I. Sou da família dos batráquios: através da só, posso dar também as mãos ao outro,
barriga, vísceras e mãos, me veio toda a per- estendê-las ao seu alcance, convidá-lo a uma
cepção sobre o mundo. Não tenho memó- comunicação. A roda da criançada sempre
ria, minhas lembranças são sempre relacio- cantando é um constante dar-se as boas vin-
nadas com percepções passadas, apreendi- das, integrar-se ao mundo dos vivos, partici-
das pelo sensorial. Num lapso de segundo par deste viver. Dar-se as mãos quando se
eu me sinto tomada pela quentura da ma- dança é oferecer-se a si e ao outro o prazer
madeira na palma da mão, acompanhada da solidão quebrada por um momento na
pelo gosto do leite morno que desce deva- comunicação de dois corpos que, em princí-
gar, deixando um rastro de bolhas atrás de pio, deveriam se completar sempre, o cheio
si. Experiência esta, talvez a mais remota e o vazio, janela aberta, convite ao debru-
dentro da minha vivência, inscrita no meu çar-se. As mãos que possuem a magia do
passado, que se faz presente ainda hoje. arrumar, do dar, do carinho, do tirar, do ba-
Havia uma tal incorporação e coesão neste ter, do se limpar e se sujar, da oração, do
instante que hoje só é comparável a esta gesto maquinal, do tatear do cego, do co-
sensação, me vem outro instante em que, nhecimento da criação. Se você não tiver uma
me sentindo inteira, coesa, unida, me sinto face, as mãos dirão por ela quem você é. Se
como se estivesse de mãos dadas comigo você não tiver coração, as mãos falarão por
O eu e o tu: série roupa- mesma. O gesto tem a característica da con- você. Se você não tiver cabeça, elas farão
corpo-roupa
corpo-roupa, 1967 centração no momento da oração. Fusão das uma por si, mas se você não as tiver, pode
Macacões feitos em
borracha, espuma, tecido, polaridades, do direito e do esquerdo, do esconder atrás da sua face, do seu coração,
acrilon que era e do que está sendo. Dar-se as mãos do seu raciocínio, você é como uma ave sem
170 x 68 x 8cm a si mesma: muito prazer em conhecer-nos, asas e o seu andar tornar-se-á pesado e
Col. Família Clark
eu vou bem obrigada, este é o meu mo- inexpressivo, pois elas estarão invisíveis, jun-
Foto: cortesia Associação Cultural
O Mundo de Lygia Clark mento, eu sou solitária, aceito ser um “ser” to aos teus pés; pás de remos do gesto, an-
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nhecimento em arte, que passaram em cima ta, que acariciaram sutiãs anônimos na ex-
de cada linha, de cada forma, de cada espa- pectativa de um dia preencher aquele vazio,
ço, de cada cor, absorvendo, engolindo, vo- que fugiram medrosas num apelo ou ordem
mitando o excesso, mãos que esboçaram os para apanhar bolos, mãos que tremeram de
primeiros desenhos de escadas, que encon- susto na hora da escrita, mãos que cuida-
traram uma solução na contradição dos olhos vam dos bichos soltos, que arrancavam vio-
e do conhecimento da lógica, para exprimir lentamente flores carnívoras que traziam o
um espaço que nada tinha a ver com o es- bucho cheio de insetos condenados, que
paço em que elas viviam. Mãos que se des- colhiam devagar e cuidadosamente flores
dobraram pelo avesso, luva da própria for- para serem cheiradas com uma tal intensi-
ma, na gastura da procura, no “o fazer”, no dade como se as incorporasse. Mãos que
“o destruir”. Mãos que alimentavam minha cavam agora meu túmulo, depois de cons-
oralidade, unhas roídas até ao sabugo, a fome truir meu berço, que desnudam as mentiras
testemunhada, onde o alimento faltou, no ditas, pensadas, vividas, que ligam a mim o
começo, de uma maneira quase integral. objeto, que o afasta do seu uso, instituindo-
Mãos que no cigarro compensavam a falta o na sua poética, que nunca passam a pági-
do alimento atrasado, da avidez do presen- na de um livro escrito, mas que escrevem e
te, da voracidade da vida. Mãos que nunca descrevem círculos sem álgebras ou mate-
foram terminadas na sua forma definitiva, máticas, que ensinam e propõem um cami-
mãos de criança que pula corda, joga ama- nhando, que corta este “caminhando”, en-
relinha, tira melecas do nariz, mãos que pas- golindo-o até a imanência do ato. Que apren-
searam pelo sexo à procura de uma respos- deram a tricotar aos seis anos de idade, a
Arquitetura biológica
biológica,
1968, plástico, dimensões
variáveis
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Foto: cortesia Associação Cultural
O Mundo de Lygia Clark
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terior. Boca que é fornalha, boca do forno gem dos dentes que irrompem como vul-
onde o combustível varia desde o ar até o cões explosivos na medida da sua aparição.
aprendizado da palavra, verbo, início da ex- Dentes, entes inseparáveis, geminados na sua
pressão da comunicação. Boca onde brota aproximação, peça única subdividida em par-
o grito, som que foi modulado, cultivado até celas, trilho por onde o alimento passa, es-
à formulação do alfabeto, som que ao sair magado no contrair do estômago, pântano
dela, penetra o ouvido e impulsiona a res- agora inundado de água pronto para afogá-
posta, o impropério, ou o suspiro do fim, los na falta da identidade da mistura. Bolo
válvula que vacila no seu ritmo, num desva- alimentar anônimo na sua diferenciação, abs-
rio de pêndulo desregulado fora do seu com- trato no seu aproveitamento, desde o ele-
passo, até o aquietar do ante-ser que foi mento gordura ao arranhar das unhas, à ge-
expelido na última parcela do ar que o habi- latinosa consistência da fruta que são os olhos
tava, encerrando o ciclo do começo ao fim. banhados em calda, ao fio do cabelo, linha
Cratera, buraco onde entra a bola de golfe que costura a fisionomia emoldurando-a, ao
que aí se aquieta, onde dorme a larva, toca pêlo do sexo, estopa enroscada elástica cheia
do bicho que espreita, vagina proprietária do de eletricidade, ao pêlo anão dos cílios e
pênis, cárie que acoita a dor, ouvido-túnel sobrancelhas, patas autônomas de insetos,
condutor do som, umbigo-cicatriz marca re- superpostas em finas camadas, suco das glân-
gistrada do passado uterino da dependência dulas, frutos que se embriagam na sua ma-
da guerra do ato do separar-se, fossas nasais turidade ou passas secas já sem especificação
que tomaram para si a rédea da cavalgada dos hormônios. Boca inventiva que morde
do ar que agora penetra no compasso do beijando, caranguejo cujos tentáculos se fun-
ritmo vital. Boca, antro da língua, peça so- dem no parceiro, boca de esqueleto cuja
bressalente que impulsiona desde o ar até a estrutura é a armadura sem uso, casca do
palavra comprimida, cobra no ato do amor, caramujo cujo vazio expressa a vida que o
que procura o avesso no parceiro, perdiguei- habitou. Boca que sopra, chaminé da fábrica,
ro do faro preso por forte corrente de ten- de fogão, de vulcão, de navio, conseqüência
sões que não a deixam submergir no outro. do forno que a alimenta e a faz soltar rugi-
A boca que devora para o estômago, para o dos de feras, boca de fera, coração em car-
cérebro, para o amor. A boca que vomita o ne viva, impulsionado pela fome. Boca de
alimento, a palavra no impropério, o escar- gente-fera que arromba cofres, quebra vi-
ro no arroto, o canto que é som e toda es- draças, mata quando há o encontro, ou se
cala musical derivada da descoberta. Boca, destrói quando não há o que roubar. Boca-
fronteira onde se esconde a palavra, o dese- bico, de mamadeira, de pássaro que se abre
jo, a fome, que se fecha nesta defesa, arapuca na ginástica do balé, da cobra cuja língua sai
onde o pássaro é capturado, rede onde o em flecha, dos roedores sorridentes cujos
peixe é cercado, curral emparedado pela dentes se debruçam na anedota. A boca da
cerca, roda de gente que completa um cír- fábula que conta histórias, a boca da história
culo, anel de compromisso que cerca o dedo. já desdentada, a boca da criança esponja que
Boca que é o abraço da realidade, que come se embebeda, do bêbado, labirinto onde a
o espaço do mundo, que expele o tédio no identidade se perde, do orador, linha passa-
bocejar que é modulado e nela expresso, da entre cada dente na tentativa da ordem
que passa do certificado do bem-estar ao da imagem, da puta onde o palavrão adqui-
processo da dor aliviada. Sustentada pelos re o brilho frenético do ouro, do homem da
maxilares, paredões da fábrica da engrena- rua, onde nasce a anedota que corrige a his-
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delicada arquitetura à mais violenta e sólida da luta pela sobrevivência da verticalidade.
massa, de granito, de alabastro, de mármo- O nó do fio que costura, da corda que amar-
re, de gelatina, de seda ou de lixa, em que ra, da corda que enforca, do cabresto que
ora predominam os cheios, ora os vazios. puxa, do chiclete preso entre dentes, da base
Base encravada num solo gretado, sola de do quadrado, princípio da escala numérica
boi. Numa louca e fresca vargem, sola de anunciada pelo passo. Passo que é o pró-
carneiro. Em pedregulhos arquitetônicos, prio ritmo, a pausa na música, o espaço en-
cascos de bode em sinuosos e verdejantes tre a bola que salta e o chão ou do pé que a
caminhos de folhas, escritura oriental que chuta, do piscar do gás néon, da paisagem
arremata a barriga das larvas e dos louva-a- que foge diante da janela do trem ou do
deus. Centopéia, a magia da automatização automóvel, do intervalo do gesto, da ora-
da engrenagem do ritmo obsessivo. Pés que ção que ultrapassa o entendimento, da soma
pularam a cerca para roubar a manga do vi- das parcelas, da flexão dos joelhos, da fuma-
zinho, que correram espavoridos, que ça que sobe, da vida que surge vertical do
soergueram uma diminuta arquitetura de ventre da terra. Do passo surdo na madru-
galho em galho até o cimo do céu. Que se gada, do correr alegre da meninada, da ca-
aproximaram do outro par, de sexo opos- dência do enterro, do compasso do exercí-
to, pisando-o numa linguagem muda, apazi- cio, do batuque da dança. Pés estirados na
guando-o e incorporando-o nos seus ner- cama, da gente que dorme ao defunto que
vos, possuindo-o. Dedos que se esgarçaram acorda. Horizontal, ele ainda aponta para o
em espasmos para que por entre eles a ni- alto numa linguagem muda e adquire pela
cotina escapasse, que criaram crostas de primeira vez o sentido das mãos postas para
defesa em sua superfície em forma de cou- a oração, é o adeus dos pés ao tronco da
raças doloridas, que foram devorados pou- cabeça, esta abaixo do seu espaço, desmoro-
co a pouco pela unha calcificada, cascorão nada, degolada, agora espaço rasante e chato
ingrato que perdeu o sentido do seu cami- no contraponto do sono ou da morte.
nho. Pés que durante a grande crise come-
ram voltas e voltas de “caminhandos”, nega- IV. O aproximar-se, a não comunicação, o
ram-se a transportar meu corpo, que se aqui- desejo expresso por meio de gestos, o apa-
etaram no tremor do descontrole nervoso, ziguamento do mesmo através do ato do
entocados na caverna dos cobertores, que amor, o silêncio que se segue, o instante do
se recusaram o meu transportar ao chuvei- ato que se faz objeto, tal o intervalo criado
ro, onde a água convidava à linguagem das pela impotência da expressão da comunica-
coisas simples e quotidianas. Que se apare- ção da palavra. O encontro, a percepção do
lha ao lado do outro, para no caminhar en- interesse mútuo revelado, a atração da pele,
contrar o significado do par. Pés que até onde “ela” ou em si e não do interior
soerguem a barriga grávida no movimento percebido, não falado ou expresso, onde a
da larva que trabalha o vulcão, da fervura na sabedoria do corpo, ultrapassando o seu
panela, da onda macia que cobre o peitoril próprio meio de aproximação até a promes-
da forma, da bolha de sabão que escapa do sa do psiquismo sugerido mas nunca com-
canudo, do ar que enche o balão, dos dedos pletado? A revelação das coisas e objetos na
que se calçam na luva. Desde o começo, ele identificação pura do “o percebido”, na vi-
já traz em si toda a caligrafia da existência são primeira do objeto como meio de co-
que o precedeu. Cicatrizes, pregas, rugas, municação? Da pureza reportada à infância
guerras, cataclismos e vulcões. Contraponto contra o automatismo da palavra, expres-
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sem que o som se exprima, que engole de fruta madura banhada em calda nos olhos
novo o significado pronto a ser expresso, do outro, a pedra calcinada nas unhas, nos
peixe que no espasmo perde a consciência dentes, o veludo da noite da pele, o
do seu habitat e agoniza na percepção do emaranhamento do sexo no pêlo da estopa,
“um espaço” onde o não reconhecimento o a umidade dos hormônios na umidade dos
induz ao ritmo frenético da destruição. A pântanos, mãos que dão a medida do dese-
boca que adquire a voracidade da boca-guel- jo que é pensamento, mãos que no gesto
ra do bicho que nasce e procura o seu aves- ultrapassam a verticalidade do parceiro me-
so na língua do outro, no pênis, no mamilo e dindo-o, que passeiam sobre o seu corpo
se satisfaz numa oralidade brutal, virgem e na entrega do alongar-se, de convulsionar-
primeira. As mãos que complementam o se, mãos que se recolhem na sabedoria da
desejo, que sugerem a aproximação efetiva parada, do intervalo, mãos que silenciosa-
tomam a importância do gesto atípico do mente se cumprimentam depois da posse,
cego que descobre o mundo através do tato. no reconhecimento do desejo cumprido. O
Mãos que se transformam em linguagem pura corpo que passivo se entrega à dislética, toma
sem dialética, que não complementam mas uma dinâmica coerente com o momento.
que impõem uma realidade que busca no O corpo que se volta à procura da percep-
outro a certeza da identificação de dois se- ção do instante, que se esconde por detrás
res no fundo iguais, embora aparentemente das costas no momento da indagação, que se
diferentes, pois o que articulam com a boca curva como um arco sob a pressão do outro
não passa de sons dilacerantes na impotên- corpo, que se alonga na horizontalidade no
cia do não exprimir. Mãos que sobem e des- momento da posse, que se debruça sobre si
cem pelos relevos da arquitetura do corpo, mesmo no momento da náusea da não per-
que encontram nos cheios e vazios a cepção, que vomita impropérios pela mími-
complementação perfeita do par. Mãos que ca, que se curva no cumprimento da fatali-
produzem e transmitem o formigamento dos dade, que se transforma num trilho onde o
nervos, começando na superfície até atingir outro passa fumegante como uma máquina
a cratera no seu fundo-forma ainda amorfa com o seu desejo sobre ele, que se trans-
no começar da cristalização da porra. Mãos forma num vaso onde o parceiro vai buscar
que traduzem no gesto toda a formulação a sua origem, “momento pleno” onde o ato
do momento integral, que afasta para a apro- vai se concretizar em toda a imanência da
ximação, que foge para aprisionar, que bus- posse. O corpo que no ritual se põe de joe-
ca através do balanço da rede um ritmo to- lhos, expressando assim com toda a reve-
tal onde ali se expressa toda a cosmogonia rência de que é possuído pelo mistério do
desde Mozart até a bola impulsionada pelo outro corpo que a ele se oferece: pênis que
chute no diálogo do corpo com o espaço. num gesto soberbo de sociabilidade se trans-
Mãos que dialogam com outras mãos à pro- forma num braço estendido pelo prazer de
cura dos dedos que se entrelaçam, engrena- encontrar o outro. O corpo que se trans-
gem da máquina primeira, oração que ultra- forma na própria vagina, para receber este
passa o entendimento, magia do ritual do gesto de entendimento do conhecimento,
corpo, mãos que fazem amor primeiro e que abrigo poético, onde o silêncio vem cheio
neste gesto propõem a opção na imanência de propostas e a escuridão e o esquecimen-
do ato do amor. Mãos que reconhecem a to da autonomia do um.
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talmente uma pesquisadora, e seu objeto, o pre o atual, o nascente, o novo; a história
homem. Suas técnicas não eram apenas plás- não é experimentação, é apenas o conjunto
tico, concha, borracha, pedra, água, flor ou das condições quase negativas que possibili-
semente, mas o conjunto formado por suas tam a experimentação de algo que escapa
ações e sua visão de mundo. As “dobras” à história”3 ) que atuam no mesmo espaço.
dessa relação eram o legado de Lygia ou o Ou, melhor, de um permanente e fronteiri-
que absorvíamos de suas proposições: ações ço “em vias de romper”. Na década de 1960,
coletivas que colocavam em xeque nossos Lygia sofre um acidente de carro e fica hos-
dogmas comportamentais ou a relação sub- pitalizada. Ligada a um respirador artificial, a
missa que temos com instituições ou situa- forma e o som daquele instrumento que lhe
ções. Como Clark afirmava, “Isso é um exer- salvou a vida e a acompanhou durante dias
cício para a vida. Se a pessoa, depois de fa- é revisitado tempos depois na experimen-
zer essa série de coisas que dou, consegue tação da pulsação de Pedra e ar (1966), cujo
viver de uma maneira mais livre, usar o cor- balanço, ao ser manipulado, faz referência
po de uma maneira mais sensual, se expres- ao pulmão. Vida e obra se complementam.
sar melhor, amar melhor... Isso no fundo me
interessa muito mais como resultado do que O impasse entre as forças do experimental
a própria coisa em si que eu proponho a diário, documentação e prática artística pas-
vocês”.2 As “dobras” são, portanto, práticas sam a constituir uma nova linha de força, um
da “experiência” e “memória” (lembremos fora que deve ser dobrado na medida em
de Deleuze, quando afirma que “pensar é que arremessa obra e vida numa rede
sempre experimentar, não interpretar, mas indivisível. É sobre esses duplos e contras-
experimentar, e a experimentação é sem- tes, sobre essas linhas de força e as possibi-
lidades de desenvolver sua obra que identi-
ficamos a relação intrínseca entre memória,
obra e dobra em Lygia Clark no texto
Breviário sobre o corpo, publicado pela últi-
ma vez em 1997 no catálogo Lygia Clark,
organizado por Manuel Borja-Villel e edita-
do pela Fundació Antoni Tàpies.
Notas
1 Dantas, Ismênia. Lygia explica sua pintura: todo artista é
Estruturação do self
self, 1976- um suicida. Diário Carioca, Rio de Janeiro, 11 out. 1959.
82 2 Clark, Lygia. In Scovino, Felipe e Clark, Alessandra (org.). O
Lygia Clark realizando uma Mundo de Lygia Clark. Rio de Janeiro: Associação Cultu-
sessão em seu consultório ral O Mundo de Lygia Clark, 2004, s/p.
e aplicando os objetos
relacionais 3 Deleuze, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992:
132.
Foto: cortesia Associação Cultural
O Mundo de Lygia Clark