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IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
Danilo Corrêa de Oliveira, Ed Maciel Andrade Rodrigues, José Sérgio Lopes Teixeira, Daiana Elias
Rodrigues
Resumo
A transmissão vertical (TV) do HIV é responsável pela maioria dos casos de AIDS no
Brasil e no Mundo. Atualmente, o Ministério da Saúde protocoliza a profilaxia da TV.
Evidenciamos, nesse artigo o relato do sucesso dessa profilaxia em lactente, sexo
feminino, acompanhada ambulatorialmente. Damos enfoque às características
semiológicas da anamnese e do exame físico, evidenciando a necessidade de os
mesmos serem completos e minuciosos, a fim de identificar a grande diversidade de
sinais e sintomas a que estão sujeitos pacientes com possibilidade de infecção pelo
HIV. Manifestações iniciais podem ser bastante inespecíficas, variando desde
completamente assintomáticas até baixo ganho de peso, hepatoesplenomegalia,
diarréia, neuropatias, febre, adenomegalia, candidíase e infecções de repetição.
Introdução
Relato de Caso
Ao exame físico: bom estado geral e fáscie atípica, corada, hidratada, anictérica,
acianótica. Dados vitais: TA: 35,9 ºC, FC: 146 bpm, FR: 48 irpm, peso: 7.700 g (0 >
Z > -1), estatura: 67,7 cm (Z = 0) e perímetro cefálico: 44 cm (0 < Z < +1), todos
mantidos no mesmo canal, no período acompanhado. Cabeça de tamanho e e
conformação normais, fontanela anterior de tamanho normal e posterior fechada. Sem
linfonodos palpáveis e oroscopia sem alterações. Apresentava tórax atípico, sem
alteração nos aparelhos cardiovascular (BNRNF em 2T, sem sopro) e respiratório
(MVF sem RA). Abdome globoso e atípico, (RHA audíveis e de frequência e
intensidade adequadas), timpânico, tenso por estado de choro e sem visceromegalias.
Ao exame do aparelho geniturinário, apresentava genitália feminina típica, sem
alterações, neurológico adequado para idade com perda da maioria dos reflexos
primitivos.
O caso descrito exemplifica o sucesso das medidas profiláticas para evitar a TV: a
mãe teve diagnóstico e recebeu terapia antiretroviral durante o pré-natal, recebeu AZT
peri-parto, a lactente não foi amamentada, tendo recebido zidovudina durante 4
semanas e sulfametoxazol-trimetropim até a confirmação das cargas virais negativas.
Conclusão
Pelos fatores citados, o presente artigo busca, com o relato de caso exposto,
exemplificar a abordagem de um caso de possibilidade de TV do HIV. Assim,
evidenciando a importância da anamnese na identificação de fatores de risco, dos
exames de sorologia no pré-natal para um eventual descobrimento de infecção, bem
como da orientação da profilaxia medicamentosa adequada da mãe e da lactente em
questão. Ademais, a revisão de literatura realizada busca integrar os conhecimentos
mais atuais a respeito do tema, em concordância com as protocolizações do Ministério
da Saúde.
Referências
[2] BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção da
transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais. 2017.
[3] SUCCI, RCM Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS). PRONAP-SBP, (1): 1-25,
São Paulo, 2000.
[4] SCOTT, Gwendolyn B. et al. Acquired immunodeficiency syndrome in infants. New England
Journal of Medicine, v. 310, n. 2, p. 76-81, 1984.