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fivaliacdo do nivel da cultura intraempreendedora Estudo de caso entre seis empresas portuguesas e seis empresas brasileiras por Steve Lopes, Fernando Gaspar, Adriane Hartman, Fabio Silva e Délcio Reis RESUMO: presente artigo visa avaliar e comparar o nfvel da cultura intraempreendedora numa amastra de empre- sas portuguesas e brasileiras, Pretende-se expor os pontos fortes e fracos de cada amostra relativamente aos indi cadores da cultura intraempreendedora que é definida por Gilfford Pinchot III (1987) como a existéncia, dentro de ‘uma organizacao, de um clima favordvel para a inovagdo, Para o efeito foi utilizado um questiondrio e uma ferra~ menta validada (Hartman, 2006a) capaz de determinar o nivel da cultura intraempreendedora em trés possiveis classificagdes: pouco intraempreendedoras, mediamente intraempreendedoras e intraempreendedoras. Para Reto € Cavalcanti (2007), nas culturas latinas a possibilidade de empreender dentro de organizacbes jd existentes enfrenta ‘grandes obstaculos. De fato, os resultados do estudo revelam que nenhuma das empresas avaliadas demonstra ter verdadeiramente uma cultura intraempreendedora. Por Gltimo, a amostra das empresas portuguesas apresenta um ‘nivel de cultura intraempreendedora superior a amostra das empresas brasileiras, superando em todos os indi- cadores a existéncia de um clima intraempreendedor, Curiosamente, para ambos os paises, a amostra das empresas avaliadas apresenta em média os mesmos pontos fortes e fracos embora distribuidos por ordem diferente. Polavras-chave: Empreendederismo, Inraempreendedoriso, Cultura Inrosmpreendedore TITLE: The evaluation of the intrapreneurial culture level: case study between six Portuguese companies and six Brazilian companies ABSTRACT: This article aims to evaluate and compare the level of intrapreneurial culture in a sample of Portuguese and Brazilian companies. It is intended to expose the strengths and weaknesses of each sample against the indica tors of intrapreneurial cutture as defined by Gitfford Pinchot Ill (1 987): the existence within an organization of a cli- mate favorable for innovation. For this purpose we used 4 questionnaire and a validated tool (Hartman, 2006a) able to evaluate the level of intrapreneurial cutture in three possible ratings: low intrapreneurial, medium intrapreneurial and intrapreneurial firms. For Reto and Cavalcanti (2007), in Latin cultures the possibility of entrepreneurial initia~ tive within existing organizations faces major obstacles, and in fact the results of this study show that in none of tthe companies surveyed existed a truly intrapreneurial culture. Finally, the sample of Portuguese companies pre~ sents a higher level of intrapreneurial culture than the sample of Brazilian companies in all the indicators used. Interestingly, for both countries the companies surveyed show the same strengths and weaknesses although in dif- ferent order. Key words: Enirepreneurship,Inrapreneurship, Invopreneurial Culture ‘Seve apes, Fmand Gasp, fiane Hartman, tn Slow e Do Res 5) REUISTA PORTUGUESA € BRASILEIRA DE ESTA EstTuDOS TITULO: Evaluacién del nivel de cultura intraemprendedora: Estudio de caso de seis empresas portuguesas y seis ‘empresas brasileiias RESUMEN: Este articulo tiene como objetivo evaluar y comparar el nivel de ta cultura intraemprendedora en una muestra de empresas portuguesas y brasilefas, Su objetivo es exponer las fortalezas y debilidades de cada muestra con los indicadores de la cultura intraemprendedora que se define en Gilfford Pinchot 111 (1987) como la existencla, dentro de una organizacién, un clima favorable a la innovacién. Para este fin se utiliz6 un cuestionario y una her- Famienta validada (Hartman, 2006a) capaz de determinar el nivel de la cultura intraemprendedora en tres califica~ ciones posibles: poco intraemprendedora, medianamente intraemprendedora y intraemprendedora. Para Reto y Cavalcanti (2007), en las culturas latinas la oportunidad de emprender dentro de las organizaciones ya existentes enfrenta con grandes obstaculas. De hecho, los resultados del estudio muestran que ninguna de las empresas eva~ luadas demuestra una verdadera cultura intraemprendedora. Por dltimo, |a muestra de empresas portuguesas pre- sentan un nivel de cultura intraemprendedora superior a la muestra de las empresas brasilefias superando en todos los indicadores a existencia de un clima intraemprendedora, Curiosamente, para ambos paises, la muestra de empresas encuestadas en promedio presenta las mismas fortalezas y debilidades, aunque repartidas en diferente orden, Polobras-clave: Emprendedorismo, Incemprendedorismo, Culura Iniroemprendedoro Steve P Lopes stevelopessopo pt asre em Gece de Ereses no 6rea de Emoreandedovismo e nave pea Univ de foro, tug ‘Moster of Busines Adinsroten in the fel of Ereprenevihip ond Innovation fromthe Uni de vor, Portal ‘Meesrio en Adminiracén da Empresas enol @mbfedal enpronedoiem la novecn por Univ. ora, Rotupo, Fernando C. Gaspar {eenandoacgnspar@ gral com Deutorado en Gedo pela Uni, Lusi deUsbeo rt, Alun no Escola Supeor de Gest Sontarén, Porta. PhD in Manogemor Un. Lusede de Uso, Adjeun!Prokesor ot Escolo Superior de Gate, If Sororen, Portugal Deira an Admirisacién do Te Uni. Lada de Llc. Profeso: Asada de lo Escola Supa! da Geo, Sonia, Potugal ‘Adriane Hertmon ‘diane harman hotmel.com asi em Engenharia de Producto. Prof da Unix. ecnelégice Federal do Prané, Compu Foto Grosso, Bro ‘asin Prodacion Fnginering. Poles al Uni Tecolegica Federal do Parana, Compas Ponts Goss, Bron "Naser en ingen do reduc. Prot® de le Univ. Tencloaica Federal do Porond, Campus Porta Gros, Bas Fabio Silva Iosiogite hota com, ‘as em Enganharia de Producto. Professor da Uni, ecnligjca Federal do orand, Campus Ponta Grosso, al ‘Masirn Production Engineering, Profesor t Uni. eenelégica Fedral do Paar, Corpus Ponta Goss, Brot ‘éser en ingensna ds eduction. Proletor dela Unc Teenologica Federal do Parand, Campus Porta Goss, Bra Déleio Reis doleio@utncedaby Doutorode on Goase Industal pla Univ. de Avro Puna. Proesor na Uni Tenolgien Federal do Porond, Campus orta Gros, Bros XD in nds Management Univ de Avero PotugaProlessr of Un Tecoligics Federal do Poors, Campus Penta Grosso, Bae! Decora en Gevgn instil por Un Avera Pagal Proferer de lo Unx,Tesolgica Federal do Poa, Campus Fonte Gross, Bro Receido om novembra de 201! ace em jnsira de 2013 Raccva in November 2071 and cceaped in naary 2073, JANUAR 2013 53 fvoloco dont de citraintroempreededoa: tuto de caso entre sels empress portuguesa e sels empresas brass um mundo empresarial 180 competitive como 0 alvel, rir produlos ou servigos que se diferenciem da con- corrénci. wA principal fungo da inovacéo é pois acompa- rnhar, e se possivel antecipar, a evolugéo das necessidodes dos clientes, paro 6 empresa os poder servir com propostas de valor sempre rencvadoss (Frere, 2006, p. 18) Como se conseguem desenvolver processos ¢ produtos inovadores que rentoilizem « utiizagéo dos recursos escas- 505 exislenles? A implementagéo de ume culture intraem= preendedora pode ser a solugéo (Hariman, 2006o}. Prefende-se nesia pesquiso, por um lado, realizar uma comporagée do nivel da culture inkraempreendedora ene {0s empresas selecionadas de Portugal e do Brasil ¢, por Cuiro, permitr 6s empresos pesquisados auio avaliorem-se ‘como forma de potencializar as suas attudes e otividades no. divegdo do intraempreendedorismo, aumeniando desta forme os sues hipdteses de inovarem os seus produtos, rocessos ¢servigos, através da contribuigéo efetiva dos seus préprios funcionérios Assim sendo, 0 problema de investigagéo prende-se com 6 temo proposto. A invesiigagéo wesclarece a dlficuldode specifica com @ qual se pretende resolver por inlermeédio da pesquisos (Marconi e Lokatos, 2007, p. 107). €, como ta seguindo ess0 premissa, a quesiao de fundo que se pretende conalisar & @ seguinte: existem alferengos no nivel da cultura inkaempreendedora entre as empresas brasileres © por- fuguesas, selecionadas para o estudo? Revisio da literatura e conceitos, +O empreendedorismo itado por Gosper (2006), Cantilon no seu enscio Essai sur la Nature du Commerce en General, em 1755, usov ‘ polavra empreendedor pela primera vez, signifcande auto tempregados que se gjustam ao risco, quando o retorno & incerio, Para Schumpeter (1943), 0 empreendedor & um indi viduo que deseja e consegue converier uma nova ideio ov Jnvengéo numa inovagéo bem sucedida, cvia principal torefo 6 0 sdestuigéo critiva, que implica @ mudange, cavés do introdugéo de novos produtos ou servigos, em substinicdo dos que exam anteriormente viizados Gary Hamel, por seu ledo, defende que os orgonizacses ‘Seve apes, Fmand Gasp, rane Hrima, to Siow e Dio Res 5 necessitam de uma inovacée radical da gesiéo, em que © espirito empreendedor € 0 que disiingue 0 massa de empre- sas mediocres e sequidistas dos revelucionéries que criam fiqueza (Hamel, 2000} De ecordo com Peter Drucker (1997), considerado por muitos como 0 mais influente eseritor de gestio do dino século, © empreendedor deve ler sempre presente o ferra- mena da inovacéo. Umo vex que no presente artigo se pretende opens ligar © definigio de empreendedorismo © negécios com fins lucratves, considerou-se para © efeito que, @ seguinte def- nigdo de empreendedorismo & 0 mais adequad dedorismo € 0 processo de criagéo e/ou expanséo de negé= ios que sé0 inovadores ou que nascem a partir de oporiu nidodes idenifcodos» (Sorkar, 2007, p. 47). mpreen- + 0 intraempreendedorismo © Intropreneur {iniroempreendedor), segundo Pinchot I (1987), & 0 chamado sEmpreendedor Inferno. Sd0 aqueles ‘que, 0 partir de uma idea, recebendo « liberdade, incentive «recursos do empresa onde trabolham, se dedicam entusiosi- ‘camenie em transformer essa ideia num produto de sucesso, Segundo Filion (2004), 0s intaempreendedores séo seme- thanies aos empreendedores, salvo 0 risco pessool que enfrentom ser muito mais baixo, na medida em que uilizam © dinheiro ¢ 05 recursos de empresa em vez dos seus. Paro Robert Hisrich e Michael Peers (2007), o intraempreende dorismo & um meio de estimular e, com isso, captalizar os individuos numa organizagéo em que acreditam que algo pode ser feito de um modo diferente e melhor. Por dtimo, por se tratar de uma pesquiso que tem como bose de onélise um conjunto de empresos de elevade dimenséo, © sequinle definigéo de intraempreendedorismo fo consideroda a mais adequada: xo intrapreneurismo & um sistema revolucionério para acelerar as inovasdes dentro dos grandes empresas, aravés de um uso melhor dos seus {olentos ‘entrepreneurs’ (Pinchot Il, 1987, p. i. + Gestio estratégica e cultur de uméos dadas» «As empresas que néo aprenderem a manter os seus me- Ihores @ mais inovadores elemenios fcoréo sem node, 56 raempreendedora REVISTA PORTUGUESA € BRASILEIRA DE GESTAO EstTuDOS com medeire pode... Encontror uma forma de motivar € manter os iniraempreendedores & a questo estralégica mais importante dos nossos femposy [Pinchot Ill, 1987, p. 12). Para descobrir 0 futuro da gestéo, as empresas deverdo libertar-se dos dogmas dos modelos cldssicos do planeamento tradicional, centrado na gestao de topo, caraterizado muitas vezes por falta de originalidade e rigidez nos processos. Al maquina da gestdo moderna obriga os seres humanos de trate dificil, opinativos e de livre pensamento a conformarem-se com padrdes e regras €, a0 fazé-lo, desperdica grandes quantidades de imaginacao e iniciativas humanas, Um aspelo importante 6 0 papel dos parcinadores e pro- Ielores, eles assumem uma posigéo médio/aito no hieroravia dos empresos, 0 respeitados e ouvidos, também se fornam inaempreendedores 80 petiocinar ov proleger os projetos dos colaboradoresinroempreendedores (Pinchot Il, 1987). Paro descobrir 0 futuro do gestéo, os empresas deveréo libertr-se dos dogmas dos modelos cléssicos do plonec- mento tradicional, centrado na gestéo de topo, caraterizado muitas vezes por falta de originalidade e rigidez nos proces- s0s. A méquine da gesiéo moderne obriga os seres huma- nos de trio dficl,opinativos e de livre pensmento a con- formarem-se com podrdes e regras , 00 foxé-o, desperdica ‘grandes quantidades de imaginagdo e iniciotivas humanos (Hamel e Breen, 2007) Nesie contexto, num artigo cited na Revisio Portuguesa & Brasileira de Gestéo, Robert C. Wolcott e Michoel J. Lippte (2007] desenvolveram um estudo num conjunto de empre- sas de grande notoriedade © de reconhecimento interna- ional, cerca de trnta, como a Google e a DuPont entre ov tras, ecerca da intervengée da dlregéo das empresas na implementagéo do iniraempreendedorismo. (Os dois autores criarom uma matiz onde resultoram qua- tro modelos de intraempreendedorismo: 0 opertunista, sem ‘abordagem meiédica no que concerne & criagbo clara € ‘objetiva dos processos, aberio 8 experimeniagio, onde a anima 2013 empresa sem quelquer previséo cloca recursos exisentes; 0 faciltador, dedicado e difuso, em que o empresa fornece os fundos e a alengéo dos seus execulivos ne projegéo dos pro jelos, onde 0 Google 6 um exemplo perteito deste arqustipo; © evangelizodor, focado e acertivo no tema, através da cria- so de grupos independentes entre si, que esimulom 0 efeito de copilererizagio, onde no se tra de obrigor os pessoos a partcipar, mas sim premiar os envolvidos; 0 execulor, dedicado e focado, 0 tipico caso da IBM, que pro: move um ambiente formal e de influénci otiva no financia- mento a0 intraempreendedorismo, O estudo de Robert C. Wolcat e Michoel J. Lipitz (2007) € determinante, dado que, permite defini « fose em que coda empresa se insere quanto @ sua cultura intraem: preendedora sob o ponto de visto esirotégico. A ideia & que uma empresa em fose iniial passe do modelo oporunista para os diferenes estégios seguines. Talo-se de diferentes contextos empresaricis que, no fundo, convergem para uma realidode consensual, onde o intraempreendedorismo deve foxer parte do estratégia da empresa. Mes, para que tol acon- tego, & necessério que a lta adminisiragéo crie condicées, que partcip, alimente e adguira competncias dentro e fora da orgenizogéo, como parte integrante do seu negécio, cadmitindo certs riscos, de uma forma flexvel, sem garan- ios, mas, porém, de um modo indispensével « garantir 0 sustentobildade dos orgonizacées. + Os indicadores da cultura intraempreendedora de Hartman (20060) Segundo Hartman (2006e}, « partir destes indicadores possivel avaliar a cultura iniraempreendedora nos empresos selecionados para 0 estudo. Comunicagée (© maior anacronismo que se pode identificar numa orgo- nizegdo & um sistema no qual as pessoas seporadas por mois de um nivel néo comunicarem umas com as outros (Pinchot Il, 1987). Processo decisorio Paro Kuratko et al. (1990), 0 estrutura organizacional & idenficada como um elemento chave do iniraempreende- 535, ela do nivel da aura intraempreededor: Etude de caso entre seis empresas portuguesa ees empresas brsileiras dorismo, onde os grandes orgonizagées deverso evitor os ‘ospetos burocréticos que constituem barreiras 8 inovasdo, os incentivos inopropriedes, © isolamento do alla adminis fragdo © 0s curtos horizentes tempor Incentives/motivagéo Hamel e Prahalad (1995) sugerem que a intengdo estro- ‘égica tem por objetivo gerar entusiasmo no funcionério, ‘Go openas sotisfagao. Recompensas Mintaberg eto (2007) ofirmam que @ entrega de prémios pelos sucessos e fracassos empreendedores podem ser cru Gols para sustentar © geragéo do estatégia como um pprocesso de aprendizagem social. Autonomia Segundo Hisrich e Peters (2007), 0 espitito introempreen- dedor deve desenvolver-se de modo voluntério ene as pes- Lideranga Segundo Pinchot e Pellmon (2004), 0s lideres devem pro- mover 0 inraempreendedorismo nas orgonizagées, cotivan- do fodos os funcionérios pore que se sintam motivados comporihar conhecimentos, Equipas ‘Agostino Bucha (2008) cite Peler Seng, o qual afrma que «@ oprendizagem em equipa é vital, porque concila pessoal eocaletivo Controlo/mensuracéo A administragio deverd cerificor-se de que os potenciais tempregados estéo de foto hobiliiados para serem vence- dores das ideias que propéem (Mickey, 2006}. Metodotoaia Forom selecionodas seis empresas industiois perugueses seis brasileias para a realizagao do trabalho, tendo sido vilizada técnica de observagio dire extensiva co insiru- mento de recolha de dados quantitlivos vllizado consiste ‘Seve apes, Fmand Gasp, ane Hartman, tna e Dia Reis 56 no questionério usado por Hariman (20060) com 25 itens, devidomente testado e validado, auto administrado com perguntas de escolha milipla, eplicade o funcionérios € cheles de segées dentro das empresas selecionads no Brasil e-em Portugal. © quesionério sofreu pequenas ateragdes a nivel linguist- ‘0 pare aplicagio nas empresas portuguesos, dado que exis- fem algumos diferencas na pronincia dos paises, porém © coneddo original manteve-se infato e sem perda concetuc. Os dodos recolhides foram tratados com recurso & me- todologia informatizede (6 testeda e validedo, copar de ‘ovaliaro nivel de cultura iniraempreendedora das organiza- sees Paro que fosse possvel cruzar os resultados finais de om- bos as amosiras no fotalidade, ie., amosira brasileira © por- fugues, criu-se uma média simples dos empresas pes- quisadas em ombos poises. Foi ainda realizado o estudo individuol de cada indicodor através da mesma ferramento, permitindo distinguiro peso que coda um representa no cul tura intraempreendedora de cada amosire. + Oinstrumento de pesquisa Hariman (20060) estabeleceu trés niveis de culture introompreendedora pora « classficagéo das organizagbes: + Nivel IE (intraempreendedora; + Nivel MIE (mediamente intraempreendedora); + Nivel PIE (pouco intraempreendedoro} ‘A pontuacio méxima que uma empresa pode obter nesta pesquisa & de 250 pontos, no caso em que todas as respostos fenham sido consideradas S (sempre}, ie., neste caso considera-se que o empresa detém o nivel méximo de introempreendedorisme © nimero de respostas pare coda questéo é muliplicedo pele pontvacéo previamente estipulada. A soma final de «code frequéncio é ponderada pelo total dos inqviridos. © to- tal do pontuacéo permite svar @ empresa pesquisoda no intervalo que determina o seu nivel de inlroempreendedoris- ‘A pontuagéo dos respostas distibui-se da sequin forme: + Sempre = 10 (den} pontos + Frequentemente = 8 (oito) pontos * Raromente = 4 (quatro) pontos REVISTA PORTUGUESA € BRASILEIRA DE GESTAO EstTuDOS + Nunca = 0 (2670) pontos + Ndo Sobe = sem pontuogéo ‘A escola. supramencionada foi adolada com bese nos resultados apresentados pelo Ranking de iniraempreende- dorismo ¢ inovagao» promovido pelo (IIE) Insitute Brasileiro de Inttaempreendedorismo em conjunto com a Revista bra- sileire Exame em 20041 ‘As empresas classicedas neste ranking como os mais inlroempreendedoras e inovadoras do Brosil obiiveram uma ponlvacéo sitvada no intervolo entre os 80% e 100% de afi tudes intraempreendedores, © que corresponde, em grosso modo, ds respostes situados entre F (frequentemente} eS (sempre), respetivamente, no toconle & promecéo de afi tudes inttaempreendedoras. Segvindo a mesmo linha de raciocnio, considerou-se que uma empresa que raramente promove ctitudes intraem- preendedoras deveria ter metode da pontuagéo minima de uma empresa intraempreendedora, i.e, a resposta R (rora- mente} cortesponderia a 40%, Por timo, uma empresa que rhunea promova atitudesintraempreendedoras a pontuacéo) seré igual 0 OK, Por se trotar de uma pesquisa qualitative onde se pretende ‘analisor os ospetos cultwrais des orgonizogées, Hartman (20060) opiou por criar uma margem de seguranco (5%) nos infervalos da pontuagéo que permite clossificor as organiza- 665 em trés niveis de cultura intaempreendedora dife- renles, criando ossim uma érea de aceitago em relogio ao desempenho dos empresas pesquisodas. ATabela 1 opresenta « pontvagio para o clssificagio dos ‘orgenizagées com « margem de sequranca (5%) include. + Hipéteses A hipbtese de bose que se coloca aficma que as empresas brasleras possuem um nivel de cultura inttaempreendedora mais elevado do que as empresos portuguesas, existinde clguns indicadores que opontom para tal afimoséo, © foto de existe diversos estudos reolizados neste campo no Brasil, € poucos em Fortugel, cloca os empresos brasileiras em bom plano por jéestarem familiarizados com 0 tema devido a elevada informaséo exstente Existem também alguns autores e investigadores bras leiros nesta érea que disseminam ¢ publicam livros ¢ artigos cientficos cujo teria aparece aplicado em diferentes éreos do dominio empresaral Se, por um lado, o termo intraempreendedorismo ‘s6 agora comega a ser conhecide em Portugal, dado que no existem ainda muitos estudos realizados sobre este tema, no Brasil desde 2005 que existe 0 Ranking de Empreendedorismo Corporativo onde sao realizados estudos nas empresas, ‘com 0 intuito de promover o intraempreendedorismo € comparar os resultados. Grande porte do literoturainternacionol, principolmente no locante a lives, so reduzides pare portugués por radu: tores brasileiras, 0 que fax despertaro interesse dos leitores de lingua portuguesa no mercado brasileiro. $2, por um lade, © terme inkaempreendedorisme 6 agora comeca a ser conhecido em Portugal, dado que néo exisiem ainda muitos estudos realizados sobre este femo, no Brasil desde 2005 que existe © Ranking de Empreendedo- rismo Corporativo onde so realizodes estudos nas empre- 508, com 0 intuito de promover o intraempreendedorismo & comporar os resultados. Esies estudes sdo relizades pelo Insitute Brasileiro de Iniraempreendedorismo (\BIE} e publicados anuelmente na Revisto brasileira Exome (Hartman, 20060). A empreso de Tabela Pontuagdoeclasificagdo com margem de seguranca de 5% TE 200 a 250 pontos > 190 a 250 pontos: MIE 101 a 199 pontos > 96 a 189 pontos PIE 0.2100 pontos > 0 a 95 pontos IANITAR 2013.57 —faacn dive cara itraenpeteor: Et caso entre seis empresas portuguesa ees empresas brsileiras consultria norfe-americona Pinchot & Company assume também uma porceria neste evento, culo fundador Gilford Pinchot Il (1987} & considerade como © poi do intraem- preendedorismo porter escrito em 1985 o primeira lio so- bre © iema inilado Intrapreneuring, Por todas estas razdes enunciados, ¢ seguindo o premissa de que « hipétese & compativel com o conhecimento cient fico e revela consisténcia légica, sendo possivel de verif- ‘ogo empirica nos suas consequéncias (Morconi e Lakatos, 2007), conchiu-se que o hipétese principal deverio ser le- vantade da forme que a seguir se expée. Hipétese de base © nivel da cultura introempreendedora é maior na amos tra dos empresos do Brosil do que nas de Portugal Reto e Cavalcanti (2007) na Revista Portuguesa e Brasileira de Gest afirmavam que, nos cultura latinas, a prética da inovagio e do empreendedorismo enconira em geral fortes resisténcias sociis, ¢ que, © possblidade de empreender deniro de orgnizacées jé exsientes, enfrenta indo maiores obstéculos. Aparentemente, as empresos de ambos paises «indo nao parecem ter interiorizade totalmente o significado do terme inlroempreendedorismo, Come tel, os seguido, Hipéteses secundérias + Todos as empresas portuguesos pesquisados so nd in- troempreendedoras; + Todos os empresas brosileiras pesquisadas 30 ndo intraempreendedoros. Aindlise dos resultados + Avaliacéo do nivel da cultura intraempreendedora da média da amostra das empresas portuguesas € brasileiros Por quesiées de sigilo profssional, manieve-se 0 ononi- moto de todas os empresas onalisades. Relativamente & pesquisa desenvobido em Portugel, 0 ‘omosia recolhida foi de seis empresas do setor industrol, ‘onde 375 colaboradores responderam corretamente oo questionério, Dos dados recolhides reolizou-se ume médio simples a fim de ser possivel proceder 6 ume comparacéo ‘com « média dos dados des empresos brasiliras. © Quodko | expée resumidamente « consivigéo da amos- ‘ro portugues. Quadro | Constituicdo da amostra portuguesa - ‘Ne questionirion | Taxa de Atividade N= questionérios ee rae (Classitcagio Empresa a _| Tatipoadre de dais us 86 15% Me Consinugio evil eobaas Emprest B | publieas, ambiente e energies 150 ” 33% ME Empress C Indra de curtumes 20 2% 10% PIE Empree D 380 34 13% MIE Empresa Bebidas de alta rotagio 380 130 37% MIE Empresa F ‘gro alimentar 0 28 40% ME ‘oral 130s as 29% ‘Seve apes, Fmand Gasp, fiane Hartman, tina e Dla Rls 58, REVISTA PORTUGUESA € BRASILEIRA DE GESTAO EstTuDOS Em média, responderam corretamente ao questionério 63,

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