Instrumentação
1ª PARTE
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - Objetivo:
1.2- Definição:
5
Há operador no campo e na sala de controle. Podem ser equipes distintas ou uma equipe,
dependendo do tamanho e da filosofia administrativa da planta.
Mas as maiorias dos instrumentos, principalmente os responsáveis pelo controle, estão na sala de
controle, montados em painéis.
O operados trabalha com instrumentos, em que ele deve confiar, e principalmente bem interpretar e
entender suas informações.
Os instrumentos, para o operador, desempenham determinadas funções especificas e lhe fornecem
informações e dados do processo valiosos. O operador atua nestes instrumentos que constituem a
interface com o sistema. O operador pode agir manualmente no sistema, mas através
destes instrumentos.
As funções do operador são muito diversificadas, o que torna difícil catalogá-las numericamen-
te.
Na sala de Controle as funções principais e normais do operador são as seguintes, mas não
necessariamente em ordem de importância:
Verificação dos ponteiros de medição dos indicadores, e ponto de ajuste dos controladores,
penas dos registradores, números expostos em contadores, etc.
O operador deve estar seguro de que o processo está trabalhando em condições normais. Os
instrumentos de controle cuidam automaticamente de situações imprevistas e anormais e não
somente da operação normal. Mas há limites.
6
sistema. Se a medição voltar à posição ideal, retornar a chave A/M para a posição automática.
Um instrumento ou o sistema onde ele está montado é tanto mais confiável quanto menos precisar
trabalhar na posição MANUAL.
Quando o problema não for solucionado com a atuação manual do operador o problema não é
mais de operação e passa a ser de instrumentação. Como o operador não é especialista de
instrumentação ele deve saber conceitos básicos e principalmente ter uma linguagem técnica
rigorosa porque ele é fonte de dados para instrumentista. E pode ser o elo de ligação.
Nestas chamadas o operador deve fornecer e detalhar todos os fatos ocorridos, normalmente
com dados escritos.
Neste aspecto o registrador é excelente pois ele documenta no papel, imparcialmente, as condições
do processo.
Quando houver possibilidade, a variável com problema deve ser registrada.
Estas anotações e relatórios são importantes pois mostram a freqüência em que os instrumentos
têm problemas, quando aparecem os problemas, etc.
Estes relatórios quando bem elaborados e ricos de informações interessantes, podem proporcionar
subsídios para alteração e otimização de malhas de processo. Fenômenos aparentemente alheios ao
processo podem se importantes tais como chuva(há transmissores de campo que podem ser
afetados), queda de tensão, parada e nova partida, etc.
7
1 - Simbologia e normas (Padrão ISA)
As linhas mais finas são as conexões entre instrumentos e linhas de processos e componentes.
Estas conexões são codificadas como mostrado em seguida:
- Sinal elétrico.
- Sinal hidráulico.
8
LETRASDE IDENTIFICAÇÃO DOPREFIXO
9
Notas:
1 - A letra “A” Analisador, abrange toda e qualquer espécie de analise, como: Concentração de
Oxigênio, Iônica de Hidrogênio (PH), Hidrocarbonetos e etc.
2 - A letra ”D” disco, se refere principalmente aos discos de segurança de pressão “PSD”.
2 - A letra “T” Totalizador, se refere principalmente aos integradores, como o integrador de
vazão “FT” (Medidor Volumétrico)
3 - A letra “U” Unidade, caracteriza um conjunto de elementos, principalmente os alarmes de
variáveis de processo “UA”.
2.2 - CÓDIGOS:
2.2.1 - Simples:
LG - Visor de Nível
LI - Indicador de Nível
LC - Controlador de Nível
LA - Alarme de Nível
FG - Visor de Fluxo e/ou Vazão
FI - Indicador de Fluxo
FC - Controlador de Fluxo
FA - Alarme de Fluxo
PI - Indicador de Pressão
PC - Controlador de Pressão
PA - Alarme de Pressão
TI - Indicador de Temperatura
TC - Controlador de Temperatura
TA - Alarme de Temperatura
2.2.2 - Compostos:
2.2.3 - ESPECIAIS:
10
11
2.3 - Simbologia Geral
12
2.3.3 - Válvulas
B. Símbolo básico de válvula de controle com atuador elétrico tipo solenóide ou motor.
C. Símbolo básico de válvula de controle com atuador hidráulico ou pneumático tipo pistão.
F. Símbolo básico de corpo de válvula de controle de três vias, podendo ser usado com
qualquer tipo de atuador.
13
2.3.4 - Símbolos Básicos de Instrumentos (Medição de Fluxo)
14
A. Símbolo básico de placa de orifício.
G. Visor de fluxo.
15
2.3.5 - Símbolo Básico de Instrumento (Medição de Temperatura)
16
A. Poço para termopar ou termômetro bimetálico
17
2.3.6 - Símbolos Bascos de Instrumentos (Medição de Nível)
18
A. Visor de Nível
B. Sistema de controle local de nível tendo: controlador pneumático tipo interno e válvula
de controle com atuador pneumático do tipo diafragma.
C. Sistema de indicação de nível constando de: transmissor local, elétrico, (tipo externo) e
indicador elétrico montado no painel.
19
A. Indicador de pressão local.
20
F. Válvula de controle de pressão auto-atuada.
P Purga
> Sinal de saída escolhido é o maior
< Sinal de saída escolhido é o menor
Instrumentos com extrator de raiz quadrada incluso
M Motor elétrico
Dispositivo de trava para fixar posições em válvulas por exemplo.
21
Medidores de temperatura
Medidores de temperatura
Sob o ponto de vista industrial, os termômetros podem ser classificados de acordo com
seus princípios de funcionamento, da seguinte forma:
Termômetros de mercúrio;
Termômetro de dilatação;
Termômetro de pressão;
Sistemas termoelétricos,
Pirômetros ópticos.
Termômetro de mercúrio
22
Termômetro de dilatação
23
Termômetros de pressão
24
Os termômetros de pressão de gás têm como fluído de enchimento do sistema um gás,
geralmente um gás inerte, como por exemplo, o nitrogênio. Prestam-se muito bem para a
medição de temperaturas na faixa entre -130o C e +427o C.
Sistemas termoelétricos
25
Instrumentos indicadores para termopares
Geralmente, o indicador de temperatura é um instrumento múltiplo, isto é, muitos
termopares chegam a um conjunto de chaves ou então chegam a um dispositivo digital
que permite selecionar o par desejado.
Assim, para se fazer a leitura de uma temperatura qualquer, basta acionar a chave
correspondente e verificar a posição do valor da escala em relação ao traço de
referência.
26
O registro pode ser feito por meio de uma pena em um gráfico, ou então, por meio de
impressão de um símbolo no gráfico.
Transdutores
Geralmente, no sistema de transmissão elétrico, se o instrumento receptor do painel da
casa de controle é eletrônico e o elemento de medição é um termopar, há
necessidade de dispositivo que converta os milivolts gerados para uma faixa de
corrente de 4 a 20 mA. Esses são os transdutores
Pirômetros ópticos
27
Medidores de pressão
28
Nesse instrumento a pressão a medir é equilibrada por uma coluna líquida de
densidade conhecida, como a água ou o mercúrio.
Para a indicação da pressão enche-se o tubo com o líquido até a altura da marca zero da
escala. Ao ser aplicada, num dos braços do tubo, uma pressão qualquer, haverá o
deslocamento do líquido no sentido de menor pressão até que seja atingida outra
condição de equilíbrio. A diferença de nível medida será o valor da pressão.
Por ser geralmente de vidro, o tubo “U” é muito frágil e não é utilizado como
instrumento de campo, tendo aplicação principalmente, em oficinas de calibração de
instrumentos industriais.
29
Indicadores tipo campânulas
Esses medidores equilibram a pressão a ser determinada contra um peso conhecido.
São de grande sensibilidade e utilizados para medição de tiragem de caldeiras e
fornos.
30
Indicadores tipo Bourdon
O manômetro do tipo Bourdon é constituído externamente, de uma caixa, uma escala e
um ponteiro e, internamente, de um tubo encurvado denominado tubo de “Bourdon”, de
secção elíptica, que tende a abrir-se sob a ação da pressão do fluido que é conectado na
extremidade fixa.
31
Indicadores tipo “fole”
Os indicadores do tipo “fole” são idênticos aos de diafragma, porém, em lugar destes
têm foles metálicos.
Registradores de pressão
Os registradores de pressão são semelhantes aos indicadores, com a diferença de
serem dotados de dispositivos que permitem o registro em um gráfico (papel com
escalas) dos valores da variável durante um certo período de tempo.
Para sua movimentação, possuem um mecanismo de relojoaria que pode ser acionado
mecanicamente por “corda”, por um motor elétrico ou por acionador pneumático.
Controladores de pressão
Os controladores de pressão, como os demais controladores, recebem um sinal
correspondente ao valor da variável medida, comparam com um valor pré-estabelecido e
enviam, quando necessário, um sinal de correção, para uma válvula de controle.
Recomendações
Os instrumentos indicadores de pressão podem ser facilmente danificados,
especialmente quando operados com valores acima do máximo permitido.
32
Assim sendo, se um sistema ou equipamento estiver sendo testado, com valores de
pressão acima do normal de operação, os manômetros e demais instrumentos de
pressão devem ser bloqueados ou isolados por raquete.
33
Medidores de vazão e volume
34
Na primeira das figuras a seguir, está representada uma restrição na tubulação e na
segunda, um gráfico representativo de como a pressão varia na região em torno da
restrição (orifício).
Q K P
35
As duas tomadas de pressão, que fornecem a pressão diferencial, são ligadas a um
medidor diferencial de pressão (elemento secundário). Veja a figura a seguir.
36
Uma das vantagens deste medidor é que sua escala é linear.
37
Verificação de nível
Geralmente a escala é chamada “invertida”, pois o nível vazio fica no topo da escala e o
nível cheio, na base da escala.
38
Como variante desses sistemas (para tanques com produtos voláteis) existem
medidores em que a corrente ou cabo metálico é substituído por uma fita (ou trena)
perfurada a distâncias rigorosamente exatas e que deslocam uma roda dentada; o
contra-peso é substituído por uma mola tensora. Esse conjunto pode ficar encerrado
em caixa estanque e a medição é automática.
39
Em caso de condições mais críticas de operação usam-se vidros planos, com
proteções metálicas, conforme mostra a figura abaixo.
Todo visor de nível deve ter uma válvula de bloqueio em cada tomada e uma válvula de
dreno.
Estes instrumentos possuem uma bóia, geralmente esférica, que flutua na superfície
líquida. Os deslocamentos da bóia são comunicados ao instrumento indicador por meio de
alavancas ou outras conexões com o nível. A figura a seguir mostra um desses
medidores.
40
O inconveniente desses medidores, embora simples e práticos, reside na vedação
(engaxetamento) junto à parede do vaso, que, em geral, é pressurizado.
P= h
41
Os instrumentos relacionados com nível são representados pela seguinte simbologia:
LG.................................visores de nível (“Level glass”)
Ll...................................indicadores de nível
LC..................................controladores de nível
LA..................................alarmes de nível
LlC.................................indicadores-controladores de nível
LRC...............................registradores-controladores de nível
LCV...............................válvulas auto-operadas de nível
42
Controle automático
Comparação
Medição Correção
Processo
43
Os componentes principais do controle automático são: o processo e o controlador
automático.
Sistemas de controle
44
Modos de controle
Se o elemento final de controle (em geral válvula de controle) tem somente duas
posições, o controle se denomina de “duas posições”, “abre-fecha” ou “on-off”.
Se a válvula de controle tem uma posição determinada para cada desvio, o controle é
chamado “proporcional”.
Se a válvula tem sua posição reajustada (processo com “variação de carga”) a fim de
manter a variável no valor desejado, temos controle de reajuste automático ou integral
(“reset”).
Controle em cascata
Certos processos têm um comportamento específico e mais crítico e daí o sistema
pode ser, por exemplo, de controle “em cascata”. Nesse tipo de controle, estão o
controlador da variável primária e o controlador da variável secundária. O controlador
primário atua no ponto de ajuste (ponto de controle variável) do controlador
secundário, com o objetivo de garantir um bom desempenho do processo, mesmo com
flutuações externas de cargas. O controlador secundário atua sobre a válvula de
controle (elemento final de controle).
45
No esquema apresentado, o controlador de temperatura atua no controlador de vazão
que vai solicitar aumento do refluxo através da abertura da válvula de controle.
Controle de razão
Em sistemas de controle onde há necessidade de manter o valor de uma variável
guardando uma razão com uma outra variável do sistema, tem-se o “controle de
razão”.
Assim, supondo-se que se deseja misturar dois produtos líquidos, guardando sempre
uma razão ou relação de vazões, uma vazão é considerada principal e a outra
secundária.
Os sinais de medição das duas vazões vão ao controlador e este, em função do “ajuste de
razão”, envia um sinal de correção para uma válvula de controle colocada na linha da
vazão secundária.
Controle override
Este tipo de controle é geralmente, necessário para controlar um processo com um
único elemento final de controle, a partir das duas ou mais variáveis que são
interdependentes e que não devem ultrapassar certos limites de segurança máxima ou
mínima. Pode ser utilizado para evitar cavitação em bombas ou “surge” e “stall” em
compressores.
46
Malhas de controle
Controle automático
O sistema a seguir mostra um arranjo típico no qual o fluido a ser aquecido vai
aumentando sua temperatura a partir da circulação do vapor pela serpentina.
47
Medição e controle de nível do tubulão
O sistema representado a seguir mostra como é feita a medição e o controle de nível de
um tubulão de caldeira no qual a calibração do transmissor deverá considerar:
Densidade da água em temperatura ambiente e à temperatura do tubulão;
Valor de h (altura do nível a ser medido).
Observação:
Os dados sobre a água podem ser obtidos em tabelas específicas.
48
O esquema a seguir mostra que o controle da temperatura é feito em um
“dessuperaquecedor” pela atuação de uma válvula de controle de injeção da água de
resfriamento.
49
Se o acionador é um motor elétrico, o sistema pode ser controlado por uma válvula
retornando parte do fluído, para a sucção da bomba ou compressor.
50
Controle de temperatura na saída de fornos
Um sistema de controle para a temperatura de saída de um produto que passa por um
forno, depende do valor do poder calorífico do combustível, da pressão e vazão deste
combustível, e dos valores relativos ao suprimento do produto.
51
Válvulas de controle
52
A válvula de controle funciona da seguinte maneira: o sinal de ar modulado enviado pelo
controlador pressiona o diafragma, vencendo a contra-pressão exercida pela mola, até
atingir uma condição de equilíbrio. Assim, a válvula tem seu curso variando desde a
posição aberta até a posição fechada quando o “plug” toca a sede. Externamente, o
indicador preso à haste indica a posição da válvula na escala presa ao atuador.
Uma das razões importantes dessas ações é o fator segurança quando a válvula está
colocada em um determinado sistema de processo: a falta de ar (por exemplo, falha no
suprimento) é considerada como uma condição possível e em tal caso a posição
tomada automaticamente pela válvula de controle deverá ser escolhida de modo que seja
a mais segura para o processamento ou para o equipamento.
Tipos
53
Válvulas com curva característica que é a curva que relaciona a vazão que a
válvula deixa passar com sua abertura.
Válvula agulha, usada para pequenas vazões ou alta pressão.
Válvula de característica linear, na qual a vazão varia proporcionalmente à sua
abertura.
Válvulas-borboleta e válvulas de três vias com aplicações específicas.
Posicionadores
Certos sistemas de controle exigem das válvulas um comportamento mais crítico e daí o
emprego de posicionadores.
54
RASCUNHO