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É o conjunto de princípios e direito que regulam a transmissão do patrimônio daquele que falece
para os seus sucessores herdeiros.
Fundamentos
Perpetuidade da propriedade (não posse)
A ideia é que o patrimônio de geração para geração
Evolução histórica
No direito romano era vergonhoso morrer e não deixar sucessores. Era antissocial. Nessa época
as mulheres não herdavam de seus pais, pelo fato de que quando casarem vão transferir suas
heranças para o marido, nesse caso quem herdaria seria o filho mais velho. Essa situação só se
rompeu com a revolução francesa. Foi a partir daí que passou-se a considerar a igualdade entre
irmãos, caindo por terra a questão primogenitura. (Divisão Igualitária). O código Civil de 2002
evoluiu pois melhorou a situação do cônjuge em termos de sucessão.
Nomenclaturas importantes
Abertura da Sucessão -> Evento Morte
De cujus -> O falecido (de que se trata a sucessão), Autor da herança
Herdeiro/Sucessor -> Quem vai ser beneficiário
Legatário -> Herdeiro de coisa individualizada (Ex: 1 carro)
O legado é exclusivo do testamento. Não há legado em sucessões legítimas
Herança -> é o patrimônio deixado pelo falecido
Espólio -> Titular do patrimônio, quem representa (processual). Art 75 CPC (ente
despersonalizado) herança é instituto de direito civil, espólio é herança inventariada
instituto de direito processual.
OBS. Não se coloca herança em polo de ação, coloca-se o espólio
Objetos da Sucessão. O que pode ser objeto da sucessão. Pode ser transmitido.
1 – Direito e Obrigações de caráter pessoal ou familiar
Direitos relativos ao direito de família (tutela, curatela, poder familiar, deveres conjugais,
relação de parentesco) ---Não são objetos
3. Direitos Reais
- usufruto: Não são passíveis de sucessões
- uso: não
- habilitação: não
- Servidão: Sim
- Direito de superfície: SIM
-Sucessão legítima (Ab intestado) art. 1788 -> A lei diz quem tem o direito
Art. 1786 CC. A sucessão dar-se por lei -> Sucessão legítima ou por disposição da última vontade
-> Sucessão testamentária.
- A sucessão legítima é subsidiária, o ideal seria sempre ter um testamento para facilitar
os conflitos.
-Sucessão testamentária: Antes de morrer dizer com quer que seja feita a divisão do patrimônio.
Podendo ser feito o testamento de parte do patrimônio, e o que restar, será resolvido pela
sucessão legítima.
AS DUAS SUCESSÕES PODEM COEXISTIR
Existindo testamento, se este caducar, ou for declarado nulo, a sucessão será legítima.
TESTAMENTO NULO: Quando não obedece as formalidades que a lei manda obedecer.
TESTAMENTO CADUCO: O bem não faz mais parte do patrimônio.
-Sucessão a título universal (totalidade, fração, quota parte) -> Quando se é beneficiado por
algo, que não de forma individualizada. Ex: Uma fração, 20% da fazenda.
OBS: A sucessão legítima só pode ser a título universal
-Sucessão a título singular: Quando se individualiza os bens. Ex: A casa, o carro.
OBS: A sucessão testamentária pode ser singular ou universal.
-Sucessão Contratual (Art. 426 CC e 2018 CC) “Não pode ser objeto de contrato herança de
pessoa viva” (Art 426 CC) “PACTA CORVINA” (DOUTRINÁRIO) -> é o acordo que tem por
objeto a herança de pessoa viva.
ART. 2018 CC: É válida a partilha feita por ascendentes, por atos entre vivos ou de ultima
vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários.
ESPÉCIES DE SUCESSÕES
1. Legítima – todos aqueles que a lei vai indicar (Art. 1802 até o 4 nível) passou disso é
parente mais não é herdeiro legítimo
2. Testamentário/ Instituído (Sem individualizar bens) Aquele que foi beneficiado no
testamento sem individualizar os bens. Se individualizar será legatário e não
testamentário
3. Legatário – figura exclusiva de testamento, recebe bem individualizado
4. Necessário/Legitimário/Reservatório (1789 e 1845) metade intocáveis são deles.
5. Universal – único herdeiro vivo, ou o único que não renunciar a herança.
OBS: pode haver uma única pessoa com todas as características citadas.
-Sucessão irregular: não é ilegal, porém não segue a mesma ordem da sucessão
(herdeiros necessários. Há leis especiais disciplinam forma diferente da estrutura do 1829.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
IV - aos colaterais.
Herança jacente é a hipótese de quando não há herdeiro certo e determinado, ou quando não
se sabe da existência dele. Já a herança vacante ocorre quando a herança é devolvida à fazenda
pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
Art. 8 CC “Se dois ao mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comerientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. -
NINGUÉM HERDA NADA DE NINGUÉM – HERDARÁ QUE ESTÁ VIVO
Lei 9434/97 – Morte cerebral – Comoriência é exceção ao princípio saisine
- Foro competente para ajuizamento da ação (art. 1.785)
A sucessão abre-se no lugar do último domicilio do falecido”
O juízo do domicílio terá mais elementos para tocar a ação. Terá mais facilidade.
Art. 48 CPC: mais de um domicilio: qualquer um deles pode ser escolhido foro
competente, e o 1º escolhido, chama todos os outros por prevenção.
Art. 46 CPC parágrafo 1º : tendo mais de um domicilio, o réu ( autor da herança) será
demandado no foro de qualquer deles.
I - o foro de situação dos bens imóveis; (local em que seus bens estavam quando morreu)
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; (se tiver imóveis
espalhados, o 1º escolhido, chama os outros por prevenção
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Súmula 33 STJ: A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício. (art 337 parágrafo
quinto CPC)
OBS2 – O MP não pode declarar incapacidade relativa de ofício, exceto em se tratando de
interesse de incapaz.
Duas ações de inventário do mesmo de cujus não pode acontecer em foros diferentes
caracterizando litispendência.
- Direito intertemporal Sucessório (Art 1787CC) quem nasceu na vigência do código de 16, e
morreu na vigência do código de 2002, mesmo que tenha vivido a maior parte da vida durante
a vigência do código de 16, o ponto principal no caso o evento morte a legislação vigente à essa
época quem determinará as formalidades.
A questão intertemporal é relevante para as sucessões.
Art. 2041 CC: As disposições desse código relativas a ordem de vocação hereditária, art. 1829, à
1844 não se aplicam a sucessão aberta antes de sua vigência, prevalecendo a lei anterior. Lei nº
3071 de 01011916.
Considerações iniciais
Por determinação legal a herança é uma bem imóvel (Art 80, II CC)(Porém não se resume apenas
a bens imóveis) -> é um complexo de bens reunidos
Ex: Uma ação de inventário pode se resumir apenas a um imóvel, uma casa por exemplo. Assim
como pode haver uma complexidade de bens.
Art. 1791 pu cc “Até a partilha, o direito dos co-herdeiros quanto à propriedade e posse da
herança será indivisível, e regular-se-a pelas normas relativas ao condomínio. (necessário)
Art. 1827 CC
Qualquer um poderá ajuizar ação possessória
Art. 2023 CC
A indivisão cessará quando acontecer a partilha
RESPOSABILIDADE DOS HERDEIROS INTRA VERES HEREDITATIS (dentro dos limites dos bens
herdados)
Art. 1792
O herdeiro não responde por encargos superiores as forças da herança, imcube-lhe porem, a
prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse demonstrando o valor dos bens
herdados.
O código civil de 16 que institui o benefício de inventário. Que diz que quando o indivíduo aceita
ser herdeiro não terá o seu patrimônio particular se o resultado do patrimônio deixado pelo de
cujus for negativo.
A responsabilidade do herdeiro é PROPORCIONAL, o espólio quem paga. Ninguém é obrigado a
pagar. Os débitos serão descontados do quinhão.
Todas as relações jurídicas deixadas pelo de cujus precisarão ser resolvidas
Pode haver a possibilidade da ação de inventário não ser suficiente para apurar o ativo, por uma
complexidade material por exemplo: Um bem muito antigo que não se sabe qual a atual
valorização, necessitando fazer perícia para averiguar o valor.
Manifestação de vontade: