Você está na página 1de 1

No dia 2 de fevereiro é comemorado o dia de Iemanjá.

Ou, se preferir, 
o dia de Nossa Senhora dos Navegantes. A homenagem a “Rainha do 
mar” acontece anualmente e é realizada, em sua maioria, por pessoas 
que seguem as religiões de matriz africana, como a Umbanda e o 
Candomblé. 
 
Em Balneário Camboriú parece que a festividade não irá ocorrer. Os 
organizadores afirmam que não receberam o apoio da Prefeitura 
Municipal. O evento tradicionalmente há 39 anos acontecia na cidade 
e recebia milhares de pessoas de toda a região, de outros estados e 
até de outros países. Supostamente, tal atitude foi motivada por 
preconceito religioso, já que o Prefeito Municipal é Evangélico. A 
assessoria Municipal nega qualquer preconceito. Do outro lado, a 
Prefeitura de Balneário em nota afirma não ter sido procurada pela 
parte organizadora, afirma que sempre esteve à disposição e que o 
evento não irá ocorrer por opção do grupo religioso. 
 
Bom, quem está com a razão nessa história eu não sei. Minha intenção 
aqui é outra. Busco somente ilustrar este breve texto e refletir sobre a 
intolerância religiosa que ronda a nossa sociedade. 
 
A poesia de Anamari que viralizou na internet ilustra o tema e sintetiza 
um pouco do que penso: 
 
“(...) Intolerância religiosa é a própria contradição. Religião vem do 
latim religare que significa união. Então pare de dividir o mundo entre 
os que vão e os que não vão para o paraíso. O nosso mundo tá doente 
em tudo. Enquanto nós perdemos tempo brigando por isso. Ao invés de 
dividir as religiões entre as que são do mal e as que são do bem. Que 
tal botar sua ideologia no bolso e ajudar aquele moço que de frio 
morre na rua desamparado e sem ninguém?”. 
Axé para quem é de axé, amém para quem é de amém! 

Você também pode gostar