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Têmpera e Revenido

• Objetivo:
– Obter estrutura martensítica.
• Conseqüências:
– Aumento da dureza;
– Aumento da resistência à tração;
– Redução à tenacidade.
– Diminuição da ductilidade
– Aumento da fragilidade
– Aumento da resistência ao desgaste.
AUSTENITA g

Resf. lento
Resf. Rápido
Resf. moderado
Perlita
Martensita
(Fea + Fe3C) Bainita
(estrutura tetragonal - TCC)
Agregados de Fea + Fe3C
• Transformações
– Reconstrututivas ou por Difusão
• Movimento dos átomos, muito lento e ocorre em altas
temperaturas.
• g Fea e Fe3C
– ´Displaciva´ ou Cisalhamento
• Movimento coordenado dos átomos;
• Mudança da estrutura cristalina
• g (CFC)Martensita (TCC)

g (CFC)
– Mistura dos dois mecanismos Martensita (TCC)

• Bainita
• Aspectos gerais de g Martensita:
– Composição química iguais;
– Transformação atérmica, i.é, a quantidade de g
transformada depende da temperatura não do tempo.
– A transformação ocorre com elevado nível de tensões
residuais, devido à variação do volume.
• Temperaturas de Transformação
– Mi ou Ms difícil de ser determinada
– Mf 130oC– 150oC mais baixo que Ms
– %C >0,6 Mf situa-se abaixo de 0oC.
• Forma
– Ripas: até 0,6%C;
– Placas: > 0,6%C.
Perlita
Ferrita

Martensita nos aços


• Bainita
– Produto de transformação
constituído por agregados de
ferrita e cementita, formado na
faixa de temperatura
intermediária (Mi <T< 550oC)
– Bainita Superior:
• Temperatura logo abaixo da
temp. de transf. da perlita
• É composta de pacotes de Fea
paralelas
• Carbonetos estão presentes
entre os cristais de Fea;
– Bainita inferior:
• Placas de Fea longas não //s;
• Análoga à martensita.
Bainita Superior

Bainita Inferior
• Têmpera
– Aquecimento à temperatura acima da zona crítica.
Manutenção à temperatura de tratamento para
homogeneização.
– Após a austenitização o aço é resfriado rapidamente com
velocidade maior ou igual a velocidade critica de
resfriamento.

– O meio de resfriamento depende da composição química e da


espessura da peça.
• Aquecimento
– Aços hipoeutetóides:
• A temperatura deve, para
cada caso, estar acima da
linha de transformação
completa (austenitização
plena) - somente aços com
%C > 0,4
– Aços eutetóides e
hiperutetóides
• A temperatura deve estar
acima de 723oC (+50oC)
• O tempo de homogeneização deve ser o
suficiente para a completa austenitização do
material.
• O tratamento deve ser realizado em atmosfera
controlada para evitar-se a descarbonetação
superficial, muito prejudicial ao material.
Resfriamento
• O mais rápido possível, desde que não interfira
ou prejudique o material ou a peça (velocidade
crítica de resfriamento)
• Fatores que influenciam a velocidade com a qual
as diferentes posições na peça resfriam:
– Velocidade de extração do calor na superfície da peça:
é função do meio de têmpera selecionado;
• Água;
• Óleo;
• Salmoura (banho de sais).
– Transmissão de calor por condução dentro da peça: é
influenciada pela geometria da peça: dimensões e
forma
Ensaios de Temperabilidade
• Ensaio Grossmann:
– Barras de aço com diferentes diâmetros são
temperadas e o perfil de dureza ao longo do
diâmetro da barra é medido.
– A dureza no centro das barras é apresentada num
único gráfico, onde o diâmetro crítico (50 HRC ou
50 % de martensita) é determinado para um dado
meio de têmpera
• Ensaio Jominy
– Neste método um único corpo de prova cilíndrico
é temperado em uma das extremidades;
– Ampla gama de variação de velocidades de
resfriamento ao longo da altura do cilindro;
• obtém-se diferentes velocidades de resfriamento nas
diferentes distâncias da extremidade
– Resulta em diferentes microestruturas e durezas
nestas regiões distintas.
• Temperabilidade (Ensaio Jominy)
– Capacidade de um aço ser endurecido por
têmpera a uma certa profundidade.
• Endurecibilidade (Ensaio de Grosmann)
– Susceptibilidade do material desenvolver
estrutura martensítica
Revenido
• Sempre acompanha a têmpera.
• Objetivos:
– Alivia ou minimiza as tensões internas residuais e
os efeitos das altas durezas (alta fragilidade).
• Superfície expande devido à transformação
martensítica. Para “manter“ a continuidade, o núcleo é
tracionado para acompanhar a superfície externa

– Homogeneização da estrutura martensítica.


• Temperatura
– entre 100oC e 650oC;
– Pode ser escolhida de acordo com as combinações
das propriedades desejadas.
• Tempo de permanência:
– Parâmetro importante pois dele (e da velocidade
de resfriamento) dependerá as propriedades finais
do material.
Até 100oC: redistribuição dos átomos de carbono
150-230°C: os carbonetos começam a precipitar.
Estrutura: martensita revenida (escura, preta).
Dureza: 65 RC 60-63 RC.
230-400°C: os carbonetos continuam a precipitar em
forma globular (invisível ao microscópio).
Estrutura: TROOSTITA.
Dureza: 62 RC 50 RC.
400- 500°C: os carbonetos crescem em glóbulos, visíveis ao
microscópio.
Estrutura: SORBITA.
Dureza: 20-45 RC.
500 – 650: os carbonetos formam partículas globulares.
Estrutura: ESFEROIDITA.
Dureza: <20 RC.
Trootistita-martensita Sorbita
Fragilidade ao Revenido:
• Ocorre em determinados tipos
de aços quando aquecidos na
faixa de temperatura entre
275-475 °C ou quando
resfriados lentamente nesta
faixa.
• A fragilidade ocorre mais
rapidamente na faixa de 470-
475 °C.
• A fragilidade só é revelada no
ensaio de impacto não há
alteração na microestrutura.
• Aços suscetíveis à fragilidade ao revenido:
– Aços -liga de baixo teor de liga.
– Aços que contém apreciáveis quantidades de Mn,
Ni, Cr, Sb (é o mais prejudicial), P, S.
– Aços ao Cr-Ni são os mais suscetíveis ao
fenômeno.
• Reaquecer o aço fragilizado a uma
temperatura de ~600 °C seguido de
resfriamento rápido até abaixo de 300 °C .

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