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Garantias e Privilégios do Crédito Tributário –

Art. 183 a 193 CTN.

Garantias: Meios jurídicos assecuratórios do pagamento do tributo.

Privilégios: São regras que põem o crédito tributário numa posição de vantagem quanto aos demais.

1ª Informação: As garantias não são taxativas no CTN.

Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam
expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram

2 ª Informação: Todos os bens do contribuinte são garantia de pagamento para a Fazenda, salvo aqueles que a lei
os declare absolutamente impenhoráveis. (art. 184 do CTN)

O art. 833 do CPC trata sobre a impenhorabilidade dos bens e a e Lei nº 8.009/90 trata sobre a impenhorabilidade
do bem de família

Lei nº 8.009/90 - Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previden-
ciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:

(...)

IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
3º Informação: Presume-se fraudulenta a alienação realizada por sujeito passivo regularmente inscrito em dívida
ativa. (art. 185 do CTN)

Súmula 375 STJ - determina que o reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do
bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.

4ª Informação: O Juiz poderá determinar, por meio eletrônico, aos Cartórios e Instituições Financeiras a indisponi-
bilidade de bens e direitos do sujeito passivo. (art. 185 –A CTN)

TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. INDISPONIBILIDADE DE BENS. 185-A DO


CTN. NECESSIDADE DE CITAÇÃO E ANÁLISE RAZOÁVEL DO ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS PARA
LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR.

PRECEDENTE DA 1a. SEÇÃO, RESP 1.377.507/SP, JULGADO 543-C DO CPC.

AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

1. Esta Corte entende que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada pelo art. 185-A do CTN depende
da observância dos seguintes requisitos: (i) citação do devedor tributário; (ii) inexistência de pagamento ou
apresentação de bens à penhora no prazo legal;

e (iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda,
caracterizado quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do BacenJud e consequente determinação
pelo magistrado e

(b) a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou
Estadual de Trânsito DENATRAN ou DETRAN (REsp. 1.377.507/SP, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe
2.12.2014, julgado sob o rito do art. 543-C do CPC).

2. Agravo Interno da FAZENDA NACIONAL desprovido.

(AgInt no REsp 1392185/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
02/08/2016, DJe 12/08/2016)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. DESNECESSIDADE. ESGOTAMENTO.

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DILIGÊNCIAS. LOCALIZAÇÃO. BENS. DEVEDOR.

1. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.184.765/PA, submetido ao rito
dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), ratificou a necessidade de interpretação sistemática dos artigos
655-A do CPC e 185-A do CTN, 25/05/2016)

de modo a autorizar a penhora eletrônica de depósitos e aplicações financeiras, independentemente do


exaurimento de diligências extrajudiciais, pelo exequente, após o advento da Lei 11.382/06.

2. Recurso Especial provido.

(REsp 1588723/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/05/2016, DJe

Súmula 560-STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe
o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pe-
dido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do execu-
tado, ao Denatran ou Detran.

STJ. 1ª Seção. Aprovada em 09/12/2015. DJe 15/12/2015.

 Para que seja decretada a penhora on-line, não é necessário que o credor tente localizar outros bens penhorá-
veis em nome do devedor. Não se exige do exequente o exaurimento das vias extrajudiciais na busca de bens a
serem penhorados (STJ. Corte Especial. REsp 1112943/MA, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/09/2010).

 Para que seja decretada a indisponibilidade de bens de que trata o art. 185-A do CTN, exige-se que a Fazenda
Pública exequente prove que tentou localizar outros bens penhoráveis em nome do devedor. Exige-se o exauri-
mento das diligências na busca por bens penhoráveis (STJ. 1ª Seção. REsp 1.377.507- SP, Rel. Min. Og Fernan-
des, julgado em 26/11/2014).

5ª Informação: O crédito Tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos decorrentes da legislação
trabalhista e acidentes de trabalho.

Na Falência: Os créditos Tributários Não preferem aos: créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de
restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado
Art. 188 do CTN: São créditos extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no
curso do processo de falência.

6ª Informação: A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em
falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

7ª Informação: São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a


outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio,
exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA:

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou
limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais,
dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Súmula 439 STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o
exame aos pontos objetos da fiscalização.

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de
que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;


II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

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V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre
os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministé-
rio, atividade ou profissão.

A Autoridade não pode divulgar as informações objeto de fiscalização, salvo:

I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça


II - solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a
instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o
sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa

Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I – representações fiscais para fins penais;


II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública
III – parcelamento ou moratória

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