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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Faculdade de Engenharia
Departamento de Eletrotecnia
Disciplina: REDES DE COMPUTADORES – I
FICHA DE EXERCICIOS 4
Resolvida por: Viageiro, Victor Felizardo
Curso: Engenharia Informática – 3º Ano (Diurno)

1. Defina e Caracterize (se possível) os seguintes conceitos:


A. Transmissão
Acão ou efeito de transmitir, pode ser entendido como a passagem de uma informação
que tem como ponto de partida um remetente e o alvo da informação que é um
destinatário. No ambito da transmissao ela subdvide-se em duas formas:

B. Transmissão Digital
A transmissão digital consiste basicamente, na transferência de informações em um suporte físico de
comunicação sob a forma de sinais digitais. Assim, dados analógicos deverão ser previamente
digitalizados antes de serem transmitidos. Contudo, as informações digitais não podem circular na
forma de 0 e 1 diretamente e é por isso que devem ser codificadas na forma de um sinal que possui
dois estados como, por exemplo, dois níveis de tensão em relação à massa e a diferença de tensão
entre dois fios; a presença/ausência de corrente num fio e a presença/ausência de luz.

C. Transmissão Analógica
A transmissão analógica de dados por sua vez, consiste em fazer circular informações num suporte
físico de transmissão na forma de onda. A transmissão dos dados é feita através de uma onda
portadora simples cujo único objetivo é transportar os dados por modificação de uma das suas
características (amplitude, frequência ou fase).

D. Dados Digitais

1. ASK (Amplitude Shift-Keying), é a técnica de modulação mais simples entre as


utilizadas para modular sinais discretos (digitais). Consiste na alteração da amplitude da
onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. A modulação em amplitude
translada o espectro de frequência baixa do sinal binário, para uma frequência alta como
é a da onda portadora.
Esta técnica é equivalente a modulação AM para sinais contínuos com um sinal
modulante na forma de um pulso retangular. O preço desta simplicidade é a
excessiva largura de faixa da transmissão. A técnica de modulação ASK também
representa perda de potência relativa a onda portadora.
É mais indicada em situações onde exista pouco ruído interferindo na recepção
do sinal, ou quando o custo baixo é essencial para o projeto.
Exemplos de aplicação são:
 Transmissão Via Fibras Opticas
 Transmissão de Dados em Infravermelho
 Controles remotos por radio frequência e por infravermelho.
2. FSK (Frequency Shift-Keying), é processo pelo qual se altera a fase da onda portadora
em função do sinal digital a ser transmitido. Utilizada em modens de baixa velocidade,
transmissoes via radio (na transmissao de sinais de radio controle), é familiar da modulacao
FM, é muito menos susceptivel a erro por isso apresenta boa imunidade a ruídos se
for comparada a modulação ASK.

3. PSK (Phase Shift-Keying), processo pelo qual se altera a fase da onda portadora em
função do sinal digital a ser transmitido. Esta técnica de modulação, envolve circuitos
de recepção (demodulação) mais sofisticados; em compensação oferece melhor
desempenho que as técnicas ASK e FSK.

Esta é a que apresenta melhor imunidade a ruídos e um visível incremento na


velocidade da transmissão de dados, e apresenta uma largura de faixa igual a
utilizada por um sinal ASK. Esta modulação apresenta uma imunidade a ruído
comparável com a modulação FSK. Devido a esse motivo e por possuir uma
velocidade de transmissão alta, ela é largamente utilizada em modens de média
velocidade e em rádios digitais.

4. QAM (Quadrature Amplitude Modulation), É utilizada em rádios de alta


velocidade e em modens analógicos, apresenta grande semelhança com a
modulação QPSK, utilizando técnicas de modulação e de demodulação
semelhantes. O sinal codifica quatro bits por símbolo, apresentando uma
velocidade de transmissão quatro vezes maior que a de modulação.

E. Dados Analógicos

1. PAM (Modulacao por amplitude de pulso), A modulação por amplitude de pulso é


a forma mais básica de modulação de pulso. Nesta modulação, o sinal é
amostrado em intervalos regulares e cada amostra é proporcional à amplitude do
sinal de modulação.

2. PCM (Modulação por código de pulso), É a técnica mais conhecida e utilizada para
realizar a conversão de um sinal analógico emdigital, consiste basicamente de três
operações separadas: amostragem, quantização e codificação. Na técnica PCM, a
informação analógica é inicialmente medida em intervalos regulares de tempo; em seguida,
os valores obtidos são aproximados para um dos níveis de referência estabelecidos, e
finalmente o valor aproximado é codificado em uma seqüência de bits (pulsos).

3. AM (Modulação por amplitude), consiste na modulação onde a amplitude do


sinal senoidal, chamado de portadora, varia em função do sinal a ser transmitido,
ou seja, o sinal modulador. Nessa modulação a frequência e fase da portadora
são mantidas constantes, variando a amplitude.

4. FM (Modulação por frequencia), corresponde a uma técnica de modulação de sinais


que consiste no deslocamento da frequência original do sinal a ser transmitido através da
variação da frequência da portadora, sendo esta variação proporcional ao sinal a ser
transmitido.

F. Codificação em Linha

É a forma como o sinal elétrico irá representar a informação digital diretamente no par de
fios como diferenças discretas de voltagem (com um valor fixo para cada símbolo digital
utilizado). Tal informação digital é assim classificada como em banda básica e exemplos
de códigos de linha são o NRZ, AMI, Manchester, RZ, HDB-3, entre outros.

G. Codificação em Bloco

A codificação de blocos viabiliza um melhor desempenho na codificação e reduz a


possibilidade de erros na transmissão. A técnica é bem simples. Dada uma sequência de
bits, estes são selecionados (divididos) a cada sequência de m bits. Depois cada pedaço
de m bits é substituída por outra sequência de n bits onde n ≠ m.
2. Caracterize os tipos de codificação abaixo e diga como é feita a sua codificação.

A. NRZ-L (Non-Return-to-Zero Level)


O nível do sinal depende do tipo de bit que ele representa. Uma voltagem positiva
geralmente significa que o bit é 0 e uma negativa significa o bit 1 (ou vice-versa).

B. NRZI (Non-Return-to-Zero Inverted)


Nesta codificação, para transmitir um "0", nós mantemos o sinal como está e para
transmitir um "1", nós invertemos o sinal. É comum que na prática a cada 4 bits
transmitidos por meio do NRZI, seja enviado um bit lógico "1" para que não ocorra
uma perda de sincronia caso estejamos transmitindo muitos zeros.

C. AMI (Alternate mark Inversion)


O método bipolar AMI utiliza três níveis de sinal (+ , 0 , -), para codificar a
informação binária a ser transmitida: O bit '0' é representado pelo nível 0 (nulo); O bit
'1' corresponde a pulsos retangulares com metade duração do dígito e polaridade
alternada (+ ou -).
Sequências de bits 1 propiciam sincronização de relógios ; sequências longas de bits 0
ainda são problemáticas; alternância de polaridade nos bits 1 removem componente
DC; largura de banda mais estreita que NRZ; alternância de polaridade ajuda a
detectar erros.

D. Manchester
Este tipo de codificação está se tornando muito popular nos sistemas de transmissão
de dados digitais de baixo custo, encontrando aplicações principalmente em sistemas
de controle remoto.
O processo de codificação Manchester consiste num método simples de manipulação
de frequência (Shift-keying) que produz trens de grande extensão de zeros e uns sem
que o clock de transmissão esteja embutido nos próprios dados transmitidos.Trata-se,
portanto, de uma forma de modulação BPSK ou Binary Phase Shift Keying que, pela
sua simplicidade permite a elaboração de sistemas de controles remotos de baixo
custo.Nesta codificação dados digitais seriais de padrões arbitrários de bits que não
tenham sequências longas de zeros ou uns, podem ser transmitidos.Neste sistema, os
níveis lógicos 0 e 1 não são definidos por estados estáticos mas sim por transições, 1
para transicao ascendente e 0 para a descendente.

E. Manchester
A codificação Manchester diferencial é um código de linha no qual os dados e o
clock são combinados para formar um único fluxo de dados para possibilitar a auto-
sincronização. Ela é uma codificação diferencial, e portanto na recepção, não é
necessário conhecer a polaridade do sinal, pois a informação é transportada pela
mudança de 0 para 1 ou 1 para 0. 0 para Transição no início de um bit e 1, nenhuma
transição no início do bit.
3. Com base nos tipos de codificações listadas no número dois (2) codifique a seguintes
imagens:
A. 11011000100

1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial

B. 10110010101

1 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial
C. 10100111001

1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial

D. 11001100110

1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Difrencial
E. 01010111001

0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial

F. 01100110011

0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial
G. 01000111100

0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial

H. 00000001010

0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial
I. 00011101000

0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0
NRZ-L

NRZ-I

AMI

Manchaster

Manchaster-
Diferencial

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