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ANEXO G
MAIS-VALIAS E OUTROS INCREMENTOS PATRIMONIAIS
CATEGORIA G
Este anexo não é individual, pelo que deverá incluir as mais-valias e outros incrementos
patrimoniais auferidos, em território português, por todos os membros do agregado familiar,
tal como são definidos nos artigos 9.º e 10.º do Código do IRS, e deve ser apresentado
pelos sujeitos passivos nos prazos e locais previstos para a apresentação da declaração
de rendimentos modelo 3 do IRS, da qual faz parte integrante.
As mais-valias não sujeitas a imposto relativas à alienação de direitos reais sobre bens
imóveis (art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88) não devem ser declaradas neste anexo G,
mas sim no anexo G1.
QUADROS 1, 2 e 3
MAIS-VALIAS
E OUTROS 01 |2_|__|__|__|
MODELO 3 INCREMENTOS
Anexo G PATRIMONIAIS
QUADRO 4
4 Alienação Onerosa de Direitos Reais sobre Bens Imóveis - artigo 10.º, n.º 1, alínea a) do CIRS
Realização Aquisição Despesas e
Titular encargos
Ano Mês Valor Ano Mês Valor
401 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
402 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
403 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
404 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
405 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
406 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
407 | | | | | . . , | | | | | . . , . . ,
Soma . . , . . , . . ,
Identificação Matricial dos Bens Quota-Parte
%
Campos Freguesia (código) Tipo Artigo Fração / Secção
Campo 401 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 402 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 403 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 404 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 405 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 406 | | | | | | | | | | | | | | |
Campo 407 | | | | | | | | | | | | | | |
A alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS, para além da afetação de quaisquer
bens do património particular à atividade empresarial e profissional exercida em nome
individual do seu proprietário, compreende todos os ganhos obtidos através da alienação
onerosa dos seguintes direitos reais sobre bens imóveis (ainda que se trate de direitos
reais menores):
Assim, a alienação onerosa de qualquer uma destas figuras, quando não considerados
rendimentos empresariais e profissionais, deve constar do Quadro 4 do anexo G da
declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, salvo se não estiverem sujeitos a IRS por
força do disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30/11, caso em que serão
de levar ao anexo G1.
Lembramos que neste Quadro 4 do anexo G passa agora a ser discriminada unicamente
a alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis, prevista na alínea a) do n.º 1 do
artigo 10.º do Código do IRS.
Dito isto, e para salientarmos algumas notas que pretendemos acrescentar, insistimos em
dizer que este Quadro 4 se destina a declarar a alienação onerosa de direitos reais
sobre bens imóveis (direito de propriedade, e direitos reais menores, como o de usufruto,
de superfície, de uso e habitação, incluindo o direito real de habitação periódica).
Em relação aos rendimentos obtidos com a alienação onerosa de direitos reais menores
(usufruto, direito de superfície, e direito real de habitação periódica) há que considerar o
seguinte:
b) Nos restantes casos os rendimentos obtidos com a alienação onerosa daqueles direitos
são qualificados como mais-valias tributadas na categoria G, e por isso devem ser
declarados no anexo G [cfr. alínea a) do n.º 1 do art.º 10.º do CIRS].
O usufruto é um direito real menor (ou direito real limitado) que não é transmissível "mortis
causa" porque não pode exceder a vida do usufrutuário (cfr. art.º 1443.º do Código Civil). É
no entanto alienável "inter vivos" (cfr. art.º 1444.º, n.º 1 do Código Civil) mas extingue-se
quando o transmitente falecer (cfr. A. Santos Justo, em "Direitos Reais", Coimbra Editora,
edição de 2007, pág. 30).
Tal como já antes se disse, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei
n.º 442-A/88, de 30/11, os ganhos que não eram sujeitos ao imposto de mais-valias,
criado pelo Código aprovado pelo Decreto-Lei n.º 46 673, de 9 de junho de 1965, bem
como os derivados da alienação a título oneroso de prédios rústicos afetos ao exercício
de uma atividade agrícola ou da afetação destes a uma atividade comercial ou industrial,
exercida pelo respetivo proprietário, só ficam sujeitos a IRS se a aquisição dos bens ou
direitos a que respeitam tiver sido efetuada depois da entrada em vigor do Código do IRS
(01/01/1989).
Na coluna TITULAR deve ser identificado o titular ou titulares do direito, com a utilização
dos códigos abaixo definidos conforme se exemplifica:
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser identificado
com a letra "F", cujo número de identificação fiscal deve constar no quadro
7A do rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
Na determinação do valor de realização, sempre que os valores por que os bens imóveis
houverem sido considerados para efeitos de liquidação do Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), ou devessem ser considerados no caso de não
haver lugar a liquidação, forem superiores aos valores declarados de venda, consideram-
-se aqueles como os valores de realização para efeitos de tributação (cfr. n.º 2 do art.º 44.º
do CIRS). Este caso pode implicar a alteração de rendimentos já declarados, devendo,
para esse efeito, os sujeitos passivos apresentar a respetiva declaração nos termos do
n.º 2 do artigo 60.º do Código do IRS.
O que se considera valor de realização para a determinação dos ganhos sujeitos a IRS,
encontra-se vertido no artigo 44.º do CIRS.
Na coluna AQUISIÇÃO deve ter-se em conta que a data de aquisição corresponde àquela
em que foi realizado o ato ou contrato de aquisição. O valor de aquisição é determinado
de harmonia com as regras previstas nos artigos 45.º a 47.º do Código do IRS.
U - urbano
R - rústico
O - omisso
Exemplo:
4 Rendimentos englobados
Identificação Matricial dos Bens Quota-
Freguesia Parte
Campos Tipo Artigo Fração / Secção
(código) %
401 0|4|0|8|1|0 R 1|5|5| | | G| | | | | | 100
402 0|4|0|8|1|0 U 3|8|5|0| | M| | | | | | 100
2 - De acordo com o conceito dado pelo artigo 46.º, n.º 1, do acima citado
diploma legal, a massa insolvente destina-se à satisfação dos credores da
insolvência, depois de pagas as suas próprias dívidas, e, salvo disposição
em contrário, abrange todo o património do devedor à data da declaração de
insolvência, bem como os bens e direitos que ele adquira na pendência do
processo, competindo, todavia, os poderes de administração e de disposição
dos respetivos bens integrantes ao administrador da insolvência.
4 - Do que decorre que, não se aplicando a tais casos, o acima referido artigo
268.º, n.º 1, do CIRE, se deva, de facto, considerar que a alienação onerosa
de bens imóveis integrados na massa insolvente, desde que não geradora
de rendimentos empresariais e profissionais, de capitais ou prediais,
constitui uma mais-valia prevista no artigo 10.º, n.º 1, alínea a), do Código do
IRS, a sujeitar a tributação com base nas disposições legais, expressamente,
estabelecidas para o efeito.
(Informação vinculativa, Proc. 5957/2010, com despacho concordante da Senhora Subdiretora-
Geral de 01/10/2010)
Assim sendo, o valor de realização terá que ser imputado a cada uma
daquelas figuras através de uma proporção em que se faz a imputação do
mesmo segundo as respetivas quotas-partes obtidas através de uma regra
de três simples, tendo como ponto de partida, o valor que servir de base à
liquidação da Sisa (ou do IMT, ou mesmo do Imposto do Selo caso a aquisição
tivesse sido a título gratuito) relativo à aquisição da nua-propriedade e do
usufruto.
Exemplificando:
Partindo do princípio que a nua-propriedade custou 70, que o usufruto custou
Caso o imóvel alienado tenha sido construído pelo próprio sujeito passivo,
o valor de aquisição corresponde ao valor patrimonial inscrito na matriz
ou ao valor do terreno, acrescido dos custos de construção devidamente
comprovados, se superior àquele (cfr. art.ºs 44.º, 45.º e 46.º do CIRS).
Certo casal, em que vigorava o regime de comunhão geral de bens, após a sua
morte deixou apenas como herança um prédio urbano. Ele (pai), que faleceu
em 15 de julho de 2001, tinha 3 filhos. Ela (mãe), que faleceu em 27 de agosto
de 2006, tinha 4 filhos (três filhos do marido falecido em 15/07/2001 e um outro
que teve antes do casamento).
No ano em curso, e ainda com a herança indivisa (quer pela morte do pai quer
pela morte da mãe), os herdeiros venderam o prédio em causa.
B C D E
15,625% 15,625% 15,625% 15,625%
B recebeu 15,625%
C recebeu 15,625%
D recebeu 15,625%
E recebeu 15,625%
Total ........ 62,5%
Nos termos do artigo 10.º, n.º 1, alínea a), do Código do IRS (CIRS), constituem
mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos
empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem da alienação
onerosa, designadamente de direitos reais sobre bens imóveis.
Para este efeito releva também a alienação de direitos reais menores, como
sejam, a nua-propriedade e o usufruto.
Dado que estes, por princípio, são adquiridos em datas distintas, deve aferir-
-se antes de mais, da percentagem imputável a cada um desses direitos (v.g.
art.º 13.º do Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de
Imóveis), bem assim como das respetivas datas de aquisição.
Certo contribuinte, que era casado sob o regime de comunhão geral de bens,
faleceu em 2008 e deixou como herdeiros o cônjuge sobrevivo e uma filha.
A herança, que ainda está indivisa, é constituída pelos seguintes bens imóveis:
Assim, por óbito de um dos cônjuges a herança é constituída por 50% dos
referidos imóveis, cabendo a cada um dos herdeiros - cônjuge sobrevivo e
filha - 25% da herança.
Certo sujeito passivo construiu para sua habitação uma vivenda que vai alienar.
Qual o valor de aquisição que deve considerar quando do preenchimento do
anexo G, sabendo-se que na altura em que o prédio foi concluído o valor
patrimonial tributável inscrito na matriz foi 144.000 euros e atualmente é de
580.000 euros?
Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis (taxa a aplicar aos
não residentes em território nacional)
Em abril do ano findo vendi um apartamento que era a minha habitação própria
e permanente, cujo valor da venda foi integralmente aplicado na amortização
do empréstimo que havia contraído para o efeito.
A que anexo devo levar tal alienação, e se adquirir uma nova habitação com
o mesmo fim se se considera reinvestimento?
uma operação que tem o mesmo enquadramento que teria se fosse realizada
entre estranhos.
NOTA:
Retroatividade da partilha
Feita a partilha, cada um dos herdeiros é considerado, desde a abertura da
herança, sucessor único dos bens que lhe foram atribuídos, sem prejuízo do
disposto quanto a frutos.
(artigo 2119.º do Código Civil)
Em 10/01/2014 é feita a escritura de partilha entre "B" e "C", por morte de "A",
através da qual "B" ficou usufrutuária dos dois prédios em causa e "C" herdeiro
da nua-propriedade.
Assim sendo verifica-se que, no caso aqui exposto, se considera que tanto
a mãe ("B") como o filho ("C") adquiriram o prédio "Y" em 1987 (data do
falecimento de "A" e não na data da escritura de partilhas), ou seja em data
anterior à entrada em vigor do Código do IRS (01/01/1989).
Também em relação ao prédio "Z" se considera que o filho ("C") o tinha adquirido
em 1987, data do falecimento do pai ("A"), dado que na respetiva escritura de
partilhas lhe tinha sido adjudicada a respetiva nua-propriedade.
No ano em que a venda "forçada" se realize, o sujeito passivo terá que entregar
o anexo G da declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, e fazer constar do
mesmo a operação em causa?
Por sua vez, o n.º 2 do artigo 138.º do Código do Imposto Municipal sobre
Imóveis (IMI), aprovado pelo Determos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.o
287/2003, de 12 de novembro, prevê que os valores patrimoniais tributários
dos prédios urbanos comerciais, industriais ou para serviços são atualizados
anualmente com base em factores correspondentes aos coeficientes de
desvalorização da moeda fixados anualmente por portaria do membro do
Governo responsável pela área das finanças.
Assim:
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, nos termos
do artigo 47.º do Código do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de
30 de novembro, republicado pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, do artigo
50.º do Código do IRS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de
novembro, e do n.º 2 do artigo 138.º do Código do IMI, aprovado pelo Decreto-
-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, o seguinte:
Artigo 1.º
Coeficiente de desvalorização da moeda a aplicar aos bens
e direitos alienados durante o ano de 2014
Artigo 2.º
Prédios urbanos comerciais, industriais ou para serviços
ANEXO
NOTA:
Embora se transcreva a Portaria de atualização dos coeficientes de
desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano
respetivo, quando do preenchimento da declaração de rendimentos modelo 3
do IRS e do respetivo anexo, os sujeitos passivos não tem que indicar o
coeficiente que vai ser aplicado ao valor de aquisição dos bens alienados. A
Certo sujeito passivo adquiriu um apartamento por morte de seu pai, falecido
em 11/11/2012, que alienou em 14/11/2014.
Uma pessoa singular, ao longo da sua vida, juntou uma apreciável coleção de
quadros de grande valor, que pretende agora leiloar ou vender diretamente a
uma galeria de arte.
Assim, na situação descrita, seja a venda das obras de arte efetuada através
de leilão ou seja feita a uma galeria de arte, tratar-se-á sempre de uma
operação cujo ganho resultante não é tributável em sede de IRS.
1 - Nos termos do artigo 51.º, alínea a), do Código do IRS, para determinação
das mais-valias sujeitas a imposto, ao valor de aquisição acrescem os encargos
com a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos 5 anos,
e as despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e
alienação de direitos reais sobre imóveis.
Por sua vez, e tal como se prevê no artigo 50.º do CIRS, o valor de aquisição
ou equiparado é corrigido pela aplicação do coeficiente de desvalorização da
moeda constante de portaria do Ministro das Finanças, sempre que tenham
decorridos mais de 24 meses entre a data da aquisição e a data da alienação,
correção esta que é feita pelos Serviços da Administração Tributária quando
da liquidação do imposto que se mostre devido.
Caso o prédio, que foi objeto da dação em cumprimento, tenha sido adquirido
antes da entrada em vigor do Código do IRS, o respetivo ganho (mais-valia)
beneficia da não tributação prevista no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88,
de 30/11, salvo se se tratar de terreno para construção, que neste caso, para
beneficiar da não tributação, terá que ter sido adquirido antes da entrada em
vigor do abolido Código do Imposto de Mais-Valias, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 46 373, de 9 de junho de 1965.
Se a operação beneficiar da não tributação de IRS, nesse caso não deve ser
levada ao anexo G mas sim ao anexo G1, referente ao ano em que se verificou
a dação em pagamento, do qual deve constar, além da identificação matricial
e da data de aquisição do imóvel, o valor de aquisição e o valor considerado
como de realização.
3 - Quanto a tudo o que o herdeiro vier a adquirir para além da sua quota ideal
na herança com o pagamento das respetivas tornas, e porque o pagamento
das mesmas consubstancia, em verdade, um negócio de alienação do direito
real a um bem ou parte dele, ter-se-á de considerar como data de aquisição
do excedente a do facto jurídico que legitima esse negócio, equiparando-
se, assim, a escritura de partilhas a um contrato de compra e venda e as
respetivas tornas ao correspondente valor de aquisição.
(Informação vinculativa, Proc. 1866/2008, com despacho concordante do Senhor Subdiretor-
Geral, de 01/07/2008)
O direito de superfície é um direito real sobre um bem imóvel, pelo que o ganho
que resultar da sua alienação é considerado uma mais-valia, nos termos da
alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS.
Nos termos do artigo 51.º do Código do IRS, para a determinação das mais-
valias sujeitas a imposto, ao valor de aquisição acrescem os encargos com
a valorização dos bens, comprovadamente realizados nos últimos 5 anos, e
as despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição e
alienação, de direitos reais sobre bens imóveis.
Como ainda não foi efetuada a escritura de partilha estamos perante uma
Por sua vez, o valor de aquisição, tal como se encontra determinado na alínea
a) do n.º 1 do artigo 45.º do Código do IRS, corresponde à parte proporcional
do valor que foi considerado para efeitos de liquidação do imposto do selo na
data do óbito (2008).
Certo sujeito passivo, pessoa singular, tinha uma dívida com um Banco. Como
não tinha condições financeiras para a pagar, fez um contrato de Lease-
-Back com uma sociedade de locação financeira, entregando-lhe a casa onde
vive como habitação própria e permanente, que havia adquirido em 2002 a
título gratuito, tendo o dinheiro que recebeu sido integralmente para pagar a
dívida, continuando no entanto a ocupar a casa, mas agora na qualidade de
"inquilino", ficando a pagar por mês, durante o período de tempo que negociou,
uma importância substancialmente mais pequena e agora dentro das suas
possibilidades financeiras. Findo o contrato, o imóvel regressa ao dono original.
Caso o sujeito passivo não tivesse que aplicar o valor obtido no pagamento
da dívida ao Banco, mas sim o reinvestisse na aquisição de outro imóvel
destinado à sua habitação própria e permanente ou do seu agregado familiar,
no prazo de 36 meses, o ganho proveniente da operação seria excluído da
tributação, nos termos do n.º 5 do artigo 10.º do Código do IRS.
Caso seja apurada uma mais-valia (e não seja aplicável a não sujeição referida
anteriormente), estando em causa um sujeito passivo residente em Portugal,
apenas 50% do valor do ganho estará sujeito a tributação em sede de IRS às
taxas marginais aplicáveis, em conformidade com o determinado no n.º 2 do
artigo 43.º do Código do IRS.
Pretende no decorrer do ano de 2002 permutar o imóvel acima referido por outro
destinado a habitação permanente, sendo atribuído os valores de € 109.735,00
ao imóvel a entregar e € 199.519,00 ao imóvel a receber.
7 - Ora, considerando o referido pelo consulente, que vai adquirir por permuta
um imóvel destinado a habitação permanente, com recurso ao crédito bancário,
considera-se apenas reinvestido o valor da diferença entre o crédito
concedido e o valor de aquisição do novo imóvel (199.519,00 - 149.639,00 =
49.879,63).
No quadro 4
- o valor de aquisição - € 55.865,3
- o valor de realização - € 109.735,00
- despesas com a aquisição (valor da Sisa paga em 1994, bem como os
registos notariais).
No quadro 5
- campo 505 - € 43.705,06 (valor da dívida do empréstimo à data da alienação)
- campo 506 - € 49.879,63 (valor de realização que pretende reinvestir -
€ 199.519,00 - 149.639,37)
- campo 508 - € 49.879,63 (valor reinvestido no ano da alienação).
"A" faleceu em janeiro de 2012 tendo deixado como únicos herdeiros seus
filhos "B" e "C", e como bens apenas um prédio urbano destinado a habitação.
A partilha da herança foi feita extrajudicial, por escritura lavrada em maio do
ano findo, e por acordo entre os herdeiros estes decidiram que o prédio era
adjudicado, na sua totalidade, ao filho "B", pagando este as tornas devidas ao
seu irmão "C".
Daqui resulta que o herdeiro que cedeu a sua quota ideal, pela qual recebeu
tornas, deverá, no ano seguinte ao da escritura de partilhas, para efeitos
de tributação em sede de IRS, entregar a declaração de rendimentos modelo
3 do IRS e juntar, além de outros (na hipótese de haver mais rendimentos
sujeitos a englobamento), o anexo G, onde irá fazer constar, como valor de
realização, o montante das tornas que recebeu, salvo se aos rendimentos
em causa for aplicável a não sujeição a imposto prevista no artigo 5.º do
Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30/11, que estabelece encontrarem-se excluídos
de tributação, no âmbito das mais-valias, os ganhos obtidos com a alienação
de imóveis rústicos e/ou urbanos (com exceção de terrenos para construção),
adquiridos antes de 01/01/1989. Neste caso, o anexo a juntar será o G1.
Tenha-se presente que, o herdeiro que pagar as respetivas tornas pelo excesso
da quota-parte que adquire, nos bens imóveis, em ato de divisão ou partilhas,
fica sujeito a Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
(IMT), em conformidade com o disposto na alínea c) do n.º 5 do artigo 2.º do
mesmo diploma.
Dois irmãos fizeram no ano findo a partilha dos imóveis deixados pelos seus
pais ambos falecidos na vigência do Código do IRS.
O valor total dos imóveis a partilhar ascendeu a 1 380 000 euros, sendo que o
valor adjudicado a um dos irmãos foi de 558 000 euros e ao outro de 822 000
euros.
O irmão que recebeu imóveis no valor de 558 000 euros recebeu ainda tornas
no valor de 132 000 euros, para igualar o quinhão hereditário.
No caso de troca, para a determinação dos ganhos sujeitos a IRS, tal como
determina a alínea a) do n.º 1 do artigo 44.º do Código do IRS, considera-se
valor de realização o valor atribuído no contrato aos bens ou direitos
recebidos, ou o valor de mercado, quando aquele não exista ou este for
superior, acrescido ou diminuído, um ou outro, da importância em dinheiro a
receber ou a pagar.
Note-se que, caso o valor da avaliação que venha a ser feita à fração C for
superior, este prevalecerá sobre o valor indicado.
Cumpre informar:
NOTA:
Sobre esta matéria, ver ainda a parte final do Parecer n.º 452, da então DGCI
- DSJC -, de 03/10/2003, a seguir transcrito com o título "Usucapião (valor de
aquisição)".
Usucapião (noção)
Na escritura está escrito: sic "Que em janeiro de 1973, por compra meramente
verbal, adquiriram o referido lote a ..., já falecidos. Que, desde essa data possuem
e mantêm o referido lote, sem violência e sem oposição, ostensivamente, com
conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de
todas as utilidades, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do
direito de propriedade, quer usufruindo como tal, quer suportando os respetivos
encargos. Que, dadas as enunciadas caraterísticas de tal posse, não é
suscetível de ser comprovado pelos meios normais".
Dado que o interessado vai agora vender o terreno em causa, qual o valor e
data de aquisição a considerar para o cálculo da mais-valia?
A aquisição por usucapião está sujeita a imposto do selo, 10% sobre o valor -
-verba 1.2 da Tabela Geral do Imposto do Selo.
NOTA:
Sobre a data da aquisição do direito de propriedade por usucapião, ver ainda
a doutrina constante da Inf. n.º 2171/2003, que acompanhou o Ofício n.º 1003,
de 03/01/2003, da Direção de Serviços do IRS, antes transcrita com o título
"Usucapião (data de aquisição do direito de propriedade)".
A alienação a título oneroso, do usufruto num prédio urbano, a que anexo deve
ser levada para efeitos de tributação em sede de IRS?
Usufruto (noção)
- Em 1988 faleceu o seu pai, tendo deixado como herdeiros a viúva e 4 filhos,
um dos quais é o interessado;
- Em 1995 faleceu a mãe, ficando como herdeiros os 4 filhos antes referidos;
- Em 1996 é feita a escritura de partilhas, em que o herdeiro em causa comprou
a parte dos outros irmãos, pagando-lhes as respetivas tornas.
Qual o valor de aquisição que deve fazer constar dos anexos G e G1?
Assim, à viuva (agora como herdeira) pertenciam 25% dos 50% partilhados
(ou seja 12,5%) e os restantes 37,5% (50% - 12,5%) eram divididos pelos
4 filhos em partes iguais, ficando cada filho na posse de 9,375% do total do
imóvel.
Por sua vez, quando ocorreu o óbito da mãe em 1995, cada herdeiro ficou com
mais 15,625% (62,5% : 4), ou seja, cada herdeiro ficou proprietário de 25% do
imóvel.
A aquisição dos 75% aos outros herdeiros ocorre com a realização da escritura
de partilhas feita em 1996.
Por último, relativamente à parte adquirida aos outros irmãos, porque, neste
caso, a data de aquisição é a data da realização da escritura de partilhas feita
em 1996 (cfr. n.º 3 da Informação vinculativa, Proc. 1866/2008, com despacho
concordante do Senhor Subdiretor-Geral, de 01/07/2008), o valor de aquisição
a fazer constar do quadro 4 do anexo G é o que serviu de base para efeitos de
liquidação de sisa - atualmente IMT (cfr. n.º 1 do art.º 46.º do CIRS).
Por outro lado, nos termos do artigo 51.º do mesmo Código, ao valor de aquisição
acrescem os encargos com a valorização dos bens, comprovadamente
realizados nos últimos cinco anos, e as despesas necessárias e efetivamente
praticadas, inerentes à aquisição e alienação do imóvel (a fazer constar em
coluna própria do anexo G).
Este acordo pode, por sua vez, configurar uma de duas situações com
relevância para efeitos fiscais:
- Trata-se de uma doação em dinheiro que aquele que pagou mais de metade
do preço fez ao outro interveniente. Esta doação está sujeita a imposto de
selo nos termos da alínea c) do n.º 3 do artigo 1.º do Código do Imposto do
Selo, podendo contudo beneficiar da isenção da alínea e) do artigo 6.º do
mesmo Código, caso os donatários sejam os ali previstos.
QUADRO 4A
Mencione os campos do Quadro 4 respeitantes a imóveis recuperados ou objeto de ações de reabilitação com
comprovação emitida por entidade competente, nos termos dos n.ºs 5 e 23 do art.º 71.º do EBF:
Opta pelo englobamento dos rendimentos relativos a estes imóveis? SIM 6 |__| NÃO 7 |__|
Os campos do quadro 4 através dos quais foram identificados imóveis alienados situados
em área de reabilitação urbana, recuperados nos termos das respetivas estratégias de
reabilitação ou passíveis de atualização faseada das rendas nos termos dos artigos 27.º e
seguintes do NRAU, que foram objeto de ações de reabilitação [alíneas a) e b) do n.º 6 do
art.º 71.º do EBF] devem ser identificados, neste quadro 4A, nos campos 1 a 5 através da
indicação dos códigos dos campos do quadro 4.
A opção pelo englobamento ou pela tributação autónoma deve ser formalizada assinalando
o campo 6 ou 7.
QUADRO 4B
4B Afetação de bens móveis e de bens imóveis à atividade empresarial e profissional - Art.º 10º, n.º 1, alín. a)
Bens Afetação Aquisição
Titular
Móveis Imóveis Ano Mês Valor Ano Mês Valor
490 | | | | . . , | | | | . . ,
Quota Parte
Identificação matricial dos bens imóveis %
Campo Freguesia (código) Tipo Artigo Fração /Secção
Campo 490 | | | | | | | | | | | | | | |
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS, os ganhos resultantes da
afetação de quaisquer bens do património particular à atividade empresarial e profissional,
constituem mais-valias sujeitas a IRS na categoria G.
Neste quadro deve ser indicada a afetação de bens (móveis e imóveis) do património
particular à atividade empresarial e profissional exercida em nome individual pelo seu
proprietário [alínea a) do n.º 1 do art.º 10.º do CIRS], a qual deve ser declarada no ano em
que ocorreu a alienação onerosa dos bens em causa ou de outro facto que determine
o apuramento de resultados em condições análogas.
Nesse ano, haverá que proceder então à tributação de "duas" mais-valias (a serem feitas
segundo regras diferentes, respetivamente as das categorias G e B): a gerada enquanto o
bem esteve no património particular do sujeito passivo (categoria G), e a gerada enquanto
esteve afeto à sua atividade empresarial ou profissional (categoria B).
Porém, relativamente à maioria dos bens móveis (desde logo, os corpóreos), a primeira
(das mais-valias) não é tributável, uma vez que o imposto, por regra, não incide sobre os
ganhos obtidos na sua alienação por particulares.
Assim, parece que o interesse da ficção como alienação da afetação ao ativo empresarial de
um bem móvel cuja alienação por um particular não gera uma mais-valia tributável residirá,
essencialmente, na quantificação do seu valor de mercado à data, pois será este um dos
elementos a partir dos quais se calculará a mais-valia sujeita a tributação na categoria B
(cfr. Dr. Prof. Rui Duarte Morais, em "Sobre o IRS", 3ª edição, Almedina 2014, pág. 142).
O valor de afetação corresponde ao valor de mercado dos bens à data da afetação [alínea
c) do n.º 1 do art.º 44.º do CIRS], o qual pode ser substancialmente diferente do valor de
aquisição, não obstante a Administração Fiscal reservar para si a possibilidade de proceder
à sua correção quando considere, fundamentadamente, que o mesmo não corresponde ao
que seria praticado por pessoas independentes (cfr. n.ºs 2 e 4 do art.º 29.º do CIRS).
Exemplo:
Manuel, afetou um bem imóvel do seu património particular à sua atividade
empresarial e profissional.
O imóvel, adquirido em 2006 por 50 000 euros, foi afetado em 2010 à sua atividade
e contabilizado no imobilizado pelo valor de 80 000 euros (valor de mercado à data
da afetação).
É neste ano que se fará a tributação da mais-valia das duas transmissões, ou seja:
1ª transmissão - Categoria G:
MV = 80 000 € - 50 000 €
2ª transmissão - Categoria B:
MV = 100 000 € - 80 000 €
No campo 490 deve assinalar se a afetação respeita a bens móveis ou imóveis. No caso de
respeitar a bens imóveis deve proceder à respetiva identificação matricial.
Tal afetação deve ter como suporte, para efeitos de registo ou contabilísticos,
um vulgar documento (que pode ser feito em papel que não necessita de ser
timbrado), do qual conste, pelo menos, os seguintes elementos:
- a identificação do sujeito passivo (nome e número de identificação fiscal);
- a data (dia, mês e ano) da afetação dos bens à atividade empresarial ou
profissional;
- a quantidade e denominação usual dos bens afetados;
- o valor de mercado à data da afetação de tais bens.
Neste caso, tal valor (de mercado), atribuído pelo sujeito passivo no momento
da afetação ou da transferência dos bens, pode ser objeto de correção sempre
que a Autoridade Tributária e Aduaneira considere, fundamentadamente, que o
mesmo não corresponde ao que seria praticado entre pessoas independentes
(cfr. n.º 4 do art.º 29.º do CIRS).
QUADRO 5
Valor de realização que pretende reinvestir (sem recurso ao Valor de realização que pretende reinvestir (sem recurso
crédito) ao crédito)
526 . . ,
506 . . ,
Valor reinvestido no primeiro ano seguinte (sem recurso ao Valor reinvestido no primeiro ano seguinte (sem recurso
crédito) ao crédito)
529 . . ,
509 . . ,
Valor reinvestido no segundo ano seguinte (sem recurso ao Valor reinvestido no segundo ano seguinte (sem recurso
crédito) ao crédito)
530 . . ,
510 . . ,
Valor reinvestido no terceiro ano seguinte dentro dos 36 Valor reinvestido no terceiro ano seguinte dentro dos 36
meses (sem recurso ao crédito) meses (sem recurso ao crédito)
531 . . ,
511 . . ,
Intenção de reinvestimento
- No campo 505 deve ser indicado o valor do capital em dívida do empréstimo contraído
para a aquisição do bem alienado (excluem-se os juros e outros encargos, bem como
os empréstimos para obras) que se encontra em dívida à data da alienação do imóvel
(só tem aplicação para as alienações efetuadas nos anos de 2002 e seguintes);
- No campo 506 deve ser indicado o valor de realização que o sujeito passivo pretende
reinvestir na aquisição de habitação própria e permanente, excluindo a parte do valor
de aquisição a efetuar com recurso ao crédito;
- No campo 507 deve ser indicado o valor que foi reinvestido nos 24 meses anteriores,
excluindo a parte do valor de aquisição efetuada com recurso ao crédito;
Este campo deve ser utilizado para os casos em que a compra do imóvel em que é
concretizado o reinvestimento é efetuada antes da venda, devendo ser incluídos todos
os valores despendidos até esta última data.
- No campo 508 deve ser indicado o valor que foi reinvestido no ano da alienação,
excluindo a parte do valor de aquisição com recurso ao crédito;
Este campo só deve ser utilizado para os casos em que a compra do imóvel em que é
concretizado o reinvestimento é efetuado após ou em simultâneo (ex. permuta) com a
venda.
- No campo 509 deve ser indicado o valor reinvestido no primeiro ano seguinte ao da
alienação do bem imóvel, excluindo a parte do valor de aquisição efetuada com recurso
ao crédito;
- No campo 510 deve ser indicado o valor reinvestido no segundo ano seguinte ao da
alienação do bem imóvel, excluindo a parte do valor de aquisição efetuada com recurso
ao crédito;
- No campo 511, deve ser indicado o valor reinvestido no terceiro ano seguinte ao da
alienação do bem imóvel, mas dentro dos 36 meses contados da data da alienação,
excluindo a parte do valor de aquisição efetuada com recurso ao crédito.
De notar que, no ano da alienação, só podem ser preenchidos os campos 501 a 506 e 507
ou 508.
No ano seguinte só devem ser preenchidos os campos 501 a 504 e 509 (reinvestimento
feito nesse ano).
No segundo ano seguinte só devem ser preenchidos os campos 501 a 504 e 510
(reinvestimento feito nesse ano a contar da data da alienação do imóvel).
No terceiro ano seguinte só devem ser preenchidos os campos 501 a 504 e 511
(reinvestimento feito nesse ano mas dentro dos 36 meses a contar da data da alienação do
imóvel).
Nos três anos seguintes ao da alienação, o anexo G não deve ser apresentado se não
tiver havido qualquer reinvestimento.
Se o imóvel não for afeto à habitação permanente até seis meses após o termo do prazo
para reinvestir (n.º 6 do art.º 10.º do CIRS), a exclusão fica sem efeito, devendo os
sujeitos passivos apresentar uma declaração de substituição referente ao ano da
alienação, retirando os valores declarados no quadro 5 deste anexo.
Tenha-se presente que se o valor de realização que se pretende reinvestir não for
concretizado na totalidade até ao fim do prazo legal, haverá lugar à liquidação do imposto
que deixou de ser cobrado, acrescido dos respetivos juros compensatórios (cfr. n.º 1 do
art.º 91.º do CIRS).
Sobre esta matéria, ver à frente o que se diz com o título "Reinvestimento do
valor de realização na aquisição de um imóvel destinado a habitação própria e
permanente (através de contrato de locação financeira imobiliária)".
Certo sujeito passivo vendeu a casa que era a sua habitação própria e
permanente, a qual havia adquirido já na vigência do Código do IRS.
Lei Geral Tributária, cuja liquidação, quer do imposto quer dos juros, será feita
pela Administração Tributária e Aduaneira.
Em abril de 2003, certo sujeito passivo adquiriu, para sua habitação própria
e permanente, um apartamento pelo valor de 110.000 euros, sem recorrer ao
crédito bancário.
Sobre que mais-valias irá pagar IRS e quais os campos dos quadros 4 e 5 do
anexo G que deve preencher, quando em 2015 tiver que entregar a declaração
de rendimentos modelo 3 do IRS com o anexo G, relativa ao ano de 2014?
Contudo, nos termos do n.º 2 do artigo 43.º do Código do IRS, desta mais-valia
apenas se tributaria 50%, ou seja 4.000 euros.
Nesse ano (2014), na liquidação do imposto vai ser incluída na base tributável a
parte proporcional da mais-valia correspondente à parte do valor de realização
que não pretende reinvestir.
90.000 36.000
20.000 X
90.000 36.000
30.000 X
Valor este (€ 6.000) que seria adicionado aos restantes rendimentos, e sobre
o imposto que gerasse acresceriam juros compensatórios, contados dia a dia.
90.000 36.000
50.000 (a) X
Em julho de 2012, certo sujeito passivo comprou, para sua habitação própria
e permanente, um apartamento por 150.000 euros, tendo para tal obtido um
empréstimo bancário no valor de 130.000 euros.
O Código do IRS prevê, no n.º 5 do seu artigo 10.º, uma exclusão da tributação
nos ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis destinados a
habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado
familiar, desde que os valores recebidos na transmissão sejam utilizados
para a aquisição, construção ou beneficiação de outro imóvel com o mesmo
fim, localizado em território nacional, no território de outro Estado membro da
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
QUADRO 5A
Se o reinvestimento ocorreu em território da União Europeia ou no Espaço Económico Europeu, indique o país |__|__|__|
(ver instruções)
Com a nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 361/2007, de 2/11, à alínea a)
do n.º 5 do artigo 10.º do Código do IRS, passou a ser também possível fazer
o reinvestimento do valor de realização resultante da alienação de imóveis
destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu
agregado familiar, na aquisição da propriedade de outro imóvel, de terreno
para a construção de imóvel, ou na construção, ampliação ou melhoramento
de outro imóvel, exclusivamente com o mesmo destino, situado no território de
outro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu,
desde que, neste último caso, exista intercâmbio de informações em matéria
fiscal.
QUADRO 6
Neste quadro, devem ser declarados os ganhos obtidos com atos de alienação onerosa
da propriedade intelectual ou industrial ou de experiência adquirida no setor comercial,
industrial ou científico, quando o transmitente não seja o titular originário.
Para identificação do titular do rendimento, devem ser utilizados os códigos que foram
definidos para o quadro 4.
Neste caso, o ganho sujeito a IRS é constituído pela diferença entre o valor de
realização e o valor de aquisição [alínea a) do n.º 4 do art.º 10.º do CIRS].
Contudo, todos os valores devem ser inscritos neste quadro 6 pela totalidade,
já que a liquidação automática do imposto, que é feita pelos Serviços da
Administração Tributária, assegura a aplicação daquela percentagem.
QUADRO 7
Estão aqui em causa situações relativamente frequentes como, p. ex., alguém celebra um
contrato-promessa de aquisição de um apartamento em construção e, antes da celebração
O ganho sujeito a IRS é constituído pela importância recebida pelo cedente, deduzida do
preço por que eventualmente tenha obtido os direitos e bens objeto de cessão [alínea b) do
n.º 4 do art.º 10.º do CIRS].
Para identificação do «Titular» do rendimento devem ser utilizados os códigos que foram
definidos para o quadro 4, ou seja:
A = Sujeito Passivo A
B = Sujeito Passivo B
C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B.
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser identificado
com a letra "F", cujo número de identificação fiscal deve constar no quadro 7A
do rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
QUADRO 8
8 Alienação onerosa de partes sociais e outros valores mobiliários - Artigo 10.º, n.º 1, alínea b) do Código
do IRS
Realização Aquisição Despesas
Titular Entidade emitente Códigos
Ano Mês Valor Ano Mês Valor e encargos
801 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
802 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
803 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
804 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
805 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
806 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
807 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
808 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
809 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
810 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
811 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
812 | | | | | | | | | | | | . . , | | | . . , . . ,
Soma . . , . . , . . ,
Destina-se este quadro a declarar a alienação onerosa de partes sociais (quotas e ações),
e outros valores mobiliários (v.g. obrigações e outros títulos de dívida), com exceção das
partes sociais e outros valores mobiliários cuja titularidade o alienante tenha adquirido até
31 de dezembro de 1988 (cfr. art.º 5.º do Dec. Lei n.º 442-A/88, de 30/11).
- Na terceira coluna devem ser indicados os códigos dos valores mobiliários alienados, de
acordo com a seguinte tabela:
- O valor de aquisição é determinado nos termos dos artigos 45.º e 48.º do Código do
IRS, quando se trate, respetivamente, de aquisições a título gratuito ou a título oneroso;
Para identificação do «Titular» do rendimento, devem ser utilizados os códigos que foram
definidos para o quadro 4, ou seja:
A = Sujeito Passivo A
B = Sujeito Passivo B
C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B.
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser identificado
com a letra "F", cujo número de identificação fiscal deve constar no quadro 7A do
rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
Optando-se pelo englobamento, deve ser assinalado o campo SIM 1 do quadro 9, ou, caso
não se pretenda optar pelo englobamento, deve-se assinalar o campo NÃO 2, do mesmo
quadro.
Nos termos do n.º 1 do artigo 27.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, as mais-
-valias realizadas por um não residente que em território nacional não possua
um estabelecimento estável a que possam ser imputadas, resultantes da
transmissão onerosa de ações emitidas por entidades residentes em território
português e negociadas em mercados regulamentados de bolsa, estão isentas
de IRS e nessa medida não têm que ser declaradas no anexo G da declaração
de rendimentos modelo 3.
Esta isenção fica contudo sem efeito caso se verifique alguma das situações
previstas nos n.ºs 2 e 3 do mesmo artigo.
Por outro lado, nos termos do n.º 3 do artigo 13.º da Convenção para evitar a
dupla tributação internacional celebrada entre Portugal e a Suíça, os ganhos
provenientes da alienação de ações só podem ser tributados no Estado
Contratante (neste caso Suíça) de que o alienante é residente.
O artigo 27.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais tem a seguinte redação, dada
pela Lei n.º 64-B/2011, de 30/12:
6 - Por conseguinte:
c) Os títulos de participação;
d) As unidades de participação em instituições de investimento coletivo;
e) Os warrants autónomos;
f) Os direitos destacados dos valores mobiliários referidos nas alíneas a) a d),
desde que o destaque abranja toda a emissão ou série ou esteja previsto
no ato de emissão.
g) Outros documentos representativos de situações jurídicas homogéneas,
desde que sejam suscetíveis de transmissão em mercado.
(nº 1 do artigo 1.º do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Dec. Lei n.º 486/99, de 13/11, com a
redação dada pelo Dec. Lei n.º 66/2004, de 24/3)
QUADRO 8A
Este quadro destina-se a identificar os campos do quadro 8 onde foram inscritos os valores
relativos à alienação onerosa de partes sociais de micro ou pequenas empresas, definidas
nos termos do artigo 2.º do anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, e
certificadas como tal pelo IAPMEI, I.P., não cotadas nos mercados regulamentado ou não
regulamentado da bolsa de valores. Estas empresas devem ser identificadas através do
NIPC, sendo o saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias considerado em 50%
do seu valor, de acordo com o n.º 3 do artigo 43.º do Código do IRS.
Considera-se pequena empresa aquela que emprega menos de 50 pessoas e cujo volume
de negócios anual ou balanço total anual não excede 10 milhões de euros (cfr. n.º 4 do art.º
43.º do CIRS, e n.º 2 do art.º 2.º do Anexo ao Dec. Lei n.º 372/2007, de 6/11).
Por sua vez, uma micro empresa é aquela que emprega menos de 10 pessoas e cujo
volume de negócios anual ou balanço total anual não excede 2 milhões de euros (cfr. n.º 4
do art.º 43.º do CIRS, e n.º 3 do art.º 2.º do Anexo ao Dec. Lei n.º 372/2007, de 6/11).
QUADRO 9
9 Instrumentos financeiros derivados, warrants autónomos e certificados - Art.º 10.º, n.º 1, alíneas e) a g) do CIRS
Titular Rendimento líquido
Operações relativas a instrumentos financeiros derivados 901 . . ,
Operações relativas a warrants autónomos 902 . . ,
Operações relativas a certificados que atribuam direito a receber valor de ativo subjacente 903 . . ,
Contratos de futuro e operações celebrados em Bolsa de Valores (2002) 904 . . ,
Contratos de futuro e operações celebrados em Bolsa de Valores - EBF (só para 2001) 905 . . ,
Soma . . ,
Opta pelo englobamento dos rendimentos incluídos nos quadros 8 e 9? SIM 1 |__| NÃO 2 |__|
Para identificar o «Titular» devem-se utilizar os códigos que foram definidos para o quadro
4, ou seja:
A = Sujeito Passivo A
B = Sujeito Passivo B
C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B.
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser identificado
com a letra "F", cujo número de identificação fiscal deve constar no quadro 7A
do rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
No entanto, o sujeito passivo pode optar pelo seu englobamento, nos termos do atual
n.º 8 do artigo 72.º do mesmo diploma.
A opção pelo englobamento determina também a sujeição ás taxas gerais dos rendimentos
de aplicação de capitais referidos no quadro 4B do anexo E.
ativo tornar-se-á assim uma operação sem risco, uma vez que, mesmo que
qualquer valorização ou desvalorização do ativo subjacente será compensada
com uma variação de sinal inverso do valor do instrumento financeiro derivado.
Dá-se assim o que se denomina a cobertura de uma posição longa.
QUADRO 10
Neste caso, porque a indemnização em causa foi fixada por decisão judicial está
excluída de tributação e como tal não tem que ser indicada em qualquer campo do
anexo G nem em qualquer outro anexo. Já se a indemnização fosse acordada entre
a entidade patronal e o trabalhador, sem a intervenção do tribunal, então sim, tal
indemnização seria considerada um incremento patrimonial a levar ao campo 1001 do
quadro 10 do anexo G.
No que se refere ao ano em que deve ser imputada a sua tributação, lembramos que
tais incrementos patrimoniais constituem rendimento do ano em que são pagos ou
colocados à disposição (cfr. n.º 4 do art.º 9.º do CIRS).
Para identificar o «Titular» devem-se utilizar os códigos que foram definidos para o quadro
4, ou seja:
A = Sujeito Passivo A
B = Sujeito Passivo B
C = Se o bem alienado pertencer em comum aos sujeitos passivos A e B.
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser identificado
com a letra "F", cujo número de identificação fiscal deve constar no quadro 7A do
rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
Existindo valores de retenções mencionados nos campos 1001 e 1002, deve proceder-se
à identificação das entidades que efetuaram as retenções de IRS através da indicação do
respetivo número de identificação fiscal nos campos 1003 a 1006, bem como o valor das
respetivas importâncias retidas.
O inquilino está sujeito a IRS pelo valor da indemnização que vai receber?
Se sim, em que categoria se enquadra e se está ou não sujeito a retenção na
fonte?
Se esta prova não for efetuada, para efeito de tributação a indemnização deve
ser declarada no campo 1001 do quadro 10 do anexo G da declaração de
rendimentos modelo 3 do IRS.
Certo sujeito passivo, pessoa singular, fez, na sua esfera pessoal, um contrato
promessa de compra e venda para a venda de um apartamento que faz parte
do seu património particular, de que recebeu como sinal 25 000 euros.
A escritura estava acordado ser efetuada até final do ano que findou. Contudo,
a mesma não se chegou a fazer por o promitente comprador declarar agora
que não tem condições para tal, o que originou a perda do sinal que entretanto
entregou.
O valor da perda do sinal tem de ser declarado em sede de IRS pelo promitente
vendedor como rendimento da categoria G?
o seu acréscimo, há, antes, a ofensa de bens de caráter imaterial, como por
exemplo, a integridade física, a saúde, a liberdade, a honra e a reputação.
De acordo com o artigo 42.º do mesmo Código, tais importâncias não beneficiam
de quaisquer deduções para efeitos de determinação do rendimento tributável.
Esta indemnização que vou receber está sujeita a IRS? Em caso afirmativo, em
que categoria se integra?
ASSINATURAS
Assinaturas
Este anexo deve ser assinado pelos sujeitos passivos ou por um seu representante, legal
ou voluntário, ou gestor de negócios, devidamente identificados (cfr. n.º 1 do art.º 146.º do
CIRS).