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24ª AULA

TEMA: CITAÇÃO

1 – CONCEITO

a) Fernando Capez – “É o ato oficial pelo qual, ao início da ação, dá-se ciência ao
acusado de que, contra ele, se movimenta esta ação, chamando-o a vir em juízo, para
se ver processar e fazer sua defesa”.
b) Mirabete – “A citação é o chamado a juízo para que o acusado se defenda na ação”.
c) José Frederico Marques – “É o ato processual com que se dá conhecimento ao réu da
acusação contra ele intentada a fim de que possa defender-se e vir integrar a relação
processual”.
d) Eduardo Espínola Filho – “É o ato oficial pelo qual, no início da ação, se dá ciência ao
acusado de que contra ele se movimenta essa ação, manda-o vir a juízo, ver-se
processar e fazer sua defesa”.

2 – ELEMENTOS BÁSICOS DA CITAÇÃO

1 – Cientificação do inteiro teor da acusação (Principio da Informação);


2 – Chamamento do acusado ao processo para defender-se.

OBS.1 – No Processo Penal a citação é realizada apenas uma vez, pois não existe no processo
de execução que configura mero prosseguimento da relação processual já instaurada.

OBS.2 – A citação deve ser feita sempre na pessoa do acusado. Mesmo em se tratando de
insano a citação não pode ser feita na pessoa de representante legal. Entretanto, se já for do
conhecimento do juízo o fato de que a pessoa é insana, havendo curador nomeado, a citação
poderá ser feita em nome do curador.

OBS.3 – Citação no caso de Pessoas Jurídicas – (Responsabilidade Penal de Pessoas Jurídicas


em Crime Ambiental) – A citação deve ser feita na pessoa do representante legal. Esse
representante legal é aquela pessoa indicada nos estatutos da empresa.

3 – AUTORIDADE QUE DETERMINA A CITAÇÃO

Quem determina a citação é sempre o juiz.

4 – FALTA DE CITAÇÃO

A falta de citação é causa de nulidade absoluta do processo (art. 564, III, “e”, CPP),
pois atinge Princípios Constitucionais como o contraditório e a ampla defesa.
Mesmo quando realizada a citação, se faltarem quaisquer de seus elementos básicos,
acima mencionados, a situação equiparar-se-á à falta de citação, gerando nulidade absoluta
(obs. É a chamada CITAÇÃO CIRCUNDUTA).

Obs. 1 – Diz-se na doutrina e na jurisprudência que se o réu, apesar de não citado, comparecer
normalmente ao interrogatório, a nulidade estará sanada (Princípio da Instrumentalidade das
Formas).
Entretanto, deve-se ter certo cuidado com essa afirmação, pois é preciso atentar para
que devem estar satisfeitos os elementos básicos. Por exemplo: se o réu comparece para o
interrogatório, mas não ciente do teor da acusação, seu comparecimento não pode suprir a
falta de citação (Princípio da Informação).

5 – EFEITO DA CITAÇÃO VÁLIDA

Quando o acusado, citado regularmente, não atende à citação, opera-se aquilo que se
chama de “contumácia” (ausência injustificada), o que redunda na declaração da “revelia” (ou
seja, o processo seguirá ulteriores termos, mesmo sem a presença do acusado).

OBS. 1- Decretada a revelia, o acusado deixa de ser intimado ou notificado dos atos do
processo.

OBS. 2 – Entretanto, no processo penal não existe a figura da “presunção da veracidade das
imputações”, como ocorre no cível.

OBS. 3 – Mesmo depois de decretada a revelia, o acusado pode retomar o processo a qualquer
momento, restabelecendo-se o contraditório.

OBS. 4 – Note-se que com as alterações operadas no art. 366, CPP pela Lei 9271/96 a revelia
somente será decretada quando o réu contumaz tiver sido citado pessoalmente. Se citado por
edital, somente no caso em que tenha defensor constituído nos autos. Caso contrário, a
solução será a suspensão do processo e da prescrição (o tema será estudado com mais esmero
adiante).

Obs.5 – De acordo com a nova redação do artigo 363, “caput”, CPP, o efeito principal da
citação válida é completar a formação do processo (vide Lei 11.719/08).

6 – CLASSIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES

a) Real, Pessoal ou “In Faciem” – feita na própria pessoa do acusado. Pode ser:

- Por mandado (art. 351, CPP);


- Por Carta Precatória (art. 353, CPP);
- Por Carta de Ordem (órgão jurisdicional superior);
- Por requisição (art. 358 e 360, CPP);
- Por Carta Rogatória (art. 368 – 369, CPP).

b) Ficta ou Presumida – realizada por meio de publicação ou afixação em local


determinado, de editais contendo a ordem de citação (art. 361 e seguintes, CPP).

OBS.: Agora também existe no Processo Penal a chamada “Citação por hora certa”, comum
no âmbito do Processo Civil. Ver nova redação do artigo 362, CPP, dada pela nova Lei
11.719/08 – quando o réu se oculta para não ser citado.

7 – AS ESPÉCIES DE CITAÇÃO

A) CITAÇÃO POR MANDADO


O mandado é ordem expedida pelo Juiz e cumprida pelo Oficial de Justiça. Possui
requisitos que são divididos em intrínsecos e extrínsecos:

a.1) Requisitos Intrínsecos: art. 352, CPP.


a.2) Requisitos Extrínsecos: art. 357, CPP.

A falta de requisitos intrínsecos que impeça o regular conhecimento da citação conduz


a nulidade.
Quanto aos requisitos extrínsecos, somente constitui nulidade a falta de entrega de
contrafé (cópia do inteiro teor do mandado e da acusação ao citado). Nos outros casos há
mera irregularidade.

OBS. 1 – DIA E HORA DA CITAÇÃO – a citação pode ser realizada a qualquer hora do dia
ou da noite, inclusive domingos e feriados.

OBS. 2 – Tem sido reconhecido pela jurisprudência que deve haver um prazo mínimo de 24
horas entre a citação e a realização do interrogatório, a fim de garantir ao acusado um tempo
mínimo de preparação para a sua autodefesa.

B) CITAÇÃO POR PRECATÓRIA

b.1) Requisitos Intrínsecos da citação por precatória: Art. 354, CPP.


b.2) Requisitos Extrínsecos: são os mesmos do mandado (Art. 357, CPP).

OBS. 1- CARTA PRECATÓRIA ITINERANTE – Apurado que o citando está em outra


comarca, diversa daquela inicialmente deprecada. O juízo deprecado poderá encaminhar
diretamente a precatória para a outra comarca, solicitando seu cumprimento (art. 355, § 1º,
CPP) (bastante útil em casos de réus que mudam constantemente de endereço, como artistas
de circo, empregados de parques de diversão ambulantes, ciganos, etc.).

OBS. 3 – O art. 356, CPP permite que a Carta Precatória seja expedida por telegrama, com
reconhecimento da firma do juiz. Entretanto, a falta do reconhecimento de firma é
considerada mera irregularidade, não gerando nulidade.

C) CITAÇÃO DO MILITAR

O militar é citado mediante “Oficio Requisitório” dirigido ao seu superior hierárquico,


ao qual caberá efetivar a citação e não ao Oficial de Justiça (art. 358, CPP). Os requisitos são
os mesmos para qualquer tipo de citação.

D) CITAÇÃO DO PRESO

Também se fazia por meio de “Oficio Requisitório” (art. 360, CPP), agora dirigido ao
Diretor do estabelecimento prisional.
Neste caso, havia duas correntes interpretativas:
a) Entendia-se que no caso do preso, havendo a requisição perante o Diretor do
Presídio ou Cadeia Pública, não necessitaria haver a citação por mandado, tal
como ocorre com o militar.
b) Entendia-se que, mesmo havendo a requisição do preso perante o Diretor, esta
funcionava apenas como um dos elementos da citação, ou seja, o chamamento
para o interrogatório, mas era necessária a citação por mandado para
cientificação quanto ao teor da acusação. (Posição predominante).

Inclusive esta é a posição defendida pela Súmula 83 das Mesas de Processo Penal da
Faculdade de Direito da USP:

“A requisição do preso ao Diretor do Presídio não constitui modalidade particular de


citação, mas, apenas, substitui a notificação para interrogatório”.

Em virtude disso houve a alteração em 2003 da redação do artigo 360, CPP, de modo
que agora é induvidoso que o preso deve ser citado pessoalmente, inexistindo para ele
a citação por requisição.

E) CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO

O funcionário público é citado normalmente por mandado. No entanto, exige-se que o


chefe da repartição seja notificado da data e hora do interrogatório (art. 359, CPP). Isso se dá
para que o funcionamento regular do serviço público não sofra solução de continuidade,
possibilitando um planejamento do serviço e eventuais substituições administrativas.

F) CITAÇÃO DE RÉU NO ESTRANGEIRO

A citação hoje, estando o réu no estrangeiro, em local certo e sabido, a sua citação,
obrigatoriamente deve dar-se por meio de Carta Rogatória. Para evitar prescrição, a lei
determina que o prazo prescricional ficará suspenso durante o período de cumprimento da
Carta Rogatória, voltando a correr somente depois de sua juntada aos autos devidamente
cumprida (art. 368, CPP).

OBS. 1 – Antes da reforma efetuada pela Lei 9271/96 a citação por rogatória do réu no
estrangeiro em local conhecido, somente era exigida quando se tratasse de crime inafiançável.
Se o crime fosse afiançável, a citação nesses casos era por edital com prazo de 30 dias.

OBS. 2 – Se o réu estiver no estrangeiro, em local incerto e não sabido, sua citação far-se-á
normalmente por edital com prazo de 15 dias, nos termos do art. 361, CPP.

G) CITAÇÃO POR CARTA DE ORDEM

São aquelas determinadas por tribunais superiores nos processos de sua competência
originária. O Tribunal determina ao juiz de primeira instância que cite o acusado residente em
sua comarca que goze de prerrogativa de foro. Ex.: Prefeitos Municipais processados perante
o Tribunal de Justiça dos Estados.

H) CITAÇÃO POR EDITAL


É a citação por meio de publicação ou afixação na entrada do fórum da ordem judicial
de citação.

OBS. 1 – PRESSUPOSTO – Para legitimar-se a citação por edital é necessário que o réu não
seja encontrado e tenham sido esgotados todos os meios disponíveis para sua localização.

A jurisprudência tem entendido que o mínimo exigível é que o réu seja procurado em
todos os endereços constantes nos autos. Entretanto, não exige a expedição de ofícios ao
cartório eleitoral, à polícia, ao SPC, à receita federal e outros órgãos.

HIPÓTESES DE CITAÇÃO POR EDITAL

1) Réu em local incerto e não sabido (art. 361, CPP). Prazo de 15 dias. Ver tb. Nova
redação do artigo 363 § 1º., CPP, dada pela Lei 11.719/08, confirmando que o réu não
encontrado será citado por edital.

OBS.: O réu preso na mesma unidade da federação não pode ser citado por edital. Entretanto,
se estiver preso em outro Estado, desconhecendo tal fato o juiz, será válida sua citação por
edital (Súmula 351, STF).

2) Réu que se oculta para não ser citado (art. 362, CPP). Prazo de 5 dias (REVOGADO –
Lei 11.719/08 – agora é caso de “citação com hora certa” no processo penal – vide
nova redação do artigo 362, CPP, dada pela lei supra citada).

Obs. Essa nova modalidade de “citação ficta” também levaria à suspensão do processo por
analogia ao artigo 366, CPP? Ou decretaria a revelia. Ver artigo defendendo a primeira
tese no Boletim IBCCrim n. 193, Dez. 2008 de autoria de Christian Sthefan Simons –
Citação por hora certa no processo penal, contraditório e isonomia.
3) Réu que se encontra em local inacessível – motivos de guerra, epidemia, desastres,
catástrofes, fenômenos da natureza, etc. (art. 363, I, c/c 364, CPP – edital com prazo
de 15 a 90 dias, de acordo com o grau de inacessibilidade). – REVOGADO – Lei
11.719/08.

4) Réu de identidade incerta: Art. 363, II, CPP – prazo de 30 dias, nos termos do art. 364,
parte final do CPP. – REVOGADO – Lei 11.719/08.

CONTAGEM DO PRAZO DO EDITAL

O art. 365, V, CP, determina que o prazo é contado a partir do dia da publicação ou
afixação do edital. Quanto à sua contagem, surgiram dois entendimentos:

1) Seria uma exceção à contagem dos prazos processuais prevista no art. 798, § 1º,
CPP. Nesse caso, o dia do começo seria incluído, contando-se como prazo penal.
(Neste sentido – Fernando da Costa Tourinho Filho).
2) Não haverá exceção, pois a lei ao apontar o dia do começo, não deixa de submeter-
se à regra do art. 798, § 1º, CPP, passando o prazo a contar-se do dia seguinte.
Posição do STF (predominante).

REQUISITOS DA CITAÇÃO POR EDITAL


São previstos no art. 365, CPP. Entretanto, não é requisito da citação por edital a
transcrição ou resumo da denúncia ou queixa, bastando a mera indicação do dispositivo legal,
segundo entendimento do STF.
Há inclusive a Súmula 366, STF: “Não é nula a citação por edital, que indica o
dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos
em que se baseia”.

FORMALIDADES EXTRÍNSECAS À CITAÇÃO POR EDITAL

a) Publicação na Imprensa Oficial (essa formalidade pode ser dispensada se não houver
imprensa oficial no local, sendo suprida pela mera afixação).
b) Afixação na porta do Fórum.
c) Certificação do edital pelo Oficial que o publicou ou juntada da publicação.
Certificação da afixação.

OBS. 1 – A falta de certificação somente será causa de nulidade quando restar dúvida quanto
à efetiva afixação ou publicação.

OBS. 2 – Quando se fala em “Oficial”, não se restringe ao “Oficial de Justiça”. Qualquer


agente público da administração da justiça poderá certificar. Por exemplo: Escrivão ou
Escrevente.

INOVAÇÕES DA LEI 9271/96

A Lei 9271/96 deu nova redação ao art. 366, CPP, promovendo uma série de
importantes alterações no que se refere aos efeitos da citação por edital não atendida.
Antes dessa lei, quando o réu fosse citado por edital e não comparecesse ou não
apresentasse advogado constituído, seria declarado revel e o processo seguiria seus ulteriores
termos.
Com o advento da nova lei e a alteração do art. 366, CPP, isso já não mais ocorre. Se o
réu citado por edital não comparece e não apresenta advogado constituído, duas são as
conseqüências:

- Suspensão do Processo;
- Suspensão do prazo prescricional.

OBS. 1 – Discute-se agora, com o advento da Lei 11.719/08, que alterou os procedimentos,
sobre o momento da suspensão. Seria agora a partir da não apresentação da resposta no prazo
do artigo 396, CPP e não mais da audiência de interrogatório, ora extinta, sendo este realizado
ao final da audiência de instrução e julgamento. O Juiz receberia a denúncia, se não a
rejeitasse liminarmente e citaria o acusado para resposta em 10 dias. Sem o comparecimento,
resposta ou advogado constituído, o processo seria então suspenso.

OBS. 2 – Trata-se daquilo que a doutrina convencionou chamar de uma norma híbrida, pois
possui disposições de caráter processual (suspensão do processo) e penal (suspensão da
prescrição).

OBS.3 – A alteração da lei se fez por respeito ao chamado Princípio da Informação, de modo
a não mais permitir que contra alguém haja um processo em andamento, sem que, por
qualquer motivo que seja, a pessoa não tenha ciência e não possa defender-se adequadamente.
OBS. 4– EXCEÇÃO – Crimes de Lavagem de Dinheiro (Lei 9613/98 – art. 2º, § 2º) – nesses
casos não se aplica o disposto no art. 366, CPP. Sendo o réu citado por edital o processo
prosseguirá à sua revelia caso não compareça ao interrogatório e não se apresente defensor
constituído.

ALGUMAS QUESTÕES POLÊMICAS SOBRE A APLICAÇÃO DO NOVO ART. 366,


CPP

1) A LEI NO TEMPO

Sendo uma norma híbrida, como ficaria a sua aplicação aos casos já em andamento,
ocorrido, portanto, antes de sua vigência.
A regra para a atuação das normas processuais é a aplicação imediata aos atos a serem
praticados no processo em andamento. Mas, a norma para as leis de caráter penal é a vedação
de sua retroação quando prejudiciais ao réu.
Surgiram então três posições doutrinárias:

a) Divisão da norma em duas partes – Aplica-se a parte processual de imediato


e a parte penal somente pode ser aplicada aos crimes cometidos após a
entrada da lei em vigor. O processo seria suspenso, mas o prazo
prescricional continuaria correndo.
b) Aplicação por inteiro da norma – A norma não pode ser cindida. Deveria ser
aplicada por inteiro a todos os casos, anteriores e posteriores, pois que num
computo geral, o fato de propiciar melhor informação e defesa ao réu
prevalece como fator benéfico.
c) A norma não pode ser dividida, mas também não pode ser aplicada aos
casos anteriores à sua vigência porque contém matéria penal prejudicial que
deve prevalecer quando à aplicação da norma no tempo. (STF –
entendimento predominante).

2) QUAL O PRAZO DE SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO?

A norma do art. 366, CPP não delimita o período em que poderá permanecer suspensa
a prescrição. Em face disso surgem três correntes:

a) O prazo de suspensão da prescrição é indefinido, permanecendo até que


o réu compareça.

OBS.: Esse entendimento tem sido alvo de críticas da doutrina porque geraria casos de
imprescritibilidade não previstos constitucionalmente e feriria o Princípio da
Proporcionalidade.

b) O prazo de suspensão seria aquele que é o máximo previsto na lei penal


– CP, art. 109, I – 20 anos.

OBS.: Criticado também porque, embora não gere imprescritibilidade, seria em alguns casos,
muito exagerado, ferindo a proporcionalidade.
c) O prazo de suspensão seria o mesmo previsto para a prescrição de cada
crime suspenso de acordo com os incisos do art. 109, CP, considerando
a pena máxima cominada.

OBS.: Esse tem sido o entendimento predominante na doutrina e na jurisprudência (Vide


inclusive Súmula 415, STJ).

3) PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS

Permite o art. 366, CPP a produção antecipada de provas durante o prazo de suspensão
do processo.
Essa medida será determinada pelo juiz excepcionalmente, somente em casos nos
quais a prova poderá perde-se ou tornar-se prejudicada pelo lapso temporal.
A maior discussão neste campo diz respeito à prova testemunhal, havendo dois
entendimentos:

A) A prova testemunhal é sempre urgente e deve ser produzida


antecipadamente porque a passagem do tempo prejudica a memória
da testemunha (STF já decidiu neste sentido).
B) Cada caso concreto de produção antecipada deve ser decidido
fundamentalmente, não podendo haver uma espécie de prova que
aprioristicamente seja tomada como urgente em todos os casos (STJ
já decidiu neste sentido).

4) PRISÃO PREVENTIVA

Dispõe o art. 366, que o juiz pode decretar a prisão preventiva nestes casos, desde que
presentes os pressupostos e fundamentos da medida extrema.

5) RECURSO CONTRA A DECISÃO QUE DETERMINA A SUSPENSÃO DO


PROCESSO E DO PRAZO PRESCRICIONAL – Recurso em sentido estrito por força
do art. 581, XVI, CPP (analogia).

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