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CONCURSOS DIVERSOS
20 / 04 / 2016
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1. Em relação aos títulos de crédito, considere:
I. A pessoa que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de
crédito, como mandatário ou representante de outrem, obriga pessoalmente o alegado mandante, o
qual, nada obstante, terá contra quem agiu irregularmente o devido direito de regresso.
II. É válida a cláusula que autoriza o credor a emitir letra de câmbio com plena eficácia,
independentemente de aceite por parte do devedor, bem como a cláusula em que o devedor autoriza
o credor a sacar, para cobrança, letra de câmbio representativa de quantias em atraso.
III. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de
boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
IV. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços pela não correspondência
com os serviços efetivamente contratados, por vícios ou defeitos na qualidade dos serviços
prestados, devidamente comprovados, bem como por divergências nos prazos ou nos preços
ajustados.
V. A nota promissória pode ser passada à vista, a dia certo ou a tempo certo da data; a época de seu
pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida.
Resolução:
III – CORRETA - A cambial foi emitida ou aceita, ou seja, o devedor principal assinou a cambial, mesmo
estando faltando alguns dados a serem preenchidos. O credor pode completar dentro daquilo que foi
acordado entre eles. Deve o credor preencher os dados que ficaram em branco ou omissos em consonância
com o que foi acordado entre eles. E esse entendimento está sumulado pelo STF.
Súmula 387 do STF - A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo
credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
IV – CORRETA – Na duplicata:
Sacado – quem compra a mercadoria ou contrata o serviço. Principal devedor.
Sacador – emitente da duplicata, vendedor, credor.
Lei 5474 de 1968 - Art . 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por
motivo de:
I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Em regra, nas duplicatas o aceite é obrigatório, já que, antes da emissão do título, existe um acordo entre as
partes sobre a obrigação de cada um. Porém, há casos em que a lei autoriza a não aceitação do título pelo
devedor. No caso da duplicata de prestação de serviço, pode o devedor não aceitar a duplicata quando: o
serviço prestado não foi o efetivamente contratado; o serviço prestado estava com vícios ou defeitos; e não
foram cumpridos o prazo e o preço acordados.
V – CORRETA – Geralmente, nas questões sobre nota promissória é exigido pela banca o conhecimento
sobre os artigos da Lei Uniforme de Genebra (LUG), porém podemos utilizar subsidiariamente para as notas
promissórias as regras do Decreto 2.044 de 1908, no que for omisso a LUG. E, nessa questão, foi exigido do
candidato o conhecimento do Decreto.
A nota promissória pode ser passada com os seguintes vencimentos:
À vista – vence no próprio dia da emissão ou no dia em que for apresentada.
A dia certo – é aquele vencimento que ocorre em uma data específica, o emitente da nota coloca na nota que
promete pagá-la dia “tal”.
A tempo certo da data - o vencimento é estipulado por um prazo específico a partir da data de emissão. Por
exemplo: esse título vence tantos dias depois de emitido.
Esse vencimento deve ser feito de maneira que não gere dúvida, portanto, deve ser preciso e único.
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Decreto 2.044 de 1908 - Art. 55. A nota promissória pode ser passada:
I. à vista;
II. a dia certo;
III. a tempo certo da data.
Parágrafo único. A época do pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida.
Nome empresarial é o nome pelo qual o empresário se relaciona com terceiros, exercendo direitos e
contraindo obrigações. Nome empresarial é a identificação do empresário ou da sociedade
empresária.
O nome empresarial deve seguir os princípios da veracidade e o da novidade.
Veracidade é aquele em que o nome empresarial tem que condizer com a realidade da atividade
econômica (denominação) ou dos sócios que compõem a sociedade (firma).
Novidade é o princípio que garante proteção ao nome empresarial, pois um novo nome deve
distinguir-se de outro já existente. O nome empresarial deve ser diferente de qualquer outro já
registrado, tem que ser “novo”.
Resolução:
CC - Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar
designação que o distinga.
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IV. simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a
fiscalização ou para prejudicar credor, nesse caso independentemente de integrar ou não plano de
recuperação judicial.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) II e IV.
(C) I e IV.
(D) I e III.
(E) III e IV.
A falência é uma situação a que todo empresário pode estar sujeito. Porém, para alguém ter a sua
falência decretada, é preciso que se enquadre nos requisitos legais para que se possa caracterizar o
estado falimentar. Esses requisitos estão previstos no Artigo 94 da Lei 11.101 de 2005
Resolução:
I – INCORRETA – A doutrina chama essa situação de impontualidade injustificada. Ou seja, o devedor
precisa pagar sua dívida, porém ele não paga no vencimento e por isso é um impontual com suas
obrigações. Esse não pagamento não tem um motivo relevante ou uma situação que pudesse justificar tal
atraso e por isso é uma impontualidade injustificada. Não é qualquer valor de dívida que vai ensejar um
pedido de falência, é preciso que a dívida seja acima de quarenta salários mínimos e não de sessenta como
dito na questão.
II – CORRETA – A doutrina chama esse caso de execução frustrada. O devedor é executado em juízo,
porém ele se omite, não faz nada em relação a essa cobrança de execução. O devedor não paga o que deve
no processo de execução. O devedor não deposita e nem nomeia bens à penhora. Enquadrado nesses
casos pode ser decretada a falência do devedor.
III – CORRETA – Temos uma lista de situações que quando constatadas devem-se presumir que o devedor
está tentando se livrar do pagamento aos credores, essa lista está no inciso III do artigo 94 e são os
chamados pela doutrina de atos de falência. Não pode o devedor praticar esses tipos de atos, sobe pena de
ver a sua falência decretada.
A lei reconhece que esses atos de falência podem ser praticados se forem feitos dentro do que prevê o plano
de recuperação judicial.
Liquidar precipitadamente seu ativo ou usa meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamento é
considerado um ato de falência e pode ensejar a decretação da falência, a não ser que esses atos estejam
sendo feitos dentro do plano de recuperação judicial.
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Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a
fiscalização ou para prejudicar credor;
II e III corretas
O administrador da sociedade anônima possui uma série de deveres e atribuições inerentes ao cargo
que lhe foi outorgado. São deveres previstos em lei e no estatuto. Há também várias proibições
imputadas ao administrador.
Resolução:
a) CORRETA - Defeso é sinônimo de proibido. É proibido ao administrador praticar ato de liberalidade à
custa da companhia. O caput do artigo 154 nos ensina sobre a finalidade do administrador em buscar o
interesse da companhia, o bem público e a função social da empresa. Já os parágrafos do Artigo 154 nos
trazem os desvios de poder que o administrador não pode cometer. O administrador não pode fazer doações
generosas a seu bel prazer com o dinheiro da companhia.
b) CORRETA – Essa alternativa nos trouxe a proibição decorrente do dever de lealdade que cabe ao
administrador. Ao praticar tal ato ele está sendo desleal com a sociedade que lhe confia poderes de gestão
de seu negócio.
Art. 155. O administrador deve servir com lealdade à companhia e manter reserva sobre os seus negócios,
sendo-lhe vedado:
III - adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à companhia, ou que esta tencione
adquirir.
c) CORRETA – Por causa do seu cargo o administrador possui diversas informações que podem influenciar o
preço dos valores mobiliários quando divulgadas e por isso o administrador não pode se utilizar dessas
informações para obter vantagens na negociação desses valores mobiliários. É o chamado insider
trading que consiste no uso de informação interna e sigilosa para auferir vantagem, portanto, a nossa
legislação proíbe o insider trading.
Art. 155 - § 1º Cumpre, ademais, ao administrador de companhia aberta, guardar sigilo sobre qualquer
informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo e
capaz de influir de modo ponderável na cotação de valores mobiliários, sendo-lhe vedado valer-se da
informação para obter, para si ou para outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores mobiliários.
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d) CORRETA – Algum grupo ou classe de acionista pode se juntar e eleger um determinado administrador. O
administrador deve sempre atender aos interesses da companhia. Sendo o interesse da companhia contrário
ao interesse do grupo que o elegeu, ele deve seguir o da companhia.
Art. 154 - § 1º O administrador eleito por grupo ou classe de acionistas tem, para com a companhia, os
mesmos deveres que os demais, não podendo, ainda que para defesa do interesse dos que o elegeram,
faltar a esses deveres.
e) INCORRETA - A regra é a da proibição de receber vantagem pessoal de terceiros por causa do cargo.
Porém, pode haver autorização do estatuto ou da assembleia de receber essa autorização.
Resolução:
(A) Incorreta.
(B) Incorreta.
(C) Incorreta. Somente no caso de dissolução irregular.
(D) Correta. Dispõe o artigo 50 do Código Civil:
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.”
(E) Incorreta, pelo exposto na resposta à alternativa “d”.
Alternativa “d”.
Resolução:
(A) Incorreta.
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(B) Correta. A pós-datação não tem efeito cambial. Diz a jurisprudência:
“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
CHEQUE PÓS-DATADO. PRESCRIÇÃO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. Ainda que ajustado, entre emitente
e portador, data futura para pagamento do cheque, subsistem, entre aquele e o Banco sacado, as regras
cambiais que circundam o título de crédito, dentre as quais a que estabelece a prescrição da pretensão
executiva no prazo de seis meses, a partir da data de apresentação, a qual conta-se da data da emissão do
título. O cheque pós-datado faz exsurgir relação meramente obrigacional entre emitente e portador, a qual
não tem o efeito de alterar a relação cambial entre emitente e banco sacado, nem de modificar a rigidez
cambial do título. Mantida a sentença que reconheceu a prescrição cambial dos títulos, indeferindo a inicial
da execução. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (TJRS; AC 70022351175; Passo Fundo;
Décima Oitava Câmara Cível; Rel. Des. Pedro Celso Dal Prá; Julg. 13/12/2007; DOERS 07/01/2008; Pág.
49)”
(C) Incorreta, conforme jurisprudência:
“RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Cheque pós datado
apresentado antes da data avençada. Dano moral configurado. Sentença mantida por seus próprios
fundamentos. Não obstante a natureza do cheque ser uma ordem de pagamento à vista, a prática no
comércio brasileiro é reiterada dos chamados "pré-datados". A aceitação por parte dos contratantes, na
utilização da forma de pagamento mediante emissão de cheques pós-datados, significa ajuste dos termos
estabelecidos em comum acordo entre as partes, que deverão ser respeitados na sua totalidade, mormente
em se considerando o princípio da boa-fé. Assim, aquele que não cumprir o acordado e deposita o cheque
antes da data aprazada, dando azo a devolução da cártula, causa danos de ordem não patrimonial, dando
ensejo à pretensão de natureza indenizatória. (...) (TJSC; Rec. 2009.501190-2; Quinta Turma de Recursos
Cíveis e Criminais; Rel. Juiz Antônio Zoldan da Viega; DJSC 26/04/2010; Pág. 585)”
(D) Incorreta. Vide resposta à alternativa “b”.
(E) Incorreta. O cheque é uma ordem de pagamento à vista.
Alternativa “b”.
Resolução:
I. Incorreta. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência. No caso de débito fiscal, a responsabilidade depende dos dispositivos do artigo 133 do Código
Tributário Nacional em que a situação estiver enquadrada.
II. Correta.
III. Correta. Caput do artigo 1.147 do Código Civil:
“Art. 1147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência
ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.”
Alternativa “e”.
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multa a 10% mensais, em qualquer caso.
(C) os juros remuneratórios obedecem ao limite de uma taxa diária do Banco Central, bem como a
comissão de permanência; a multa moratória não pode ultrapassar 2% mensais, nas relações de
consumo.
(D) os juros remuneratórios são limitados a 1% ao mês, bem como a comissão de permanência, com
multa moratória de 2% mensais nas relações de consumo.
(E) os juros remuneratórios são livres, é potestativa a comissão de permanência, que não pode ser
cobrada, e a multa moratória limita-se em qualquer caso a 2% mensais.
Resolução:
A taxa de juros remuneratórios é livre:
“(...) Juros remuneratórios livres para os bancos, devidos nas taxas previamente informadas ao consumidor
(artigo 46 do CDC), sob pena de limitação dos mesmos em 1% ao mês. (...) (TJSP; APL 990.10.078510-9;
Ac. 4446572; São José do Rio Preto; Vigésima Terceira Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Rizzatto
Nunes; Julg. 07/04/2010; DJESP 17/05/2010)”
A comissão de permanência é limitada à taxa de juros contratada, de acordo com a jurisprudência:
“(...) Comissão de permanência que é lícita, no período da inadimplência, desde que não cumulada com a
correção monetária (Súmula nº 30, do STJ), nem com juros remuneratórios, calculada pela taxa média de
mercado, apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato (Súmulas nºs 294 e 296, também
do STJ). (...) (TJSP; APL 990.09.330620-4; Ac. 4447945; Presidente Epitácio; Décima Sétima Câmara de
Direito Privado; Rel. Des. Térsio José Negrato; Julg. 07/04/2010; DJESP 17/05/2010)”
A multa moratória não pode ultrapassar 2%, com fundamento no artigo 52, § 1º, do Código de Defesa do
Consumidor, por haver relação de consumo:
“§ 1º As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo não poderão ser
superiores a 2% do valor da prestação. (Parágrafo com redação determinada na Lei nº 9.298, de 1.8.1996,
DOU 2.8.1996)”
Alternativa “a”.
Resolução:
I. Correta. Artigo 887 do Código Civil:
“Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.”
II. Incorreta. Artigo 888 do Código Civil:
“Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não
implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.”
III. Incorreta. Artigo 897 do Código Civil:
“Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser
garantido por aval.
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Parágrafo único. É vedado o aval parcial.”
Alternativa “c”.
Resolução:
(A) Incorreta. A prestação de serviços automotivos e de comercialização de pneus caracteriza-se
como atividade empresária, portanto, o seu ato constitutivo e demais atos societários devem ser
registrados no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, nos termos dos
artigos 982, 984 e 1.150 do Código Civil.
(B) Incorreta. Por se tratar de sociedade de advogados, seus atos societários devem ser arquivados
na Ordem dos Advogados do Brasil, nos termos do artigo 15, § 1º. da Lei 8.906, de 04 de julho de 1994.
(C) Correta. Nos termos do art. 982, parágrafo único, do Código Civil, sociedade por ações é sempre
considerada sociedade empresária e, por isso, seu registro deve se dar no Registro Público de Empresas
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais (art. 1.150 do Código Civil)
(D) Incorreta. O empresário individual deve inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis,
antes do início da sua atividade, nos termos do artigo 967 do Código Civil.
(E) Incorreta. Nos termos do art. 982, parágrafo único, do Código Civil, as cooperativas,
independentemente do seu objeto social, é considerada simples e, nos termo do art. 1.150 do Código
Civil, seus atos constitutivos devem ser registrados no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Além disto, a
sede da cooperativa é na cidade de Niterói e, por isso, o registro não pode ser na cidade do Rio de
Janeiro.
Resolução:
(A) Incorreta. Hipótese de infração a ordem econômica prevista no artigo 20, I da Lei 8.884/94
(B) Incorreta. Hipótese de infração a ordem econômica prevista no artigo 20, IV da Lei 8.884/94
(C) Incorreta. Hipótese de infração a ordem econômica prevista no artigo 20, II da Lei 8.884/94.
(D) Incorreta. Hipótese de infração a ordem econômica prevista no artigo 20, III da Lei 8.884/94
(E) Correta. A aquisição de concorrentes, por si só, não representa infração à ordem econômica.
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12. A respeito da disciplina jurídica brasileira das empresas em crise, é correto afirmar que:
(A) estão sujeitos à disciplina da Lei 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de
Empresas) os empresários, as sociedades empresárias, as instituições financeiras
privadas, as sociedades seguradoras e as cooperativas de crédito.
(B) os sócios das sociedades limitadas estão sujeitos aos efeitos jurídicos da falência
produzidos em relação à sociedade empresária falida.
(C) durante o procedimento de recuperação judicial, os administradores da
sociedade podem ser mantidos em seus cargos com competência para a
condução dos negócios sociais.
(D) todos os credores, inclusive os de natureza tributária e trabalhista, podem participar da
negociação da recuperação extrajudicial.
(E) o plano de recuperação judicial deverá ser apresentado pelo devedor e aprovado pela
unanimidade dos devedores, sob pena de ser decretada a falência.
Resolução:
(A) Incorreta. Conforme artigo 2º. da Lei 11.101/2005, entre as entidades excluídas dos efeitos da lei
de falências, estão as instituições financeiras, públicas e privadas, as sociedades seguradoras e as
cooperativas de crédito.
(B) Incorreta. Apenas os sócios cujo tipo societário imponha responsabilidade ilimitada estão sujeitos
aos efeitos da falência produzidos em relação à sociedade falida, nos termos do artigo 81 da Lei
11.101/2005.
(C) Correta. Conforme o disposto no art. 64 da Lei 11.101/2005.
(D) Incorreta. O artigo 161, § 1º. exclui a possibilidade de titulares de crédito de natureza tributária e
derivados da legislação trabalhista o disposto no capítulo sobre recuperação extrajudicial.
(E) Incorreta. Nos termos dos artigos 53, 55 e 56, se o plano de recuperação apresentado pelo
devedor encontrar objeção de algum credor, ele será levado para deliberação da assembléia-geral de
credores.
Resolução:
(A) Incorreta. Conforme artigo 837, do Código Civil, o fiador pode opor ao credor as exceções extintivas
da obrigação que competem ao devedor principal. Já ao avalista isto não é permitido, por se tratar de
obrigação autônoma.
(B) Incorreta. O fiador pode opor o benefício de ordem, conforme estipulado no art. 827 do Código Civil.
(C) Correta. Este é o texto da Súmula 332 do STJ, de 05/03/2008.
(D) Incorreta. O aval é instituto jurídico para garantir a satisfação de obrigações previstas em títulos
cambiários.
(E) Incorreta. A fiança é contrato pelo qual uma pessoa garante satisfação ao credor de obrigação
assumida pelo devedor, caso esta não seja cumpra, conforme redação do artigo 818 do Código Civil.
Sobre a característica da fiança, afirma Orlando Gomes: “Sua natureza é a de um contrato subsidiário, por
ter a execução condicionada à inexecução do contrato principal” (Contratos, 25ª. edição, Rio de Janeiro,
Forense, 2002, p. 435)
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14. A respeito da fiança e aval, é correto afirmar que:
(A) tanto o fiador como o avalista podem opor ao credor as exceções extintivas da obrigação
que competem ao devedor principal.
(B) tanto o avalista quanto o fiador não podem pleitear o benefício de ordem.
(C) a fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica na ineficácia
total da garantia.
(D) o aval é instituto jurídico com finalidade de garantir a satisfação de obrigações contraídas
por contrato.
(E) a fiança é instituto jurídico com finalidade de garantir a satisfação de obrigação assumida
pelo devedor mediante emissão de um título cambiário.
Resolução:
(A) Incorreta. Conforme artigo 837, do Código Civil, o fiador pode opor ao credor as exceções extintivas
da obrigação que competem ao devedor principal. Já ao avalista isto não é permitido, por se tratar de
obrigação autônoma.
(B) Incorreta. O fiador pode opor o benefício de ordem, conforme estipulado no art. 827 do Código Civil.
(C) Correta. Este é o texto da Súmula 332 do STJ, de 05/03/2008.
(D) Incorreta. O aval é instituto jurídico para garantir a satisfação de obrigações previstas em títulos
cambiários.
(E) Incorreta. A fiança é contrato pelo qual uma pessoa garante satisfação ao credor de obrigação
assumida pelo devedor, caso esta não seja cumpra, conforme redação do artigo 818 do Código Civil.
Sobre a característica da fiança, afirma Orlando Gomes: “Sua natureza é a de um contrato subsidiário, por
ter a execução condicionada à inexecução do contrato principal” (Contratos, 25ª. edição, Rio de Janeiro,
Forense, 2002, p. 435)
Resolução:
(A) Correta. A descrição da operação de incorporação corresponde ao previsto no artigo 227 da Lei
6.404/76.
(B) Correta. A descrição da operação de incorporação de ações e criação de subsidiária integral
corresponde ao previsto no artigo 252 da Lei 6.404/76.
(C) Correta. A descrição da operação de fusão corresponde ao previsto no artigo 228 da Lei
6.404/76.
(D) Correta. A descrição da operação de cisão parcial corresponde ao previsto no artigo 229 da Lei
6.404/76.
(E) Incorreta. A aquisição do poder de controle não exige necessariamente à aquisição de 51% do
capital social votante, mas de quantas ações forem necessárias para ter o direito de eleger a maioria dos
membros do Conselho de Administração e de ter maioria nas deliberações assembleares.
16. Há mais de dez anos, Jorge e Matias, ambos juridicamente plenamente capazes, constituíram
sociedade limitada para desenvolver o comércio de carnes em Petrópolis. Apesar de eles terem
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elaborado contrato de sociedade por escrito, tal contrato nunca foi levado a registro na Junta
Comercial competente.
Considerando as informações acima, é correto afirmar que:
(A) a sociedade não tem personalidade jurídica, mas os bens e dívidas sociais
constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
(B) a sociedade é inexistente.
(C) a sociedade é ineficaz, tanto para Jorge e Matias quanto para terceiros.
(D) a sociedade é nula de pleno direito.
(E) a sociedade existe, é válida e possui personalidade jurídica.
Resolução:
(A) Correta. Trata-se de sociedade comum não personificada, disciplinada pelos artigos 986 a 990 do
Código Civil. A afirmativa A reproduz, em parte, a redação do artigo 988 do Código Civil.
(B) Incorreta. A sociedade existe e é válida perante dos sócios, conforme disposto no art. 987 do
Código Civil
(C) Incorreta. A sociedade produz efeitos para os sócios e os terceiros podem provar a sua existência
por qualquer modo, conforme determina o artigo 988 do Código Civil.
(D) Incorreta. A sociedade não é nula, pois os sócios são capazes, o objeto é licito e a forma é a
prescrita em lei. Assim, nos termos do artigo 123 do Código Civil, o contrato de sociedade é válido.
(E) Incorreta. A sociedade, por não ter sido registrada, não tem personalidade jurídica, nos termos
dos artigos 45 e 985 do Código Civil.
Resolução:
(A) Correta. A duplicata é titulo de crédito que encontra causa no negócio jurídico subjacente que pode
ser uma compra e venda mercantil ou prestação de serviços, nos termos dos artigos 1º. e 20 da Lei
5.474/68.
(B) Correta. Conforme o artigo 13, § 2º. da Lei 5.474/68, com redação dada pelo Decreto-Lei n. 436/69:
“O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não
elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento”.
(C) Correta. A redação está de acordo com o art. 8º. da Lei 5.474/68.
(D) Correta. A redação está de acordo com o art. 21 da Lei 5.474/68
(E) Incorreta. O artigo 15 da Lei 6.474/68, com redação dada pela Lei 5.458/77, prevê as duplicatas como
títulos executivos extrajudiciais.
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(C) é proibido o pagamento antecipado de Valor Residual Garantido (VRG).
(D) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve necessariamente ser adquirido
pelo arrendatário.
(E) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve necessariamente retornar à
instituição financeira.
Resolução:
(A) Incorreta. Esta alternativa reproduz a Súmula 263 do STJ que cujo entendimento foi alterado pela
Súmula 293 do STJ
(B) Correta. Esta alternativa reproduz a Súmula 293 do STJ.
(C) Incorreta. A possibilidade de cobrança do VRG é próprio do contrato de arrendamento mercantil.
(D) Incorreta. É próprio do contrato de arrendamento mercantil a faculdade do arrendatário de adquirir o
bem que alugou.
(E) Incorreta. É próprio do contrato de arrendamento mercantil a faculdade do arrendatário de adquirir o
bem que alugou.
19. Nos termos da Lei 11.101/2005, não se configura como crime falimentar:
(A) praticar, antes ou depois da sentença que decreta a falência, conceder a recuperação
judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou
possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida
para si ou para outrem.
(B) manter a atividade empresarial após a concessão da recuperação judicial ou a
homologação da recuperação extrajudicial.
(C) violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais
sobre operações ou serviços, contribuindo para a condução de devedor a estado de
inviabilidade econômica ou financeira.
(D) divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação
judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem.
(E) sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de
recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o
Ministério Público, os credores, o Comitê ou o administrador judicial.
Resolução:
(A) Incorreta. Esta alternativa configura-se como crime falimentar, nos termos do artigo 168, da Lei
11.101/2005.
(B) Correta. Esta alternativa descreve um ato essencial no procedimento de recuperação judicial e
extrajudicial de empresa, não se configurando como crime falimentar.
(C) Incorreta. Esta alternativa configura-se como crime falimentar, nos termos do artigo 169, da Lei
11.101/2005.
(D) Incorreta. Esta alternativa configura-se como crime falimentar, nos termos do artigo 170, da Lei
11.101/2005.
(E) Incorreta. Esta alternativa configura-se como crime falimentar, nos termos do art. 171, da Lei
11.101/2005.
20. Qual é o prazo que o empresário tem para levar os atos por ele praticados ao
órgão competente para a realização do seu registro?
R.: Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente
será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio
ou qualquer interessado.
§ 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta
dias, contado da lavratura dos atos respectivos.
§ 2o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente produzirá efeito
a partir da data de sua concessão.
§ 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso
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de omissão ou demora.
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