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Ou, se preferir,
o dia de Nossa Senhora dos Navegantes. A homenagem a “Rainha do
mar” acontece anualmente e é realizada, em sua maioria, por pessoas
que seguem as religiões de matriz africana, como a Umbanda e o
Candomblé.
Em Balneário Camboriú parece que a festividade não irá ocorrer. Os
organizadores afirmam que não receberam o apoio da Prefeitura
Municipal. O evento tradicionalmente há 39 anos acontecia na cidade
e recebia milhares de pessoas de toda a região, de outros estados e
até de outros países. Supostamente, tal atitude foi motivada por
preconceito religioso, já que o Prefeito Municipal é Evangélico. A
assessoria Municipal nega qualquer preconceito. Do outro lado, a
Prefeitura de Balneário em nota afirma não ter sido procurada pela
parte organizadora, afirma que sempre esteve à disposição e que o
evento não irá ocorrer por opção do grupo religioso.
Bom, quem está com a razão nessa história eu não sei. Minha intenção
aqui é outra. Busco somente ilustrar este breve texto e refletir sobre a
intolerância religiosa que ronda a nossa sociedade.
A poesia de Anamari que viralizou na internet ilustra o tema e sintetiza
um pouco do que penso:
“(...) Intolerância religiosa é a própria contradição. Religião vem do
latim religare que significa união. Então pare de dividir o mundo entre
os que vão e os que não vão para o paraíso. O nosso mundo tá doente
em tudo. Enquanto nós perdemos tempo brigando por isso. Ao invés de
dividir as religiões entre as que são do mal e as que são do bem. Que
tal botar sua ideologia no bolso e ajudar aquele moço que de frio
morre na rua desamparado e sem ninguém?”.
Axé para quem é de axé, amém para quem é de amém!