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Corrosão
1. Classificação de Corrosão/Formas
• Corrosão Química: São os casos em que o metal reage com um meio não iônico como,
por exemplo, ocorre no caso de oxidação ao ar a alta temperatura.
• Corrosão Eletroquímica: Em todos os casos de corrosão ocorre a participação de íons
metálicos. No entanto, define-se corrosão eletroquímica para os casos em que ocorre um
transporte simultâneo de eletricidade através de um eletrólito. A este importante grupo
pertencem a corrosão em soluções salinas e água do mar, a corrosão atmosférica, a
corrosão em solos, etc.
O tipo mais importante de célula de concentração é a aeração diferencial, que ocorre quando uma
parte do metal é exposta a diferentes concentrações de ar ou é imersa em regiões do eletrólito
diferentemente aerados(ou com outros gases dissolvidos); isto provoca um diferença de potencial
entre as partes diferentemente aeradas. É um fato experimental que áreas de uma superfície
metálica onde a concentração de oxigênio é alta, são catódicas.
Este tipo de corrosão é o que ocorre na “linha d’água das partes metálicas parcialmente imersa
em uma solução. Se se mergulha uma peça de metal, zinco, por exemplo, em uma solução diluída
de um eletrólito qualquer, e a solução não é agitada, as partes acima e adjacentes a linha d’água
são mais fortemente aeradas devido a facilidade de acesso do oxigênio a estas áreas, que portanto,
tornar-se-ão catódicas. Na parte imersa a maior profundidade, a concentração de oxigênio é
menor, sendo esta, por conseguinte, anódica.
Outro exemplo de corrosão por aeração diferencial tipo linha d’água, ocorre nas estruturas,
estacas, etc. mergulhadas parcialmente na água do mar.
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 2
De maneira análoga pode-se explicar a corrosão do ferro sob gotas de água ou de solução
salina(por exemplo, água do mar condensada da neblina). Nas áreas cobertas pela gota é impedido
o acesso do oxigênio do ar, e por isso tornam-se anódicas em relação às outras áreas expostas ao
oxigênio do ar.
Superfícies ásperas ou esmerilhadas são corroídas mais depressa do que as superfícies lisas
polidas, onde não se acumulam poeiras, óxidos, etc.
As superfícies rugosas, com sulcos ou fendas, onde o oxigênio não pode penetrar, são
perigosamente corroídas por aeração diferencial provocando cavidades(pitting). Esta corrosão
aumenta com o tempo, pois os produtos da corrosão acumulam-se em torno da área anódica,
impedindo ainda mais qualquer acesso de oxigênio.
3. Corrosão Galvânica
A corrosão galvânica ocorre frequentemente quando se tem um metal colocado em uma solução
contendo íons, facilmente redutíveis, de um metal que seja catódico em relação ao primeiro.
Assim, tubulações de alumínio em presença de sais, por exemplo, de Cu2+ e Hg2+, sofrem corrosão
localizada, produzindo pites. Isto ocorre porque o alumínio reduz os íons Cu2+ ou Hg2+ para os
metais respectivos, sofrendo consequentemente oxidação.
Além desse ataque inicial o metal formado se deposita sobre a superfície de alumínio e cria uma
série de micropilhas galvânicas, nas quais o alumínio funciona como ânodo, sofrendo corrosão
acentuada. Casos envolvendo este mecanismo são observados em:
que um fluido circule por um material metálico catódico antes de circular por um que lhe
seja anódico.
Deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo de uma
célula ou pilha eletrolítica.
Resumindo a fuga da corrente, onde pode-se encontrar um tubo enterrado, servindo como
anodo, vindo a sofrer corrosão localiza. Um exemplo são os trilhos de trem que pode ocorrer
fuga de corrente e encontrar uma tubulação enterrada, servindo a tubulação como anodo nas
fugas de correntes do trilho do trem.
Velocidade Média permite estimar o tempo de vida útil de uma determinada estrutura. Pode ser
medida pela diferença de peso do material metálico ou pela determinação da concentração de
íons metálicos em solução.
Efeito de sais dissolvidos: sais podem agir acelerando (aumento condutividade) ou retardando
(precipitação de produtos de corrosão, diminuição solubilidade O2 , ação passivadora) a
velocidade de corrosão.
6.3. Polarização
6.4. Passivação
A passivação é um processo que depende do material e do meio. Alguns metais e ligas se passivam
ao ar (Cr, Ni, Zr etc), enquanto outros sofrem passivação em meios muito específicos (Pb em
H2SO4 , Mg em H2O, Fe em HNO3 ).
A passivação melhora a resistência à corrosão e é conseguida por oxidação usando-se substâncias
convenientes (HNO3 conc., K2Cr2O7 , O2 do ar) ou por polarização anódica.
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Da observação da figura verifica-se ser possível delimitar várias áreas (A à D), as quais
corresponderão à estabilidade termodinâmica dos diferentes compostos metálicos. Assim, a
região A corresponderá a uma situação na qual a espécie mais estável é o cadmio metálico (Cd),
na região B o composto termodinamicamente mais estável será o íon Cd2+, na região C o
hidróxido de cadmio e assim sucessivamente.
Zona de imunidade: Zona onde as reações nunca são termodinamicamente possíveis. Nesta zona
a corrosão é nula já que o metal apresenta um comportamento inerte, isto é, mantém-se na sua
forma metálica (Cd). Exemplos de materiais imunes são o ouro e a platina cujos diagramas de
Pourbaix apresentam área de imunidade muito extensas.
Zona de corrosão: Zonas onde as reações são possíveis, com consequente destruição metálica.
São por esta razão, zonas onde as formas metálicas mais estáveis são as iônicas (Cd2+ e HCdO2-
).
Zona de Passivação: zonas onde as reações são possíveis conduzindo à formação de óxidos (ou
hidróxidos) metálicos, estáveis e protetores (Cd(OH)2).
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Contudo, embora estes diagramas proporcionem uma base muito firme, sob o ponto de vista
termodinâmico, na interpretação das reações de corrosão, deve ser tomado cuidado na sua
utilização já apresentam as mesmas limitações de qualquer cálculo termodinâmico:
• Pressupõem que todas as reações consideradas são reversíveis e rápidas, o que nem
sempre acontece.
• Não informam sobre a cinética dos processos (velocidade das reações) apenas indicando
se uma reação é ou não termodinamicamente possível.
• Aplicam o termo passivação às zonas de estabilidade dos óxidos (ou hidróxidos),
independentemente das suas propriedades protetoras. A proteção só é efetiva se o filme
for aderente e não poroso.
• Apenas são aplicados a metais puros (não existem para ligas) e em soluções sem espécies
complexantes ou que formem sais insolúveis.
Metal sofre solicitações mecânicas alternadas ou cíclicas. Inicia-se por uma pequena trinca, em
ponto de concentração de tensões, que penetra lentamente o metal, numa direção perpendicular à
tensão – após certo tempo, a área do elemento se reduz de tal modo que não pode mais suportar a
carga aplicada, ocorrendo fratura final e repentina.
O maior problema desse tipo de corrosão é devido a própria corrosão e não a fadiga, devido as
solicitações mecânicas cíclicas a superfície do equipamento pode gerar trincas, perdendo a capa
protetora contra corrosão, iniciando assim o processo corrosivo naquela região.
A região de início da trinca tem um aspecto liso, devido ao atrito entre as faces sucessivas da
trinca em cada ciclo. A segunda região é a área, de aspecto rugoso, fibroso ou cristalino, onde se
verifica a fratura repentina.
Tubulações de equipamento de perfuração de poços, usadas para bombear petróleo, têm vida
limitada devido à corrosão por fadiga resultante do meio corrosivo (água salgada). Tubulações
transportando vapores ou líquidos de temperaturas variáveis, podem fratura devido ao ciclo
térmico (expansão e contração periódicas). Trocadores ou permutadores se corroem devido a
vibrações imprimidas pelas bombas nos líquidos, e que são transmitidas ao equipamento.
Diversos vasos de pressão.
Existem alguns meios de proteção que são utilizado para esse problema que são:
• Proteção catódica;
• Uso de inibidores (diminuição da corrosividade dos meios);
• Revestimentos metálicos anódicos ou de sacrifício;
• Películas não-metálicas pigmentadas com pó de zinco;
• Jateamento na superfície do metal ou introdução de esforços de compressão;
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Fe + 2 NaOH → Na2FeO2 + H2
Proteção
Substituição de rebites por soldas, seguida de tratamento térmico para diminuir as tensões;
Adição de substâncias tamponantes;
Revestir as partes sujeitas ao ataque com níquel ou ligas de níquel (resistente a álcalis)
O processo de corrosão dos metais está diretamente relacionado com o potencial de oxidação de
eletrodo, que remove os elétrons do ferro formando cátions Fe++, quanto mais positivo for o
potencial de oxidação, mais reativo é o metal.
A proteção pelo uso de zinco consiste em combinar o zinco com o ferro, resultando no zinco como
anodo e o ferro como cátodo, prevenindo assim a corrosão do ferro, uma vez que o zinco atua
como uma barreira protetora evitando a entrada de água e ar atmosférico, além de sofrer corrosão
antes do ferro.
Este tratamento garante à peça uma maior durabilidade, já que a corrosão do zinco é de 10 a 50
vezes menor que no aço em área industriais e rurais, e de 50 a 350 vezes em áreas marinhas.
8.4. Galvanização
A galvanização é o processo de zincagem por imersão a quente, que consiste na imersão da peça
em um recipiente com zinco fundido a 460°C.
O zinco adere à superfície do aço através da formação de uma camada de liga Fe-Zn, sobre a qual
deposita-se uma camada de zinco pura de espessura correspondente a agressividade do meio a
qual a peça será submetida.
Para garantir uma proteção ainda maior contra a corrosão costuma-se aplicar tintas sobre as
superfícies zincadas.
8.5. Pintura
A proteção contra corrosão através de pintura consiste em criar uma barreira impermeável
protetora na superfície exposta do aço através de aplicação de esmaltes, vernizes, tintas e
plásticos, obedecendo as seguintes etapas:
a) Limpeza da superfície: pode ser feita através de escovamento, aplicação de solventes e
jateamento;
b) Aplicação de primer: garante aderência a camada subseqüente;
c) Camada intermediária: fornece espessura ao sistema;
d) Camada final: atua como barreira protetora, além da finalidade estética.
8.6. Aços - Liga
Com a adição de cobre, cromo, silício, fósforo e níquel são obtidos aços de baixa liga que se
caracterizam pela formação de uma película aderente que impede a corrosão, podendo ser
empregado sem pintura com restrições em atmosfera marítimas.
Para diminuir o processo de corrosão do aço sob a água ou atmosfera marítima, utiliza-se uma
percentagem de 0.1 a 0.2% de cobre.
Para estruturas aparentes deve-se tomar cuidado, uma vez que na primeira fase de corrosão os
produtos resultantes do processo podem manchar outros elementos estruturais.
O fenômeno denominado fragilização por hidrogênio ocorre em várias ligas metálicas quando o
hidrogênio atômico penetra o material e reduz sua ductilidade. Com o objetivo de reduzir a
probabilidade de ocorrência desse fenômeno, realizam as seguintes técnicas:
• Substituição da liga projetada por uma liga mais resistente a essa fragilização, como,
por exemplo, a troca de aços martensiticos por aços bainiticos;
• Cozimento da liga em uma temperatura elevada, eliminando os hidrogênios dissolvidos.
Fratura frágil normalmente ocorre por clivagem e fratura dúctil normalmente ocorre por
cisalhamento.
Tamanho do grão
Maior grão – Menor energia de impacto
Fragilização por H2
Mais H2 – Fragilização
Composição química
Maior %C – Menor Energia
Maior %Mn – Maior energia
Maior %P - desloca curva para direita
Maior % Mo – Menor energia
Maior %Cr - Não influência
Maior %Al - Benéfico (refinador de grão)
Maior %S - Maléfico
11. Fadiga/Fluência
11.1. Fadiga
• Tensão média – o aumento do nível médio de tensão leva a uma diminuição da vida
útil.
• Efeitos de superfície:
Variáveis de projeto – cantos agudos e demais descontinuidades podem levar
a concentração de tensões e, então, a formação de trincas; e
Tratamentos superficiais – polimento, jateamento, etc, melhoram
significativamente a vida em fadiga.
• Efeitos do ambiente:
Fadiga térmica – flutuações na temperatura
11.2. Fluência
CURVA DE FLUÊNCIA
• Estágio I ou TRANSIENTE: taxa de deformação dε/dt decrescente; efeito do
encruamento
• Estágio II ou ESTACIONÁRIO: taxa de deformação dε/dt (constante) é mínima; equilíbrio
entre o encruamento e a superação de obstáculos por processos difusivos (por exemplo,
ascensão de discordâncias)
• Estágio III ou TERCIÁRIO: taxa de deformação dε/dt crescente; desenvolvimento de
cavidades (poros) que levam à ruptura do material
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Charpy
Os corpos de prova Charpy compreendem três subtipos (A, B e C), de acordo com a forma do
entalhe, mostrado na figura 01.
As diferentes formas de entalhe são necessárias para assegurar que haja ruptura do corpo de
prova, mesmo nos materiais mais dúcteis.
Quando a queda do martelo não provoca a ruptura do corpo de prova, o ensaio deve ser
repetido com outro tipo de Ensaios Mecânicos de Materiais de prova, o ensaio deve ser
repetido com outro tipo de corpo de prova, que apresente entalhe mais severo, de modo a
garantir a ruptura.
O corpo de prova Charpy é apoiado na máquina e o golpe é desferido na face oposta ao
entalhe, conforme figura 02.
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Izod
O corpo de prova Izod tem secção quadrada de 10mm, comprimento de 75mm, entalhe a uma
distância de 28mm de uma das extremidades, em forma de V. É engastado na sua parte maior, e
o entalhe fica próximo ao ponto de engaste.
Transição dúctil-frágil
As principais funções dos ensaios Charpy e Izod consiste em determinar se um material apresenta
uma transição dúctil-frágil.
O fenômeno da transição dúctil-frágil está diretamente relacionado com a elevação do limite de
elasticidade e com a redução da temperatura que muitos materiais sofrem (Figura 5). Em baixas
temperaturas, com altos limites de escoamento, nas regiões próximas à ponta da trinca, são
atingidas tensões suficientes para iniciar o processo de fratura frágil. No entanto, em altas
temperaturas, não se atingem tensões suficientemente altas, para iniciar o fenômeno de clivagem,
e o material se encontra na região de comportamento dúctil, ou no patamar superior (upper shelf).
Deformações Elásticas
Para a maioria dos metais que são solicitados em tração e com níveis de tensão relativamente
baixos, a tensão e a deformação são proporcionais de acordo com a relação abaixo.
Esta é a conhecida lei de Hooke uniaxial e a constante de proporcionalidade “E” é o módulo de
elasticidade, ou módulo de Young.
As deformações elásticas não são permanentes, ou seja, quando a carga é removida, o corpo
retorna ao seu formato original. No entanto, a curva tensão-deformação não é sempre linear, como
por exemplo, no ferro fundido cinzento, concreto e polímeros.
Até este ponto, assume-se que a deformação elástica é independente do tempo, ou seja, quando
uma carga é aplicada, a deformação elástica permanece constante durante o período em que a
carga é mantida constante. Também é assumido que após a remoção da carga, a deformação é
totalmente recuperada, ou seja, a deformação imediatamente retorna para o valor zero.
Deformações Plásticas
Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou seja, ocorrem
deformações permanentes. O ponto no qual estas deformações permanentes começam a se tornar
significativas é chamado de limite de escoamento (ou tensão de cedência).
Para metais que possuem transição gradual do regime elástico para o plástico, as deformações
plásticas se iniciam no ponto no qual a curva tensão-deformação deixa de ser linear, sendo este
ponto chamado de limite de proporcionalidade (ou tensão limite-elasticidade). No entanto, é
difícil determinar este ponto precisamente. Como consequência, criou-se uma convenção na qual
é construída uma linha reta paralela à porção elástica, passando pela deformação de 0,2% da
deformação total. A tensão correspondente à intersecção desta linha com a curva tensão-
deformação é o limite de escoamento (ou tensão de cedência).
A magnitude do limite de escoamento é a medida da resistência de um material à deformação
plástica e pode variar muito, como por exemplo, entre 35 MPa para uma liga de alumínio de baixa
resistência até 1400 MPa para um aço de alta resistência.
CONCURSO PETROBRÁS – BLOCO 2
Durante a deformação plástica, a tensão necessária para continuar a deformar um metal aumenta
até um ponto máximo, chamado de limite de resistência à tração, no qual a tensão é o máximo
na curva tensão-deformação de engenharia. Isto corresponde à maior tensão que o material pode
resistir; se esta tensão for aplicada e mantida, o resultado será a fractura. Toda a deformação até
este ponto é uniforme na seção. No entanto, após este ponto, começa a se formar uma estricção,
na qual toda a deformação subsequente está confinada e, é nesta região que ocorrerá ruptura. A
tensão que corresponde à fractura é chamada de limite de ruptura.
Assim, é possível obter o gráfico tensão-deformação, que varia conforme o material analisado.
Por exemplo, os materiais frágeis, como cerâmicas e concreto, não apresentam um limite de
escoamento. Já os materiais dúcteis, como o alumínio, apresentam o limite de escoamento bem
definido.
Na região onde a Lei de Hooke é válida (regime elástico linear) o módulo de Young pode
ser obtido pelo coeficiente angular do gráfico tensão-deformação. Para materiais cuja porção
inicial elástica da curva tensão-deformação não é linear (por exemplo, ferro fundido cinzento
e concreto), não é possível determinar o módulo de Young pelo coeficiente angular. Nestes
casos, tanto o módulo tangente quanto o módulo secante são normalmente usados. Módulo
tangente é tomado como sendo a inclinação da curva tensão-deformação em um nível de
tensão específico, enquanto que o módulo secante representa a inclinação de uma secante
traçada a partir da origem até um dado ponto da curva.