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Anexo J

ANEXO J
RENDIMENTOS
OBTIDOS NO
ESTRANGEIRO

Este anexo é individual pelo que em cada um apenas podem constar os elementos
respeitantes a um titular, o qual deverá englobar a totalidade dos rendimentos obtidos fora
do território português, sendo os obtidos no território português declarados nos anexos
respetivos.

Destina-se a declarar os rendimentos obtidos fora do território português, por residentes


em Portugal, e a identificar (no quadro 5) as contas de depósito ou de títulos abertas em
instituições financeiras não residentes em território português, em obediência ao disposto
n.º 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária.

Deve ser apresentado, nos prazos e locais previstos para a apresentação da declaração
de rendimentos modelo 3 do IRS, da qual faz parte integrante, pelos sujeitos passivos
residentes, quando estes ou os dependentes que integram o agregado familiar, no ano
a que respeita a declaração, tenham obtido rendimentos fora do território português ou
sejam titulares de contas de depósitos ou de títulos abertas em instituições financeiras não
residentes em território português.

Os sujeitos passivos devem conservar os documentos originais comprovativos dos


rendimentos e do correspondente imposto pago no estrangeiro, emitidos pela autoridade
fiscal do(s) Estado(s) de onde são provenientes os rendimentos, bem como, se for caso disso,
o(s) comprovativo(s) da natureza pública daqueles, para que possam ser disponibilizados à
Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) sempre que esta os solicite.

Rendimentos obtidos no estrangeiro (incidência)

Segundo o disposto no artigo 1.º do Código do IRS, o Imposto sobre o Rendimento


das Pessoas Singulares (IRS) incide sobre o valor anual dos rendimentos das
categorias A, B, E, F, G, e H, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda
e a forma por que sejam auferidos.

Significa isto que a sujeição a imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
não depende do local da proveniência dos diversos rendimentos englobados.
Na verdade, o n.º 2 do artigo 1.º do Código do IRS diz-nos, claramente, que «os
rendimentos, quer em dinheiro quer em espécie, ficam sujeitos a tributação,
seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que sejam
auferidos».

Assim sendo, a tributação é feita, em princípio, a nível mundial, pelo que tanto
os rendimentos produzidos em Portugal como os provenientes do estrangeiro

IRS 2014 497


Anexo J

são passíveis de imposto, a não ser que se trate de não residentes, caso em
que o IRS incide unicamente sobre os rendimentos produzidos em território
português (cfr. art.º 15.º do CIRS).

Quando os rendimentos forem obtidos em países com os quais Portugal


celebrou Convenção sobre Dupla Tributação (CDT), o imposto pago nesse
outro país será descontado na liquidação de imposto feita no nosso país (cfr.
n.º 2 do art.º 81.º do CIRS).

Caso não tenha sido celebrada CDT, haverá então lugar ao crédito de imposto
por dupla tributação jurídica internacional, a que se refere o n.º 1 do artigo 81.º
do Código do IRS, que corresponderá à menor das seguintes importâncias:

- Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;

- Fração da coleta do IRS, calculada antes da dedução, correspondente aos


rendimentos que no país em causa possam ser tributados, líquidos das
deduções específicas previstas no Código do IRS.

Por isso, o n.º 6 do artigo 22.º do Código do IRS diz que «quando o sujeito
passivo aufira rendimentos que dêem direito a crédito de imposto por
dupla tributação internacional previsto no artigo 81.º, os correspondentes
rendimentos devem ser considerados pelas respetivas importâncias ilíquidas
dos impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro».

Lembramos ainda que, para efeitos do crédito do imposto pago no estrangeiro,


tenha ou não sido celebrada CDT, torna-se indispensável fazer a prova não só
dos rendimentos obtidos mas também do imposto suportado no outro Estado,
através de documento emitido pela Administração Fiscal do mesmo, o qual
deve acompanhar o anexo J, ou ser entregue posteriormente. Se esta prova
não existir não será considerado o crédito de imposto.

Rendimentos obtidos no estrangeiro (direito à dedução)

O direito à dedução só pode ser exercido mediante apresentação de documento


original, devidamente traduzido, emitido e autenticado pelas autoridades
fiscais do País onde os rendimentos foram auferidos, identificando a natureza
desses rendimentos e o correspondente imposto pago.

O sujeito passivo deverá juntar documento justificativo do câmbio ou


câmbios utilizados.
(do n.º 6 do Ofício-Circulado n.º 18/2000, de 03/01/2000, da Direção de Serviços do IRS)

498 IRS 2014


Anexo J

QUADROS 1, 2 e 3

2 Ano dos rendimentos Reservado à leitura


óptica
RENDIMENTOS
OBTIDOS NO 01 |2_|__|__|__|
ESTRANGEIRO
MODELO 3
Anexo J
3 Identificação do(s) sujeito(s) passivo(s)
Sujeito passivo A NIF 02 |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Sujeito passivo B NIF 03 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

A Identificação do Titular do Rendimento NIF 04 |__|__|__|__|__|__|__|__|__|

A identificação dos sujeitos passivos (campos 02 e 03 do quadro 3) deve respeitar a posição


assumida para cada um no quadro 3A do rosto da declaração modelo 3.

O campo 04 destina-se a identificar o titular dos rendimentos obtidos fora do território


português ou das contas de depósitos ou de títulos abertas em instituições financeiras não
residentes em território português.

QUADRO 4

4 Rendimentos Obtidos no Estrangeiro


Rendimento do trabalho dependente (Cat. A) e Pensões (Cat. H)
Segurança Montante do Imposto pago no Imposto retido
Natureza do Rendimento Social Rendimento Estrangeiro em Portugal

Trabalho dependente 401 . . , . . , . . , . . ,

Remunerações Públicas (ver instruções) 402 . . , . . , . . , . . ,

Pensões 416 . . , . . , . . , . . ,

Pensões públicas (ver instruções) 417 . . , . . , . . , . . ,

Rendas temporárias ou vitalícias 419 . . , . . , . . ,


Rendimentos empresariais e profissionais (Cat. B)
Trabalho independente 403 . . , . . , . . ,

Comerciais e industriais 404 . . , . . , . . ,

Agrícolas, Silvícolas ou Pecuárias 405 . . , . . , . . ,


Propriedade intelectual (rendimentos abrangidos pelo art.º 58.º do EBF -
parte não isenta) 406 . . , . . , . . ,
Rendimentos da propriedade intelectual ou industrial, rendimentos de
capitais e prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos
empresariais e profissionais, saldo positivo das mais e menos-valias e 426
restantes incrementos patrimoniais . . , . . , . . ,

IRS 2014 499


Anexo J

Rendimentos de capitais (Cat. E)


Dividendos ou lucros - com retenção em Portugal 407 . . , . . , . . ,

Dividendos ou lucros - sem retenção em Portugal 420 . . , . . , . . ,


Rendimentos da Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE
Países/Territórios - Período de transição - art.º 10.º da Diretiva 418 . . , . . , . . ,
Rendimentos da Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE
Restantes países não abrangidos pelo período de transição 422 . . , . . , . . ,
Juros referidos no n.º 5 do art.º 72.º do CIRS - sem retenção em Portugal -
Exceto: rendimentos dos campos 418, 422, 423 e 424 408 . . , . . , . . ,
Outros rendimentos referidos no n.º 5 do art.º 72.º do CIRS - Exceto:
rendimentos dos campos 408, 418, 420 e 422 - sem retenção em Portugal 423
. . , . . , . . ,
Rendimentos de valores mobiliários - com retenção em Portugal - Exceto:
rendimentos dos campos 407, 418 e 422 410 . . , . . , . . ,
Rendimentos de capitais referidos no n.º 13 do art.º 71 e no n.º 11 do art.º
72.º do CIRS 424 . . , . . , . . ,

Royalties e assistência técnica 409 . . , . . , . . ,


Outros rendimentos de capitais não referidos no n.º 5 (Campo 408) e n.º 11
(Campo 424) do art.º 72.º do CIRS - sem retenção em Portugal 411
. . , . . , . . ,
Rendimentos prediais (Cat. F) e Mais-Valias (Cat. G)
Rendimentos prediais 412 . . , . . , . . ,

Instrumentos financeiros derivados, warrants e certificados 425 . . , . . , . . ,

Outros incrementos patrimoniais (exceto mais-valias) 415 . . , . . , . . ,

Soma . . , . . , . . ,

Rendimentos da propriedade intelectual - Parte isenta - art.º 58.º do EBF Valor 421 |___.____.____,___|

Em cada um dos campos deste quadro 4 deverá ser inscrito o rendimento (bruto) ilíquido
de quaisquer deduções, segundo a sua natureza, bem como o imposto efetivamente
suportado correspondente a esses rendimentos.

Rendimentos Campos
Trabalho dependente (categoria A) 401 e 402
Pensões e rendas temporárias e vitalícias (categoria H) 416, 417 e 419
Rendimentos empresariais e profissionais (categoria B) 403, 404, 405, 406 e 426
Rendimentos de capitais (categoria E) 407, 408, 409, 410, 411, 418, 420, 422, 423 e 424
Rendimentos prediais (categoria F) 412
Mais-valias e outros incrementos patrimoniais 413 e 425 e Quadros 4A e 4B

Campo 401 - Trabalho dependente

Na primeira coluna (Segurança Social) devem ser indicadas as contribuições obrigatórias


para regimes de segurança social que incidiram sobre as respetivas remunerações do
trabalho dependente, quando devidamente comprovadas.

Na segunda coluna (Montante do Rendimento) deverão ser inscritos os rendimentos brutos


do trabalho dependente (ilíquidos de imposto pago e outras deduções), com exceção dos

500 IRS 2014


Anexo J

provenientes do exercício de funções públicas, uma vez que estes deverão ser indicados
no campo 402.

Na terceira coluna (Imposto pago no Estrangeiro) deve ser indicado o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país de origem dos rendimentos.

Na quarta coluna (Imposto retido em Portugal) deve ser indicado o valor que, eventualmente,
possa ter sido retido em território português e que tenha a natureza de pagamento por conta
do imposto devido a final.

Tendo havido retenção de IRS em Portugal, deve proceder-se à identificação, no quadro 8,


das entidades retentoras e à indicação do imposto retido.

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria A (trabalho dependente),


relativos a anos anteriores declarados no campo 401, caso pretendam beneficiar do
desagravamento de taxa prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem preencher o
quadro 7 do anexo J.

Convenções sobre Dupla Tributação Internacional (sobrepõem-se às


normas ordinárias internas dos Estados que as celebram)

As convenções internacionais são, em termos de hierarquia das normas,


diplomas privilegiados face às normas ordinárias internas dos Estados que as
celebram, a estas se sobrepondo (cfr. n.º 7.4 do Parecer do Gabinete de Apoio
Jurídico e Económico do SAIR, datado de 02/12/90, sancionado por despacho
de 14/12/90).

Tais diplomas de direito internacional, desde que devidamente retificados e


publicados, sobrepõem-se à legislação ordinária interna, em obediência ao
disposto no n.º 2 do artigo 8.º da Constituição da República Portuguesa [cfr.
alínea c) do corpo do Ofício-Circulado n.º 31.051, de 28/05/98, da DSIR].

O n.º 2 do artigo 8.º da Constituição da República Portuguesa diz que «As


normas constantes de Convenções Internacionais regularmente retificadas ou
aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto
vincularem internacionalmente o Estado Português».

Convenções sobre Dupla Tributação Internacional (trabalho dependente -


interpretação do art.º 15.º da CDT celebrada entre Portugal e a Alemanha)

Tendo em conta o facto de terem sido proferidas algumas sentenças de


tribunais tributários, assumindo interpretações do artigo 15.º da Convenção
entre a República Portuguesa e a Alemanha para evitar a Dupla Tributação,
consideradas não coincidentes com as defendidas pela Administração Fiscal,
torna-se indispensável clarificar a questão, reiterando a interpretação da norma
em causa, efetuada pela DGCI de acordo com a Convenção Modelo da OCDE.

IRS 2014 501


Anexo J

Assim:
1 – Sempre que ocorram situações em que sujeitos passivos com residência
fiscal em Portugal aufiram rendimentos obtidos por empregos exercidos
na Alemanha, deverão todos os serviços da Administração Fiscal interpretar o
artigo 15.º da CDT Portugal-Alemanha nos seguintes termos:

a) Verificando-se, cumulativamente, as condições enumeradas nas


três alíneas do n.º 2 do artigo 15.º da Convenção, isto é:
- permanência do beneficiário no território do Estado do emprego
durante um período ou períodos que não excedam, no total, 183
dias durante o ano civil em causa;
- pagamento das remunerações por um empregador ou por conta de
um empregador que não seja residente no Estado do emprego;
- pagamento das remunerações que não seja suportado por um
estabelecimento estável ou por uma instalação fixa que a entidade
patronal possua no território do emprego,

a competência tributária será exclusiva de Portugal, Estado da


residência, apesar de aqui não se situar a fonte dos rendimentos;

b) Não se verificando alguma das condições previstas no n.º 2 do


artigo 15.º da CDT, e elencadas na alínea anterior, está-se, de acordo
com o n.º 1 do mesmo artigo, perante uma situação de competência
tributária cumulativa por parte do Estado da residência, Portugal, e
do Estado do exercício do emprego, Alemanha;

c) Neste último caso, caberá ao Estado da residência – Portugal – eliminar


a dupla tributação, nos termos do artigo 24.º da CDT.

2 – Esta interpretação deve ser adotada relativamente a normas idênticas


de todas as outras convenções celebradas por Portugal.

3 – Em casos de decisões judiciais que perfilhem teses opostas a esta


interpretação deverão os serviços interpor o recurso considerado adequado
nas circunstâncias concretas.
(Ofício-Circulado n.º 20 032, de 31/01/2001, da Direção de Benefícios Fiscais)

Convenções sobre Dupla Tributação Internacional (trabalho dependente


exercido por um trabalhador fronteiriço)
Não obstante o disposto nos n.ºs 1 e 2, as remunerações auferidas de um
emprego exercido num Estado Contratante por um trabalhador fronteiriço,
isto é, que tenha a sua residência habitual no outro Estado Contratante ao
qual regressa normalmente todos os dias, só podem ser tributadas nesse
outro Estado.
(n.º 4 do artigo 15.º da CDT celebrada entre Portugal e a Espanha)

502 IRS 2014


Anexo J

NOTA:
Consequentemente, um trabalhador (trabalho dependente) que trabalhe em
Espanha e tenha a sua residência habitual em Portugal, à qual regressa
normalmente todos os dias, as remunerações auferidas em Espanha só
podem ser tributadas em Portugal.

Por sua vez, um trabalhador (trabalho dependente) que trabalhe em Portugal


e tenha a sua residência habitual em Espanha, à qual regressa normalmente
todos os dias, as remunerações auferidas em Portugal só podem ser tributadas
em Espanha.

Rendimentos do trabalho dependente (obtidos em Inglaterra - onde devem


ser tributados, face à CDT existente entre os dois países)

No caso de um sujeito passivo, trabalhador por conta de outrem, casado, que


trabalha em Inglaterra, onde reside, fazendo os respetivos descontos lá, cujo
cônjuge reside em Portugal, terão os respetivos rendimentos de ser declarados
também em Portugal?

Uma vez que os rendimentos em causa se referem a um emprego exercido em


Inglaterra e a entidade devedora seja nesse país residente, são os mesmos aí
tributados (cfr. art.º 17.º da CDT entre Portugal e a Inglaterra).

Porém, se o titular dos rendimentos for casado e o respetivo cônjuge resida


em Portugal, como é o caso, será o referido titular de considerar residente em
Portugal, conforme previsto no n.º 2 do artigo 16.º do Código do IRS.

Assim sendo, na declaração de rendimentos a entregar em Portugal será de


declarar a universalidade dos rendimentos, devendo os obtidos em Inglaterra
ser incluídos no campo 401 do Quadro 4 do Anexo J da respetiva declaração
de rendimentos modelo 3 do IRS.

A eliminação da dupla tributação jurídica internacional opera-se nos termos


previstos no artigo 81.º do Código do IRS.

Não obstante a condição de residente resultante da aplicação do disposto no


n.º 2 do artigo 16.º do Código do IRS, pode ser afastada pelo cônjuge que não
haja permanecido mais de 183 dias em Portugal, desde que cumpra com o
previsto no n.º 3 do referido artigo, passando o cônjuge residente em Portugal
a entregar uma única declaração na situação de separado de facto nos termos
do n.º 2 do artigo 59.º do CIRS (cfr. n.º 4 do art.º 16.º do CIRS).

Tripulantes de aeronaves (piloto de aeronaves que reside em Portugal mas


trabalha para uma empresa sediada na Irlanda)

Um sujeito passivo, casado, residente em Portugal, trabalha, como piloto de

IRS 2014 503


Anexo J

aeronaves (trabalho dependente), para uma companhia aérea sediada na


Irlanda. A esposa vive e trabalha em Portugal.

Face ao disposto no n.º 3 do artigo 15.º da Convenção sobre Dupla Tributação


Internacional celebrada entre Portugal e a Irlanda, os rendimentos obtidos são
tributados em Portugal ou na Irlanda?

Nos termos da alínea b), do n.º 1 do artigo 16.º do Código do IRS, as pessoas
que, em 31 de dezembro, disponham em território nacional de habitação em
condições que façam supor a intenção de a manter e ocupar como residência
habitual, são consideradas residentes no nosso país.

Na qualidade de residentes são tributados em IRS pela totalidade dos


rendimentos auferidos, incluindo os obtidos no estrangeiro.

Assim, os rendimentos recebidos da companhia aérea com sede na Irlanda


devem ser declarados no anexo J da declaração de rendimentos modelo 3
de IRS. Neste anexo deve ainda ser indicado o montante do imposto pago na
Irlanda e as contribuições para a Segurança Social suportadas nesse país, se
for o caso. Estes valores devem ser comprovados através de certidão emitida
pelas autoridades fiscais irlandesas, para que seja possível na liquidação do
IRS ser considerado o crédito de imposto a título da dupla tributação jurídica
internacional, previsto no artigo 81.º do CIRS.

Refira-se que o n.º 3 do artigo 15.º da Convenção celebrada entre Portugal


e a Irlanda, ao referir que tais rendimentos "podem ser tributadas no Estado
Contratante em que estiver situada a direção efetiva da empresa", não invalida
a tributação dos rendimentos em Portugal apenas estabelece a possibilidade
de também serem tributados na Irlanda.

Lista dos países com os quais Portugal celebrou Convenção para evitar a Dupla
Tributação Internacional

Países Diploma legal Troca dos instrumentos de


(ordem alfabética) retificação / entrada em vigor
Aviso n.º 222/2008
África do Sul Resolução da Assembleia da República Publicado em 20/11/2008
n.º 53/2008, de 22/9 Em vigor desde 22/10/2008

Aviso
Alemanha Lei 12/82, publicado em 14/10/1982
de 3 de junho Em vigor desde 08/10/1982

Aviso n.º 579/2006


Argélia Resolução da Assembleia da República publicado em 05/05/2006
n.º 22/2006, de 23/3 Em vigor desde 01/05/2006

Aviso
Áustria Dec. Lei n.º 70/71, publicado em 08/02/1972
de 8 de março Em vigor desde 28/02/1972

504 IRS 2014


Anexo J

Barbados Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


n.º 91/2014, de 12/11

Dec. Lei n.º 619/70 Aviso


Bélgica de 15 de dezembro publicado em 17/02/1971
e Em vigor desde 19/02/1971
Convenção adicional aprovada pela Convenção adicional em vigor desde
Resolução da Assembleia da República
n.º 82/2000, de 14/12 05/04/2001

Aviso n.º 131/2001


Brasil Resolução da Assembleia da República publicado em 14/12/2001
n.º 33/2001, de 27/4 Em vigor desde 05/10/2001 com efeitos
(a) a 01/01/2000

Aviso n.º 258/96


Bulgária Resolução da Assembleia da República publicado em 26/08/1996
n.º 14/96, de 11/4 Em vigor desde 18/07/1996

Aviso n.º 4/2001


Cabo Verde Resolução da Assembleia da República publicado em 18/01/2001
n.º 63/2000, de 12/7 Em vigor desde 15/12/2000

Aviso n.º 111/2001


Canadá Resolução da Assembleia da República publicado em 17/10/2001
n.º 81/2000, de 6/12 Em vigor desde 24/10/2001

Aviso n.º 243/2008


Chile Resolução da Assembleia da República publicado em 29/12/2008
n.º 28/2006, de 6/4 Em vigor desde 25/08/2008

Aviso n.º 109/2000


China Resolução da Assembleia da República publicado em 02/06/2000
n.º 28/2000, de 30/3 Em vigor desde 08/06/2000

Aviso n.º 87/2013


Chipre Resolução da Assembleia da República publicado em 01/08/2013
n.º 89/2013, de 1/7 Em vigor desde 16/08/2013

Colômbia Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


46/2012, de 13/4

Aviso n.º 315/97


Coreia (do Sul) Resolução da Assembleia da República publicado em 27/12/1997
n.º 25/97, de 8/5 Em vigor desde 21/12/1997

Aviso n.º 279/2005


Cuba Resolução da Assembleia da República publicado em 29/07/2005
n.º 49/2001, de 13/7 e aviso n.º 187/06
publicado em 23/01/2006
Em vigor desde 28/12/2005

Aviso n.º 53/2002


Dinamarca Resolução da Assembleia da República publicado em 15/06/2002
n.º 6/2002, de 23/2 Em vigor desde 24/05/2002
(b) a produzir efeitos após 01/01/2003

IRS 2014 505


Anexo J

Aviso n.º 59/2012


Emirados Árabes Unidos Resolução da Assembleia da República publicado em 11/06/2012
n.º 47/2012, de 13/4 Em vigor desde 22/05/2012

Aviso 191/2004
Eslováquia Resolução da Assembleia da República Publicado em 04/12/2004
n.º 49/2004, de 13/7 Em vigor desde 02/11/2004
a produzir efeitos após 01/01/2005

Aviso n.º 155/2004


Eslovénia Resolução da Assembleia da República publicado em 31/08/2004
n.º 48/2004, de 10/7 Em vigor desde 13/08/2004
a produzir efeitos após 01/01/2005

Aviso n.º 164/95


Espanha Resolução da Assembleia da República publicado em 18/07/1995
n.º 6/95, de 28/1 Em vigor desde 28/06/1995
(c)
Aviso n.º 35/96
Estados Unidos da América Resolução da Assembleia da República publicado em 09/01/1996
n.º 39/95, de 12/10 Em vigor desde 01/01/1996

Aviso n.º 175/2004


Estónia Resolução da Assembleia da República publicado em 27/11/2004
n.º 47/2004, de 8/7 Em vigor desde 23/07/2004
a produzir efeitos após 01/01/2005

Etiópia Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


n.º 96/2014, de 13/11

Aviso
Finlândia Dec. Lei n.º 494/70, publicado em 22/08/1980
de 23 de outubro Em vigor desde 14/07/1971

Aviso
França Dec. Lei n.º 105/71, publicado em 13/11/1972
de 26 de março Em vigor desde 18/11/1972

Aviso n.º 85/2002


Grécia Resolução da Assembleia da República publicado em 24/09/2002
(República Helénica) n.º 25/2002, de 4/4 Em vigor desde 13/08/2002
a produzir efeitos após 01/01/2003

Aviso n.º 94/2013


Guiné-Bissau Resolução da Assembleia da República publicado em 11/10/2013
n.º 55/2009, de 30/7 Em vigor desde 05/07/2013

Aviso n.º 177/2000


Holanda Resolução da Assembleia da República publicado em 24/08/2000
(Países Baixos) n.º 62/2000, de 12/7 Em vigor desde 11/08/2000

Aviso n.º 53/2012


Hong Kong Resolução da Assembleia da República publicado em 01/06/2012
n.º 49/2012, de 16/4 Em vigor desde 03/06/2012

Aviso n.º 126/2000


Hungria Resolução da Assembleia da República publicado em 30/06/2000
nº 4/99, de 28/1 Em vigor desde 08/05/2000

506 IRS 2014


Anexo J

Aviso n.º 123/2000


Índia Resolução da Assembleia da República publicado em 15/06/2000
n.º 20/2000, de 6/3 Em vigor desde 05/04/2000

Aviso n.º 42/2008


Indonésia Resolução da Assembleia da República publicado em 04/04/2008
n.º 64/2006, de 6/12 Em vigor desde 11/05/2007

Aviso n.º 218/94


Irlanda Resolução da Assembleia da República publicado em 24/08/1994
n.º 29/94, de 24/6 Em vigor desde 11/07/1994
e e
Protocolo que Revê CDT - Aviso n.º 45/2008
Res. Ass. Rep. nº 62/2006, de Publicado em 17/04/2008
06/12/2006 Protocolo que Revê CDT
Em vigor desde 18/12/2006

Aviso n.º 48/2002


Islândia Resolução da Assembleia da República publicado em 08/06/2002
n.º 16/2002, de 8/3 Em vigor desde 11/04/2002
a produzir efeitos após 01/01/2003

Aviso n.º 94/2008


Israel Resolução da Assembleia da República publicado em 13/06/2008 e
n.º 2/2008, de 15/1 retificado pelo Aviso 129/2008 publicado
em 22/07/2008
Em vigor desde 18/02/2008

Aviso
Itália Lei nº 10/82, publicado em 07/01/1983
de 1 de Junho Em vigor desde 15/01/1983

Aviso n.º 88/2013


Japão Resolução da Assembleia da República publicado em 16/08/2013
n.º 50/2012, de 17/4 Em vigor desde 28/07/2013

Aviso n.º 11/2014


Koweit Resolução da Assembleia da República publicado em 15/01/2014
n.º 44/2011, de 18/3 Em vigor desde 05/12/2013

Aviso n.º 138/2003


Letónia Resolução da Assembleia da República publicado em 26/04/2003
n.º 12/2003, de 28/2 Em vigor desde 07/03/2003

Aviso n.º 123/2003


Lituânia Resolução da Assembleia da República publicado em 22/03/2003
n.º 10/2003, de 25/2 Em vigor desde 26/02/2003

Aviso n.º 256/2000


Luxemburgo Resolução da Assembleia da República publicado em 30/12/2000
n.º 56/2000, de 30/6 Em vigor desde 30/12/2000
e e
Protocolo e Protocolo Adicional Aviso n.º 65/2012
aprovados pela Resolução da Publicado em 20/06/2012
Assembleia da República n.º 45/2012, Em vigor desde 18/05/2012
de 12/4

Aviso n.º 72/2001


Macau Resolução da Assembleia da República publicado em 16/07/2001
n.º 80-A/99, de 16/12 Em vigor desde 01/01/1999

IRS 2014 507


Anexo J

Aviso n.º 33/2002


Malta Resolução da Assembleia da República publicado em 06/04/2002 e retificado em
n.º 11/2002, de 25/2 30/04/2002
Em vigor desde 05/04/2002
a produzir efeitos após 01/01/2003

Aviso n.º 201/2000


Marrocos Resolução da Assembleia da República publicado em 16/10/2000
n.º 69-A/98, de 23/12 Em vigor desde 27/06/2000

Aviso n.º 49/2001


México Resolução da Assembleia da República publicado em 21/05/2001
n.º 84/2000, de 15/12 Em vigor desde 09/01/2001

Aviso n.º 55/95


Moçambique Resolução da Assembleia da República publicado em 03/03/1995
n.º 36/92, de 30/12 Em vigor desde 01/01/1994
e e
Protocolo que Revê CDT - Aviso n.º 45/2009
Res. Ass. Rep. 36/2009, de 8/5 publicado em 21/08/2009
Em vigor desde 07/06/2009

Aviso n.º 300/2010


Moldova Resolução da Assembleia da República Publicado em 08/11/2010
n.º 106/2010, de 2/9 Em vigor desde 18/10/2010

Aviso n.º 33/2013


Noruega Resolução da Assembleia da República Publicado em 15/03/2013
n.º 44/2012, de12/4 Em vigor desde 15/06/2012
(d)

Aviso n.º 69/2012


Panamá Resolução da Assembleia da República Publicado em 09/08/2012
n.º 48/2012, de 16/4 Em vigor desde 10/06/2012

Aviso n.º 6/2008


Paquistão Resolução da Assembleia da República publicado em 21/01/2008
n.º 66/2003, de 2/8 Em vigor desde 04/06/2007

Aviso n.º 48/2014


Peru Resolução da Assembleia da República Publicado em 03/04/2014
n.º 88/2013, de 27/6 Em vigor desde 12/04/2014

Aviso n.º 52/98


Polónia Resolução da Assembleia da República publicado em 25/03/1998
n.º 57/97, de 9/9 Em vigor desde 04/02/1998

Aviso n.º 51/2014


Qatar Resolução da Assembleia da República publicado em 2/05/2014
n.º 51/2012, de 17/4 Em vigor desde 04/04/2014

Aviso
Reino Unido Dec. Lei n.º 48 497, publicado em 03/03/1969
de 24 de julho de 1968 Em vigor desde 20/01/1969

Aviso n.º 288/97


República Checa Resolução da Assembleia da República publicado em 08/11/1997
n.º 26/97, de 9/5 Em vigor desde 01/10/1997

508 IRS 2014


Anexo J

Aviso n.º 96/99


Roménia Resolução da Assembleia da República publicado em 18/08/1999
n.º 56/99, de 10/7 Em vigor desde 14/07/1999

Aviso n.º 32/2003


Rússia Resolução da Assembleia da República publicado em 30/01/2003
n.º 10/2002, de 25/2 Em vigor desde 11/12/2002
a produzir efeitos após 01/01/2003

São Marino Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


n.º 95/2014, de 13/11

Senegal Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


n.º 92/2014, de 12/11

Aviso n.º 45/2001


Singapura Resolução da Assembleia da República publicado em 11/05/2001
n.º 85/2000, de 15/12 Em vigor desde 16/03/2001
e -x-
Protocolo que altera a Convenção, Aviso n.º 9/2014
aprovado pela Resolução da Assembleia publicado em 15/01/2014
da República n.º 96/2013, de 11/7 O Protocolo entrou em vigor em
26/12/2013

Aviso nº 3/2004
Suécia Resolução da Assembleia da República publicado em 02/01/2004 e
n.º 20/2003, de 11/3 Aviso nº 32/2004, de 10/04/2004
Em vigor desde 19/12/2003
com efeitos a 01/01/2000

Aviso
Dec. Lei n.º 716/74,
Suíça publicado em 26/02/1976
de 12 de dezembro
Em vigor desde 18/12/1975
e
Protocolo Modificativo da Convenção
Aviso n.º 102/2013
aprovado pela Resolução da Assembleia
publicado em 01/11/2013
da República n.º 87/2013, de 27/6
Em vigor desde 21/10/2013

Timor-Leste Resolução da Assembleia da República Aguarda publicação do Aviso


n.º 112/2012, de 9/8

Aviso n.º 203/2000


Tunísia Resolução da Assembleia da República publicado em 16/10/2000
n.º 33/2000, de 31/3 Em vigor desde 21/08/2000

Aviso n.º 2/2007


Turquia Resolução da Assembleia da República publicado em 10/01/2007
n.º 13/2006, de 21/2 Em vigor desde 18/12/2006

Aviso n.º 34/2002


Ucrânia Resolução da Assembleia da República publicado em 11/04/2002 e retificado em
n.º 15/2002, de 8/3 30/04/2002
Em vigor desde 11/03/2002
a produzir efeitos após 01/01/2003

IRS 2014 509


Anexo J

Aviso n.º 30/2013


Uruguai Resolução da Assembleia da República publicado em 18/02/2013
n.º 77/2011, de 5/4 Em vigor desde 13/09/2012

Aviso n.º 15/98


Venezuela Resolução da Assembleia da República publicado em 16/01/1998
n.º 68/97, de 5/12 Em vigor desde 08/01/1998

(a) - Entre 01/01/1972 e 31/12/1999 vigorou a CDT entre Portugal e o Brasil aprovada pelo Dec. Lei
n.º 244/71, de 2 de junho, que foi denunciada unilateralmente pelo Brasil.

(b) - Entre 01/01/1974 e 31/12/1995 vigorou a CDT, aprovada pelo Decreto n.º 365/1973, de 19 de
julho, que foi denunciada unilateralmente pela Dinamarca em 19/03/1993.

(c) - Entre 26/03/1970 e 27/06/1995 vigorou a CDT entre Portugal e a Espanha, aprovada pelo Dec.
Lei n.º 49 223, de 4 de setembro de 1969.

(d) - Entre 01/10/1971 e 14/06/2012 vigorou uma CDT entre Portugal e a Noruega aprovada pelo DL
n.º 504/70, de 27/10, cuja entrada em vigor se operou por Aviso de 15/10/71.

NOTA:
As Convenções para Evitar a Dupla Tributação (CDT'S) celebradas por Portugal, de
acordo com o modelo da OCDE, apenas deverão ser aplicadas quando as entidades
pagadoras dos rendimentos estiverem na posse dos formulários próprios para
execução das mesmas, devidamente preenchidos pelo beneficiário do rendimento
e autenticados pela respetiva autoridade fiscal, em conformidade com o disposto no
artigo 98.º do Código do IRC e artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de janeiro,
formulários que foram aprovados pelo Despacho n.º 4743-A/2008, do Ministro de
Estado e das Finanças, publicado no D.R. n.º 37, II Série, de 21 de fevereiro de
2008, tendo em conta a Retificação n.º 427-A/2008, publicada no D.R. n.º 43, de
29/02/2008.

Campo 402 - Remunerações públicas

Na primeira coluna (Segurança Social) devem ser indicadas as contribuições obrigatórias


para regimes de segurança social que incidiram sobre as respetivas remunerações, quando
devidamente comprovadas.

Na segunda coluna (Montante do Rendimento) deverão ser inscritos os rendimentos


brutos do trabalho dependente (ilíquidos de imposto pago e outras deduções), provenientes
do exercício de funções públicas.

Caso as remunerações públicas sejam pagas pelo Estado Português não devem as
mesmas ser declaradas no anexo J, mas sim no anexo A.

Na terceira coluna (Imposto pago no Estrangeiro) deve ser indicado o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país de origem dos rendimentos.

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria A (remunerações

510 IRS 2014


Anexo J

públicas), relativos a anos anteriores declarados no campo 402, caso pretendam beneficiar
do desagravamento de taxa prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem preencher o
quadro 7 do anexo J.

Campos 403, 404 e 405 - Trabalho independente; rendimentos comerciais e industriais;


agrícolas, silvícolas ou pecuárias

Na primeira coluna (Montante do rendimento) devem ser indicados em cada campo os


rendimentos conforme a sua natureza, ilíquidos de imposto pago.

Os rendimentos da propriedade intelectual e da propriedade industrial auferidos pelo titular


originário que não beneficiem da isenção prevista no artigo 58.º do Estatuto dos Benefícios
Fiscais, devem ser inscritos no campo 426.

Na segunda coluna (Imposto pago no Estrangeiro) deve ser indicado o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país de origem dos rendimentos.

Na terceira coluna (Imposto retido em Portugal) deve ser indicado o valor que, eventualmente,
possa ter sido retido em território português e que tenha a natureza de pagamento por conta
do imposto devido a final.

Tendo havido retenção de IRS em Portugal, deve proceder-se à identificação, no quadro 8,


das entidades retentoras e à indicação do imposto retido.

Campo 406 - Direitos da Propriedade Intelectual (titular originário)

Deve ser indicada neste campo a parte não isenta dos rendimentos provenientes da
propriedade intelectual (50%), que beneficiam da isenção prevista no artigo 58.º do Estatuto
dos Benefícios Fiscais (EBF).

A parte isenta deve ser indicada no campo 421.

Os restantes rendimentos da propriedade intelectual e da propriedade industrial auferidos


pelo titular originário devem ser inscritos no campo 426.

Na segunda coluna (Imposto pago no Estrangeiro) deve ser indicado o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país de origem dos rendimentos.

Campo 407 - Dividendos ou lucros - com retenção em Portugal

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser declarados os rendimentos


(ilíquidos) de participações sociais (lucros ou dividendos), devidos por entidades não
residentes e pagos por entidades residentes que foram sujeitos a retenção de IRS, nos
termos do n.º 2 do artigo 71º.º do Código do IRS (na redação que vigorou até 31/12/2014).

IRS 2014 511


Anexo J

Não devem ser incluídos neste campo os dividendos sujeitos a retenção nos termos do
n.º 13 do artigo 71.º do Código do IRS (na redação que vigorou até 31/12/2014), os quais
devem ser declarados no campo 424.

Os rendimentos desta natureza que não foram sujeitos a retenção em Portugal são de
incluir no campo 420.

O titular dos rendimentos indicados neste campo 407 pode optar pelo seu englobamento,
assinalando para o efeito, no final do quadro 4, o campo 1 ou, em caso negativo, o campo
2 [alínea b) do n.º 6 do art.º 71.º e n.º 8 do art.º 72.º do CIRS].

Quando for exercida a opção pelo englobamento (assinalando o campo 1) os lucros


distribuídos por entidades residentes noutro Estado membro da União Europeia, que
preencham os requisitos e condições estabelecidos no artigo 2.º da Diretiva n.º 90/435/
CEE, de 23 de julho, serão declarados por 50% do seu valor, conforme dispõe o n.º 4 do
artigo 40.º-A do Código do IRS.

A opção pelo englobamento assinalado no campo 1 abrange não só os rendimentos


constantes deste campo, como também os que constarem nos campos 408, 410, 414,
418, 420, 422 e 423.

Na segunda e terceira colunas devem ser indicados, respetivamente, o montante do


imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela
Autoridade Fiscal do país da fonte dos rendimentos, e o valor que foi retido em território
português.

No quadro 8 devem ser identificadas as entidades retentoras e indicado o imposto retido


em Portugal.

Campo 408 - Juros referidos no n.º 5 do artigo 72.º do CIRS - sem retenção em
Portugal, exceto: rendimentos dos campos 418, 422, 423 e 424

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser declarados os juros a que se


refere o n.º 5 do artigo 72.º, ou seja, aqueles que como tal são definidos no artigo 5.º e
mencionados no n.º 1 do artigo 71.º do CIRS e que não foram sujeitos a retenção na fonte
em Portugal de acordo com o disposto no n.º 2 do mesmo artigo (na redação que vigorou
até 31/12/2014), com exceção dos abrangidos pela Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE,
de 3 de junho de 2003, que devem ser declarados num dos campos 418 ou 422.

Os juros referidos no n.º 1 do artigo 71.º são os decorrentes de depósitos à ordem ou


a prazo, incluindo os dos certificados de depósito e de títulos de dívida, nominativos ou
ao portador, bem como os rendimentos de operações de reporte, contas de títulos com
garantia de preço ou de outras operações similares ou afins.

Não devem ser incluídos neste campo 408 os juros referidos no n.º 12 do artigo 72.º do
Código do IRS, os quais devem ser declarados no campo 424.

512 IRS 2014


Anexo J

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

O titular dos rendimentos indicados neste campo 408 pode optar pelo seu englobamento,
assinalando para o efeito o campo 1 ou, em caso negativo, o campo 2, existentes na parte
final deste quadro 4.

A tributação autónoma ou opção pelo englobamento destes rendimentos deve ser


indicada nos campos 1 ou 2 na parte final deste quadro 4.

A opção pelo englobamento assinalada no campo 1 abrange não só os rendimentos


constantes deste campo, como também os que constarem nos campos 407, 410, 414, 418,
420, 422 e 423.

Campo 409 - Royalties e Assistência Técnica

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser indicadas as retribuições de


qualquer natureza atribuídas pelo uso ou pela concessão do uso de um direito de autor, de
uma marca de fabrico ou de um processo secreto e de uma patente, quando não auferidas
pelo titular originário, bem como pelo uso ou pela concessão do uso de um equipamento
industrial, comercial ou científico ou por informações respeitantes a uma experiência
adquirida no setor industrial, comercial ou científico.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

Royalties ou redevances (conceito)

O termo "royalties" ou "redevances", no conceito para efeitos das Convenções


Internacionais sobre Dupla Tributação, significa as retribuições de qualquer
natureza atribuídas pelo uso ou pela concessão do uso de um direito de
autor sobre uma obra literária, artística ou científica, incluindo os filmes
cinematográficos, bem como os filmes ou gravações para transmissão pela
rádio ou pela televisão, de uma patente, de uma marca de fabrico ou de
comércio, de um desenho ou de um modelo, de um plano, de uma fórmula ou
de um processo secreto, bem como pelo uso ou pela concessão do uso de um
equipamento industrial, comercial ou científico ou por informações respeitantes
a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico (cfr. n.º 3
do art.º 12.º das Convenções Internacionais sobre Dupla Tributação celebradas
com os diversos países).

Note-se no entanto que, no caso do Acordo com o Reino Unido, a definição


é ligeiramente mais abrangente, uma vez que o conceito é alargado às mais-
-valias decorrentes da alienação de direitos de propriedade intelectual.

IRS 2014 513


Anexo J

Contrato de assistência técnica (conceito)


Os contratos de assistência técnica são contratos de prestação de serviços,
sobretudo no domínio da inovação tecnológica, inseridos no âmbito dos contratos
de transferência de tecnologia entre residentes em Portugal e residentes
no estrangeiro e que têm por objeto a gestão de empresas e a produção ou
comercialização de bens e serviços (cfr. Manual do IRS, editado em 2007 pela
DGCI, pág. 60).

Campo 410 - Rendimentos de valores mobiliários com retenção em Portugal, exceto


rendimentos dos campos 407, 418 e 422
Neste campo devem ser declarados os rendimentos de valores mobiliários que foram sujeitos
a retenção nos termos do n.º 2 do artigo 71.º do Código do IRS (na redação que vigorou
até 31/12/2014), com exceção dos lucros ou dividendos (campo 407) e dos rendimentos
abrangidos pela Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE (campos 418 e 422).

Não devem ser incluídos neste campo, os rendimentos de capitais a que se refere o n.º 13
do artigo 71.º do Código do IRS (na redação que vigorou até 31/12/2014), os quais devem
ser declarados no campo 424.

A primeira coluna (Montante do Rendimento) destina-se a indicar os rendimentos de


valores mobiliários devidos por entidades que não tenham aqui domicílio a que possa
imputar-se o pagamento, pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares, em
território português, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores
ou titulares ou hajam por conta de uns ou outros, de acordo com o disposto n.º 2 do artigo
71.º do Código do IRS (na redação que vigorou até 31/12/2014).

Na segunda e terceiras colunas devem ser indicados, respetivamente, o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país da fonte dos rendimentos, e o valor que foi retido em
território português.

No quadro 8 devem ser identificadas as entidades retentoras e indicado o imposto retido


em Portugal.

O titular dos rendimentos indicados neste campo 410 pode optar pelo seu englobamento,
[alínea b) do n.º 6 do art.º 71.º e n.º 8 do art.º 72.º do CIRS].

A opção pela tributação autónoma ou pelo englobamento destes rendimentos deve ser
formalizada nos campos 1 ou 2 constantes na parte final deste quadro 4.

A opção pelo englobamento assinalada no campo 1, abrange não só os rendimentos


constantes deste campo, como também os que constarem nos campos 407, 408, 414, 418,
420, 422 e 423.

Campo 411 - Outros rendimentos de capitais não referidos nos n.ºs 5 e 11 do artigo
72.º do CIRS - sem retenção em Portugal

Neste campo devem ser declarados os rendimentos de capitais não referidos no n.º 5

514 IRS 2014


Anexo J

(campo 408) e no n.º 12 (campo 424) do artigo 72.º do Código do IRS, ou seja, os que não
estão previstos no n.º 1 do artigo 71.º do mesmo Código, com exceção dos declarados no
campo 409.

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser declarados os rendimentos de


outras aplicações de capitais.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

Campo 412 - Rendimentos prediais

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) deve ser indicado o rendimento líquido


das despesas suportadas com a conservação e manutenção dos mesmos, mas ilíquido de
imposto pago no estrangeiro.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria F (prediais),


relativos a anos anteriores declarados neste campo 412, caso pretendam beneficiar do
desagravamento de taxa prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem preencher o
quadro 7 do anexo J.

Se a declaração respeitar aos anos de 2013 e seguintes o titular dos rendimentos pode
optar pelo englobamento ou pela tributação autónoma a qual pode ser formalizada no fim
do Quadro 4B assinalando os campos 1 ou 2, respetivamente.

A opção pelo englobamento assinalada no campo 1, determina a tributação por englobamento


dos rendimentos de capitais e mais-valias de valores mobiliários declarados neste e noutros
anexos.

Rendimentos prediais obtidos no estrangeiro por residentes em Portugal


(incidência)

Certo sujeito passivo, pessoa singular, residente em Portugal, recebe


rendimentos prediais de um prédio urbano que possui em Inglaterra.

Tais rendimentos estão ou não sujeitos a IRS em Portugal?

Tratando-se de uma pessoa singular (cidadão português ou estrangeiro)


considerada residente em território nacional, está sujeita a tributação pela
totalidade dos rendimentos obtidos, incluindo aqueles cuja fonte se situe no
estrangeiro, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º do Código do IRS (princípio da
tributação de base mundial).

IRS 2014 515


Anexo J

Para o efeito, deve ser apresentada a declaração de rendimentos modelo 3 do


IRS, acompanhada do anexo J que se destina à indicação dos rendimentos
obtidos no estrangeiro, bem como do imposto aí suportado.

Na liquidação efetuada em Portugal (caso os rendimentos sejam oriundos de


um país com o qual Portugal não celebrou Convenção sobre Dupla Tributação),
para determinação da coleta de IRS será levado em consideração o crédito
de imposto pela dupla tributação jurídica internacional, o qual corresponderá
à menor das seguintes importâncias (cfr. n.º 1 do art.º 81.º do CIRS):

- imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;

- fração da coleta do IRS, calculada antes da dedução, correspondente aos


rendimentos que no país em causa possam ser tributados, líquidos das
deduções específicas previstas no Código do IRS.

Caso os rendimentos sejam oriundos de um país com o qual Portugal


celebrou Convenção sobre Dupla Tributação, o imposto pago nesse país
será descontado na liquidação do imposto liquidado em Portugal (cfr.
n.º 2 do art.º 81.º do CIRS).

Para o efeito torna-se indispensável fazer a prova dos rendimentos obtidos


e do imposto suportado no estrangeiro através de documento emitido pela
respetiva Administração Fiscal (no caso concreto em Inglaterra), que deve
acompanhar o anexo J, ou ser entregue posteriormente, caso a respetiva
declaração seja enviada pela Internet.

Em situação inversa, imagine-se agora um cidadão português (ou um


cidadão estrangeiro), que obtenha rendimentos prediais em Portugal, de um
prédio urbano que aqui possui, mas resida, de acordo com o estipulado no
artigo 16.º do Código do IRS, por exemplo, no Reino Unido, onde igualmente
obtém rendimentos do trabalho dependente. Neste caso, e tal como está
previsto no n.º 2 do artigo 15.º do CIRS, o IRS incide unicamente sobre os
rendimentos obtidos em território português.

Consequentemente, nesta situação, não tinha que entregar em Portugal o


anexo J. Tal anexo somente deverá ser entregue quando os sujeitos passivos
(nacionais ou estrangeiros), ao abrigo daquele dispositivo, se considerem
residentes em território nacional e obtenham rendimentos no estrangeiro.
Neste caso concreto, o anexo que o interessado teria que apresentar em
Portugal seria o anexo F, e nomear aqui, em obediência ao disposto no n.º
1 do artigo 130.º do Código do IRS, um representante (pessoa singular ou
coletiva) para o representar perante a Autoridade Tributária e Aduaneira e
garantir o cumprimento dos seus deveres fiscais.

Contudo, a designação de representante é meramente facultativa em


relação a não residentes de, ou a residentes que se ausentem para, Estados

516 IRS 2014


Anexo J

membros da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, neste


último caso desde que esse Estado membro esteja vinculado a cooperação
administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito
da União Europeia (cfr. n.º 2 do art.º 130.º do CIRS).

Campo 415 - Outros incrementos patrimoniais (exceto mais-valias)

Neste campo devem ser declarados os incrementos patrimoniais, com exceção das mais-
-valias declaradas nos quadros 4A e 4B.

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser indicados os valores respeitantes


aos acréscimos patrimoniais, nomeadamente as indemnizações e as importâncias recebidas
pela assunção de obrigações de não concorrência.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

Campo 416 - Pensões

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser inscritos os valores brutos de


pensões (ilíquidos de imposto suportado no estrangeiro ou outras deduções) que não
sejam pagos em consequência do exercício de um emprego ou cargo público anterior, uma
vez que estes deverão ser inscritos no campo 417.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago no


estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do
país da fonte dos rendimentos.

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria H (pensões), relativos a


anos anteriores declarados no campo 416, caso pretendam beneficiar do desagravamento
de taxa prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem preencher o quadro 7 do anexo J.

Pensão de aposentação paga pela Organização das Nações Unidas (ONU)


(incidência)

A Convenção sobre os Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, aprovada


pela Resolução da Assembleia da República n.º 38/98, publicada no Diário da
República, I Série-A, n.º 175, de 31 de julho de 1998, vem estabelecer no seu
artigo V, Secção 18, alínea b), que os funcionários da Organização das Nações
Unidas "estão isentos de qualquer imposto sobre os salários e emolumentos"
pagos por aquela organização internacional.

Conforme decorre dos conceitos de "funcionários" e "salários e emolumentos",


apenas estão previstos na norma rendimentos pagos em razão do exercício
efetivo de funções, isto é, rendimentos que decorrem ou estão associados à
prestação de trabalho.

IRS 2014 517


Anexo J

Desta forma, não se encontram abrangidas as pensões de aposentação, as


quais são devidas pela passagem à situação de reforma.

Assim, as pensões de aposentação pagas ou colocadas à disposição pela


Organização das Nações Unidas (ONU) são tributadas em IRS, como
rendimentos da categoria H, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do
artigo 11.º do Código do IRS.
(Informação vinculativa, Proc. 6244/10, com despacho do Sr. Subdiretor-Geral, substituto legal
do Sr. Diretor-Geral dos Impostos, datado de 30/11/2010)

Pensão de reforma obtida em França por um cidadão que reside em


Portugal (incidência)

Fui emigrante em França durante 14 anos, estando atualmente a residir em


Portugal há mais de um ano. Pelo trabalho prestado naquele país, ao tempo
como trabalhador dependente, recebo agora uma pensão de reforma. Terei de
declarar tal rendimento em Portugal?

Enquanto residente fiscal em Portugal, está aqui sujeito a tributação sobre os


rendimentos mundiais auferidos, pelo que deverá indicar a pensão que recebe
em França no Anexo J da sua declaração de rendimentos modelo 3 para
efeitos de IRS.

Sobre esta matéria, o n.º 1 do artigo 15.º do Código do IRS diz que «sendo as
pessoas residentes em território português, o IRS incide sobre a totalidade dos
seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território».

Também o n.º 2 do artigo 1,º do CIRS diz que «os rendimentos, quer em
dinheiro quer em espécie, ficam sujeitos a tributação, seja qual for o local onde
se obtenham, a moeda e a forma por que sejam auferidos».

Note-se que, de acordo com o artigo 19.º da Convenção celebrada entre


Portugal e França para evitar a Dupla Tributação Internacional, as pensões
pagas em França a uma pessoa singular residente em Portugal só podem ser
tributadas em Portugal.

Esta regra tem contudo uma exceção (art.º 20.º da Convenção) quando a
pensão recebida resulta de funções públicas exercidas em França, caso em
que a tributação pode ocorrer em ambos os países, salvo se o pensionista
não tiver nacionalidade francesa, caso em que a tributação ocorre apenas em
Portugal.

Para que as regras da Convenção sejam aplicadas, o sujeito passivo deve fazer
a prova da sua qualidade de residente em Portugal, requerendo o respetivo
certificado através do endereço www.portaldasfinancas.gov.pt .

518 IRS 2014


Anexo J

Caso tal pensão esteja a ser indevidamente tributada em França, deve


acionar os mecanismos legais nesse país de modo a recuperar o valor de
imposto indevidamente pago.

Campo 417 - Pensões públicas

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser indicados os rendimentos


brutos, (ilíquidos de imposto suportado no estrangeiro ou outras deduções), pagos em
consequência do exercício de um emprego ou cargo público anterior.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante correspondente ao imposto pago


no estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade
Fiscal do país da fonte dos rendimentos.

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria H (pensões


públicas), relativos a anos anteriores declarados no campo 417, caso pretendam
beneficiar do desagravamento de taxa prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem
preencher o quadro 7 do anexo J.

Campo 418 - Rendimentos abrangidos pela Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE


- Países/Territórios - Período de transição - artigo 10.º da Diretiva

Neste campo devem ser declarados os rendimentos abrangidos pelo período


de transição previsto no artigo 10.º da Diretiva da Poupança que foram sujeitos a
retenção nos termos dos art.ºs 11.º e 17.º da Diretiva n.º 2003/48/CE, de 3 de junho,
nos restantes casos os rendimentos devem ser declarados no campo 422.

Os rendimentos e as respetivas retenções devem ser discriminados no quadro 6.

Os países ou territórios abrangidos pelo período de transição que efetuam retenção


na fonte nos termos da Diretiva da Poupança são os seguintes:

Estados-membros da UE:
- Áustria,
- Bélgica (até 31 de dezembro de 2009) e
- Luxemburgo.

Países Terceiros:
- Andorra,
- Liechtenstein,
- Mónaco,
- São Marinho e
- Suíça.

Territórios dependentes ou associados:


- Antilhas Holandesas (até 31 de dezembro de 2010),

IRS 2014 519


Anexo J

- Curaçao (a partir de 1 de janeiro de 2011),


- Guernesey (até 30 de junho de 2011),
- Ilha de Man (até 1 de julho de 2011),
- Ilhas Turcas e Caicos (até 31 de dezembro de 2011),
- Ilhas Virgens Britânicas (até 31 de dezembro de 2011),
- Jersey, e
- Saint Maarten (a partir de 1 de janeiro de 2011).

Os rendimentos abrangidos pela Diretiva da Poupança são os seguintes:

- Juros pagos ou creditados em conta referentes a créditos de qualquer natureza, com


ou sem garantia hipotecária e com direito ou não a participar nos lucros do devedor,
nomeadamente os rendimentos da dívida pública e de obrigações de empréstimo,
incluindo prémios atinentes a esses títulos;

- Juros vencidos ou capitalizados realizados na altura da cessão, do reembolso ou do


resgate dos créditos referidos no ponto anterior;

- Rendimentos provenientes de pagamentos de juros, quer estes sejam efetuados


diretamente, quer por intermédio de uma entidade referida no n.º 2 do artigo 4.º da Diretiva
da Poupança n.º 2003/48/CE, de 3 de junho, distribuídos por:

i) Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) autorizados


nos termos da Diretiva n.º 85/611/CEE;

ii) Entidades que beneficiem da possibilidade prevista no n.º 3 do artigo 4.º da Diretiva
da Poupança;

iii) Organismos de investimento coletivo estabelecidos fora do território referido no


artigo 7.º da Diretiva da Poupança.

- Rendimentos da cessão, do reembolso ou do resgate de partes ou unidades de


participação nos organismos e entidades atrás mencionadas, caso tenham investido,
direta ou indiretamente, por intermédio de outros organismos de investimento coletivo ou
autoridades mais de 40% do seu ativo em créditos referidos no ponto inicial.

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser declarados os rendimentos


sujeitos a retenção na fonte no país do agente pagador nos termos da Diretiva da Poupança
n.º 2003/48/CE, discriminando-se os valores das respetivas retenções no quadro 6.

Na segunda e terceira colunas devem ser indicados, respetivamente, o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país da fonte dos rendimentos e o valor que, eventualmente,
tenha sido retido em território português.

No quadro 8 deve proceder-se à identificação das entidades retentoras de IRS e à indicação


do valor do imposto retido em Portugal.

520 IRS 2014


Anexo J

Contas de depósitos ou de títulos abertas em instituições financeiras no


estrangeiro por cidadãos residentes em Portugal (implicações fiscais)

Um cidadão português, com residência em Portugal, pretende fazer um depósito


a prazo num Banco Suíço.

Quais as implicações fiscais?

Os sujeitos passivos de IRS que tenham contas de depósitos ou de títulos


em entidades bancárias não residentes em território português ou em sucursal
localizada fora do território português de instituição financeira residente, de
que sejam titulares, beneficiários ou que estejam autorizados a movimentar,
estão obrigados a mencionar as referidas contas no quadro 5 do anexo J da
declaração modelo 3 (cfr. n.º 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária, com a
redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31/12).

Os juros de depósitos a prazo de contas abertas no estrangeiro de que são


titulares pessoas singulares residentes em território nacional estão sujeitos a
tributação em Portugal devendo ser declarados no quadro 4 do anexo J da
declaração modelo 3.

Se a conta for aberta num país da UE os juros estão abrangidos pela disciplina
da Diretiva da Poupança (Diretiva 2003/48/CE) o que significa que a tributação
ocorre no país da residência do titular (nesta caso Portugal), sendo que o
país onde os juros são obtidos fica obrigado a comunicar a identificação do
beneficiário e o montante de juros pagos.

Este procedimento não invalida que o país da fonte também tribute estes
rendimentos. No entanto, havendo uma Convenção para evitar a dupla
tributação (CDT) celebrada entre os dois Estados, a tributação no país da fonte,
nos termos da CDT, não pode ultrapassar a taxa aí prevista, a qual em regra
é de 10%. Neste caso, compete ao país da residência conceder um crédito de
imposto (art.º 81.º, n.º 1 do CIRS) para eliminar a dupla tributação.

Campo 419 - Rendas temporárias ou vitalícias

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser indicados os rendimentos


auferidos a título de rendas temporárias ou vitalícias, conforme estão previstas na alínea d)
do n.º 1 do artigo 11.º do Código do IRS.

Sobre o conceito de rendas temporárias ou vitalícias, veja o que se disse em anotação ao


código 407 do quadro 4A do anexo A.

Campo 420 - Dividendos ou lucros sem retenção em Portugal

Neste campo devem ser declarados os lucros e os dividendos que não foram sujeitos a
retenção na fonte em Portugal, nos mesmos termos e condições referidos nas instruções
do campo 407.

IRS 2014 521


Anexo J

Neste campo não devem ser incluídos os rendimentos de capitais a que se refere n.º 12 do
artigo 72.º do Código do IRS, os quais devem ser declarados no campo 424.

O titular dos rendimentos indicados neste campo 420 pode optar pelo seu englobamento,
[alínea b) do n.º 6 do art.º 71.º e n.º 8 do art.º 72.º do CIRS].

Quando for exercida a opção pelo englobamento (assinalando o campo 1 do fim do


quadro 4), os lucros distribuídos por entidades residentes noutro Estado membro da União
Europeia, que preencham os requisitos e condições estabelecidos no artigo 2.º da Diretiva
n.º 90/435/CEE, de 23 de julho, serão declarados por 50% do seu valor, conforme dispõe
o n.º 4 do artigo 40.º-A do Código do IRS.

A opção pelo englobamento deve ser assinalada no campo 1 da parte final deste quadro 4,
e abrange não só os rendimentos constantes deste campo, como também os que constarem
nos campos 407, 408, 410, 414, 418, 422 e 423.

Na segunda coluna deve ser indicado o montante do imposto pago no estrangeiro,


devidamente comprovado por documento emitido pela autoridade fiscal do país da fonte
dos rendimentos.

Campo 421 - Rendimentos da propriedade intelectual isentos parcialmente - art.º 58.º


do EBF

Destina-se este campo à indicação da parte isenta dos rendimentos da propriedade


intelectual, previstos no artigo 58.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, devendo a parte
sujeita a imposto ser mencionada no campo 406.

Campo 422 - Rendimentos abrangidos pela Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE -


restantes países não abrangidos pelo período de transição - art.º 10.º da
Diretiva

Neste campo devem ser declarados os rendimentos abrangidos pela Diretiva n.º 2003/48/
CE, de 3 de junho, com exceção dos que devem ser declarados no campo 418 por serem
devidos ou pagos por entidades localizadas em país ou território abrangido pelo período
de transição.

Os rendimentos abrangidos pela Diretiva da Poupança são os seguintes:

- Juros pagos ou creditados em conta referentes a créditos de qualquer natureza, com


ou sem garantia hipotecária e com direito ou não a participar nos lucros do devedor,
nomeadamente os rendimentos da dívida pública e de obrigações de empréstimo,
incluindo prémios atinentes a esses títulos;

- Juros vencidos ou capitalizados realizados na altura da cessão, do reembolso ou do


resgate dos créditos referidos no ponto anterior;

- Rendimentos provenientes de pagamentos de juros, quer estes sejam efetuados


diretamente, quer por intermédio de uma entidade referida no n.º 2 do artigo 4.º da Diretiva

522 IRS 2014


Anexo J

da Poupança n.º 2003/48/CE, de 3 de junho, distribuídos por:

i) Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) autorizados


nos termos da Diretiva n.º 85/611/CEE;

ii) Entidades que beneficiem da possibilidade prevista no n.º 3 do artigo 4.º da Diretiva
da Poupança;

iii) Organismos de investimento coletivo estabelecidos fora do território referido no


artigo 7.º da Diretiva da Poupança.

- Rendimentos da cessão, do reembolso ou do resgate de partes ou unidades de


participação nos organismos e entidades atrás mencionadas, caso tenham investido,
direta ou indiretamente, por intermédio de outros organismos de investimento coletivo ou
autoridades mais de 40% do seu ativo em créditos referidos no ponto inicial.

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser declarados os rendimentos e na


terceira o imposto que eventualmente tenha sido retido em Portugal.

No quadro 8 deve proceder-se à identificação das entidades retentoras de IRS e à indicação


do valor do imposto retido em Portugal.

Campo 423 - Outros rendimentos referidos no n.º 5 do artigo 72.º do CIRS, sem
retenção em Portugal - Exceto: Rendimentos dos campos 408, 418, 420,
422 e 424

Neste campo devem ser declarados os rendimentos referidos no n.º 5 do artigo 72.º do
Código do IRS, que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte em Portugal, com exceção
de juros (campo 408), dos lucros (420) e dos rendimentos abrangidos pela Diretiva da
Poupança (campos 418 e 422) e dos referidos no n.º 11 do artigo 72.º do Código do IRS
(campo 424).

Campo 424 - Rendimentos de capitais referidos no n.º 12 do artigo 72.º do CIRS

Neste campo devem ser declarados os rendimentos de capitais a que se refere o n.º 13 do
artigo 71.º e o n.º 12 do artigo 72.º do Código do IRS, pagos por entidades não residentes
sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em país,
território ou região sujeitas a um regime fiscal claramente mais favorável.

Nos termos dos artigos 71.º e 72.º do Código do IRS, passaram a ser tributados à taxa
liberatória de 35% determinados rendimentos enquadrados na categoria E, quando devidos
por entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português, que
sejam domiciliados em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal claramente mais
favorável.

Tornou-se assim necessário criado o campo 424 do Anexo J, destinado a identificar


especificamente os rendimentos abrangidos pelas referidas normas, deixando os mesmos,
consequentemente, de ser declarados conjuntamente com outros rendimentos que, tendo

IRS 2014 523


Anexo J

a mesma natureza, têm contudo um regime de tributação diferente (cfr. n.º 7 do Ofício
Circulado n.º 20 163, de 30/01/2013, da Direção de Serviços do IRS).

Campo 425 - Instrumentos financeiros derivados, warrants autónomos e certificados

Neste campo devem ser declarados os rendimentos líquidos provenientes de operações


relativas a instrumentos financeiros derivados referidas nas alíneas e) a g) do n.º 1 do
artigo 10.º do Código do IRS, com exceção dos ganhos decorrentes de operações de
swaps, previstos na alínea q) do n.º 2 do artigo 5.º do Código do IRS, que serão de declarar
no campo 411 ou campo 423 conforme tenham ou não sofrido retenção em Portugal.

Campo 426 - Rendimentos da propriedade intelectual ou industrial, rendimentos de


capitais e prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos
empresariais e profissionais, saldo positivo das mais e menos-valias e
restantes incrementos patrimoniais

Na primeira coluna (Montante do Rendimento) devem ser indicados:

- Os valores respeitantes a rendimentos da cedência ou utilização temporária da propriedade


intelectual ou industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiência
adquirida no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo seu titular
originário, que não cumpram os requisitos previstos no artigo 58.º do EBF;

- Os rendimentos prediais e de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos


empresariais e profissionais;

- Os valores respeitantes ao saldo positivo das mais e menos valias apuradas no âmbito das
atividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais, definidas nos termos
do art. 46.o do Código do IRC, designadamente as resultantes da transferência para o
património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e,
bem assim, do saldo positivo das mais e menos valias que, não se encontrando nessas
condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS,
quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais.

Na segunda coluna (Imposto Pago no Estrangeiro) deve ser indicado o montante


correspondente ao imposto pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento
emitido pela Autoridade Fiscal do país de origem dos rendimentos.

Na terceira coluna (Imposto Retido em Portugal) deve ser indicado o valor que,
eventualmente, possa ter sido retido em território português e que tenha a natureza de
pagamento por conta do imposto devido a final.

Tendo havido retenção de IRS em Portugal, deve proceder-se à identificação, no quadro 8,


das entidades retentoras e à indicação do imposto retido.

524 IRS 2014


Anexo J

QUADRO 4A

4A Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis - art.º 10.º, n.º 1, alínea a) do Código do IRS
Realização Aquisição Despesas e Imposto pago no Código do País
encargos Estrangeiro
Ano Mês Valor Ano Mês Valor

430 | | | | . . , | | | | . . , . . , . . ,

431 | | | | . . , | | | | . . , . . , . . ,

Este quadro destina-se a declarar a alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis
(direitos de propriedade e direitos reais menores, como o de usufruto de superfície, de uso
e habitação), prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.° do Código do IRS.

Na coluna "Titular" deve ser identificado o titular ou titulares do direito, com a utilização dos
códigos abaixo definidos conforme se exemplifica:

A = Sujeito passivo A (incluindo os casos de compropriedade dos dois cônjuges


no ano do óbito de um deles)

B = Sujeito passivo B

C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B

Os dependentes devem ser identificados conforme se exemplifica, tendo em conta


a posição assumida para cada um dos quadros 3B e/ou 3C da declaração modelo
3 de IRS (rosto):

D1 = Dependente não deficiente DD1 = Dependente deficiente

D2 = Dependente não deficiente DD2 = Dependente deficiente

F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendi-
mentos auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos
ser identificado com a letra "F", cujo número fiscal deve constar no quadro
7A do rosto da declaração).

Na coluna "Realização" deve ter-se em conta que a data de realização é a do ato ou


contrato de alienação, tendo a mesma natureza, para este efeito, o contrato promessa de
compra e venda com tradição do imóvel.

Na coluna "Aquisição", deve ter-se em conta que a data de aquisição corresponde àquela
em que foi realizado o ato ou contrato de aquisição. O valor de aquisição é determinado de
harmonia com as regras previstas nos artigos 45.º a 47.º do Código do IRS.

Na coluna "Despesas e encargos" são inscritos os encargos com a valorização dos


bens comprovadamente realizados nos últimos cinco anos e as despesas necessárias e
efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e à alienação do bem transmitido (art.º 51.º
do Código do IRS).

IRS 2014 525


Anexo J

Na coluna "Imposto pago no Estrangeiro" deve ser indicado o imposto pago no estrangeiro,
devidamente comprovado por documento emitido pela Autoridade Fiscal do país da fonte
dos rendimentos.

Na coluna "Código do País" deve indicar o código do país onde se situa o imóvel alienado,
utilizando para esse efeito a "Lista de Países, Territórios ou Regiões e respetivos códigos"
que está a anotar o Quadro 6 deste anexo J.

A liquidação automática assegura a consideração de apenas 50% do saldo entre as mais-


-valias e as menos-valias realizadas respeitantes a transmissões efetuadas por residentes,
nos termos do n.ºs 2 do artigo 43.º do Código do IRS, bem como a aplicação do coeficiente
de correção monetária ao valor de aquisição. Assim, todos os valores devem ser inscritos
neste quadro pela totalidade, dentro das regras anteriormente referidas.

Mais-valias imobiliárias (obtidas por um sujeito passivo residente em Portugal


derivadas da alienação onerosa de bens imóveis situados no Canadá)

Um sujeito passivo residente em Portugal, vai vender no Canadá um imóvel


que ali adquiriu em 2005 a título oneroso.

Dado que a mais-valia vai ter tributação no Canadá, terá também que ser
declarada e tributada em Portugal?

Em caso afirmativo, em que anexo deve constar e que documento comprovativo


do imposto pago no Canadá terá que ter para comprovar o imposto pago no
estrangeiro e posterior crédito de imposto pela dupla tributação internacional?

Os sujeitos passivos de IRS residentes em território nacional são aqui tributados


pela totalidade dos rendimentos obtidos, ainda que a fonte desses rendimentos
se situe noutro país e aí tenham sido tributados (cfr. n.º 2 do art.º 1.º e n.º 1 do
art.º 15.º, ambos do CIRS).

Nestes termos, as mais-valias resultantes de alienação de um imóvel situado


no Canadá são objeto de tributação em Portugal, sem prejuízo de ocorrer
igualmente tributação no país onde o imóvel se encontra situado, conforme prevê
o n.º 1 do artigo 13.º da Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada
entre Portugal e o Canadá, competindo ao estado da residência conceder um
crédito de imposto para eliminar a dupla tributação, o qual de acordo com a
nossa legislação (art.º 81.º do CIRS) corresponde ao menor de dois valores:

- imposto pago no estrangeiro;

- parcela do IRS correspondente aos rendimentos obtidos no estrangeiro.

Em termos declarativos, sendo a mais-valia resultante da alienação de um


imóvel no estrangeiro, para efeitos de tributação, deve ser preenchido o quadro
4A do anexo J da declaração de rendimentos modelo 3 do IRS. O valor do
rendimento deve ser repetido no quadro 6 do mesmo anexo, onde se deve

526 IRS 2014


Anexo J

mencionar também a identificação da entidade pagadora, bem como, o código


do país e o imposto pago no estrangeiro se for caso disso.

Com a declaração de rendimentos modelo 3 do IRS tem que se juntar uma


certidão, emitida pelas autoridades fiscais do país onde o rendimento foi obtido,
comprovando os rendimentos e o imposto que aí foi pago (ou entregue mais
tarde no Serviço de Finanças do domicílio fiscal, se à data da entrega da
declaração não estiver disponível).

Nos termos da alínea b) do artigo 23.º do Código do IRS, a equivalência de


rendimentos expressos em moeda sem curso legal em Portugal é determinada
pela cotação oficial da respetiva divisa, aplicando-se o câmbio de compra da
data em que os rendimentos foram pagos ou postos à disposição do sujeito
passivo em Portugal ou na impossibilidade de comprovar tal data aplica-se o
câmbio de 31 de dezembro do ano a que os rendimentos respeitem.

QUADRO 4B

4B Alienação onerosa de partes sociais e outros valores mobiliários - art.º 10.º, n.º 1, alínea b) do Código do IRS

Realização Aquisição Despesas e Imposto pago no Código do


Códigos encargos Estrangeiro País
Ano Mês Valor Ano Mês Valor

450 | | | | | . . , | | | | . . , . . , . . ,

451 | | | | | . . , | | | | . . , . . , . . ,

Opta pelo englobamento dos rendimentos declarados nos campos 407, 408,
410, 418, 420, 422, 423, 425 e nos campos preenchidos no Quadro 4B,
bem como, para os anos de 2013 e seguintes, os rendimentos declarados
no campo 412? Sim 1 |__| Não 2 |__| (n.º 6 do art.º 71.º e n.º 8 do art.º 72.º do CIRS)

Este quadro destina-se a declarar a alienação onerosa de partes sociais (quotas e ações) e
outros valores mobiliários, com exceção das partes sociais e outros valores mobiliários cuja
titularidade o alienante tenha adquirido até 31 de dezembro de 1988.

Na coluna "Titular" deve ser identificado o titular ou titulares do direito, com a utilização dos
códigos abaixo definidos conforme se exemplifica:

A = Sujeito passivo A (incluindo os casos de compropriedade dos dois cônjuges no


ano do óbito de um deles)

B = Sujeito passivo B

C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B

Os dependentes devem ser identificados conforme se exemplifica, tendo em conta


a posição assumida para cada um dos quadros 3B e/ou 3C da declaração modelo
3 de IRS (rosto):

IRS 2014 527


Anexo J

D1 = Dependente não deficiente DD1 = Dependente deficiente

D2 = Dependente não deficiente DD2 = Dependente deficiente

F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo


rendimentos auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses
rendimentos ser identificado com a letra "F", cujo número fiscal deve
constar no quadro 7A do rosto da declaração).

Na coluna "Códigos" devem ser utilizados os códigos constantes da seguinte tabela:

Códigos Valores mobiliários


01 Ações
02 Quotas
03 Obrigações e outros títulos de dívida
04 Outros valores mobiliários

As restantes colunas devem ser preenchidas da seguinte forma:

- As operações de alienação podem ser declaradas agregando os valores mobiliários


por ano de aquisição. Quando o número de campos se mostre insuficiente para
se poder indicar cada uma das alienações deve ser entregue declaração global,
caso em que se deve indicar como data de aquisição a mais antiga e como data de
realização a mais moderna;

- O valor de realização é determinado de acordo com as regras estabelecidas no


artigo 44.º do Código do IRS;

- O valor de aquisição é determinado nos termos dos artigos 45.º a 48.º do Código
do IRS;

- Na coluna "Despesas e encargos" apenas poderão ser inscritas as despesas


necessárias e efetivamente praticadas inerentes à alienação;

- Na coluna "Imposto pago no Estrangeiro" deve ser indicado o montante do imposto


pago no estrangeiro, devidamente comprovado por documento emitido pela
Autoridade Fiscal do país da fonte dos rendimentos;

- Na coluna "Código do País" deve indicar o código do país da fonte dos rendimentos,
utilizando para esse efeito a "Lista de Países, Territórios ou Regiões e respetivos
códigos" que está a anotar o Quadro 6 deste anexo J.

A opção pelo englobamento ou pela tributação autónoma destes rendimentos deve ser
formalizada nos campos 1 ou 2 na parte final deste quadro, respetivamente.

A opção pelo englobamento assinalada no campo 1, abrange não só os rendimentos


constantes neste quadro, como também os que constarem nos campos 407, 408, 410, 418,
420, 422 e 423, bem como, relativamente aos rendimentos dos anos de 2013 e seguintes,
os declarados no campo 412.

528 IRS 2014


Anexo J

Opção pela tributação autónoma ou englobamento

O titular dos rendimentos indicados nos campos 407, 408, 410, 418, 420, 422 e 423 do
Quadro 4 e nos campos do Quadro 4B, bem como, no que respeita aos rendimentos
prediais indicados no campo 412 auferidos nos anos de 2013 e seguintes, pode optar pelo
seu englobamento, devendo assinalar para esse efeito o campo 1.

A opção pelo englobamento implica que sejam também englobados os rendimentos de


capitais, as mais-valias respeitantes a valores mobiliários e os rendimentos prediais,
declarados noutros anexos pelos membros do agregado, assim como os rendimentos
líquidos das categorias A e B de atividades de elevado valor acrescentado (declarados nos
anexos A, B, C ou neste anexo) e todos os rendimentos obtidos no estrangeiro auferidos
por residentes não habituais, bem como de outros rendimentos em que demais legislação
preveja o direito de opção de englobamento, tal como dispõe o n.º 5 do artigo 22.º do
Código do IRS.

Alienação onerosa de ações de empresas com sede no estrangeiro (anexo


onde devem ser declaradas as operações)

Um sujeito passivo residente em território nacional, compra e vende ações


de empresas estrangeiras (que não têm sede nem estabelecimento estável
em Portugal), através de um Banco com estabelecimento estável no território
português, umas cotadas na bolsa de valores em Portugal e outras cotadas em
bolsas de valores estrangeiras.
Em que anexo (G ou J) devem ser declaradas as mais e as menos-valias
obtidas?
Os sujeitos passivos de IRS residentes em território nacional são tributados
pela totalidade dos rendimentos obtidos, ainda que a fonte desses rendimentos
se situe noutro país e aí tenham sido tributados (cfr. n.º 2 do art.º 1.º e n.º 1 do
art.º 15.º, ambos do CIRS).
As mais-valias resultantes de alienação onerosa de ações de empresas que
não têm a sede em território nacional nem estabelecimento estável ao qual
possa ser imputado o pagamento não são rendimentos considerados obtidos
em Portugal dado que não se lhes aplica a alínea i) do n.º 1 do art.º 18.º do
CIRS.
Sendo rendimentos obtidos no estrangeiro, para efeitos de tributação em
Portugal, as operações em causa devem ser levadas ao Quadro 4B do anexo J
da declaração de rendimentos modelo 3 de IRS.
O valor do rendimento deve ser repetido no quadro 6 do mesmo anexo, onde
se deve mencionar também a identificação da entidade pagadora, bem como,
o código do país e o imposto pago no estrangeiro se for caso disso.

Nos campos 1 ou 2 do Quadro 4B do anexo J deve ser indicado se opta ou não


pela tributação autónoma das mais-valias. Optando pela tributação autónoma, o
saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias é tributado à taxa especial
de 28% (cfr. art.º 72.º do CIRS).

IRS 2014 529


Anexo J

Por último, com a declaração de rendimentos modelo 3 tem que se juntar uma
certidão (ou entrega mais tarde se à data da entrega daquela declaração a
certidão não estiver disponível), emitida pelas autoridades fiscais do país onde
o rendimento foi obtido, comprovando os rendimentos obtidos e o imposto que
aí foi pago.

QUADRO 5

5 Contas de depósitos ou de títulos abertas em instituição financeira


não residente em território português
IBAN BIC

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |

Este quadro destina-se a identificar as contas de depósito ou de títulos abertas em instituição


financeira não residente em território português, em nome do titular identificado no campo
04 do quadro 3A deste anexo J, conforme dispõe o n.º 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral
Tributária.

As referidas contas deverão ser identificadas através dos seguintes elementos:

IBAN - International Bank Account Number (número internacional de conta bancária -


máximo 34 caracteres);

BIC - Bank Identifier Code (código de identificação do banco - máximo 11 caracteres).

Não podendo as contas ser indicadas pelo IBAN ou BIC deverá identificar o respetivo
número.

Contas de depósitos ou de títulos abertas em instituições financeiras no


estrangeiro por cidadãos residentes em Portugal (conta aberta num banco
suíço)

Um cidadão residente em Portugal depositou certa importância em euros numa


instituição financeira (Banco) na Suíça, depósito este que não tem rendido
juros.

Para efeitos de IRS, em que anexo da declaração de rendimentos modelo 3


deve fazer constar a indicação deste depósito bancário?

Os sujeitos passivos de IRS que tenham contas de depósitos ou de títulos


em entidades bancárias não residentes em território nacional estão obrigados,

530 IRS 2014


Anexo J

nos termos do n.º 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária, a identificar as


referidas contas (sem indicação do valor depositado) no quadro 5 do anexo J
da declaração modelo 3.

Os rendimentos das contas abertas no estrangeiro, se existirem, estão sujeitos


a tributação em Portugal devendo ser declarados no quadro 4 do anexo J da
declaração modelo 3 do IRS.

No caso das contas abertas na Suíça os juros estão abrangidos pela disciplina
da Diretiva da Poupança (Diretiva 2003/48/CE) o que significa que a tributação
ocorre no país da residência do titular (neste caso Portugal), sendo que o
país onde os juros são obtidos fica obrigado a comunicar a identificação do
beneficiário e o montante de juros pagos.

Este procedimento não invalida que o país da fonte também tribute estes
rendimentos, no entanto havendo uma Convenção para evitar a dupla tributação
(CDT) celebrada entre os dois Estados, a tributação no país da fonte, nos
termos da CDT, não pode ultrapassar a taxa aí prevista, a qual em regra é
de 10%. Neste caso, compete ao país da residência conceder um crédito de
imposto (art.º 81.º, n.º 1 do CIRS) para eliminar a dupla tributação.

Contas de depósitos ou de títulos abertas em instituições financeiras no


estrangeiro por cidadãos residentes em Portugal (obrigação de mencionar
a sua existência na declaração de rendimentos)

Os sujeitos passivos do IRS são obrigados a mencionar na correspondente


declaração de rendimentos a existência e identificação de contas de depósitos
ou de títulos abertas em instituição financeira não residente em território
português ou em sucursal localizada fora do território português de instituição
financeira residente, de que sejam titulares, beneficiários ou que estejam
autorizados a movimentar.
(n.º 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária, com a redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de
31/12)

NOTA:
Tenha-se em atenção que, com a nova redação dada à tabela que faz parte
do n.º 4 do artigo 89.º-A da Lei Geral Tributária (LGT), pela Lei n.º 55-A/2012,
de 29 de outubro, passou a incluir-se nas manifestações de fortuna, a soma
dos montantes transferidos de e para contas de depósito ou de títulos abertas
pelo sujeito passivo em instituições financeiras residentes em país, território ou
região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista
aprovada por portaria do Ministro das Finanças, cuja existência e identificação
não seja declarada no Quadro 5 do Anexo J da declaração modelo 3 do IRS,
nos termos previstos no artigo 63.º-A da LGT.

IRS 2014 531


Anexo J

QUADRO 6

6 Discriminação dos rendimentos obtidos no estrangeiro

Identificação do país Imposto pago no estrangeiro


Número do No país da No país do agente pagador
campo Instalação fixa Código Montante fonte Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE
do quadro 4 do país do rendimento Código
Sim Não Valor do país Valor

|__|__|__| 601 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,


|__|__|__| 602 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 603 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 604 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 605 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 606 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 607 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 608 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 609 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 610 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 611 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 612 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 613 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 614 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 615 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 616 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 617 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 618 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 619 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 620 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 621 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 622 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
|__|__|__| 623 |__|__|__| . . , . . , |__|__|__| . . ,
TOTAL . . , . . , . . ,

Se mencionou, no Quadro 4 rendimentos no campo 416 (pensões), indique se os mesmos foram tributados:

Pelo sistema de Segurança Social do País de origem 1 |__| Por outras entidades 2 |___|

No preenchimento deste quadro, deve mencionar na primeira coluna o campo do quadro


4 onde os rendimentos foram declarados.

532 IRS 2014


Anexo J

Na segunda coluna (instalação fixa) deve assinalar com a sigla X se possui ou não
instalação fixa no país da fonte dos rendimentos declarados nos campos 403, 404 e 405.

Na terceira coluna, será de identificar o código do país da fonte dos rendimentos (consultar
a lista que se encontra transcrita no final deste quadro 6, com o título "Lista de Países,
Territórios ou Regiões e respetivos códigos").

Na quarta coluna, deve indicar o rendimento obtido no país identificado na coluna anterior.

Na quinta coluna, deve indicar o imposto suportado no país da fonte.

A coluna «No País do Agente Pagador / Diretiva da Poupança n.º 2003/48/CE» só deve ser
utilizada nos casos em que foi efetuada retenção no país do agente pagador nos termos dos
artigos 11.º e 17.º da Diretiva da Poupança (Diretiva n.º 2003/48/CE), cujos rendimentos e
retenções foram mencionados no campo 418.

Neste caso deve indicar o código do país que efetuou a respetiva retenção na fonte e o seu
valor.

Os países ou territórios que efetuam retenções nos termos da referida diretiva são os
referidos nas instruções do campo 418, ou seja:

Estados-membros da UE:
- Áustria,
- Bélgica (até 31 de dezembro de 2009) e
- Luxemburgo.

Países Terceiros:
- Andorra,
- Liechtenstein,
- Mónaco,
- São Marinho e
- Suíça.

Territórios dependentes ou associados:


- Antilhas Holandesas (até 31 de dezembro de 2010),
- Curaçao (a partir de 1 de janeiro de 2011),
- Guernesey (até 30 de junho de 2011),
- Ilha de Man (até 1 de julho de 2011),
- Ilhas Turcas e Caicos (até 31 de dezembro de 2011),
- Ilhas Virgens Britânicas (até 31 de dezembro de 2011),
- Jersey, e
- Saint Maarten (a partir de 1 de janeiro de 2011).

Se mencionou rendimentos no campo 416 (Pensões) indique se tiveram origem no sistema


da segurança social do país de origem, assinalando o quadro 1, ou se tiveram origem

IRS 2014 533


Anexo J

noutras entidades, caso em que deve assinalar o quadro 2. Tal indicação visa enquadrar
o rendimento das pensões à luz das celebradas entre Portugal e os outros países sobre
dupla tributação internacional.

QUADRO 7

7 Rendimentos de anos anteriores incluídos no quadro 4


Campo Q6 Rendimento Nº anos Campo Q6 Rendimento Nº anos Campo Q6 Rendimento Nº anos

|__|__|__| . . , |____| |__|__|__| . . , |____| |__|__|__| . . , |____|

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos das categorias A (trabalho


dependente), F (prediais) ou H (pensões), relativos a anos anteriores declarados nos
campos 401, 402, 412, 416 e 417, caso pretendam beneficiar do desagravamento de taxa
prevista no artigo 74.º do Código do IRS, devem indicar o código do campo do quadro 6, o
valor desses rendimentos e o número de anos a que respeitam.

Rendimentos produzidos em anos anteriores (das categorias A, F ou H)

1 – Se forem englobados rendimentos das categorias A, F ou H que


comprovadamente tenham sido produzidos em anos anteriores àquele em
que foram pagos ou colocados à disposição do sujeito passivo e este fizer
a correspondente imputação na declaração de rendimentos, o respetivo
valor é dividido pela soma do número de anos ou fração a que respeitem, no
máximo de seis, incluindo o ano do recebimento, aplicando-se à globalidade
dos rendimentos a taxa correspondente à soma daquele quociente com os
rendimentos produzidos no próprio ano.

2 – A faculdade prevista no número anterior não pode ser exercida relativamente


aos rendimentos previstos no n.º 3) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º.
(artigo 74.º do CIRS, com a redação que vigorou até 31/12/2014)

QUADRO 8

8 Identificação das entidades devedoras de rendimentos com NIF/NIPC Português


Retenção de
NIPC da entidade Campos do Q4 Rendimentos Retenções IRS sobretaxa
801 | | | | | | | | | . . , . . , . . ,
802 | | | | | | | | | . . , . . , . . ,

Este quadro destina-se a identificar fiscalmente as entidades com NIF/NIPC português e a


indicar o valor dos rendimentos pagos e, eventualmente, a retenção na fonte de IRS e da
sobretaxa que foi efetuada.

534 IRS 2014


Anexo J

Lista de Países, Territórios ou Regiões e respetivos códigos

País Código País Código País Código

Afeganistão 004 Gibraltar 292 Nigéria 566

África do Sul 710 Granada 308 Noruega 578

Alanda 248 Grécia 300 Nova Caledónia 540

Albânia 008 Gronelândia 304 Nova Zelândia 554

Alemanha 276 Guadalupe 312 Omã 512

Andorra 020 Guame 316 Países Baixos 528

Angola 024 Guatemala 320 Palau 585

Anguilla 660 Guernsey 944 Panamá 591

Antiga República Jugoslava da Macedónia 807 Guiana 328 Papua-Nova Guiné 598

Antígua e Barbuda 028 Guiana Francesa 254 Paquistão 586

Arábia Saudita 682 Guiné 324 Paraguai 600

Argélia 012 Guiné-Bissau 624 Peru 604

Argentina 032 Guiné Equatorial 226 Polinésia Francesa 258

Arménia 051 Haiti 332 Polónia 616

Aruba 533 Honduras 340 Porto Rico 630

Austrália 036 Hong-Kong 344 Quénia 404

Áustria 040 Hungria 348 Quirguizistão 417

Azerbaijão 031 Iémen 887 Quiribáti 296

Baamas 044 Ilha Man 833 Reino Unido 826

Bangladesh 050 Ilha do Natal 162 República Centro-Africana 140

Barbados 052 Ilha Norfolk 574 República Checa 203

Barém 048 Ilhas Camarão 136 República Democrática do Congo 180

Bélgica 056 Ilhas Cook 184 República Dominicana 214

Belize 084 Ilhas Cocos 166 Reunião 638

Benim 204 Ilhas Falkland (Malvinas) 238 Roménia 642

Bermudas 060 Ilhas Marianas do Norte 580 Ruanda 646

Bielorrússia 112 Ilhas Marshall 584 Rússia 643

Bolívia 068 Ilhas Pitcaim 612 Saint-Martin (Francesa) 663

Bonaire, Saint Eustatius e Saba 535 Ilhas Salomão 90 Salvador 222

IRS 2014 535


Anexo J

Bósnia-Herzegovina 070 Ilhas Turcas e Caicos 796 Samoa 882

Botswana 072 Ilhas Virgens Britânicas 92 Samoa Americana 16

Brasil 076 Ilhas Virgens dos Estados Unidos Santa Helena, Ascensão e Tristão 654
da Cunha

Brunei 096 Índia 356 Santa Lúcia 662

Bulgária 100 Indonésia 360 Santa Sé (Estado Vaticano) 336

Burkina Faso 854 Irão, República Islâmica 364 São Bartolomeu 652

Burundi 108 Iraque 368 São Cristóvão e Neves 659

Butão 064 Irlanda 372 São Marinho 674

Cabo Verde 132 Islândia 352 São Pedro e Miquelão 666

Camarões 120 Israel 376 São Tomé e Príncipe 678

Camboja 116 Itália 380 São Vicente e Granadinas 670

Canadá 124 Jamaica 388 Sara Ocidental 732

Catar 634 Japão 392 Seicheles 690

Cazaquistão 398 Jersey 832 Senegal 686

Chade 148 Jibuti 262 Serra Leoa 694

Chile 152 Jordânia 400 Sérvia 891

China 156 Koweit 414 Singapura 702

Chipre 196 Laos 418 Sint Maarten (Holandesa) 534

Colômbia 170 Lesoto 426 Síria 760

Comores 174 Letónia 428 Somália 706

Congo 178 Líbano 422 Sri-Lanka 144

Coreia do Norte 408 Libéria 430 Suazilândia 748

Coreia do Sul 410 Líbia 434 Sudão 729

Costa do Marfim 384 Liechtenstein 438 Sudão do Sul 728

Costa Rica 188 Lituânia 440 Suécia 752

Croácia 191 Luxemburgo 442 Suíça 756

Cuba 192 Macau 446 Suriname 740

Curaçau 531 Madagáscar 450 Svalbard e Jan Mayen 744

Dinamarca 208 Malásia 458 Tailândia 764

Djibuti 262 Maláui 454 Tajiquistão 762

Dominica 212 Maldivas 462 Tanzânia 834

536 IRS 2014


Anexo J

Egipto 818 Mali 466 Timor-Leste 626

Emirados Árabes Unidos (EAU) 784 Malta 470 Togo 768

Equador 218 Marrocos 504 Tonga 776

Eritreia 232 Martinica 474 Toquelau 772

Eslováquia, República da 703 Maurícia 480 Trindade e Tobago 780

Eslovénia 705 Mauritânia 478 Tunísia 788

Espanha 724 México 484 Turquemenistão 795

Estado da Palestina 275 Mainmar/Birmânia 104 Turquia 792

Estados Unidos da América 840 Micronésia 583 Tuvalu 798

Estónia 233 Moçambique 508 Ucrânia 804

Etiópia 231 Moldávia 498 Uganda 800

Faroé 234 Mónaco 492 Uruguai 858

Fidji 242 Mongólia 496 Usbequistão 860

Filipinas 608 Montserrat 500 Vanuatu 548

Finlândia 246 Montenegro 499 Venezuela 862

França 250 Namíbia 516 Vietname 704

Gabão 266 Nauru 520 Wallis e Futuna 876

Gambia 270 Nepal 524 Zâmbia 894

Gana 288 Nicarágua 558 Zimbabwe 716

Geórgia 268 Níger 562

ASSINATURA

Data O Declarante, Representante legal ou Gestor de negócios

Assinatura

___/___/___ _____________________________________________________________________

O anexo J deve ser assinado pelo titular dos rendimentos ou por um seu representante,
legal ou voluntário, ou gestor de negócios, devidamente identificados (cfr. n.º 1 do art.º 146.º
do CIRS).

A falta de assinatura constitui motivo de recusa da receção da declaração, sem prejuízo das
sanções estabelecidas para a falta da sua apresentação (cfr. n.º 2 do art.º 146.º do CIRS).

IRS 2014 537


Anexo J

538 IRS 2014

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