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CUIABÁ-MT
MARÇO/2018
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CUIABÁ-MT
MARÇO/2018
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三人行,必有我师。
(孔子)
AGRADECIMENTOS
4
Por mais que este seja um trabalho individual, várias foram as pessoas que me
ajudaram a tornar ele possível, de vários modos.
Meus pais, que me deram condições para que eu pudesse me dedicar à produção deste,
acreditando em mim. Meus amigos, que me deram apoio e me deram dicas sempre que precisei.
Ao meu orientador, que me deu a oportunidade de trabalhar com um assunto que tive
interesse desde o começo do curso, e por me indicar à um estágio em empresa do ramo, o que
me deu muito mais tato para entender o concreto.
5
RESUMO
ABSTRACT
Reinforced concrete is the most used structural system in Brazil, due to several
reasons, such as cheap raw material, ease of use and molding in a variety of ways, among others.
In order to guarantee its quality it is imperative that the concrete, besides the design
specifications, such as fck and abatement, also have an adequate technological control, through
the mixing design study, combined with the innovations such as additions and additives.
Concrete dosage is defined as the process by which materials are chosen from among those
available at appropriate prices, and the best proportion between cement, aggregates, additives
and additions is determined, in order to obtain a material that meets to certain physical, chemical
and mechanical requirements at the lowest possible cost. However, the Brazilian civil
construction industry has been both traditional and conservative, absorbing more slowly the
innovations that can contribute to the greater effectiveness of the companies in the sector. As a
contribution for this scenario to change, bringing more modernization, this work presents the
development of a spreadsheet that facilitates the concrete mixing design study process, which
is based on the IBRACON method. At the end of its development, a spreadsheet is presented
which, in addition to the data related to the dosage study process, will also have useful data for
those who use it, both in the laboratory and on the construction site. To test and prove the
calculations implemented in the spreadsheet, dosing studies were done with two different
combinations of concrete.
LISTA DE FIGURAS
Figura 3 - Alteração das imagens ............................... Erro! Indicador não definido. Excluído: 34
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 11
6 CONCLUSÕES............................................................................................. 43 Excluído: 41
1 INTRODUÇÃO
Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT), e adaptado pela Politécnica de São Paulo
(EPUSP). Mais recentemente, o método foi atualizado pelos professores Tutikian e Helene
(2011), renomeando-o para “método IBRACON”. Comentado [OFN6]: De onde saiu essa afirmação?
1.1 Tema
Com base nestas duas considerações, indica-se a seguir um resumo das delimitações: Comentado [OFN9]: Retirar e passer direto do paragrafo
superior (citado já) para as limitações…
• Resistência entre 20 e 80 MPa; Comentado [VV10]: Antes estava 60, mas como em um
teste passou deste valor, consider-lo aqui
• Abatimento entre 100 e 140 mm;
• Composições do concreto de:
o até dois agregados graúdos;
o até dois agregados miúdos Comentado [OFN11]: Retirar…
1.5 Justificativa
Além disso, facilitar o estudo de dosagem do concreto possibilita que o tempo gasto
possa ser melhor despendido, por exemplo, testando novos aditivos e adições disponíveis no
mercado, contribuindo para que a indústria da construção civil brasileira, tida como tradicional
e conservadora (NASCIMENTO e SANTOS, 2003), possa se desenvolver e agregar cada vez
mais as tecnologias disponíveis.
Por fim, o fato de que o desenvolvimento desta planilha será documentado, de forma
que se saiba como ela foi desenvolvida e o raciocínio seguido para seu desenvolvimento, o que
14
nem sempre ocorre nas planilhas desenvolvidas por profissionais da área que implementam a
planilha de acordo com a necessidade, o que pode gerar inconsistências de cálculo.
1.6 Problema
Que dados a planilha eletrônica precisa apresentar para que supra as necessidades de
profissionais e empresas do ramo? Qual o nível de conhecimento do operador que precisa ser
considerado para a elaboração da planilha? Comentado [OFN16]: NA VERDADE O PROBLEMA NESSE
CASO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO COM A FALTA DE
FERRAMENTAS PARA A ELABORAÇÃO DE TRAÇOS DE
CONCRETO POR PROFISSIONAIS NÃO ESPECIALIZADOS NA
ÁREA, SENDO ESTE, NA VERDADE, A GRANDE CONTRIBUIÇÃO
1.7 Hipóteses SOCIAL QUE ESTAMOS DANDO.
Como citado por Neville (2016) e Mehta e Monteiro (2008), inicialmente os agregados
eram tratados como materiais baratos e inertes que serviam para produzir maiores volumes de
concreto, diminuindo os custos. Porém, atualmente sabe-se que, além da questão econômica,
os agregados possuem funções importantes na constituição do concreto, além de não serem
completamente inertes, uma vez conhecido que as propriedades físicas, térmicas e químicas
podem influenciar no desempenho do concreto.
Para a composição do concreto são utilizados valores entre 60% e 75% em volume
com agregados graúdos e miúdos, sendo que a norma ABNT NBR 7211/09 os define como: Comentado [OFN19]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
• “Agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha
de 4,75 mm [...]”; e
• “Agregado graúdo: Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm [...]”.
Comentado [OFN20]: SEGUNDO FULANO, A ESCOLHA
A escolha dos agregados a serem utilizados na composição do concreto deve-se basear DOS AGREGADOS…..
na verificação de certas características do mesmo, as quais são resumidas na Tabela 1. Formatado: Fonte:
Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Excluído: Tabela 1
16
Fonte: Kosmatka et al, 2003 (adaptado). Comentado [VV21]: Remover? afinal se eu colocar isso
sobre os agregados, deveria por para todos os outros
também.
Comentado [OFN22R21]: NÃO NECESSARIAMENTE.
3.2 Cimento Portland PODE DEIXAR
O cimento Portland, ao entrar em contato com a água, sofre reações químicas que,
inicialmente, produzem uma pasta com propriedades adesivas, com capacidade de “colar”
agregados entre si. Continuando as reações, esta pasta enrijece e endurece, originando um
produto que se assimila a rochas. Comentado [OFN23]: DUAS COISAS AQUI:
1 – INICIAR O PARAGRAFO COM A DEFINIÇÃO DESTE
Para a produção do cimento, é preciso quantidades apropriadas de óxidos de cálcio, MATERIAL, ASSIM COMO FEZ NOS AGREGADOS E CITAR.
2 – DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
sílica, alumínio e ferro. Para tal, normalmente utiliza-se materiais com presença de carbonato Excluído: alumin
de cálcio, como pedras calcárias, e materiais argilosos, que fornecem os silicatos e aluminatos. Excluído: a
O ferro é fornecido com a adição de minérios de ferro, com a bauxita. Estes materiais são então Comentado [OFN24]: NORMALMENTE O FERRO ADVEM
DA PROPRIA ARGILA QUE CONTEM ESSES ELEMENTOS.
moídos e misturados. Comentado [OFN25]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
17
No Brasil, são oferecidos no mercado seis tipos de cimento e duas variações, como
apresentado Tabela 2: Comentado [OFN28]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Tabela 2 - Tipos de cimento. Excluído: Tabela 2
3.3 Água
Neville e Brooks (2013) apontam que a água adequada para amassamento, também é
adequada para a cura.
3.4 Aditivos
Kosmatkta et al (2003) aponta quatro razões para justificar o uso de aditivos, que são:
(1) reduzir custos da produção de concreto, (2) alcançar certas propriedades do concreto mais
eficientemente do que de outras maneiras, (3) manter a qualidade do concreto durante os
estágios de mistura, transporte, lançamento, cura e condições climáticas adversas e (4) controlar Comentado [OFN34]: NÃO SERIA “EM”???
O autor ainda aponta que a efetividade do aditivo depende de características como tipo,
marca e compatibilidade com o cimento. Para tanto, é necessário o estudo de dosagem antes da
utilização do aditivo na obra, além de ensaios sem o uso do aditivo, por efeito de comparação.
O estudo de dosagem com aditivos também é utilizado para verificar a compatibilidade entre
dois aditivos.
A Tabela 3 apresenta os aditivos descritos pela NBR 11768/11. Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
Excluído: Tabela 3
20
para a produção de concretos. Entre essas vantagens, pode-se citar o menor calor de hidratação, Excluído: ,
Comentado [OFN41]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
maior resistência final e durabilidade (MEHTA e MONTEIRO, 2008).
21
3.6 Concreto
O início do uso do concreto provavelmente ocorreu no império romano, para a Comentado [OFN42]: FORMA RUDIMENTAR DE
CONCRETO
construção de obras portuárias, utilizando cimento constituído de pozolanas naturais ou obtidas
pela moagem de tijolos calcinados. A queda do império romano levou a civilização de volta às
áreas rurais, e ao desuso do concreto. Comentado [OFN43]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Ainda segundo Fusco (2008), o concreto estrutural é aquele composto de concreto Excluído: S
simples e armadura. O concreto, um material compósito, é formado por uma pasta de cimento,
em que se adiciona agregados miúdos e graúdos. A baixa resistência do concreto comum é Comentado [OFN45]: ??????
contornada pelo uso de armaduras de aço, adequadamente dispostas ao longo da peça estrutural.
Depois que endurece, o concreto e a armadura passam a trabalhar solidariamente, ou seja, não
existe escorregamento relativo entre eles. Comentado [OFN46]: CONTINUA SENDO TEXTO DO
FUSCO?
Logo após a mistura do concreto, este apresenta estado plástico, permitindo que seja
facilmente transportado, lançado e moldado. Mas, para isso, é necessário que o concreto tenha
boa trabalhabilidade (NEVILLE e BROOKS, 2013).
Esta propriedade é diretamente afetada por diversos fatores, dentre eles, a dosagem de Excluído: como
água e cimento e a características dos aditivos e adições. É importante saber que a Excluído: , e
trabalhabilidade ideal para um concreto, pode não ser para outro, dependendo da peça que será
moldada, do método de adensamento (manual ou por vibradores), entre outros. Comentado [OFN48]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
A avaliação básica de trabalhabilidade no Brasil é preconizada pela NBR NM 67/98, Excluído: Sua medição é normatizada
ensaio do abatimento de tronco de cone, mas já existem outros métodos para a medição, como Excluído: pelo
o ensaio de Vebe.
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pois a maior parte dos elementos de concreto tiram vantagem desta propriedade. Em situações Excluído: resistência
Esse ensaio é normatizado no Brasil pela NBR 5738/15, que trata da moldagem e cura
do corpo de prova, e pela NBR 5739/07, que trata do ensaio de compressão. Ele deve sempre Comentado [OFN50]: ACHO QUE TEVE REVISÃO, OLHAR.
ser feito com corpos de prova com idade de 28 dias, pois essa idade é aceita como um índice
geral da resistência do concreto, sendo os projetos estruturais baseados neste valor. Comentado [OFN51]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Vários são os fatores que podem influenciar a resistência do concreto, muitos podendo
ser analisados através de um estudo de dosagem, como as características dos materiais
empregados, a relação água/cimento e quantidade de ar incorporado. Outros fatores dependem
do controle em obra, como a cura, o transporte e o lançamento. Por fim, ainda há os fatores
envolvidos na vida útil do material, como tipo de carregamento e fadiga. Comentado [OFN52]: 1-DE ONDE SAIU ESSA
AFIRMAÇÃO?
A NBR 8953/15 classifica os concretos pela massa específica, pela resistência e pela 2-FICOU MEIO SOLTO DEMAIS ESSE PARAGRAFO, NÃO
ENTENDI A NECESSIDADE DELE
consistência. Para a massa específica, atribui as siglas “C” para concreto normal, com massa
específica entre 2000 kg/m³ e 2800 kg/m³, “CL” para concreto leve, com massa específica
inferior à do normal e “CD” para concreto denso, com massa específica superior à do normal.
Para a resistência, separa-se em dois grupos, sendo o primeiro para resistência entre 20 MPa e Excluído: ¶
Para que o concreto a ser utilizado em uma obra atenda tanto os requisitos de projeto
(resistência mecânica) quanto os requisitos construtivos (slump), é necessário um estudo de Comentado [OFN54]: NÃO SOMENTE SLUMP COMO
REQUISITO CONSTRUTIVO. REVISAR FONTE.
dosagem com os materiais disponíveis, para que a proporção entre eles produza tal concreto.
Comentado [OFN55]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Dessa forma, como afirmado por Mehta e Monteiro (2008), o processo de dosagem
equilibra os diversos requisitos conflitantes na interação dos materiais que compõem o
concreto, ou seja, ainda nas palavras dos mesmos autores, “a dosagem do concreto é o processo
de obtenção da combinação correta de cimento, agregados, água, adições e aditivos”.
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Portanto, pode-se afirmar que os estudos feitos sobre tais interações foram de grande
importância para a o desenvolvimento dos métodos atuais de dosagem. Entre tais estudos, pode-
se citar o da importância da quantidade de água de amassamento, iniciado por Luis J. Vicat em
Comentado [OFN56]: A PUBLICAÇÃO QUE CULMINOU FOI
1828, e que culminou na publicação de Duff A. Abrams em 1918, que apresentou a uma relação FEITA ANTES DOS ESTUDOS INICIADOS?????
entre a resistência do concreto e o fator água/cimento. Outra contribuição foi a feita por Inge
Lyse, que apresentou que a relação entre a massa de água por unidade de volume do concreto
Comentado [OFN57]: FALAR TAMBEM SOBRE A LEI DE
determina a consistência do concreto fresco. KIRILOS…M X C
O estudo de dosagem de concreto pode ser baseado em métodos empíricos, isto é, Comentado [OFN58]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Comentado [VV59]: Escrever de maneira mais completa
baseados na experiência ou na tradição do executor, ou baseados em métodos racionais e
Comentado [OFN60]: ????????
experimentais, que demandam conhecimentos específicos e trabalhos prévios em laboratório
para conhecimento dos materiais à serem utilizados na produção do concreto, sejam de forma
individual, seja a interação entre eles. Comentado [OFN61]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
Segundo a NBR 12655/2006, concretos de classe C10, com consumo mínimo de 300
kg de cimento por metro cúbico de concreto, o qual não possui requisitos muito exigentes, a
dosagem empírica pode ser usada sem grandes problemas. Mas eu outros casos, principalmente
onde se prevê características como alta resistência e exímia fluidez sem segregação, é
necessário um rígido controle, fazendo-se então o estudo de dosagem por métodos racionais. Comentado [OFN62]: DE ONDE SAIU ESSA AFIRMAÇÃO?
No Brasil, esse estudo teve início na instalação que hoje atende pelo nome de Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) (HELENE e TERZIAN, 1992). A partir
de então, foram várias as propostas sobre formas de proporcionamento dos materiais que
compõem o concreto.
6.1 Método ABCP/ACI: Adaptação do método americano (ACI 211.1-81) para a Comentado [OFN63]: ??????? QUE NUMERAÇÃO É ESSA
1. Exigências de projeto;
2. Condições de exposição e operação;
3. Tipo de agregado disponível economicamente;
4. Técnicas de execução; e
5. Custo.
Ainda segundo os mesmos autores, além das condições, o autor também lista sete Excluído: A
Os autores do método IBRACON apontam que este busca a melhor proporção entre
os agregados disponíveis consumindo a menor quantidade de água para o abatimento requerido,
considerando a proporção de aglomerante, cimento e adições, na proporção total, o que é
bastante relevante, considerando que os cimentos atuais possuem muitas adições incorporadas.
Afirmam também que o parâmetro mais importante para o método é o fator água/cimento.
autores explicam que não para todos, pois há certas limitações. Estas limitações são as listadas
a seguir:
Estabelecer a resistência média que se deseja alcançar na idade especificada, resistência de dosagem
(consultar ABNT NBR 12655/06).
Escolher como mínimo três diferentes traços em massa seca de cimento: agregados que contenham
ou estejam próximos ao traço resposta pretendido.
Misturar em laboratório o traço intermediário (1:m), com base na busca do traço ideal entre cimento,
adições, agregados miúdos, agregados graúdos e aditivos, para lograr uma trabalhabilidade
especificada, ou seja, um abatimento constante. Para produzir o primeiro traço em laboratório, variar
o conteúdo de argamassa seca em massa, começando com α = 30% e subindo esse conteúdo de 2%
em 2% até encontrar o ponto ótimo por meio de observações visuais do traço. O acerto do teor de
argamassa seca nada mais é do que substituir gradativamente o agregado graúdo pelo miúdo, sem
interferir no consumo de cimento. Obtido o conteúdo de argamassa seca ideal, por exemplo α=50%,
moldar os corpos-de-prova para os ensaios em concreto endurecido.
Misturar os demais traços para verificar o mesmo batimento com distintas relações a/c, mantendo
fixo α e H do traço intermediário otimizado anteriormente. Recomendam-se os traços (m±1) ou
(m±0,5) nos casos correntes. Nos casos de concreto de alta resistência, esse intervalo deve ser menor,
da ordem de (m±0,4). Moldar os corpos de prova para os ensaios em concreto endurecido.
Obter o traço otimizado a partir do diagrama de dosagem entrando com a resistência média requerida
ou outra propriedade ou requisito desejado.
Opcional: para o caso de certas pesquisas, é aconselhável confeccionar pelo menos dois traços a mais
(um muito mais rico e outro muito mais pobre) com a mesma relação a/c do traço intermediário.
Fonte: Tutikian e Helene, 2011 (adaptado).
Onde:
γ = Massa específica do concreto, em kg/m³;
a/c = Relação água cimento em massa em kg/kg;
a = Relação agregado miúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
p = Relação agregado graúdo seco/cimento em massa em kg/kg;
m = a + p.
O conceito de “família”, apresentado na Figura 1, faz relação às características únicas Formatado: Fonte: Não Itálico, Verificar ortografia e
gramática
do concreto em estudo, que é constituído pelo mesmo cimento (tipo e classe), adições minerais,
Excluído: Figura 1
equipamentos, e manutenção das demais variabilidades e materiais sobre controle.
Os ajustes podem ser feitos pelo método dos mínimos quadrados. Porém é importante
a análise de desvio-padrão do processo, que pode apontar à problemas durante a produção,
causando grande variabilidade nos ensaios. Quanto maior a variabilidade, mais se aumenta o
valor de fcm, para que valor de fck não seja prejudicado, mas causando aumento nos custos de
produção (TUTIKIAN e HELENE, 2011).
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É importante lembrar que para utilização do eixo das resistências, a norma NBR
12655/15 estabelece que a resistência de dosagem é função da resistência característica, na
equação:
Os autores do método apresentam ainda que ele pode ser utilizado praticamente de
forma integral para os mais diversos concretos especiais produzidos atualmente, havendo
apenas cuidados para manter as características desejadas ao concreto, como baixo consumo de
cimento e relação a/c para concretos de alta resistência, ou então uso de métodos de avaliação
específicos, como no caso do concreto autoadensável.
29
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Soma-se ao programa uma linguagem de programação, Visual Basic for Applications Excluído: chamada
(VBA), a qual aumenta ainda mais as possibilidades do programa com os chamados “macros”,
que automatizam tarefas repetitivas.
para gerar alguns dos gráficos apresentados neste trabalho. O uso deste programa se justifica
pelo fato de ser de mais simples operação na geração de gráficos, o que facilitou também a
verificação de algumas funções implementadas na planilha elaborada através do programa
30
Microsoft Excel.
a necessidade da troca de material, que poderia vir a prejudicar a análise dos dados.
3.3 Equipamentos
Para a produção dos concretos, foi utilizada uma betoneira estacionária com
31
Para as rupturas, foi utilizada uma prensa hidráulica com indicador digital,
devidamente calibrada. A prensa é apresentada na Figura 5. Excluído: Figura 3
3.4 Traços
Para a verificação da facilidade de uso da planilha, esta será testada para as seguintes
combinações:
• dois agregados graúdos, um agregado miúdo, nenhum aditivo e nenhuma Excluído: graúdo
adição; e
• dois agregados graúdos, um agregado miúdo, um aditivo e nenhuma adição. Excluído: graúdo
Foi decidido trabalhar unicamente com uma combinação de dois agregados graúdos tendo em
vista a variedade de trabalhos já elaborados que trabalham com um agregado. Outras
combinações foram desconsideradas, como, por exemplo, dois aditivos e uma adição e um
aditivo e duas adições, devido ao trabalho excessivo que essa combinação pode proporcionar. Comentado [OFN73]: REITIRAR. TEMOS QUE JUSTIFICAR
O QUE FOI FEITO, NÃO O QUE NÃO FOI FEITO
Para cada combinação, serão feitas 7 variações do valor “m” para a elaboração do
gráfico. Posteriormente, serão testados os pontos médios das resistências de cada um destes
“m”, com os as quantidades de cada material sendo fornecidas pela planilha, com base no
gráfico, para a comprovação do método.
32
Para este trabalho não será utilizada a nomenclatura de mais pobre e mais rico, pois
serão utilizados 7 traços para a constituição de uma mesma família, podendo confundir o leitor.
Portanto os traços serão simplesmente nomeados pelo valor “m” em que serão baseados.
Para a rodagem dos traços, os materiais foram separados previamente a rodagem de Comentado [OFN75]:
acordo com a quantidade especificada na planilha, com quantidade medida em peso, exceto
pelos aditivos, que foi em volume, observando que foi utilizada a densidade apresentada pelo
fabricante. Foi estipulado iniciar as rodagens dos traços considerando 50% de argamassa, sendo
também separado as quantidades adicionais para até 52%.
Quanto ao tempo de rodagem, a NBR 12655/06 apresenta que deve ser dentro de um
tempo mínimo de 60 segundos, acrescidos de 15 segundos para cada metro cúbico de
capacidade nominal da betoneira. Comentado [VV76]: Qual o tempo máximo?
dentro do aceitável, continua-se o ensaio, caso não se continua com a dosagem de água ou
argamassa. Em ambos os casos, o tronco é retornado à betoneira e rodado para voltar a
uniformidade. Comentado [VV77]: Não pode
Por fim, o concreto utilizado para a pesagem no molde para densidade é retornado à
betoneira, fazendo-se uma última uniformização para então preencher os moldes de 10x20 que
moldarão os corpos de prova para ruptura a compressão.
A moldagem e cura de corpos de prova foi feita seguindo a norma ABNT NBR
5738/03. Os moldes, apoiados em uma superfície plana, são primeiramente imprimados com
uma película de óleo mineral. O concreto é introduzido em duas camadas, cada uma adensada
com 12 golpes, utilizando uma haste metálica. Após a moldagem, o concreto permanece no
molde pelo período de aproximadamente 24 horas, para a cura inicial, mantidos em local
protegido de intempéries. Após as 24 horas, os corpos de prova são desmoldados e colocados
em um tanque d’água.
Findada a rodagem, os equipamentos são todos limpos, tanto para uma rodagem de
outro traço em sequência quanto para guarda-los.
cura dos corpos de prova. Dessa forma o sistema acusa quais são os corpos de prova que devem
ser rompidos no dia, não ocorrendo então o esquecimento do dia de ruptura de algum corpo de
prova.
34
Chegado o dia de ruptura do corpo de prova, este é retirado do tanque e posto para
secar. Caso constatado imperfeições na superfície, tendo em vista os equipamentos disponíveis,
os corpos seriam faceados, e não capeados. Após este primeiro tratamento, foi seguido os passos Comentado [VV78]: Falar isso? Falar que não foi
necessário?
descritos na NBR 5739/07, que trata do ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos.
Comentado [VV79R78]: Não precisa falar que não
precisou de capeamento aqui pq eu vou falar no tópico 5:
A ruptura dos corpos de prova foi feita em equipamento assim como descrito no tópico Ensaios
3.3. A prensa foi configurada para mostrar o valor máximo de compressão, assim é constatado
o valor máximo que o corpo de prova resistiu. Este valor e também o tipo de ruptura, dentre os
apresentados no anexo A da NBR 5739/07 foram anotados na planilha.
4.1 Funcionamento
A planilha trabalha com base nos dados fornecidos pelo usuário, ou seja, não terá
nenhuma informação pré-definida. Estes dados serão preenchidos em formulários, como o
35
Em contatos feitos com profissionais da área e nas pesquisas publicadas, é sabido que
esta não é a primeira tentativa de uma planilha do gênero. Porém, muitos profissionais acabam
desenvolvendo a planilha por necessidade, em outras palavras, não há controle do fluxo de
informações que ocorre na planilha, o que pode interferir em novas implementações,
ocasionando erros que não se sabe onde pode ser a origem, por exemplo, e na rapidez do
processo, e com esta planilha há este controle, como apresentado nos fluxogramas.
Para a efetividade da planilha foi preciso também verificar a consistência dos gráficos
que ela produz, o qual pode-se concluir que foi satisfatório com os testes de comprovação
realizados. Mas é importante ver que a diferença entre os M’s consecutivos foi bem pequena, o
que fez gerar um gráfico mais preciso, mas é esperado menor precisão no caso de valores mais
distantes.
são as seguintes:
• Informações da obra;
• Critérios do estudo de dosagem;
• Informações dos materiais.
referência para a rodagem dos concretos para o estudo. Nesta planilha contém as informações
dos materiais que serão usados e a quantidade que deverá ser adicionada à betoneira de cada
um deles, em quantidades totais e em quantidades adicionais em relação à porcentagem de
argamassa imediatamente anterior.
A planilha de campo foi pensada para ser utilizado tanto a frente quanto o verso da
folha. Na página frontal constam as informações das quantidades dos materiais que comporão
o concreto, e no verso as informações relativas ao concreto rodado.
Por fim, estará liberado ao usuário a aba “Resultado” também. Nesta aba é possível
selecionar qual a característica desejada ao concreto e inseri-la, para então apresentar qual será
o traço previsto para que tal característica seja alcançada.
Devido à quantidade de funções e a interação entre elas, as células que não são para o
preenchimento do usuário são bloqueadas, para que não sejam feitas alterações que
comprometam o funcionamento da planilha. Além do bloqueio das células, há também o
bloqueio de qualquer tipo de formatação e alteração da planilha, como, por exemplo, a inserção
ou exclusão de linhas e colunas.
Tal bloqueio, porém, acaba impossibilitando a inserção de imagens, função que pode
ser de interesse de alguns usuários. Uma forma encontrada para contornar essa limitação foi a
pré inserção de imagens, as quais podem ser alteradas, como demonstrado na Erro! Fonte de
referência não encontrada.. Excluído: Figura 3
O anexo X deste trabalho apresenta o fluxograma de funcionamento da planilha, Comentado [VV81]: Colocar referência cruzada
mostrando a dependência de cada um dos dados utilizados pela planilha, e como este dado é
utilizado nos cálculos.
• Informações de controle:
o Cliente, obra e local;
o Número de registro;
o Observações.
• Critérios do estudo de dosagem:
o Slump desejado;
o Resistência desejada aos 28 dias;
o Número de traços e o “m” de cada traço;
o Quantidade de corpos de prova por traço e idades de ruptura;
o Quantidade de agregados e se será feito ensaio de compacidade;
o Quantidade de aditivos e adições;
38
Com estes dados inseridos, a planilha poderá produzir dados para o desenvolvimento
do estudo e, ao final, um relatório analítico. Todas estas informações, produzidas pela planilha
após trabalhar com os dados inseridos, são listadas a seguir:
4.2 Interface
A planilha foi pensada para ser fácil de usar, tentando ao máximo tornar intuitivo o
que se deve fazer em cada etapa.
40
Toda a planilha é visualmente adaptada para folhas de tamanho A4, o que facilitará
para o usuário a impressão de alguma página, quando for necessário. Quanto ao esquema de
cada página, este foi pensado para ser o mais similar possível, tornando assim familiar ao
usuário.
Também foi utilizado um esquema de cores para que o usuário entenda qual célula da
página deverá ser preenchida por ele, utilizando a cor azul para células de preenchimento
obrigatório e a cor verde para células de preenchimento opcional. A cor cinza foi utilizada para
nomear as caixas de preenchimento. Comentado [VV82]: Escrever melhor
4.3 Comandos
relação entre os quadrantes no sentido horário, tendo início no eixo “fcj” (vide Figura 7), Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman
considerando sempre o primeiro eixo de cada quadrante como o eixo x, e o segundo como eixo Excluído: Figura 4
Considerando dessa forma, atribui-se uma equação f(x) para cada quadrante, e,
sabendo o valor de x, encontra-se o valor de y, determinando assim todas as características
tendo como base um valor inicial de resistência.
Para a definição das curvas, a primeira versão da planilha contava com um método de
interpolação, visando obter um gráfico o qual a curva passe exatamente por todos os pontos. O
Comentado [VV84]: Explicar como funciona?
método utilizado para encontrar esta curva é uma adaptação da interpolação de Lagrange, Formatado: Normal, À esquerda, Espaço Antes: 6 pt,
Sem controle de linhas órfãs/viúvas, Não manter com o
denominada quocientes de determinantes (Pinheiro, 2003).
próximo
Figura 8 apresenta um exemplo com 7 pontos, sendo a equação f1(x) obtida pelo Excluído: Figura 5
De acordo com Ruggiero (ano), ajustes de curva são mais adequados quando os valores Comentado [VV85]: Verificar ano
são resultados de algum experimento físico ou pesquisa, devidos aos erros inerentes que, em
geral, são imprevisíveis, sendo aconselhável encontrar uma “boa aproximação” para os valores
tabelados.
Dessa forma, a versão final da planilha conta com cálculos do método dos mínimos
quadrados, com aproximação para uma equação de segundo grau para a relação entre resistência
e fator água/cimento, aproximação para equação do primeiro grau para a relação entre o fator
água/cimento e m (assim como na lei de Lyse). Comentado [VV86]: Falta falar da relação entre consume
de cimento e M
Observa-se que foi preferível aproximar as relações para equações de segundo grau,
ao invés das sugeridas pelas leis clássicas. Comentado [VV87]: Por que?
4.5 Limitações
Para o funcionamento da tabela, é sugerido na mesma que não sejam utilizados valores Formatado: Fonte: (Padrão) Times New Roman,
(asiático) Chinês (República Popular da China)
fora do intervalo dos resultados dos ensaios. Exemplificando com o gráfico da Figura 8, a tabela
Excluído: Figura 5
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acusaria extrapolação caso fosse requisitado um traço com resistências menores que 15 Mpa ou
maiores que 35 Mpa.
rodados os traços. As rodagens ocorrem nos dias XXXX e XXXX para o traço sem aditivos ou
adições e nos dias XXXx e XXX para o traço com um aditivo.
Para as informações completas dos traços, conferir anexo X, o qual foi gerado pela
planilha desenvolvida neste trabalho.
Durante a época de rodagem, o clima estava chuvoso, dessa forma teve de ser usado
uma placa de madeira para cobrir os corpos de prova durante o tempo de cura, para que a chuva
não danificasse de alguma forma.
Findada a rodagem dos traços iniciais, obteve-se as seguintes curvas, e destas foram
retirados os traços para a resistência média entre as resistências representativas de dois M’s
consecutivos.
Vale mencionar que a finalidade deste trabalho não é comprovar o método, assunto o
qual já foi tema de vários trabalhos. Este passo se deve unicamente a verificação de que a curva
gerada pela planilha pode ser utilizada. Comentado [VV89]: Reescrever de maneira melhor
Sendo que o traço apresentado para a resistência média já apresenta a quantidade exata
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de todos os materiais para constituir o concreto, não foi necessário o teste de um teor de
argamasse ideal ou de uma quantidade ideal de água. Dessa forma pode até se dizer que a
verificação do slump não é necessária, pois esta medida não será controlada, mas ainda assim
foi feita, confirmando que o requisito de 12 ± 2 mm foi atendido.
6 CONCLUSÕES
Em contatos feitos com profissionais da área e nas pesquisas publicadas, é sabido que
esta não é a primeira tentativa de uma planilha do gênero. Porém, muitos profissionais acabam
desenvolvendo a planilha por necessidade, em outras palavras, não há controle do fluxo de
informações que ocorre na planilha, o que pode interferir em novas implementações,
ocasionando erros que não se sabe onde pode ser a origem, por exemplo, e na rapidez do
processo, e com esta planilha há este controle, como apresentado nos fluxogramas.
Para a efetividade da planilha foi preciso também verificar a consistência dos gráficos
que ela produz, o qual pode-se concluir que foi satisfatório com os testes de comprovação
realizados. Mas é importante ver que a diferença entre os M’s consecutivos foi bem pequena, o
que fez gerar um gráfico mais preciso, mas é esperado menor precisão no caso de valores mais
distantes.
Fonte: Própria
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Fonte: Própria
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REFERÊNCIAS