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Anexo C

ANEXO C
RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E PROFISSIONAIS
CATEGORIA B

Este anexo é individual pelo que em cada um apenas podem constar os elementos
respeitantes a um titular (sujeito passivo A, sujeito passivo B ou dependente), o qual
deverá englobar a totalidade dos rendimentos obtidos em território português. Quando
os rendimentos da categoria B forem obtidos fora do território português devem ser
mencionados no anexo J, devendo também ser apresentado o anexo C com os quadros 1,
3, 12, 14, 16 e 17 preenchidos.

Nele devem ser declarados os rendimentos empresariais e profissionais (categoria B), tal
como são definidos no artigo 3.º do Código do IRS, que devam ser tributados segundo o
regime de contabilidade organizada, quer seja por opção, quer seja por imposição legal.

- Por opção:
Para os sujeitos passivos que, reunindo todos os condicionalismos para serem tributados
pelo regime simplificado, optem pela sua tributação com base na contabilidade
organizada, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 28.º do Código do IRS.

- Por imposição legal:


Para os sujeitos passivos que, no ano de início da atividade empresarial ou profissional,
tenham estimado obter um valor anual dos proveitos, constante da declaração de início
de atividade, superior a 200 000 euros; ou

Para os sujeitos passivos que, no exercício da atividade empresarial ou profissional


que vêm desenvolvendo, ultrapassem, em dois períodos de tributação consecutivos,
aquele limite (200 000 euros), ou num só exercido em mais de 25%, (250 000 euros)
(cfr. n.ºs 2 e 6 do art.º 28.º do CIRS).

Caso se verifique a primeira situação (início de atividade), o sujeito passivo será


desde logo enquadrado no regime de tributação com base na contabilidade organizada.
Porém, se no final desse ano se verificar que o rendimento efetivamente obtido foi igual
ou inferior àquele limite (200 000 euros), no ano seguinte passará a ser enquadrado
no regime simplificado, a não ser que, até ao final do mês de março desse ano, opte
pelo regime de contabilidade organizada. Se não exercer tal opção, ficará no regime
simplificado, salvo se, no ano seguinte ultrapassar aquele limite em valor superior a 25%
do respetivo montante, passando então, no ano posterior àquele em que ultrapassou tal
valor, a ser enquadrado no regime de contabilidade organizada.

Caso se verifique a segunda situação, a tributação pelo regime de contabilidade


organizada faz-se a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de
qualquer dos factos referidos (cfr. última parte do n.º 6 do art.º 28.º do CIRS).

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Anexo C

Lembramos que, com a publicação do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 7/12, a


obrigatoriedade de determinação dos rendimentos empresariais e profissionais com
base na contabilidade, a partir de 01/01/2006 passou a depender, exclusivamente, do
facto de terem sido ultrapassados os limites quantitativos estabelecidos nos n.ºs 2 e 6
do artigo 28.º do Código do IRS.

Assim, o facto dos sujeitos passivos se encontrarem obrigados a possuir


contabilidade organizada por qualquer outro diploma legal [v.g. titulares de
Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRL) e Solicitadores de
Execução], não releva para esse efeito.

O anexo C deve ser enviado à Autoridade Tributária e Aduaneira por transmissão eletrónica
de dados (via Internet), juntamente com a declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, da
qual faz parte integrante, durante o mês de maio, pelo titular dos rendimentos tributados
na categoria B (rendimentos empresariais e profissionais) ou pelo cabeça de casal ou
administrador de herança indivisa, que devam ser tributados segundo as regras do regime
da contabilidade organizada.

Mesmo que no ano em causa não tenham sido obtidos rendimentos da categoria B, a
obrigação de apresentar este anexo manter-se-á enquanto não for declarada a cessação
de atividade ou não transitar para o regime simplificado.

Compra e venda de bens imóveis (bens adquiridos e vendidos por preço


inferior ao VPT, por um sujeito passivo enquadrado no regime da contabilidade
organizada)

Como empresário em nome individual, com contabilidade organizada, exerço a


atividade de "compra e venda de imóveis".

Normalmente, trata-se de imóveis penhorados pelos Serviços de Finanças


que são adquiridos por preço inferior ao Valor Patrimonial Tributário (VPT) e
posteriormente vendidos também por preço inferior ao VPT.

Neste momento, está em curso uma operação nos seguintes moldes:

- Valor de aquisição às Finanças: 45.000 €

- Valor patrimonial (VPT): 65.000 €

- Valor de venda a um potencial comprador: 50.000 €.

Quais são os valores pelos quais devo contabilizar estas operações e pelos
quais vou ser tributado, já que tanto o valor de compra como o de venda estão
abaixo do valor patrimonial?

Os rendimentos resultantes do exercício da atividade de compra e venda de


imóveis por uma pessoa singular enquadram-se na categoria B de IRS.

190 IRS 2014


Anexo C

Se o sujeito passivo estiver enquadrado no regime da contabilidade organizada,


o rendimento líquido é determinado de acordo com as regras constantes do
Código do IRC face à remissão constante do artigo 32.º do Código do IRS.

Destas regras importa salientar, no que ao caso interessa, o disposto no


artigo 64.º do CIRC o qual refere que devem ser considerados como valor
de aquisição e de alienação os valores que serviram de base à liquidação do
Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

Assim, de acordo com a regra 16.ª do n.º 4 do artigo 12.º do Código do IMT, o
valor sujeito a este imposto, no caso de bens adquiridos ao Estado, às Regiões
Autónomas ou às autarquias locais, bem como o dos adquiridos mediante
arrematação judicial ou administrativa, é o preço constante do ato ou do contrato,
e será assim ainda que o VPT seja superior ao valor do contrato.

Já no que respeita ao valor a considerar na revenda destes imóveis, atender-


se-á ao maior de dois valores: valor do contrato e valor patrimonial tributário
definitivo, uma vez que, de acordo com o n.º 1 do artigo 12.º do CIMT, também
será o maior destes valores que será considerado para efeitos de liquidação do
IMT devido.

Consequentemente, no caso exposto, teríamos como valor de aquisição € 45 000


e como valor de venda € 65 000.

Não obstante o referido, o sujeito passivo pode recorrer ao mecanismo previsto


no artigo 139.º do CIRC, no sentido de demonstrar que o preço constante do
contrato constitui o preço efetivo de venda dos imóveis.

Conta bancária afeta à atividade empresarial ou profissional dos


empresários em nome individual (obrigação de a possuírem quando possuam
contabilidade organizada)

1 - Os sujeitos passivos de IRC, bem como os sujeitos passivos de IRS que


disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, estão obrigados
a possuir, pelo menos, uma conta bancária através da qual devem ser,
exclusivamente, movimentados os pagamentos e recebimentos respeitantes
à atividade empresarial desenvolvida.

2 - Devem, ainda, ser efetuados através da conta ou contas referidas no n.º 1


todos os movimentos relativos a suprimentos, outras formas de empréstimos
e adiantamentos de sócios, bem como quaisquer outros movimentos de ou a
favor dos sujeitos passivos.

3 - Os pagamentos respeitantes a faturas de valor igual ou superior a € 1000


devem ser efetuados através de meio de pagamento que permita a identificação
do respetivo destinatário, designadamente transferência bancária, cheque
nominativo ou débito direto.

IRS 2014 191


Anexo C

4 - A administração tributária pode aceder a todas as informações ou documentos


bancários relativos à conta ou contas referidas no n.º 1 sem dependência do
consentimento dos respetivos titulares.

5 - A possibilidade prevista no número anterior é estabelecida nos mesmos


termos e circunstâncias do artigo 63.º-B.
(artigo 63.º-C da Lei Geral Tributária, com a redação dada pela Lei n.º 20/2012, de 14/5)

Conta bancária afeta à atividade empresarial ou profissional dos


empresários em nome individual (coima pela sua falta nos casos legalmente
previstos)

1 - A falta de conta bancária nos casos legalmente previstos é punível com


coima de € 270 a € 27 000.
2 - A falta de realização através de conta bancária de movimentos nos casos
legalmente previstos é punível com coima de € 180 a € 4500.
3 - A realização de pagamento através de meios diferentes dos legalmente
previstos é punível com coima de € 180 a € 4500.
(artigo 129.º do RGIT, com a redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30/12)

Opção pelo regime de contabilidade organizada (formalização e sua


renovação)

A opção pela aplicação do regime de contabilidade organizada deve ser


formalizada na:
- declaração de início de atividade; ou
- através da entrega da declaração de alterações, neste caso até ao fim do mês
de março do ano em que o sujeito passivo pretende utilizar a contabilidade
como forma de determinação do rendimento (cfr. n.º 4 do art.º 28.º do CIRS).

Com a redação dada ao n.º 5 do artigo 28.º do Código do IRS, pela Lei n.º
82-E/2014, de 31/12, os contribuintes que optem pela tributação com base
na contabilidade organizada, deixaram de ter que renovar de três em três
anos tal opção, na medida em que aquele preceito deixou de ter um período
mínimo de permanência em qualquer dos regimes (simplificado ou com base na
contabilidade) uma vez que diz agora que «A opção referida no n.º 3 mantêm-se
válida até que o sujeito passivo proceda à entrega de declaração de alterações,
a qual produz efeitos a partir do próprio ano em que é entregue, desde que seja
efetuada até ao final do mês de março».

Opção pelo regime de contabilidade organizada (revogação da opção


entretanto tomada, no decorrer do prazo permitido)

Nos termos do n.º 3 do artigo 28.º do Código do IRS, os sujeitos passivos

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Anexo C

podem exercer a opção pelo regime de contabilidade organizada em sede de


IRS.

A opção referida deverá ser formalizada através da apresentação de declaração


de alterações até ao fim do mês de março do ano em que se pretenda alterar
a forma de determinação do rendimento e desde que lhe seja legalmente
permitido.

No entanto, acontece que por vezes após o exercício dessa opção, os


contribuintes pretendem renunciar à mesma e retornar ao Regime Simplificado
no mesmo exercício, pelo que foram questionadas as Direções de Serviço
de IRS e IRC no sentido de se pronunciarem acerca da legalidade destas
pretensões.

Foi entendimento da Subdireção-Geral do IR que a lei não impede o sujeito


passivo de alterar a opção exercida, nem limita o número de declarações que
ele pode apresentar, sendo que poderá ser lícito concluir que o regime de
determinação do rendimento pelo qual o sujeito passivo deverá ficar abrangido
será aquele que constar da última declaração de alterações apresentada
até ao fim do mês de março do ano em que o exercício dessa opção seja
legalmente admitida.

Assim e de forma a cumprir o determinado superiormente, serão de observar


os seguintes procedimentos:

1 - Os sujeitos passivos de IRS que tenham optado pelo regime de contabilidade


organizada, no ano em que o exercício dessa opção seja legalmente admitido
e formalizado pela apresentação de uma declaração de alterações dentro
do prazo previsto na alínea b) do n.º 4 do artigo 28.º do Código do IRS
que pretendam entretanto ver revogada essa sua opção, no decorrer do
prazo referido (até ao fim do mês de março), devem apresentar (uma nova)
declaração de alterações prevista no n.º 4 do artigo 28.º do CIRS.

2 - Esses sujeitos passivos deverão manifestar essa intenção, assinalando


os campos 1 ou 3 do quadro 19 da declaração de alterações, conforme a
situação aplicável.
(Manual de Operações - Alteração de Atividade, versão de agosto de 2014, pág. 25)

Prémios recebidos pelos proprietários das embarcações de pesca,


destinados a compensar a imobilização definitiva ou temporária das
mesmas (são considerados como proveito da atividade)

A Portaria n.º 57/94, de 12 de julho, atribui, no artigo 2.º, prémios aos


proprietários das embarcações, visando compensar a imobilização definitiva
ou temporária das mesmas.

A "ajuda" ou "prémio" atribuído por imobilização definitiva de embarcações


assume, quer para os anos anteriores a 2001, quer para os posteriores, a

IRS 2014 193


Anexo C

natureza de uma indemnização, na medida em que visa compensar uma


perda, devendo ser considerado como proveito da atividade, no exercício
em que for recebido, de acordo com o preceituado no artigo 20.º, n.º 1, alínea
g), do Código do IRC, por remissão do então em vigor artigo 31.º do Código do
IRS ou, do atualmente em vigor, artigo 32.º do mesmo Código.

A partir do exercício de 2001, os armadores que recebam as referidas "ajudas"


ou "prémios" destinados a compensar a perda de rendimentos futuros, podem
aproveitar o mecanismo de deferimento de proveitos previsto no artigo 36.º
do Código do IRS (... em frações iguais, durante cinco exercícios, sendo
o primeiro o do recebimento ...), uma vez que os mesmos têm natureza
indemnizatória "pelo abandono da atividade (...) ou abate de efetivos" idêntica
à dos "subsídios de exploração" previstos na norma.

A determinação dos rendimentos empresariais e profissionais dos sujeitos


passivos que, não tendo optado pelo regime de contabilidade organizada,
nos termos do n.º 2 do artigo 28.º do Código do IRS ficam abrangidos pelo
regime simplificado, faz-se de acordo com as regras previstas no artigo 31.º
do mesmo Código.

No caso da "imobilização definitiva de embarcações" implicar o abandono


da atividade, para efeitos de IRS a mesma só se considera cessada se se
verificarem cumpridos os requisitos referidos no n.º 2 do artigo 114.º do Código
do IRS, sendo que, a cessação de atividade ocorre no final do período de
diferimento de imputação do "prémio" no caso de ser feita a opção prevista na
última parte do artigo 36.º do mesmo Código.
(Informação vinculativa, Proc. 568/03, com despacho concordante do Sr. Subdiretor-Geral, de
31/07/2003)

Regime de tributação com base na contabilidade organizada (momento


a partir do qual os rendimentos empresariais ou profissionais ficam sujeitos a
tributação)

Segundo o disposto no n.º 6 do artigo 3.º do Código do IRS, «Os rendimentos


referidos neste artigo ficam sujeitos a tributação desde o momento em
que para efeitos de IVA seja obrigatória a emissão de fatura ou documento
equivalente ou, não sendo obrigatória a sua emissão, desde o momento do
pagamento ou colocação à disposição dos respetivos titulares, sem prejuízo
da aplicação do disposto no artigo 18.º do Código do IRC, sempre que o
rendimento seja determinado com base na contabilidade.

A parte final da norma transcrita aplica-se quando se trate de sujeitos passivos


tributados segundo o regime de contabilidade organizada, a que se refere
a alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º do CIRS, por remissão do artigo 32.º do
mesmo Código, em que há que observar o princípio da periodização do lucro
tributável, independentemente do seu recebimento, tal como consta do n.º 1
do artigo 18.º do CIRC, onde se diz que os rendimentos, assim como as outras
componentes positivas do lucro tributável, são imputáveis ao período de
tributação em que sejam obtidos, independentemente do seu recebimento,
de acordo com o regime de periodização económica.

194 IRS 2014


Anexo C

Tratando-se de prestações de serviços, os rendimentos consideram-se


realizados na data em que o serviço é concluído, exceto tratando-se de serviços
que consistam na prestação de mais de um ato ou uma prestação continuada
ou sucessiva, que são imputáveis proporcionalmente à sua execução (cfr. n.º 3
do artigo 18.º do CIRC).

Sujeitos passivos obrigados a possuir contabilidade organizada por


qualquer outro diploma (deixou de ser impeditivo a sua tributação pelo
regime simplificado)
Tendo em vista a simplificação e o aperfeiçoamento de obrigações acessórias
declarativas foi, através do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 7/12, alterada a
redação do artigo 28.º do Código do IRS, no sentido de que, para efeitos de
tributação em sede de IRS, a obrigatoriedade de determinação dos rendimentos
empresariais e profissionais com base na contabilidade, passe a depender,
exclusivamente, do facto de terem sido ultrapassados os limites quantitativos
estabelecidos nos n.ºs 2 e 6 desta disposição legal.

Assim, o facto dos sujeitos passivos se encontrarem obrigados a possuir


contabilidade organizada por qualquer outro diploma legal, não releva
para esse efeito.

Deste modo, a nova redação aplica-se para o período a iniciar em


01/01/2006, a todos os sujeitos passivos enquadrados na categoria B do IRS,
incluindo os que, no âmbito da sua atividade profissional ou empresarial, se
encontram legalmente obrigados a dispor de contabilidade organizada, como
é o caso, nomeadamente, dos titulares de Estabelecimentos individuais de
Responsabilidade Limitada (EIRL) e os que a tal se encontram sujeitos nos
termos do Plano Oficial de Contabilidade.

Nestes termos, os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pelo regime


simplificado e, em conformidade com o disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 28.º do
Código do IRS, pretendam utilizar a contabilidade como forma de determinação
do rendimento líquido, devem formalizar essa opção anualmente, até ao fim de
março de cada ano.
(Ofício-Circulado n.º 20 112/2005, de 30/12, da DSIRS)

Trespasse de estabelecimento comercial ou industrial (tributação)


Em que categoria (B ou G) se tributam os ganhos resultantes do trespasse de
um estabelecimento comercial ou industrial?

Diferentemente do contrato de cessão de exploração de estabelecimento, o


trespasse é um contrato entre vivos pelo qual se opera a transferência integral
e definitiva do estabelecimento comercial ou industrial.

Para apurar o rendimento resultante da realização do trespasse é necessário

IRS 2014 195


Anexo C

atribuir aos diversos elementos que compõem o estabelecimento - existências,


imobilizado corpóreo, imobilizado incorpóreo - a parte do valor recebido que
lhes corresponde de forma a permitir determinar o rendimento tributável, seja
a título de mais-valia (imobilizado corpóreo e imobilizado incorpóreo) seja o
proveito resultante da "venda" das existências. O rendimento assim apurado
é tributado na totalidade no ano da realização do trespasse, integrando-se na
categoria B do IRS, mesmo o resultante dos ganhos obtidos a título de mais-
valias, quer o sujeito passivo esteja enquadrado no regime simplificado de
tributação quer no regime de contabilidade organizada.

Tenha-se presente que, para este tipo de rendimentos, mesmo que resultem da
alienação de elementos que façam parte do imobilizado corpóreo (máquinas
e ferramentas, móveis, viaturas, etc.) ou imobilizado incorpóreo (direito ao uso
exclusivo da insígnia, o nome do estabelecimento, as marcas, as patentes de
invenção e os direitos de propriedade industrial, entre outros), não se aplica o
regime transitório a que se refere o artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de
30/11, uma vez que o mesmo é aplicável apenas aos ganhos enquadrados na
categoria G do IRS, o que não é o caso.

Viaturas afetas ao exercício da atividade empresarial ou profissional,


cedidas através de contrato de comodato (despesas relacionadas com as
mesmas)

O contrato de comodato encontra-se definido no artigo 1129.º do Código


Civil como sendo um contrato gratuito pelo qual uma das partes (comodante)
proporciona à outra (comodatário), mediante entrega, o gozo temporário de
uma coisa (móvel ou imóvel), com a obrigação de a restituir.

No caso de um sujeito passivo tributado pelo regime da contabilidade organizada,


o lucro tributável será apurado de harmonia com as regras estabelecidas no
CIRC, de acordo com a norma de remissão do artigo 32.º do CIRS.

Para o efeito, para além das limitações previstas no CIRC, há que atender às
determinações constantes do artigo 33.º do CIRS, bem como às restrições de
custos com viaturas referidas na Portaria n.º 1041/2001, de 28 de agosto (a
que alude o n.º 2 do art.º 33.º do CIRS).

Perante a situação de se afetar ao exercício da atividade empresarial ou


profissional, uma viatura cedida através de contrato de comodato, entende-se
que, ainda que prestado num contexto legislativo diverso do atual, mantém-se
aplicável à atual categoria B o entendimento constante da Circular n.º 21/94, de
12 de outubro, no sentido de só poderem ser afetos ao exercício da atividade
profissional independente os veículos registados em nome de terceiro se o
sujeito passivo for locatário, usufrutuário ou possuir sobre o veículo um direito
que lhe permita aceder à respetiva utilidade económica.
Assim, encontrando-se a utilização de determinada viatura afeta ao

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Anexo C

exercício da atividade legitimada por título jurídico, nomeadamente,


através da celebração do contrato de comodato, as despesas com ela
relacionadas (combustíveis, seguros, manutenção e conservação) poderão
ser consideradas como custo para efeitos de determinação do lucro
tributável.

No entanto, no caso de a viatura objeto do comodato esteja afeta a alguma


atividade desenvolvida pelo comodante, este deverá proceder à sua
desafetação do imobilizado.
(Informação vinculativa, Proc. 6070/07, com despacho concordante do Senhor Subdiretor-
Geral dos Impostos, de 18/11/2009)

Viatura própria de um dos cônjuges que é utilizada na atividade


profissional do outro cônjuge (despesas com combustíveis, portagens,
seguros, manutenção e depreciações)

Uma trabalhadora independente, enquadrada no regime de tributação com


base na contabilidade organizada, casada segundo o regime de comunhão
de adquiridos, pretende utilizar, na sua atividade profissional, uma viatura
ligeira que foi adquirida na constância do matrimónio e que está registada em
nome do marido.

Para efeitos fiscais, poderá afetar tal viatura à sua atividade e considerar como
custo as despesas relacionadas com a mesma, incluindo as reintegrações?

A Administração Fiscal, através do Ofício-Circulado n.º 25/90, de 20/6, veio


divulgar as condições em que as despesas de uma viatura que não se
encontra registada em nome do titular de rendimentos da categoria B podem
ser consideradas para efeitos de determinação do rendimento líquido.

Assim, para que as despesas de deslocação com a viatura, designadamente


despesas com combustíveis, portagens, seguros e manutenção, sejam
consideradas custos para efeitos fiscais é necessário que o sujeito passivo
demonstre a verificação das circunstâncias previstas nas alíneas e), f) e g) do
n.º 2 do artigo 1678.º do Código Civil, ou seja, que o veículo seja utilizado
como instrumento do trabalho e que o cônjuge confira mandato para a
utilização da viatura.

Quanto à possibilidade de aceitação das depreciações da viatura em questão


como custo fiscal, tal só é possível se se verificar a afetação plena à atividade,
o que nos parece implicar que a viatura esteja em nome do titular dos
rendimentos da categoria B.

No que se refere à forma que há-de revestir o mandato previsto na alínea e)


do n.º 2 do artigo 1678.º do Código Civil, ser-lhe-á de aplicar analogicamente
o que dispõe o artigo 1684.º do mesmo Código quanto ao consentimento
conjugal, ou seja, a procuração.

IRS 2014 197


Anexo C

iaturas de terceiros (utilizadas numa atividade empresarial ou profissional


quando a utilização não seja legitimada por título jurídico)

Se o sujeito passivo possuir um direito sobre a viatura que lhe dê acesso à


respetiva utilidade económica - como acontece se for locatário ou usufrutuário
- as respetivas despesas podem ser consideradas encargos ou custos da
atividade exercida (caso o utilizador se encontre enquadrado no regime de
tributação com base na contabilidade organizada).

Se for apenas detentor da viatura, isto é, se exercer sobre ela um poder


exclusivamente no interesse ou por mera tolerância de outrem, as respetivas
despesas (v.g., combustíveis, portagens, seguros, manutenção e imposto
único de circulação) não podem ser consideradas na determinação do
rendimento líquido da categoria B, mesmo que o utilizador se encontre
enquadrado no regime de tributação com base na contabilidade organizada.
É que na administração de bens alheios quem aproveita da utilidade
económica da administração é, não o administrador, mas o proprietário dos
bens administrados, doutrina que deve ser aplicada aos casos de utilização
de viaturas de terceiros quando essa utilização não seja legitimada por título
jurídico que atribua ao utilizador o direito à posse do bem.

Em nenhuma das situações podem, porém, ser aceites amortizações ou


reintegrações (depreciações) das viaturas, porquanto aquelas pressupõem
a integração plena dos bens sobre que recaem no ativo imobilizado afeto à
atividade profissional ou empresarial do sujeito passivo.
(Cfr. nº 2 do Ofício-Circulado n.º 25/90, de 20/06/1990, da Direção de Serviços do IR)

QUADROS 1 e 2

1 Rendimentos da Categoria B 2 Ano dos rendimentos


Regime de Contabilidade
Organizada

Profissionais, Comerciais e Industriais 01 |__|


03 | 2 |__|__|__|
MODELO 3
Anexo C Agrícolas, Silvícolas e Pecuários 02 |__|

No quadro 1 deve ser assinalado o campo correspondente à natureza dos rendimentos


declarados (profissionais, comerciais e industriais ou agrícolas, silvícolas e pecuários).

Se o titular dos rendimentos exercer simultaneamente as atividades agrupadas nos campos


01 e 02, deve assinalar os dois campos, identificando as atividades, através dos respetivos
códigos, nos campos 08, 09 e 10 do quadro 3A.

198 IRS 2014


Anexo C

QUADRO 3

3 Identificação do(s) Sujeito(s) Passivo(s)

Sujeito passivo A NIF 04 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Sujeito passivo A NIF 05 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

A identificação dos sujeitos passivos (campos 04 e 05) deve respeitar a posição assumida
para cada um no quadro 3A do rosto da declaração modelo 3.

QUADRO 3A

A Identificação do titular do rendimento

Número fiscal de contribuinte Este anexo respeita à atividade de herança indivisa ? SIM 1 |__| NÃO 2 |__|
06 |__|__|__|__|__|__|__|__|

Se assinalou SIM, indique o NIPC e não preencha o campo 06 NIPC 07 |__|__|__|__|__|__|__|__|

Código da Tabela de Código CAE Código CAE


Atividades Art. 151º do CIRS (Rendimentos profissionais, (Rendimentos agrícolas,
08 |__|__|__|__| comerciais e industriais) 09 |__|__|__|__|__| silvícolas e pecuários) 10 |__|__|__|__|__|

Neste quadro é obrigatório o preenchimento do campo 1 ou 2, consoante o caso.

Se o anexo respeitar a herança indivisa, caso em que foi respondido SIM colocando "X"
no campo 1, não deve ser preenchido o campo 06, mas o campo 07, inscrevendo o número
de identificação atribuído à herança indivisa.

Campo 06

Este campo destina-se a identificar fiscalmente o titular dos rendimentos a incluir neste
anexo (sujeito passivo A, sujeito passivo B ou dependente).

Caso o titular seja um dependente, este deverá estar identificado no campo 3C do rosto da
declaração modelo 3.

Campo 07
Este campo é reservado à identificação da herança indivisa, feita através da indicação do
número de identificação equiparado a pessoa coletiva que lhe foi atribuído (NIPC), e quando
for assinalado o campo 01, não deve ser preenchido o campo 06.

Campo 08
Neste campo deve ser inscrito o código da Tabela de Atividades a que se refere o artigo 151.º
do Código do IRS, constante da Portaria n.º 1011/2001, de 21 de agosto, correspondente à
atividade exercida.

IRS 2014 199


Anexo C

A Tabela em causa está transcrita nos comentários ao campo 10 do Quadro 3A do Anexo B.

Campos 09 e 10

Caso se trate de atividade não prevista na Tabela de Atividades, de que anteriormente se


fez referência, deve ser preenchido o campo 09 ou 10, com a indicação do Código CAE
que lhe corresponda.

Podem ser simultaneamente preenchidos os campos 08, 09 e 10 se forem exercidas, pelo


titular dos rendimentos, as diferentes atividades neles referidas.

QUADRO 3B

B Possui estabelecimento estável? SIM 1 |__| NÃO 1 |___|

Os campos 1 e 2 deste quadro servem para indicar se a atividade é exercida ou não


através de estabelecimento estável.

Esta informação é particularmente importante no caso de se tratar de sujeitos passivos


não residentes, tendo em vista a determinação da taxa a aplicar ao rendimento tributável.

Segundo o disposto no n.º 2 do artigo 72.º do Código do IRS [com a publicação da Lei n.º
82-E/2014, de 31/12, é a alínea a) do n.º 2 do art.º 72.º], «os rendimentos auferidos por
não residentes em território português que sejam imputáveis a estabelecimento estável aí
situado são tributados à taxa de 25%».

Estabelecimento estável (definição)

Para além da noção constante do n.º 2 do artigo 18.º do Código do IRS, onde
se diz que «entende-se por estabelecimento estável qualquer instalação fixa ou
representação permanente através das quais seja exercida uma das atividades
previstas no artigo 3.º», serão igualmente tratadas como estabelecimento
estável as explorações agrícolas, silvícolas ou pecuárias e bem assim as
minas, os poços de petróleo ou de gás, as pedreiras ou quaisquer outros
locais de extração de recursos naturais, situados em território português.

Relativamente às entidades que não tenham sede nem direção efetiva em


território nacional, considera-se estabelecimento estável um local de direção,
uma sucursal, um escritório, uma fábrica, uma oficina, uma mina, um poço
de petróleo ou de gás, uma pedreira ou qualquer outro local de extração de
recursos naturais situados em território português (cfr. art.º 5.º do CIRC, n.º 3
do art.º 18.º do CIRS, e Manual do IRS, editado em 2007 pela então DGCI,
pág. 106).

200 IRS 2014


do cIrc, n.º 3 do art.º 18.º do cIrs, e Manual do Irs, editado em 2007
pela então DGcI, pág. 106).
Anexo C

QUADRO
QUADRO 4
4
4 Apuramento do lucro tributável (obtido em território português)
resultado líquido do período 401 . . ,
variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado líquido do período (art.º 21º do cIrc) e
quota-parte do subsídio respeitante a ativos não correntes, não depreciáveis/não amortizáveis [art.º
22.º, nº 1, alínea b) do cIrc] 402 . . ,
variações patrimoniais positivas (regime transitório previsto no art.º 5.º, n.ºs 1, 5 e 6 do Dl 159/2009,
de 13/7) 403 . . ,
variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado líquido do período (art.º 24º do cIrc) 404 . . ,
variações patrimoniais negativas (regime transitório previsto no art.º 5.º, n.ºs 1, 5 e 6 do Dl
159/2009, de 13/7) 405 . . ,
alteração do regime fiscal dos contratos de construção (correções positivas) 406 . . ,
alteração do regime fiscal dos contratos de construção (correções negativas) 407 . . ,
SOMA (campos 401 + 402 + 403 - 404 - 405 + 406 - 407) 408 . . ,
correções relativas a períodos de tributação anteriores (art.º 18.º, n.º 2 do cIrc) 409 . . ,
vendas e prestações de serviços com pagamentos diferidos: diferença entre a quantia nominal da
contraprestação e o justo valor (art.º 18º, n.º 5 do cIrc) 410 . . ,
Gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos com pagamento diferido: gastos
de juros (art.º 18.º, n.º 5 do cIrc) 464 . . ,
ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor (art.º 18.º, n.º 9 do cIrc) 411 . . ,
Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais (art.ºs 19.º, nº 3 e 39º do cIrc) e perdas por
imparidade fiscalmente não dedutíveis de ativos financeiros 416 . . ,
ACRESCER

Irs e outros impostos que direta ou indiretamente incidam sobre os lucros [art.º 23.º-a.º, n.º 1, alínea
a), do cIrc] 419 . . ,
Despesas não documentadas (art.º 23º-a, n.º 1, alínea b) do cIrc) 412 . . ,
encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos com nIF inexistente ou
inválido ou por sujeitos passivos cessados oficiosamente [art.º 23.º-a, n.º 1. al. c) do cIrc] 420 . . ,
Despesas ilícitas [art.º 23.º-a, n.º 1 al. d) do cIrc] 465 . . ,
Multas, coimas e demais encargos, incluindo juros compensatórios e moratórios, pela prática de
infrações [art.º 23.º-a, n.º 1, al. e), do cIrc] 422 . . ,
Impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito passivo não esteja
A

legalmente autorizado a suportar [art.º 23.º-a, n.º 1, al. f) do cIrc] 421 . . ,


Indemnizações por eventos seguráveis [art.º 23.º-a, n.º 1, al. g), do cIrc] 423 . . ,
ajudas de custo e encargos com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador [art.º
23.º-a, n.º 1, al. h), do cIrc] 424 . . ,
encargos não devidamente documentados [art.º 23.º-a, anexo n.º 1,cal. c), do cIrc] 425 . . ,
encargos com o aluguer de viaturas sem condutor [art.º 23.º-a, n.º 1, al. i), do cIrc] 426 . . ,
encargos com combustíveis [art.º 23.º-a, n.º 1, al. j), do cIrc] 427 . . ,
encargos relativos a barcos de recreio e aeronaves dse passageiros [art.º 23.º-a, n.º 1, al. k) do cIrc] 466 . . ,
Importâncias pagas ou devidas a entidades não residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado
[art.º 23.º-a, n.º 1, al. r) e n.º 7 do cIrc) 435 . . ,
Perdas por imparidade em inventários para além dos limites legais (art.º 28.º do cIrc) e em créditos 198
não fiscalmente dedutíveis ou para além dos limites legais (art.ºs 28.º-a a 28.º-c do cIrc) 413 . . ,
Perdas por imparidade de ativos não correntes (art.º 31.º-B do cIrc) e depreciações e amortizações
(art.º 34.º, n.º 1 do cIrc), não aceites como gastos 414 . . ,
40% do aumento das depreciações dos ativos fixos tangíveis em resultado de reavaliação fiscal (art.º
15.º, nº 2 do D.r. 25/2009, de 14/9 415 . . ,
créditos incobráveis não aceites como gastos (art.º 41.º do cIrc) 417 . . ,
realizações de utilidade social não dedutíveis (art.º 43.º do cIrc) 418 . . ,
Menos-valias contabilísticas 428 . . ,
Mais-valias fiscais resultantes de mudanças no modelo de valorização [art.º 46.º, nº 5, al. b) do cIrc] 429 . . ,
Diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais sem intenção de reinvestimento (art.º
46º do cIrc) 430 . . ,
50% da diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais com intenção expressa de
reinvestimento (art.º 48º, n.º 1 do cIrc) 431 . . ,
acréscimos por não reinvestimento ou pela não manutenção dos ativos na titularidade do adquirente
(art.º 48.º, n.º 6 do cIrc) 432 . . ,
Mais-valias fiscais - regime transitório [art.º 7º, n.º 7, al. b) da lei n.º 30-G/2000, de 29 de dezembro
e art.º 32.º, n.º 8 da lei n.º 109-B/2001, de 27 de dezembro] 433 . . ,
Diferença positiva entre o valor patrimonial tributário definitivo do imóvel e o valor constante do
contrato (art.º 31.º-a do cIrs) 434 . . ,
transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento estável: saldo positivo
referente aos elementos patrimoniais transferidos para outros estados membros da Ue ou do eee
(art.º 83.º e 84.º do cIrc) 467 . . ,
transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento estável: saldo positivo
referente aos elementos patrimoniais transferidos para países fora da Ue ou do eee (art.º 83.º e 84.º
do cIrc) 468 . . ,
Donativos não previstos ou além dos limites legais (art.ºs 62.º, 62.º-a e 63.º do eBF) 436 . . ,
IRS 2014 201
correção por excesso dos limites de encargos dedutíveis (art.º 33.º do cIrs) 437 . . ,
438 . . ,
SOMA (campos 408 a 468) 439 . . ,
Mais-valias fiscais - regime transitório [art.º 7º, n.º 7, al. b) da lei n.º 30-G/2000, de 29 de dezembro
e art.º 32.º, n.º 8 da lei n.º 109-B/2001, de 27 de dezembro] 433 . . ,
Diferença positiva entre o valor patrimonial tributário definitivo do imóvel e o valor constante do
contrato (art.º 31.º-a do cIrs) Anexo C 434 . . ,
transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento estável: saldo positivo
referente aos elementos patrimoniais transferidos para outros estados membros da Ue ou do eee
(art.º 83.º e 84.º do cIrc) 467 . . ,
transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento estável: saldo positivo
referente aos elementos patrimoniais transferidos para países fora da Ue ou do eee (art.º 83.º e 84.º
do cIrc) 468 . . ,
Donativos não previstos ou além dos limites legais (art.ºs 62.º, 62.º-a e 63.º do eBF) 436 . . ,
correção por excesso dos limites de encargos dedutíveis (art.º 33.º do cIrs) 437 . . ,
438 . . ,
SOMA (campos 408 a 468) 439 . . ,
Despesas ou encargos de projeção económica plurianual contabilizados com gastos na vigência do
Poc e ainda não aceites fiscalmente [art.º 22.º, al. f) do D.r. 25/2009, de 14/9] 440 . . ,
correções relativas a períodos de tributação anteriores (art.º 18.º, nº 2 do cIrc) 441 . . ,
vendas e prestações de serviços com pagamento diferido: crédito de juros (art.º 18.º, n.º 5 do cIrc) 442 . . ,
Gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos com pagamento diferido;
diferente entre a quantia nominal da contraprestação e o justo valor (art.º 18.º, n.º 5 do cIrc) 469 . . ,
ajustamentos não tributáveis decorrentes da aplicação do justo valor (art.º 18.º, nº 9 do cIrc) 443 . . ,
reversão de perdas por imparidade tributadas (art.ºs 28.º, n.º 3 e 28.º-a, n.º 3 do cIrc) 444 . . ,
Depreciações e amortizações tributadas em períodos de tributação anteriores (art.º 20.º do D.r.
25/2009, de 14/9) 445 . . ,
Perdas por imparidade tributadas em períodos de tributação anteriores (art.ºs 28.º, 28.º-a, n.º 1 e 31.º-
B, n.º 7 do cIrc) 470 . . ,
reversão de provisões tributadas (art.ºs 19.º, n.º 4 e 39.º, n.º 4 do cIrc) 446 . . ,
restituição de impostos não dedutíveis e excesso da estimativa para impostos 447 . . ,
Gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não
DEDUZIR

consumíveis (art.º 45.ºa do cIrc) 471 . . ,


Mais-valias contabilísticas 448 . . ,
50% da menos-valia fiscal resultante de mudanças no modelo de valorização [art.º 46.º, n.º 5, al. b) e
ex-art.º 45.º, n.º 3, parte final, do cIrc] e 50% da diferença negativa entre as mais e as menos-valias
fiscais de partes de capital ou outras componentes do capital próprio (ex-art.º 45.º, n.º 3, 1ª parte, do
cIrc) 449 . . ,
Diferença negativa entre as mais-valias e as menos-valias fiscais (art.º 46.º do cIrc) 450 . . ,
50% dos rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial (art.º 50.º-a do cIrc) 472 . . ,
A

correção pelo adquirente do imóvel quando adopta o valor patrimonial tributário definitivo para a
determinação do resultado tributável na respetiva transmissão [art.º 64.º, n.º 3, al. b) do cIrc] 451 . . ,
transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento estável: saldo negativo
referente aos elementos patrimoniais transferidos para fora do território português (art.ºs 83.º e 84.º do
cIrc) 473 . . ,
rendimentos auferidos por titulares deficientes - parte isenta 453 . . ,
rendimentos da propriedade intelectual - parte isenta (art.º 58.º do eBF) 454 . . ,
Benefícios para a criação de emprego [Majoração - art.º 19.º do eBF] 455 . . ,
rendimentos obtidos fora do território português líquidos do imposto pago (ver instruções) 456 . . ,
atualização dos encargos plurianuais de explorações silvícolas (art.º 34.º do cIrs) 462 . . ,
Microprodução de eletricidade (n.º 6 do art.º 12.º, do Dl n.º 363/2007, de 2/11) 463 . . ,
outros benefícios fiscais 452 . . ,
457 . . ,
SOMA (campos 440 a 457 + 462 e 463 + 469 a 473) 458 . . ,
PreJUÍZo Para eFeItos FIscaIs (se 458 > 439) 459 . . ,
lUcro trIBUtÁvel (se 439 > 458) 460 . . ,

Este quadro destina-se ao apuramento do rendimento líquido da categoria B, dos sujeitos


passivos com atividades empresariais ou profissionais, abrangidos pelo regime 199 de
contabilidade organizada.

Deve ser sempre preenchido, independentemente de haver ou não correções a efetuar ao


"RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO" apurado na contabilidade, o qual, quando negativo,
deve ser indicado com o sinal negativo (-).

De acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 33.º do Código do IRS, na determinação do


rendimento líquido da categoria B para além dos limites aí referidos, são também de aplicar
as limitações previstas no Código do IRC.

202 IRS 2014


Anexo C

Campo 401 - Resultado líquido do período

Este campo deve ser sempre preenchido, independentemente de haver ou não correções
a efetuar ao "Resultado Líquido do Período" apurado na contabilidade, o qual, quando
negativo, deve ser indicado com o sinal negativo (-).

Campo 402 - Variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado líquido do


período e quota-parte do subsídio respeitante a ativos não correntes,
não depreciáveis/não amortizáveis

Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais positivas que não se encontrem
refletidas no resultado líquido do período, a que se refere o artigo 21.º do Código do IRC,
bem como a quota-parte do subsídio respeitante a ativos não correntes, não depreciáveis/
não amortizáveis, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º do mesmo diploma.

Variações patrimoniais positivas

1 - Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais


positivas não refletidas no resultado líquido do período de tributação, exceto:
a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de ações
ou quotas, as coberturas de prejuízos, a qualquer título, feitas pelos
titulares do capital, bem como outras variações patrimoniais positivas
que decorram de operações sobre ações, quotas e outros instrumentos
de capital próprio da entidade emitente, incluindo as que resultem
da atribuição de instrumentos financeiros derivados que devam ser
reconhecidos como instrumentos de capital próprio;
b) As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na
contabilidade, incluindo as reservas de reavaliação ao abrigo de
legislação de carácter fiscal;
c) As contribuições, incluindo a participação nas perdas do associado ou
associante, no âmbito da associação em participação e da associação
à quota;
d) As relativas a impostos sobre o rendimento;
e) O aumento do capital próprio da sociedade beneficiária decorrentes
de operações de fusão, cisão, entrada de ativos ou permuta de partes
sociais, com exclusão da componente que corresponder à anulação
das partes de capital detidas por esta nas sociedades fundidas ou
cindidas.

2 - Para efeitos da determinação do lucro tributável, considera-se como valor


de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito o seu valor
de mercado, não podendo ser inferior ao que resultar da aplicação das regras
de determinação do valor tributável previstas no Código do Imposto do Selo.
(artigo 21.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

IRS 2014 203


Anexo C

Subsídios relacionados com ativos não correntes

A inclusão no lucro tributável dos subsídios relacionados com ativos não


correntes obedece às seguintes regras:

a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis,


deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,
independentemente do recebimento, na mesma proporção da
depreciação ou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou
de produção, sem prejuízo do disposto no n.º 2;

b) Quando os subsídios respeitem a ativos intangíveis sem vida útil


definida, deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio
atribuído, independentemente do recebimento, na proporção prevista
no artigo 45.º-A;

c) Quando os subsídios respeitem a propriedades de investimento e a


ativos biológicos não consumíveis, mensurados pelo modelo do justo
valor, deve ser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio
atribuído, independentemente do recebimento, na proporção prevista
no artigo 45.º-A;

d) Quando os subsídios não respeitem aos ativos referidos nas alíneas


anteriores, devem ser incluídos no lucro tributável, em frações iguais,
durante os períodos de tributação em que os elementos a que respeitam
sejam inalienáveis, nos termos da lei ou do contrato ao abrigo dos
quais os mesmos foram concedidos, ou, nos restantes casos, durante
10 anos, sendo o primeiro o do recebimento do subsídio.
(n.º 1 do artigo 22.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 403 - Variações patrimoniais positivas (regime transitório)

Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais positivas previstas no


regime transitório a que se referem os n.ºs 1, 5 e 6 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º
159/2009, de 13 de julho.

Regime transitório

1 - Os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoção, pela primeira


vez, das normas internacionais de contabilidade adotadas nos termos do
artigo 3.º do Regulamento n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de julho, que sejam considerados fiscalmente relevantes
nos termos do Código do IRC e respetiva legislação complementar,
resultantes do reconhecimento ou do não reconhecimento de ativos ou
passivos, ou de alterações na respetiva mensuração, concorrem, em
partes iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de
tributação em que se apliquem aquelas normas e dos quatro períodos de
tributação seguintes.

204 IRS 2014


Anexo C

5 - O regime transitório estabelecido nos números anteriores é igualmente


aplicável à adoção, pela primeira vez, do Sistema de Normalização Contabilística,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, das Normas de
Contabilidade Ajustadas, aprovadas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º
1/2005, ou do Plano de Contas para as empresas de Seguros, aprovado pela
Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de abril, do Instituto de Seguros de
Portugal, sem prejuízo de, relativamente às entidades que já vinham aplicando
estes novos referenciais contabilísticos, o período referido no n.º 1 se contar a
partir do período de tributação em que os mesmos tenham sido adotados pela
primeira vez.

6 - Relativamente às entidades que tenham optado, nos termos do Decreto-Lei


n.º 35/2005, de 17 de fevereiro, por elaborar as respetivas contas individuais
em conformidade com as normas internacionais de contabilidade adotadas
nos termos do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 19 de julho, os efeitos a que se refere o n.º 1 deste
artigo são apurados tomando por referência as contas individuais, organizadas
de acordo com a normalização contabilística nacional, previstas no artigo 14.º
daquele decreto-lei.
(n.ºs 1, 5 e 6 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13/7)

Campo 404 - Variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado líquido do


período
Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais negativas que, não se
encontrando excecionadas no artigo 24.º do Código do IRC, não estejam refletidas no
resultado líquido do período e concorram para a formação do lucro tributável, sempre com
salvaguarda do disposto no n.º 1 do artigo 23.º do Código do IRC.

Variações patrimoniais negativas

Nas mesmas condições referidas para os gastos e perdas, concorrem ainda


para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais negativas não
refletidas no resultado líquido do período de tributação, exceto:

a) As que consistam em liberalidades ou não estejam relacionadas com a


atividade do contribuinte sujeita a IRC;

b) As menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade;

c) As saídas, em dinheiro ou espécie, em favor dos titulares do capital, a título


de remuneração ou de redução do mesmo, ou de partilha do património, bem
como outras variações patrimoniais negativas que decorram de operações
sobre ações, quotas e outros instrumentos de capital próprio da entidade
emitente ou da sua reclassificação;

d) As prestações do associante ao associado, no âmbito da associação em


participação.

e) As relativas a impostos sobre o rendimento.

IRS 2014 205


Anexo C

f ) A diminuição do capital próprio da sociedade beneficiária decorrente de


operações de fusão, cisão ou entrada de ativos, com exclusão da componente
que corresponder à anulação das partes de capital detidas por esta nas
sociedades fundidas ou cindidas.
(artigo 24.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 405 - Variações patrimoniais negativas (regime transitório)

Neste campo devem figurar apenas as variações patrimoniais negativas previstas no regime
transitório a que se referem os n.ºs 1, 5 e 6 do artigo 5º do Decreto-Lei nº 159/2009, de 13
de julho, transcrito em comentário ao campo 403.

Campos 406 e 407 - Alteração do regime fiscal dos contratos de construção (correções
positivas e negativas)

Estes campos, relacionados com alteração do regime fiscal dos contratos de construção
(correções positivas e negativas), são de preencher pelos sujeitos passivos que, na sua
contabilidade já adotavam o critério da percentagem de acabamento de acordo com a
Diretriz Contabilística n.º 3/91 e que procediam às correções fiscais exigidas pelo artigo
19.º do CIRC, com a redação anterior à dada pelo Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13/7, e pela
Circular n.º 5/90, de 17/1.

Campo 409 - Correções relativas a períodos de tributação anteriores

Neste campo devem ser acrescidas as correções relativas a períodos de tributação


anteriores, de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 18.º do Código do IRC, onde se diz
que «As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a períodos
anteriores só são imputáveis ao período de tributação quando na data de encerramento
das contas daquele a que deveriam ser imputadas eram imprevisíveis ou manifestamente
desconhecidas».

Pretende-se assim chamar a atenção para o regime de periodização económica consagrado


no citado n.º 2 do artigo 18.º do CIRC, devendo nele ser incluídos apenas os rendimentos
e gastos que, tendo sido contabilizados no período, eram previsíveis ou manifestamente
conhecidos quando do encerramento das contas dos períodos de tributação a que respeitam.

Campo 410 - Vendas e prestações de serviços com pagamentos diferidos; diferença


entre a quantia nominal da contraprestação e o justo valor

Neste campo devem figurar as vendas e prestações de serviços com pagamentos diferidos;
diferença entre a quantia nominal da contraprestação e o justo valor, de acordo com o n.º
5 do artigo 18.º do Código do IRC, cuja redação, dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1, diz que
«Os réditos relativos a vendas e a prestações de serviços, bem como os gastos referentes a
inventários e a fornecimentos e serviços externos, são imputáveis ao período de tributação
a que respeitam pela quantia nominal da contraprestação».

206 IRS 2014


Anexo C

Campo 411 - Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor

Neste campo devem ser acrescidos os ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação
do justo valor, em conformidade com o disposto no n.º 9 do artigo 18.º do Código do IRC,
cuja redação, dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1, diz que «Os ajustamentos decorrentes da
aplicação do justo valor não concorrem para a formação do lucro tributável, sendo imputados
como rendimentos ou gastos no período de tributação em que os elementos ou direitos que
lhes deram origem sejam alienados, exercidos, extintos ou liquidados, exceto quando:
a) Respeitem a instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor através de resultados,
desde que, quando se trate de instrumentos de capital próprio, tenham um preço formado
num mercado regulamentado e o sujeito passivo não detenha, direta ou indiretamente,
uma participação no capital igual ou superior a 5% do respetivo capital social; ou
b) Tal se encontre expressamente previsto neste Código».

Campo 412 - Gastos não documentados

Neste campo devem ser acrescidos os gastos não documentados que estejam a afetar o
resultado líquido do período, e como tal sem cabimento no n.º 1 do artigo 23.º do Código
do IRC, normativo este que, de acordo com o seu n.º 3, só admite os gastos que estejam
comprovadamente documentados, independentemente da natureza ou suporte dos
documentos utilizados para esse efeito.

Para além disso, os gastos não documentados, efetuados por sujeitos passivos que
possuam ou devam possuir contabilidade organizada no âmbito do exercício de atividades
empresariais e profissionais, são tributados autonomamente à taxa de 50% (cfr. n.º 1 do
art.º 73.º do CIRS), a incluir no campo 1001 do Quadro 10 do anexo C.

Consideram-se gastos não documentados aqueles em relação às quais não existe (ou não é
disponibilizada) prova documental que permita identificar a sua natureza e o correspondente
beneficiário.

Permitimo-nos referir que, para além de outras situações, a atribuição de cheques-auto


e vales de refeição, não se encontrando devidamente identificados os beneficiários,
contabilizados como gasto, são de considerar como gastos não documentados (Inf. n.º
701/92 de 28/8, da DSIRC, e Acórdão n.º 055/2006 do STA, de 26/09/2007.

Finalmente lembramos as obrigações previstas no artigo 126.º do Código do IRS e


consequências do seu não cumprimento, por parte das entidades utilizadoras de vales de
refeição, nomeadamente o previsto no seu n.º 5, ao sujeitar ao regime dos gastos não
documentados os montantes dos vales de refeição adquiridos e cuja atribuição se não
encontre comprovada e se não mantenha na posse da entidade adquirente.

Campo 413 - Perdas por imparidade em inventários para além dos limites legais e em
créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além dos limites legais

Neste campo devem ser acrescidos perdas por imparidade em inventários para além dos
limites legais (art.º 28.º do CIRC) e em créditos não fiscalmente dedutíveis ou para além
dos limites legais (art.ºs 28.º-A, 28.º-B e 28.º-C, do CIRC)

IRS 2014 207


Anexo C

Perdas por imparidade em inventários

1 - São dedutíveis no apuramento do lucro tributável as perdas por imparidade


em inventários reconhecidas no período de tributação ou em períodos de
tributação anterior, até ao limite da diferença entre o custo de aquisição ou de
produção dos inventários e o respetivo valor realizável líquido referido à data
do balanço, quando este for inferior àquele.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, entende-se por valor realizável


líquido o preço de venda estimado no decurso normal da actividade do sujeito
passivo nos termos do n.º 4 do artigo 26.º, deduzido dos custos necessários de
acabamento e venda.

3 - A reversão, parcial ou total, das perdas por imparidade previstas no n.º 1


concorre para a formação do lucro tributável.

4 - Para os sujeitos passivos que exerçam a atividade editorial, o montante


anual acumulado das perdas por imparidade corresponde à perda de valor dos
fundos editoriais constituídos por obras e elementos complementares, desde
que tenham decorridos dois anos após a data da respetiva publicação, que
para este efeito se considera coincidente com a data do depósito legal de cada
edição.

5 - A desvalorização dos fundos editoriais deve ser avaliada com base nos
elementos constantes dos registos que evidenciem o movimento das obras
incluídas nos fundos.
(artigo 28.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 414 - Perdas por imparidade de ativos não correntes e depreciações e


amortizações, não aceites como gastos

Neste campo devem ser acrescidas as perdas por imparidade de ativos não correntes (art.º
31.º-B do CIRC), bem como as depreciações e amortizações (art.º 34.º, n.º 1 do CIRC), não
aceites como gastos.

São por isso de incluir neste campo as correções da limitação quanto ao número de viaturas
a que se refere a Portaria n.º 1041/2001, de 28/8. Este diploma admite a dedução dos
encargos com uma viatura por empresário e por empregado, subordinada, no entanto, à
comprovação da sua indispensabilidade para a obtenção dos rendimentos.

Perdas por imparidade em ativos não correntes

1 - Podem ser aceites como gastos fiscais as perdas por imparidade em ativos
não correntes provenientes de causas anormais comprovadas, designadamente
desastres, fenómenos naturais, inovações técnicas excecionalmente rápidas
ou alterações significativas, com efeito adverso, no contexto legal.

208 IRS 2014


Anexo C

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o sujeito passivo deve obter a


aceitação da Autoridade Tributária e Aduaneira, mediante exposição devidamente
fundamentada, a apresentar até ao fim do 1.º mês do período de tributação
seguinte ao da ocorrência dos factos que determinaram as desvalorizações
excecionais, acompanhada de documentação comprovativa dos mesmos,
designadamente da decisão do competente órgão de gestão que confirme
aqueles factos, de justificação do respetivo montante, bem como da indicação do
destino a dar aos ativos, quando o abate físico, o desmantelamento, o abandono
ou a inutilização destes não ocorram no mesmo período de tributação.

3 - Quando os factos que determinaram as desvalorizações excecionais dos


ativos e o abate físico, o desmantelamento, o abandono ou a inutilização ocorram
no mesmo período de tributação, o valor líquido fiscal dos ativos, corrigido de
eventuais valores recuperáveis, pode ser aceite como gasto do período, desde
que:

a) Seja comprovado o abate físico, desmantelamento, abandono ou


inutilização dos ativos, através do respetivo auto, assinado por duas
testemunhas, e identificados e comprovados os factos que originaram as
desvalorizações excecionais;

b) O auto seja acompanhado de relação discriminativa dos elementos em


causa, contendo, relativamente a cada ativo, a descrição, o ano e o custo
de aquisição, bem como o valor líquido contabilístico e o valor líquido
fiscal;

c) Seja comunicado ao serviço de finanças da área do local onde aqueles


ativos se encontrem, com a antecedência mínima de 15 dias, o local,
a data e a hora do abate físico, o desmantelamento, o abandono ou a
inutilização e o total do valor líquido fiscal dos mesmos.

4 - O disposto nas alíneas a) a c) do número anterior deve igualmente observar-


se nas situações previstas no n.º 2, no período de tributação em que venha a
efetuar-se o abate físico, o desmantelamento, o abandono ou a inutilização dos
ativos.

5 - A aceitação referida no n.º 2 é da competência do diretor de finanças da


área da sede, direção efetiva ou estabelecimento estável do sujeito passivo
ou do diretor da Unidade dos Grandes Contribuintes, tratando-se de empresas
incluídas no âmbito das suas atribuições.

6 - A documentação a que se refere o n.º 3 deve integrar o processo de


documentação fiscal, nos termos do artigo 130.º

7 - As perdas por imparidade de ativos depreciáveis ou amortizáveis que não


sejam aceites fiscalmente nos termos dos números anteriores são consideradas
como gastos, em partes iguais, durante o período de vida útil restante desse ativo
ou, sem prejuízo do disposto no artigo 46.º, até ao período anterior àquele em

IRS 2014 209


Anexo C

que se verificar o abate físico, o desmantelamento, o abandono, a inutilização


ou a transmissão do mesmo.
(artigo 31.º-B do CIRC, aditado pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Depreciações e amortizações não dedutíveis para efeitos fiscais

1 - Não são aceites como gastos:

a) As depreciações e amortizações de elementos do ativo não sujeitos a


deperecimento;

b) As depreciações de imóveis na parte correspondente ao valor dos


terrenos ou na não sujeita a deperecimento;

c) As depreciações e amortizações que excedam os limites estabelecidos


nos artigos anteriores;

d) As depreciações e amortizações praticadas para além do período máximo


de vida útil, ressalvando-se os casos especiais devidamente justificados
e aceites pela Autoridade Tributária e Aduaneira;

e) As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo


os veículos elétricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou
ao valor de revalorizado excedente ao montante a definir por portaria
(Portaria nº 467/2010, de 7/7) do membro do Governo responsável
pela área das finanças, bem como dos barcos de recreio e aviões de
turismo, desde que tais bens não estejam afetos ao serviço público de
transportes nem se destinem a ser alugados no exercício da atividade
normal do sujeito passivo.

2 - Para efeitos do disposto na alínea d) do número anterior, o período máximo de


vida útil é o que se deduz das quotas mínimas de depreciação ou amortização,
nos termos do n.º 6 do artigo 30.º, contado a partir do ano de entrada em
funcionamento ou utilização dos elementos a que respeitem.
(artigo 34.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

NOTA:
O artigo 1.º da Portaria n.º 467/2010, de 7/7 (à frente transcrita), fixou a parte
do valor das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os veículos
elétricos, a partir do qual as depreciações não são dedutíveis para efeitos
fiscais, nos seguintes termos:

Período iniciado em ou Veículos movidos


após exclusivamente a energia Restantes viaturas
elétrica

2010 € 40 000 € 40 000


2011 € 45 000 € 30 000
2012 € 50 000 € 25 000

Em conformidade com o entendimento constante da Informação Vinculativa


n.º 816/2011, com despacho concordante do Diretor-Geral de 20/05/2011 (à

210 IRS 2014


Anexo C

frente transcrita), as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas em


períodos anteriores ao iniciado em 01/01/2010 têm como limite, para efeitos
do previsto na alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º e n.º 4 do artigo 88.º, ambos do
CIRC, o custo de aquisição de € 29 927,87.

Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas (número máximo para cálculo


das reintegrações e respetivo valor - Portaria n.º 1041/2001, de 28/8)
Em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 33.º do Código do IRS,
importa fixar limites, quer quanto aos encargos admitidos na determinação
do rendimento líquido da categoria B ou na matéria coletável das sociedades
de profissionais sujeitas ao regime de transparência fiscal, inerentes aos
encargos com a utilização de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas
afetas ao exercício da atividade, quer quanto ao número máximo de veículos
motorizados que poderão ser considerados como afetos ao exercício das
respetivas atividades.

Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro das Finanças, nos termos do n.º 2 do artigo
33.º do Código do IRS, o seguinte:

1.º - Sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 33.º do Código


do IRS:

a) Para cálculo da dedução respeitante à reintegração de viaturas


ligeiras de passageiros ou mistas, não será tomada em consideração
a parte do valor de aquisição ou reavaliação que exceda o limite
estabelecido na alínea e) do n.º 1 do artigo 33.º do Código do IRC
(atual art.º 34.º);

b) Para cálculo da dedução referente a prestações devidas pelo aluguer


sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, não
será tomada em consideração a parte das importâncias pagas
correspondente ao valor das reintegrações dessas viaturas que, nos
termos das alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 33.º do Código do IRC
(atual art.º 34.º), não sejam aceites como custo, sendo esse excesso
eventualmente deduzido das diferenças ocorridas nos anos em que a
amortização financeira foi inferior àquela reintegração máxima.

2.º - O disposto no número anterior é aplicável aos veículos motorizados não


automóveis afetos ao exercício de atividades profissionais e empresariais
ou ao ativo imobilizado de sociedades de profissionais sujeitas ao regime de
transparência fiscal.

3.º - O número de viaturas ou veículos afetos ao exercício das respetivas


atividades, independentemente do título por que a afetação se opere, exceto
relativamente aos de cilindrada inferior a 125 cm3, é limitado a uma unidade
por titular de rendimentos da categoria B do IRS, por sócio, no caso de

IRS 2014 211


Anexo C

sociedades de profissionais sujeita ao regime de transparência fiscal, e por


trabalhador ao serviço dos referidos sujeitos passivos, quando, em qualquer
caso, seja comprovada a indispensabilidade do seu uso.

4.º - O disposto na presente portaria é aplicável na determinação dos rendimentos


líquidos ou do resultado imputável dos anos de 2001 e seguintes, competindo
aos titulares dos rendimentos ou às sociedades de profissionais sujeitas ao
regime de transparência fiscal excluir da consideração como encargos ou
custos dedutíveis os relativos aos veículos que excedam os limites fixados.

5.º - É revogada a Portaria n.º 128/97, de 22 de fevereiro.


(Portaria n.º 1041/2001, de 28/8)

Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas (valor aceite para efeitos das


depreciações, para as viaturas adquiridas ou reavaliadas a partir de 01/01/2010
- Portaria n.º 467/2010, de 7/7)

Nos termos do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do


Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, na redação dada pela Lei n.º
3-B/2010, de 28 de abril, não são aceites como gastos, para efeitos fiscais,
as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os
veículos elétricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor
de reavaliação excedente ao montante a definir por portaria do membro do
Governo responsável pela área das finanças.

A fixação, na presente portaria, dos referidos montantes e limites não perde


de vista o Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, aprovada
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2008, de 20 de maio, que
definiu como objetivo estratégico posicionar o País como pioneiro na adoção
de novos modelos para a mobilidade, ambientalmente sustentáveis, que
possam explorar a relação com a rede elétrica, que potenciem a utilização
de energia proveniente de fontes renováveis e que, ademais, se integrem
harmoniosamente com o funcionamento e desenvolvimento das cidades.
Neste contexto foi criado, através da Resolução do Conselho de Ministros
n.º 20/2009, de 20 de fevereiro, o Programa para a Mobilidade Elétrica em
Portugal, o qual vai ao encontro dos objetivos nacionais de combate às
alterações climáticas e de redução da dependência energética, promovendo a
substituição de uso de combustíveis fósseis e a redução de emissões no setor
dos transportes como forma de alcançar os objetivos fixados na Diretiva n.º
2006/32/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de abril, relativa à
eficiência na utilização final de energia e aos serviços energéticos.

É neste mesmo sentido que o Governo, entendeu necessário promover a


massificação do veículo automóvel elétrico, introduzindo incentivos fiscais à
aquisição destes veículos, ao abrigo do Modelo da Mobilidade Elétrica aprovada
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2009, de 7 de setembro.
Por meio da presente portaria, introduz-se uma diferenciação no relevo

212 IRS 2014


Anexo C

fiscal dos gastos suportados com a aquisição de veículos favorecendo o


recurso, por parte das empresas, à utilização de automóveis movidos
exclusivamente a energia elétrica, por comparação com a utilização de
automóveis convencionais, sempre atendendo ao necessário gradualismo que
a evolução do mercado e a atividade das empresas exigem.

Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, nos termos da
alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 442-B/88, de 30 de novembro, na redação dada pela Lei n.º 3-B/2010, de
28 de abril, o seguinte:

Artigo 1.º
Custo de aquisição ou valor de reavaliação de veículos

1 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de


tributação iniciado em 1 de janeiro de 2010 ou após essa data, o montante a
que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC é fixado em
€ 40 000.

2 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de


tributação que se inicie em 1 de janeiro de 2011 ou após essa data, o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:

a) € 45 000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia


elétrica;

b) € 30 000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea a);

3 - Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos


de tributação que se iniciem entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de
2014, o montante referido no n.º 1 passa a ser de:

a) € 50 000 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia


elétrica;

b) € 25 000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas na alínea


anterior.

4 – Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas nos períodos de


tributação que se iniciem em 1 de janeiro de 2015 ou após essa data,o montante
referido no n.º 1 passa a ser de:

a) € 62 500 relativamente a veículos movidos exclusivamente a energia


elétrica;

b) € 50 000 relativamente a veículos híbridos plug-in;

c) € 37 500 relativamente a veículos movidos a gases de petróleo liquefeito


ou gás natural veicular;

IRS 2014 213


Anexo C

d) € 25 000 relativamente às restantes viaturas não abrangidas nas alíneas


anteriores.

Artigo 2.º
Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.


(Portaria n.º 467/2010, de 7/7, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 82-D/2014, de 31/12)

Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas (limite aplicável às viaturas


adquiridas antes do ano de 2010)

Tendo-se suscitado dúvidas sobre qual o limite aplicável às viaturas ligeiras de


passageiros ou mistas adquiridas antes de 2010, nos termos da alínea e), n.º 1
do artigo 34.º e do n.º 4 do artigo 88.º, ambos do Código do IRC, foi o seguinte
o entendimento superiormente sancionado sobre a matéria:

Com a publicação da Portaria n.º 467/2010, de 7 de julho, pretendeu-se fixar os


montantes que deverão ser aplicados nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo
34.º do Código do IRC e, por remissão, igualmente, para efeitos de aplicação
do regime constante do n.º 4 do artigo 88.º, para as viaturas adquiridas no
período de 2010 e seguintes.

No que respeita às viaturas adquiridas em períodos anteriores a 1 de janeiro


de 2010, o montante a considerar, no período de 2010 e seguintes, no âmbito
dos regimes referidos anteriormente, é de € 29 927,87, tal como previsto na
redação da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC que vigorou até
essa data.
(Informação vinculativa, Proc. 816/2011, com despacho concordante do Diretor-Geral dos
Impostos, em 20/05/2011)

Campo 415 - 40% do aumento das depreciações dos ativos fixos tangíveis em resultado
de reavaliação fiscal

Neste campo deve ser acrescido 40% do aumento das depreciações dos ativos fixos
tangíveis em resultado de reavaliação fiscal, de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo
15.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro.

O diploma mais recente sobre a reavaliação é o Decreto-Lei n.º 31/98, de 11 de fevereiro.

Depreciações dos ativos fixos tangíveis em resultado de reavaliação fiscal


Relativamente às reavaliações ao abrigo de diplomas de caráter fiscal, é de
observar o seguinte:
a) Não é aceite como gasto, para efeitos fiscais, o produto de 0,4 pela
importância do aumento das depreciações resultantes dessas reavaliações;

214 IRS 2014


Anexo C

b) Não é aceite como gasto, para efeitos fiscais, a parte do valor depreciável
dos bens que tenham sofrido desvalorizações excecionais nos termos do
artigo 38.º do Código do IRC que corresponda à reavaliação efetuada.
(n.º 2 do artigo 15.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14/9)

Campo 416 - Provisões não dedutíveis ou para além dos limites legais e perdas por
imparidade fiscalmente não dedutíveis de ativos financeiros

Neste campo devem ser acrescidas as provisões não dedutíveis ou para além dos limites
legais (art.ºs 19.º, n.º 4 e 39.º do CIRC) e perdas por imparidade fiscalmente não dedutíveis
de ativos financeiros.

De acordo com o n.º 4 do artigo 19.º do CIRC, «não são dedutíveis as perdas esperadas
relativas a contratos de construção correspondentes a gastos ainda não suportados».

Devem também ser acrescidas neste campo as provisões que tenham sido reconhecidas
como gastos e que não se enquadrem no artigo 39.º do CIRC.
Lembramos que, nos termos do artigo 39.º do CIRC, só são dedutíveis:
- Provisões para processos judiciais em curso;
- Provisões para garantias a clientes;
- Provisões técnicas (Instituto de Seguros de Portugal);
- Provisão para reparação de danos de caráter ambiental (só para indústrias extrativas ou
setor de tratamento e eliminação de resíduos).

O campo 416 destina-se, ainda, a registar a parte não dedutível das provisões que, embora
se enquadrem no artigo 39.º, excedam os limites legais previstos nos artigos 39.º e 40.º.

Campo 417 - Créditos incobráveis não aceites como gastos

Neste campo devem ser acrescidos os créditos incobráveis não aceites como gastos, que
não se enquadrem no artigo 41.º do Código do IRC.

Créditos incobráveis

1 - Os créditos incobráveis podem ser diretamente considerados gastos ou


perdas do período de tributação nas seguintes situações, desde que não tenha
sido admitida perda por imparidade ou esta se mostre insuficiente:

a) Em processo de execução, após o registo a que se refere a alínea b) do


n.º 2 do artigo 717.º do Código de Processo Civil;

b) Em processo de insolvência, quando a mesma for decretada de caráter


limitado ou após a homologação da deliberação prevista no artigo 156.º
do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas;

IRS 2014 215


Anexo C

c) Em processo especial de revitalização, após homologação do plano de


recuperação pelo juiz, previsto no artigo 17.º-F do Código da Insolvência
e da Recuperação de Empresas;

d) Nos termos previstos no SIREVE, após celebração do acordo previsto no


artigo 12.º desse regime;

e) No âmbito de litígios emergentes da prestação de serviços públicos


essenciais, após decisão arbitral;

f) Nos termos do regime jurídico da prestação de serviços públicos essen-


ciais, os créditos se encontrem prescritos e o seu valor não ultrapasse o


montante de € 750.

2 - (revogado pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)


(artigo 41º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 418 - Realizações de utilidade social não dedutíveis

Neste campo são de acrescer os encargos com realizações de utilidade social não previstas
ou fora dos limites previsto no artigo 43.º do Código do IRC.

Nos termos do n.º 1 do referido artigo são considerados gastos ou perdas de tributação,
incluindo depreciações ou amortizações e rendas de imóveis, relativos à manutenção
facultativa de creches, lactários, jardins-de-infância, cantinas, bibliotecas e escolas, bem
como outras realizações de utilidade social, como tal reconhecidas pela AT, feitas em
benefício do pessoal ou dos reformados da empresa e respetivos familiares, desde que
tenham caráter geral e não revistam a natureza de rendimentos do trabalho dependente
ou, revestindo-o, sejam de difícil ou complexa individualização relativamente a cada um dos
beneficiários.

Nos termos do n.º 2, são também considerados gastos do período de tributação, até ao limite
de 15% das despesas com o pessoal contabilizadas a título de remunerações, ordenados
ou salários respeitantes ao período de tributação, os suportados com:

a) Contratos de seguros de acidentes pessoais, bem como com contratos de seguros de


vida, de doença ou saúde, contribuições para fundos de pensões e equiparáveis ou para
quaisquer regimes complementares de segurança social, que garantam, exclusivamente,
o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós-
emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa;

b) Contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados


ou respetivos familiares.

De acordo com o n.º 3, o limite estabelecido no número anterior é elevado para 25%, se os
trabalhadores não tiverem direito a pensões da segurança social.

A aceitação destes gastos depende da verificação das condições enunciadas no n.º 4 do


mesmo artigo, nomeadamente generalidade e objetividade.

216 IRS 2014


Anexo C

Campo 419 - IRS e outros impostos que direta ou indiretamente incidam sobre os
lucros.

Neste campo deve ser acrescido o IRS e quaisquer outros impostos que direta ou
indiretamente incidam sobre os lucros, em conformidade com o disposto na alínea a) do
n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC.

Quando a estimativa para impostos sobre lucros efetuada no ano anterior se mostrar
insuficiente para fazer face aos impostos efetivamente pagos no exercício, a diferença
(valor da conta 6885 do SNC) deverá ser acrescida neste campo.

IRS e quaisquer outros impostos que direta ou indiretamente incidam


sobre os lucros (encargos não dedutíveis para efeitos fiscais)
Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável os seguintes
encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
O IRC (neste caso, leia-se IRS) e quaisquer outros impostos que direta ou
indiretamente incidam sobre os lucros.
[alínea a) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 420 - Encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos


com NIF inexistente ou inválido ou por sujeitos passivos cessados
oficiosamente

Neste campo devem ser acrescidos os encargos cuja documentação não cumpra o disposto
nos n.ºs 3 e 4 do artigo 23.º do Código do IRC, bem como os encargos evidenciados em
documentos emitidos por sujeitos passivos com número de identificação fiscal inexistente
ou inválido ou por sujeitos passivos cuja cessação de atividade tenha sido declarada
oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo 8.º do mesmo diploma.
A lei impõe aos sujeitos passivos a obrigatoriedade de verificarem a regularidade da situação
fiscal das entidades com as quais contratam, para prevenir casos de evasão fiscal.
Para se certificar da existência/validade do NIF ou do exercício da atividade dos clientes/
fornecedores, o sujeito passivo deve socorrer-se do Portal das Finanças optando por
Consultar, Identificação, Clientes/Fornecedores.

Encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos


com NIF inexistente ou inválido (não são dedutíveis para efeitos de
determinação do lucro tributável)

Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exercício:

Os encargos cuja documentação não cumpra o disposto nos n.ºs 3 e 4 do


artigo 23.º, bem como os encargos evidenciados em documentos emitidos por

IRS 2014 217


Anexo C

sujeitos passivos com número de identificação fiscal inexistente ou inválido


ou por sujeitos passivos cuja cessação de atividade tenha sido declarada
oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo 8.º

A Administração Tributária e Aduaneira deve disponibilizar a informação relativa


à situação cadastral dos sujeitos passivos relevante para os efeitos do disposto
na alínea b) do n.º 1.
[alínea c) do n.º 1 e n.º 4 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 421 - Impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o
sujeito passivo não esteja legalmente autorizado a suportar

Neste campo devem ser acrescidos os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre
terceiros que o sujeito passivo decida, por vontade própria, suportar, e que a alínea f) do n.º
1 do artigo 23.º-A do Código do IRC não considera dedutíveis para efeitos de determinação
do lucro tributável.

Como exemplo, citamos:


- O IVA que tenha de ser legalmente repercutido aos clientes;
- O IRS que tenha de ser obrigatoriamente retido na fonte;
- O Imposto do Selo suportado pelo sacador com emissão de letras que é sempre de
considerar encargo económico do sacado.

Impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito
passivo não esteja legalmente obrigado a suportar (não são dedutíveis para
efeitos de determinação do lucro tributável)
Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável os seguintes
encargos, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exercício:
Os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito
passivo não esteja legalmente obrigado a suportar;
[alínea f) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 422 - Multas, coimas e demais encargos, incluindo juros compensatórios e


moratórios, pela prática de infrações de qualquer natureza

Neste campo são de acrescer, em conformidade com o disposto na alínea e) do n.º


1 do artigo 23.º-A do Código do IRC, as multas, coimas e demais encargos, incluindo
juros compensatórios e moratórios, pela prática de infrações de qualquer natureza,
nomeadamente, fiscais, de trânsito, de atividades económicas, laborais, etc., incluindo os
juros compensatórios, bem como os juros de mora relativos a impostos e outros tributos,
que não tenham origem contratual, bem como por comportamentos contrários a qualquer
regulamentação sobre o exercício da atividade.

218 IRS 2014


Anexo C

Multas, coimas e demais encargos pela prática de infrações, de qualquer


natureza (não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável)

Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

As multas, coimas e demais encargos, incluindo os juros compensatórios e


moratórios, pela prática de infrações de qualquer natureza que não tenham
origem contratual, bem como por comportamentos contrários a qualquer
regulamentação sobre o exercício da atividade.
[alínea e) do n.º 1 do artigo 23.ºA do CIRC]

Campo 423 - Indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável
Neste campo são de acrescer as indemnizações por eventos cujo risco seja segurável, por
se não considerarem dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável, tal como
se encontra previsto na alínea g) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC.

Compreende as indemnizações pagas a terceiros resultantes de eventos suscetíveis de


serem seguráveis, não incluindo as indemnizações pagas a terceiros de natureza contratual
que são consideradas gastos fiscais.

Indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável

Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exercício:

As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável.


[cfr. alínea g) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 424 - Ajudas de custo e encargos com compensação pela deslocação em


viatura própria do trabalhador
Neste campo são de acrescer, em conformidade com a alínea h) do n.º 1 do artigo 23.º-
A do Código do IRC, os gastos com ajudas de custo e encargos com compensação pela
deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturadas
a clientes, escrituradas a qualquer título, sempre que a entidade patronal não possua, por
cada pagamento efetuado, um mapa itinerário devidamente elaborado, exceto na parte em
que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do beneficiário.

Para evitar tal acréscimo, deverão as empresas munir-se dos elementos suscetíveis de
comprovar:

- Os encargos efetivamente suportados, respeitantes a ajudas de custo, sendo necessário


dar a conhecer o nome do beneficiário, o local, motivo e data da deslocação, bem como

IRS 2014 219


Anexo C

o montante diário atribuído, por forma a aferir se os limites legais ou pressupostos à sua
atribuição aos servidores do Estado foram ou não excedidos.

Sempre que a ajuda de custo abranja o almoço, o quantitativo correspondente ao abono


diário do subsídio de refeição, quando exista, deverá ser deduzido na ajuda de custo.

- O mesmo será de referir em relação aos encargos devidos pela compensação da


deslocação do funcionário em viatura própria, devendo o comprovativo (boletim
itinerário) indicar ainda os quilómetros diários percorridos, a matrícula da viatura e o
nome do respetivo proprietário.

A não exigência de mapa de controlo apropriado (boletim itinerário), determina a não


consideração como encargo dedutível da totalidade das referidas despesas.

Ajudas de custo e encargos com compensação para deslocação em


viatura própria do trabalhador (caso em que não são dedutíveis para efeitos
fiscais)

Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os


seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período
de tributação:

As ajudas de custo e os encargos com compensação pela deslocação em


viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturados
a clientes, escriturados a qualquer título, sempre que a entidade patronal
não possua, por cada pagamento efetuado, um mapa através do qual seja
possível efetuar o controlo das deslocações a que se referem aqueles encargos,
designadamente os respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no
caso de deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura
e do respetivo proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos,
exceto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do
respetivo beneficiário.
[alínea h) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 425 - Encargos não devidamente documentados

Neste campo são de acrescer os encargos não devidamente documentados, em


conformidade com o disposto na alínea c) do n.º 1, do artigo 23.º-A do Código do IRC.

Consideram-se encargos não devidamente documentados, os que estão apoiados em


documentos que não permitem conhecer fácil, clara e precisamente a operação que lhe
está subjacente, distinguindo-se assim das despesas não documentadas, isto é, aquelas
em relação às quais não existe prova documental que permita identificar a sua natureza e
o correspondente beneficiário.

Note-se que aqueles encargos (os não devidamente documentados), embora tenham

220 IRS 2014


Anexo C

que ser acrescidos para efeitos de determinação do lucro tributável, não estão sujeitos à
tributação autónoma prevista no artigo 73.º do CIRS.

Encargos não devidamente documentados

Não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exercício:

Os encargos cuja documentação não cumpra o disposto nos n.ºs 3 e 4 do


artigo 23.º, bem como os encargos evidenciados em documentos emitidos por
sujeitos passivos com número de identificação fiscal inexistente ou inválido
ou por sujeitos passivos cuja cessação de atividade tenha sido declarada
oficiosamente nos termos do n.º 6 do artigo 8.º.
[alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 426 - Encargos com o aluguer de viaturas ligeiras se passageiros ou mistas


sem condutor

Neste campo são de acrescer os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras
de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das depreciações dessas
viaturas que, nos termos das alíneas c) e e) do artigo 34.º do CIRC, não sejam aceites
como gastos, tal como se encontra previsto na alínea i) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código
do IRC.

Com esta medida, pretende-se estabelecer uma neutralidade fiscal entre o aluguer sem
condutor de viaturas ligeiras e a sua aquisição direta, não aceitando como custo a parcela
da amortização financeira incluída na renda que exceda a depreciação que seria aceite
fiscalmente em caso de aquisição direta da viatura.

Encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros


ou mistas (parte não dedutível para efeitos da determinação do lucro tributável)

Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros


ou mistas, na parte correspondente ao valor das depreciações dessas viaturas
que, nos termos das alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 34.º, não sejam aceites
como gastos.
[alínea i) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 427 - Encargos com combustíveis

Neste campo são de acrescer os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito

IRS 2014 221


Anexo C

passivo não faça prova de que os mesmos respeitam a bens pertencentes ao seu ativo
ou por ele utilizadas em regime de locação e de que não são ultrapassados os consumos
normais, de acordo com o determinado na alínea j) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do
IRC.

A respetiva norma faz recair sobre os sujeitos passivos a prova quanto à razoabilidade do
consumo de combustíveis, obstando que se assumam, como gasto dedutível, as despesas
com combustíveis utilizados em viaturas não pertencentes à empresa (p.e., viaturas dos
trabalhadores, ou do empresário não afetas à empresa).

Encargos com combustíveis (casos em que não são dedutíveis para efeitos
da determinação do lucro tributável)

Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

Os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito passivo não faça


prova de que os mesmos respeitam a bens pertencentes ao seu ativo ou por ele
utilizadas em regime de locação e de que não são ultrapassados os consumos
normais.
[alínea j) do n.º 1 do artigo 23.º-A do CIRC]

Campo 428 - Menos-valias contabilísticas

As menos-valias contabilísticas devem ser acrescidas neste campo, visto que o valor a
considerar será o que resulta da aplicação das regras definidas nos Códigos do IRC e do
IRS.

A necessidade de expurgar do resultado líquido do exercício as menos-valias contabilísticas,


o que se consegue incluindo-as no campo 428, resulta do facto das mesmas se encontrarem
a influenciar negativamente o resultado líquido do exercício.

Campo 429 - Mais-valia fiscal resultante de mudanças no modelo de valorização

As mudanças no modelo de valorização relevantes para efeitos fiscais, nos termos do n.º
9 do artigo 18.º do CIRC, que decorram, designadamente, de reclassificação contabilística
ou de alteração nos pressupostos referidos na alínea a) do n.º 9 desse mesmo artigo, são
assimiladas a transmissões onerosas [cfr. alínea b) do n.º 5 do art.º 46.º do CIRC].

Assim, no caso de ser determinada uma mais-valia fiscal, o respetivo montante é acrescido
neste campo 429.

Campo 430 - Diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais sem


intenção de reinvestimento

Este campo destina-se a indicar o saldo positivo apurado entre as mais-valias e as menos-

222 IRS 2014


Anexo C

valias fiscais (art.º 46.º do CIRC) de que não foi declarada a intenção de reinvestir no
Quadro 13, reinvestimento esse que, a ser concretizado, seria de acordo com o previsto no
n.º 5 do artigo 48.º do CIRC.

Campo 431 - 50% da diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais


com intenção expressa de reinvestimento

Este campo destina-se a indicar 50% da diferença positiva entre as mais-valias e as menos-
valias fiscais com intenção expressa de reinvestimento (art.º 48.º, n.º 1 do CIRC), e só
deve ser preenchido no caso de ter sido declarada, no Quadro 13, a intenção de reinvestir
os valores de realização correspondentes aos elementos do ativo fixo tangíveis, ativos
biológicos ou partes de capital alienados que reunam as condições estabelecidas no artigo
48.º do Código do IRC.

O valor a inscrever deve corresponder a metade da diferença positiva apurada entre as


mais-valias e as menos-valias realizadas que proporcionalmente corresponda aos valores
de realização a reinvestir.

Reinvestimento dos valores de realização

1 - Para efeitos da determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre


as mais-valias e as menos-valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores,
realizadas mediante a transmissão onerosa de ativos fixos tangíveis, ativos
intangíveis e ativos biológicos que não sejam consumíveis, detidos por um
período não inferior a um ano, ainda que qualquer destes ativos tenha sido
reclassificado como ativo não corrente detido para venda, ou em consequência
de indemnizações por sinistros ocorridos nestes elementos, é considerada em
metade do seu valor, quando:

a) O valor de realização correspondente à totalidade dos referidos ativos seja


reinvestido na aquisição, produção ou construção de ativos fixos tangíveis,
de ativos intangíveis ou de ativos biológicos que não sejam consumíveis,
no período de tributação anterior ou da realização, no próprio período de
tributação ou até ao fim do 2.º período de tributação seguinte;

b) Os bens em que seja reinvestido o valor de realização;

1) Não sejam bens adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS


ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos definidos no
n.º 4 do artigo 63.º.

2) Sejam detidos por um período não inferior a um ano contado do final do


período de tributação em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior,
a realização.
(n.º 1 do artigo 48.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

IRS 2014 223


Anexo C

Campo 432 - Acréscimos por não reinvestimento ou pela não manutenção das partes
de capital na titularidade do adquirente

Neste campo devem ser indicados os acréscimos por não reinvestimento ou pela não
manutenção das partes de capital na titularidade do adquirente de acordo com o disposto
no n.º 6 do artigo 48.º do CIRC.

Campo 433 - Mais-valia não tributada (regime transitório)

Este campo destina-se a acrescer 1/10 da mais-valia não tributada por aplicação do disposto
no n.º 6 do artigo 44.º do Código do IRC, na redação anterior à Lei n.º 30-G/2000, de 29 de
dezembro, ou seja, a que vigorou até 31/12/2000, cujo reinvestimento foi concretizado em
bens não reintegráveis.

De acordo com o estabelecido na alínea b) do n.º 7 do artigo 7.º da referida lei, a alienação
destes bens determina a tributação da mais-valia em frações iguais durante 10 anos a
contar da data da alienação.

Campo 434 - Diferença positiva entre o valor patrimonial tributário definitivo do imóvel
e o valor constante do contrato

Tendo havido transmissão onerosa de direitos reais sobre bens imóveis, deve indicar-se
a diferença positiva entre o valor definitivo que serviu de base à liquidação do Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), ou que serviria no caso de
não haver lugar a essa liquidação, e o valor da venda, de acordo com o estipulado no artigo
31.º-A do Código do IRS.

Caso o valor patrimonial definitivo venha a ser conhecido após a entrega da declaração
e seja superior ao valor anteriormente declarado, deverá apresentar declaração de
substituição durante o mês de janeiro do ano seguinte (cfr. n.º 2 do art.º 31.º-A do CIRS).

Todavia, importa referir que os valores contestados ao abrigo do disposto no artigo 139.º do
Código do IRC (Quadro 14), cujo pedido tem efeitos suspensivos da liquidação, não devem
ser mencionados neste campo.

Campo 435 - Importâncias pagas ou devidas a entidades não residentes sujeitas a um


regime fiscal privilegiado

Neste campo devem ser acrescidas as importâncias pagas ou devidas a entidades não
residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado, de acordo com o disposto no artigo 23.º-A,
n.º 1, alínea r) e n.º 7 do CIRC.

224 IRS 2014


Anexo C

Importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas residentes


fora do território português, e aí submetidas a um regime de tributação
claramente mais favorável

Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

As importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou


coletivas residentes fora do território português, e aí submetidas a um regime
fiscal identificado por portaria do membro do Governo responsável pela área
das finanças como um regime de tributação claramente mais favorável, salvo
se o sujeito passivo provar que tais encargos correspondem a operações
efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante
exagerado.

O disposto na alínea r) do n.º 1 aplica-se igualmente às importâncias


indiretamente pagas ou devidas, a qualquer título, às pessoas singulares ou
coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime
fiscal claramente mais favorável, quando o sujeito passivo tenha ou devesse
ter conhecimento do seu destino, presumindo-se esse conhecimento quando
existam relações especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º, entre o sujeito
passivo e as referidas pessoas singulares ou coletivas, ou entre o sujeito passivo
e o mandatário, fiduciário ou interposta pessoa que procede ao pagamento às
pessoas singulares ou coletivas.
[alínea r) do n.º 1, e n.º 7 do artigo 23.-ºA do CIRC]

Lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação


privilegiada (Portaria n.º 150/2004, de 13/2, com as alterações introduzidas
pela Portaria n.º 292/2011, de 8/11)

1) Andorra;
2) Anguilla;
3) Antígua e Barbuda;
4) Antilhas Holandesas;
5) Aruba;
6) Ascensão;
7) Bahamas;
8) Bahrain;
9) Barbados;
10) Belize;
11) Ilhas Bermudas;
12) Bolívia;
13) Brunei;
14) Ilhas do Canal (Alderney, Guernesey, Jersey, Great Stark, Herm, Little
Sark, Brechou, Jethou e Lihou;
15) Ilhas Caiman;
16) Ilhas Cocos o Keeling;

IRS 2014 225


Anexo C

17) Revogado (pela Portaria n.º 292/2011, de 8/11)


18) Ilhas Cook;
19) Costa Rica;
20) Djibouti;
21) Dominicana;
22) Emiratos Árabes Unidos;
23) Ilhas Falkland ou Malvinas;
24) Ilhas Fiji;
25) Gâmbia;
26) Grenada;
27) Gibraltar;
28) Ilha de Guam;
29) Guiana;
30) Honduras;
31) Hong Kong;
32) Jamaica;
33) Jordânia;
34) Ilha de Queshm;
35) Ilha de Kiribati;
36) Koweit;
37) Labuán;
38) Líbano;
39) Libéria;
40) Liechtenstein;
41) Revogado (pela Portaria n.º 292/2011, de 8/11)
42) Ilhas Maldivas;
43) Ilha de Man;
44) Ilhas Marianas do Norte;
45) Ilhas Marshall;
46) Maurícias;
47) Mónaco;
48) Monserrate;
49) Nauru;
50) Ilhas Natal;
51) Ilha de Niue;
52) Ilha Norfolk;
53) Sultanato de Oman;
54) Ilhas do Pacífico não compreendidas nos restantes números;
55) Ilhas Palau;
56) Panamá;
57) Ilha de Pitcairn;
58) Polinésia Francesa;
59) Porto Rico;
60) Quatar;
61) Ilhas Salomão;
62) Samoa Americana;
63) Samoa Ocidental;
64) Ilha de Santa Helena;
65) Santa Lúcia;

226 IRS 2014


Anexo C

66) São Cristóvão e Nevis;


67) São Marino;
68) Ilha de São Pedro e Miguelon;
69) São Vicente e Grenadinas;
70) Seychelles;
71) Suazilândia;
72) Ilhas Svalbard (arquipélago Spitsbergen e ilha Bjornoya) ;
73) Ilha de Tokelau;
74) Tonga;
75) Trinidad e Tobago;
76) Ilha Tristão da Cunha;
77) Ilhas Turks e Caicos;
78) Ilha Tuvalu;
79) Uruguai;
80) República de Vanuatu;
81) Ilhas Virgens Britânicas;
82) Ilhas Virgens dos Estados Unidos da América;
83) República Árabe do Yémen.
(Portaria n.º 150/2004, de 13/2, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/2011, de
8/11)

Campo 436 - Donativos não previstos ou além dos limites legais

Neste campo, para além dos donativos não aceites, deverão igualmente ser incluídos os
donativos que ultrapassam os limites legais constantes dos artigos 62.º, 62.º-A e 63.º do
Estatuto dos Benefícios Fiscais, e noutros diplomas legais.

Na prática, sempre que os donativos se encontrem sujeitos a limites, o valor do donativo


será aceite como custo fiscal até ao limite, beneficiando o valor aceite da majoração prevista
na Lei.

Donativos a empresas públicas (mecenato cultural)

Nos termos da alínea i) do n.º 6 do artigo 62.º do Estatuto dos Benefícios


Fiscais, são considerados custos ou perdas do exercício, até ao limite de 6/1000
do volume de vendas ou dos serviços prestados, os donativos atribuídos a
"Organismos públicos de produção responsáveis pela promoção de projetos
relevantes de serviço público nas áreas do teatro, música, ópera e bailado".

A referida alínea tem um caráter residual, pelo que aí se enquadram as entidades


públicas, maxime as empresas públicas (empresas públicas do Estado, bem
como as empresas do setor empresarial local e das regiões autónomas),
que desenvolvam projetos relevantes de serviço público nas áreas do teatro,
música, ópera e bailado, não abrangidas por outras regras deste artigo que se
refiram ao Mecenato Cultural.
(Informação vinculativa, Proc. 2635/08, com despacho concordante do Secretário de Estado
dos Assuntos Fiscais, de 19/03/2009)

IRS 2014 227


Anexo C

Donativos em espécie, concedidos por pessoas singulares dentro do


âmbito de uma atividade empresarial (relevância fiscal)

Para efeitos fiscais, os donativos constituem entregas em dinheiro ou em


espécie, concedidos, sem contrapartidas que configurem obrigações de
caráter pecuniário ou comercial, às entidades públicas ou privadas, cuja
atividade consista predominantemente na realização de iniciativas nas áreas
social, cultural, ambiental, desportiva ou educacional (cfr. art.º 61.º do EBF).

No âmbito do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), os donativos em espécie


concedidos por pessoas singulares têm o seguinte regime:

1 - Se se tratar de bens jurídico-económicos que integrem o património pessoal


do doador, quer este exerça ou não atividade tributada na categoria B do IRS,
os donativos não têm relevância fiscal por não estarem previstos no artigo
63.º do EBF;
2 - Se se tratar de bens afetos a atividade tributada na categoria B de acordo
com as regras do regime simplificado, por os custos da atividade não terem
qualquer expressão na determinação do rendimento tributável, os donativos
não têm relevância fiscal;
3 - Caso os donativos revistam a forma de "prestações de serviços gratuitas",
mesmo que efetuadas no âmbito de uma atividade profissional tributada (regime
simplificado ou com base na contabilidade), não têm relevância fiscal, quer
por falta de previsão legal, quer por não poderem ser quantificadas nos termos
do n.º 11 do artigo 62.º do EBF;
4 - Caso se trate de donativos de bens afetos à atividade empresarial ou
profissional de um sujeito passivo da categoria B do IRS, com contabilidade
organizada (existências ou imobilizado), cujo valor fiscal possa ser apurado
nos termos do n.º 11 do artigo 62.º do EBF, o respetivo benefício fiscal
refletir-se-á numa dedução ao lucro tributável da atividade do sujeito
passivo.
(Informação vinculativa, Proc. 499/07, com despacho concordante do Diretor-Geral dos
Impostos, de 07/03/2008)

Empresas municipais (donativos que lhe sejam concedidos)


A alínea a) do n.º 1 do artigo 62.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) prevê
que os donativos concedidos ao "Estado, Regiões Autónomas e autarquias
locais e qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda
que personalizados" sejam considerados custos ou perdas do exercício na
sua totalidade.

As empresas municipais, dotadas de personalidade jurídica, são pessoas


coletivas completamente autónomas e distintas das Câmaras Municipais.
Assim, fica afastado o enquadramento na referida alínea dos donativos que
sejam concedidos às empresas municipais.
(Informação vinculativa, Proc. 769/07, com despacho concordante do Diretor-Geral dos
Impostos, de 24/10/2007)

228 IRS 2014


Anexo C

Campo 437 - Correção por excesso dos limites de encargos dedutíveis

Neste campo deve ser indicado o valor correspondente ao somatório dos encargos que,
nos termos do artigo 33.º do Código do IRS, não são dedutíveis.

Campo 440 - Despesas ou encargos de projeção económica plurianual contabilizados


como gastos na vigência do POC e ainda não aceites fiscalmente

Neste campo devem ser deduzidas as despesas ou encargos de projeção económica


plurianual contabilizados como gastos na vigência do POC e ainda não aceites fiscalmente,
de acordo com o disposto na alínea f) do artigo 22.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009,
de 14/9.

No Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de janeiro, revogado pelo artigo 23.º do Decreto
Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, exigia-se que os designados encargos
(gastos) de projeção económica plurianual, previstos no n.º 4 do artigo 17.º deste diploma,
fossem considerados como custos em partes iguais, durante um período mínimo de três
anos, atendendo a que a sua utilização se projetava por vários exercício, não devendo, por
isso, afetar apenas um.

Para o efeito, os sujeitos passivos que contabilizaram esses encargos integralmente como
custos (gastos) no ano em que ocorreram, e que vinham procedendo às necessárias
correções fiscais, devem deduzir neste campo a quota-parte dos custos (gastos)
correspondentes ao exercício em causa.

Campo 441 - Correções relativas a períodos de tributação anteriores

Neste campo devem ser deduzidas as correções relativas a períodos de tributação


anteriores, de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 18.º do Código do IRC.

Correções relativas a períodos de tributação anteriores

As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a


períodos anteriores só são imputáveis ao período de tributação quando na
data de encerramento das contas daquele a que deveriam ser imputadas eram
imprevisíveis ou manifestamente desconhecidas.
(n.º 2 do artigo 18.º do CIRC)

Campo 442 - Vendas e prestações de serviços com pagamento diferido

Neste campo devem ser deduzidas as vendas e prestações de serviços com pagamento

IRS 2014 229


Anexo C

diferido, de acordo com o n.º 5 do artigo 18.º do Código do IRC, cuja redação, dada pela Lei
n.º 2/2014, de 16/1, diz que «Os réditos relativos a vendas e a prestações de serviços, bem
como os gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos, são imputáveis
ao período de tributação a que respeitam pela quantia nominal da contraprestação».

Campo 443 - Ajustamentos não tributáveis decorrentes da aplicação do justo valor

Neste campo devem ser deduzidos os ajustamentos não tributáveis decorrentes da


aplicação do justo valor, em conformidade com o disposto no n.º 9 do artigo 18.º do CIRC.

Ajustamentos não tributáveis decorrentes da aplicação do justo valor

Os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor não concorrem para a


formação do lucro tributável, sendo imputados como rendimentos ou gastos no
período de tributação em que os elementos ou direitos que lhes deram origem
sejam alienados, exercidos, extintos ou liquidados, exceto quando:

a) Respeitem a instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor através


de resultados, desde que, quando se trate de instrumentos de capital próprio,
tenham um preço formado num mercado regulamentado e o sujeito passivo
não detenha, direta ou indiretamente, uma participação no capital igual ou
superior a 5% do respetivo capital social; ou

b) Tal se encontre expressamente previsto neste Código.
(n.º 9 do artigo 18.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 444 - Reversão dos ajustamentos de inventários tributados

Neste campo são deduzidos os montantes da reversão dos ajustamentos de inventários


tributados (art.º 28.º, n.º 3 e 28.º-A, n.º 3 do CIRC), nos casos em que esses ajustamentos
tenham sido tributados aquando do seu reconhecimento.

Perdas por imparidade em inventários

1 - São dedutíveis no apuramento do lucro tributável as perdas por imparidade


em inventários reconhecidas no período de tributação ou em períodos de
tributação anterior, até ao limite da diferença entre o custo de aquisição ou de
produção dos inventários e o respetivo valor realizável líquido referido à data do
balanço, quando este for inferior àquele.

3 - A reversão, parcial ou total, das perdas por imparidade previstas no n.º 1


concorre para a formação do lucro tributável.
(n.ºs 1 e 3 do artigo 28.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

230 IRS 2014


Anexo C

Perdas por imparidade em dívidas a receber

1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade,
quando contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de
tributação anteriores:

a) As relacionadas com créditos resultantes da atividade normal, incluindo


os juros pelo atraso no cumprimento da obrigação, que, no fim do período
de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam
evidenciados como tal na contabilidade;

b) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros.

2 - Podem também ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por imparidade,
e outras correções de valor, contabilizadas no mesmo período de tributação ou
em períodos de tributação anteriores, quando constituídas obrigatoriamente,
por força de normas emanadas pelo Banco de Portugal, de caráter genérico
e abstrato, pelas entidades sujeitas à sua supervisão e pelas sucursais em
Portugal de instituições de crédito e outras instituições financeiras com sede
em outro Estado membro da União Europeia, destinadas à cobertura de risco
específico de crédito e de risco-país e para menos-valias de títulos e de outras
aplicações.

3 - As perdas por imparidade e outras correções de valor referidas nos números


anteriores que não devam subsistir, por deixarem de se verificar as condições
objetivas que as determinaram, consideram-se componentes positivas do lucro
tributável do respetivo período de tributação.
(artigo 28.º-A do CIRC)

Campo 445 - Depreciações e amortizações tributadas em períodos de tributação


anteriores

Neste campo devem ser deduzidas as depreciações e amortizações tributadas em períodos


de tributação anteriores, a que se refere o artigo 20.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009,
de 14/9.

Depreciações e amortizações tributadas em períodos de tributação


anteriores

As depreciações e amortizações que não sejam consideradas como gastos


fiscais no período de tributação em que foram contabilizadas, por excederem
as importâncias máximas admitidas, são aceites como gastos fiscais nos
períodos seguintes, na medida em que não se excedam as quotas máximas de
depreciação ou amortização fixadas no presente decreto regulamentar.
(artigo 20.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14/9)

IRS 2014 231


Anexo C

Campo 446 - Reversão de provisões anteriormente tributadas

Neste campo deve ser deduzida a reversão de provisões anteriormente tributadas e


contabilizadas, que, por essa razão, estando a afetar positivamente o resultado do exercício,
se não fossem deduzidas haveria lugar a dupla tributação, quer no período em que tinham
sido tributadas quer no período em que ocorre a sua redução ou anulação (cfr. art.ºs 19.º,
n.º 4 e 39.º, n.º 4, do CIRC).

Assim, deduz-se neste campo o montante das reversões de provisões (conta 763 do SNC)
que, por não serem fiscalmente dedutíveis ou excederem os limites legais, tiveram de ser
corrigidas no campo 416.

Campo 447 - Restituição de impostos não dedutíveis e excesso da estimativa para


impostos

Neste campo deve ser deduzida a restituição de impostos não dedutíveis e excesso da
estimativa para impostos.

Engloba os impostos que não foram considerados gastos fiscais no período de tributação
em que foram reconhecidos e, como tal, foram acrescidos no campo 419.

A restituição de impostos não dedutíveis (conta 7882 do SNC) e/ou o excesso da estimativa
para impostos (conta 7885 do SNC) afetam positivamente o resultado líquido do período,
servindo, pois, este campo para neutralizar esse efeito.

Campo 448 - Mais-valias contabilísticas

À semelhança do referido para as menos-valias, apenas concorrem para a determinação


do lucro tributável as mais-valias realizadas, conforme disposto na alínea h) do n.º 1 do
artigo 20.º do Código do IRC, pelo que devem ser deduzidas neste campo 448 as mais-
valias contabilísticas.

Campo 449 - 50% da menos-valia fiscal resultante de mudanças no modelo de


valorização e 50% da diferença negativa entre as mais e as menos-
valias fiscais de partes de capital ou outras componentes do capital
próprio

Neste campo deve ser deduzido 50% da menos-valia fiscal resultante de mudanças no
modelo de valorização [art.º 46.º, n.º 5, alínea b) e ex-art.º 45.º, n.º 3, parte final, do CIRC]
e 50% da diferença negativa entre as mais e as menos-valias fiscais de partes de capital ou
outras componentes do capital próprio (ex-art.º 45.º, n.º 3, 1ª parte, do CIRC).

Campo 450 - Diferença negativa entre as mais-valias e as menos-valias fiscais

Neste campo deve ser deduzida a diferença negativa entre as mais-valias e as menos-
valias fiscais, apurada de acordo com o artigo 46.º do Código do IRC.

232 IRS 2014


Anexo C

As mais-valias e as menos-valias são dadas pela diferença entre o valor de realização, líquido
dos encargos que lhe sejam inerentes e o valor de aquisição, deduzido das depreciações
e amortizações aceites fiscalmente, das perdas por imparidade e outras correções de valor
previstas nos artigos 28.º-A, 31.º-B e ainda dos valores reconhecidos como gasto fiscal nos
termos do artigo 45.º-A, sem prejuízo do disposto na parte final n.º 3 do artigo 31.º-A (n.º 2
do artigo 46.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1).

Campo 452 - Outros benefícios fiscais

A importância a inscrever neste campo não deve incluir os benefícios referidos nos campos
453 (rendimentos auferidos por titulares deficientes - parte isenta), 454 [rendimentos da
propriedade intelectual - parte isenta (art.º 58.º do EBF)], 455 [benefícios para a criação
de emprego (art.º 19.º do EBF)] e 463 (microprodução de electricidade - parte excluída da
tributação).

Campo 453 - Rendimentos auferidos por titulares deficientes (parte isenta)

Este campo destina-se a indicar a parte isenta dos rendimentos da categoria B auferidos
por titulares deficientes (benefício especial transitório).

Se a declaração respeitar aos anos de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 ou 2014,
e o titular dos rendimentos for deficiente, com grau de incapacidade igual ou superior
a 60%, devidamente comprovado mediante atestado médico de incapacidade multiuso
emitido nos termos da legislação aplicável, deve inscrever neste campo a parte isenta (que
não pode ultrapassar 10% do rendimento, com o limite de 2 500,00 euros) de acordo com
o seguinte quadro:

Ano do Rendimento bruto


rendimento Disposição legal
Isento Sujeito Limite da isenção
2007 20% 80% € 5.000 Artigo 161.º da Lei nº. 53-A/2006, de 31/12
2008 10% 90% € 2.500 Artigo 161.º da Lei nº. 53-A/2006, de 31/12
2009 10% 90% € 2.500 Artigo 69.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31/12
2010 10% 90% € 2.500 Artigo 88.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28/4
2011 10% 90% € 2.500 Artigo 98.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12
2012 10% 90% € 2.500 n.ºs 6 e 7 do art.º 111.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30/12

2013 10% 90% € 2.500 n.ºs 6 e 7 do art.º 188.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12

2014 10% 90% € 2.500 n.ºs 5 e 6 do art.º 177.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31/12

A existência de valores neste campo 453 implica a indicação do grau de invalidez no quadro
3A da declaração modelo 3.

Campo 454 - Rendimentos da propriedade intelectual (parte isenta)

Neste campo deve ser indicada a parte que beneficia de isenção (50% dos rendimentos
previstos no art.º 58.º do EBF), com o limite de 10.000 euros. Este valor deve ser também
declarado no quadro 5 do anexo H.

IRS 2014 233


Anexo C

Excluem-se do benefício desta isenção parcial os rendimentos provenientes de obras


escritas sem caráter literário, artístico ou científico, obras de arquitetura e obras publicitárias.

Se o titular dos rendimentos for deficiente deve ter-se em conta o valor isento que foi
inscrito no campo 453. Nestes casos, a isenção prevista no referido artigo 58.º do EBF
corresponderá a 50% dos rendimentos sujeitos e não isentos (rendimentos líquidos de
outros benefícios).

Tenha em atenção que, se preencher este campo 454, deverá preencher também o campo
461 do Quadro 4A (Rendimentos da propriedade intelectual) deste anexo C.

Propriedade intelectual

1 - Os rendimentos provenientes da propriedade literária, artística e científica,


considerando-se também como tal os rendimentos provenientes da alienação
de obras de arte de exemplar único e os rendimentos provenientes das obras
de divulgação pedagógica e científica, quando auferidos por titulares de direitos
de autor ou conexos residentes em território português, desde que sejam os
titulares originários, são considerados no englobamento, para efeitos de IRS,
apenas por 50% do seu valor, líquido de outros benefícios.

2 - Excluem-se do disposto no número anterior os rendimentos provenientes de


obras escritas sem caráter literário, artístico ou científico, obras de arquitetura
e obras publicitárias.

3 - A importância a excluir do englobamento nos termos do n.º 1 não pode


exceder € 10 000.
(artigo 58.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, com a redação que vigorou até 31/12/2014)

Campo 455 - Benefícios para a criação de emprego

Este campo destina-se a indicar o valor da majoração correspondente a 50% do montante


contabilizado como gasto do exercício respeitante aos encargos correspondentes à criação
líquida de postos de trabalho para jovens e para desempregados de longa duração,
admitidos por contrato de trabalho por tempo indeterminado, com as limitações previstas
no artigo 19.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

O montante máximo da majoração anual, por posto de trabalho, é o correspondente a 14


vezes a retribuição mínima mensal garantida (cfr. n.º 3 do art.º 19.º do EBF).

Campo 456 - Rendimentos obtidos fora do território português líquidos do imposto


pago

Neste campo devem ser deduzidos, quando tenham influenciado o resultado líquido do

234 IRS 2014


Anexo C

exercício, os rendimentos obtidos no estrangeiro líquidos do imposto pago. O rendimento e


o imposto pago no estrangeiro devem ser declarados no anexo J.

Se o resultado líquido não estiver influenciado pelos rendimentos obtidos no estrangeiro,


por não terem sido contabilizados como proveito, não haverá lugar à indicação de qualquer
valor neste campo. Se, da mesma forma, o imposto pago no estrangeiro não tiver sido
contabilizado como custo, não deverá proceder-se a qualquer correção ao resultado líquido
no quadro 4 deste anexo C.

Campo 459 - Prejuízo apurado no exercício para efeitos fiscais

Este campo é de preenchimento obrigatório, devendo nele ser inscrito o prejuízo apurado
no exercício para efeitos fiscais, se das correções ao resultado líquido for apurado um valor
negativo.

Campo 460 - Lucro tributável apurado no exercício

Este campo é de preenchimento obrigatório, devendo nele ser inscrito o lucro tributável
apurado no exercício, se das correções ao resultado líquido for apurado um valor positivo.

O reporte de prejuízos fiscais apurados em anos anteriores serão assumidos automaticamente


na liquidação do imposto.

Campo 462 - Atualização dos encargos plurianuais de explorações silvícolas

Neste campo deve ser deduzida a atualização dos encargos plurianuais de explorações
silvícolas, da acordo com o previsto no artigo 34.º do Código do IRS, cuja redação diz que
«A parte dos encargos das explorações silvícolas plurianuais suportados durante o ciclo da
produção, equivalente à percentagem que a extração efetuada no exercício represente na
produção total do mesmo produto e ainda não considerada em exercício anterior, é atualizada
pela aplicação dos coeficientes constantes da portaria a que se refere o artigo 50.º».

Campo 463 - Microprodução de eletricidade (parte excluída da tributação)

Neste campo deve ser indicado o valor excluído de tributação em sede de IRS (que terá de
ser de montante inferior a € 5.000), tal como se encontra definido no n.º 6 do artigo 12.º do
Decreto-Lei n.º 363/2007 (a), de 2 de novembro, no âmbito da produção de eletricidade por
intermédio de unidades de microprodução.
(a) - Atualmente, o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade, que constava do Decreto-
Lei n.º 363/2007, de 2/11, encontra-se agora integrado no Decreto-Lei n.º 153/2014, de 20
de outubro, diploma este que reformulou e integrou os regimes anteriores de miniprodução e
microprodução, revogando, consequentemente, o Decreto-Lei n.º 34/2011, de 8/3, bem como o
Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2/11.

IRS 2014 235


Anexo C

Microprodução de eletricidade (parte excluída da tributação em sede de IRS)


O rendimento de montante inferior a € 5.000, resultante da atividade de
microprodução prevista neste decreto-lei, fica excluído da tributação em IRS.
(n.º 6 do art.º 12.º do Dec. Lei n.º 363/2007, de 2/11, republicado no D.R. n.º 207, de 27/10/2010)

Campo 464 - Gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos


com pagamento diferido: gastos de juros

Neste campo devem ser acrescidos os gastos referentes a inventários e a fornecimentos


e serviços externos com pagamento diferido (gastos de juros), os quais são imputáveis ao
período de tributação a que respeitam pela quantia nominal da contraprestação, tal como
determina o no n.º 5 do artigo 18.º do Código do IRC, com a redação dada pela Lei n.º
2/2014, de 16/1.

Campo 465 - Despesas ilícitas

Neste campo devem ser acrescidas as despesas ilícitas, designadamente as que decorram
de comportamentos que fundadamente indiciem a violação da legislação penal portuguesa,
mesmo que ocorridos fora do alcance territorial da sua aplicação, na medida em que a
alínea d) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC não permite a sua dedução para efeitos
da determinação do lucro tributável.

Campo 466 - Encargos relativos a barcos de recreio e aeronaves de passageiros

Neste campo devem ser acrescidos os encargos relativos a barcos de recreio e aeronaves
de passageiros, que não estejam afetos à exploração do serviço público de transportes
nem se destinem a ser alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo, uma
vez que a alínea k) do n.º 1 do artigo 23.º-A do Código do IRC não permite a sua dedução
para efeitos da determinação do lucro tributável.

Campo 467 - Transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável: saldo positivo referente aos elementos patrimoniais transferidos
para outros Estados membros da UE ou do EEE

Verificando-se a transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável situado em território nacional, para outros Estados membros da União Europeia
(UE) ou do Estado Económico Europeu (EEE), deve neste campo 467 ser acrescido o
saldo positivo referente aos elementos patrimoniais transferidos, em conformidade com os
artigos 83.º e 84.º do Código do IRC.

236 IRS 2014


Anexo C

Campo 468 - Transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável: saldo positivo referente aos elementos patrimoniais transferidos
para países fora da UE ou do EEE

Verificando-se a transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável situado em território nacional, para países fora da União Europeia (UE) ou do Estado
Económico Europeu (EEE), deve neste campo 468 ser acrescido o saldo positivo referente
aos elementos patrimoniais transferidos, em conformidade com os artigos 83.º e 84.º do
Código do IRC.

Campo 469 - Gastos referentes a inventários e a fornecimentos e serviços externos


com pagamento diferido; diferente entre a quantia nominal da
contraprestação e o justo valor

Neste campo devem ser deduzidos os gastos referentes a inventários e a fornecimentos


e serviços externos com pagamento diferido (diferente entre a quantia nominal da
contraprestação e o justo valor), os quais são imputáveis ao período de tributação a que
respeitam pela quantia nominal da contraprestação, tal como determina o no n.º 5 do artigo
18.º do Código do IRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1.

Campo 470 - Perdas por imparidade tributadas em períodos de tributação anteriores

Neste campo devem ser deduzidas as perdas por imparidade tributadas em períodos de
tributação anteriores, em conformidade com o disposto nos artigos 28.º, 28.º-A, n.º 1, e 31.º,
n.º 7, do Código do IRC.

Campo 471 - Gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades de investimento


e ativos biológicos não consumíveis

Neste campo devem ser deduzidos o gasto fiscal relativo a ativos intangíveis, propriedades
de investimento e ativos biológicos não consumíveis, de acordo com o disposto no artigo
45.º-A do Código do IRC.

O disposto no n.º 1 do artigo 45.º-A do Código do IRC, na redação dada pela presente lei,
aplica-se apenas aos ativos adquiridos em ou após 1 de janeiro de 2014 (n.º 1 do artigo 12.º
da Lei n.º 2/2014, de 16/1).

Ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não


consumíveis

1 - É aceite como gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20


períodos de tributação após o reconhecimento inicial, o custo de aquisição dos

IRS 2014 237


Anexo C

seguintes ativos intangíveis quando reconhecidos autonomamente, nos termos


da normalização contabilística, nas contas individuais do sujeito passivo:

a) Elementos da propriedade industrial tais como marcas, alvarás, processos


de produção, modelos ou outros direitos assimilados, adquiridos a título
oneroso e que não tenham vigência temporal limitada;

b) O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais.

2 - O custo de aquisição, as grandes reparações e beneficiações e as benfeitorias


das propriedades de investimento que sejam subsequentemente mensuradas
ao justo valor é aceite como gasto para efeitos fiscais, em partes iguais, durante
o período de vida útil que se deduz da quota mínima de depreciação que seria
fiscalmente aceite caso esse ativo permanecesse reconhecido ao custo de
aquisição.

3 - O custo de aquisição dos ativos biológicos não consumíveis, que sejam


subsequentemente mensurados ao justo valor, é aceite como gasto para
efeitos fiscais, em partes iguais, durante o período de vida útil que se deduz
da quota mínima de depreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo
permanecesse reconhecido ao custo de aquisição.

4 - O disposto no n.º 1 não é aplicável:

a) Aos ativos intangíveis adquiridos no âmbito de operações de fusão, cisão


ou entrada de ativos, quando seja aplicado o regime especial previsto no
artigo 74.º;

b) Ao goodwill respeitante a participações sociais;

c) Aos ativos intangíveis adquiridos a entidades residentes em país, território


ou região sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorável constante
de lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela
área das finanças.
(artigo 45.º-A do CIRC, aditado pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 472 - 50% dos rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade


industrial

Neste campo devem ser deduzidos 50% dos rendimentos de patentes e outros direitos de
propriedade industrial, de acordo com o disposto no artigo 50.º-A do Código do IRC.

O disposto no artigo 50.º-A do Código do IRC, na redação dada pela presente lei, aplica-se
apenas às patentes e aos desenhos ou modelos industriais registados em ou após 1 de
janeiro de 2014 (n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 2/2014, de 16/1).

238 IRS 2014


Anexo C

Campo 473 - Transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável: saldo negativo referente aos elementos patrimoniais transferidos
para fora do território português

Verificando-se a transferência de residência ou cessação da atividade de estabelecimento


estável situado em território nacional, para países fora da União Europeia (UE) ou do Estado
Económico Europeu (EEE), deve neste campo 473 ser abatido o saldo negativo referente
aos elementos patrimoniais transferidos, em conformidade com os artigos 83.º e 84.º do
Código do IRC.

QUADRO 4A

4A Rendimentos da propriedade intelectual

Se preencheu o campo 454, indique a totalidade dos rendimentos da propriedade intelectual


abrangidos pelo art.º 58.º do EBF (Parte isenta e parte não isenta) 461 | . . . |

Se preencheu o campo 454 do Quadro 4 (rendimentos da propriedade intelectual - parte


isenta), indique o valor total dos rendimentos da propriedade intelectual, que estejam
abrangidos pelo artigo 58.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, no campo 461, isto é, deve
indicar-se a parte sujeita e não isenta adicionada da parte isenta.

QUADRO 5

5 Discriminação por regime de tributação


Prejuízo fiscal Lucro fiscal
Atividades profissionais, comerciais e industriais 501 . . . , 503 . . . ,
Atividades agrícolas, silvícolas e pecuárias 502 . . . , 504 . . . ,
Atividades financeiras (Códigos CAE 65, 66 ou 67) 505 . . . , 506 . . . ,

Este quadro só deve ser preenchido se tiverem sido exercidas, simultaneamente, atividades
da categoria B que tenham regimes fiscais diferentes, como é o caso das atividades agrícolas
(n.º 4 do art.º 4.º do CIRS) e das atividades financeiras (CAE iniciado por 64, 65 ou 66)
exercidas na Região Autónoma dos Açores, conforme decisão da Comissão Europeia C
(2002) 4487, de 11/12/2012.

O somatório dos valores inscritos neste quadro deve corresponder ao valor constante do
campo 459 ou 460 do Quadro 4.

Campos 501 e 503

Se os rendimentos declarados respeitarem, simultaneamente, a atividades profissionais,

IRS 2014 239


Anexo C

comerciais, industriais e a outros rendimentos da categoria B que devam ser indicados nos
campos 502 a 506, deverá inscrever o prejuízo fiscal (campo 501) ou o lucro fiscal (campo
503) obtido no exercício das atividades profissionais, comerciais e industriais.

Campos 502 e 504

Se os rendimentos declarados respeitarem, simultaneamente, a atividades agrícolas,


silvícolas ou pecuárias e a outros rendimentos da categoria B, deve inscrever o prejuízo
fiscal (campo 502) ou o lucro fiscal (campo 504) obtidos no exercício da atividade agrícola,
silvícola ou pecuária.

Campos 505 e 506

Se os rendimentos declarados respeitarem, simultaneamente, a atividades financeiras


(CAE iniciado por 64, 65 ou 66) exercidas na Região Autónoma dos Açores e a outros
rendimentos da categoria B, deverá inscrever o prejuízo fiscal (campo 505) ou o lucro fiscal
(campo 506) obtidos no exercício da atividade financeira.

QUADRO 6

6 Discriminação dos encargos - art.º 33.º, n.º 1, alíneas a) a c), do CIRS (só para o ano de 2001)
Total das despesas Correções Custo fiscal
. . ,
Encargos suportados com viaturas 601 . . , 606 . . , 611
. . ,
Despesas de representação 602 . . , 607 . . , 612
. . ,
Despesas de valorização profissional 603 . . , 608 . . , 613
. . ,
Deslocações, viagens e estadas 604 . . , 609 . . , 614
. . ,
Soma 605 . . , 610 . . , 615
. . ,
Total dos proveitos sujeitos a tributação e não isentos x 25% = 616

Este quadro destina-se a discriminar os encargos previstos nas alíneas a) a c) do n.º 1 do


artigo 33.º do Código do IRS, na redação em vigor em 2001, nas declarações respeitantes
a esse ano, cuja redação era a seguinte:

a) 50% dos encargos com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, depois de
feitas as correções incluídas nos campos 414 e 426 do quadro 4;

b) A parte das despesas de representação e de valorização profissional que no seu conjunto


ultrapasse 10% dos rendimentos brutos sujeitos e não isentos;

c) A parte das despesas de deslocação, viagens e estadas do sujeito passivo e dos membros
do agregado familiar que com ele trabalhem que exceda 10% dos rendimentos brutos
sujeitos e não isentos;

240 IRS 2014


Anexo C

QUADRO 7

7 Lucros reinvestidos por residentes na Região Autónoma da Madeira

Lucros reinvestidos nos termos do Decreto Legislativo Regional da Madeira n.º 5/2000/M, de 28/2 701 |___._____._____,___|

O benefício previsto neste quadro, consistia numa dedução à coleta, correspondente a


15% dos lucros reinvestidos nos exercícios de 2000 a 2002, aplicável aos sujeitos passivos
de IRS que, exercendo uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola,
possuíssem contabilidade organizada, fossem considerados fiscalmente residentes na
Região Autónoma da Madeira, e se mostrassem preenchidos os restantes condicionalismos
previstos no respetivo diploma.

QUADRO 8

8 Deduções à coleta
Rendimentos sujeitos a Crédito de imposto Crédito fiscal ao investimento
retenção Retenções na fonte Pagamentos por conta (2001) DRReg. nº 6/2007/M

801 . . , 802 . . , 803 . . , 804 . . , 805 . . ,

Identificação das entidades que efetuaram as retenções e respetivos valores


Valor Valor
NIF 806 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___| NIF 812 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|
NIF 807 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___| NIF 813 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|
NIF 808 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___| NIF 814 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|
NIF 809 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___| NIF 815 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|
NIF 810 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |_ _.____.____,___| NIF 816 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|
NIF 811 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___| NIF 817 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| |___.____.____,___|

Campos 801 e 802

No campo 801 devem ser indicados os rendimentos ilíquidos (incluindo adiantamentos)


sujeitos a retenção, enquanto que no campo 802 se deve fazer constar as retenções que
sobre eles foram efetuadas.

No que se refere aos «Adiantamentos» devem ser indicadas as importâncias recebidas


que foram sujeitas a retenção, no ano a que respeita a declaração, a título de provisão,
adiantamento ou qualquer outro destinadas a custear despesas da responsabilidade dos
clientes, as quais, não integrando os rendimentos ilíquidos do ano em causa, devem ser
consideradas como receita no ano seguinte ao da sua receção [cfr. alínea b) do n.º 4 do
art.º 116.º do CIRS, na redação que vigorou até 31/12/2014].

Campo 803

Deve aqui ser declarado o valor total dos pagamentos por conta, efetuados durante o ano

IRS 2014 241


Anexo C

pelo titular dos rendimentos, em obediência ao disposto no artigo 102.º do Código do IRS,
para que sejam deduzidos à coleta nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do mesmo diploma.

Caso se trate de herança indivisa, os pagamentos por conta efetuados pelo empresário
falecido no ano em que ocorreu o óbito, serão de indicar no campo 601 do Quadro 6 do
anexo D pelo cônjuge sobrevivo.

Campo 804

Se a declaração respeitar ao ano de 2001, será de indicar o crédito de imposto a que o


titular dos rendimentos tenha direito, de acordo com o que dispunha o artigo 80.º do Código
do IRS, revogado pela Lei n.º 109-B/2001, de 27 de dezembro.

Campo 805

Neste campo (Crédito fiscal ao investimento) deve ser declarado o valor do investimento
realizado no âmbito do Decreto Regulamentar Regional n.º 6/2007/M, de 22 de agosto, da
Região Autónoma da Madeira.

Campos 806 a 817

Nestes campos, sempre que se indiquem valores de retenção no campo 802, deve proceder-
se à discriminação das entidades que efetuaram as retenções, identificando-as através dos
respetivos números de identificação fiscal, e indicando os correspondentes valores retidos.

QUADRO 9

9 Prejuízos fiscais a deduzir em caso de sucessão por morte


Rendimentos profissionais, Rendimentos agrícolas,
Verificando-se a situação prevista Ano comerciais e industriais silvícolas e pecuários
no art.º 37.º do CIRS, identifique o 902 | | | 908 . . . , 914 . . . ,
autor da sucessão: 903 | | | 909 . . . , 915 . . . ,
904 | | | 910 . . . , 916 . . . ,
Número fiscal de contribuinte
901 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| 905 | | | 911 . . . , 917 . . . ,
906 | | | 912 . . . , 918 . . . ,
907 | | | 913 . . . , 919 . . . ,

Este quadro só deve ser preenchido no ano em que ocorra o óbito do empresário de que
resultou uma herança indivisa.

São de indicar, apenas, os prejuízos fiscais gerados, por atividades empresariais ou


profissionais (categoria B), em vida do autor da herança, e ainda não deduzidos, os quais,
uma vez declarados pelos sucessores no anexo respeitante ao ano do óbito, não deverão
sê-lo em anos posteriores, salvo se for para declarar, no ano seguinte, os prejuízos do
ano do óbito.

242 IRS 2014


Anexo C

Para esse efeito é indispensável o preenchimento do campo 901, identificando o autor da


sucessão e indicando, por anos, os montantes dos prejuízos apurados nos últimos cinco
anos que ainda não tiverem sido deduzidos, na respetiva categoria, pelo agregado familiar
de que o autor da herança fazia parte.

Dedução de prejuízos fiscais

A dedução de prejuízos fiscais prevista no artigo 52.º do Código do IRC só


nos casos de sucessão por morte aproveita ao sujeito passivo que suceder
àquele que suportou o prejuízo.
(artigo 37.º do CIRS, com a redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30/12)

QUADRO 10

10 Tributação Autónoma sobre despesas

Despesas não documentadas - art.º 73.º, n.º 1, do CIRS 1001 . . ,


Despesas de representação e encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos - art.º
73.º, n.º 2, alínea a) do CIRS, em anos anteriores a 2014 1002 . . ,
Encargos com automóveis ligeiros de passageiros ou mistos, com emissões de CO2 inferiores aos limites - art.º
73.º, n.º 2, alínea b) do CIRS (aplicável em anos anteriores a 2014) 1003 . . ,

Importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a não residente - art.º 73.º, n.º 6, do CIRS 1004 . . ,

Ajudas de custo e compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador - art.º 73.º n.º 7 do CIRS 1005 . . ,
Despesas de representação e encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, cujo custo de aquisição seja
inferior 20.000 euros, motos e motociclos - art.º 73.º, n.º 2, alínea a) do CIRS 1006 . . ,
Encargos com automóveis ligeiros de passageiros ou mistos, cujo custo de aquisição seja igual ou superior a
20.000 euros - artigo73.º, n.º 2, alínea b) do CIRS 1007 . . ,

Soma (1001 + ... + 1007) . . ,

São declarados neste quadro os montantes das despesas sujeitas a tributação autónoma,
nos termos do artigo 73.º, n.ºs 1, 2, 6 e 7, do Código do IRS, de acordo com as indicações
constantes dos campos 1001 a 1005 a seguir referidos.

Campo 1001

São de levar a este campo as despesas não documentadas, suportadas no âmbito do


exercício de atividades empresariais e profissionais, as quais estão sujeitas a tributação
autónoma à taxa de 50% (cfr. n.º 1 do art.º 73.º do CIRS).

Despesas não documentadas (o que se considera como tal)

Consideram-se despesas não documentadas aquelas em relação às quais


não existe (ou se existe não é disponibilizada) prova documental que permita
identificar a sua natureza e o correspondente beneficiário.

IRS 2014 243


Anexo C

Por isso, não confundir tais despesas com as despesas não devidamente
documentadas, já que estas encontram-se apoiadas em documentos mas
não permitem conhecer fácil, clara e precisamente a operação que lhe está
subjacente.

Só as primeiras (as não documentadas) é que estão sujeitas a tributação


autónoma e devem ser levados ao Campo 1001.

Campo 1002

São de levar a este campo os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação


e a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos, as quais estão
sujeitas a tributação autónoma à taxa de 10% [cfr. alínea a) do n.º 2 do art.º 73.º do CIRS,
com a redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31/12], aplicável em anos anteriores a 2014.

Despesas de representação (o que se considera como tal)

Consideram-se despesas de representação, nomeadamente, os encargos


suportados com receções, refeições, viagens, passeios e espetáculos
oferecidos no país ou no estrangeiro a clientes ou fornecedores ou ainda a
quaisquer outras pessoas ou entidades.
(n.º 4 do artigo 73.º do CIRS)

Encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas motos e


motociclos (o que se considera como tal)

Consideram-se encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros,


motos e motociclos, nomeadamente, as reintegrações, rendas ou alugueres,
seguros, despesas com manutenção e conservação, combustíveis e impostos
incidentes sobre a sua posse ou utilização.
(n.º 5 do artigo 73.º do CIRS)

Campo 1003

São de levar a este campo os encargos dedutíveis relativos a automóveis ligeiros de


passageiros ou mistos cujos níveis homologados de emissão de CO2 sejam inferiores a
120 g/km, no caso de serem movidos a gasolina, e inferiores a 90g/km, no caso de serem
movidos a gasóleo, desde que, em ambos os casos, tenha sido emitido certificado de
conformidade [art. 73.º, n.º 2, alínea b), do Código do IRS] - aplicável em anos anteriores
a 2014.

Não estão sujeitos a tributação autónoma os veículos movidos exclusivamente a energia


elétrica (cfr. parte final do corpo do n.º 2 do art. 73.º do CIRS).

244 IRS 2014


Anexo C

Campo 1004

São de levar a este campo as despesas correspondentes a importâncias pagas ou


devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território
português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como
definido para efeitos de IRC, salvo se o sujeito passivo puder provar que tais encargos
correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um
montante exagerado, as quais estão sujeitas a tributação autónoma à taxa de 35% (cfr. n.º
6 do art.º 73.º do CIRS).

Campo 1005

São de levar a este campo os encargos dedutíveis relativos a despesas com ajudas de
custo e com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço
da entidade patronal, não faturadas a clientes, escrituradas a qualquer título, exceto na
parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário,
bem como os encargos da mesma natureza, que não sejam dedutíveis nos termos da
alínea h) do n.º 1 do artigo 23.º-A.º do Código do IRC, suportados por sujeitos passivos que
apresentem prejuízo fiscal no exercício a que os mesmos respeitam, os quais estão sujeitas
a tributação autónoma à taxa de 5% (cfr. n.º 7 do art.º 73.º do CIRS).

Campo 1006

São de levar a este campo as despesas de representação e encargos com viaturas ligeiras
de passageiros ou mistas, cujo custo de aquisição seja inferior a 20.000 euros, motos e
motociclos, as quais estão sujeitas a tributação autónoma à taxa de 10% [cfr. alínea a) do
n.º 2 do art.º 73.º do CIRS, com a redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31/12], aplicável
a partir do ano de 2014.

Campo 1007

São de levar a este campo os encargos com automóveis ligeiros de passageiros ou mistos,
cujo custo de aquisição seja igual ou superior 20.000 euros, os quais estão sujeitas a
tributação autónoma à taxa de 20% [cfr. alínea b) do n.º 2 do art.º 73.º do CIRS, com a
redação dada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31/12], aplicável a partir do ano de 2014.

QUADRO 11

11 Opção pela Tributação Autónoma dos Agentes Desportivos (anos 2006 e anteriores)

Rendimentos ilíquidos provenientes da atividade desportiva 1101 |___.____.____,___|

No campo 1101 devem ser declarados os rendimentos ilíquidos auferidos, exclusivamente


pela prática de atividade desportiva, pelos agentes desportivos (praticantes e árbitros) que
optem pela tributação autónoma, no âmbito de uma relação de trabalho independente,

IRS 2014 245


Anexo C

ao abrigo do disposto no artigo 3.º-A do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30/11, relativamente


aos anos de 2006 e anteriores.

O benefício de que desfrutavam estes sujeitos passivos terminou em 31/12/2006. A partir


de 2007 os agentes desportivos deixaram de beneficiar daquela disposição.

QUADRO 12

12 Total das Vendas / Prestações de Serviços e outros rendimentos


Do Ano N Do Ano N-1 Do Ano N-2
Vendas 1201 . . , 1203 . . , 1205 . . ,
Subsídios 1210 . . , 1211 . . , 1212 . . ,
Prestações de serviços e outros rendimentos 1202 . . , 1204 . . , 1206 . . ,
SOMA 1207 . . , 1208 . . , 1209 . . ,

Os rendimentos a mencionar neste quadro devem abranger todos os que estiveram na


base do resultado líquido do período, incluindo os indicados nos campos 403, 408 e 410 no
quadro 4 do anexo H, no quadro 5 do anexo H, bem como aqueles que foram indicados nos
campos 403 a 406 e 421 do anexo J.
Quando a declaração de rendimentos se reportar aos anos de 2001 a 2006, deve ainda ser
incluído o rendimento indicado no campo 1101.
O total das vendas deve ser indicado separadamente do total das prestações de serviços
e de outros rendimentos, sujeitos a imposto, incluindo os que se encontram isentos,
obtidos no ano a que se refere a declaração e nos dois anos imediatamente anteriores.
Nos campos 1210, 1211 e 1212 devem ser mencionados os valores respeitantes a subsídios
à exploração e subsídios não destinados à exploração que tenham influenciado o resultado
líquido do período.
Nos campos 1202, 1204 ou 1206 devem ser indicados, para além dos rendimentos previstos
nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do IRS, também os referidos no seu n.º
2, ou seja:
- Rendimentos prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais
e profissionais;
- Rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais
e profissionais;
- Mais-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresariais
e profissionais, definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, designadamente
as resultantes da transferência para o património particular dos empresários de quaisquer
bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se
encontrando nessas condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do artigo 10.º
do Código do IRS, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais
e profissionais;
- As importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a atividade exercida,

246 IRS 2014


Anexo C

nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do


local do respetivo exercício;
- As importâncias relativas à cessão temporária de exploração de estabelecimento;
Na declaração referente ao exercício de 2014, o Ano N é o ano de 2014, o Ano N-1 é o ano
de 2013 e o Ano N-2 é o ano de 2012.

QUADRO 12A

12 Total das Vendas / Prestações de Serviços e outros rendimentos


A Identificação das entidades que pagaram subsídios
NIPC das Subsídios destinados à Subsídios não destinados à exploração
entidades exploração
N N-1 N-2 N-3 N-4
| | | | | | | | . . , . . , . . , . . , . . , . . ,
| | | | | | | | . . , . . , . . , . . , . . , . . ,

Neste quadro devem ser identificadas as entidades que procederam a pagamentos de


subsídios ou subvenções bem como as respetivas importâncias de acordo com a natureza
do subsídio.

Na coluna "NIPC das entidades", deve ser indicado o NIPC da entidade que pagou o
subsídio.

Na coluna "Subsídios destinados à exploração", deve ser indicado o montante do (s)


subsídio (s) recebido (s), por entidade, durante o ano a que a declaração respeita.

Na coluna "Subsídios não destinados à exploração", deve ser indicado o montante do (s)
subsídio (s) recebido (s), durante o ano a que a declaração respeita (coluna N), bem como
eventuais subsídios recebidos nos últimos quatro anos (colunas N-1 a N-4), por entidade.

Na declaração referente ao exercício de 2014, o Ano N é o ano de 2014, o Ano N-1 é o ano
de 2013, o Ano N-2 é o ano de 2012, o Ano N-3 é o ano de 2011 e o Ano N-4 é o ano de
2010.

QUADRO 13

13 Mais-valias - Reinvestimentos dos valores de realização


Intenção de reinvestimento 4
1 2 3 Concretização do
Tipo de investimento Ano da Valor Saldo entre as Reinvestimento
mais-valia de realização mais-valias e as
menos-valias
Ano Valor
N 1303 . . ,
Ativo fixo tangível N 1301 . . , 1302 . . , N-1 1304 . . ,
N-1 N 1305 . . ,
N-2 N 1306 . . ,

IRS 2014 247


Anexo C

N 1309 . . ,
Partes de capital N 1307 . . , 1308 . . , N-1 1310 . . ,
(aplicável a anos N-1 N 1311 . . ,
anteriores a 2014) N-2 N 1312 . . ,
N 1315 . . ,
Ativos intangíveis N 1313 . . , 1314 . . , N-1 1316 . . ,
N-1 N 1317 . . ,
N-2 N 1318 . . ,

Este quadro destina-se a dar cumprimento ao disposto no n.º 5 do artigo 48.º do Código do
IRC, pelo que o seu preenchimento apenas é obrigatório quando haja intenção de efectuar
o reinvestimento do valor de realização de ativos fixos tangíveis, ativos biológicos não
consumíveis ou ativos intangíveis.

Reinvestimento dos valores de realização

Para efeitos do disposto nos n.ºs 1 e 2, os sujeitos passivos devem mencionar


a intenção de efetuar o reinvestimento na declaração a que se refere a alínea
c) do n.º 1 do artigo 117.º do período de tributação em que a realização ocorre,
comprovando na mesma e nas declarações dos dois períodos de tributação
seguintes os reinvestimentos efetuados.
(n.º 5 do artigo 48.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 1301

Neste campo deve ser inscrito o somatório dos valores de realização resultante da
transmissão onerosa de ativos fixos tangíveis ou de ativos biológicos não consumíveis
correspondente ao saldo apurado entre as mais-valias e as menos-valias (campo 1302)
realizadas no ano N (ano a que respeita a declaração), relativamente ao qual se pretende
beneficiar do reinvestimento (n.º 1 do art.º 48.º do Código do IRC).

Reinvestimento dos valores de realização

1 - Para efeitos da determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre


as mais-valias e as menos-valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores,
realizadas mediante a transmissão onerosa de ativos fixos tangíveis, ativos
intangíveis e ativos biológicos que não sejam consumíveis, detidos por um
período não inferior a um ano, ainda que qualquer destes ativos tenha sido
reclassificado como ativo não corrente detido para venda, ou em consequência
de indemnizações por sinistros ocorridos nestes elementos, é considerada em
metade do seu valor, quando:

a) O valor de realização correspondente à totalidade dos referidos ativos seja


reinvestido na aquisição, produção ou construção de ativos fixos tangíveis,
de ativos intangíveis ou de ativos biológicos que não sejam consumíveis,
no período de tributação anterior ou da realização, no próprio período de

248 IRS 2014


Anexo C

tributação ou até ao fim do 2.º período de tributação seguinte; (aditada pela


Lei n.º 2/2014, de 16/1)

b) Os bens em que seja reinvestido o valor de realização;

1) Não sejam bens adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS


ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos definidos no
n.º 4 do artigo 63.º.

2) Sejam detidos por um período não inferior a um ano contado do final do


período de tributação em que ocorra o reinvestimento ou, se posterior,
a realização.
(n.º 1 do artigo 48.º do CIRC, com a redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16/1)

Campo 1302

Neste campo deve ser inscrito o valor do saldo apurado, no ano N (ano a que respeita a
declaração), entre as mais-valias e as menos-valias realizadas com a alienação de ativos
fixos tangíveis ou de ativos biológicos de que se pretende beneficiar do reinvestimento.

Campo 1303

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração (ano
N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais apurado
nesse mesmo ano relativo a ativos fixos tangíveis ou ativos biológicos.

Campo 1304

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano anterior a que respeita a
declaração (N-1), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias
fiscais apurado no ano da declaração (N) relativo a ativos fixos tangíveis ou ativos biológicos.

Campo 1305

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a ativos fixos tangíveis ou ativos biológicos apurado no ano anterior (N-1), no qual foi
declarada a intenção de reinvestir.

Campo 1306

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a ativos fixos tangíveis ou ativos biológicos apurado no penúltimo ano (N-2), no qual foi
declarada a intenção de reinvestir.

IRS 2014 249


Anexo C

Campo 1307

Neste campo deve ser inscrito o somatório dos valores de realização resultante da
transmissão onerosa de partes de capital correspondente ao saldo apurado entre as
mais-valias e as menos-valias (campo 1308) realizadas no ano N (ano da declaração),
relativamente ao qual se pretende beneficiar do reinvestimento (n.º 4 do art.º 48.º do Código
do IRC). Este campo só pode ser preenchido para anos anteriores a 2014.

Campo 1308

Neste campo deve ser inscrito o valor do saldo apurado, no ano N, entre as mais-valias e as
menos-valias realizadas com a alienação de partes de capital de que se pretende beneficiar
do reinvestimento. Este campo só pode ser preenchido para anos anteriores a 2014.

Campo 1309

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais apurado
nesse mesmo ano relativo a partes de capital. Este campo só pode ser preenchido para
anos anteriores a 2014.

Campo 1310

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano anterior ao da declaração (N-1),
correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais apurado no
ano da declaração (N) relativo a partes de capital. Este campo só pode ser preenchido para
anos anteriores a 2014.

Campo 1311

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a partes de capital apurado no ano anterior (N-1), no qual foi declarada a intenção de
reinvestir. Este campo só pode ser preenchido para anos anteriores a 2014.

Campo 1312

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a partes de capital apurado no penúltimo ano (N-2), no qual foi declarada a intenção de
reinvestir. Este campo só pode ser preenchido para anos anteriores a 2014.

250 IRS 2014


Anexo C

Campo 1213

Neste campo deve ser inscrito o somatório dos valores de realização resultante da
transmissão onerosa de ativos intangíveis correspondente ao saldo apurado entre as
mais-valias e as menos-valias (campo 1314) realizadas no ano N (ano da declaração),
relativamente ao qual se pretende beneficiar do reinvestimento (n.º 1 do art.º 48.º do Código
do IRC).

Campo 1214

Neste campo deve ser inscrito o valor do saldo apurado, no ano N, entre as mais-valias
e as menos-valias realizadas com a alienação de ativos intangíveis de que se pretende
beneficiar do reinvestimento.

Campo 1215

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais apurado
nesse mesmo ano relativo a ativos intangíveis.

Campo 1216

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano anterior a que respeita a
declaração (N-1), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias
fiscais apurado no ano da declaração (N) relativo a ativos intangíveis.

Campo 1217

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a ativos intangíveis apurado no ano anterior (N-1), no qual foi declarada a intenção de
reinvestir.

Campo 1218

Este campo destina-se a indicar o valor reinvestido no ano a que respeita a declaração
(N), correspondente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias fiscais relativo
a ativos intangíveis apurado no penúltimo ano (N-2), no qual foi declarada a intenção de
reinvestir.

IRS 2014 251


Anexo C

Exemplo:
No ano a que respeita a declaração:
- saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias relativo a elementos do ativo fixo
tangível: € 4 000,00.
- valor de realização dos elementos que geraram aquele saldo positivo: € 10 000,00.
- intenção de reinvestimento: € 10 000,00.
- valor reinvestido no ano a que respeita a declaração (N): € 3 000,00.
- valor reinvestido no ano anterior ao da declaração (N-1); € 2 000,00.

13 Mais-valias - Reinvestimentos dos valores de realização


Intenção de reinvestimento 4
3 Saldo entre as Reinvestimento
Tipo de investimento 1 Ano da 2 Valor
mais-valia de realização mais-valias e as
menos-valias Ano Valor
N 1303 3.000.00
N 1301 10.000,00 1302 4.000.00 N-1 1304 2.000,00
Ativo fixo tangível
N-1 N 1305
N-2 N 1306

No ano seguinte reinveste € 2 200,00, pelo que, nesse ano, deverá preencher o quadro
da seguinte forma:

13 Mais-valias - Reinvestimentos dos valores de realização


Intenção de reinvestimento 4
Tipo de investimento Reinvestimento
1 Ano da 2 Valor 3 Saldo entre as
mais-valia de realização mais-valias e as Ano Valor
menos-valias
N 1303 . . ,
Ativo fixo tangível N 1301 . . , 1302 . . , N-1 1304 . . ,
N-1 N 1305 2.200,00
N-2 N 1306 . . ,

No segundo ano seguinte reinveste € 1.000,00, pelo que, nesse ano, deverá preencher o
quadro da seguinte forma:

13 Mais-valias - Reinvestimentos dos valores de realização


Intenção de reinvestimento 4
Reinvestimento
Tipo de investimento 1 Ano da 2 Valor 3 Saldo entre as
mais-valia de realização mais-valias e as Ano Valor
menos-valias
N 1303 . . ,
Ativo fixo tangível N 1301 . . , 1302 . . , N-1 1304 . . ,
N-1 N 1305 . . ,
N-2 N 1306 1.000,00

No final do segundo ano seguinte ao do apuramento do saldo positivo entre as mais-valias


e as menos-valias haverá que proceder à seguinte correção, a efetuar no quadro 4:
Total do reinvestimento = 3 000,00 + 2 000,00 + 2 200,00 + 1 000.00 = 8 200,00
Valor de realização não reinvestido = 10 000,00 - 8 200,00 = 1 800,00
Nesse ano deverá também inscrever, no campo 432 do quadro 4, o valor de € 414,00, que
corresponde ao acréscimo por não reinvestimento majorado em 15%, ou seja:
1 800,00 x 4 000,00 x 50% x 1,15 = 414,00
10 000,00

252 IRS 2014


Anexo C

QUADRO 14

14 Alienação de direitos reais sobre bens imóveis

Houve alienação de imóveis ? SIM 1 |__| NÃO 2 |__| Se assinalou o campo 1 indique os imóveis:

Identificação matricial dos prédios alienados e respetivos valores


Freguesia (código) Tipo Artigo Fração / Secção Valor de Venda Valor definitivo Art.º 139.º do CIRC
1401 | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . , Sim |__| Não |__|
1402 | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . , Sim |__| Não |__|
1403 | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . , Sim |__| Não |__|
1404 | | | | | | | | | | | | | | | . . , . . , Sim |__| Não |__|

Na primeira parte deste quadro 14 deve-se indicar no campo 1 ou 2, respetivamente, se


houve ou não alienação de direitos reais sobre bens imóveis. Em caso afirmativo, deve
indicar cada um dos prédios ou frações alienadas.

Nos casos em que o valor de realização a considerar relativamente à alienação de direitos


reais sobre bens imóveis no quadro 4 seja o valor patrimonial definitivo considerado
para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), por
ser superior ao valor de venda, deve ser preenchida também a coluna "Valor Definitivo",
devendo, ainda, assinalar-se a circunstância de ter havido ou não recurso nos termos do
artigo 139.º do Código do IRC.

QUADRO 15

Rendimentos imputáveis a atividade geradora de rendimentos da categoria B


15
- artigo 3.º, n.º 2, alíneas a) e b)

Dos rendimentos indicados no campo 1202 (do quadro 12) indique:

Rendimentos prediais 1501 |__.__.__,__| Rendimentos de capitais 1502 |__.__.__,__|

O campo 1501 destina-se à indicação de rendimentos prediais imputáveis a atividades


geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, nos termos da alínea a) do n.º 2 do
artigo 3.º do Código do IRS.
O campo 1502 destina-se à indicação de rendimentos de capitais imputáveis a atividades
geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, nos termos da alínea b) do n.º 2 do
artigo 3.º do Código do IRS.
Os rendimentos prediais ou de capitais, desde que obtidos em conexão com atividades de
natureza empresarial ou profissional, nos termos das alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 3.º
do Código do IRS, consideram-se rendimentos da categoria B, por "atração" à tributação
nesta categoria.
Tais rendimentos, passaram a ser inscritos com a qualificação originária prevista, nos
artigos 5.º e 8.º do Código do IRS, independentemente de serem tributados na categoria
B por serem atraídos a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais.

IRS 2014 253


Anexo C

Esta alteração do procedimento declarativo, no Quadro 15 do Anexo C da declaração de


rendimentos modelo 3, foi acompanhada com idêntica alteração à declaração modelo 10,
de acordo com a qual, os rendimentos de capitais e prediais passam a ser inscritos com a
qualificação originária prévia.
Como exemplo dos rendimentos de capitais atraídos à categoria B, podemos citar os juros
obtidos por um advogado dos saldos das contas bancárias onde movimenta as quantias
recebidas dos clientes; ou os juros obtidos por um comerciante em nome individual pelo
diferimento no tempo do pagamento que lhe é devido por outrem de um crédito gerado no
exercício da sua atividade comercial.
Estes rendimentos, muito embora estejam compreendidos, respetivamente, nas alíneas b) e
g) do n.º 2 do artigo 5.º do Código do IRS (categoria E), são deslocados para a categoria B,
dada a relação de dependência daquele rendimento com a atividade comercial do seu titular.
Ainda no que se refere aos rendimentos de capitais atraídos à categoria B, veja-se o saldo
dos juros apurados em contratos de conta-corrente [rendimentos compreendidos na
alínea f) do n.º 2 do art.º 5.º do CIRS], que, tal como consta do artigo 344.º do Código
Comercial, são rendimentos provenientes de contratos em que duas pessoas (normalmente,
comerciantes), tendo que entregar valores uma à outra, obrigam-se a transformar os seus
créditos em registos de "deve" e "haver", pelo que só será exigível o saldo final existente a
favor de uma delas à data do encerramento de tal conta.
Sendo esta uma operação tipicamente comercial, os rendimentos que dela advenham para
um empréstimo em nome individual, porque conexos com a sua atividade, serão de integrar
na categoria B, por força da "atração" exercida por esta categoria sobre rendimentos de
outras naturezas, tal como determina a alínea b) do n.º 2 do artigo 3.º do Código do IRS (cfr.
Prof. Rui Duarte Morais, em "Sobre o IRS, 3ª Edição, Almedina 2014, pág. 98/99).

QUADRO 16

16 Cessação da atividade / não exercício da atividade

Ano Mês Dia


Cessou a atividade? Sim 1 |__| Não 2 |__| Em caso afirmativo, indique a data: 3 |_|_|_|_|_|_|_|

No ano a que respeita a declaração não exerceu atividade nem obteve rendimentos da Categoria B 4 |__|

Os campos 1 ou 2 são de preenchimento obrigatório. Se for assinalado o campo 1 deverá


ser indicada a data em que a cessação ocorreu no campo 3.
Esta informação não desobriga o titular dos rendimentos da apresentação, no prazo de 30
dias, da respetiva declaração de cessação, tal como se encontra previsto no n.º 3 do artigo
112.º do Código do IRS.
Tenha-se em atenção que a suspensão temporária da atividade não é considerada
cessação de atividade.
A cessação só se considera verificada quando estejam observadas as condições previstas
no artigo 114.º do CIRS.

254 IRS 2014


Anexo C

No caso de não ter exercido a atividade, nem ter obtido quaisquer rendimentos da categoria
B, no ano a que respeita a declaração, deve assinalar o campo 4.

QUADRO 17

17 Identificação do Técnico Oficial de Contas

Número fiscal de contribuinte


1701 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

No campo 1701 deste quadro, de preenchimento obrigatório, deverá ser indicado o número
fiscal de contribuinte (NIF) do Técnico Oficial de Contas do sujeito passivo.

IRS 2014 255


Anexo C

256 IRS 2014

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