650 da linha de transmissão, segundo o agente como sendo fora da faixa de servidão da
linha. Na ocorrência do dia 16/10/2014 apesar da classificação como queimada, o religamento
automático atuou de forma satisfatória.
6
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.002788/2016-00
O desligamento devido a queda de torre (9/3/15 15:34) se deu na estrutura 616 devido a
carreamento de solo da base da torre por água de chuva. Como medida descrita pela CEMIG-
GT foi realizada a realocação da estrutura para um local estável do terreno e refeitas curvas de
nível e construídas novas curvas de nível para assegurar estabilidade e segurança para a nova
base da estrutura 616. A linha de transmissão foi restabelecida às 15h15min do dia 12/03,
após manutenção.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sobre análise é o desempenho desta com relação a queimadas.
Apesar de se ter identificado outros 6 desligamentos ainda no ano de 2015, e fora da janela de
análise, também classificados com esta mesma causa, sendo 4 em agosto e 2 em setembro,
essa temática possui forte influência da natureza ou de terceiros. Percebe-se que a CEMIG-GT
já possui ciência do problema e vem propondo e implementando ações com vistas à redução
desta causa, não necessitando de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência para esta matéria. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela
empresa estarão sendo monitorados continuamente através dos indicadores de desligamentos
forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta
instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Entende-se que a ocorrência por queda de torre se deu devido a fenômeno natural (chuva) e
foi um defeito pontual com a atuação da empresa para a correção do problema, não
merecendo nenhuma atividade específica por parte da fiscalização.
Diagnóstico:
7
Registro de reunião documento SIC nº 48534.003680/2016-00
Prognóstico:
Os temas de desligamentos como causa indeterminada, assim como falha humana acidental
estão na Campanha de Fiscalização para o ano de 2016, e FURNAS foi convocada a apresentar
Plano de Melhorias relacionados a estes itens específicos que serão acompanhados por esta
Superintendência.
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sob análise foi o
desempenho desta frente a descarga atmosférica. Por solicitação desta Superintendência,
FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução dos desligamentos
motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Linha de transmissão em operação comercial desde 02/03/1997 com 254km de extensão sem
religamento automático. No período selecionado foram analisados 15 desligamentos,
resumidos no quadro abaixo.
Diagnóstico:
Foi verificado que grande parte das ocorrências não possui determinação da causa, espaçadas
ao longo de todo o ano e sem padrão de envolvimento de fases ou quilometragem da falta.
Prognóstico:
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta por queimadas. Por solicitação desta Superintendência, FURNAS foi
demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução dos desligamentos motivados
pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
Na análise se percebeu três desligamentos por queimada, concentrados em dois dias do ano e
envolvendo a fase Azul da linha de transmissão nos primeiros 50 quilômetros a partir da
subestação FURNAS.
Foi verificado que grande parte das ocorrências não possui determinação da causa, no entanto
se concentraram em um mês do ano (outubro/2014). Dos seis desligamentos apontados com
causa indeterminada três se deram com o envolvimento da fase Branca e dois com
envolvimento da fase Azul da linha de transmissão linha de transmissão. Em cinco ocasiões os
eventos ocorreram nos primeiros 20 quilômetros a partir da subestação FURNAS.
Em todas as 10 ocorrências o religamento não foi sustentado por reincidência da falha ou não
houve religamento por configuração da proteção ou por inconsistência da lógica dos relés do
terminal seguidor (subestação Estreito).
O agente informou que devido à época de período seco, que coincide com o período dos
desligamentos e a proximidade entre os eventos, levam a prováveis queimas dos canaviais
existentes fora das faixas como a causa dos desligamentos, mas a falta de confirmação pela
concessionária não permitiu esta classificação.
Quanto a inconsistência da lógica dos relés do terminal seguidor, FURNAS alega que fez nova
intervenção, em 04/04/2016, com resultados satisfatórios e realizou baixa na recomendação
do ONS em 20/04/2016.
Prognóstico:
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta por queimadas em canaviais fora da faixa da linha de transmissão. Por
solicitação desta Superintendência, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias
para a redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado
pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
Em 20 ocorrências o religamento não foi sustentado por reincidência da falha ou por posterior
desligamento.
Conforme FURNAS, quando não há identificação de queimada pela área de manutenção, estas
são classificadas como indeterminada.
O agente informou que devido à época de período seco, que coincide com o período dos
desligamentos e a proximidade entre os eventos, levam a prováveis queimas dos canaviais
existentes fora das faixas como a causa dos desligamentos, mas a falta de confirmação pela
concessionária não permitiu esta classificação para todos os eventos.
Prognóstico:
Os temas de desligamentos como causa indeterminada, assim como falha humana relacionado
à sistema de proteção, estão na Campanha de Fiscalização para o ano de 2016, e FURNAS foi
convocada a apresentar Plano de Melhorias relacionados a estes itens específico que serão
acompanhados por esta Superintendência.
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta por queimadas em canaviais fora da faixa da linha de transmissão. Por
solicitação desta Superintendência, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias
para a redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado
pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
Na análise se percebeu dois desligamentos por queimada, sendo estes relacionados a mesma
perturbação.
Foi verificado que grande parte das ocorrências não possui determinação da causa, no entanto
se concentraram em três meses do ano (setembro a novembro/2014). Dos dez desligamentos
apontados como causa indeterminada sete se deram com o envolvimento da fase A da linha
de transmissão. Em seis ocasiões os eventos ocorreram entre os quilômetros 50 e 100 e três
entre os quilômetros 100 e 150, a partir da SE UHE Luis Carlos Barreto de Carvalho.
O agente informou que devido à época de período seco, que coincide com o período dos
desligamentos e a proximidade entre os eventos, levam a prováveis queimas dos canaviais
existentes fora das faixas como a causa dos desligamentos, mas a falta de confirmação pela
concessionária não permitiu esta classificação.
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta por queimadas em canaviais fora da faixa da linha de transmissão. Por
solicitação desta Superintendência, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias
para a redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado
pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
Foi verificado que grande parte das ocorrências não possui determinação da causa, espaçadas
ao longo de todo o ano e sem padrão de envolvimento de fases ou quilometragem da falta. Em
dez dos doze desligamentos de causa indeterminada o religamento automático obteve sucesso
em sua atuação.
Observando a janela de agosto de 2015 a janeiro de 2016, se verifica seis desligamentos para
esta LT classificados como indeterminada.
O agente informou que os desligamentos coincidem com épocas de período seco ou de chuva,
levando a prováveis queimas ou descargas atmosféricas como a causas dos desligamentos,
mas a falta de confirmação pela concessionária não permitiu esta classificação.
Prognóstico:
Após reunião com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sob análise foi o
desempenho desta por queimadas. Por solicitação desta Superintendência, FURNAS foi
demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução dos desligamentos motivados
pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
9/2/15 16:33 BC 345 kV 160 MVar ADRIANOPOLIS 10 RJ Fusível Animais, Pássaros, Insetos
Transformador de
17/3/15 16:45 BC 13P8 kV 50 MVar ADRIANOPOLIS 6 RJ Explosão
Corrente
11/4/15 11:43 SB 138 kV ADRIANOPOLIS I RJ Seccionadora Defeito
12/4/15 8:09 TR 345 / 138 kV ADRIANOPOLIS 1B RJ Proteção Relé de Proteção - Falha/Defeito
12/4/15 8:32 TR 345 / 138 kV ADRIANOPOLIS 1B RJ Proteção Relé de Proteção - Falha/Defeito
10/7/15 1:28 TR 345 / 138 kV ADRIANOPOLIS 2A RJ Enrolamento Falha
Diagnóstico:
As ocorrências dos dias 31/10/2014 e 01/11/2014 se deram no TR2B por nível alto de óleo
devido a expansão do mesmo por elevação de temperatura. Foi desativado o disparo por nível
alto de óleo e mantido somente o alarme. Conforme FURNAS essa é sua filosofia de operação
após finalização do prazo de garantia. Conforme informações do agente a idade das fases do
TR2B são: fase A – 1978; fase B – 2012 e fase C – 1982.
O evento do dia 10/12/2014 teve início com uma falha interna na LT 138kV Adrianópolis/Cepel
C2 com posterior desconexão de todos os equipamentos do setor de 138kV da SE Adrianópolis
pela atuação incorreta da proteção de barras, causado por ajuste inadequado. Houve o corte
de 539MW de carga, atribuídas ao equipamento que originou a perturbação. A substituição da
proteção de diferencial de barras foi finalizada em 27/04/2015, através do PMI nº 87/2011,
que apontou a necessidade para o ano de 2012.
As duas ocorrências no TR1B (12/02/2015), se deram por defeito na caixa do relé 50BF do
DJ626 (lado de 138kV). A substituição dos elementos defeituosos foi finalizado em 27/04/2015
(SGI nº 00.013.168-15).
A ocorrência no TR2A (10/07/2015) se deu por vazamento de óleo na bucha da fase B do lado
de 138kV. A fase B foi substituída pela fase reserva através do SGI nº 00.027.776-15.
Prognóstico:
Devido a diversidade de causas, o caráter pontual destas, a solução das falhas e a não
recorrência do mesmo defeito na janela de análise, estas matérias não serão item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estarão sendo monitorados continuamente através dos
indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a
melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Data do
Equipamento Desligado Descrição do Local Descrição da Causa
Desligamento
Forçado
CE 100 / -50 MVar
8/8/14 10:22 Proteção Acidental - Serviços/Testes
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar Instrumento de Medição -
28/10/14 22:11 Sistema Ventilação/Resfriamento
BANDEIRANTES 1 GO Falha/Defeito
CE 100 / -50 MVar Instrumento de Medição -
28/10/14 23:05 Proteção
BANDEIRANTES 1 GO Falha/Defeito
CE 100 / -50 MVar Sistema de Controle e Supervisão
5/11/14 8:05 Indeterminada
BANDEIRANTES 1 GO Digital
CE 100 / -50 MVar Sistema de Controle e Supervisão
15/11/14 4:33 Indeterminada
BANDEIRANTES 1 GO Digital
CE 100 / -50 MVar
23/11/14 1:13 Sistema Ventilação/Resfriamento Cartão Eletrônico - Falha/Defeito
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
9/12/14 5:13 Reator e Tiristor Explosão
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
23/2/15 10:26 Sistema Ventilação/Resfriamento Falha
BANDEIRANTES 2 GO
CE 100 / -50 MVar
8/3/15 7:23 Sistema Ventilação/Resfriamento Outras - Equipamentos e Acessórios
BANDEIRANTES 1 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
24/3/15 15:57 Proteção Indeterminada
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
14/4/15 8:47 Sistema Ventilação/Resfriamento Cartão Eletrônico - Falha/Defeito
BANDEIRANTES 2 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
17/4/15 15:38 Proteção Erro de Ajuste - Cálculo
BANDEIRANTES 1 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
23/4/15 13:54 Proteção Indeterminada
BANDEIRANTES 1 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
24/4/15 13:30 Proteção Cartão Eletrônico - Falha/Defeito
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
4/5/15 22:03 Sistema Ventilação/Resfriamento Defeito
BANDEIRANTES 2 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
21/5/15 18:01 Proteção Indeterminada
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
23/5/15 8:49 Sistema Ventilação/Resfriamento Erro de operação - instalação
BANDEIRANTES 1 GO
BC 345 kV 91P5 MVar
21/7/15 15:37 Fusível Rompimento/Desconexão
BANDEIRANTES 1 GO
CE 100 / -50 MVar
29/7/15 20:38 Sistema Ventilação/Resfriamento Baixo Fluxo de Água
BANDEIRANTES 2 GO
Das nove ocorrências envolvendo o CE1 oito teve o sistema de resfriamento como causador do
desligamento do equipamento, sendo os motivos elencados a seguir:
O desligamento do dia 09/12/2014 no CE1 se deu por explosão de duas bobinas do TCR do
ramo CA, com retorno do equipamento após intervenção em 10/12/2014 (SGI nº 00.050.729-
14).
A ocorrência do dia 04/05/2015 no CE2 se deu por quebra da correia do ar condicionado que
atende a sala de controle.
Em cinco eventos do BC1 houve atuação do desbalanço de corrente, sem causa específica. Um
evento se deu por fusível rompido na fase A.
Já para os bancos de capacitores o agente alega que estes são equipamentos compostos de
vários componentes e conexões que quando sujeitos a temperaturas elevadas podem ter
alteradas suas características de projeto, causando desequilíbrios entre as fases e gerando
correntes de desbalanço a valores de atuação de proteção. Uma vez desligados
automaticamente, são realizadas inspeções sendo que se nada de anormal for encontrado,
classifica-se a causa como indeterminadas, pois se esgotaram todas as ações para identificar a
causa. Na tentativa de restabelecimento pode ocorrer atuação da proteção em função desta
mudança de característica, justificando um reajuste de offset da proteção, que neste caso são
classificadas equivocadamente como “Erro de ajuste” pelo ONS. Os demais desligamentos dos
equipamentos ocorreram por queima de elos fusíveis devido à ocorrência de transitórios.
25/3/15 11:47 BC 230 kV 27P7 MVar BARRO ALTO 2 GO Disjuntor Câmara ou Polos - Falha/Defeito
Diagnóstico:
A ocorrência do dia 11/12/2014 está relacionada a alta temperatura por falta de alimentação
auxiliar do CE. Neste evento um gambá provocou curto circuito nos polos do disjuntor
localizado no cubículo CC2-1, do serviço auxiliar, ocasionando seu desarme por sobrecorrente.
Segundo FURNAS, havia serviços de ampliação que exigiram abertura de tampas de canaletas e
portas do cubículo de 13,8kV da SE para o lançamento de novos cabos, o que propiciou a
entrada do animal no equipamento.
O evento do dia 25/03/2015 teve como causa a falha na abertura do polo B do disjuntor
DJ7028C. Nesta perturbação houve o corte de 96MW de carga pois houve o desligamento da
LT 230kV Itapaci-Barro Alto C1, também analisada neste relatório. Segundo o agente, o
disjuntor foi substituído por outro de igual modelo e a causa da falha de abertura do polo foi
por montagem equivocada do equipamento pelo próprio fabricante.
Prognóstico:
Verificou-se que a principal fonte de desligamentos está relacionada com o CE1, que conforme
a transmissora é um equipamento em final de vida útil. Assim, por solicitação desta
Superintendência, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução
dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da
ANEEL.
Diagnóstico:
Nas duas ocorrências do dia 19/10/2014 a causa foi o aterramento indevido da barra de
neutro (do transformador reserva, que estava sendo utilizado na substituição de uma fase do
TR2) quando da manutenção no TR4.
A ocorrência do dia 05/05/2015 foi durante a realização de manutenção preventiva nos relés
dos BCs 3 e 4 e a do dia 16/07/2015 durante manutenção preventiva para limpeza dos
cubículos.
Prognóstico:
Diagnóstico:
Seis das sete ocorrências no BC1, bem como as três ocorrências no BC2 e as duas no BC10 o
desligamento se deu por atuação do desbalanço de tensão. Nas ocorrências do BC1 e BC2 o
desbalanço foi provocado por queima de elo fusível. Nos desligamentos do BC10 não houve a
identificação da causa. Em todas as ocorrências houve intervenção do agente com a
substituição dos elementos defeituosos.
A ocorrência do dia 23/12/2014 no BC1, diferente das anteriores, foi provocada por forte
vazamento de óleo de acionamento hidráulico da fase B do disjuntor DJ6112C. A intervenção
para solução do vazamento foi finalizada em 24/12/2014 (SGI nº 00.052.883-14).
Ainda segundo o agente, o desligamento do dia 03/09/2014 não se deu por defeito no relé, e
sim por mau contato da fiação no circuito secundário da malha diferencial no lado de alta do
Prognóstico:
Verificou-se que a principal fonte de desligamentos está relacionada com o CE1, que conforme
a transmissora é um equipamento em final de vida útil, e os Bancos de Capacitores, por
falha/defeito na proteção e queima de elos fusíveis devido à ocorrência de transitórios. Assim,
por solicitação desta Superintendência, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de
Melhorias para a redução dos desligamentos motivados pelas presentes causas, que serão
acompanhados pela equipe da ANEEL.
O evento relacionado ao TR2A foi solucionado e não se repetiu na janela avaliada. Assim, por
ser um desligamento pontual esta matéria não será item de acompanhamento diferenciado
por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela
empresa estarão sendo monitorados continuamente através dos indicadores de desligamentos
forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta
instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Diagnóstico:
Oito ocorrências envolveram os filtros da subestação, sendo cinco eventos por danificação de
capacitor. Segundo FURNAS, os bancos de filtro na SE de Ibiúna possuem uma alta cadência de
operação e os surtos de manobras colaboram para a degradação acelerada/stress do referido
componente.
No evento do dia 09/11/2014 se deu pelo pouso de uma ave no banco de filtro ZRE. A
manutenção corretiva foi finalizada em 10/11/2014 (SGI nº 00.046.020-14).
O desligamento do dia 11/11/2014 se deu por incêndio no reator da fase branca do banco de
filtro ZRN. Intervenção finalizada em 12/11/2014 (SGI nº 00.046.457-14).
Dois desligamentos envolveram o reator 03. Um por dano na fase B (08/03/2015), sem
esclarecimento da causa. A substituição pela fase reserva se deu no dia 08/03/2015 (SGI nº
00.009.732-15 e 00.009.733-15). Um (25/03/2015) por falha no condutor do secundário do TC
de bucha da fase vermelha.
Prognóstico:
3/12/14 10:10 BS 230 kV 216 MVar RIO VERDE FUR P2 GO Painel Acidental - Serviços/Testes
4/12/14 14:55 BS 230 kV 33P9 MVar RIO VERDE FUR MI GO Outras Localizações Baixa Pressão de Ar ou SF6
20/3/15 18:22 BS 230 kV 216 MVar RIO VERDE FUR P2 GO Proteção Relé Auxiliar DC - Falha/Defeito
Diagnóstico:
A ocorrência do dia 12/08/2014 se deu durante teste na supervisão de paralelismo que por
uma falha no SPS (Controlador Digital de Supervisão de Paralelismo) houve comando indevido
de mais de um tap, ocasionando a discrepância de taps entre as fases do TR2. A substituição
do SPS se deu em 23/08/2014 (SGI nº 00.030.316-14).
A explosão do TC no dia 17/10/2014 se deu na fase Azul do vão de amarre associado a Barra A.
O TP da LT 230 kV Rio Verde - Itumbiara C2 foi danificado por estilhaços da explosão do TC,
sendo necessário isolar o mesmo para a liberação da linha de transmissão à operação. A
proteção primária que utilizava o TP de linha foi ligada provisoriamente ao TP de Barra B, até a
substituição do TP da linha de transmissão. O TP da linha de transmissão retornou em
operação em 16/12/2014 (SGI nº 00.039.511-14). Nesta ocorrência houve o corte de 19MW de
carga. Segundo FURNAS a explosão do TC se deu por final de vida útil do equipamento (TC do
tipo AOT-245kV – de 1982) sendo os serviços concluídos em 21/10/2014, ficando a operação
da proteção em barra única durante o período de reparo (SGI nº 00.042.423-14).
O desligamento do dia 04/12/2014 foi provocado por baixa pressão de ar no Cap Thor da fase
azul, retornando em 05/12/2014 após normalização da pressão de ar (SGI nº 00.050.319-14).
A perturbação do dia 05/06/2015 ocorreu por danificação da unidade MOV. Segundo FURNAS,
o equipamento contém sete unidades MOV e pode operar normalmente com no mínimo
quatro dessas unidades, sendo três utilizadas como reserva quente. Segundo o agente foi
realizada a alteração da informação no sistema de proteção do banco relacionada ao número
de unidades existentes.
Prognóstico:
Devido a diversidade de causas, o caráter pontual destas, a solução das falhas e a não
recorrência do mesmo defeito na janela de análise, estas matérias não serão item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estarão sendo monitorados continuamente através dos
indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a
melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Diagnóstico:
A ocorrência que não envolveu a compensação de reativos ocorreu dia 31/03/2015 com o
desligamento do TR14 da subestação por provável baixa isolação temporária no circuito de
micro-switch da fase azul da válvula de segurança provocada por umidade.
1- No BC1: sete sem identificação da causa; uma por terminal quebrado na caixa de
passagem do transformador de potencial; uma por equívoco de medição; e uma
durante realização de ajuste na medição;
2- No BC2: três por queima de elo fusível; duas por equívoco de medição; e uma
durante realização de ajuste na medição;
3- No BC3: duas sem identificação de causa; duas por queima de elo fusível; uma por
degradação da tensão medida no tap do banco em função de vazamento de óleo
do transformador de potencial neste tap;
4- No BC4: uma sem identificação da causa;
Prognóstico:
O evento relacionado ao TR14 foi fugitivo e não se repetiu na janela avaliada. Assim, por ser
um desligamento pontual esta matéria não será item de acompanhamento diferenciado por
parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa
estarão sendo monitorados continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados
realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação
passará por nova análise em ciclo posterior.
Transformador de
13/10/14 23:19 SB 345 kV TIJUCO PRETO A1 SP Explosão
Corrente
29/10/14 5:36 TR 765 / 345 kV TIJUCO PRETO 7 SP Para-raio Explosão
4/11/14 10:15 BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 4 SP Condutor Animais, Pássaros, Insetos
Transformador de
20/11/14 14:51 SB 345 kV TIJUCO PRETO A1 SP Explosão
Corrente
28/12/14 20:42 CS 330 / -220 MVar TIJUCO PRETO 1 SP Proteção Indeterminada
Transformador de
28/12/14 20:42 SB 345 kV TIJUCO PRETO A1 SP Explosão
Corrente
11/2/15 18:32 TR 765 / 345 kV TIJUCO PRETO 7 SP Proteção Baixa isolação fiação AC/DC
13/2/15 18:26 TR 765 / 345 kV TIJUCO PRETO 7 SP Proteção Baixa isolação fiação AC/DC
27/2/15 18:15 BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 9 SP Unidade Capacitiva Falha
9/3/15 13:22 BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 6 SP Unidade Capacitiva Falha
11/4/15 23:17 CS 330 / -220 MVar TIJUCO PRETO 1 SP Sistema de Excitação Defeito
Sem Localização
6/7/15 20:12 BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 7 SP Indeterminada
Específica
Diagnóstico:
Oito ocorrências envolveram banco de capacitores. Uma no BC4 (04/11/2014) provocado pelo
contato de uma ave na fase branca do equipamento. Uma no BC6 (09/03/2015) por capacitor
danificado. Uma no BC7 (06/07/2015) sem identificação da causa. Uma no BC8 (15/01/2015)
por capacitor e elo fusível danificados. Quatro no BC9 por capacitor e elo fusível danificados.
A ocorrência do dia 29/10/2014 envolvendo o TR7 foi provocada por explosão do para-raios da
fase azul do terciário do transformador. A manutenção do para-raio foi concluída em
29/10/2014 (SGI nº 00.044.143-14). Interessante notar que o transformador autorizado pela
REA 2010/2009 entrou em operação comercial em 29/10/2014. Conforme FURNAS a provável
causa da explosão seria um transitório acima dos valores especificados, em função da primeira
energização desta unidade.
As ocorrências dos dias 11 e 13/02/2015 envolvendo o TR7 foram ocasionadas por baixa
isolação no cabeamento referente à proteção de pressão de gás, sendo a primeira ocorrência
na fase vermelha do comutador LTC1 do autotransformador e na segunda na fase vermelha do
comutador do LTC2. Em 27/04/2015 houve a substituição dos cabos e das micro switches das
válvulas de alívio de pressão do LTC1 e LTC2 (SGI nº 00.014.346-15).
Prognóstico:
Devido o porte da subestação, a diversidade de causas, o caráter pontual destas, a solução das
falhas e a não recorrência do mesmo defeito na janela de análise, estas matérias não serão
item de acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o
desempenho das ações realizadas pela empresa estarão sendo monitorados continuamente
através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e caso os índices
não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se duas causas como principal fonte de desligamentos, ambas
relacionadas a fenômenos naturais, a saber, vento forte e descarga atmosférica. As sete
ocorrências por vento forte se concentraram em três dias do ano e as cinco de descarga
atmosférica em dois.
Dez das doze ocorrências foram a 25km dos terminais das SEs, sendo quatro referenciados a
partir do terminal de Luziânia e seis do terminal de Paracatu 4.
Também em dez dos doze desligamentos ou o religamento não foi sustentado por reincidência
da falha ou não houve religamento por não ter decorrido o tempo de guarda da proteção. Em
8
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.003385/2016-00
Durante a análise verificou-se que havia um erro de ajuste no tempo de guarda, configurado
para 30s onde o correto era 60s. Conforme informações da SMTE a troca do ajuste foi
realizada em 20/03/2015.
Mesmo com o reajuste do tempo de guarda, ocorreu no dia 22/04/2015, nova atuação do
religamento sem a decorrência do tempo de guarda. A SMTE alegou que o problema ocorreu
na unidade de proteção alternada do terminal da SE Luziânia por um atraso de processamento
do bloco temporizador de bloqueio da lógica de religamento utilizado na proteção alternada e
não no ajuste de tempo do reclaim time. O bloco temporizador foi substituído por outro com
tempo de processamento menor (6ms, o anterior era de 200ms) em 29/05/2015.
Quanto a distribuição por fase, percebeu-se que nas ocorrências fase-terra, todas envolveram
a fase Branca. Já nas bifásicas a divisão é de seis envolvendo as fases Azul-Branca e 3
envolvendo as fases Vermelha-Azul.
Conforme informado pela empresa, as faltas monofásicas se deram por aproximação entre os
cabos condutores e a estrutura.
Já para as faltas bifásicas a empresa alega que os eventos ocorrem quando da transição entre
dois tipos de estruturas de torre, sendo estas a raquete e cross rope. Ainda segundo a SMTE, a
análise dos desligamentos mostrou que a incidência dos curtos ocorrem no meio dos vão, em
função de balanço assíncrono dos cabos condutores.
Ciente do problema desde 2010, a empresa alegou ter realizado uma primeira tentativa para
redução dos desligamentos com a instalação de isoladores separadores nas torres do tipo
raquete, no decorrer dos anos de 2010 e 2011, em vão cujos desligamentos eram frequentes.
No entanto, essa solução não surtiu o efeito desejado.
Como o efeito desejado não foi alcançado com a solução descrita anteriormente, a SMTE alega
ter realizado, no decorrer dos anos de 2014 e 2015, a instalação de isoladores separadores no
meio dos vãos com maior incidência de desligamentos por ventos fortes.
Por não ser uma solução convencional a SMTE está verificando a eficiência da solução ao longo
do tempo e analisando a durabilidade dos isoladores separadores e integridade dos cabos
condutores.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sob análise é o desempenho desta com relação a vento forte.
Por solicitação desta Superintendência, a SMTE foi demandada a apresentar Plano de
Melhorias para a redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será
acompanhado pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se duas causas como principal fonte de desligamentos, ambas
relacionadas a fenômenos naturais, a saber, vento forte e descarga atmosférica. As quatro
ocorrências por vento forte se concentraram em dois dias do ano e as cinco de descarga
atmosférica em quatro.
Verificou-se que em cinco ocasiões a causa não estava classificada no sistema SIPER do ONS.
No período de análise existiram dois eventos por queimada e um por rompimento de cabo
condutor.
Não foi possível identificar um padrão de localização das faltas, nem de envolvimento de fases.
Em nove dos dezessete desligamentos ou o religamento não foi sustentado por reincidência da
falha ou não houve religamento por não ter decorrido o tempo de guarda da proteção, sendo
que em duas ocasiões este estava desabilitado por serviços de outro agente em trecho de
Com relação ao desempenho frente a ventos fortes o agente afirma ter ciência do problema
desde 2010. A empresa alegou ter realizado uma primeira tentativa para redução dos
desligamentos com a instalação de isoladores separadores nas torres do tipo raquete, no
decorrer dos anos de 2010 e 2011, em vão cujos desligamentos eram frequentes. No entanto,
essa solução não surtiu o efeito desejado.
Como o efeito desejado não foi alcançado com a solução descrita, a SMTE alega ter realizado,
no decorrer dos anos de 2014 e 2015, a instalação de isoladores separadores no meio dos vãos
com maior incidência de desligamentos por ventos fortes.
Por não ser uma solução convencional a SMTE está verificando a eficiência da solução ao longo
do tempo e analisando a durabilidade dos isoladores separadores e integridade dos cabos
condutores.
Com relação ao desempenho frente a descargas atmosféricas o agente alega estar estudando
soluções desde 2013 visando a redução da resistência de aterramento das torres das linhas de
transmissão de 500kV. Conforme informado pela SMTE a análise dos sistemas de aterramento
existentes e o estudo de melhorias já foram realizados, sendo prevista para o segundo
semestre de 2016 a implantação da solução recomendada: melhoria do sistema de
aterramento (cabo contrapeso) aplicado de forma a diminuir a resistência de aterramento.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sobre análise é o desempenho desta com relação a vento forte
e descarga atmosférica. Por solicitação desta Superintendência, a SMTE foi demandada a
apresentar planos de melhorias para a redução dos desligamentos motivados pelas presentes
causas, que serão acompanhados pela equipe da ANEEL.
Os temas de queimada e queda de cabo condutor, por não serem a principal problemática no
desempenho dessa linha de transmissão, não merecem atividades específicas por parte da
fiscalização. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estarão sendo
monitorados continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Tabela 11 – Resumo das perturbações analisadas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e Pará
Perturbações Corte de
Total de
Transmissora Instalação com Corte de Carga Total
Desligamentos
Carga no Período
LT 230 kV ANASTACIO / SIDROLANDIA 2 C 1
BRILHANTE MS 1 39,11 7
BRILHANTE LT 230 kV CHAPADAO / IMBIRUSSU C 1 MS 0 0,00 25
EATE SE MARABA (ELETRONORTE/EATE/ENTE) 0 0,00 1
EBTE LT 230 kV JUBA / BRASNORTE C 1 MT 0 0,00 12
ELETRONORTE LT 230 kV NOBRES / NOVA MUTUM C 1 MT 0 0,00 10
ELETRONORTE SE MARABA (ELETRONORTE/EATE/ENTE) 0 0,00 12
ELETRONORTE SE RUROPOLIS 2 119,00 5
ELETRONORTE SE VILA DO CONDE 0 0,00 20
ENTE SE MARABA (ELETRONORTE/EATE/ENTE) 0 0,00 2
ITATIM LT 230 kV CHAPADAO / INOCENCIA C 3 MS 0 0,00 11
Diagnóstico:
9
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003442/2016-00
Constata-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
descarga atmosférica (4 ocorrências, representando 57% dos desligamentos), seguida pela
classificação causa indeterminada (2 ocorrências, representando 29% dos desligamentos).
Segundo estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de
desligamentos por descargas atmosféricas para LTs de 230kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, a LT sob análise ficou no limite desse tipo de desligamento, podendo ser
superado caso algum dos desligamentos classificados como causa indeterminada seja
reclassificado como descarga atmosférica.
Faz necessário realizar uma observação com relação ao critério de seleção utilizado para a
análise dos desligamentos da LT 230 kV Anastácio/ Sidrolândia 2 C1. Esta linha de transmissão
havia sido selecionada para análise devido ao fato de apresentar 7 desligamentos forçados na
janela de observação, sendo que um desses desligamentos havia provocado corte de carga. No
entanto, após a realização dos trabalhos analíticos, a SFE constatou que o corte de carga
verificado foi em decorrência do desligamento de outras linhas de transmissão de 138 kV,
cujas concessões pertencem à concessionária Energisa MS, por atuações incorretas das
respectivas proteções de sobretensão. Contudo, optou-se por manter a linha de transmissão
no rol de análise pelo fato de terem sido constatados vários desligamentos por descargas
atmosféricas e causas indeterminadas, causas essas que podem ser gerenciadas pela
transmissora.
Durante a análise das localizações das faltas, um fato que despertou dúvidas foi a localização
da falta do dia 15/4/2015 às 18h44min informada pela Brilhante no SIPER. Consta que o curto-
circuito ocorreu a 110 km do terminal Anastácio. Entretanto, a LT 230 kV Anastácio /
Sidrolândia 2 C 1 possui somente 105,1 km de comprimento, o que indicaria que a falta teria
ocorrido fora da linha de transmissão sob análise. Após ser questionada sobre o fato durante a
reunião na sede da ANEEL, a Brilhante esclareceu, por meio da correspondência Celeo Redes
017/16, de 19/5/2016, que a localização correta da falta seria a 92,7km do terminal Anastácio.
No dia 9/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por meio da correspondência Celeo Redes
017/16, de 19/5/2016, protocolada na ANEEL em 20/5/201610.
10
DOC SIC nº 48513.012370/2016-00
A SFE questionou sobre as ações que a concessionária está tomando visando às reduções dos
desligamentos por descargas atmosféricas e por causas indeterminadas.
Com relação às causas indeterminadas, a concessionária respondeu que irá incluir no SGPMI,
ainda em 2016, a instalação de localizadores por ondas viajantes na LT 230kV
Anastácio/Sidrolândia 2 C1. Quanto às descargas atmosféricas, foi informado que os
indicadores desse tipo de desligamento estão sendo monitorados e que, com a melhoria na
precisão da localização das faltas, serão implantadas as melhorias necessárias no sistema de
aterramento da LT.
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, planos de melhorias
específicos para a LT 230kV Anastácio/Sidrolândia 2 C1. No entanto, o desempenho e as
classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser monitorados por
esta Superintendência.
Diagnóstico:
Constata-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
descarga atmosférica (18 ocorrências, representando 72% dos desligamentos), seguida pela
classificação causa indeterminada (5 ocorrências, representando 20% dos desligamentos).
Segundo estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de
desligamentos por descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2
desligamentos por 100 km por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob
análise seria de 8 desligamentos durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em
10 desligamentos.
No dia 9/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por meio da correspondência Celeo Redes
017/16, de 19/5/2016, protocolada na ANEEL em 20/5/201611.
11
DOC SIC nº 48513.012370/2016-00
A SFE questionou o motivo pelo qual o religamento automático da LT não obteve sucesso
durante as ocorrências dos dias 23/10/2014 às 16h45min, 19/1/2015 às 21h21min e
20/1/2015 às 0h29min, as quais foram classificadas como descarga atmosférica.
A SFE questionou sobre as ações que a concessionária está tomando visando às reduções dos
desligamentos por causas indeterminadas e por descargas atmosféricas.
Quanto aos desligamentos forçados por descargas atmosféricas, a SFE solicitou, por meio do
Ofício nº 229/2016-SFE/ANEEL de 19/5/2016, um Plano de Melhoria objetivando a redução
drástica dessa causa de desligamentos na LT 230 kV Chapadão / Imbirussu C1. A data fixada
para entrega do Plano de Melhoria solicitado para avaliação da SFE foi 1º de junho de 2016.
SE MARABA (ELETRONORTE/EATE/ENTE)
Banco de capacitores série 500 kV 279 MVar BC3, em operação comercial desde 1º/2/2003,
conectado à LT 500 kV Marabá/Tucuruí C3.
Diagnóstico:
Foi verificada uma ocorrência no período analisado (1º de agosto de 2014 a 31 de julho de
2015), cuja causa informada no SIPER foi desligamento acidental durante serviços e testes.
Cabe destacar que o referido desligamento foi selecionado para compor o rol da análise
porque a SE Marabá como um todo apresentou um quantitativo igual ou superior a 10
desligamentos durante a janela analisada.
A SFE constatou que houve atuação acidental da proteção do banco de capacitores série BC3
durante uma intervenção para correção de falhas no seu sistema de proteção. Tal atuação da
proteção foi motivada por uma falha durante a substituição de um módulo de comunicação. A
concessionária informou que a equipe de manutenção identificou um travamento pontual no
sistema de controle e proteção MACH2 B que ocasionou o by pass do BC3. Após o
reestabelecimento do sistema, não se verificaram alarmes ou sinalizações de problemas no
supervisório, permanecendo o sistema disponível e sem restrições. Ademais, a SFE constatou
que a ausência de registros no SGI da realização dessa intervenção.
Questionada sobre os motivos de não haver registros no SGI, a concessionária informou que a
intervenção foi classificada como Tipo 4, a qual deve ser informada em tempo real ao ONS,
sendo este o motivo por não constar no SGI.
12
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003392/2016-00
Com base nas análises realizadas, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, planos de
melhorias específicos para o Banco de capacitores série 500 kV 279 MVar BC3 da SE Marabá
por entender que a ocorrência analisada decorreu de um problema pontual. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências desse equipamento continuarão a ser
constantemente monitorados por esta Superintendência.
Diagnóstico:
Constata-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
descarga atmosférica (11 ocorrências, representando 92% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2 desligamentos por 100 km
13
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003392/2016-00
No dia 2/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por meio da correspondência CA EBTE –
072/2016, de 11/5/2016, protocolada na ANEEL em 13/5/201614.
A SFE questionou sobre quais ações a concessionária está tomando visando à redução dos
desligamentos por descargas atmosféricas e se há algum erro no projeto de coordenação de
isolamento da LT 230kV Juba/Brasnorte C1.
14
DOC SIC nº 48513.011792/2016-00
Figura 54 – Propostas de instalação de cabos contrapeso contínuos nos trechos mais críticos da
LT 230 kV Juba / Brasnorte C1 MT
A seguir é mostrada a programação realizada pela empresa para a instalação dos cabos
contrapeso nos trechos mais críticos da linha de transmissão:
A SFE questionou o motivo pelo qual o religamento automático da linha de transmissão não
obteve sucesso durante as ocorrências dos dias 23/9/2014 às 16h7min, 18/10/2014 às
15h47min e 6/4/2015 à 1h2min, as quais foram classificadas como descarga atmosférica.
A concessionária informou que o problema consistiu na perda do circuito de voz entre o hot
line do COT-TBE e o COSR-NCO devido a falha na interligação do roteador da EBTE localizado
nas instalações do ONS e apresentou documentações comprovando que foram realizadas
tratativas do problema nos dias 25 e 26/9/2014, sendo que, após as intervenções, os testes no
sistema foram considerados satisfatórios.
A SFE questionou quais ações estão sendo tomadas a fim de se evitarem os desligamentos
simultâneos dos circuitos 1 e 2 da LT 230 kV Juba / Brasnorte.
Prognóstico:
A concessionária informou que já tomou algumas medidas que apresentaram melhorias nos
valores das resistências de aterramento das torres e que está em processo de instalação de
cabos contrapeso contínuos interligando as estruturas mais críticas, cuja previsão de conclusão
dos serviços está para o final de 2016.
Diagnóstico:
Constata-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Indeterminada (6 ocorrências, representando 60% dos desligamentos), seguida por Descarga
15
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003551/2016-00
Durante a análise das informações constantes no SIPER, constatou-se baixa qualidade das
informações prestadas pela ELETRONORTE. Não foram informados os tipos de curtos-circuitos
nem as fases envolvidas nem as localizações das faltas para 4 dos 10 desligamentos analisados,
além de ter sido informada a localização de uma das faltas internas como sendo em uma
distância maior que o comprimento da linha de transmissão. A baixa qualidade das
informações comprometeu os trabalhos de análise da SFE.
Na Figura 56 estão mostradas somente as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER separadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais.
No dia 1º/6/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e
de representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por mensagens de correio eletrônico enviadas
nos dias 15 e 16 de junho de 2016.
A SFE questionou quais providências estavam sendo tomadas a fim de que fossem prestadas
todas as informações necessárias no SIPER referentes aos desligamentos e a fim de que se
eliminassem os desligamentos classificados como causa indeterminada, principal causa
informada inicialmente no SIPER pela concessionária.
A SFE questionou quais ações efetivas estavam sendo implementadas para que fossem
resolvidos definitivamente os problemas referentes aos envios indevidos de sinais de TDD e de
TDD Mantido entre os terminais da LT 230 kV Nobres / Nova Mutum C1.
Prognóstico:
Diagnóstico:
Com relação às causas dos desligamentos informadas no SIPER, observa-se na Figura 60 que
50% dos desligamentos estão classificados como causa indeterminada (4 desligamentos) ou
acidental durante serviços e testes (2 desligamentos).
Com relação à distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise (Figura 61),
observa-se uma concentração de 8 desligamentos (67% do total) nos meses de
dezembro/2014 (3 desligamentos), janeiro/2015 (2 desligamentos) e março/2015 (3
desligamentos).
No dia 1º/6/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e
de representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por mensagens de correio eletrônico enviadas
nos dias 15 e 16 de junho de 2016.
A ELETRONORTE respondeu que os serviços de manutenção são realizados por equipe própria.
Já os serviços de ampliação e modernização da instalação são realizados com mão de obra
terceirizada, mas com fiscalização da ELETRONORTE.
A ELETRONORTE respondeu que realiza a análise dos riscos em 3 etapas, quais sejam:
Em seguida, a SFE questionou quais eram os motivos para haver um número significativo de
ocorrências no compensador síncrono e nos bancos de capacitores série 500 kV BC1 e BC2 da
SE Marabá. Além disso, foi questionado sobre quais providências estavam sendo tomadas
visando à eliminação das ocorrências nesses equipamentos.
Contramedida:
Contramedidas:
Contramedidas:
- Instalada placa de alerta nos painéis quanto ao risco de trip por toque nos relés.
Causa 4 - Curto circuito no relé auxiliar RFF que supervisiona a tensão de alimentação da barra
de 440VCA, provocando mistura de polaridade (CA e CC).
Contramedida:
- Foi realizada melhoria com a substituição dos relés de Falta de Fase (RFF) pelo
modelo RM35TF, de fabricação Schneider, em todas as gavetas do Compensador
Síncrono.
Contramedidas:
Com base nas análises realizadas e nas reclassificações das causas apresentadas pela
ELETRONORTE, a SFE concluiu que a principal causa de desligamentos na SE Marabá no
período analisado foi falha humana acidental durante serviços e testes. Tendo em vista que já
foi solicitado um Plano de Melhorias à ELETRONORTE para redução, em toda a empresa, de
desligamentos forçados por falhas humanas acidentais, tema de uma das Campanhas de
Fiscalização de 2016, decidiu-se por não solicitar um plano específico para tratar esse mesmo
problema na SE Marabá. Entretanto, foi solicitado que a ELETRONORTE incluísse no Plano de
Melhorias da Campanha ações específicas visando à redução dos desligamentos provocados
por falhas humanas acidentais na Regional de Marabá. A data fixada para entrega do Plano de
Melhorias solicitado para avaliação da SFE foi 15 de junho de 2016.
Subestação localizada no Oeste do estado do Pará. Está conectada na ponta do circuito radial
em 230 kV proveniente da subestação Tucuruí denominado “Tramo Oeste”.
Diagnóstico:
Com relação à distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise (Figura 64),
observa-se que todos os desligamentos causados por saturação de TC ocorreram no mês de
março de 2015. Após esse mês, não foram verificadas novas ocorrências por essa causa na
janela de análise.
No dia 1º/6/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e
de representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por mensagens de correio eletrônico enviadas
nos dias 15 e 16 de junho de 2016.
A SFE questionou sobre quais providências estavam sendo tomadas a fim de se eliminarem os
problemas de saturação dos TCs dos terciários dos transformadores da SE Rurópolis.
A SFE questionou qual era a data real e confiável prevista para a energização dos
empreendimentos autorizados à ELETRONORTE por meio da Resolução Autorizativa nº
3.361/2012, os quais têm como objetivo permitir o aumento de carga e melhorar a
confiabilidade da subestação Rurópolis, adequando-a aos Procedimentos de Rede.
Prognóstico:
Com base nas análises realizadas, a SFE concluiu que a principal causa de desligamentos na SE
Rurópolis no período analisado foi a saturação dos TCs de 13,8kV dos terciários dos
transformadores 230/138kV TR1 e TR2. Tendo em vista que, segundo informado pela
ELETRONORTE, esses TCs já foram substituídos no período de 14 a 18 de março de 2016, a SFE
decidiu por não solicitar, por enquanto, planos de melhorias específicos para essa subestação.
Ademais, será incluída no acompanhamento diferenciado a execução das obras objeto da
Resolução Autorizativa nº 3.361/2012, as quais têm como objetivo permitir o aumento de
Subestação responsável pelo suprimento de energia elétrica da região de Belém e das demais
cargas residenciais e industriais do norte do estado do Pará. Está em operação comercial desde
a década de 80.
Com relação às causas dos desligamentos informadas no SIPER, observa-se na Figura 66 que
não existe um padrão para as causas dos desligamentos, tendo sido declaradas 13 causas
distintas.
A SFE questionou sobre quais providências estavam sendo tomadas a fim de se eliminarem os
desligamentos nos Compensadores Síncronos CS1 e CS2 da SE Vila do Conde.
Causa 1 - Transitório sistêmico provocou um afundamento das tensões das alimentações dos
módulos GPR1 e GPR2, afetando também as alimentações dos dois reguladores UCD1 e UCD2
e ocasionando falha de comunicação dos módulos GPR1 e GPR2 com o regulador ativo (UCD1),
o que por sua vez acarretou falhas das pontes retificadoras 1 e 2, o que levou os valores de
tensão e corrente no rotor da máquina a zero.
Contra medida:
Contramedida:
Contramedida:
Contramedida:
Contramedida:
Contramedida:
Contramedida:
Contramedida:
Causa 9 - Perdas de comunicação dos módulos UCD3 (GPR1) e UCD4 (GPR2) com o regulador
UCD1 processador da placa CP2012 (CPU 2) do AK1703 com oxidação em seus terminais.
Contramedida:
Causa 10 – Perda de refrigeração do compensador por erro na lógica da UCD AK1703 onde foi
verificado que nenhum aeroventilador estava selecionado, o que impedia que o automatismo
funcionasse da forma correta para refrigeração do compensador.
A SFE questionou sobre como foi realizado o procedimento de isolação do CS1 durante a
intervenção do dia 25/8/2014. Foi questionado ainda se a ELETRONORTE seguiu um roteiro de
manobra para essa intervenção e quais medidas a empresa está tomando para se evitarem
reincidências do problema.
A ELETRONORTE informou que existia ordem de manobra, porém não constava a etapa de
isolação do trip a fim de possibilitar a manobra monopolar da Chave Seccionadora. Informou
ainda que foi revista a ordem de manobra e inserida essa etapa.
Contramedidas:
- Elaborada LPP (Lição Ponto a ponto) com instruções com passo a passo para manobra
da Chave S1 sem provocar trip;
Por fim, a SFE questionou sobre quais inspeções foram feitas a fim de se identificar a causa do
desligamento do transformador TR1 500/230 kV da SE Vila do Conde no dia 26/5/2015 às
13h15min, a qual estava classificada no SIPER como Causa Indeterminada.
Contramedida:
Prognóstico:
A SFE concluiu que a grande maioria dos desligamentos verificados durante a janela de tempo
analisada ocorreu nos Compensadores Síncronos da SE Vila do Conde (16 desligamentos,
representando 80% do total) e que foram causados por problemas relacionados a deficiências
no processo de manutenção.
SE MARABA (ELETRONORTE/EATE/ENTE)
Banco de capacitores série 500 kV 279 MVar BC4, em operação comercial desde 12/2/2005,
conectado à LT 500 kV Marabá/Tucuruí C4.
Diagnóstico:
Foram verificadas duas ocorrências no período analisado (1º de agosto de 2014 a 31 de julho
de 2015), cujas causas de ambas informadas no SIPER foram indeterminadas. Cabe destacar
que os referidos desligamentos foram selecionados para compor o rol da análise porque a SE
Marabá como um todo apresentou um quantitativo igual ou superior a 10 desligamentos
durante a janela analisada.
A SFE constatou que a ENTE não informou no SIPER a causa nem o desempenho das proteções
associadas ao desligamento verificado no dia 2/9/2014 às 6h15min. Em resposta, a
concessionária informou que houve uma falha de procedimento de prestação/consistência de
informações por parte das equipes da ENTE ocasionada por perda de prazo e, também, por tal
ocorrência não ter sido oriunda de perturbação no sistema, haja vista o disjuntor de by pass do
banco de capacitores série não ter aceitado comando após a energização da LT devido ao fato
de o mini disjuntor 1DJ-9 do circuito AC estar desarmado. Ao ser rearmado o mini disjuntor, o
banco de capacitores foi normalizado.
Com relação ao desligamento do dia 24/3/2015 às 18h26min, consta no SIPER que a LT 500 kV
Tucuruí-Marabá C4 foi desligada por provável descarga atmosférica, pois havia chuva intensa
na região. O religamento automático atuou com sucesso em ambos os terminais, porém o BC4
não voltou automaticamente pela atuação do relé de bloqueio devido a discordância de polos
do disjuntor de by pass.
A SFE questionou sobre os critérios adotados pela concessionária para realizar inspeções no
equipamento a fim de se identificarem as causas das ocorrências.
16
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003392/2016-00
Prognóstico:
Com base nas análises realizadas, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, planos de
melhorias específicos para o banco de capacitores série 500 kV 279 MVar BC4 da SE Marabá
por entender que as ocorrências analisadas decorreram de problemas pontuais e que a
concessionária possuía informações referentes às causas das ocorrências. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências desse equipamento continuarão a ser
constantemente monitorados por esta Superintendência.
Diagnóstico:
17
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003385/2016-00
No dia 4/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por meio da correspondência
SGBH/OM/022/16, de 13/5/2016.
Baseado nas informações contidas na Figura 73, observa-se que a principal causa de
desligamentos para a LT 230 kV Chapadão / Inocência C 3 consiste em Ventos Fortes (73%),
seguida por Descarga Atmosférica (27%). Desse modo, não constam mais registros de causas
indeterminadas para essa LT na janela analisada.
A SFE questionou sobre o fato de o religamento automático não ter sido bem sucedido
durante as perturbações dos dias 1/10/2014 e 15/1/2015, as quais estavam originalmente
classificadas no SIPER como Descarga Atmosférica e Causa Indeterminada. Tendo em vista que
a concessionária reclassificou as causas de ambas as ocorrências para Vento Forte, torna-se
justificável o insucesso verificado.
A SFE questionou ainda sobre quais ações a concessionária está tomando visando à redução
dos desligamentos provocados por vento forte e descargas atmosféricas.
Adicionalmente, a concessionária informou que está sendo implantado um projeto piloto para
monitoramento meteorológico das LTs visando ao mapeamentos das localidades que possuem
alta incidência de ventos fortes, descargas atmosféricas e chuvas.
Conforme reclassificação das causas dos desligamentos apresentada pela Itatim, constatou-se
que a principal causa observada durante a janela de tempo analisada foi Ventos Fortes (73%).
Perturbações Corte de
Total de
Transmissora Instalação com Corte de Carga Total
Desligamentos
Carga no Período
Diagnóstico:
18
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003551/2016-00
• 5 causas indeterminadas
Constata-se que a causa principal registrada nos desligamentos da linha de transmissão sob
análise está relacionada às queimadas que ocorrem na região, provocando curto na linha de
transmissão e seu consequente desligamento.
A fim de esclarecer a SFE a respeito dos procedimentos adotados nos casos de desligamentos
por descarga atmosférica, a ELETRONORTE informou que não dispõe de equipamentos
próprios para monitoramento das condições climáticas, utilizando, porém, de informações
meteorológicas complementares disponibilizadas por entidades de monitoramento. Ainda, faz
consulta a população sobre a ocorrência de descargas atmosféricas, chuvas, ventos, etc. nas
proximidades das linhas de transmissão, bem como pesquisa os registros de descargas
atmosféricas dos satélites RINDAT/STARNET disponibilizados pelo CPTEC/INPE, além do
cadastramento no sistema de análise de perturbação da ELETRONORTE da localização por
georeferenciamento das torres de transmissão.
Já com relação aos desligamentos provocados por queimada, a ELETRONORTE informa que
tem adotado os seguintes procedimentos para mitigar estes desligamentos:
Com base no exposto, a SFE solicitou um Plano de Melhoria com relação à classificação das
causas indeterminadas informadas no SIPER, por meio do Ofício 177/2016-SFE/ANEEL, de 25
de abril de 2016. Já com relação aos desligamentos associados às queimadas, a princípio, a SFE
não solicitou um Plano de Melhoria visto que será criado um grupo de estudos específicos
quanto ao tema.
Esta linha de transmissão possui com 164 km de extensão e foi seccionada na SE Jaru,
tornando-se, portanto 2 (duas) linhas (entrada em operação 13/9/2015): LT Ariquemes/Jaru
com 83,82Km e LT Jaru/Ji-Paraná com 80,69Km. Esta linha não possui Religamento
Automático.
Diagnóstico:
Com relação à descarga atmosférica, a ELETRONORTE informou que, a fim de minimizar o risco
de recorrência de desligamentos, vem verificando a resistência de aterramento das torres e do
cabo contrapeso, conforme plano de manutenção registrado no Sistema SAP R3, para as
devidas correções quando detectadas.
Os outros desligamentos verificados estão associados à falha humana como Erros de fiação:
conexão indevida; jumper no Borne do Equipamento de Teleproteção. A ELETRONORTE
informa que tem orientado seu corpo técnico a respeito do procedimento para verificação da
isolação correta dos sistemas de proteção e teleproteção quando da realização de atividades e
testes, seguindo o Planejamento de Atividades de Operação, Manutenção e Comissionamento,
A ELETRONORTE informa também que trabalha com equipe própria e capacitada para
realização de testes, comissionamentos e todos os processos de operação e manutenção.
Com relação aos testes de integração do 3º circuito da LT, a ELETRONORTE informou que a
Coordenação do Comissionamento do Projeto do 3º Circuito na Regional utilizou
colaboradores da Equipe Sistêmica da ELETRONORTE pertencentes às Regionais de Rondônia,
Acre e Mato Grosso e da Sede.
Prognóstico:
Com base no exposto e tendo em vista que esta SFE já solicitou, por meio do Ofício nº
177/2016-SFE/ANEEL de 25/4/2016, um Plano de Melhorias (Campanhas) objetivando a
redução drástica de causa provocadas por falhas humanas em todas as concessões da
empresa, não foi solicitado um plano para falha humanas específico para esta linha de
transmissão.
Diagnóstico:
Conforme exposto, e embora a causa tenha sido classificada como indeterminada, constata-se
que os principais problemas nesta LT são por falha humana.
Prognóstico:
Com base no exposto e tendo em vista que a SFE já solicitou, por meio do Ofício nº 177/2016-
SFE/ANEEL de 25/4/2016, um Plano de Melhorias (Campanhas) objetivando a redução drástica
de causa provocadas por falhas humanas, assim como redução dos desligamentos classificados
como indeterminadas, em todas as concessões da empresa, não foi solicitado plano para falha
humanas ou de causa indeterminada específico para esta LT.
Diagnóstico:
Foi constatado que em sua maioria, os problemas encontrados são relacionados ao sistema de
proteção e defeito nos equipamentos.
- Os GSC não ficaram prontos a tempo. Mais uma vez a ELETRONORTE teve que adequar o
projeto, desenvolvendo soluções provisórias em seus controles, inclusive no Controle Mestre,
atendendo solicitações do ONS. Foi desenvolvido um GSC provisório, modificados ajustes,
flexibilizadas instruções operativas, realizados estudos, para possibilitar a operação com
número reduzido de geradores e de filtros, inclusive expondo seus equipamentos a situações
operacionais limites.
- Esta questão é muito complexa. Muitos problemas foram identificados, especialmente nas
usinas, por exemplo, a utilização de medição de potência ativa para determinar se um gerador
estava em operação, levando a comportamentos inimagináveis, como a indicação pelos GSC de
que geradores teriam religado durante perturbações e oscilações, que levavam a instabilidade.
FILTROS
- A Eletrobrás ELETRONORTE informa que o resultado das análises realizadas pelo Fabricante
ratificou que as atuações da proteção Capacitor Unbalance TRIP foram adequadas:
- Cabe ressaltar que a Eletrobrás ELETRONORTE mitigou a geração alta corrente de inrush
durante a manobra de energização de seus transformadores conversores, a partir de
07/05/2015, quando finalizou os ajustes mecânicos nos disjuntores associados aos
transformadores conversores do Bipolo 1, bem como a calibração nos respectivos relés T183
(Controlador de fechamento dos polos dos disjuntores considerando fluxo remanente do
transformador), conforme SGIs (nº 16.063-15, 16.076-15, 15.959-15, 16.056-15, 16.650-15 e
16.642-15). Ressaltamos que o ONS confirmou a eficácia das medidas adotadas pela empresa,
conforme pode ser demonstrado na transcrição da folha n° 4 da Memória da Reunião ANEEL
realizada em 28/09/2015, referente aos ofícios nº 467 e 468/2015-SFE/ANEEL:
“O ONS informou que foram tomadas medidas satisfatórias para ajustes nos sincronizadores
associados aos disjuntores que manobram os transformadores conversores dos bipolos e do
Back-to-Back.”
- Após a conclusão dos trabalhos não foram observadas reincidências de atuação dessa
proteção, quando da manobra de energização de transformadores conversores, pertencentes
aos ativos sob responsabilidade da ELETRONORTE
- A ELETRONORTE informa que a atuação da proteção Resistor Overload Trip ocorreu nos
filtros FH 42, FH 53 e FH 54, relatados no item g. As atuações da proteção Resistor Overload
Trip do filtro FH 53 ocorreram durante as manobras de energizações do transformador
conversor do Bipolo 2, já as atuações da citada proteção no filtro FH 42 ocorreram durante as
manobras de energizações dos transformadores conversor dos Bipolos 1 e 2, enquanto houve
uma atuação da referida proteção do filtro FH 54 durante a manobra de energização do
transformador elevador da SAESA.
- Nos estudos realizados para análise do desempenho dos filtros de 500 kV, em PSCAD, pelo
fabricante ABB, apresentaram resultados que mostram que o dispositivo de manobra
controlada dos disjuntores dos transformadores conversores aplicado no Bipolo 2, por não
considerar fluxo remanente, pode causar corrente de inrush elevadas causando o
desligamento dos filtros CA do Bipolo 1.
- Cabe ressaltar que as pesquisas sobre as atuações das proteções citadas somente foram
possíveis após levantamento de dados das perturbações provocadas pelas manobras de
energização dos transformadores conversores do Bipolo 2, durante os teste de
comissionamento e que as mesmas demonstraram terem sido efetivas, no sentido de evitar
atuações dessas proteções relacionadas com o filtro FH53.
- Adicionalmente, o ONS, a SAESA e a ESBR adotaram medidas para mitigar a geração de altas
correntes de inrush durante a manobra de energização dos transformadores elevadores das
usinas para evitar reincidência de atuações similares como da referida proteção do filtro FH 54.
Os referidos agentes avaliaram e implantaram procedimentos operativos para energização dos
transformadores elevadores por meio de tensão proveniente das próprias máquinas, com
sincronização pelo lado de 500 kV na alta dos transformadores elevadores. Destacamos que o
“O Operador também informou que estão sendo implantados procedimentos pelas usinas de
Santo Antônio e Jirau para energização dos transformadores elevadores por meio de tensão
proveniente das próprias máquinas, com sincronização pelo lado de 500 kV na alta dos
transformadores elevadores, evitando impactos para os equipamentos da SE Coletora Porto
Velho.”
- A Eletrobrás ELETRONORTE informa que o resultado das análises realizadas pelo Fabricante
ratificou que as atuações da proteção RESISTOR OVERLOAD TRIP foram adequadas, uma vez
que após a realização das ações acima citadas, não foram observadas atuação desta proteção
nas condições mencionadas.
- A ELETRONORTE informa que a atuação da proteção Low Voltage Capacitor Overcurrent Trip
ocorreu nos filtros FH 41, FH 51, FH 52 e FH 53. A finalidade dessa proteção é a de detectar
queima de elementos do banco de capacitores dos filtros, do ramo HP3, contudo esta
proteção é sensível à presença de alta corrente de inrush gerando elevados níveis harmônicos
de baixa frequência, durante manobras de energização dos transformadores, e também é
sensível a variação de frequência sistêmica originada durante distúrbios no Complexo Madeira.
- Como visto nas perturbações dos dias 21 e 22/03/2015, nos momentos em que o controle de
frequência foi realizado pelas usinas, foram observadas excursões dinâmicas de frequência
sistêmica que causaram o desligamento dos filtros por atuação da proteção em questão.
- O ONS, com a participação dos agentes envolvidos, vem realizando os estudos pré-
operacionais para a integração do Complexo Gerador do Rio Madeira, e por meio dos
relatórios recomenda aos agentes a implantação e/ou alteração dos ajustes sistêmicos
necessários nas instalações da rede básica, inclusive da proteção de sobretensão dos filtros.
- Destaca-se que as recomendações visando adequações nos valores dos ajustes da proteção
de sobretensão dos filtros dos filtros do Bipolo 1, contidas no referido relatório, foram
implantados dia 17/01/2016 conforme SGI 1.333-16, atendendo plenamente a data
recomendada pelo ONS. Ressalta-se o fato de que esta proteção é de caráter sistêmico e de
que a definição e a os ajustes são de responsabilidade do ONS, cabendo aos agentes realizar as
devidas implantações, após a emissão do referido relatório.
e) CONTROLE MESTRE
- Cabe ressaltar que desde a implantação da citada lógica, foi observada uma melhora no
desempenho do corte de geração quando comparada à condição anterior.
- Foram realizadas várias reuniões com o ONS e as usinas para discutir as melhorias a serem
realizadas. A última reunião, realizada em 17/05/16 deixou evidente que as melhorias ainda
possíveis de serem realizadas, serão implantadas no GSC de Santo Antônio para deixar pelo
menos cinco geradores em operação, mesmo que o Controle Mestre envie MAX_GEN_PWR
menor. Fica assim evidente que as melhorias possíveis e viáveis de serem implantadas no
Controle Mestre já foram efetivadas .
Ressaltamos que o ONS confirmou a eficácia das medidas adotadas pela ELETRONORTE,
conforme pode ser demonstrado na transcrição da folha n° 4 da Memória da Reunião ANEEL
realizada em 28/09/2015, referente aos ofícios nº 467 e 468/2015-SFE/ANEEL:
“O ONS informou que foram tomadas medidas satisfatórias para ajustes nos sincronizadores
associados aos disjuntores que manobram os transformadores conversores dos Bipolos e dos
Back-to-Back.”
- Existe também uma estrutura na própria regional de operação em Porto Velho para suporte
para manutenção, especialmente para a manutenção de linhas, telecomunicações e funções
administrativas, bem como as áreas de engenharia de operação e engenharia de manutenção
em Brasília, que também participaram do desenvolvimento do projeto do BP1 na ABB Suécia,
acompanharam o comissionamento em campo e os estudos no simulador do ONS.
- Esclarecemos que os ativos referentes ao BtB foram incorporados pela ELETRONORTE a partir
de 30/06/15, porém deste o início de 2015 iniciou-se o processo de transferência de
informações da ELETROSUL, para viabilizar tanto a operação e manutenção pela
ELETRONORTE. Houve período inclusive de operação compartilhada entre as empresas e
participação conjunta na manutenção. Treinamentos feitos com a ELETROSUL destaca-se que
os equipamentos do BP1 e do BtB são do mesmo fornecedor ABB, o desenvolvimento do
projeto ocorreu em paralelo, com participação em conjunto da engenharia de projeto e de
manutenção da ELETRONORTE e da ELETROSUL. Várias definições de projeto foram discutidas
e definidas por consenso entre as empresas. Durante os testes em fábrica, por exemplo, o
pessoal da ELETRONORTE acompanhou os testes do BtB.
- As ações corporativas e específica para a SE Coletora Porto Velho estão descritas nos Planos
de Melhorias elaborados.
Prognóstico:
Ainda com relação ao Plano de Melhoria para falhas humanas e com relação à SE Coletora
Porto Velho, foi proposto que o plano tenha especial atenção a divisão da Coletora Porto
Velho além das regionais Tucuruí e Marabá, subestações tratadas neste relatório.
Abaixo segue quadro resumo das perturbações ocorridas no período analisado para cada
circuito.
19
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003442/2016-00
Diagnóstico:
Foi constatado que em 10 ocorrências houve desligamento simultâneo nos 2 circuitos sempre
por descarga atmosférica, uma vez que nesses casos, há o desligamento de ambos os circuitos.
Constata-se que em 75% das ocorrências não foi identificada a causa, sendo classificadas como
causa indeterminada.
Prognóstico:
A Celeo Redes está implantando em suas concessionárias o sistema de localização de faltas por
ondas viajantes para melhorar a eficiência na localização das faltas.
Referente aos desligamentos por descargas atmosféricas a JTE informou que embora tenha
implementado (entre maio e abril de 2010 e julho 2011) melhorias no sistema de aterramento,
aumento na isolação e instalação de para-raios de LT com o objetivo de melhoria no
desempenho frente a descargas atmosféricas, o monitoramento do desempenho da LT não
apresentou melhoras em longo prazo.
Com isto, a JTE contratou o Lightning Research Center – LRC (UFMG-CEMIG) que apresentou
em jun/2015 o estudo “Melhoria de desempenho da Linha de Transmissão de 230 kV Vilhena -
Jauru frente a descargas atmosféricas” realizado pelo LRC – Núcleo de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico em Descargas Atmosféricas – UFMG.
Ainda referente ao novo método, a JTE informa que devido este método ser inovador e ainda
não ter sido testado em grande escala para linhas em funcionamento, foi solicitado ao LRC um
projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, cuja proposta foi apresentada em abril de 2016 com o
tema “Aplicação e Aferição de Novas Tecnologias para Melhoria de Desempenho de Linhas de
Transmissão Instaladas em Condições Extremamente Inóspitas frente a Descargas
Atmosféricas”
O projeto está em fase de assinatura de contrato entre as partes, com previsão de início em
jun/2016 e com prazo total de execução de 3 anos, contemplando a instalação do “underbuilt
cable” em 100 km de linha nos primeiros 12 meses e o monitoramento dos resultados por 2
anos.
A JTE informa que as ações adicionais ao “underbuilt cable” indicadas no estudo do LRC, tais
como instalação de para-raios de LT e aumento do contrapeso, serão consideradas em 2016 no
sistema SGPMR, ciclo 2016-2019.
Quanto aos desligamentos forçados por descargas atmosféricas, a SFE solicitou, por meio do
Ofício nº 229/2016-SFE/ANEEL de 19/5/2016, um Plano de Melhoria específico para as linhas
de transmissão Jauru-Vilhena 230 kV circuitos 1 e 2, objetivando a redução drástica dessa
causa de desligamentos.
Com base no exposto e tendo em vista que esta SFE já solicitou, por meio do Ofício nº
174/2016-SFE/ANEEL de 22 de abril de 2016, um Plano de Melhorias (Campanhas) objetivando
a redução drástica de causa classificadas como indeterminadas em todas as concessões da
empresa, não foi solicitado um plano específico para melhoria das causas indeterminadas para
estas linhas.
Diagnóstico:
20
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003551/2016-00
Prognóstico:
Com base no exposto e com base nas soluções apresentadas pela empresa, a SFE solicitou
através do Oficio 265/2016-SFE/ANEEL de 13 de junho de 2016, que seja proposto pela TME,
um Plano de Melhoria específico para a linha de 500kV Jauru/ Cuiabá – circuito 1 referente aos
Desligamentos por descarga atmosférica.
21
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003524/2016-00
Foram analisados 18 desligamentos da LT 138 kV Jacuí / Santa Maria C1, sob concessão da
CEEE-GT, dos quais 9 foram classificados como chuva/temporal, 7 como indeterminada, 1
como pássaro e 1 como defeito, sempre com atuação da proteção de distância da LT.
Prognóstico:
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
demais linhas analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este
equipamento neste momento. Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-
Diagnóstico:
Entre os desligamentos, observa-se que 34 ocorreram entre os quilômetros 110 e 130 da Linha
de Transmissão e outros 15 desligamentos em até 30 km de algum dos terminais. Ainda,
observa-se que 79% dos desligamentos ocorreram nas fases B e C, com maior incidência nesta
última (43%).
A hipótese da umidade elevada é validada por meio de exclusão das demais causas e a partir
de correlação estatística apontada no estudo realizado.
Em relação aos desligamentos com possível causa relacionada à pássaros, existe pouca
confirmação durante as inspeções de campo pós ocorrência. Ainda assim, o período em que os
desligamentos ocorreram (mês e horário), são típicos da presença de pássaros. Os indícios de
dejetos em algumas torres em regiões das linhas de transmissão com incidência de
desligamentos, mesmo que as inspeções pós ocorrência não tenham identificado sinais de
descarga por cadeia de isoladores sujas, sugerem ser essa a causa de parte dos desligamentos.
22
DOC SIC nº 48534.003524/2016-00
A CEEE-GT esclarece que já vem instalando dispositivos anti-pouso ao longo de suas linhas de
transmissão com indícios de desligamentos provocados por dejetos de pássaros. Ainda, irá
intensificar a instalação de tais dispositivos nas linhas com maior número de desligamentos
forçados sem causa identificada.
Em relação à hipótese de os desligamentos terem sido causados por elevada umidade, cumpre
esclarecer que o assunto será melhor discutido quando da análise da LT 230 kV Presidente
Médici / Camaquã, no decorrer deste relatório.
Prognóstico:
A grande maioria dos desligamentos da LT 138 kV Santa Maria 1 / Alegrete C1, de concessão
da CEEE-GT, não possui causa identificada. Dos 76 desligamentos, apenas 10 tiveram sua
classificação realizada pela transmissora, sendo todos eles relacionados a chuva/temporal,
todos com característica de defeito fugitivo. Em relação aos desligamentos de causa
indeterminada, duas hipóteses foram levantadas: umidade elevada ou presença de pássaros.
Ainda, por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa
Indeterminada, a CEEE-GT encaminhou Plano de Melhorias com ações que visam melhorar a
identificação das ocorrências, tais como a elaboração de documento normativo com Processo
de Apuração de Desligamentos em Linhas de Transmissão e mapeamento dos dispositivos anti-
pouso para análise de efetividade e correção de desarmes.
Cumpre destacar que a referida linha de transmissão foi seccionada em 18 de maio de 2016,
na Subestação Santa Maria 3. De tal forma, será feito o acompanhamento das duas linhas de
transmissão resultantes.
Linha de Transmissão em 230 kV com 151 km, com religamento automático monopolar
configurado em 1 segundo e entrada em operação comercial em 25/11/2002, conforme dados
presentes no SINDAT – ONS. Foram 16 desligamentos no período analisado, sendo 13
classificados como indeterminada, 2 como chuva/temporal e 1 como explosão conforme
quadro abaixo:
Diagnóstico:
Na segunda tentativa a falha foi eliminada em 975 milissegundos pelas atuações das proteções
principais e alternadas de distância em 2ª zona no terminal de Bagé 2 e pela atuação incorreta
do esquema de falha do disjuntor 52-12 do terminal de Livramento 2 que comandou os
desligamentos das LTs 230 kV Alegrete 2 / Livramento 2, Cerro Chato / Livramento 2 e
Livramento 2 / Rivera, além do transformador TR-1, de 230/69/13,8 kV - 50 MVA. No período
houve interrupção de 11 MW de cargas da AES-SUL na subestação Livramento 2.
Prognóstico:
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
demais linhas analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para o equipamento.
Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-SFE/ANEEL, de 23 de maio de 2016, a
SFE poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja para a redução dos desligamentos,
seja para algum tema relacionado a essa Linha de Transmissão.
Diagnóstico:
Após a implantação do RA, foram observadas 8 ocorrências, com 3 falhas de atuação (1 por RA
não estar na posição monopolar, 1 por reincidência do defeito e 1 por RA desabilitado por
intervenção)
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
demais linhas analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este
equipamento neste momento. Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-
SFE/ANEEL, de 23 de maio de 2016, a SFE poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja
para a redução dos desligamentos, seja para algum tema relacionado a essa linha de
transmissão.
Linha de transmissão em 230 kV, com 204 km de extensão, com religamento automático
monopolar configurado em 1 segundo e entrada em operação comercial em 17/06/2016.
Foram 12 desligamentos no período analisado, sendo 6 classificados como indeterminada, 4
como chuva/temporal, 1 por rompimento/desconexão e 1 por vegetação conforme quadro
abaixo:
Diagnóstico:
Houve 6 recusas de atuação de RA (50%), sendo 3 por reincidência do defeito e 3 por falha no
RA.
Prognóstico:
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
demais linhas analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este
equipamento neste momento. Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-
SFE/ANEEL, de 23 de maio de 2016, a SFE poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja
para a redução dos desligamentos, seja para algum tema relacionado a essa linha de
transmissão.
Linha de transmissão em 230 kV, com 136 km de extensão, com religamento automático (RA)
monopolar ajustado em 1 segundo e tripolar ajustado em 3 segundos e entrada em operação
comercial em 24/10/1975. Foram 10 desligamentos no período analisado, sendo 4
classificados como indeterminada, 4 como chuva/temporal, 1 por causa acidental e 1 por
vegetação conforme quadro abaixo:
Diagnóstico:
Após a implantação do RA, foram observadas 5 ocorrências, com 2 falhas de atuação (1 por
mau posicionamento de chave que habilita o RA e 1 por não haver natureza elétrica)
Prognóstico:
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
demais linhas analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este
equipamento neste momento. Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-
SFE/ANEEL, de 23 de maio de 2016, a SFE poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja
para a redução dos desligamentos, seja para algum tema relacionado a essa linha de
transmissão.
Linha de Transmissão em 230 kV, com 49 km de extensão, sem religamento automático e data
de entrada em operação em 22/12/1985. Foram 5 desligamentos no período analisado, sendo
1 com interrupção de cargas conforme quadro abaixo:
Diagnóstico:
Cumpre destacar que a LT 230 kV Presidente Médici / Bagé2 C1 não possui religamento
automático.
Prognóstico:
Desligamentos geralmente com causa relacionada a falhas humanas, seja de terceiros, seja da
CEEE-GT durante investigação de outros desligamentos.
Por se tratar de uma linha de transmissão com uma pequena quantidade de desligamentos e
por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos relacionados à
Falhas Humanas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este equipamento neste
momento. A CEEE-GT já encaminhou plano de melhorias com ações que visam reduzir a
quantidade de desligamentos relacionados a Falhas Humanas em toda a Concessão. Cumpre
ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-SFE/ANEEL, de 23 de maio de 2016, a SFE
poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja para a redução dos desligamentos, seja
para algum tema relacionado a essa linha de transmissão.
Linha de Transmissão em 230 kV, com 197 km de extensão, com religamento automático
monopolar com tempo de 1 segundo e entrada em operação comercial em 03/08/1975. No
período selecionado foram analisados 44 desligamentos, sendo a segunda linha de
transmissão selecionada para análise que mais desligou. Dos 44 desligamentos, 39 foram
classificados como sendo de causa indeterminada e 5 como chuva/temporal, conforme quadro
abaixo:
Diagnóstico:
A hipótese da umidade elevada é validada por meio de exclusão das demais causas e a partir
de correlação estatística.
Em relação aos desligamentos com possível causa relacionada à pássaros, existe pouca
confirmação durante as inspeções de campo pós ocorrência. Ainda assim, o período em que os
desligamentos ocorreram (mês e horário), sendo típicos da presença de pássaros, e os indícios
de dejetos em algumas torres em regiões das linhas de transmissão com incidência de
desligamentos, mesmo que as inspeções pós ocorrência não tenham identificado sinais de
descarga por cadeia de isoladores sujas, sugerem ser essa a causa de parte dos desligamentos.
A CEEE-GT esclarece que já vem instalando dispositivos anti-pouso ao longo de suas linhas de
transmissão com indícios de desligamentos provocados por dejetos de pássaros. Ainda, irá
intensificar a instalação de tais dispositivos nas linhas com maior número de desligamentos
forçados sem causa identificada.
Em relação à hipótese de os desligamentos terem sido causados por elevada umidade, foi
realizado o projeto de P&D ANEEL Nº 0089-0372007, destacando a umidade como fator
preponderante para causas de desligamentos forçados associada a distribuição de campo
elétrico.
Figura 90 – Localização das linhas de transmissão da CEEE-GT no estado do Rio Grande do Sul
Ainda, como forma de reforçar a tese da correlação entre umidade e desligamentos, será
transcrita parte da conclusão do projeto de P&D supracitado:
Com base no projeto, foi proposta a substituição de isoladores de vidro por isoladores
poliméricos ou por isoladores de vidro com cobertura polimérica de borracha de silicone-RTV
(Room Temperature Vulcanidez Silicone Rubber), conforme figura a seguir:
Foi apresentado, ainda, um comparativo entre cadeia de isoladores normal em relação a uma
cadeia de isoladores com cobertura RTV, frente a ensaio de isolamento:
Figura 96 – Ilustração da não ocorrência de desligamentos nos vãos onde foram instalados RTV
na LT 230 kV Presidente Médici / Camaquã
Ainda, foi assinado contrato entre a CEEE-GT e Fundação Universidade Regional de Blumenau
– FURB para o desenvolvimento de técnicas de mitigação de desarmes de proteção de linhas
de transmissão devido ao Sudden Flashover que prevê, dentre outras, as seguintes ações:
Prognóstico:
Também será realizada a modernização dos sistemas de proteção da linha de transmissão, tão
logo seja incluído no PAR e autorizado pela Agência, com previsão de conclusão em 48 meses
após a emissão do Ato Autorizativo.
Ainda, por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa
Indeterminada, a CEEE-GT encaminhou plano de melhorias com ações que visam melhorar a
identificação das ocorrências, tais como a elaboração de documento normativo com Processo
de Apuração de Desligamentos em Linhas de Transmissão e mapeamento dos dispositivos anti-
pouso para análise de efetividade e correção de desarmes.
Linha de Transmissão em 230 kV, com 153 km de extensão, sem religamento automático e
entrada em operação comercial em 13/01/1976. No período selecionado foram analisados 34
desligamentos, sendo a terceira linha de transmissão selecionada para análise que mais
desligou. Dos 34 desligamentos, 25 foram classificados como sendo de causa indeterminada, 5
como chuva/temporal, 2 como vento forte, 1 como descarga atmosférica e 1 como aeronave
conforme quadro abaixo:
Diagnóstico:
Por estar presente na mesma região da LT 230 kV Presidente Médici / Camaquã, observa-se
comportamento semelhante em relação às causas dos desligamentos. A maioria dos
desligamentos classificados como causa indeterminada apresentam hipóteses de
desligamentos causados por pássaros ou por umidade elevada na região. De forma análoga, as
análise já realizadas para a LT 138 kV Santa Maria Alegrete e para a LT 230 kV Presidente
Médici / Camaquã valem para a LT 230 kV Presidente Médici / Quinta e não serão novamente
apresentadas neste item do relatório.
Prognóstico:
Ainda, por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa
Indeterminada, a CEEE-GT encaminhou Plano de Melhorias com ações que visam melhorar a
identificação das ocorrências, tais como a elaboração de documento normativo com Processo
de Apuração de Desligamentos em Linhas de Transmissão e mapeamento dos dispositivos anti-
pouso para análise de efetividade e correção de desarmes.
Linha de transmissão em 230 kV, com 186 km de extensão, com religamento automático
monopolar ajustado em 1 segundo e tripolar ajustado em 3 segundos e entrada em operação
comercial em 30/07/1979. No período selecionado foram analisados 20 desligamentos, sendo
7 classificados como chuva/temporal, 6 como indeterminada, 5 como vegetação, 1 como
atuação acidental durante serviços e 1 como Rompimento/Desconexão conforme quadro
abaixo:
Diagnóstico:
Prognóstico:
Espera-se uma redução na quantidade de desligamentos com interrupção de carga, uma vez
que a derivação em São Vicente do Sul foi substituída por um seccionamento nesta
Subestação.
Por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando comparada às
linhas já analisadas, não foi solicitado plano de melhorias específico para este equipamento
neste momento. Cumpre ainda destacar que, conforme Ofício 231/2016-SFE/ANEEL, de 23 de
maio de 2016, a SFE poderá solicitar Planos de Melhorias específicos, seja para a redução dos
desligamentos, seja para algum tema relacionado a essa linha de transmissão.
Ainda, por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa
Indeterminada a CEEE-GT encaminhou plano de melhorias com ações que visam melhorar a
identificação das ocorrências, tais como a elaboração de documento normativo com Processo
de Apuração de Desligamentos em Linhas de Transmissão e mapeamento dos dispositivos anti-
pouso para análise de efetividade e correção de desarmes, com isso se espera uma redução na
indeterminação das classificações dos desligamentos.
Diagnóstico:
De forma análoga às LTs 230 kV Presidente Médici / Camaquã e Presidente Médici / Quinta e à
a LT 138 kV Santa Maria Alegrete, observa-se grande quantidade de desligamentos
classificados como de causa indeterminada, apresentando também as hipóteses de
desligamentos causados por pássaros ou por umidade elevada na região. Assim, as análises
relacionadas a estes fatores, e já apresentadas neste relatório, também valem para a linha de
transmissão em análise.
Em relação aos desligamentos do dia 22/10/2014, às 12:16 e às 12:19 e dos dias 27/10/2014,
às 13:33, e 28/10/2014, às 12:40, todos foram relacionados a presença de vegetação sob a
linha de transmissão e tiveram como característica defeito fugitivo e falta de alta impedância.
No último desligamento, houve maior tempo na recomposição devido a necessidade de
inspeção e corte do indivíduo arbóreo causador dos desligamentos.
Prognóstico:
Ainda, por estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa
Indeterminada a CEEE-GT encaminhou plano de melhorias com ações que visam melhorar a
identificação das ocorrências, tais como a elaboração de documento normativo com Processo
de Apuração de Desligamentos em Linhas de Transmissão e mapeamento dos dispositivos anti-
pouso para análise de efetividade e correção de desarmes.
Diagnóstico:
Prognóstico:
Existe a previsão de substituição dos sistemas de proteção dos transformadores TR1 e TR2 de
230/69/13,8 kV da SE Porto Alegre 6, inserida no PMI 2015-2018. Espera-se uma redução na
quantidade de desligamentos por falhas desses sistemas com a substituição.
SE FIGUEIRA
Diagnóstico:
Inicialmente, durante a análise, foi constatado que, das 11 ocorrências analisadas, 10 tiveram
interrupção do fornecimento de cargas da SE Figueira, contrastando com o número de 5
ocorrências com interrupção apresentado pelo ONS. Tais interrupções devem-se à alimentação
das cargas da cidade de Figueira pelo terciário dos transformadores da Subestação.
Das 11 ocorrências em análise, percebeu-se que 8 tiveram causa relacionada a falha humana,
seja acidental ou relacionada aos sistemas de proteção, temas dos quais a COPEL-GT foi
23
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.002788/2016-00
Houve ainda reincidência do desligamento no dia 19/11/2014, pelo mesmo motivo, conforme
a seguir:
A transmissora informou, ainda, que realizou alteração do projeto para que a informação do
estado das chaves by pass possua alimentação de corrente contínua separada do circuitos de
comando das seccionadoras para as proteções 87TA e 87TB.
Em 14/07/2015, às 11:41, houve novo desligamento do ATF-A, dos lados de 230 kV e 138 kV,
pelo mesmo motivo, com atuação indevida da proteção sobre o disjuntor de transferência,
desligando a LT 230 kV Figueira / Londrina. No período houve interrupção de cargas da COPEL-
D (6 MW) ligadas ao terciário do ATF-A. Tal ocorrência se repetiu às 12:00.
A Copel informou que efetuou o bloqueio da atuação do relé 63V do regulador de tensão de
13,8 kV. Em 23 de agosto de 2015 foi efetuada inspeção na válvula de alívio de pressão do
regulador de tensão e foi constatada a deterioração da chave auxiliar que é acionada quando
da atuação da válvula. Devido a esta deterioração houve a perda de isolamento do plástico de
constituição da chave permitindo a circulação de corrente pelo mesmo e consequente atuação
indevida da proteção.
A Copel GT esclareceu, ainda, como é feita a Análise Preliminar de Risco Técnica, internamente
conhecida como análise de risco. Antes da intervenção, tanto no escritório quanto no campo,
os desenhos e diagramas da subestação são estudados pelos técnicos que executarão o
serviço. Avalia-se o risco de trip indevido de acordo com a atividade a ser realizada, de modo
que sejam identificados nos desenhos e diagramas, bem como no local dos serviços, os pontos
de trip a serem bloqueados.
A análise de risco que envolve os sistemas de proteção é realizada por meio do exame de
diagramas elementares e esquemas de fiação, no qual são conferidos os pontos de bloqueio
de atuação necessários para evitar desligamentos acidentais.
Tal análise informa se há risco de abertura de algum elemento ou barra da subestação durante
a realização da intervenção programada. Caso positivo, esta situação é informada na
Mensagem Operativa quando da solicitação da intervenção e levada em consideração nos
estudos elétricos.
Durante reunião entre a ANEEL e a Copel, realizada em 30 de maio de 2016, foi identificado
que, em 10 das 11 ocorrências citadas, houve interrupção de cargas alimentadas pelo terciário
dos transformadores da SE Figueira (13,8 kV). Tal carga, de propriedade da Copel Distribuição e
geralmente variando de 5 a 15 MW, é alimentada em alternância pelos transformadores ATF-A
e ATF-B, sem automatismo na transferência de alimentação, e se refere à cidade de Figueira.
Segundo informou a Copel GT, já foi identificada a necessidade de retirada dessas cargas pela
Copel Distribuição, mas não há uma priorização nesta transferência. A previsão de
transferência das cargas, de acordo com o Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD
2016 da Copel Distribuição, é 2024. Ainda, não existe espaço físico na Subestação para um
eventual transformador em 138 / 13,8 kV para o atendimento às cargas da cidade de Figueira.
Prognóstico:
A maioria dos desligamentos da Subestação Figueira, da Copel GT, tem como causa falhas
humanas durante a realização de serviços na Subestação, seja por ajustes ou por ações de
empreiteira contratada. Tais desligamentos ocorreram durante a realização de retrofit no
sistema de proteção da Subestação, em atendimento à Resolução Autorizativa 2040/2009 –
PMIS, para a substituição dos relés eletromecânicos para relés digitais e substituição dos cabos
Por já estar inserida nas Campanhas de Fiscalização referentes à Falhas Humanas Acidentais e
relacionadas aos sistemas de proteção, não foi solicitado Plano de Melhoria específico para os
desligamentos da Subestação Figueira. Entretanto, será realizado o acompanhamento dos
Planos referentes às Campanhas de Fiscalização e também os desligamentos referentes à
Subestação em análise, conforme Ofício nº 214/2016-SFE/ANEEL.
Diagnóstico:
Figura 104 – Localização das faltas por porcentagem da LT 525 kV Blumenau / Curitiba C 1
SC/PR
Figura 105 – Distribuição das causas dos desligamentos da LT 525 kV Blumenau / Curitiba C 1
SC/PR
na janela de análise
Durante a reunião entre a ANEEL e a ELETROSUL, foi apresentada uma contestação em relação
aos desligamentos. Segundo a transmissora, os desligamentos do dia 16/01/15 devem ser
contados somente como 1 desligamento. Entretanto, conforme registro no SIPER, foram
contabilizados 2 desligamentos para cada perturbação, em função da reincidência do defeito,
e assim foram considerados na análise. Ainda, a ELETROSUL apresentou um novo desligamento
para este mesmo dia, ocorrido às 17:42, e outro no dia 29/09/2014, às 16:11, envolvendo a
fase C e há 34 km do terminal de Blumenau, também devido a toque de vegetação.
Em relação aos desligamentos do dia 16/01/2015, todos foram causados pelo mesmo
indivíduo arbóreo, qual seja, um eucalipto. O defeito tinha característica inicialmente fugitiva,
passando a permanente posteriormente. Depois de constatada a característica permanente do
defeito, não foram realizadas mais tentativas de religamento e foi solicitada inspeção da linha.
Foi feito o corte da árvore e não foram observados novos desligamentos por vegetação na
Linha de Transmissão em análise.
Sobre as inspeções em linhas de transmissão, são ações preventivas para verificação das
condições das torres, cabos, isoladores, acessórios, sinalização e da faixa de servidão, visando
garantir a disponibilidade das instalações e a segurança de terceiros.
Existe uma pequena parcela de supressão que é realizada pelas equipes de inspeção e de
manutenção da ELETROSUL, basicamente as situações caracterizadas por pequena quantidade
de vegetação a ser suprimida e elevado nível de urgência.
Em relação à identificação da causa das ocorrências, apesar de não ser tema para esta análise,
a ELETROSUL apresentou fluxograma para a classificação de desligamentos em linhas de
transmissão, conforme Figura 106.
Prognóstico:
Após a análise, foi verificado que todos os desligamentos, 11 analisados pela equipe e mais 2
apresentados pela ELETROSUL, tem características relacionadas diretamente à vegetação ou
em serviço de poda de vegetação.
Foram realizadas alterações nas rotinas de corte e de inspeção de faixa de servidão, no sentido
de evitar que espécies de crescimento rápido causem novos desligamentos. Após essas
alterações, não foram verificados desligamentos significativos na linha de transmissão em
análise relacionados ao toque de árvores.
Por se tratar de desligamentos específicos, com causas esclarecidas, e por já ter ocorrido
Reunião de Análise da Perturbação, com participação da ANEEL, ONS, MME e Agentes
envolvidos, e ainda por ter sido realizada fiscalização e aberto processo administrativo punitivo
para a transmissora25, relacionada ao desligamento com interrupção no fornecimento das
cargas, a ETAU não foi convocada para reunião técnica para prestar esclarecimentos
relacionados a estes desligamentos.
Diagnóstico:
25
Processo ANEEL nº 48500.004510/2015-36
Após a eliminação do defeito, em 1,8 segundos pelas atuações das proteções principal e
alternada de direcionais de sobrecorrente residuais temporizadas no terminal de Barra Grande
e principal e alternada direcional de sobrecorrente residual, associada ao esquema de
transferência de disparo permissivo por sobrealcance, no terminal de Campos Novos, ocorreu
o desligamento automático das LTs de 138 kV Rio do Sul / Salto Pilão, Lages / Lages Vidal
Ramos Jr. C1 e C2, e LT 230 kV Lagoa Vermelha 2 / Santa Marta, em ambos os terminais.
Após estes desligamentos, houve o desligamento automático dos grupos geradores G1, G2 e
G3, cada um de 230 MW, da usina hidrelétrica Barra Grande, e dos grupos geradores G1, G2, e
G3, cada um de 74 MVA, da usina hidrelétrica Garibaldi.
Também é importante destacar que não estavam sendo realizados serviços na linha de 230 kV
Barra Grande / Campos Novos C2 (origem da perturbação) e nas LT de 138 kV Rio do Sul –
Salto Pilão, Lages – Lages Vidal Ramos Jr circuitos 1 e 2, e da linha de transmissão de 230 kV
Lagoa Vermelha 2 – Santa Marta, as quais foram desligadas na sequência da perturbação.
De acordo com o ONS, não foram constatados problemas na comunicação de voz e dados
entre o COSR-S e os centros de operação dos agentes envolvidos na ocorrência.
Diante da perturbação, foi aberta ação de fiscalização pela SFE-ANEEL com o objetivo de
analisar as responsabilidades dos agentes envolvidos nesta ocorrência. Durante a fiscalização,
analisou-se as últimas limpezas de faixa realizadas pela ETAU na linha supracitada. Constatou-
se que nos 6 (seis) meses anteriores ao evento, foram feitas 5 (cinco) limpezas de faixa no mês
de julho, 10 limpezas de faixas no mês de setembro e 2 (duas) limpezas de faixa no mês de
outubro. Daí, estranha-se o fato de não ter ocorrido limpeza de faixa na linha durante os quase
3 meses anteriores a ocorrência do evento.
A transmissora esclareceu que o desligamento teve como causa uma vegetação de rápido
crescimento, conhecida como “Maria Preta”, aliada a uma grande precipitação pluviométrica e
elevadas temperaturas na região. Ainda, recomendou, após os desligamentos, a antecipação
da Inspeção Terrestre Rápida na linha. Além disso, a Engenharia de Manutenção também
realizou, de 23 a 27/03/2015, um Treinamento de "Reciclagem para Inspetores de Linhas de
Transmissão", visando reforçar entre outros temas, o conhecimento de espécies arbóreas de
crescimento rápido nesta região.
Entretanto, a fiscalização entendeu que as limpezas de faixa deveriam ser feitas regularmente,
mesmo após o mês de outubro, principalmente em função das altas precipitações e elevada
temperatura, o que restou caracterizada a não Conformidade.
Prognóstico:
Foi constatado que dos 5 desligamentos da LT 230 kV Barra Grande / Campos Novos C2 no
período de agosto de 2014 a julho de 2015, 2 tiveram como causa a vegetação e 2 foram
relacionados a defeito em disjuntor, além de 1 por falha durante manobra em chave
seccionadora.
Linha de Transmissão em 525 kV, com 314 km de extensão, com religamento automático
tripolar ajustado em 3,5 segundos e data de entrada em operação comercial em 08/04/2014.
No período selecionado foram analisados 22 desligamentos, sendo 16 classificados como
vegetação, 4 como descarga atmosférica, 1 como queimada e 1 como indeterminada,
resumidos no quadro abaixo. Nenhum dos desligamentos ocasionou corte de carga na região.
26
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.004060/2016-00
Diagnóstico:
Figura 108 – Localização das faltas por porcentagem da LT 525 kV Itá / Nova Santa Rita C2
Ainda sobre as ocorrências, observa-se a seguinte distribuição ao longo das fases da linha de
transmissão:
Figura 109 – Fases Envolvidas nos desligamentos da LT 525 kV Itá / Nova Santa Rita C2
Às 18h55min a operação da linha de transmissão 525kV Itá - Nova Santa Rita C2 foi liberada
após corte de árvore, sendo energizada às 22:01.
Sobre o defeito inicialmente classificado como queimada, a TSBE esclarece que a real causa foi
vegetação fora da faixa de servidão e que a classificação adotada pelo ONS não corresponde à
verdadeira causa. Segundo a transmissora, o ONS classifica as ocorrências de acordo com as
informações preliminares registradas no SIPER e no período da ocorrência, não havia
consistência dos dados com os agentes, acarretando diversas inconsistências nas
classificações.
Figura 110 – Distribuição das causas dos desligamentos da LT 525 kV Itá / Nova Santa Rita C2
na janela de análise
Ainda, destaca a TSBE que a linha de transmissão teve sua faixa de segurança estabelecida
através do corte seletivo, por exigência do órgão licenciador (IBAMA) que limitou o
desmatamento a 3 metros de largura do eixo da linha de transmissão, liberando o corte da
vegetação que aparentemente colocava em risco a segurança de sua operação.
Após as medidas de inspeção e corte seletivo de vegetação, não foi observado novo
desligamento da linha de transmissão em análise.
No caso específico dos desligamentos observados no período considerado, tendo em vista que
as instalações se encontravam dentro do prazo de vigência da garantia contratual de
construção, foi acionada a empresa executante da obra para solucionar os problemas
detectados.
Prognóstico:
Foi constatado que dos 22 desligamentos da Linha de Transmissão 525 kV Itá / Nova santa Rita
C2 no período de agosto de 2014 a julho de 2015, 21 tiveram como causa a vegetação, sendo
20 fora da faixa de servidão e 1 dentro da referida faixa. O desligamento restante não teve
causa identificada.
Por se tratar de um caso específico, e por não ter se observado novo desligamento relacionado
à vegetação na linha em análise após as ações de inspeção e poda realizados pela
transmissora, não foi solicitado Plano de Melhoria específico para este equipamento.
Perturbações Corte de
Total de
Transmissora Instalação com Corte de Carga Total
Desligamentos
Carga no Período
Linha de transmissão em operação comercial desde 06/06/1998 com 325 km de extensão. Não
possui religamento automático.
Diagnóstico:
27
Registro de reunião documento DOC SIC nº 48534.003551/2016-00
Verifica-se que a causa principal dos desligamentos dessa linha de transmissão foi o Erro no
Sistema de Proteção (3 ocorrências, representando 50% dos desligamentos) e Erro na
Execução de Serviços (2 ocorrências com 33% dos desligamentos). Destaca-se ainda uma
ocorrência classificada como Indeterminada (17% do total das ocorrências).
Demonstra-se que a maioria das ocorrências foi do tipo trifásico, dada a origem da maioria das
ocorrências em subestações. Verifica-se ainda duas ocorrências do tipo monofásico e
nenhuma do tipo bifásico.
Do gráfico observa-se que os desligamentos foram pontuais durante o período de análise, com
alguns períodos sem ocorrências.
No dia 1/6/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por mensagens de correio eletrônico enviadas
nos dias 15 e 16 de junho de 2016.
A ELETRONORTE informou que tem trabalhado para corrigir os Erros da Lógica de Proteção nas
subestações terminais desta linha. Informou ainda que para as causas de Surtos ou Transitório
– Secundário DC foi causado pela falta de aterramento da blindagem de cabo de controle. O
agente informou que está executando ações para implantar o aterramento no cabo de
Para Falhas Humanas Acidentais, o agente incluiu no Plano de Melhoria ações que incluem a
revisão e melhoria no Normativo de Planejamento de Serviços de Manutenção, o treinamento
das equipes de manutenção e o estabelecimento de novo indicador preventivo dos
desligamentos por falha no Planejamento de intervenções.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE concluiu que a principal causa de desligamentos na LT 230 kV
Tucuruí/Altamira C1 no período analisado foi falha humana, acidental e no sistema de
proteção. Tendo em vista que já foi solicitado um Plano de Melhorias à ELETRONORTE para
redução, em toda a empresa, de desligamentos forçados por falhas humanas acidentais, tema
de uma das Campanhas de Fiscalização de 2016, decidiu-se por não solicitar um plano
específico para tratar esse mesmo problema na LT 230 kV Tucuruí/Altamira C1. Entretanto, foi
solicitado que a ELETRONORTE incluísse no Plano de Melhorias da Campanha ações específicas
visando à redução dos desligamentos provocados por falhas humanas acidentais na Regional
de Tucuruí.
Diagnóstico:
Destaca-se que o número de registros no SIPER não confere com o número real de ocorrências
na instalação. No total são 12 desligamentos, sendo 6 na mesma data (25/12/2014), o que foi
objeto do RAP 3/0016/2015. A representação gráfica das causas dos desligamentos é
apresentada a seguir:
Verifica-se que a causas dos desligamentos nesta subestação foram distribuídas, com Falha
Interna no Transformador (representando 33% das ocorrências), Erro de Fiação AC/Execução
(17%), Outros- Humanos – Própria Empresa (17%), Surto ou Transitório – Secundário DC (17%),
Humanos – Outra Empresa (8%) e Rompimento – Desconexão (8%).
Compilando as causas, verifica-se que a maior parte das ocorrências foram causadas por erro
na execução de serviços, podendo ser classificadas como ocorrências causadas por Falhas
Humanas Acidentais na Execução de Serviços.
A localização das falhas deu-se em sua maioria no Transformador 500/69 kV TF5, com 7
ocorrências, seguida por 3 no Transformador 500/230 kV, com uma no Barramento de 500 kV
e uma no Transformador 500/69 kV TF1. Destaca-se que as 7 ocorrências no Transformador
500/69 kV TF5 deu-se nas datas de 25/12/2014, durante uma ocorrência e consequente
tentativas de manutenção e execução de serviços.
Para Falhas Humanas Acidentais, o agente incluiu no Plano de Melhoria ações que incluem a
revisão e melhoria no Normativo de Planejamento de Serviços de Manutenção, o treinamento
das equipes de manutenção e o estabelecimento de novo indicador preventivo dos
desligamentos por falha no Planejamento de intervenções.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE concluiu que a principal causa de desligamentos na SE Tucuruí no
período analisado foi falha humana acidental na execução de serviços. Para a ELETRONORTE já
foi solicitado um Plano de Melhorias para a redução, em toda a empresa, de desligamentos
forçados por falhas humanas acidentais, tema de uma das Campanhas de Fiscalização de 2016.
Entretanto, dada a importância da SE Tucuruí, foi solicitado que a ELETRONORTE incluísse no
Plano de Melhorias da Campanha ações específicas visando à redução dos desligamentos
provocados por falhas humanas acidentais na Regional de Tucuruí.
Diagnóstico:
No dia 1/6/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da SFE e de
representantes da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos durante as
análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse modo,
foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu por meio de
documentações entregues durante a reunião e por mensagens de correio eletrônico enviadas
nos dias 15 e 16 de junho de 2016.
Para Falhas Humanas Acidentais, o agente incluiu no Plano de Melhoria ações que incluem a
revisão e melhoria no Normativo de Planejamento de Serviços de Manutenção, o treinamento
das equipes de manutenção e o estabelecimento de novo indicador preventivo dos
desligamentos por falha no Planejamento de intervenções.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE concluiu que a principal causa de desligamentos na SE Lechuga no
período analisado foi falha humana acidental no sistema de proteção. Tendo em vista que já
foi solicitado um Plano de Melhorias à ELETRONORTE para redução, em toda a empresa, de
desligamentos forçados por falhas humanas acidentais, tema de uma das Campanhas de
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Verifica-se que a causa principal dos desligamentos dessas duas linhas de transmissão sob
análise foram devidas à Descargas Atmosféricas (3 ocorrências, representando 25% dos
desligamentos), com a maioria sendo classificada como Indeterminada (50% do total das
ocorrências).
Demonstra-se que a maioria foi do tipo monofásico, com dois do tipo bifásico e um
monofásico. Destaca-se que em duas ocorrências não houve descrição do tipo de falta por
parte do agente.
Do gráfico observa-se que os desligamentos foram pontuais durante o período de análise, com
alguns períodos sem ocorrências. Contudo, destacam-se o grande número de ocorrências
classificadas como Indeterminada.
Em 19/05/2016 foi realizada reunião presencial com representantes do grupo ISOLUX, do qual
fazem parte a Linhas de Xingu Transmissora de Energia (LXTE) e a Linhas de Macapá
Transmissora de Energia (LMTE). Na ocasião o agente realizou apresentação onde esclareceu
alguns pontos sobre as ocorrências nas Linhas de Transmissão. Para a LT 500 kV
Jurupari/Oriximiná C1, o agente informou que três ocorrências antes classificadas como
Indeterminada tiveram como causa Vegetação na faixa de servidão. Contudo, duas ocorrências
ainda ficaram classificadas como sendo Indeterminada. Para a LT 500 kV Jurupari/Oriximiná C2
o agente demonstrou que os dados levantados pela ANEEL conferiam com os seus, contudo
não pôde justificar duas ocorrências classificadas como Indeterminada.
A empresa ainda demonstrou as ações que está tomando para a redução de ocorrências por
Queimadas, através do levantamento de pontos da faixa de servidão passível de roço,
obtenção de autorização do IBAMA para roço, a limpeza na faixa de servidão e realização de
campanha anual junto à população local para evitar queimadas.
A LMTE foi uma das empresas que entraram na Campanha de Desligamentos por Falhas
Humanas Acidentais e de Proteção, e durante a reunião, a ISOLUX apresentou as ações que
está tomando para mitigar tais problemas.
Para Falhas Humanas Acidentais, o agente demonstrou ações que incluem a reciclagem e o
treinamento das equipes de operação e manutenção incluindo treinamento nos
Procedimentos de Rede, Procedimentos Internos, Procedimentos de Programação de
Intervenções e Análise de risco nas programações de intervenções. Com relação às Falhas
Humanas por Sistema de Proteção, as ações incluem a mudança nas lógicas de proteção e a
correção de erros no comissionamento das subestações.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE entendeu que os esclarecimentos do agente devido às ações já
realizadas evidenciavam que os problemas levantados já haviam sido tratados, não sendo
necessário solicitar Plano de Melhoria para estas instalações.
A SFE continua monitorando as instalações e caso entenda necessário poderá voltar a analisar
os desligamentos forçados que eventualmente ocorram.
1/6/15 14:28 BS 500 kV 383 MVar JURUPARI CORX2 PA Serviço Auxiliar DC Outras - Fiação AC / DC
1/6/15 14:28 BS 500 kV 383 MVar JURUPARI CORX1 PA Serviço Auxiliar DC Outras - Fiação AC / DC
Diagnóstico:
Verifica-se que a causas dos desligamentos nesta subestação foram devidas à Erro na Execução
de Serviço (46%), Vandalismo (27%), Erro na Lógica de Proteção (9%) e duas ocorrências
classificadas como sendo de Causa Indeterminada (18%).
As duas ocorrências classificadas como Indeterminadas não tiveram suas causas informadas
pelos Agentes, nem as proteções atuadas e sem as causas apuradas.
A localização das falhas deu-se em sua maioria no Compensador Estático 160/-100 MVar, com
seis ocorrências, representando 55% do total. Seguido tem-se 4 ocorrências em um
Transformador de Corrente da LT Macapá-Ferreira Gomes, e por último uma única ocorrência
no Barramento de 230 kV desta subestação. Destaca-se que as 4 ocorrências no TC deu-se nas
datas de 13 e 14/10/2014, durante manutenção e execução de serviços.
Em 19/05/2016 foi realizada reunião presencial com representantes do grupo ISOLUX, do qual
fazem parte a Linhas de Xingu Transmissora de Energia (LXTE) e a Linhas de Macapá
Transmissora de Energia (LMTE). O agente foi questionado quanto às equipes de manutenção
serem da própria empresa ou terceirizadas, e a quantidade e periodicidade dos treinamentos.
Foi dado destaque ao fato que ocorrências em subestações classificadas como Indeterminadas
O agente informou que para mitigar as Falhas Humanas Acidentais durante a manutenção e a
execução dos serviços tem realizado ações de reciclagem e treinamento das equipes de
operação e manutenção incluindo treinamento nos Procedimentos de Rede, Procedimentos
Internos, Procedimentos de Programação de Intervenções e Análise de risco nas programações
de intervenções.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE entendeu que os esclarecimentos do agente devido às ações já
realizadas evidenciavam que os problemas levantados já haviam sido tratados, não sendo
necessário solicitar Plano de Melhoria para estas instalações.
A SFE continua monitorando as instalações e caso entenda necessário poderá voltar a analisar
os desligamentos forçados que eventualmente ocorram.
Diagnóstico:
Tem-se que a maioria das faltas foi localizada no Compensador Estático 332/-222 MVar com 6
ocorrências, no Banco Série 500 kV 383 MVar CJRP2 com 1 ocorrência, e no Banco Série 500 kV
383 MVar CJRP1 com 4 ocorrências.
Em 19/05/2016 foi realizada reunião presencial com representantes do grupo ISOLUX, do qual
fazem parte a Linhas de Xingu Transmissora de Energia (LXTE) e a Linhas de Macapá
Transmissora de Energia (LMTE). O agente foi questionado quanto às equipes de manutenção
serem da própria empresa ou terceirizadas, e a quantidade e periodicidade dos treinamentos.
Foi dado destaque ao fato que ocorrências em subestações classificadas como Indeterminadas
e sem informações de localização não poderão são aceitáveis, devido às ferramentas
disponíveis aos operadores/mantenedores para diagnosticar os problemas dentro de uma
subestação. A equipe de Análise também deu destaque ao fato de todas as ocorrências
O agente informou que para mitigar as Falhas Humanas Acidentais durante a manutenção e a
execução dos serviços tem realizado ações de reciclagem e treinamento das equipes de
operação e manutenção incluindo treinamento nos Procedimentos de Rede, Procedimentos
Internos, Procedimentos de Programação de Intervenções e Análise de risco nas programações
de intervenções.
Com relação aos desligamentos no Compensador Estático 332/-222 MVar demonstrou ter
tomado ações para mitigar as ocorrências, por meio da mudança de procedimentos de
manutenção, que incluíram a inspeção detalhada e manutenção preventiva anual, a limpeza
de isoladores e componentes externos, medição de capacitância e resistência de isolação.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE acatou os esclarecimentos do agente quanto às ações realizadas
pelo agente para a mitigação de ocorrências no Compensador Estático, a SFE entende que as
ações realizadas pelo agente foram suficientes para a mitigação dos problemas, e por esse
motivo não foi solicitado Plano de Melhoria para este equipamento.
Contudo, a equipe de Análise da SFE destaca que esta instalação será monitorada e os
resultados da janela de análise futura (1º de agosto de 2015 a 31 de julho de 2016) serão
comparados com os da janela de análise atual (1º de agosto de 2014 a 31 de julho de 2015).
Caso não atendam os critérios de desempenho esperado, são passíveis de fiscalização pela
equipe da SFE.
Durante a reunião com o agente, foi informado à SFE que a ISOLUX vem realizando ações para
atuar na diminuição de ocorrências nos bancos de capacitores, através de ajuste do sistema de
proteção, por meio da substituição de cartões de controle de corrente de fuga à plataforma
nos Bancos Capacitores Série.
Linha de transmissão em operação comercial desde 03/07/2013 (fonte: SINDAT) com 335 km
de extensão. Possui religamento automático (RA) de 1s monopolar e de 5s tripolar, cujo
terminal líder é a SE Oriximiná.
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Verifica-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
devido à Vegetação (13 ocorrências, representando 87% dos desligamentos), com uma por
erro de ajuste na proteção e outra por atuação acidental durante a realização de testes (SGI
n.º 044.989-14). Na ocorrência classificada como Erro de Ajuste, vale notar que no SIPER o
agente citou como causa inicial do problema a falta à vegetação abaixo da linha, sendo que foi
agravada devido a problemas de ajuste.
Pela análise das ocorrências nas Linhas de Transmissão 500 kV Oriximiná / Silves C1, 500 kV
Oriximiná / Silves C2, LT 500 kV Silves/ Lechuga C1 destaca-se a causa das ocorrências como
curto-circuito fase-terra devido à vegetação.
Na data de 18/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da
SFE e de representante da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos
durante as análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse
modo, foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu
parcialmente por meio de documentação entregue durante a reunião, qual seja, apresentação
sobre as causas do desligamento e o Relatório MTE – Apresentação ANEEL – 18-05-2016.
Figura 131 – Vista aérea da subestação Oriximiná com entradas da LT 500 kV Oriximiná /
Jurupari C1 e C2 e LT 500 kV Oriximiná / Silves C1 e C2
Conforme demonstra a Figura 131, durante a análise observou-se que o padrão construtivo da
LT 500 kV Oriximiná / Silves difere do utilizado na LT 500 kV Oriximiná / Jurupari, o que pode
explicar a diferença de desempenho das linhas, para efeito de faltas por aproximação de
vegetação.
Em 23/05/2016, foi realizada reunião com o Superintendente da SFE, onde ficou concordado
os seguintes pontos: solicitar à Manaus Transmissora um Plano de Melhorias específico para a
redução de desligamentos forçados causados por vegetação, com foco na frequência de roço
da faixa de servidão dos trechos considerados mais críticos das linhas sob concessão. Além
Prognóstico:
Ficou evidente que a principal causa observada durante a janela de tempo analisada foi
Vegetação.
Diagnóstico:
Para o Circuito 2, foram verificadas 23 ocorrências no período analisado (1º de agosto de 2014
a 31 de julho de 2015), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a seguir:
A causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é devido à Vegetação
(19 ocorrências, representando 83% dos desligamentos), duas por Descarga Atmosférica (9%
do total), uma por atuação acidental e uma classificada como Indeterminada (4% cada).
Pela análise das ocorrências nas Linhas de Transmissão 500 kV Oriximiná / Silves C1, 500 kV
Oriximiná / Silves C2, LT 500 kV Silves/ Lechuga C1 destaca-se a causa das ocorrências como
curto-circuito fase-terra devido à vegetação.
Na data de 18/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da
SFE e de representante da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos
durante as análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse
modo, foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu
parcialmente por meio de documentação entregue durante a reunião, qual seja, apresentação
sobre as causas do desligamento e o Relatório MTE – Apresentação ANEEL – 18-05-2016.
Em 23/05/2016, foi realizada reunião com o Superintendente da SFE, onde ficou concordado
os seguintes pontos: solicitar à Manaus Transmissora um Plano de Melhorias específico para a
redução de desligamentos forçados causados por vegetação, com foco na frequência de roço
da faixa de servidão dos trechos considerados mais críticos das linhas sob concessão. Além
disso, o superintendente solicitou que seja apresentado pelo agente o histórico da execução
de roço na faixa de servidão das linhas da concessão, bem como que a empresa apresente um
plano de execução do roço para a próxima janela de análise (ago/15 – jul/16).
Prognóstico:
Ficou evidente que a principal causa observada durante a janela de tempo analisada foi
Vegetação.
Linha de transmissão em operação comercial desde 03/07/2013 (fonte: SINDAT) com 244 km
de extensão. Possui religamento automático de 1s monopolar e de 5s tripolar, cujo terminal
líder é a SE Silves.
Diagnóstico:
Para esta Linha de Transmissão, foram verificadas 11 ocorrências no período analisado (1º de
agosto de 2014 a 31 de julho de 2015), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a
seguir:
7 desligamentos por vegetação (6 RA com sucesso, 1 com bloqueio por erro de lógica) ;
2 desligamentos por descarga atmosférica (1RA com sucesso e 1 com bloqueio);
1 ocorrência resultou em corte de 217 MW de carga, devido à lógica de proteção e
bloqueio do RA
1 por defeito no relé de proteção (sem descrição no SIPER);
1 desligamento com causa indeterminada (bloqueio de RA, causa não atualizada no
SIPER)
Para esta Linha de Transmissão, verifica-se que a causa principal dos desligamentos sob análise
é devido à Vegetação (7 ocorrências, representando 64% dos desligamentos), duas por
Descarga Atmosférica (18% do total), uma por atuação acidental e uma classificada como
Indeterminada (9% cada).
Pela análise das ocorrências nas Linhas de Transmissão 500 kV Oriximiná / Silves C1, 500 kV
Oriximiná / Silves C2, LT 500 kV Silves/ Lechuga C1 destaca-se a causa das ocorrências como
curto-circuito fase-terra devido à vegetação.
Na data de 18/5/2016 foi realizada reunião na sede da ANEEL com a presença da equipe da
SFE e de representante da concessionária no intuito de apresentar os resultados obtidos
durante as análises das ocorrências e discutir soluções para os problemas constatados. Desse
modo, foram feitos alguns questionamentos, aos quais a concessionária respondeu
parcialmente por meio de documentação entregue durante a reunião, qual seja, apresentação
sobre as causas do desligamento e o Relatório MTE – Apresentação ANEEL – 18-05-2016.
Em 23/05/2016, foi realizada reunião com o Superintendente da SFE, onde ficou concordado
os seguintes pontos: solicitar à Manaus Transmissora um Plano de Melhorias específico para a
redução de desligamentos forçados causados por vegetação, com foco na frequência de roço
da faixa de servidão dos trechos considerados mais críticos das linhas sob concessão. Além
disso, o superintendente solicitou que seja apresentado pelo agente o histórico da execução
de roço na faixa de servidão das linhas da concessão, bem como que a empresa apresente um
plano de execução do roço para a próxima janela de análise (ago/15 - jul/16).
Prognóstico:
Ficou evidente que a principal causa observada durante a janela de tempo analisada foi
Vegetação.