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FACULDADE DE PSICOLOGIA

UNIDADE SÃO GABRIEL

Autorizo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, através do curso de graduação em psicologia, à ampla
divulgação do meu trabalho de conclusão de curso, em espaços e eventos internos à Instituição, ou ainda abertos ao
público em geral.
A presente autorização é concedida gratuitamente, abrangendo a divulgação da pesquisa acima mencionada em todas
as suas modalidades, sendo estas impressas ou eletrônicas.

ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS EM COMUNIDADES TERAPÊUTICAS:


possibilidades e limites no trabalho com usuários dependentes de álcool e outras drogas

Andreza da Cruz Pereira1


Isabela Saraiva de Queiroz2

Esta pesquisa visa investigar a atuação dos psicólogos em Comunidades Terapêuticas (CT), procurando
identificar as possibilidades e limites encontrados por esses profissionais no trabalho com usuários
dependentes de álcool e outras drogas. Inicialmente, fizemos um percurso histórico sobre as políticas
públicas voltadas para este tema, que por muito tempo foi considerado como um problema de segurança
pública no Brasil. Autores como Machado e Miranda (2007), Alves (2009) e Fiore (2012) comentam
sobre os dois posicionamentos que marcaram as ações no Estado, a saber: o proibicionismo e, mais
recentemente, o paradigma da Redução de Danos. Em seguida, apresentamos a origem e características
das Comunidades Terapêuticas, recorrendo às definições apresentadas pelo Observatório Brasileiro de
Informação sobre Drogas (OBID), além de autores como De Leon (2003) e Sabino e Cazenave (2005). A
metodologia utilizada para a pesquisa foi a de abordagem qualitativa, tendo optado pela entrevista semi-
estruturada para a coleta de dados. Foram entrevistados seis psicólogos que trabalham ou trabalharam em
Comunidades Terapêuticas com alguma orientação religiosa. Após elencadas as categorias, realizamos a
análise de conteúdo com os dados obtidos nas entrevistas. Os resultados indicam que os psicólogos
consideram importante sua atuação dentro da CT, sendo vistos como positivos os resultados alcançados
com o trabalho. As atividades desempenhadas por esses profissionais são em sua maioria no processo de
triagem e atendimento individual ou grupal. Apesar das possibilidades de atuação, os psicólogos também
reconheceram os limites dessa prática, tendo apontado o discurso religioso como um dos principais

1
Aluna do curso de Psicologia da PUC Minas – Unidade São Gabriel. Resumo da Monografia apresentada no 1º
semestre de 2013, como requisito parcial para conclusão de curso. Contato: andrezacpereira@hotmail.com
2
Professora Assistente IV da Faculdade de Psicologia da PUC Minas – Unidade São Gabriel. Contato:
isabelasq@gmail.com

Av. Dom José Gaspar, 500 • 30535-901 • Belo Horizonte • Minas Gerais
Fone: (31) 3319 4444 • www.pucminas.br
dificultadores. Ao mesmo tempo em que consideram esse discurso uma limitação ao trabalho,
reconhecem a religiosidade como um fator que auxilia no tratamento, ajudando na efetividade e
diminuição das recaídas. Em relação às internações compulsórias que estão ocorrendo no país, todos os
profissionais se declararam contrários a essa ação, mas alguns acreditam que em casos isolados talvez
seja uma medida necessária. Sobre o Código de Ética, alguns psicólogos relataram problemas
ocasionados pela falta de sigilo dentro da CT e falta de atividades alternativas às práticas religiosas para
aqueles usuários que não professam o mesmo credo da instituição. A maioria deles também se queixou da
postura do Conselho Federal de Psicologia (CFP), pois não se sentem ouvidos e orientados em sua
prática. Por fim, percebeu-se nesta pesquisa que as irregularidades e denúncias em relação às
Comunidades Terapêuticas podem justificar as críticas feitas pelo CFP. No entanto, a presença de
psicólogos nessas instituições é uma realidade, assim como a adesão da população a esses serviços. Sendo
assim, consideram-se essenciais mais pesquisas e estudos sobre o trabalho desses profissionais, para
ampliarmos o conhecimento sobre o que tem sido feito nessa modalidade de tratamento para os
dependentes de álcool e outras drogas.

Área do conhecimento: Ciências Humanas. Psicologia. Psicologia Social.


Palavras-chave: Dependência de álcool e outras drogas, Comunidade Terapêutica, Atuação do psicólogo.

Referência da monografia:

PEREIRA, Andreza da Cruz. ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS EM COMUNIDADES


TERAPÊUTICAS: possibilidades e limites no trabalho com usuários dependentes de álcool e outras
drogas. 2013. 58f. Monografia (Conclusão de curso) – Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, Faculdade de Psicologia, Belo Horizonte.

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