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FERIMENTOS
10.1. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE FERIMENTO
De acordo como agente causador ou com o aspecto que apresentam, os
ferimentos podem classificar-se como: incisões, perfurações, contusões e
escoriações.
De outro modo os ferimentos distinguem-se ainda em: assépticos, infectados
ou contaminados e supurados. São acéticos aqueles que sofreram contaminação de
micróbios e resultam quase sempre de uma intervenção cirúrgica.
Ferimentos infectados ou contaminados são os que entram em contato com
substancias capazes de conduzir micróbios.
Ferimentos supurados são aqueles que há formação de pus.
10. 7. ANTI-SÉPTICOS
São substâncias capazes de impedir o desenvolvimento dos micróbios, por
suas propriedades microbianas ou inibidoras de seu desenvolvimento. Devido a isso
os anti-sépticos são largamente usados na prevenção das infecções.
Os anti-sépticos são encontrados sob forma de pó, e mais comumente, em
soluções (em água, álcool ou éter). Os mais conhecidos e geralmente empregados
são:
• Ácido bórico, pouco tóxico, mas também com fraco poder germicida.
Usado nas lavagens oculares, limpeza e curativos de ferimentos e
queimaduras.
• Água oxigenada, tem fraco poder anti-séptico. Mais usada para
limpeza.
• Mercuriocromo, não ofende os tecidos, nem é tóxico, indolor.
• Merthiolate
• Tintura de iodo, álcool de farmácia.
• Isodine, povidine, PVPI.
10. 8. ANTIBIÓTICOS
Medicamentos dotados de forte poder germicida aliado à sua fraca toxidez,
usados no combate a uma enorme quantidade de infecções dos mais diversos tipos.
Seu emprego exagerado, nem sempre orientado pelo médico, fez ultimamente surgir
variedades de germes extraordinariamente resistentes e, ao mesmo tempo, que
certas pessoas adquirissem sensibilidade a essas substancias. Isso lhes diminui a
eficiência e torna perigoso o seu uso indiscriminado.
Os mais conhecidos são: a penicilina, a estreptomicina, a terramicina e a
cloromicetina.
11.2. BANDAGENS
É um tipo de atadura. A maioria dos autores costuma usar atadura e
bandagem como sendo a mesma coisa.
11.3. FINALIDADES
• Limitar movimentos
• Aplicar calor ou frio
• Firmar um curativo
• Manter talas em posição
• Fornecer apoio
• Aplicar pressão para controlar sangramentos
12.2. MANIFESTAÇÕES
• Local pode apresentar-se arroxeado (equimose), que é decorrente de
hemorragia pela ruptura de pequenos vasos sanguíneos.
• Dor e edema.
• Mudança de coloração de pele.
12.3. PROCEDIMENTO
• Elevar a parte atingida.
• Manter em repouso a parte contundida.
• Aplicar compressas frias ou saco de gelo, até que a dor e o inchaço
tenham diminuído.
• Aplicar uma bandagem compressiva para reduzir o inchaço (edema).
• Aplicar o calor da região acometida, após +/- 48 horas, para auxiliar a
absorção.
• Se a contusão for grave, encaminhe a vítima ao médico.
13. ENTORSE
13. 1. CONCEITO
É uma lesão das estruturas ligamentares que circundam a articulação, na
maioria das vezes causadas por pressão ou puxão violento ou trocedura. Não há
deslocamento do osso.
13. 2. SINTOMAS
• Edema rápido, decorrente do extravasamento de sangue para dentro
dos tecidos.
• Dor durante a movimentação articular.
• Equimose.
13. 3. AÇÃO
• Elevar o local afetado
• Aplicar compressas frias (ou bolsa de gelo), intermitentemente durante
+/- 48 horas. Os efeitos vasoconstritores do frio retardam o
extravasamento de sangue e linfa e reduzem a dor
• Imobilização da articulação
• Aplicar calor moderado após 48 horas
• Leve a vítima ao médico para que haja uma avaliação mais precisa.
Obs.: Observe o momento em que poderá usar compressas quentes sobre a parte
afetada. Não aplique nada quente durante 48 horas no mínimo. O calor aumenta a
dor e o edema (inchaço).
14. LUXAÇÃO
14. 1. CONCEITO
É uma lesão na qual as superfícies articulares dos ossos que formam a
articulação perdem seu contato anatômico (os ossos estão fora da articulação).
14. 2. SINTOMAS
• Dor intensa
• Edema
• Equimose
• Alteração no contorno articular
• Alterações no comprimento da extremidade
• Perda da movimentação normal
14. 3. AÇÃO
• Nunca reduzir a luxação
• Imobilizar o membro deformado
• Transportar a vítima com a articulação imobilizada sem permitir que
force o local luxado
15. 2. TIPOS
15. 2. 1. coberta ou fechada
Quando a pele da região atingida se mantém integra, a fratura não se
comunica com o exterior.
15. 4. AÇÃO
• Dê atenção imediata ao estado geral do paciente:
a) Pode ocorrer estado de choque nas grandes fraturas, pois o osso é
muito vascularizado, após o traumatismo, grandes quantidades de
sangue saem da circulação para dentro dos tecidos moles ou através
das feridas, ocasionando grande perda de líquidos orgânicos.
b) Observe hemorragias e procure contê-las
c) Observar aparecimento de sintomas como: taquicardia (aumento das
pulsações), febre, aumento da freqüência respiratória.
d) Alterações da personalidade, inquietude, irritabilidade ou confusão.
Num paciente com fratura, são sinais de problemas neurológicos
exigindo conduta e avaliação médica imediata.
Figuras A e B
Figuras A, b, c, d
Figuras A, b, c
Figuras A, b, c, d
16. CÂIMBRA
16. 1. CONCEITO
Contração repentina, involuntária, rápida e dolorosa de um músculo ou grupo
de músculos.
16. 2. CAUSAS
• Má circulação e cansaço.
• Pouca água e sais minerais por perda na transpiração excessiva.
• Frio e calor intenso, exercícios intensos.
• Uso prolongado e ou grandes quantidades de diuréticos.
16. 3. TRATAMENTO
• Massagem local de relaxamento.
• Dar para beber água com sal.
• Deixar o membro em posição anatômica.
• Compressas quentes sobre a região durante mais ou menos 20
minutos.
• Cobrir o local com cobertor, após a colocação das compressas.
• Se a câimbra persistir, transporte o acidentado até o hospital.
• Não se faz hiperextensão do local atingido.
17. TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
A movimentação ou transporte de um acidentado ou doente deve ser feita
com cuidado, a fim de não complicar as lesões existentes.
O transporte de forma errada pode acabar causando lesões mais sérias que o
próprio acidente.
17.2. CUIDADOS
• O corpo deve ser mantido em linha reta.
• Se tiver que levantar a vítima antes de ser feito o exame, cada parte do
seu corpo deve ser apoiada.
• Se precisar puxar o ferido para outro local, puxe a vítima pela direção
da cabeça ou pelos pés ou próximo a cabeça, protegendo-a.
• Não puxe os feridos pelo lado.
• Nos casos de suspeita de lesões cerebrais, o transporte deve ser feito
com auxilio de 3 pessoas ou maca, leve-o em um carro onde a
pessoa fique deitada em ângulo reto, nunca sentada.
• Tranqüilize-a e tente permanecer calmo
• Demonstre serenidade para que ela sinta que a situação está sob
controle. Sua calma diminuirá o temos e o pânico.
17. 3. 1. MACA
Para improvisar uma maca, use 2 varas de madeira e um lençol ou colcha.
Dependendo da gravidade, dois ou três socorristas deverão remover a vítima
até a maca.
Pode também ser usada uma tábua larga, desde que nesta seja colocado
todo o corpo da vítima. Não se deve deixar pés e cabeça pendendo, principalmente
nos casos de lesões do sistema nervoso central.
17. 3. 2. AVIÃO
É usado para as vítimas que não estão inconscientes e com ferimentos
pequenos
• Pegue a vítima pelas costas, passe o braço da vítima pelo seu,
segurando-lhe o punho.
Figura
Figura
Figura
Figuras A e B
Figura
17. 3. 8. TRANSPORTE EM PADIOLA
O transporte sempre que possível deve ser feito em padiola. Há várias maneiras de
se improvisar uma padiola.
• Tábua • Escada de carpinteiro
• Porta • Duas varas de madeira, um pedaço de lona,
• Janela cobertor duas jaquetas, vestidos, etc
Figuras
Figura
Figura
18. HEMORRAGIAS
18. 1. CONCEITO
É a perda de sangue devido o rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou
artéria. Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia
abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
18. 2. TIPOS
18. 2. 1. ARTERIAL
Sangue de cor vermelho-vivo e sai em jato ou esguicha.
18. 2. 2. VENOSA
Sangue escuro e escorre lentamente.
18. 2. 3. CAPILAR
A perda de sangue se dá por gotejamento. Exemplo: Nasal, Arranhões.
18. 3. CLASSIFICAÇÃO
18. 3. 1. EXTERNAS
Se exteriorizam logo após a ocorrência, através das cavidades naturais do
corpo ou pela lesão produzida pelo trauma.
18. 3. 2. INTERNAS
Não se exteriorizam, o sangue fica nas cavidades do organismo e só é percebido
através de sinais indiretos como: queda de pressão, sudorese, palidez, pulso
filiforme. Se persistir poderá haver perda de consciência, choque e morte.
Figuras a e b.
Figura
18. 6. 3. COMPRESSAS
Aplique compressas de gelo no local do ferimento até cessar a hemorragia.
• Se não tiver a bolsa, coloque gelo picado em um saco plástico e
envolva-o com uma toalha, depois coloque diretamente sob o
ferimento, por mais ou menos 30 minutos, retire-o por 5 minutos e
recoloque-o novamente;
• As compressas frias são mais indicadas quando se suspeita de
hemorragia interna;
• Se a hemorragia for externa, prefere-se a compressão do local
utilizando a compressa de gelo somente nos casos em que esta for
de menor intensidade;
• Proteja sempre a pele com uma toalha, pois a longa permanência do
gelo diretamente sob a pele pode causar queimaduras.
19. 1. 2. SINTOMAS
• Dor eritema, coceira, e tumefação sob forma de pápula.
• Apreensão e medo
• Reações alérgicas: prurido (coceira), pápulas, fraquezas, cefaléia,
dificuldade para respirar e ansiedade e cólicas abdominais.
• A vítima pode a partir daí entrar em choque e morrer. A morte pode
ocorrer 6 minutos após a ferrada.
19. 1. 3. AÇÃO
• Deixe a vítima em posição confortável se possível, o membro afetado
mais baixo que a cabeça.
• Observe a vítima cuidadosamente e verifique a causa, observe
atentamente sintomas de reação alérgica, nesses casos, o transporte
deverá ser imediato e o socorro prestado durante o mesmo;
• Retire os ferroes de inseto com o seu saco de veneno e pressione o
local para sair o veneno;
• Coloque gelo ou água fria no local da picada;
• Procure socorro médico imediato.
19. 2. ESCORPIÕES
Os escorpiões não atacam a menos que muito provocados. A toxina é
injetada através de um ferrão localizado na extremidade da cauda do animal. A
maioria dos escorpiões produz ferroada inócua.
19. 2. 1. AÇÃO
• Colocar compressas de gelo no local da picada;
• Lavar o local com água e sabão;
• Aplicar solução de amônia sobre a área.
OBS.: Existe uma espécie de escorpião venenoso, mas esse tipo é encontrado
somente no Sudoeste dos Estados Unidos. No entanto, devido ao processo de
mutação, hoje já existe escorpiões venenosos no Brasil e em nossa região.
19. 3. LAGARTA
As lagartas possuem feixes de espinhos venenosos misturados com pelos finos em
seu dorso. Normalmente não causam danos graves, pois a toxidade de seu veneno
é muito pequena. Exceto a taturana.
19. 3. 1. SINTOMAS
• Sensação de queimação;
• Dor no local;
• Eritema e edema.
19. 3. 2. AÇÃO
• O tratamento é basicamente dirigido para alívio da dor;
• Lave bem o local com água e sabão;
• Aplique compressas de gelo;
• O edema e a dor normalmente cessam após 24 horas.
19. 4. 2. SINTOMAS
• Dor que pode estar ausente;
• Às vezes podem-se encontrar pontos vermelhos no local da picada;
• Dor abdominal com espasmos musculares;
• Os músculos podem assumir um aspecto de rigidez em tábua;
• Dificuldade para respirar
• Náuseas;
• Vômitos
• Sudorese
• Calafrios
• Nos casos da aranha eremita, a área da picada apresenta-se
eritematosa intumescida e dolorosa, pode surgir uma bolha mais
tarde e desenvolver uma úlcera.
19. 4. 3. AÇÃO
• É importante a identificação da aranha
• Deixar a vítima em local arejado e de preferência com o local afetado
mais baixo que a cabeça.
• Lave bem o local da picada com água e sabão, sem esfregá-lo.
• Coloque compressas frias no local da picada.
• Transporte a vítima para o hospital para que possa ser usado o soro
específico para a picada deste inseto. Não movimente muito o
acidentado.
20. CORPOS ESTRANHOS
20. 1. CONCEITO
Pequenas partículas de poeira, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou
pequenos insetos e etc. podem penetrar nos olhos, nariz, ouvidos ou pele.
20. 2. OLHOS
20. 2. 1. SINTOMAS
• Lacrimejamento abundante
20. 2. 2. AÇÃO
• Não esfregar os olhos
• Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e
removam o corpo estranho
20. 2. NARIZ
20. 2. 1. SINTOMAS
• Hemorragia nasal
• Dificuldade para respirar
20. 2. 2. AÇÃO
• Expulsar o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho com a
boca fechada e comprimindo a narina não obstruída com o dedo;
• Se não remover o corpo estranho tende assistência médica;
• Não permita que a vítima assue o nariz com violência;
• Não introduza na narina arames, palitos, pinças, etc. Eles podem
causar complicações.
20. 4. OUVIDO
20. 4. 1. AÇÃO
• Não introduza no ouvido nenhum, seja qual for a natureza do corpo
estranho;
• Conserve a vítima deitada de lado, com o ouvido afetado para cima;
• Coloque algumas gotas de óleo ou azeite no ouvido e deixe por alguns
minutos;
• Depois mude a cabeça de posição para escorrer o azeite. Geralmente
desta forma o corpo estranho deverá sair.
• Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade o ideal é
procurar assistência médica.
20. 5. PELE
20. 5. 1. CAUSAS
Espinhos, lascas de madeira, agulhas, alfinetes, etc.
20. 5. 2. AÇÃO
• Limpe a pele com água e sabão;
• Pegue uma pinça e desinfete-a;
• Tente retirar o corpo estranho de maneira delicada;
• Após retirar o objeto, limpe o local com água e sabão, água oxigenada
ou mercúrio.
OBS.: Esta ação é dirigida somente para casos de corpos estranhos encravados na
pele, quando forem mais profundos é necessário socorros médicos.
21. ENVENENAMENTO
21. 1. CONCEITO
Veneno é qualquer substancia que quando ingerida, inalada, absorvida,
aplicada na pele ou produzida pelo organismo, em quantidade relativamente
elevada, provoca lesão no organismo devido a sua ação química.
A seguir faça:
• Procure transporte para a vítima
• Mantenha a vítima agasalhada
• Guarde o recipiente com o rótulo e os restos do veneno para entregar
ao médico.
• Esteja atento aos sinais de choque e parada cardiorrespiratoria